UNIFACS – UNIVERSIDADE SALVADOR ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: CARTOGRAFIA PROFESSORA: ÂNGELA MAGALHÃES CARTOGRAFIA NÃO-ALEATÓRIA EQUIPE: ANDRÉ RICARDO, GUILHERME RIOS, JEFFERSON ZAPATA, JORGE ALBERGARIA, SAMUEL ALAN. SALVADOR – BAHIA JUNHO 2012
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UNIFACS – UNIVERSIDADE SALVADOR ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: CARTOGRAFIA
PROFESSORA: ÂNGELA MAGALHÃES
CARTOGRAFIA NÃO-ALEATÓRIA
EQUIPE: ANDRÉ RICARDO, GUILHERME RIOS, JEFFERSON ZAPATA, JORGE ALBERGARIA, SAMUEL ALAN.
MarcosSão outro tipo de referência, mas, nesse caso o observador não entra neles: são externos. Em geral,
são um objeto físico definido de maneira muito simples: edifício, sinal, loja ou montanha. Seu uso
implica a escolha de um elemento a partir de um conjunto de possibilidades. Alguns marcos são
distantes, tipicamente vistos de muitos ângulos e distâncias, acima do ponto mais alto de elementos
menores e usados como referências radiais. Podem ou não estar dentro da cidade.
BairrosSão regiões médias ou grandes de uma cidade, concebidos como dotados de extensão bidimensional.O observador neles penetra mentalmente, e eles são reconhecíveis por possuírem características comuns que os identificam.Sempre identificáveis a partir do lado interno, são também usados como referência externa quando vistos de fora.
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Pontos NodaisSão pontos, lugares estratégicos de uma cidade através dos quais o observador pode entrar, são
focos intensivos para os quais ou a partir dos quais se locomove. Podem ser basicamente junções,
locais de interrupção do transporte, um cruzamento ou uma convergência de vias, momentos
de passagem de uma estrutura a outra. Alguns desses pontos nodais são o foco e a síntese de um
bairro, sobre o qual sua influência se irradia e do qual são um símbolo.
Gordon Cullen traz uma abordagem da paisagem urbana de vários espaços que estão enriquecidamente exemplificado em sua obra intitulada “Paisagem Urbana”, que se tornou uma das mais importantes bases para a percepção das formas do espaço urbano e suas relações com os habitantes. Este estudo é feito a partir das categorias de ótica, local e conteúdo. Segundo Cullen, o conceito de cidade não se resume apenas numa simples aglomeração de seus moradores, mas está voltado para o reconhecimento de um lugar que possa ser uma fonte de prazeres, sensações e muitas felicidades. Além da arte arquitetônica, existe também o que Cullen chama de arte do relacionamento – seu objetivo consiste na união de elementos como edificações, árvores, passeios, publicidade, que caracterizam um ambiente.
Ao realizar percursos na cidade, estamos inteiramente relacionados com a paisagem que nos cerca. Ao entrar numa rua, passar em frente as edificações, chegar numa praça e, logo em seguida, se deparar com um monumento, por exemplo, obtemos uma seqüência de formas visuais dos elementos que compõe o espaço urbano. Cullen analisa a ótica, estudando o modo de como a paisagem urbana se apresenta ao transeunte. É através da ótica que chegamos a ter a visão serial, sucessão de surpresas ou revelações súbitas ao longo do trajeto. De onde podemos extrair a imagem existente e a imagem emergente. Para exemplificar estaremos utilizando algumas imagens.
Imagem 01, rua em Barcelona Imagem 02, rua em Barcelona
Fonte: street view Fonte: street view
LocalEste aspecto diz respeito as nossas relações perante a nossa posição no espaço. Quando vamos entrar numa
sala, primeiro pensamos: “Eu estou aqui fora”, depois pensamos: “Estou entrando”, e finalmente; “Estou aqui
dentro”, São percepções provocadas pela sensação dos espaços abertos e dos espaços fechados. Essas
sensações são tão claras que existem pessoas que tem até medo dos espaços fechados, a claustrofobia, e de
grandes espaços abertos, a agorafobia. Essa sensação de identificação ou sintonia com o meio ambiente, esse
sentido de localização perante a posição que se ocupa numa rua ou num largo e que faz pensar: “Estou aqui” ou
“Vou entrar ali” ou “Vou sair daqui”, mostra claramente que, ao existir um aqui, se pressupõe automaticamente a
efeitos urbanísticos residem na forma com é estabelecida a inter-relação entre ambos.
ConteúdoRelaciona-se este aspecto com à própria constituição da cidade: suas cores, texturas, escalas, estilos, naturezas, personalidades e tudo que a individualiza. Como a maioria das cidades é de fundação antiga, apresentando na sua morfologia exemplos dos diversos períodos de construção, visíveis nos diversos estilos arquitetônicos e nas irregularidades do traçado, é natural que apareça uma mistura dos diversos materiais, estilos e escalas.Temos a sensação de que, se fosse possível reconstruir uma dessas cidades por inteiro, se faria desaparecer toda a confusão e surgiriam cidades novas mais belas e mais perfeitas.
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Histórico do bairro da Barra
A Barra é um dos bairros mais tradicionais de Salvador, onde possui uma ligação muito forte com a fundação da cidade. Possui uma localização geográfica única no mundo, onde é possível ver tanto o nascer quanto o pôr-do-sol no mar, pois ocupa o vértice da península em que está a cidade. É banhada pelo Oceano Atlântico de um lado e de outro está a Baía de Todos os Santos em sua parte interna. E preserva em sua paisagem um acervo histórico e arquitetônico valioso para o Brasil, sendo o Farol da Barra seu ícone mais famoso, ao lado dos fortes de Santa Maria e São Diogo. Suas praias, principalmente o Porto da Barra são frequentadas por diferentes públicos e classes sociais, que se desdobram em suas areias brancas e águas tranqüilas.No início da colonização do território brasileiro, El-Rei Dom João III doou a capitania hereditária da Baía de todos os Santos ao donatário Francisco Pereira Coutinho, que se instalou na região, em 1534, fundando o Arraial do Pereira nas imediações onde hoje se situa a Ladeira da Barra, e construindo as “casas para cem moradores” que, doze anos depois ainda seriam encontradas por Tomé de Sousa na época da fundação da cidade, chamada de Vila Velha, referida nas cartas dos jesuítas e nos documentos do primeiro governador-geral.Onde atualmente se encontra a Igreja de Santo Antônio da Barra foi erguida uma fortaleza, um castelo feito de taipa e madeira.Também ocorre a primeira experiência de miscigenação da cultura nativa indígena com o branco europeu na história do Brasil, tendo nas figuras de Diogo Álvares Correia, o Caramuru e sua esposa, a índia Catarina Paraguaçu os principais elementos históricos, sendo este chamado tempos depois pelo poeta Gregório de Mattos de "o Adão de Massapê", pai da civilização baiana.Foi no atual Porto da Barra, que o governador-geral Tomé de Sousa desembarcou com homens e materiais, fundando a cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos no ano de 1549, século século XVI. Na época, a vila já contava com mais de mil habitantes, entre indios e europeus; após a criação da capital, a Vila Velha foi lentamente se esvaziando até desaparecer completamente, no século XVII.Até ao século XIX, permanece como um subúrbio da cidade, tornado depois um balneário marítimo na primeira metade do século XX, e após a transformação do Caminho do Conselho na Avenida Sete, se inicia o processo de consolidação como bairro importante.Em 1942, é construído o Edificio Oceania, seu marco mais conhecido da arquitetura moderna.
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O bairro da Barra possui uma localização peculiar, se situando na ponta da península que é a cidade de Salvador. Seus acessos principais se dão pela Avenida Centenário a oeste, a Avenida Oceânica ao sul e as avenidas Sete de Setembro (no trecho chamado de Ladeira da Barra, que se prolonga pelo "Corredor da Vitória" até a Praça Castro Alves) e Princesa Isabel, ao norte.A avenida Princesa Isabel é a mais central e passa pelo minúsculo bairro da Barra Avenida. Paralela a ela segue a rua Cezar Zama, que a certa altura passa a chamar-se Marquês de Caravelas e a rua Afonso Celso, além de outras importantes vias locais, como a Marques de Leão (e não Marquês, como alguns podem supor).O bairro da Barra se limita com os distritos da Vitória, Graça e a Barra Avenida (ao norte), Ondina e Chame-Chame (ao leste), do Oceano Atlântico (ao sul) e da Baía de Todos os Santos (a leste). Esta localização faz com que a Barra seja um dos únicos locais do Brasil continental onde se tem o pôr-do-sol no mar.