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1 Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de autores brasileiros sobre Organização do Conhecimento publicados em revistas de Ciência da Informação (2006-2013). 1. Introdução Este projeto pretende dar continuidade aos estudos realizados no âmbito da pesquisa Organização do conhecimento/organização da informação: emergência, condições de presença e desenvolvimento no contexto brasileiro, ampliando sua abrangência cronológica e aprofundado a análise dos dados. O mapeamento dos referenciais teóricos presentes em artigos sobre Organização do Conhecimento e da Informação (OCI) de autores brasileiros que vimos realizando, permitirá conhecer os fundamentos nos quais se apoia a pesquisa brasileira sobre o tema. Neste contexto, a pesquisa em OCI está institucionalizada em Programas de pós-graduação, em linhas de pesquisa. O conhecimento produzido é publicado em revistas especializadas da área e em anais de eventos. Na área da OCI convivem diferentes teorias e métodos de abordagem. Um olhar sobre a bibliografia e presente nos artigos mostra que as Ciências da Linguagem e a Lógica fundamentam muitas das pesquisas realizadas. No entanto, poucas são as discussões sobre as escolas subjacentes às perspectivas dos pesquisadores. Costuma-se afirmar que duas linhas de força informaram a área: a Documentação europeia e a Information retrieval norte-americana. Essa visão dicotômica é, porém, esquemática e insuficiente. Um olhar crítico sobre as teorias e métodos que convivem na teorização sobre a OCI permitirá discutir a validade dessas perspectivas. Trata-se, portanto, de lançar um olhar epistemológico sobre a produção publicada e identificar, através da análise de conteúdo, os referenciais teóricos presentes na literatura publicada. Este estudo poderá contribuir para a consolidação do próprio campo. Como mencionado, o projeto de Iniciação Científica é parte da pesquisa Organização do conhecimento/organização da informação: emergência, condições de presença e desenvolvimento no contexto brasileiro, da Prof. Nair Kobashi, apoiado pelo CNPq com Bolsa de Produtividade (Nível 1D). 2. Objetivos O objetivo principal deste projeto é identificar e sistematizar as teorias presentes nos estudos sobre a Organização da Informação e do Conhecimento, publicados em periódicos de Ciência da informação do país. Neste projeto de Iniciação Científica caberá ao bolsista: a) dar continuidade ao levantamento da literatura publicada no período 2006-2013, constituindo um banco de dados. b) mapear os referenciais teóricos presentes na literatura publicada e analisá-los objetivando sua sistematização. 3. Preparação para a pesquisa Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa: Bardin (2009); González de Gomez (1996, 2009); Kobashi (2008); Kondo (1998); Latour (2000); López-Huertas (2002, 2007); Macias-Chapula (1998); Okubo (1997); Parlemit; Polity (2002); Santos; Kobashi (2005); Krippendorf (1990); Bauer (2002). São estudos focados nos temas Organização da Informação e do Conhecimento e Estudos métricos da informação. Estas leituras e os seminários de pesquisa desenvolvidos pretendem contribuir para um melhor entendimento da teoria da Organização da Informação e do Conhecimento e dos
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Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

Jan 25, 2019

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Page 1: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

1

Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de autores brasileiros sobre

Organização do Conhecimento publicados em revistas de Ciência da Informação

(2006-2013).

1. Introdução Este projeto pretende dar continuidade aos estudos realizados no âmbito da pesquisa

Organização do conhecimento/organização da informação: emergência, condições de

presença e desenvolvimento no contexto brasileiro, ampliando sua abrangência

cronológica e aprofundado a análise dos dados. O mapeamento dos referenciais teóricos

presentes em artigos sobre Organização do Conhecimento e da Informação (OCI) de

autores brasileiros que vimos realizando, permitirá conhecer os fundamentos nos quais se

apoia a pesquisa brasileira sobre o tema. Neste contexto, a pesquisa em OCI está

institucionalizada em Programas de pós-graduação, em linhas de pesquisa. O

conhecimento produzido é publicado em revistas especializadas da área e em anais de

eventos.

Na área da OCI convivem diferentes teorias e métodos de abordagem. Um olhar sobre a

bibliografia e presente nos artigos mostra que as Ciências da Linguagem e a Lógica

fundamentam muitas das pesquisas realizadas. No entanto, poucas são as discussões sobre

as escolas subjacentes às perspectivas dos pesquisadores. Costuma-se afirmar que duas

linhas de força informaram a área: a Documentação europeia e a Information retrieval

norte-americana. Essa visão dicotômica é, porém, esquemática e insuficiente. Um olhar

crítico sobre as teorias e métodos que convivem na teorização sobre a OCI permitirá

discutir a validade dessas perspectivas. Trata-se, portanto, de lançar um olhar

epistemológico sobre a produção publicada e identificar, através da análise de conteúdo,

os referenciais teóricos presentes na literatura publicada. Este estudo poderá contribuir

para a consolidação do próprio campo.

Como mencionado, o projeto de Iniciação Científica é parte da pesquisa Organização do

conhecimento/organização da informação: emergência, condições de presença e

desenvolvimento no contexto brasileiro, da Prof. Nair Kobashi, apoiado pelo CNPq com

Bolsa de Produtividade (Nível 1D).

2. Objetivos O objetivo principal deste projeto é identificar e sistematizar as teorias presentes nos

estudos sobre a Organização da Informação e do Conhecimento, publicados em

periódicos de Ciência da informação do país.

Neste projeto de Iniciação Científica caberá ao bolsista:

a) dar continuidade ao levantamento da literatura publicada no período 2006-2013,

constituindo um banco de dados.

b) mapear os referenciais teóricos presentes na literatura publicada e analisá-los

objetivando sua sistematização.

3. Preparação para a pesquisa Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de

preparação para a pesquisa: Bardin (2009); González de Gomez (1996, 2009); Kobashi

(2008); Kondo (1998); Latour (2000); López-Huertas (2002, 2007); Macias-Chapula

(1998); Okubo (1997); Parlemit; Polity (2002); Santos; Kobashi (2005); Krippendorf

(1990); Bauer (2002). São estudos focados nos temas Organização da Informação e do

Conhecimento e Estudos métricos da informação.

Estas leituras e os seminários de pesquisa desenvolvidos pretendem contribuir para um

melhor entendimento da teoria da Organização da Informação e do Conhecimento e dos

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Estudos Métricos, dentro da Ciência da Informação, e das bases metodológicas da

pesquisa.

Além das leituras teóricas, seminários específicos a respeito das ferramentas para

produção de gráficos e estatísticas serão realizados. Tais instrumentos são, basicamente,

softwares bibliométricos e estatísticos.

4. Metodologia A pesquisa, de natureza exploratória, terá abordagem quantitativa e qualitativa,

fundamentados na Análise de conteúdo. O corpus da pesquisa será tratado por métodos

quantitativos e qualitativos. Os métodos quantitativos serão aplicados para identificação

das referências bibliográficas dos artigos. A análise de conteúdo permitirá identificar as

citações diretas presentes nos artigos e sua sistematização temática.

O corpus global da pesquisa de Iniciação Científica será constituído de referências

bibliográficas de artigos publicados em periódicos nacionais de Ciência da Informação

do período 2006-2013. Os dados coletados serão padronizados e processados com

softwares bibliométricos e estatísticos.

As principais atividades da pesquisa previstas são:

1. Aprimoramento da utilização dos softwares bibliométricos e estatísticos.

1. Tratamento dos dados coletados na pesquisa em bases de dados de periódicos

nacionais de Ciência da informação.

3. Seleção e padronização dos dados bibliográficos do corpus.

4. Tratamento bibliométrico e representação gráfica dos dados.

5. Análise de conteúdo.

Serão utilizados na pesquisa os seguintes softwares:

- Infotrans- para padronização dos dado.

- Matrisme – para geração de gráficos e cluster.

- Excel e Statistica para tratamento estatístico e representação gráfica.

5. Resultados parciais

O projeto com vigência até julho de 2014, apresentado e aprovado ano passado dentro do Programa de Iniciação Científica sem Bolsa, desenvolveu-se a contento (cf. anexo I).

Alguns resultados parciais e a proposta de continuidade estão apresentados a seguir.

No período de 2013/2014, além de leituras referenciais, realizamos a seleção dos artigos

encontrados na base BRAPCI, de 2006 a 2013. Selecionamos, de início, os artigos nos quais

um dos descritores fosse “organização de domínios”. Por se tratar de atividade principiante,

a escolha do descritor obedeceu ao critério de quantidade, a qual foi de cinco artigos.

Após esta seleção, procedemos à leitura dos artigos e à coleta de definições e/ou contextos

definitórios sobre Organização de domínios (cf. Apêndice I). O mesmo vem sendo feito com

outro descritor, agora “folksonomia”.

6. Resultados esperados

Este projeto permitirá que o aluno de Iniciação Científica:

a) continue sua iniciação nas atividades próprias da pesquisa científica.

b) aprofunde seu conhecimento sobre os aspectos teóricos e metodológicos importantes da

produção de conhecimento em Organização da Informação e do Conhecimento.

c) produza um banco de dados com definições e contextos definitórios sobre temas

pesquisados em Organização do conhecimento.

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7. Cronograma 1º. bimestre - Seminários de pesquisa: Estudo do referencial teórico e metodológico

Treinamento em softwares bibliométricos

2º. bimestre - Seminários de pesquisa: Estudo do referencial teórico e metodológico

- Padronização dos dados

- Análise dos dados

3º. bimestre -Seminários de pesquisa

- Elaboração do relatório intermediário da pesquisa

4º. bimestre - Seminários de pesquisa

- Análise dos dados

- Sistematização dos dados

5º. bimestre - Análise e sistematização final dos dados

6º. bimestre - Elaboração do relatório final da pesquisa

8. Bibliografia preliminar BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, LDA, 2009.

BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: Bauer M.W, Gaskell G.

Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis

(RJ): Vozes, 2002. p.189-217.

COSTA, N. C. A. O conhecimento científico. São Paulo: Fapesp/ Discurso Ed., 1977.

FOUCAULT, M. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio

de Janeiro: Forense, 2000.

FROHMANN, B. The Role of the Scientific Paper in Science Information Systems.

University of Western Ontario, Ontario. Disponível em:

<http://instruct.uwo.ca/faculty/Frohmann>. Acesso em: 8 jul. 2009.

GONZÁLEZ DE GÓMES, Maria N. O contrato social da pesquisa: em busca de uma nova

equação entre a autonomia epistêmica e autonomia política. DataGramaZero - Revista de

Ciência da Informação, v.4, n.1, fev. 2003. Disponível em: <http://datagramazero.org.br>.

Acesso em: 20 jul. 2009.

GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria N. Da Organização do Conhecimento às Políticas de

Informação. Informare, Rio de Janeiro, v.2, n.2, p.58-66, 1996.

KOBASHI, Nair Yumiko. Linguística textual e elaboração de informações documentárias:

algumas reflexões. In: GASPAR, Nádea Regina; ROMÂO, Lucília Maria Souza. (Org.).

Discurso e texto: multiplicidade de sentidos na Ciência da Informação. 1 ed. São

Carlos: EduFscar, v. 1, 2008, p. 47-66.

KONDO, E. K. Desenvolvendo indicadores estratégicos em ciência e tecnologia: as

principais questões. Ciência da Informação, Brasília, v. 27, n. 2, p. 128-133, maio/ago.

1998.

KRIPPENDORF, K. Metodología de análisis de contenido: teoria y práctica. Buenos

Aires: Paidós, 1990.

Page 4: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

4

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção o saber: manual de metodologia da pesquisa em

Ciências sociais.Porto Alegre: Artmed/Ed. UFMG, 1999.

LÓPEZ-HUERTAS, M.J. Gestión del conocimiento multidimensional en los sistemas de

organización del conocimiento. In: Actas del VIII CONGRESO ISKO- ESPAÑA. La

interdisciplinariedad y la transdisciplinariedade en la organización del conocimiento

científico/Interdisciplinarity and transdisciplinarity in the organization of scientific

knowledge. 1 ed. León: Universidad de León, 2007, v. 1, p. 1-26.

NOYONS, E. C. M. Bibliometric mapping as a science policy and research

management tool. Thesis, Leiden: DSWO Press, 1999.

OKUBO, Y. Bibliometric indicators and analysis of research systems: methods and

examples. Paris :OECD, 1997, 69 p. (STI Working Papers, 1997/1).

PARLEMITI, R; POLITY, Y. Dynamiques de l´institucionnlisation sociale et cognitive dês

sciences de l´information. In: BOURE, R (ed). Les origines dês Sciences de l´information

et de la communication: regrards croisés. Paris: PUS, 2002, p. 95-123.

PRAT, A. M. Avaliação da produção científica como instrumento para o desenvolvimento

da ciência e da tecnologia: relatos de experiências. Ciência da Informação, Brasília, v. 27,

n. 2, p. 206-209, maio/ago. 1998.

SANTAELLA, Lucia. Comunicação e pesquisa. São Paulo: Hacker, 2001.

SANTOS, R. N. M.; KOBASHI, N. Y. Aspectos metodológicos da produção de indicadores

em ciência e tecnologia. Trabalho apresentado no VI CINFORM. Salvador, 17 de junho de

2005.

SIEBENEICHLER, Flávio Beno. Razão comunicativa e técnicas de comunicação e

informação em rede. In: GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria N.; LIMA, C. R. M.

Informação e democracia: a reflexão contemporânea da ética e da política. Brasília:

IBICT, 2010, p. 9-29.

WHITLEY, R. Cognitive and social institutionalization of scientific specialities and

research areas. In: WHITLEY, R (ed.) Social processes of scientific development.

London: Routledge and Kegan,1974, p. 69-95.

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APÊNDICE I

Termo Autor texto citações Obras dos autores citados

Organização de Domínios

CAMPOS, Maria Luiza

1

"O postulado das categorias é o princípio normativo adotado

para organizar um universo/domínio, ou seja, um corpo de

conhecimento sistematizado. Mapear o universo de Assunto é o

primeiro passo do classificacionista para elaborar um Esquema

de classicação.", p. 159

CAMPOS, M.L.R. 1

“O universo do conhecimento ‘é a soma total, num dado

momento, do conhecimento acumulado. Ele está sempre em

desenvolvimento contínuo. Diferentes domínios do Universo

do Conhecimento são desenvolvidos por diferentes métodos. O

Método Científico é um dos métodos reconhecidos de

desenvolvimentos. O Método Científico é caracterizado pelo

movimento sem fim em espiral.’ (Ranganathan, 1963a, p.

359)”, p. 153.

RANGANATHAN, S. R. Five laws of Library

Science. Bombay: Àsia Publishing House, 1963.

“Ranganathan, ao enfocar o documento como um registro de

conhecimento, traz para o ambiente da documentação a

preocupação com o universo de conhecimento. Dessa forma,

na estrutura elaborada a partir de sua teoria, as unidades que a

constituem não são mais os assuntos dos documentos, mas os

conceitos, que ele denomina de isolados. Estes, reunidos por

um processo de arranjo ou combinação, permitem formar

qualquer assunto do documento. Em sua teoria, Ranganathan

apresenta cinco modos preliminares de formação de assuntos e

de isolados; desta forma, evidencia um dos campos de atuação

do profissional da informação, aquele relacionado ao espaço

temático dos assuntos tratados nos documentos.”, p. 156

CAMPOS, M.L.A. 1

Page 6: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

6

[Ranganathan]“Propõe, através de sua teoria, uma nova forma

de organizar o Universo de Assuntos, não mais uma

classificação dicotômica/ binária, ou decatômica e sim uma

policotomia ilimitada.”, p.158

CAMPOS, M.L.A. 1

“ O mapeamento consiste, no primeiro momento, em se decidir

o domínio

de conhecimento que será tomado como base para a

organização das unidades

classificatórias (assunto básico, isolados).”, p.159

CAMPOS, M.L.A. 1

“A representação de um domínio de saber, se configura como

princípio norteador para a organização de documentos e

informação.” (...)

“O desenvolvimento desses estudos, no âmbito de modelos

teóricos de representação, permitirá ao profissional de

informação a possibilidade de atuar cada dia mais num espaço

interdisciplinar que englobe questões ligadas à epistemologia,

à lógica, à teoria cognitiva, à computação e à terminologia.”, p.

162

CAMPOS, M.L.A. 1

Termo Autor texto citações Obras dos autores citados

Organização de Domínios

CAMPOS, Maria Luiza; MEDEIROS, Jackson da Silva

2

“(...) os modelos de representação de domínios devem

compreender questões teóricas e metodológicas que possam ser

utilizadas na construção de modelos independentemente de

problemas específicos, ou seja, a partir de um processo de

modelização, o qual permite a utilização, em dada realidade, de

sistematizações teórico-metodológicas baseada em princípios

subtendidos ao ato de modelizar, como o método de raciocínio,

o objeto de representação, as relações entre os objetos e as

formas de representação (Campos, 2004).”

CAMPOS, M.L.A. 2

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 7: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

7

"Considera-se, assim, conceito como uma 'unidade de

conhecimento' (DAHLBERG, 1978), sendo o tesauro

conceitual constituído a partir dele.", p. 2

DAHLBERG, I. A referente-oriented analytical

concept theory of interconcept. International

Classification, Frankfurt, v.5, n.3, p. 142-150,

1978.

“(...) entendemos um tesauro conceitual como um tipo de

tesauro que está baseado no conceito, como unidade

representacional, e na categorização, como organizadora de

conceito em um sistema de conceitos, além da importância de

construção de definições consistentes para a elaboração de

estruturas conceituais (CAMPOS; GOMES, 2006).”, p. 3

CAMPOS, M.L.A. 2

CAMPOS, M. L.; GOMES, H.E. Metodologia de

elaboração de tesauro conceitual: a categorização

como princípio norteador. Perspectivas em

Ciência da Informcação, v. 11, n. 3, p. 348-359,

set./dez. 2006.

“Definimos ontologia com base na proposta de Guarino (1998),

deste modo sendo uma teoria lógica que corresponde ao

significado pretendido de um vocabulário formal, que possui

um dado compromisso ontológico que diz respeito a uma

conceitualização específica do mundo, gerando modelos

restritos por este compromisso.”, p. 3

CAMPOS, M.L.A. 2

GUARINO, N. Formal Ontology in Information

Systems. FOIS'98 Formal Ontology in Information

Systems, Trento, Itália. Anais... 1998. Amsterdam:

IOS Press, p. 3-15.

Page 8: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

8

A Ontologia de domínios “(...) busca descrever formalmente

classes de conceitos e os relacionamentos de determinada área,

objetivando compartilhamento de consenso terminológico (...)”,

p. 4.

CAMPOS, M.L.A. 2

Ontologia formal “(...) formaliza o conceitos existente,

permitindo que seja este acessado e compartilhado através de

conceitos e categorias que satisfaçam a compreensão de um

domínio.”, p. 4.

CAMPOS, M.L.A. 2

“(...) segundo Ramalho (2010), uma ontologia é composta por

(a) classes e subclasses: categorizam elementos representados;

(b) propriedades: descrevem características das classes; (c)

relacionamentos: ligações entre classes; (d) regras e axiomas:

enunciados lógicos que restringem interpretações sobre

conceitos e permitem realizar inferências automáticas a partir de

informações não explicitadas; (e) instâncias: indicam os valores

das classes e subclasses e; (f) valores: atribuem valores às

propriedades.”, p. 4.

CAMPOS, M.L.A. 2

RAMALHO, R. A. S. Desenvolvimento e

utilização de ontologias em bibliotecas digitais:

uma proposta de aplicação. 145 f. Tese (Doutorado

em Ciência da informação) - Programa de Pós-

Graduação em Ciência da informação,

Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita

Filho" - UNESP, Marília, 2010.

Page 9: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

9

“Baseada na ontologia formal, a ontologia de fundamentação

tem por objetivo identificar categorias gerais de certos aspectos

da realidade que não são específicos a um campo científico,

descrevendo conhecimento independentemente de linguagem,

de um estado particular das coisas ou ainda do estado de agentes

(GUIZZARDI, 2005).”, p. 4.

CAMPOS, M.L.A. 2

GUIZZARDI, G. Ontological foundations for

structural conceotual models. 416f. Tese (PhD

em Computer Science) - Twente University of

Technology, Twente, Holanda, 2005.

Termo Autor texto citações Obras dos autores citados

Organização de Domínios

CAMPOS, Maria Luiza

3

“(...) Le Moigne afirma que conhecer é modelizar, ou seja, o

processo de modelização equivale à construção de modelos do

mundo/domínio a ser construído, que permite descrever e

fornecer explicações sobre os fenômenos que observamos (...)”,

p. 2.

CAMPOS, M.L.A. 3

LE MOIGNE, jean-Louis. A teoria do sistema

geral: teoria da modelização. Lisboa: Instituto

Piaget, 1977.

“O método indutivo possibilita a elaboração de modelos

partindo, desde o início, da representação dos

elementos/objetos e relações de um contexto; já o método

dedutivo propõe que se elaborem mecanismos de abstração

para pensar primeiramente o domínio/contexto, independente

de pensar os elementos e suas relações (...)”, p. 4.

CAMPOS, M.L.A. 3

Page 10: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

10

“A Teoria da Classificação Facetada é representante de um

modelo que se utiliza do método dedutivo para classificar o

conhecimento dentro de um contexto. Desta forma, possui

mecanismos de representação para trabalhar com meta-níveis

conceituais, como por exemplo, as categorias. É a partir delas

que os conceitos são ordenados para formarem classes de

conceitos.”, p. 4

CAMPOS, M.L.A. 3

Na Ontologia Formal “O processo é iniciado com a descrição

bastante específica dos objetos de um contexto, desde sua

identidade até a sua dependência com outros objetos, mas esta

dependência não é estabelecida do contexto para o objeto e sim

entre os objetos. Desta forma, classificamos as ontologias (...)

como aquelas que se utilizam de um método indutivo para a

classificação de um domínio”, p. 5

CAMPOS, M.L.A. 3

“A Teoria da Terminologia pode também ser vista como aquela

que suporta o método indutivo para pensar um dado contexto.

Para Wuester os conceitos (Objeto/Entidade/Instância) se

associam um em relação aos outros formando um sistema de

conceitos. Entretanto, o sistema é formado a partir da análise do

próprio conceitos e não do contexto em que ele está inserido.”,

p. 5

CAMPOS, M.L.A. 3

WUESTER, E. L’Étude scientifique générale de la

Terminologie, zone Frontalière entre la

Linguistique, la Logique, l’Ontologie,

l’Informatique e les Sciences des Choses. In:

RONDEAU, G. & FELBER, F. (Org.) Textes

Choises de terminologie. I. Fóndements théoriques

de la terminologie. Québec, GIRSTERM, 1981. P.

57-114.

Page 11: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

11

“A Orientação a Objetos (...) da mesma forma pode ser

classificada como de caráter indutivo. Nela a metodologia parte

já estabelecendo princípios para identificar os objetos de um

domínio e seus relacionamentos, tratando assim,

especificamente desta representação.”, p. 5

CAMPOS, M.L.A. 3

“(...) a Teoria do Conceito introduz uma metodologia que

poderíamos denominar de híbrida, não só o método dedutivo e

não só o método indutivo (...). Dahlberg no estabelecimento de

sua teoria apresenta categorias para representar contextos e logo

depois analisa os conceitos de um contexto na perspectiva de

ordená-los no interior dessas categorias.”, p. 6.

CAMPOS, M.L.A. 3

“Na literatura relativa a Organização do conhecimento

(Dahlberg, 1978a), no âmbito da Ciência da informação, o

termo objeto representa uma entidade no mundo real, e se

caracteriza por ser um elemento do conceito que é denominado

referente.”, p. 6.

CAMPOS, M.L.A. 3

DAHLBERG, I. Ontical structures and universal

classification. Bangalore: Sarada Ranganathan

Endowment, 1978. 64 p.

“No contexto da Orientação a Objetos, os objetos que

constituem o mundo real são confundidos com a sua própria

representação; a OO afirma que um objeto é um conceito (não

definindo o que entende por conceito).”, p. 7.

CAMPOS, M.L.A. 3

Page 12: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

12

“Segundo a Teoria do Conceito (Dahlberg, 1978), um conceito

é considerado uma tríade – referente, características e nome –

onde o objeto é o referente, que pode ser classificado como

objeto individual ou geral que, circunscrito a um dado contexto,

requer apropriação de características, sendo-lhe designado um

signo linguístico – um nome.”, p. 7

CAMPOS, M.L.A. 3

DAHLBERG, I. A Referent-oriented analytical

concept theory is interconcept. International

Classification, v.5, n. 3, p. 142-150, 1978.

“No espaço teórico da Ontologia Formal, Guarino (Guarino,

1998a) propõe que os objetos, ou particulares, sejam

classificados como concretos e abstratos. (...). Os objetos

concretos, no âmbito da Ontologia Formal, são classificados

como contínuos e ocorrentes.”, p. 7.

CAMPOS, M.L.A. 3

GUARINO, Nicola. Formal ontology and

information systems. Proceedings of FOIS’98,

Trento: Italy, p. 3-15, 1998.

“(...) ainda no âmbito da ontologia, Sowa (SOWA, 2000)

define objeto ocorrente como um processo.”, p.7.

CAMPOS, M.L.A. 3

SOWA, John F. Knowledge Representation:

logical, philosophical, and computational

foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.

Page 13: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

13

“...objeto é na atualidade considerado como contínuo,...

processo é na atualidade considerado como ocorrente”, p. 7.

SOWA, John F. Knowledge Representation:

logical, philosophical, and computational

foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.

“Na Teoria da Classificação facetada, entretanto, as categorias

são pré-definidas, ou seja, Ranganathan propõe que todo

contexto de conhecimento pode ser dividido em até cinco

categorias fundamentais, que são: entidade, matéria, energia,

espaço e tempo.”, p. 9

CAMPOS, M.L.A. 3

“Um aspecto importante de ressaltar na Ontologia Formal é o

conceito de Teoria da Identidade, onde são introduzidas

questões que nos levam a perceber como um conceito pode ser

considerado um ente no mundo. O que permite definir através

de um “pensar” classificatório aquilo que pode ser considerado

gênero e espécie de conceito, fato que não se verifica as outras

teorias e métodos.”, p.12.

CAMPOS, M.L.A. 3

Termo Autor texto citações Obras dos autores citados

Organização de Domínios

CAMPOS, Maria Luiza

4

“Le Moigne afirma que conhecer é modelizar, ou seja, o

processo de conhecer equivale à construção de modelos do

mundo/domínio a ser construído que permitem descrever e

fornecer explicações sobre os fenômenos que observamos.”, p.

23.

CAMPOS, M.L.A. 4

LE MOIGNE, Jean-Louis. A teoria do sistema

geral: teoria da modelização. Lisboa : Instituto

Piaget, 1977.

Page 14: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

14

“Segundo Davis et alii (1992), o conceito de representação de

conhecimento pode ser mais bem entendido a partir das

seguintes definições ligadas aos papéis que poderá

desempenhar:

1. Uma representação de conhecimento é um mecanismo

usado para se raciocinar sobre o mundo, em vez de agir

diretamente sobre ele. Neste sentido, ela é, fundamentalmente,

um substituto para aquilo que representa. (...)

2. Uma representação de conhecimento é uma resposta à

pergunta “Em que termos devo pensar sobre o mundo?”, isto é,

um conjunto de compromissos ontológicos. (...)

3. Uma representação de conhecimento é uma teoria

fragmentada de raciocínio que especifica que inferências são

válidas e quais são recomendadas. Uma representação é

motivada por alguma percepção de como as pessoas

argumentam ou por alguma crença sobre o que significa

raciocinar de forma inteligente.(...)

4. Uma representação de conhecimento é um meio de

computação pragmaticamente eficiente. Na realidade, esta

questão aborda a utilidade prática da representação. (...)

5. Uma representação de conhecimento é um meio de

expressão, isto é, uma linguagem na qual se pode dizer coisas

sobre o mundo. (...) Uma representação é a linguagem na qual

nos comunicamos e, assim, devemos ser capazes de falar sem

esforço heróico.”, p. 24.

CAMPOS, M.L.A. 4

DAVIS, H. et al. Towards in integrated

environment with open hypermedia systems. In:

ACM CONFERENCE ON HYPERTEXT, 1992,

Milan, Italy. Proceedings... Milan, Italy, 1992.

Page 15: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

15

“(...) a representação do conhecimento pode ser classificada,

segundo Brachman (1979), de acordo com os tipos de

primitivas oferecidas ao usuário, em quatro níveis: lógico,

epistemológico, ontológico e conceitual.

O nível lógico é o nível da formalização. (...). No nível

epistemológico, a noção genérica de um conceito é introduzida

como uma primitiva de estruturação de conhecimento; ele é o

nível da estruturação. O nível ontológico tem por objetivo

restringir o número de possibilidades de interpretação do

conceito dentro de um dado contexto, a partir de um

formalismo que pretende representar o conteúdo do conceito.

No nível conceitual, independentemente de um formalismo, os

conceitos possuem, a priori, uma interpretação definida. (...)”,

p. 24-25

CAMPOS, M.L.A. 4

Falta a referência de Brachman

“(...) os quatro princípios fundamentais que devem auxiliar o

modelizador na elaboração de estruturas conceituais em

domínios de conhecimento são o método de raciocínio, o

objeto de representação, as relações entre os objetos e as

formas de representação.”, p. 25.

CAMPOS, M.L.A. 4

“Modelos são elaborados, tradicionalmente, tendo como

princípio um dos dois métodos de raciocínio: o método

dedutivo, também denominado top-down, ou o método

indutivo, também denominado bottom-up, ambos na ciência da

computação.

O método indutivo possibilita a elaboração de modelos,

partindo, desde o início, da representação dos

elementos/objetos e relações de um contexto. Já o método

dedutivo propõe que se elaborem mecanismos de abstração

para pensar primeiramente o domínio/ contexto,

independentemente de pensar os elementos e suas relações;

(...).”, p. 25.

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 16: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

16

“Na ciência da informação, a teoria da classificação facetada

(Ranganathan, 1967) é representante de um modelo que utiliza

o método dedutivo para classificar o conhecimento dentro de

um domínio. Desta forma, possui mecanismos de

representação para trabalhar com metaníveis conceituais – as

categorias. É a partir delas que os conceitos são ordenados

para formar classes de conceitos.”, p. 25

CAMPOS, M.L.A. 4

RANGANTHAN, S. R. Prolegomena to library

classification. Bombay : Asia Publishing House,

1967.

“No domínio da ciência da computação, a ontologia formal

utiliza o método indutivo. Apesar de possuir princípios para

descrição de metaníveis de objetos em um domínio

(universais), não utiliza esta classificação como um

mecanismo inicial para a organização dos objetos em um

contexto. O processo é iniciado com a descrição bastante

específica dos objetos de um contexto, desde sua identidade

até a sua dependência com outros objetos. Esta dependência,

entretanto, não é estabelecida do contexto para o objeto, mas

entre os objetos. Na verdade, o objetivo que suporta esta teoria

é a elaboração de instrumentos que possibilitem descrever,

conceitualmente, os elementos de um contexto.”, p. 26.

CAMPOS, M.L.A. 4

“Ainda no domínio da ciência da computação, a orientação a

objetos (OO), atendendo aos requisitos das aplicações a que se

destina, pode ser classificada, da mesma forma, como de caráter

indutivo. Nela, a metodologia já parte estabelecendo princípios

para identificar os objetos de um domínio e seus

relacionamentos, tratando assim, especificamente, desta

representação.”, p 26.

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 17: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

17

“Para Wuester, os conceitos (objeto/entidade/ instância)

associam-se um em relação aos outros, formando um sistema

de conceitos. Entretanto, o sistema é formado a partir da

análise do próprio conceito, e não do contexto em que ele está

inserido. O contexto é visto como um a priori que só é possível

identificar a partir do próprio conteúdo conceitual.”, p. 26.

CAMPOS, M.L.A. 4

WUESTER, E. L‘étude scientifique générale de la

terminologie, zone frontalière entre la linguistique,

la logique, l‘ontologie, l‘informatique et les

sciences des choses. In: RONDEAU, G.; FELBER,

F. (Org.). Textes choisis de terminologie. I.

Fondéments théoriques de la terminologie. Québec

: GIRSTERM, 1981. p. 57-114.

“No âmbito da ciência da informação, por sua vez, a teoria do

conceito introduz uma metodologia que poderíamos denominar

híbrida – não só o método dedutivo e não só o método

indutivo. (...)Dahlberg, no estabelecimento de sua teoria,

apresenta categorias para representar contextos e, logo depois,

analisa os conceitos de um contexto na perspectiva de ordená-

los no interior dessas categorias.”, p. 26.

CAMPOS, M.L.A. 4

“O segundo princípio diz respeito ao objeto de representação,

que, nas teorias analisadas, tem sido definido, de forma geral,

como a menor unidade de manipulação/representação de um

dado contexto.”, p. 26

CAMPOS, M.L.A. 4

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18

“Ranganathan, em seu Prolegomena, introduz o conceito de

isolado como a unidade mínima e manipulativa de um sistema

de classificação. Dalhberg apresenta o Conceito como unidade

mínima e o define como uma tríade – referente, características

e nome. O objeto é o referente, que pode ser classificado como

objeto individual, ou geral, que, circunscrito a um dado

contexto, requer apropriação de características, sendo-lhe

designado um signo lingüístico – um nome.”, p. 26-27.

CAMPOS, M.L.A. 4

“No âmbito da ciência da computação, no contexto da

orientação a objetos, os objetos que constituem o mundo real

são a sua própria representação: um objeto é um conceito. No

espaço teórico da inteligência artificial, no âmbito da ontologia

formal, Guarino (1998) propõe que os objetos, ou particulares,

sejam classificados como concretos e abstratos.”, p. 27.

CAMPOS, M.L.A. 4

GUARINO, N. Formal Ontology in Information

Systems. FOIS'98 Formal Ontology in Information

Systems, Trento, Itália. Anais... 1998. Amsterdam:

IOS Press, p. 3-15.

“Os objetos concretos, no âmbito da ontologia formal, são

classificados como contínuos e ocorrentes. Para a teoria do

conceito, assim como para a teoria da terminologia, os objetos

ocorrentes não são objetos, e sim ação. Uma ação não é uma

entidade (objeto), mas um processo que ocorre com um dado

objeto, não considerando, então, como um objeto, o que a

ontologia formal denomina objeto ocorrente.”, p. 27.

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 19: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

19

“(...) ainda no âmbito da ontologia, Sowa (SOWA, 2000)

define objeto ocorrente como um processo.”, p. 27.

CAMPOS, M.L.A. 4

SOWA, John F. Knowledge Representation:

logical, philosophical, and computational

foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.

“...objeto é na atualidade considerado como contínuo,...

processo é na atualidade considerado como ocorrente”, p. 27.

SOWA, John F. Knowledge Representation:

logical, philosophical, and computational

foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.

“As relações entre os objetos de um dado contexto formam a

estrutura conceitual deste contexto e são de natureza diversa.”,

p. 27.

CAMPOS, M.L.A. 4

“Na teoria da classificação facetada, entretanto, as categorias

são predefinidas, ou seja, Ranganathan propõe que todo

contexto de conhecimento pode ser dividido em até cinco

categorias fundamentais: entidade, matéria, energia, espaço e

tempo.”, p. 27

CAMPOS, M.L.A. 4

"A teoria do conceito estende para um número muito maior as

categorias. Na verdade, Dalhberg explicita, em seu trabalho

Ontical Strutures (Dahlberg, 1978a), que tem por princípio a

classificação proposta por Aristóteles na antigüidade clássica,

categorias para o entendimento do conceito, e não para

classificar um domínio de conhecimento/atividade (...).”, p. 27

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 20: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

20

DAHLBERG, I. Ontical structures and universal

classification. Banglore: Sarada Ranganathan

Endowment, 1978.

“(...) Dalhberg apresenta o conceito de propriedade como uma

categoria, diferentemente de Ranganathan, que o coloca como

uma manifestação de uma das categorias.”, p. 28.

CAMPOS, M.L.A. 4

“Na ontologia formal, o conceito categoria aparece como o

nível de análise da estruturação dos objetos de um domínio. Na

verdade, Guarino parte dos objetos (ontologia dos particulares)

e nos apresenta a seguinte forma de análise: em todo contexto

nos deparamos com objetos (contínuos ou ocorrentes) que

estão em dada região temporal ou espacial. Quando esses

objetos fazem parte de um dado domínio, eles possuem

propriedades e estão relacionados entre si. Os tipos de objetos,

as categorias de objeto e os papéis que esses objetos exercem

em um dado domínio são propriedades utilizadas para análise

dos objetos em determinado contexto.”, p. 28.

CAMPOS, M.L.A. 4

“No que diz respeito à teoria da terminologia, o maior nível de

agrupamento de conceitos é o que ela denomina sistema de

conceitos, que possui um significado próprio, pois, aqui, o

sistema de conceitos representa uma classe de conceitos, e não

a reunião de todas as classes, que só seria possível se existisse

um elemento agregador que, no caso, podem ser as

categorias.”, p. 28.

CAMPOS, M.L.A. 4

“A orientação a objetos parte do objeto e de sua relação, mas

não está preocupada exatamente em classificar o objeto no

contexto de categorias preestabelecidas, e sim no contexto em

que a aplicação se insere, ou seja, descrevê-lo e apresentá-lo na

relação com outros objetos.”, p. 28.

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 21: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

21

“ (...) a teoria do conceito e a teoria da classificação

denominam esta relação [entre os objetos] de hierárquica, a

teoria da terminologia denomina relação lógica, já a orientação

a objetos define como relação de generalização e

especialização, e a ontologia formal define como “é um (ISA)”

e é considerada uma propriedade em uma ontologia mínima de

universais para a estruturação de um domínio.”, p. 28.

CAMPOS, M.L.A. 4

“A relação hierárquica é uma das relações principais em

qualquer estrutura classificatória. Ela é a que forma a espinha

dorsal de uma estrutura. Para as teorias que tratam dos

processos definitórios de um conceito, como a teoria da

terminologia e a ontologia formal, ela é imprescindível, sendo

a partir dela que se estabelece o primeiro elemento de uma

definição.”, p. 29

CAMPOS, M.L.A. 4

“A teoria do conceito a denomina relação partitiva; a teoria da

classificação coloca, em um mesmo grupo, as relações

hierárquicas e partitivas, como relação hierárquica; na teoria

da terminologia, ela é chamada de relação ontológica de

coordenação partitiva; a orientação a objetos a define como

relação de agregação; e a ontologia formal, de teoria todo-

parte, também denominada “mereotopologia”

(mereotopology).”, p. 29

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 22: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

22

“Este tipo de relação [entre objetos diferentes] se apresenta, na

teoria do conceito, como relação funcional sintagmática, ou

seja, relações que se estabelecem entre categorias. As relações

funcionalsintagmáticas, diferentemente das relações de

natureza paradigmáticas (lógicas e partitivas), podem ser

reconhecidas como relações que tornam evidente uma

determinada demanda, ou função, entre os objetos no mundo

fenomenal, não objetivando explicitar o objeto e suas

propriedades.”, p. 30

CAMPOS, M.L.A. 4

“Já a teoria da terminologia procura disciplinar a possibilidade

representacional deste tipo de relação, ou seja, propõe uma

classificação para o que ela irá denominar relação ontológica

de encadeamento e relação ontológica de causalidade,

diferenciando, assim, a relação ontológica de coordenação

partitiva”, p. 30

CAMPOS, M.L.A. 4

“A ontologia formal (...) ao definir os pressupostos da teoria da

dependência, apresenta questões ligadas ao relacionamento

entre os conceitos, no qual evidencia, com exemplificações,

que os conceitos se relacionam não somente em dependência

genérica e partitiva, mas também em várias formas de

dependência existencial, envolvendo indivíduos específicos

pertencentes a classes diferentes.”, p. 30.

CAMPOS, M.L.A. 4

“(...) a orientação a objetos não nomeia esta relação, mas a

utiliza quando efetiva relacionamentos entre objetos.”, p. 30

CAMPOS, M.L.A. 4

Page 23: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

23

“Por último, é importante verificar um dado tipo de relação

que não mais se constitui entre conceitos, mas entre a forma de

expressar os conceitos, ou seja, dá-se no âmbito da língua: a

chamada relação de equivalência. Esta relação é somente

representada na teoria do conceito e da terminologia.”, p. 30

CAMPOS, M.L.A. 4

“Um modelo conceitual deve ser visto, também, como um

espaço comunicacional em que transpomos o mundo

fenomenal para um espaço de representação.”, p. 31

CAMPOS, M.L.A. 4

“A teoria da terminologia utiliza-se de uma representação

gráfica, visando a dois aspectos: o primeiro fornece ao

terminólogo uma ferramenta mais precisa para classificar os

conceitos em um sistema de conceitos, possibilitando, assim, a

elaboração de definições mais consistentes; o segundo permite

ao usuário visualizar as classes de conceitos afins, o que uma

simples ordem alfabética não permitiria. Por outro lado, a

ontologia utiliza-se da representação gráfica, como uma

ferramenta para garantir um projeto lógico mais bem

estruturado de um sistema e, para tanto, recorre geralmente à

representação gráfica utilizada pelo modelo OO. Assim, a

ontologia, apesar de avançar quanto aos aspectos teóricos da

OO, ainda está refém de uma forma de evidenciar os conceitos

e suas relações, pois, como foi dito, utiliza o modelo de

representação da OO.”, p. 31.

CAMPOS, M.L.A. 4

Termo Autor texto citações Obras dos autores citados

Page 24: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

24

Organização de Domínios

CAMPOS, Maria Luiza; MARCONDES, Carlos H.

5

“(...) Tim Berners-Lee propõe a visão da Web Semântica, uma

extensão da Web atual, formada por documentos

compreensíveis unicamente por pessoas, para uma Web em

que documentos seriam auto-descritíveis, de forma que seu

conteúdo possa ser “compreendido” por programas, os agentes

de “software”*, que assim poderiam “raciocinar” e fazer

“inferências” sobre o conteúdo de documentos, ajudando as

pessoas em diferentes tarefas de recuperação de informações

que exijam, raciocínio, decisões, inferência de conclusões a

partir de informações não explicitamente disponíveis ou de

informações contextuais.”, p. 109.

CAMPOS, M.L.A. 5

“Ontologia é definida como uma especificação formal e

explícita de um conceitualização compartilhada. Fornece uma

compreensão comum e compartilhada de um domínio que

pode ser comunicada a pessoas e sistemas* (DING, 2002b, p.

375).”, p. 111.

DING, Yin; FOO, Schubert. Ontology research and

development. Part 2 - a review of ontology

generation. Journal of Information Science, v.28,

n.4, p. 375-388, 2002.

“Uma conceitualização parcial de um domínio de

conhecimento, compartilhada por uma comunidade de

usuários, definida em linguagem formal, processável por

máquina, para o objetivo explícito de compartilhar informação

semântica entre sistemas automatizados.* (JACOB, 2003, p.

20).”, p. 111.

JACOB, Elin K. Ontologies and the Semantic Web.

Bulletin of the American Society for

Information Science and Technology, April/May,

2003. p. 19-22.

“A literatura, muitas vezes, vem denominando ontologias

pequenas estruturas de conceitos. Essas estruturas, apesar de

possuírem conceitos e relações, não possuem definição na

forma de axiomas dos seus conceitos e, na maioria das vezes,

não são árvores, mas grafos. Estes tipos de ontologias são

chamadas, também, de ontologias informais (WEINSTEIN,

1998) ou ontologias lingüísticas (GUARINO, 1998 b)”, p. 112.

CAMPOS, M.L.A. 5

Page 25: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

25

WEINSTEIN, Peter C. Ontology-Based Metadata:

transforming the MARC Legacy. Digital

Libraries, Pittsburg, p. 254-263, 1998.

GUARINO, N. Some ontological principles for

designing upper level lexical resorces. In:

International Conference on Language Resources

and Evalution, 1., 1998, Granada.

Proceedings…1998 b. Disponível em:

<http://www.loa-cnr.it/Papers/LREC98.pdf>.

Acesso em: 15 out. 2005.

“Em Inteligência Artificial o que se denomina por ontologia é

considerado ontologia formal, ou seja, aquela que define

vocabulário com o uso da Lógica.(...) Desta forma, uma

ontologia consiste em termos, definições, e axiomas relativos a

eles. (GRUBER, 1993)”, p. 112.

CAMPOS, M.L.A. 5

GRUBER, T.R. A translation approach to portable

ontology specifications. Knowledge Acquisition,

v. 5, p. 199-220, 1993.

“A diferença entre uma ontologia lingüística e uma formal é

que as ontologias lingüísticas constroem redes semânticas

entre palavras, onde estão em jogo cadeias de associações que,

na maioria dos casos, não estão baseadas em relações

lógicas.”, p. 112.

CAMPOS, M.L.A. 5

Page 26: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

26

"A Web Semântica não é uma Web separada, mas sim uma

extensão da Web atual, na qual à informação é dado um

significado definido, favorecendo que computadores e pessoas

trabalhem em cooperação”* (BERNERS-LEE, 2, 2001)", p.

114.

BERNERS-LEE, Tim; HENDLER, James;

LASSILA, Ora. The semantic web. Scientific

American, May, 2001. Disponível em:

<http://www.scian.com/2001/0501issue/0501berner

s-lee.html>.Acesso em: 24 mai. 2001.

“As ontologias formais ligadas ao conceito de modelagem de

conhecimento podem ser consideradas um mecanismo de

representação, como um meio próprio de observação do

conhecimento de um dado domínio. O objetivo da modelagem

de conhecimento é elaborar uma conceituação da porção do

mundo em estudo.”, p. 118.

CAMPOS, M.L.A. 5

“Toda ontologia formal está pautada em uma taxionomia,

como uma "espinha dorsal" de qualquer domínio de

conhecimento. (GUARINO, 1998a)."p. 118.

CAMPOS, M.L.A. 5

GUARINO, N. Formal ontology and information

systems. In: FOIS '98, 1, 1998, Trento, Italy.

Proceedings… Amsterdam: IOS Press; Tokyo:

Omsha, 1998 a. p. 3-15.

Na prática, a Ontologia Formal pode ser entendida como a

teoria das distinções a priori sobre: as entidades do mundo

(objetos físicos, eventos, regiões, quantidades de matéria); as

categorias de meta-nível para modelar o mundo (conceitos,

propriedades, qualidades, estados, papéis e partes).

(GUARINO, 1998a).”, p.118.

CAMPOS, M.L.A. 5

Page 27: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

27

GUARINO, N. Formal ontology and information

systems. In: FOIS '98, 1, 1998, Trento, Italy.

Proceedings… Amsterdam: IOS Press; Tokyo:

Omsha, 1998 a. p. 3-15.

“Uma ontologia define um vocabulário comum para uma

comunidade que precisa compartilhar informação em um

determinado domínio. Inclui definições de conceitos básicos

no domínio e as relações entre estes de forma que sejam

interpretáveis por máquina.”, p. 121.

CAMPOS, M.L.A. 5

“Muita confusão se tem feito em torno do conceito de

ontologia, que não pode ser considerado somente como um

vocabulário controlado. Uma ontologia possui informações de

natureza distinta, ou seja: terminológica - possui um conjunto

básico de conceitos e relações-; e assertivas aplicadas aos

conceitos e relações, que constitui um conjunto de axiomas,

diferentemente de um tesauro.” (CAMPOS, M. L. M;

CAMPOS, M. L. A.; CAMPOS, L. M., 2005)”, p. 122.

CAMPOS, M. L. M.; CAMPOS, M. L. A.;

CAMPOS, L. M. . Web semântica e a gestão de

conteúdos informacionais. In: Carlos H.

Marcondes; Hélio Kuramoto; Lídia Brandão

Toutain; Luís Sayão. (Org.). Bibliotecas digitais:

saberes e práticas. Salvador, EDUFBA; Brasília:

IBICT, 2005, p. 55-75.

“Se considerarmos uma ontologia como um sistema de

conceitos interelacionados, podemos dizer que estas contém

basicamente três componentes, quais sejam: 1. Um conjunto

básico de conceitos e relações; 2. Uma forma de representação;

3. Um conjunto de assertivas.”, p. 122-123.

CAMPOS, M.L.A. 5

Page 28: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

28

“(...) diferentemente das ontologias, as relações em tesauros

são menos especificadas. Mesmo os tesauros de vertente

conceitual que avançam sobre os com base somente alfabética,

não especificam suas relações de modo a possibilitar o

raciocínio automatizado (CAMPOS, 2001), como é um dos

requisitos para que uma ontologia venha a ser definida como

formal.”, p. 123.

CAMPOS, M.L.A. 5

“A taxonomia ou taxionomia surgiu como Ciência das leis da

classificação de formas vivas e, por extensão, ciência das leis

da classificação. No ambiente dos sistemas de classificação,

das ontologias, da inteligência artificial, é entendida como

classificação de elementos de variada natureza.”, p. 123-124

CAMPOS, M.L.A. 5

CAMPOS, M. L. A. Linguagem documentária:

teorias que fundamentam sua elaboração. Niterói:

EDUFF, 2001.

DAHLBERG, I. A Referent-oriented analytical

concept theory of interconcept. International

Classification, Frankfurt, v.5, n.3, p.142-150,

1978a.

Page 29: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

29

“Modelos vêm sendo elaborados, tradicionalmente, tendo

como princípio um dos dois métodos de raciocínio: o método

dedutivo, também denominado "top-down", na Ciência da

Computação, ou o método indutivo, também denominado

"bottom-up", na Ciência da Computação. No âmbito da

Ciência da Informação, por sua vez, a Teoria do Conceito

(DAHLBERG, 1978b) introduz uma metodologia que

poderíamos denominar de híbrida - não só o método dedutivo e

não só o método indutivo - mas agregando os dois em um

exercício de pensar o particular como um todo e o todo

possuindo particulares.”, p. 124

CAMPOS, M.L.A. 5

DAHLBERG, I. Ontical structures and universal

classification. Bangalore: Sarada Ranganthan

Endowment, 1978b. 64 p.

“Ranganathan em seus Prolegomena (1967) introduz o conceito

de isolado como a unidade mínima e manipulativa de um

sistema de classificação. Dalhberg apresenta o Conceito, como

unidade mínima, e o define como uma tríade - referente,

características e nome. O objeto é o referente, que pode ser

classificado como objeto individual, ou geral, que, circunscrito

a um dado contexto, requer apropriação de características,

sendo-lhe designado um signo lingüístico – um nome.”, p. 125.

CAMPOS, M.L.A. 5

RANGANATHAN, S. R. Prolegomena to library

classification. New York: Asia Publishing House,

1967.

Page 30: Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de preparação para a pesquisa:

30

“O primeiro movimento é a verificação, nas teorias e métodos

apresentados, da existência de relações categoriais. Este tipo

de relação reúne, em um primeiro grande agrupamento, os

objetos por sua natureza, ou seja, entidades, processos, entre

outros.”, p.126

CAMPOS, M.L.A. 5

“Para Dalhberg a relação hierárquica baseia-se em uma relação

lógica de implicação, ou seja, nela os conceitos devem ser de

mesma natureza, o que não ocorre com o todo e suas partes

que, em muitos casos, são de natureza diferentes.”, p.126

CAMPOS, M.L.A. 5

“Um terceiro movimento do ato de modelar é a análise de

como "o objeto se constitui", ou seja, quais são suas partes e

elementos. Nesta forma de relacionamento, determinam-se as

relações partitivas.”, p.126

CAMPOS, M.L.A. 5

“Um outro movimento é verificar como objetos de natureza

diferente se relacionam e representar esse relacionamento de

forma mais consistente, ou seja, a partir da determinação de

alguns critérios prescritivos que possibilitam ligações mais

criteriosas. Este tipo de relação se apresenta, na Teoria do

Conceito, como Relação Funcional Sintagmática, ou seja,

relações que se estabelecem entre categorias.”, p.126

CAMPOS, M.L.A. 5

Há um tipo de relação que se constitui “(...) entre a forma de

expressar os conceitos, ou seja, se dá no âmbito da língua: a

chamada Relação de Equivalência que evidenciam

relacionamentos de sinonímia ou quase-sinônimos.”, p.126

CAMPOS, M.L.A. 5

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“Podemos afirmar que um corpo de conhecimento

representado é baseado em uma conceituação, dos objetos, dos

conceitos e de outras entidades, que se supõem existir em

alguma área de interesse e os relacionamentos que os ligam.

Desta forma, toda base de conhecimento é comprometida com

alguma conceituação. Esta deve poder ser representada para

atender as necessidades de sistemas automatizados. Nestes

sistemas, são os mecanismos de representação de

conhecimento que podem facilitar quais processos de

formalização sobre os objetos e suas relações em contextos

pré-definidos podem ser facilmente representados. No âmbito

das ontologias estes mecanismos permitem a sistematização

dos conceitos e conseqüentemente a elaboração de definições

consistentes, visando possibilitar futuras inferências sobre o

domínio.”, p. 126-127.

CAMPOS, M.L.A. 5

“Sistemas computacionais, com suas interações humano-

máquina e humano humano, mediadas por computadores e

redes, por sua vez inseridas em complexas interações

sócioculturais, são sistemas altamente complexos, recursivos,

em que o modelador é também parte do sistema, influencia e é

influenciado por ele (LE MOIGNE, [s.d.]).”, p. 128

CAMPOS, M.L.A. 5

LE MOIGNE, J-L. A teoria do sistema geral:

teoria da modelização. Lisboa: Instituto Piaget,

1977. A citação está como S.D. no corpo do texto,

apesar de nas referêcnias aparecer com data.

Pusemos as duas referências existentes.

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LE MOIGNE, J.-L. Formalisms of systemic

modeling. 1992. Disponível em:

<http://www.mcxapc.org/docs/ateliers/0505formali

smes.pdf> . Acesso em: 05 mar. 2005.

“Neste sentido a modelagem de sistemas computacionais, entre

eles as ontologias, vai na direção do preconizado por Hjorland

(2002), e já investigada por pesquisadores da Ciência da

Computação como Prieto-Diaz (1990) e Berzitiss (1999), de

uma visão sócio-cognitiva, de análise de domínios.”, p. 128.

CAMPOS, M.L.A. 5

HJØRLAND, Birger. Domain analysis in

information science: Eleven approaches -

traditional as well as innovative. Journal of

Documentation, v. 58, n. 4, p. 422- 462, 2002.

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Artigos utilizados:

1 -CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Organização de domínios de conhecimento e os

princípios ranganathianos. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.

8, n. 2, p. 150-163, jul./dez. 2003.

2 -MEDEIROS, Jackson da Silva.; CAMPOS, M. L. A. Tesauros Conceituais e

Ontologias de Fundamentação: modelos conceituais para representação de domínios. In:

ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, XI, Rio de

janeiro, 2010.

3 -CAMPOS, M. L. A. Estudo comparativo de modelo de representação de domínios de

conhecimento: uma investigação interdisciplinar. In: ENANCIB - Encontro Nacional

de Pesquisa em Ciência da Informação, V, Belo Horizonte, 2003.

4 - CAMPOS, M. L. A. Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de

princípios fundamentais. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 1, p. 22-32, jan./abr.

2004.

5 -MARCONDES, Carlos Henrique; CAMPOS, M. L. A. Ontologia e Web Semântica: o

espaço da pesquisa em Ciência da informação. Ponto de Acesso, Salvador, v.2, n.1, p.

107-136, jun./jul. 2008

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ANEXO I – Cópia do parecer da Comissão de Pesquisa referente ao Relatório

Parcial de IC 2013-2014