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TOPOGRAFIA TOPOGRAFIA LOCAÇÃO DE OBRAS LOCAÇÃO DE OBRAS Faculdades Nordeste Prof. Ligyane de Abreu Barreto
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Topo Locaã‡Ãƒo de Obras

Jul 12, 2016

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Marcos Silva

topografia, eng
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Page 1: Topo Locaã‡Ãƒo de Obras

TOPOGRAFIATOPOGRAFIALOCAÇÃO DE OBRASLOCAÇÃO DE OBRAS

Faculdades Nordeste

Prof. Ligyane de Abreu Barreto

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LOCAÇÃO DE OBRASUma das atividades vinculadas à Topografia é a

locação de pontos no terreno. Para a construção de uma obra, por exemplo,

inicialmente é necessário realizar-se o levantamento topográfico do terreno de forma a fornecer subsídios para que o profissional responsável possa efetuar seu projeto.

Antes de iniciar a construção deve-se materializar em campo pontos que definirão posições estratégicas da obra, como eixos de uma rodovia, fundação de um edifício, pilares de uma ponte, divisas de lotes e assim por diante.

Neste sentido a locação reveste-se de grande importância, pois um erro durante o processo de locação pode resultar diretamente num erro da execução da obra. A figura a seguir (01) apresenta um exemplo de locação.

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Figura 01

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LOCAÇÃO DE OBRAS

Durante um levantamento topográfico são medidas direções e distâncias entre pontos e a partir destas podem ser calculadas as coordenadas das feições de interesse.

Na locação o que ocorre é o processo contrário: a partir de coordenadas de pontos definidos em um projeto são calculadas direções e distâncias em relação a marcos de referência.

Com estes valores, a partir dos marcos de referência materializados em campo, é possível locar ou indicar a posição dos pontos de interesse (figura 2).

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Figura 02

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Na locação trabalha-se somente com coordenadas planas de pontos (como no caso da locação da posição de pilares de uma obra), ou empregam-se as três coordenadas (para a locação de maquinários em indústrias, por exemplo), ou somente utiliza-se a cota ou altitude do ponto, quando está se realizando uma escavação.

Durante o processo de locação é muito comum a necessidade de relocar alguns pontos por problemas de destruição ou perda de estacas (figura 3) devido a acidentes ou movimentações de terra, por exemplo.

Caso típico são os loteamentos, onde inicialmente são locadas as vias e somente após as movimentações de terra é que os lotes são demarcados.

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Figura 03

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Existem diversas técnicas para a locação de pontos, sendo as mais tradicionais a locação empregando-se:

Ângulos e distâncias (sistema polar)Coordenadas (X, Y e/ou Z)Interseção

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SISTEMA POLARPara a locação de um ponto empregando-se um

sistema polar é necessário conhecer um ponto origem, uma direção de referência e os ângulos e distâncias em relação à linha de referência para os demais pontos. A figura a seguir ilustra este raciocínio.

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A direção de referência pode ser obtida a partir do conhecimento das coordenadas de dois pontos ou de um determinado alinhamento.

Na prática costuma-se elaborar uma caderneta de locação a ser empregada em campo, na qual constam a indicação da estação e direção de referência, código ou nome dos pontos a serem locados e ângulos e distâncias para a locação. A Figura 5 apresenta um exemplo de caderneta de locação.

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Figura 05

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DETERMINAÇÃO DOS ÂNGULOS E DISTÂNCIAS

Deseja-se locar um ponto P a partir de um ponto conhecido B (figura 6). A direção de referência é definida pelos pontos A e B. São conhecidas as coordenadas X e Y dos três pontos.

Figura 06

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A primeira etapa consiste no cálculo da distância entre os pontos, aplicando a fórmula:

O cálculo do ângulo αABP é realizado a partir dos azimutes das direções AB e BP.

Na prática, se o projeto estiver em meio digital (desenhado em CAD) é possível

obter todos os ângulos e distâncias diretamente no editor gráfico.

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Calcule:

a) A distância entre os pontos B e Cb) Dados:Azimute da direção AB = 119º 19’03’’Azimute da direção BC = 230º 29’04’’Calcular o ângulo αABC

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b) Cálculo do ângulo αABC:

a) Cálculo da distância entre B e C:

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LOCAÇÃO EMPREGANDO-SE COORDENADAS

As Estações Totais permitem que a locação de pontos em campo seja feita diretamente empregando-se as coordenadas dos mesmos sem necessidade de cálculos intermediários da distância e direção.

Para tanto estas devem estar armazenadas na memória do instrumento.

Em campo, após a orientação da estação no mesmo referencial em que estão as coordenadas dos pontos, a estação vai “posicionando” o auxiliar que está com o bastão marcando os pontos.

Isto é feito indicando-se em que direção o auxiliar deve se deslocar até chegar na posição desejada.

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LOCAÇÃO POR INTERSEÇÃONeste caso o ponto será locado a partir de outros dois

pontos conhecidos. Podem-se empregar somente observações angulares ou

lineares (figura 7). Não é um processo prático pelo fato de exigir o

posicionamento a partir de outros dois pontos, sendo pouco empregado atualmente em função do uso de Estações Totais.

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ESTAQUEAMENTOO estaqueamento consiste na materialização de

pontos ao longo de um alinhamento, sendo a distância entre os pontos constante.

Um exemplo típico de utilização de estaqueamento ao longo de um uma alinhamento é a locação do eixo de uma estrada, na qual as estacas são posicionadas usualmente de 20 em 20 metros.

A nomenclatura das estacas normalmente é estabelecida da seguinte forma: a estaca inicial recebe o número 0 e as demais são numeradas sequencialmente (figura 8).

Assim, para um estaqueamento realizado com espaçamento de 20m, a estaca número 18 estaria a 360m da estaca inicial (18 x 20 metros).

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Figura 08

Em algumas situações existe a necessidade de colocar uma estaca intermediária a uma distância menor que a definida no estaqueamento. Esta estaca receberá como nome o número da estaca anterior mais a distância correspondente a esta estaca.

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Figura 09

Por exemplo, assumindo um estaqueamento realizado de 10 em 10 metros, a estaca 5 + 6,54 estaria a 56,54m da estaca inicial (10 metros vezes 5 mais 6,54 metros). A figura a seguir ilustra este raciocínio.

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LOCAÇÃO DE OBRAS – MÉTODO TRADICIONAL

A locação de obras sem o emprego de instrumental topográfico é realizada normalmente empregando-se dois métodos: o de contorno (ou tábuas corridas ou tabela) e o método dos cavaletes.

No método do contorno, a área a ser locada é cercada empregando-se pontaletes cravados no solo e ripas ou sarrafos pregados a estes pontaletes (figura 10). Os cantos deste cercado devem formar ângulos retos, ou na linguagem popular das obras devem estar “esquadrejados”.

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Figura 10

Sobre os sarrafos são marcados com pregos os pontos que definirão os alinhamentos.

A partir destes pregos são estacadas linhas sendo que o cruzamento destas linhas define o ponto a ser locado. Com auxílio de um fio de prumo o ponto é marcado no solo (figura 11).

Figura 11

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Os sarrafos ou ripas devem também estar nivelados, o que é feito empregando-se o popular nível de mangueira, uma mangueira transparente, geralmente com diâmetro de 3/8” cheia de água ou outro líquido (figura12, nesta figura pode-se observar que foi empregada água com corante para facilitar a leitura).

Quando não é possível deixar todo o cercado no mesmo nível, são empregados degraus sucessivos (figura13).

Figura 12

Figura 13

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O método dos cavaletes é uma simplificação do método anterior, onde são montados somente os cavaletes necessários para a materialização dos alinhamentos (figura14).

Deve-se tomar cuidado com os cavaletes, pois estes podem ser facilmente deslocados ou danificados na obra.

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LOCAÇÃO DE OBRA: Etapas1) Definir a referência de nível (RN) da obra e a

referência pela qual será feita a locação da obra por um ponto locado por topografia, respeitando o projeto de locação.

Definição do referencial – Referenciais usualmente utilizados:

Ponto deixado pelo Topógrafo; Alinhamento da Rua; Limites do terreno; Poste de iluminação; Muro do vizinho.

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Referencial deixado pela topografia

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Etapas2) Solicitar ao topógrafo a conferência de

eixos e divisas da obra.

3) Após esta conferência, verificar as distâncias entre os eixos e as divisas.

4) Marcação do terreno posição da edificação, transportando as dimensões desenhadas no projeto arquitetônico.

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Etapas5) Marcar no terreno as posições das paredes, fundações,

pilares, tomando-se por base as plantas de localização, fundações e formas fornecidas no projeto estrutural;

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GABARITO

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GABARITO

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Etapas6)Executar o gabarito 50 cm a 1m acima da RN 00

da edificação a ser locada.

7)Além da garantia do esquadro, seus lados devem ser alinhados e nivelados.

8)Quando o terreno apresentar um caimento

elevado, o gabarito deve ser feito em degraus, acompanhando a configuração em planta, mas sempre em perfeito nível, esquadro e alinhamento.

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Etapas

9) A partir da referência escolhida no terreno, deve-se marcar uma das faces do gabarito com uma trena metálica e uma linha de nylon, obedecendo a uma distância de 1m a 1,5 m da face da extremidade do terreno.

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Etapas10)As demais faces do gabarito podem ser

marcadas a partir desta face e do projeto de locação.

11)O gabarito deve ser feito com a fixação de pontaletes aprumados, faceando o mesmo lado da linha de nylon espaçados no máximo 1,5m um do outro.

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Etapas12)Os pontaletes de madeira devem ser cortados em seus

topos em linha horizontal perfeitamente nivelada.

13)Em seguida verificar o esquadro de todos os cantos por triangulação.

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Etapas14) Conferir o esquadro (±5 mm a cada 10 metros), o alinhamento

e o nível do gabarito, bem como a marcação de todos os pilares e das estacas.

Sugere-se que essa conferência também seja realizada pelo engenheiro e/ou mestre de obra de maneira a evitar a ocorrência de erros.

15) Marcar em seguida os eixos X e Y no gabarito por topografia, utilizando um ponto de referência fixo e claramente identificado no terreno.

Essa marcação deve ser feita com base na planta de locação fornecida pelo projetista.

Com a ajuda de um prumo de centro e piquete, marcar no terreno a projeção do cruzamento de dois fios de arame perpendiculares amarrados e esticados nos pregos da tabeira correspondente a cada pilar.

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16) Em seguida esticar uma linha de nylon pelos dois eixos do elemento estrutural a ser locado (pilar, sapata, tubulão, estaca etc.), utilizando um prego para fixação.

O cruzamento das linhas de cada eixo definirá a posição do elemento estrutural no terreno.

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17) Para elementos com seção circular, descer um prumo pelo centro do elemento.

Para elementos com seção não circular –triangulares, retangulares ou poligonais em geral -, descer um prumo em duas laterais para definição das faces. Cravar um piquete nos pontos definidos pelo prumo e locar as fôrmas.

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Atenção Evitar acumulo de erros: Pedir o projeto de locação com medidas acumuladas Cuidado com os instrumentos de medida (trenas)

O que marcar? Eixos ortogonais de referência; Posição de estacas; Eixos de vigas baldrames; Centro geométrico e faces dos blocos; Eixos de paredes/pilares; Esquadro = 20 mm no lado da hipotenusa do triângulo reto

(3, 4 e 5m).

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FRASE DO DIA

“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um

feito, mas um hábito.”Aristóteles