UNIVERSIDADE TIRADENTESENGENHARIA AMBIENTAL
ARTHUR VINCIUS MARTINS SANTANAEDLA VIEIRA DE SOUZAENOQUE
CARVALHOJSSICA MARIA NASCIMENTO VILALAYZA MILANA OLIVEIRA DO
NASCIMENTOLUIZ FELIPE DA SILVA EVANGELISTAMARIANA DE JESUSWIANEI
CONCEIO
PROJETO DE PESQUISA
REUTILIZAO DO LEO DE COZINHA
ARACAJU 2010
ARTHUR VINCIUS MARTINS SANTANAEDLA VIEIRA DE SOUZAENOQUE
CARVALHOJSSICA MARIA NASCIMENTO VILALAYZA MILANA OLIVEIRA DO
NASCIMENTOLUIZ FELIPE DA SILVA EVANGELISTAMARIANA DE JESUSWIANEI
CONCEIO
PROJETO DE PESQUISAREUTILIZAO DO LEO DE COZINHA
Projeto de pesquisa apresentado como requisito parcial de
avaliao da disciplina de Praticas Investigativas 2, ministrada pelo
professor Marcela no 2 semestre de Engenharia Ambiental.
ARACAJU2010SUMRIO
1. INTRODUO04
2. OBJETIVOS04
3.REVISO BIBLIOGRFICA05
4. METODOLOGIA 09
5.RESULTADOS 09
6.CONCLUSO 12
7. REFERNCIAS12
1. INTRODUOO presente trabalho oportuniza o desenvolvimento de
metodologias e visa amenizar um dos problemas causados pela falta
de informao no que diz respeito ao manuseio inadequado dos
materiais, gerando muitas vezes, ao descart-los, o lixo, que ao
entendimento daqueles que conhecem os materiais e suas propriedades
no existe. Por ser menos denso que a gua, o leo de cozinha forma
uma pelcula sobre a mesma, o que provoca a reteno de slidos,
entupimentos e problemas de drenagem quando colocados nas redes
coletoras de esgoto. Nos arroios e rios, a pelcula formada pelo leo
de cozinha dificulta a troca de gases entre a gua e a atmosfera,
causando a morte de peixes e outros seres vivos que necessitam de
oxignio. O leo de cozinha jogado diretamente na pia pode prejudicar
o meio ambiente. Se o produto for para as redes de esgoto encarece
o tratamento dos resduos em at 45% e o que permanece nos rios
provoca a impermeabilizao dos leitos e terrenos, o que contribui
para que ocorram as enchentes. A soluo para este problema a
reciclagem do leo vegetal. E existem vrias maneiras de reaproveitar
esse produto sem provocar prejuzos ao meio ambiente.Produzimos este
trabalho com o propsito de diminuir esse problema ambiental. Para
que, por meio deste, possamos no s alertar e conscientizar a
populao sobre os prejuzos causados pelo descarte indevido do leo,
mas tambm mobiliz-la para a defesa da causa ambiental.
2. OBJETIVOS2.1. Objetivo GeralPromover uma diminuio no impacto
ambiental causado pelo descarte inadequado do leo de cozinha,
objetivando retirar esse leo do meio ambiente, recolhendo e o
transformando em sabo de pedra.2.2. Objetivos Especficos Diminuir o
impacto ambiental causado pelo leo de cozinha descartado
inadequadamente por estabelecimentos comerciais e residenciais;
Aprender como se faz sabo a partir de leo de cozinha; Produzir sabo
artesanal atravs de uma construo educacional juntamente com os
alunos; Ensinar aos alunos como fabricado o sabo a partir do leo de
cozinha; Mostrar aos alunos os impactos que o leo de cozinha causa
ao meio ambiente.
3. REVISO BIBLIOGRFICA
Uma das principais preocupaes da atualidade o lixo e o impacto
que ele causa ao meio ambiente. No Brasil, poucos so os
estabelecimentos e as pessoas que fazem a coleta seletiva e/ou
reciclagem. O descarte do leo de cozinha uma parte desse problema
de gerao de lixo. Muitos estabelecimentos comerciais e residncias
fazem o descarte do leo jogando o na pia, no ralo, no vaso sanitrio
entre outros locais, o que causa o entupimento e mau cheiro, alm de
causar danos ao meio ambiente.
3.1. O Problema do leoQuando colocados nas redes de esgoto, o
leo, por ser mais denso que a gua, forma uma pelcula sobre a mesma,
provocando a reteno dos slidos. Alm de gerar graves problemas de
higiene e mau cheiro, a presena de leos e gorduras na rede de
esgoto, causa o entupimento da mesma, bem como o mau funcionamento
das estaes de tratamento. Para retirar o leo e desentupir so
empregados produtos qumicos altamente txicos, o que acaba criando
uma cadeia perniciosa. Nos rios e mananciais aquticos o leo
dificulta a troca de gases entre a gua e a atmosfera, comprometendo
a vida aqutica. (ALBERICI & PONTES, 2004)Outra situao que pode
ocorrer que quando jogado a cu aberto, alm da impermeabilizao do
solo, pode sofrer de composio por microorganismos, resultando na
emisso de metano, um dos compostos causadores do efeito estufa.
(FABRICAO DE SABO A PARTIR DO LEO COMESTVELRESIDUAL: CONSCIENTIZAO
E EDUCAO CIENTFICA, 2009)O Metano um dos principais gases que
causam o efeito estufa que contribui para o aquecimento da Terra,
pois o leo de cozinha que muitas vezes vai para o ralo da pia acaba
chegando aos oceanos pelas redes de esgoto. Em contato com a gua do
mar, esse resduo lquido passa por reaes qumicas que resultam em
emisso de metano. Assim, no mar, acaba ocorrendo decomposio e a
gerao do metano, atravs de uma reao anaerbica (sem ar) de
bactrias.Existem vrias maneiras de reaproveitar esse leo para que
possa amenizar esses problemas e no dar prejuzos ao meio ambiente,
como fabricar biodiesel, resina para tintas, glicerina, rao para
animais, detergente, sabo de pedra e etc. O leo reutilizado para a
fabricao de sabo pode se transformar em lucro para economia dos
brasileiros e oferece uma soluo para o problema, vantajoso para
quem descarta o leo, para quem recicla e para a sociedade em geral,
preservando o meio ambiente.
3.2. leos e GordurasO uso de leos e gorduras, de origem animal e
vegetal, e seus derivados como combustvel remonta ao fim do sculo
XIX quando Rudolph Diesel, inventor do motor combusto interna que
leva seu nome, utilizou em seus ensaios petrleo cru e leo de
amendoim. Com o passar do tempo, tanto o motor quanto o combustvel
foram ajustados, buscando maior eficincia e menor custo.(RECICLAGEM
DE LEO E GORDURA RESIDUAL PARA A PRODUO DE BIODIESEL)Deve-se
destacar que na primeira metade do sculo XX, os leos vegetais puros
ou seus derivados foram usados em motores combusto interna,
principalmente em situaes emergenciais como nas crises de
abastecimento mundial de petrleo devido s guerras. Tambm nesta poca
foram estudados processos para transformao de triglicerdeos (leos e
gorduras vegetais ou animais) em combustveis lquidos, destacando-se
o processo de transesterificao.No Brasil, o leo de soja e o leo de
algodo so os principais leos vegetais produzidos (ca. 99%) por
serem subprodutos do processamento da farinha de soja destinada a
alimentao e para exportao e do consumo da fibra de algodo pela
indstria txtil respectivamente. (RECICLAGEM DE LEO E GORDURA
RESIDUAL PARA A PRODUO DE BIODIESEL)O consumo humano deste leo em
nosso pas gera o inconveniente de no reutilizao para fins
alimentares, pois o leo vegetal ao entrar em contato com o alimento
deixa de ser puro e as reaes qumicas que ocorrem durante o processo
defritura modificam sua composio gerando o aumento da quantidade de
cidos graxos livres e subprodutos das reaes de oxidao. Surge,
portanto, o problema para o descarte deste resduo, que geralmente
descartado de forma inadequada na rede de esgoto (ralo da
pia).(RECICLAGEM DE LEO E GORDURA RESIDUAL PARA A PRODUO DE
BIODIESEL)
3.3. Obteno do SaboOs leos e gorduras que utilizamos so steres
derivados de um cido graxo e um lcool, a partir da reao qumica
chamada esterificao.
Fig 1: Esterificao (FABRICAO DE SABO A PARTIR DO LEO
COMESTVELRESIDUAL: CONSCIENTIZAO E EDUCAO CIENTFICA, 2009)
Os cidos graxos so cidos carboxlicos de cadeia longa que ao
reagirem com o glicerol formam o ster (leos e gorduras),
possibilitando a ocorrncia de uma cadeia com grande parte
hidrofbica, o que os torna imiscveis gua, que caracteriza parte de
nossos problemas.Por serem steres, os leos e gordura sofrem reao de
hidrlise bsica ou cida. A hidrlise cida produz glicerol e cidos
graxos constituintes, j a hidrlise bsica produzir o glicerol e os
sais de cidos graxos, esses sais so o que chamamos de sabo, e esta
reao chamada de reao de saponificao.
Fig 2: Saponificao
(http://images.aleeco.multiply.com/image/1/photos/174/600x600/148/01-reacao-saponificacao.jpg?et=TarCO01290yAJyqJZcaIcA&nmid=223380567)
O sabo um agente umectante que diminui a tenso superficial da
gua (solvente), permitindo maior contato dos corpos com o lquido,
assim o sabo pode se misturar com leo, gordura e gua ao mesmo
tempo, ajudando a limpar a sujeira. A extremidade carboxlica
(-COO-) de um nion sabo (polar) proporciona sua solubilidade em gua
(tambm polar), sendo chamada parte hidroflica. A cadeia longa,
hidrocarbnica (apolar), do on proporciona sua absoro e mistura em
leo e chamada hidrofbica. Esta estrutura possibilita que os sabes
dispersem glbulos de leo em gua. Quando uma gota de leo atingida
pelo sabo, a cadeia hidrocarbnica do sabo penetre nos globos
oleosos, e as extremidades polares ficam na gua, arrastando a gota
de gordura. (FABRICAO DE SABO A PARTIR DO LEO COMESTVELRESIDUAL:
CONSCIENTIZAO E EDUCAO CIENTFICA, 2009)
3.4. Material e Mtodos da Fabricao do Sabo Materiais:- 1 l de
leo de cozinha usado;- 400ml de gua fervendo;- 40 ml de amaciante;-
200g de soda custica em escama;- 1 balde;- 1 colher de pau;- 1
forma. Recomendaes: - No utilizar o leo da fritura de peixes e
frutos do mar, pois deixam o sabo com cheiro desagradvel;-Filtrar o
leo para remover os resduos slidos e impurezas slidas que possam
nele estar contido. Cuidados:- Utilize luvas, culos e mscara para
nariz e boca;- A soda custica um material muito corrosivo e pode
causar queimaduras. O vapor resultante de sua diluio txico.
Procedimento:- Coloque a soda em escamas no fundo de um balde. Em
seguida, adicione a gua fervendo e mexa at diluir a soda. -
Acrescente o leo e mexer. - Adicione o amaciante e misture bem at
obter a consistncia de pasta. - Jogar a mistura numa forma e cortar
as barras de sabo somente depois de 24h.- Deixar descansar por 30
dias antes do uso.
4. METODOLOGIAA coleta de dados sobre quais so os impactos que o
leo de cozinha causa ao meio ambiente, quais as maneiras de
reutiliz-lo, o porqu e como ocorre essa reao,foi realizada por
meios de artigos cientficos e da internet. Foi decidido optar pelo
uso do leo de cozinha na fabricao de sabo de pedra. As receitas
encontradas, em sua maioria, fabricava sabo em grandes propores,
por esse motivo foi diminudo a proporo, dividindo todas as medidas
por cinco. Devido ao pouco tempo que teramos para apresentar o
trabalho aos alunos do Colgio Mdulo, o sabo no foi fabricado na
apresentao, porm foi filmado o procedimento em um dia alternativo.
Depois foi montado um vdeo mostrando todos os passosda fabricao do
sabo. Tambm foram entregues folders para os alunos, nos quais
continham a receita do sabo e os prejuzos que o leo de cozinha
causa ao meio ambiente.
5. RESULTADOSApresentao de como foi feito o sabo:
Anexo 1: Material utilizado Anexo 2: Colocando o leo na
mistura
Anexo 3: Colocando a mistura na forma. Anexo 4: A mistura na
forma.
Anexo 5: gua sendo liberada na reao.Anexo 7: O sabo j
cortado.
Apresentao da divulgao no Colgio Mdulo:
6. CONCLUSOO projeto da reutilizao do leo de cozinha na produo
de sabo foi realizado com sucesso. Atravs das prticas
extensionistas os alunos puderam levar seus conhecimentos
adquiridos na universidade at a sociedade. As propostas do projeto
foram efetivadas no s em teoria, mas foram postas em prtica. Visto
que a produo do sabo foi feita pelos prprios alunos e obteve-se com
xito o fim desejado, pode-se concluir que houve um verdadeiro
envolvimento destes com o respectivo trabalho. A apresentao
realizada no Colgio Mdulo proporcionou uma nova experincia onde os
conhecimentos acadmicos puderam ser explorados e passados adiante
de forma real e significativa. Notou-se, no entanto, por parte do
pblico alvo, certo desinteresse frente ao que lhes estava sendo
ensinado, pois havia grande disperso durante as palestras. Diante
dos vrios entraves ocorridos nos preparativos para que o projeto
estivesse pronto a tempo, pode-se dizer que os resultados obtidos
no foram proporcionais as expectativas geradas, mas ainda assim,
foi um sucesso.
7. REFERNCIASALBERICI, Rosana Maria. PONTES, Flvia Fernanda
Ferraz de.RECICLAGEM DE LEO COMESTVEL USADOATRAVS DA FABRICAO DE
SABO. 2004AZEVEDO, Otoniel de Aquino. RABBI, Michel Adriano. NETO,
Dorval Moreira Coelho. HARTUIQ, Michel Honrio. FABRICAO DE SABO A
PARTIR DO LEO COMESTVELRESIDUAL: CONSCIENTIZAO E EDUCAO CIENTFICA.
2009LOPES, Roberta Cristina. BALDIN, Nelma. EDUCAO AMBIENTAL PARA A
REUTILIZAO DO LEO DE COZINHA NA PRODUO DE SABO PROJETO ECOLIMPO.
2009OLIVEIRA, Pablo Falco da S. BRITO, Givanilton. NOGUEIRA, Paulo
Cesar de Lima. RECICLAGEM DE LEO E GORDURA RESIDUAL PARA A PRODUO
DE BIODIESELRABELO, Renata Aparecida. FERREIRA, Osmar Mendes.
COLETA SELETIVA DE LEO RESIDUAL DE FRITURA PARA APROVEITAMENTO
INDUSTRIAL.2008VALLE, Maria da Conceio Gomes. TEIXEIRA, Edilene
Lagedo. PIMENTEL, Solange da Silva. ECONOMIA DOMSTICA: TRABALHANDO
NOREAPROVEITAMENTO DE LEO DE COZINHA USADO.
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