Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ 2 TITULAR DO ÓRGÃO: Ronaldo César Coelho Secretário Municipal de Saúde UNIDADES DE S AÚDE: Hospital Municipal do Andaraí Diretor: Sara Asenjo de Paula Hospital Municipal Miguel Couto Diretor: Edson Rodrigues da Paixão Hospital Municipal Salgado Filho Diretor: Yvo Perrone Teixeira Hospital Municipal Souza Aguiar Diretor: Carlos Scherr Hospital Municipal Lourenço Jorge Diretor: Flávio Adolpho Silveira Hospital Municipal Paulino Werneck Diretor: Luiz Carlos Goldstein Hospital Municipal de Reabilitação Diretor: Rosângela de Andrada Pereira Hospital Municipal Cardoso Fontes Diretor: Maria Lúcia Newlands ÉPOCA DA INS PEÇÃO: De 19/10/2004 a 09/11/2004 TIPO DE INSPEÇÃO: Especial EQUIPE INS PECIONANTE: Cícero dos Santos Silva Inspetor Setorial Matrícula nº 40/900.724 Christiano Lacerda Ghuerren Técnico de Controle Externo Matrícula nº 40/901.384
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TITULAR DO ÓRGÃO: Ronaldo César Coelho · execução e elaboração do relatório) às quais se seguiu a fase do contraditório, análise e apreciação dos comentários tecidos
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Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
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TITULAR DO ÓRGÃO:
Ronaldo César Coelho Secretário Municipal de Saúde
UNIDADES DE SAÚDE:
Hospital Municipal do Andaraí Diretor: Sara Asenjo de Paula Hospital Municipal Miguel Couto Diretor: Edson Rodrigues da Paixão Hospital Municipal Salgado Filho Diretor: Yvo Perrone Teixeira Hospital Municipal Souza Aguiar Diretor: Carlos Scherr Hospital Municipal Lourenço Jorge Diretor: Flávio Adolpho S ilveira Hospital Municipal Paulino Werneck Diretor: Luiz Carlos Goldstein Hospital Municipal de Reabilitação Diretor: Rosângela de Andrada Pereira Hospital Municipal Cardoso Fontes Diretor: Maria Lúcia Newlands
ÉPOCA DA INSPEÇÃO:
De 19/10/2004 a 09/11/2004
TIPO DE INSPEÇÃO:
Especial
EQUIPE INSPECIONANTE:
Cícero dos Santos Silva
Inspetor Setorial Matrícula nº 40/900.724
Christiano Lacerda Ghuerren
Técnico de Controle Externo Matrícula nº 40/901.384
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1.1.3 – PAPÉIS DE TRABALHO.....................................................................8
2 - METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS..........................................................................8
3 – DAS UNIDADES INSPECIONADAS................................................................................9
3.1 - HOSPITAL MUNICIPAL DR. JÚLIO SANDERSON DE QUEIRÓZ................9 3.1.1 – HISTÓRICO E PERFIL.......................................................................9 3.1.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................10 3.1.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................11 3.1.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................12
3.1.4.1 – CENTRO CIRÚRGICO.....................................................14 3 .1.4.2 - EMERGÊNCIA.................................................................17 3.1.4.3 – CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS............20 3.1.4.4 – ENFERMARIA DE ADULTOS.........................................22 3.1.4.5 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS..................23 3.1.4.6 – FARMÁCIA.......................................................................25
3.2 – HOSPITAL MUNICIPAL MIGUEL COUTO...................................................27 3.2.1 – HISTÓRICO E PERFIL.....................................................................27 3.2.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................28 3.2.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................28 3.2.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................29 3.2.4.1 – RECEPÇÃO.....................................................................31 3.2.4.2 – TRIAGEM.........................................................................31 3.2.4.3 – PRONTO SOCORRO.......................................................32 3.2.4.4 – LABORATÓRIO...............................................................35 3.2.4.5 – PEDIATRIA......................................................................36 3.2.4.6 – ORTOPEDIA....................................................................36 3.2.4.7 – OTORRINOLARINGOLOGIA.........................................37 3.2.4.8 – OFTALMOLOGIA............................................................37 3.2.4.9 – ODONTOLOGIA..............................................................37 3.2.4.10 – EMERGÊNCIA CLÍNICA............... ...............................38
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3.2.4.11 – POLITRAUMA..................................................................40 3.2.4.12 – CENTRO CIRÚRGICO.....................................................42 3.2.4.13 – SALA DE CIRURGIA FEMININA....................................43 3.2.4.14 – NUTRIÇÃO.......................................................................44 3.2.4.15 – EMERGÊNCIA.................................................................45 3.2.4.16 – UTI PEDIÁTRICA............................................................46 3.2.4.17 – UTI ADULTOS.................................................................46 3.2.4.18 – MATERNIDADE...............................................................47 3.2.4.19 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS................47 3.2.4.20 – FARMÁCIA......................................................................48 3.3 – HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO................................................49. 3.3.1 – HISTÓRICO E PERFIL.....................................................................49 3.3.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................50 3.3.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................50 3.3.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................50
3.3.4.1 – ELEVADORES DE ACESSO AOS PAVIMENTOS...........55 3.3.4.2 – CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO......................55 3.3.4.3 – NOVA EMERGÊNCIA.......................................................56 3.3.4.4 – UNIDADE DINÂMICA DE EMERGÊNCIA.....................56 3.3.4.5 – GRANDE EMERGÊNCIA.................................................56 3.3.4.6 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS..................57 3.3.4.7 – FARMÁCIA........................................................................57
3.4 – HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIAR....................................................59 3.4.1 – HISTÓRICO E PERFIL.....................................................................59 3.4.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................59 3.4.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................60 3.4.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................61
3.4.4.1 – RECEPÇÃO DO TÉRREO.................................................61 3.4.4.2 – SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO ADULTO........61 3.4.4.3 – SPA PEDIÁTRICO.............................................................62 3.4.4.4 – EMERGÊNCIA..................................................................63 3.4.4.5 – UNIDADE CORONARIANA.............................................64 3.4.4.6 – CENTRO CIRÚRGICO.....................................................65 3.4.4.7 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS...................67 3.4.4.8 – FARMÁCIA........................................................................67
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3.5 – HOSPITAL MUNICIPAL LOURENÇO JORGE...........................................68 3.5.1 – HISTÓRICO E PERFIL....................................................................68
3.5.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................69 3.5.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................69 3.5.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................70
3.5.4.1 – SETORES DIVERSOS.......................................................70 3.5.4.2 – PEQUENA EMERGÊNCIA...............................................70 3.5.4.3 – GRANDE EMERGÊNCIA..................................................71 3.5.4.4 – SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA...............72 3.5.4.5 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS...................73 3.5.4.6 – FARMÁCIA........................................................................73
3.6 – HOSPITAL MUNICIPAL PAULINO WERNECK...........................................74 3.6.1 – HISTÓRICO E PERFIL....................................................................74
3.6.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................75 3.6.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................75 3.6.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................75
3.6.4.1 – UNIDADE DE PACIENTES GRAVES..............................76 3.6.4.2 – PROCEDIMENTOS DE MAIOR COMPLEXIDADE........77 3.6.4.3 – ULTRASSONOGRAFIA.....................................................78 3.6.4.4 – ANATOMIA PATOLÓGICA...............................................78 3.6.4.5 – REFRIGERAÇÃO GERAL.................................................78 3.6.4.6 – UNIDADE TRANSFUSIONAL...........................................79 3.6.4.7 – LABORATÓRIO COM BAIXA RESOLUTIVIDADE.........80 3.6.4.8 – CENTRAL DE ESTERILIZAÇÃO......................................80 3.6.4.9 – MATERNIDADE................................................................81 3.6.4.10 – PEDIATRIA......................................................................81 3.6.4.11 – FARMÁCIA......................................................................81
3.7 – HOSPITAL MUNICIPAL DE REABILITAÇÃO.............................................82 3.7.1 – HISTÓRICO E PERFIL....................................................................82
3.7.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................82 3.7.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................83 3.7.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE...............................83
3.7.4.1 – CORREDORES E BANHEIRO DO 4º PAVIMENTO.......84 3.7.4.2 – SALA DE TERAPIA OCUPACIONAL INFANTIL.............85 3.7.4.3 – CORREDOR DO 7º PAVIMENTO....................................85 3.7.4.4 – ENFERMARIA DE REABILITAÇÃO MASCULINA..........85 3.7.4.5 – ENFERMARIA DE REABILITAÇÃO FEMININA.............85 3.7.4.6 – SALA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA......................86 3.7.4.7 – SALAS DE FISIOTERAPIA 05 E 06..................................86 3.7.4.8 – SALA DE CURATIVO 14...................................................86
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3.7.4.9 - OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS...................86
3.8 – HOSPITAL MUNICIPAL CARDOSO FONTES..............................................88 3.8.1 – HISTÓRICO E PERFIL....................................................................88
3.8.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA................89 3.8.3 – RECURSOS HUMANOS...................................................................89 3.8.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE..............................90
3.8.4.1 – EMERGÊNCIA..................................................................91 3.8.4.2 – SALA DE HIPODERMIA...................................................91 3.8.4.3 – UNIDADE CLÍNICA E CORONARIANA..........................90 3.8.4.4 – PEDIATRIA........................................................................91 3.8.4.5 – UTI PEDIÁTRICA..............................................................92 3.8.4.6 – CENTRO CIRÚRGICO......................................................92 3.8.4.7 – FISIOTERAPIA..................................................................92 3.8.4.8 – FARMÁCIA........................................................................93 3.8.4.9 - OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS...................93
4 – SITUAÇÃO ECONÔMICA – FINANCEIRA....................................................94 5 – IRREGULARIDADES ENCONTRADAS E RECOMENDAÇÕES...................98 6 – CONCLUSÃO................................................................................................102 ANEXOS I – Hospital Municipal Dr. Sanderson de Queiroz
II – Hospital Municipal Miguel Couto
III – Hospital Municipal Salgado Filho
IV – Hospital Municipal Souza Aguiar
V – Hospital Municipal Lourenço Jorge
VI – Hospital Municipal Paulino Werneck
VII – Hospital Municipal de Reabilitação
VIII – Hospital Municipal Cardoso Fontes
IX – Custo das Unidades Municipalizadas
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1 - INTRODUÇÃO
1.1 – NATUREZA, ÂMBITO E OBJETIVOS DA INSPEÇÃO ESPECIAL
1.1.1 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Inspeção Especial de que trata o presente relatório tem sua legitimidade conferida
pelo disposto no inciso IV, art. 88 da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, bem
como pelo decidido na Sessão Plenária, realizada em 18/08/2004, no processo nº CMRJ
– 03259/2004, nos termos do artigo 10, inciso III, alínea “a” do Regimento Interno,
aprovado pela Deliberação nº 34, de 10/03/1983, deste Tribunal, tendo sido constituída
Comissão encarregada da realização da mesma, através da Resolução nº 259, de
04/10/2004, publicada no D. O. Rio, de 06/10/2004.
1.1.2 – OBJETIVO GERAL
O presente relatório consolida os resultados da Inspeção Especial realizada nos
Hospitais Municipais do Andaraí, Miguel Couto, Salgado Filho, Souza Aguiar, Lourenço
Jorge, Paulino Werneck, Reabilitação e Cardoso Fontes, com o objetivo de apurar o
apontado no relatório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro,
constante do processo nº CMRJ – 03259/2004, encaminhado através da Câmara Municipal
do Rio de Janeiro.
A Inspeção Especial foi desenvolvida em conformidade com as determinações desta
Corte pautando-se por princípios, procedimentos e normas técnicas constantes do Manual
de Inspeção nos órgãos da Administração Direta aprovado por este Tribunal de Contas,
bem como por procedimentos específicos que se justificaram e que estão evidenciados ao
longo do relatório.
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Dentre os 19 (dezenove) hospitais municipais visitados pelo Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio de Janeiro, selecionamos 08 (oito) de maior porte e com maior
abrangência populacional.
1.1.3 - PAPÉIS DE TRABALHO
A presente Inspeção foi realizada através de um programa consubstanciado em
papéis de trabalho e toda a documentação encontra-se arquivada nesta IGE, para eventuais
consultas. Ressaltamos, que nossos exames tiveram como referência o apontado pelo
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.
Destacamos que, dentre os papéis de trabalho, utilizamos os seguintes:
a) Realização de entrevistas;
b) Fotos dos locais inspecionados;
d) Dados obtidos em Internet e no processo de prestação de contas da SMS, referente ao
exercício de 2003;
f) Ofícios e documentos fornecidos pelos responsáveis das Unidades de saúde visitadas;
g) Requisição de documentos.
2 - METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS
O desenvolvimento da Inspeção Especial obedeceu à procedimentos e normas
técnicas de auditoria, na extensão necessária, compreendendo três fases (planejamento,
execução e elaboração do relatório) às quais se seguiu a fase do contraditório, análise e
apreciação dos comentários tecidos pelos responsáveis dos Hospitais inspecionados.
Na faze de execução da Inspeção foram visitadas 08 (oito) Unidades de Saúde
distribuídas em 06 (seis) Áreas de Planejamento (AP’s), para fins de verificação in loco das
condições gerais dos hospitais.
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Nesta fase, foram feitas vistoria nas unidades selecionadas e solicitadas informações
e toda documentação necessária aos gestores dos hospitais, com vista à análise da situação
relatada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.
3 – DAS UNIDADES INSPECIONADAS
3.1 – HOSPITAL MUNICIPAL DR. JÚLIO SANDERSON DE QUEIRÓZ
Nome popular: Hospital do Andaraí Endereço: Rua Leopoldo, 280 – Andaraí Telefone(s): 2575-7000 / 2575-7241 Área de Planejamento: 2.2 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas
ortopédicas, neurocirúrgicas, e oncológicas, tendo ainda as unidade de cuidados
coronarianos, unidade de gestantes e puérperas de alto risco (CTI), pólo de atendimento ao
pé diabético, o que possibilita um melhor controle e acompanhamento dos pacientes com o
objetivo de prevenir amputações, bem como residência médica que forma profissionais
médicos e de enfermagem em todas as especialidades.
A emergência atende 24 (vinte e quatro) horas, com demanda espontânea, sem
restrições à gravidade do caso ou local de residência, produzindo cirurgias de emergência
na traumato-ortopedia, neurocirurgia e cirurgia geral, atendendo aos moradores de todos os
bairros do Município do Rio de Janeiro, bem como aos moradores dos municípios vizinhos.
3.1.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA
Localiza-se no bairro do Andaraí, na área de planejamento CAP 2.2, que
compreende além do Andaraí, os bairros da Tijuca, Grajaú, Praça da Bandeira, Maracanã,
Vila Isabel, Usina, Muda e Alto da Boa Vista. A população da área estimada é de 367.005
habitantes (censo de 2000) e se caracteriza por uma população de pessoas idosas, tendo um
dos mais elevados percentuais de idosos no município do Rio de Janeiro.
Nesta área estão localizadas algumas comunidades carentes, como os Morros do
Borel, Salgueiro, Macacos, Turano, Formiga, Andaraí, Cruz, Casa Branca e Divinéia, que
provocam um aporte de atendimentos consideráveis à emergência do Hospital.
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3.1.3 - RECURSOS HUMANOS
Em relação aos hospitais que passaram a gestão municipal identificou-se que os
problemas com quadro de pessoal são constantes em função do perfil dos servidores
federais lotados nas Unidades, com idade e tempo para aposentadoria. Após a
municipalização, muitos deles se aposentaram, não havendo reposição por parte do
município, ocasionando a carência de profissionais, tanto na área médica quanto na área
administrativa. Projeções efetuadas em algumas Unidades dão conta de que daqui há alguns
anos (5 ou 6), não haverá servidores federais lotados nas Unidades de Saúde.
Após receber o relatório elaborado pela Unidade apontando as suas necessidades, a
Coordenadoria de Recursos Humanos, através de sua Assessoria de Planejamento, elabora
o projeto básico, o qual permite que a SMS conheça, oficialmente, as reais carências de
cada categoria e promova o planejamento dos concursos públicos.
À luz destas carências a Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Fundação
João Goulart realizou concurso público, autuado através do processo administrativo
09/031.294/2002, datado de 30/08/2002, específico para a Unidade. Deste concurso foram
nomeados 519 candidatos, conforme quadro constante do Anexo I.
Conforme pode ser observado no quadro do provimento não autorizado (Anexo I), a
carência de recursos humanos daquela época, 30/08/2002 e 15/07/2003, que já apontava
necessidades mais prementes nos setores administrativos, principalmente, telefonistas e
recepcionistas, além de profissionais na área de Anatomia Patológica, Anestesiologistas,
Assistente Social, Auxiliar de Imobilização Ortopédica, Cirurgião Torácico, Intensivista,
Oficial de farmácia, Urologista, bem como de profissionais para o Pólo do Pé Diabético, se
agravaram.
A Diretora do hospital nos forneceu uma relação atualizada em 19/10/2004,
contendo o quantitativo geral do hospital, o déficit de recursos humanos por especialidade
médica, bem como do pessoal administrativo, conforme quadro constante do Anexo I.
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3.1.4 - VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE
Objetivando verificar as condições atuais das instalações do hospital, bem como a
qualidade do atendimento médico-hospitalar e confrontar com o apontado no relatório do
CREMERJ, a Comissão Inspecionante vistoriou diversos setores do mesmo, o que
possibilitou a constatação de que há problemas de infra-estrutura que estão comprometendo
o andamento normal dos serviços públicos disponibilizados pelo Hospital.
Dentre os setores existentes, foram vistoriados o Centro Cirúrgico, a Emergência
Adulta e Pediátrica, Postos de Enfermagem, Salas de Repouso, Unidade de Pacientes
Graves, Sala de Aplicação de Medicamento Injetável, Sala de Espera do Pronto
Atendimento, Sala de Espera do Centro de Imagem e Elevadores de Acesso aos
Pavimentos.
Os médicos em geral, informaram ao Presidente da Comissão de Ética Médica do
Hospital Municipal do Andaraí, Dr. Dásio Lopes Simões, diversos problemas relacionados
à prestação dos serviços de saúde, conforme documentos de fls. 132/133, 164/166, 170,
175/176, constantes do processo nº CMRJ – 03259/2004, a saber:
��Haver, em 01/04/2004, uma lista de oito pacientes com indicação para
cirurgia de revascularização arterial, evoluindo para gangrena, aguardando
leito e material;
��O Serviço de Cirurgia Geral enfrenta, além da diminuição do número de
salas de cirurgia, a falta de grampeadores, de telas de marlex, de fios
cirúrgicos adequados, bem como há irregularidades de estoque de
medicamentos. Tem registrado até 01/04/2004, um número considerável de
doentes na fila de espera para internação e cirurgia (240 enfermos com
coleletíase e 393 com hérnia inguinal), com aumento de possibilidade de
complicações devido ao retardo no tratamento;
��O Serviço de Colo-Proctologia tinha em 01/04/2004, 17 enfermos com
câncer aguardando internação, já sendo excluídos aqueles com exames
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complementares pré-operatórios pendentes. Esses se encontram sem
perspectiva de tratamento a curto-prazo devido ao afunilamento da porta de
entrada para a internação hospitalar, provocada pelas obras no Centro
Cirúrgico;
��O Centro de Tratamento de Queimados, cuja importância é inestimável para
a população, imergiu na falta de provisão de medicamentos e material de
consumo básico (ex.: vaselina) e na ausência de recursos diagnósticos
importantíssimos como o exame bacteriológico da cultura de pele com
contagem de colônias por grama de tecido;
��Os pacientes dos ambulatórios de Otorrinolaringologia têm aguardado até
02 (dois) anos por uma cirurgia. A falta de material cirúrgico específico e o
número excessivo de consultas contribuem para este tempo;
��No Setor de Imagem, há freqüente paralisação na realização de exames
radiológicos devido a defeitos nas processadoras automáticas para revelação
de filmes de RX. A falta de manutenção há cerca de 03 (três) meses, sem
previsão de novos contratos, é fator determinante para a reincidência dessas
panes. Os pacientes externos esperam até 03 (três) meses por um exame
ultrassonográfico. Há carência de 27 (vinte e sete) técnicos de radiologia
médica, sem uma previsão de reposição de funcionários;
��O Serviço de Anestesiologia se vê obrigado a lidar com ventiladores,
monitores e outros aparelhos na obsolescência com necessidade freqüente
de consertos, dificultando o desempenho técnico dos profissionais. Em
08/01/2004, este serviço enviou à direção do HMA um documento,
contendo uma análise do desempenho do Centro Cirúrgico no ano de 2003,
descrevendo as necessidades materiais e projetos importantes para a
otimização do seu funcionamento. Foram registrados todos os entraves ao
trabalho seguro e eficaz no setor. Estas informações elucidativas foram
emitidas pela Dra. Raquel Mansur, representando a Chefia da
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Anestesiologia. A Diretora do Hospital Dra. Sara Asenjo respondeu às
reivindicações apresentando a cópia de um texto de correio eletrônico, o
qual a mesma enviou à Coordenação de Áreas de Planejamento 2.0, da
Secretaria Municipal de Saúde, solicitando providências. No texto
destaca:...”esta espera assemelha-se à dos doentes ambulatoriais, pois em
abril de 2004, o Hospital perece com a ausência de alguma resposta“
(grifo nosso).
O Presidente da Comissão de Ética Médica do HMA informou ainda, que as
condições de assepsia, inerentes a cohabitação de procedimentos cirúrgicos com um
canteiro de obras, separados por um tapume, pioram com o passar do tempo e que já houve
queda da divisão dos dois ambientes durante um dia com fortes ventos, enquanto ocorriam
atos cirúrgicos o que denota o aumento exponencial de riscos de sinistro com o retardo na
conclusão da reforma do Centro Cirúrgico.
3.1.4.1 - CENTRO CIRÚRGICO
Tendo em vista a precariedade do Centro Cirúrgico, onde várias macas e materiais
utilizados nas salas cirúrgicas ficavam acumulados no corredor, o que favorecia a
contaminação hospitalar e tornava difícil a higienização, precariedade do piso com buracos
e rachaduras (corredor e salas de cirurgia), o que dificultava o transporte dos pacientes, bem
como a existência de fiação exposta, havendo o risco de incêndio por curto circuito, houve
a necessidade de uma reforma geral no mesmo.
PAR
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Fotos do piso do centro cirúrgico antes das obras. Havia buracos por todas as partes do local.
Em Dezembro/2001, o Município do Rio de Janeiro celebrou com o Governo
Federal o Convênio nº 3079/2001, cujo objeto é a realização de obras no Centro Cirúrgico,
com prazo de vigência de 31/12/01 a 30/12/02. O valor do referido Convênio é de R$
4.432.303,65 (quatro milhões, quatrocentos e trinta e dois mil, trezentos e três reais e
sessenta e cinco centavos).
O citado Convênio foi processado nesta Corte sob o nº 40/0769/02, tendo sido
arquivado na Sessão Plenária de 09/05/2002.
Foi celebrado em 27/01/2003, o Contrato nº 23/2003, entre a RIOURBE e a firma
Tensor Empreendimentos Ltda, prazo de vigência de 10 (dez) meses, com o objetivo de
execução das obras de reforma do Centro Cirúrgico do Hospital Geral do Andaraí, sem
paralisação das atividades do mesmo, no valor de R$ 4.854.730,00 (quatro milhões,
oitocentos e cinqüenta e quatro mil e setecentos e trinta reais), tendo sido processado nesta
Corte sob o nº 40/00745/2003 e arquivado na sessão de 25/06/2003. Posteriormente, foi
celebrado o 1º Termo Aditivo nº 195/2004, prorrogando o prazo contratual por mais 120
(cento e vinte) dias, tendo sido processado nesta Corte sob o nº 40/5420/2004.
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O Centro Cirúrgico está localizado no prédio principal de 12 (doze) andares, onde
funciona a Unidade de Pacientes Internos e possui 09 (nove) salas cirúrgicas. Atualmente,
está em obras. Para evitar a paralisação total do mesmo, a reforma está sendo realizada em
duas fases, abrangendo cada fase metade do setor. A primeira fase já está pronta, ou seja,
metade do Centro Cirúrgico já está funcionando, o que corresponde a 04 (quatro) salas
funcionando plenamente, conforme pode ser observado nas fotos constantes do Anexo I.
• Elevador de Acesso - há 03 (três) elevadores que são utilizados para transporte de
pacientes, outro para material contaminado e o terceiro estava desativado.
• Entrada - Foi retirado uma bala de oxigênio do local e ainda não foi corrigido o
cruzamento entre profissionais, pacientes, bem como material estéril com contaminado.
• Salas Cirúrgicas - As 04 (quatro) salas em funcionamento, estavam equipadas com
focos novos. Não há nas salas cirúrgicas aparelhos de ar condicionado, pois a
refrigeração é efetuada pelo sistema central de ar condicionado. As salas precisam de
bombas infusoras mais modernas, manguito pneumático para cirurgias ortopédicas.
• Sala de Expurgo - O cruzamento do material estéril com o contaminado existe na
entrada do Centro Cirúrgico. A bancada para preparo de medicamentos foi isolada
(bancada seca e bancada molhada). Os instrumentos não estavam expostos na bancada,
tendo sido acondicionados de forma improvisada.
• Lavabo - Os materiais (capotes e lençóis) contaminados, não estavam mais sob a
bancada do lavabo e sim estavam nos rampers (carrinhos) junto à mesma.
• Sala de Recuperação Pós-Anestésica - Foi isolado o ambiente do exterior e
recuperado o revestimento do ar condicionado que é central. Constatou-se a ausência de
um aparelho de ventilação pulmonar.
• Área Externa de Acesso ao Bloco Cirúrgico – O lixo acumulado e os materiais
inservíveis foram retirados do local.
• Central de Esterilização – A direção está aguardando a orientação do Departamento
Jurídico da Riourbe para conclusão das obras. Funciona, atualmente, com alta
precariedade de forma improvisada, contrariando várias normas legais de
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funcionamento, além do que impede a racionalização e centralização dos processos, que
tornaria o serviço mais ágil e eficiente.
3.1.4.2 - EMERGÊNCIA
O Setor de Emergência é divido em atendimento de pediatria e adulto, com Sala de
Trauma, Unidade de Pacientes Graves, Sala de Repouso Feminino, Sala de Repouso
Masculino e Consultórios de várias especialidades tais como: Oftalmologia,
Otorrinolaringologia e Ortopedia, Sala de Primeiro Atendimento de Queimado,
recentemente, transformado para Sala de Dor Torácica e Setor de Imagem, que possui
Serviço de Tomografia Computadorizada, Ultrassom e Raio X.
Constatou-se que há superlotação de pacientes portadores de patologia crônica, até
porque o Hospital do Andaraí é referência para Pé Diabético e Oncologia e estes pacientes
necessitam de um tempo médio de permanência maior nas Salas de Repouso da
Emergência.
A procura pela Emergência é cada vez maior em relação aos procedimentos de
natureza ambulatorial, refletindo a ineficiência da atenção básica, pois a população prefere
se dirigir à emergência de um hospital e enfrentar grandes filas com a certeza de serem
atendidos, no mesmo dia, ao invés de aguardar a marcação das consultas nos Postos ou
Centros de Saúde.
Devido às obras no Centro Cirúrgico ocorre a restrição à internação, havendo a
superlotação no Serviço de Emergência, com o acréscimo de pacientes mais graves, que
poderiam ter sido tratados de forma eletiva e precocemente. Com isso, há um
estrangulamento na Emergência. Conforme foi observado, no corredor existem diversos
pacientes em macas, aguardando internação (fluxo cada vez maior), situação agravada
ainda, pelo fato de que a maioria dos pacientes internados na Unidade de Pacientes Internos
é formada por pacientes crônicos ou idosos, o que aumenta o tempo médio de permanência
no hospital (rotatividade menor), permanecendo sempre lotada.
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18
Emergência Geral – Foram encaminhados, pela Diretora do Hospital, à Secretaria
Municipal de Saúde os Ofícios de nºs 206/03 e 540/03, datados de 29/01/2003 e
19/03/2003, respectivamente, informando...”que a cada dia que chove nos colocamos em
risco, pois as infiltrações no Setor de Imagem e Emergência, além de inviabilizar o
trabalho, ameaça com a possível queda do teto de gesso.” (grifo nosso). Ressalta a
necessidade de ser colocada uma manta de impermeabilização que, conforme informação
da Diretora da Unidade, será contemplada pelo Qualisus1.
• Emergência Pediátrica - A localização fica próxima do prédio de enfermarias a
esquerda da entrada da sala de trauma, possuindo uma recepção com bancos
desconfortáveis. Possui dois consultórios, espaço aberto para procedimentos e um
repouso com 07 (sete) leitos. Há necessidade de ter leitos de UTI Pediátrica.
• Sala de Repouso da Emergência Pediátrica - Havia 03 (três) recipientes coletores de
lixo com tampa.
• Consultório da Emergência Pediátrica - Os coletores de lixo não possuem tampa. A
responsável pelo setor informou que não há necessidade, pois são jogados apenas
papéis e abaixadores de língua, bem como o lixo é recolhido de 02 em 02 horas. A
privacidade dos pacientes na consulta está assegurada.
• Emergência de Adulto – Possui uma sala de procedimentos, três consultórios e
recepção e uma sala de espera sem nenhum processo que facilite o acolhimento e a
humanização do atendimento. O atendimento é feito por ordem de chegada, com
períodos de longa espera, o que tem provocado diversas reclamações por parte do
usuário, e às vezes até atitudes violentas.
• Enfermarias da Emergência – Localizadas no lado oposto da Sala de Dor Torácica,
Trauma e Unidade de Pacientes Graves, possui 36 leitos, todos ocupados por pacientes
1 Política de qualificação de atenção à saúde do Sistema Único de Saúde do Governo Federal, que visa reformar as emergências criando em cada hospital beneficiado, grupo de humanização no atendimento, reorganizando o funcionamento com a priorização de eleitos para pacientes da emergência, capacitando profissionais, investindo em compra de equipamentos e criando uma central de regulação.
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crônicos agudos ou idosos. As enfermarias estão sempre lotadas e há falta de pessoal de
enfermagem e médicos.
• Sala de Repouso Feminina da Emergência Adulta- Havia coletores de lixo com
tampa e outros sem tampa. Não havia telas nas janelas, pois as mesmas ficam fechadas.
A refrigeração é feita pelo sistema de ar condicionado central e estava em boas
condições de climatização, bem como são satisfatórias as condições de higiene.
• Sala de Trauma – Localizada ao lado da Sala da Emergência de adulto, é uma sala
pequena com saída pela Unidade de Pacientes Graves e apresentava superlotação.
• Sala de Dor Torácica – Esta sala foi instituída há pouco tempo e o seu uso está sendo
avaliado. É uma sala pequena para a demanda existente.
• Sala de Repouso Masculina da Emergência Adulta - Não havia telas nas janelas,
pois as mesmas ficam fechadas. A refrigeração é feita pelo sistema de ar condicionado
central e estava em boas condições de climatização, bem como são satisfatórias as
condições de higiene. Os coletores de lixo estavam sem tampa.
• Posto de Enfermagem da Emergência Adulta – Estava provido com material para
higienização (toalha descartável e sabonete líquido). O suporte para o papel toalha
estava em boas condições. Alguns coletores de lixo estavam com tampa e outros sem
tampa.
• Sala de Suturas – A sala estava sendo usada no momento da visita da Comissão
Inspecionante.
• Unidade de Pacientes Graves – Localizada ao lado da Sala de Trauma, com 08 (oito)
leitos, funciona como um Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Os coletores de lixo
estavam com tampa.
• Posto de Enfermagem da Unidade de Pacientes Graves – Os coletores de lixo
estavam sem tampa. A bancada para preparo de medicamentos do lavabo estava isolada
com acrílico. O suporte para o papel toalha estava em boas condições.
• Sala de Aplicação de Medicamento Injetável - Os coletores de lixo estavam com
tampa.
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20
• Sala de Espera do Serviço de Pronto Atendimento – O espaço é pequeno,
inadequado. A refrigeração é feita pelo sistema de ar condicionado central e estava em
boas condições de climatização, bem como são satisfatórias as condições de higiene. Os
coletores de lixo estavam sem tampa. No corredor encontrou-se diversos pacientes nas
macas aguardando internação.
• Centro de Imagem – Possui 05 (cinco) aparelhos de Raios X, 02 Tomógrafos, sendo
que apenas um estava funcionando. A Diretora da Unidade destacou a necessidade de
um Angiógrafo, com o objetivo de formar um Serviço de Hemodinâmica, bem como
atender as necessidades dos serviços de Neurocirurgia, Cirurgia Vascular e Cardiologia.
Os equipamentos são antigos e não atendem mais às necessidades de segurança
tecnológica. A Sala de Espera é desconfortável. Há infiltração no Setor de Imagem que
inviabiliza o trabalho e ameaça com a possível queda do teto de gesso.
• Elevadores de Acesso aos Pavimentos – Constatou-se que os elevadores não
funcionam em número adequado. Existem dois elevadores que dão acesso ao Centro
Cirúrgico, sendo que apenas um estava funcionando. Não há contrato de manutenção
preventiva e corretiva dos elevadores. Tais apontamentos já haviam sido feitos no
relatório da inspeção anterior, realizada no mês de outubro/2002, processada nesta
Corte sob o nº 40/0796/2003, estando em diligência, com carga para a SMS.
3.1.4.3 - CENTRO DE TRATAMENTO DE QUEIMADOS
Fundado em 1974, o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Municipal do
Andaraí é considerado um centro de referência no atendimento às queimaduras e na
formação profissional de diversas categorias. Está enquadrado nessa classificação devido à
qualidade dos serviços prestados e por dispor de 16 leitos para internação.
O Centro de Tratamento de Queimados localiza-se no 9º andar da Unidade de
Pacientes Internos (UPI – prédio principal), necessitando de reparos, principalmente quanto
a infiltrações nas salas da enfermaria, conforme pode ser constatado através das fotos,
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21
constantes do Anexo I. Todos os pacientes queimados que procuram a emergência do
Hospital do Andaraí, são avaliados pela equipe médica de plantão no CTQ.
Os pacientes que se enquadram nos critérios de internação, ainda na emergência,
são submetidos a analgesia e profilaxia do tétano, sendo em seguida, solicitada a internação
e o encaminhamento ao CTQ. Os que não necessitarem da internação terão a terapêutica
clínica e tópica avaliadas pela equipe médica do CTQ e executadas pela equipe de
enfermagem da emergência, sendo encaminhados ao ambulatório do Centro de Queimados
ou ao posto médico mais próximo de sua residência.
Os trabalhos desenvolvidos no CTQ têm atendido moradores de todos os bairros do
Município do Rio de Janeiro, bem como moradores dos municípios vizinhos, e para isso,
utilizam-se dos seguintes setores da unidade hospitalar, a saber:
• Unidade de Paciente Internos (UPI), com 16 leitos distribuídos em 05 enfermarias,
sendo 02 exclusivas para pacientes graves. Neste setor há enfermarias com banheiros
próprios além de 03 mesas, onde são realizados os curativos diários;
• Unidade de Pacientes Externos (UPE), onde funciona o único ambulatório de
queimaduras no Estado, e que conta com 01 sala de recepção, 01 consultório, 02 salas
de curativo, 01 sala para fisioterapia e 01 sala para pequenas cirurgias. O trabalho
mensal realizado é da ordem de 600 curativos prestados, inclusive a pacientes oriundos
até mesmo de outros hospitais de grande porte que não dispõe deste tipo de
atendimento;
• Setor de Emergência, com média de 450 atendimentos mensais prestados pela equipe
médica de plantão no Centro de Tratamento de Queimados;
• Centro Cirúrgico, onde são realizadas as cirurgias de grande porte
(autoenxertia, excisão, tangencial, grandes desbridamentos etc.). As cirurgias de menor
porte, tais como: pequenos desbridamentos, escarectomias, escarotomias, traqueostomia
e dissecções venosas, são realizados no próprio Centro de Tratamento de Queimados.
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22
Problemas encontrados de infra-estrutura
• As janelas estão em mau estado de conservação;
• Saco de lixo inapropriado para material contaminado, armazenado indevidamente no
corredor;
• Suporte inadequado para soro fisiológico;
3.1.4.4 - ENFERMARIA DE ADULTOS
Nos 2º e 3º andares da Unidade de Pacientes Internos, onde se encontram os
serviços de Clínica Médica, Cardiologia, Pneumologia e Gastroenterologia, cerca de 75%
(setenta e cinco por cento) dos 60 (sessenta) leitos das enfermarias existentes acolhem
doentes com mais de 60 (sessenta) anos.
Tendo em vista haver problemas na rede hidráulica, a caldeira do hospital não é
utilizada, conseqüentemente os pacientes acima mencionados são submetidos a banhos
frios, conforme mencionado no relatório do presidente da Comissão de Ética do hospital,
Dr. Dásio Lopes Simões.
A fim de resolver o problema, funcionários do hospital tem empreendido esforços
para minorar o desconforto dos pacientes. Inicialmente, propuseram a quotização para
compra de chuveiros elétricos, porém foram informados da inviabilidade desta solução
devido à precariedade do sistema elétrico.
Constatou-se que na enfermaria situada no 2º andar, há apenas dois chuveiros
elétricos e no 3º andar, há apenas um chuveiro elétrico, não sendo possível todos os
pacientes internados tomarem banho com água aquecida nesses chuveiros. Algumas
profissionais de enfermagem, de forma paliativa e de acordo com a disponibilidade de
tempo, aquecem água em chaleiras para que com o auxílio de baldes seja possível o banho,
em uma temperatura adequada, às pacientes idosas.
Conforme relatório fornecido pela Diretora do Hospital, que já enviou quatro ofícios
à SMS, solicitando a troca das instalações hidráulicas, esgoto e encanação (Ofícios nºs
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23
1615/02, 1576/02, 16/03 e 201/03), é mencionado “que até o presente momento, como
estamos no verão, as queixas ligadas a esta questão foram contornadas fechando a
tubulação de água quente, porém, com a proximidade do inverno e a impossibilidade de
abrir a água quente, certamente voltaremos a ser notícia” (grifo nosso).
3.1.4.5 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
• Em relação à refrigeração do Hospital, a Diretora do Hospital informou, através de
relatório, que encaminhou os Ofícios de nºs 1621/02 e 1452/02, em 09/10/2002 e
21/11/02, respectivamente, mas que até o momento permanece sem nenhuma orientação
por parte da SMS e que em razão disso, continua desrespeitando as normas técnicas
exigidas nesta área, pois mantém um Centro de Tratamento Intensivo – CTI e uma
Maternidade com aparelhos de ar condicionado de parede, o que não é adequado;
• Quanto a Câmara Mortuária, a Diretora alerta que só possuem 06 (seis) gavetas, das
quais duas são usadas para fetos e partes. Citou, como exemplo, o Hospital Municipal
Souza Aguiar que tem 30 (trinta) gavetas;
• Central Telefônica – O déficit de aparelhos impede que haja comunicação adequada, o
que prejudica o trabalho;
• Os elevadores precisam de modernização;
• Reparo nas torres de arrefecimento do sistema de ar condicionado central;
• Obras de adequação física, referentes às exigências aos Pontos de Auditoria da CGM
nos almoxarifados de material de consumo/permanente e farmácia;
• É necessário reforma nos aparelhos de monta-cargas, pois não funcionam;
• Necessidade de roupas hospitalares (número insuficiente para os pacientes), tais como:
lençóis, cobertores, fronhas, etc;
• No Serviço de Oncologia há a necessidade de atender as pendências de credenciamento
junto ao Ministério da Saúde;
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24
• O Laboratório de Análises Clínicas fica situado em outro prédio e que há um projeto
sendo discutido há anos, visando que o mesmo fique mais próximo do Hospital;
• Há um projeto visando a adequação da área física da Maternidade Terciária e da UTI
Pediátrica;
• A readequação dos espaços da Emergência e Setor de Imagens, conforme informação
da Diretora do Hospital, ficará por conta do Qualisus, o que atenderá à demanda nos
moldes da Rede Municipal;
• O fornecimento de material de consumo e medicamentos é irregular e inconstante (fios
de sutura, remédios para hipertensão, trombose, embolia pulmonar, hemorragia
digestiva, dipirona, insulina, antibióticos e anestésicos;
• Vários equipamentos estão sem contrato de manutenção.
A Diretora da Unidade, Dra. Sara Asenjo de Paula entregou a Comissão
Inspecionante uma relação (Planilha de Contratos), constando número do processo, nome
da empresa que presta serviços, objeto, vigência do contrato, prorrogação, fundamentação
legal, bem como o valor contratado, a qual integra o Anexo I.
Na mencionada planilha, pudemos observar contratos diversos de serviços de
manutenção não prorrogados e outros sem contrato.
Conforme informação da diretora da unidade há muitos equipamentos sem contrato
de manutenção e quando alguns quebram são enviados para o conserto, sendo a despesa
paga através do suprimento de fundos.
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3.1.4.6 - FARMÁCIA
Constatou-se que há necessidades urgentes no almoxarifado da Farmácia, bem como
problemas de infra-estrutura que vêm sendo reclamados há algum tempo pela responsável
do Setor, que foram relatados através do Ofício n° 346/2002, de 18 de setembro de 2002,
encaminhado à Gerência Administrativa do Hospital do Andaraí e que já foram objeto de
apontamento da inspeção anterior.
A dispensação externa quase não funciona, tendo em vista as dificuldades
observadas pela falta de medicamentos no S/CIN/CAL (estoque regulador). O pequeno
estoque existente é utilizado na dispensação interna, para os pacientes internados. Utilizam
o sistema de dose individualizada, principalmente, para os antibióticos.
As irregularidades abaixo mencionadas, já haviam sido apontadas no relatório da
inspeção anterior, realizada no período de 30/09/2002 a 16/10/2002, processada nesta Corte
sob o nº 40/00796/2003, estando em diligência com carga para a SMS, a saber:
• Falta de manutenção dos condicionadores de ar, havendo risco para os
medicamentos que necessitam ser armazenados sob temperatura ambiente
entre 20 a 22° C para que possa ser assegurada sua eficácia. A sala de
manipulação não tem ar condicionado, pois o mesmo enguiçou e até então não
houve conserto;
• Receberam 02 (duas) geladeiras para o estoque de medicamentos termolábeis
Alguns medicamentos, incluindo os de alto custo, como albumina e
antineoplásticos, necessitam de condições especiais de armazenagem sob
baixas temperaturas. Existem 03 (três) geladeiras no setor (antigas) que
necessitam de manutenção. Foi colocada uma geladeira nova na sala de
dispensação;
• A sala que armazena grandes quantidades de medicamentos termolábeis só
conta com um aparelho de ar condicionado, sendo que quando este aparelho
não funciona, a temperatura na sala fica muito alta, deixando-se de garantir a
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26
qualidade dos medicamentos termolábeis como albumina, anestésicos,
aminoácidos para nutrição parenteral, entre outros;
• Continua sem solução o problema apontado, referente a sala de manipulação
do Serviço de Farmácia que foi interditada pela Vigilância Sanitária, pois as
condições de conservação não são adequadas. O destilador de água não
funciona, fato este que já foi comunicado à direção à época e até então sem
resposta ou solução;
• Não há instrumentos necessários para manipulação como bécheres, cálices
graduados, funis, balança e espátulas;
• A área para estocagem de medicamentos continua insuficiente e com pouca
ventilação, fato este já apontado pela Controladoria Geral do Município, que
recomendou a elaboração de um estudo a fim de aumentar o espaço físico,
atendendo às regras básicas de estoque, tais como: limite máximo de
empilhamento, materiais inflamáveis em locais separados, organização de
medicamentos, observando-se que os itens de maior movimentação estejam
guardados em local de fácil acesso e próximo ao local de expedição;
• O local utilizado para armazenar grandes volumes de medicamentos precisa
de melhorias, pois os fios de eletricidade estão expostos e desencapados.
Importante lembrar que esta área também é destinada ao armazenamento de
produtos inflamáveis como álcool;
• O teto do “banheiro” continua apresentando infiltrações;
• Aumentou a carência de recursos humanos no setor, principalmente,
farmacêuticos, fato citado no memorando n° 318, de 05 de setembro de 2002,
dificultando ainda mais quando a responsável pelo setor precisa colocar
alguém de férias;
• Continua o vazamento de água no teto da ante-sala de manipulação de
quimioterapia, que inunda a sala nos dias de chuva.
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3.2 – HOSPITAL MUNICIPAL MIGUEL COUTO
Nome popular: Hospital Municipal Miguel Couto Endereço: Rua Mário Ribeiro, 117 – Gávea Telefone(s): 3111-3610, 3111-3600 e 3111-3712 Área de Planejamento: 2.1 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas
(atendimento ao paciente grave e aos pequenos traumas), Centro Cirúrgico e Nutrição,
cujos apontamentos principais estão, a seguir, mencionados nos diversos setores visitados
pela Equipe de Inspeção. O grupo de trabalho foi composto pelos seguintes profissionais:
GRUPO DE TRABALHO DA EMERGÊNCIA
Alberto Rocha S Almeida Chefe de Equipe
Gustavo Modesto Leal Chefe de Equipe
Paulo César L Brandão Chefe de Equipe
Cleber Márcio Rezende Médico Plantonista
Nilson Lima L Ferreira Enfermeiro
Dulce Monteiro Pinto Enfermeira
Teresa Cristina B Ferreira Enfermeira
Danielli Segura Moreno Enfermeira
Maria de Fátima A Sanches Assistente Social
Rossana Cláudia S. Braga Nutricionista
Helena Maria S. Freitas Nutricionista
A Comissão Inspecionante vistoriou diversos setores do Hospital, tais como: o
Centro Cirúrgico; a Emergência Adulta; a Emergência Pediátrica; a Enfermagem; a
Maternidade; UTI Pediátrica, UTI de Adultos e outros, objetivando verificar as condições
atuais das instalações do hospital, bem como a qualidade do atendimento médico-hospitalar
e confrontar com o apontado no relatório do CREMERJ.
A COMLURB é a responsável pela limpeza, higienização e desinfecção, além da
coleta do lixo produzido, em recipientes próprios para lixo comum ou contaminado.
Verificamos, na Unidade, que a empresa realiza um trabalho de boa qualidade
mantendo a preocupação constante em realizar o monitoramento desses serviços,
adequando-se a novos procedimentos, inclusive com treinamento de pessoal.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
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3.2.4.1 – RECEPÇÃO
Neste local formam-se extensas filas no hall da recepção, que é controlada pelo
vigilante, ficando os pacientes de pé sem nenhum tipo de conforto. Os pacientes que
apresentam maior gravidade podem entrar no Pronto-Socorro sem passar pela recepção,
através de um caminho alternativo, demonstrando a inadequação estrutural e funcional da
mesma.
As funções básicas do pessoal administrativo que ali trabalha é de abrir e registrar
os boletins de atendimento, abrir prontuários de internação, bem como encaminhar os
pacientes para setores específicos de atendimento.
3.2.4.2 – TRIAGEM
Na triagem, setor com dois consultórios, são atendidos os pacientes adultos oriundos
da recepção, no horário habitual das 08 as 18 h, atuando um ou dois médicos, que
eventualmente pedem exames e prescrevem, mas não se administra medicação. Quando são
necessários métodos propedêuticos mais elaborados ou a administração de medicamentos,
os pacientes são encaminhados ao Pronto-Socorro. A Triagem, que atende a um número
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32
aproximado de 200 pacientes/dia, é considerada pelo grupo de urgência/emergência como
inadequado.
3.2.4.3 – PRONTO-SOCORRO
Espaço retangular medindo, aproximadamente, 80 m² é composto de uma sala para
exame físico, cinco boxes para repouso com dois leitos cada, um boxe com quatro mesas
onde são realizados os atendimentos, comando de enfermagem, uma área recuada com seis
poltronas para repouso e inaloterapia e dois banheiros.
No PS se concentra o maior número de problemas, a saber:
• Pacientes de todos os níveis de complexidade são atendidos por ordem de chegada e
ficam de pé, dentro da própria sala, em frente as mesas de atendimento. São pacientes
oriundos da triagem ou diretamente da recepção quando aquela não está funcionando ou
ainda, diretamente da rua, nos casos de maior gravidade. O fluxo dos pacientes é
controlado pelo vigilante, de acordo com o seu entendimento e sem nenhum critério
pré-estabelecido.
• A fila formada dentro da sala provoca um constante tumulto em função da superlotação
que ocasiona, por conta da dificuldade de movimentação e agilização dos
procedimentos, havendo uma pressão contínua sobre a equipe de saúde com freqüentes
reclamações e ameaças de toda natureza, bem como pela total ausência de privacidade
dos pacientes em atendimento.
• A superlotação constante provoca grande desgaste físico e mental da equipe de saúde;
número sempre insuficiente de profissionais; lentidão no atendimento; baixa qualidade
da assistência; falta de acomodações dentro do setor (ex. macas e camas); consumo
excessivo de materiais e medicamentos, bem como ocorre o desgaste acelerado dos
equipamentos;
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33
• A maioria dos atendimentos realizados no PS não se caracteriza por
urgência/emergência e que sem qualquer critério ou triagem estão, aleatoriamente,
misturados aos pacientes de maior gravidade, prejudicando o atendimento geral;
• No espaço reservado para dez pacientes deitados observam-se habitualmente vinte ou
até mais, por conta de leitos extras nos boxes ou pelo meio da sala;
• O PS, que deveria ser destinado a pacientes de curta permanência (6-12 h), abriga,
atualmente, pacientes idosos e crônicos, havendo casos de pacientes ficarem por até um
ano, sendo que 02 dos 05 boxes de repouso, destinam-se quase que exclusivamente a
permanência (longa) de pacientes classificados como população de rua;
• A falta de protocolo e as sucessivas trocas de equipe, bem como a ausência de um
relatório de rotina, fazem com que os acamados crônicos, atualmente população
residente no PS, não tenha nenhuma unidade em seu atendimento, o que torna sua
permanência alongada e os resultados bastante ineficazes;
• Não há um controle de vagas adequado no hospital, fazendo com que as vagas
existentes na retaguarda não apareçam, o que contribui em muito para a cronificação de
pacientes neste setor;
• Ocorre também a coexistência no repouso, de portadores de doenças infecto-contagiosa
de toda natureza com os demais pacientes;
• Não há equipamento para reanimação de pacientes e nem leito para tal, havendo a
necessidade de deslocar o paciente para o 2º andar, perdendo-se um tempo vital entre
localizar maqueiro, contar com a chegada do elevador, etc;
• Há dificuldade no fluxo e mobilização dos pacientes, uma vez que os maqueiros só
podem ser encontrados com o auxílio dos vigilantes;
• Observa-se a ausência no PS ou nas suas proximidades, de equipamentos simples que
poderiam facilitar em muito a fluidez e a segurança no atendimento (glicosímetro e
aparelho de ECG com desfibrilador);
• As condições de trabalho para a equipe de saúde são precárias, tendo em vista o stress
permanente a que todos estão submetidos, às condições sanitárias reinantes,
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34
principalmente, pela precária ou inexistente higienização dos acamados e da população
de rua e também pelo calor no verão, em função da freqüente inoperância do sistema de
ar condicionado;
• Por conta da ausência de protocolos, da heterogeneidade na formação profissional, de
acadêmicos desassistidos e da falta de definição das características do atendimento no
setor, uma grande quantidade de exames laboratoriais é solicitada desnecessariamente,
sequer sendo seus resultados recolhidos;
• Ausência de Ouvidoria e de indicadores na porta de entrada para medir a qualidade da
assistência, tais como: tempo de permanência, grau de insatisfação, etc;
• Ausência de protocolos técnicos, de Triagem classificatória, de gerenciamento de
vagas, grade de referência interna e externa da porta de urgência, de classificação de
riscos, do perfil epidemiológico da porta de urgência e da identificação da demanda;
• Ausência de manutenção dos equipamentos.
O boletim de emergência (BE) precisa de reformulação em seus campos, pois como
está dificulta o assentamento das informações.
O grupo de trabalho detectou a falta de um modelo básico para anamnese e exame
físico, evolução clínica, laboratorial e conduta, bem como de folhas específicas para
pacientes graves, inclusive, para a enfermagem, pois quase sempre as anotações técnicas
são precárias. É necessário treinamento para os profissionais.
Freqüentemente, os pacientes sociopatas e os inconscientes são encontrados sem
nenhuma documentação médica ou qualquer outra coisa que os identifique.
Os encaminhamentos para continuidade do tratamento fora da unidade são
realizados manualmente, caso a caso, e sem nenhum critério de direcionamento pré-
estabelecido.
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35
3.2.4.4 – LABORATÓRIO
O fluxo de amostras para o laboratório não obedece a nenhuma rotina, sendo as
mesmas levadas pelo maqueiro quando este pode ou assim decide, conforme relato do
grupo de trabalho da emergência.
Por outro lado, os resultados dos exames ficam em caixas no laboratório sem
nenhuma organização ou sistemática, podendo o processo da procura de um único exame
levar até 10 (dez) minutos, e com freqüência, não são encontrados, por estarem misturados
com exames de vários dias seguidos.
Para a obtenção de cada resultado de exame o médico ou acadêmico deve parar o
seu atendimento e se deslocar até o laboratório à procura do exame nas condições acima
descritas.
A sobrecarga do laboratório com exames que, em boa parte, a equipe da
urgência/emergência acredita ser desnecessária, além do desgaste de pessoal e do custo
elevado de insumos, faz com que o tempo de liberação de resultados seja muito elevado,
podendo o exame de uma glicemia ou de um hemograma demorar de 4 a 6 horas, o que
poderá refletir na resolutividade, principalmente, no tempo de liberação ou tratamento do
paciente.
Na maioria dos casos, somente tomam conhecimento da existência de um exame
laboratorial em andamento, quando o próprio paciente informa, uma vez que não consta
nenhuma informação sobre o pedido do exame no boletim. Outrossim, quando o paciente
está impossibilitado de se comunicar o exame fica perdido e outro será requisitado.
Resultados de outros exames custosos e de difícil realização, tais como:
ultrassonografia e tomografia computadorizada tornam-se inaproveitáveis, após o
atendimento no Hospital, uma vez que os laudos referentes a tais exames são assentados no
boletim de emergência, fazendo com que os pacientes não possam levá-los, para serem
utilizados em outras consultas. Ocorre a ausência de descritivo funcional dos serviços
auxiliares de diagnóstico e tratamento.
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3.2.4.5 – PEDIATRIA
• O espaço físico no primeiro andar é pequeno;
• Não existem consultórios individuais para o atendimento;
• A demanda é espontânea, sem utilização de triagem;
• A maioria dos casos atendidos não é emergencial;
• A sala de espera é improvisada, pequena e constantemente tumultuada, gerando
desentendimentos com os profissionais;
• São realizados pequenos procedimentos (suturas, nebulizações, injeções, curativos e
outros) com eficiência.
3.2.4.6 – ORTOPEDIA
• O atendimento é realizado numa sala pequena, no primeiro andar, sem consultórios
individualizados;
• Alguns procedimentos de pequena monta são oferecidos, tais como: reduções;
infiltrações, imobilizações com talas e gessos e outros;
• A sala de espera é improvisada num corredor pequeno, onde circulam diversos
pacientes, gerando conflitos;
• O setor, constantemente, abre prontuários para fins de internação e cirurgia imediata.
Falta de protocolo administrativo para admissão agilizada, pois o médico deixa de
atender o paciente para abrir prontuário;
• A demanda é espontânea, ou seja, o paciente não passa pela triagem;
• A maioria dos casos não é constituída de doenças ortopédicas emergenciais (falta
protocolo para a emergência da ortopedia);
• Não tem enfermaria própria.
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37
3.2.4.7 – OTORRINOLARINGOLOGIA
• A sala de atendimento é extremamente pequena, não permitindo a entrada de maca;
• A demanda é espontânea ou com encaminhamento da Triagem ou referenciada por
outros setores;
• Os casos atendidos são, na sua maioria, ambulatoriais;
• Não tem enfermagem própria, quando há necessidade de medicação imediata os
pacientes são direcionados para o Pronto-Socorro.
3.2.4.8 – OFTALMOLOGIA
• A demanda é espontânea ou referenciada pela Triagem ou outros setores;
• A maioria do atendimento é constituída de casos não emergenciais;
• Os casos de trauma são avaliados no próprio setor, de pequenas dimensões, com uma
lâmpada de fenda e caso haja necessidade de procedimento cirúrgico, o paciente é
encaminhado para o Setor de Politraumatizado, que fica no segundo andar;
• A sala de espera é a mesma do Setor de Otorrinolaringologista, ou seja, fica num
corredor improvisado no qual circulam diversas pessoas, nem sempre pacientes que
recorrem a diversos locais do Hospital (ambulatórios, raios x, laboratório, enfermarias,
cantina, necrotério e outros).
3.2.4.9 – ODONTOLOGIA
• Situado no térreo, próximo a entrada do hospital;
• Possui duas salas, uma com duas cadeiras de atendimento odontológico e a outra com
uma cadeira para procedimentos cirúrgicos simples;
• Não possui sala de espera, os pacientes aguardam em pé a chamada, em local próximo
aos consultórios;
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38
• A maioria dos atendimentos é constituída de procedimentos ambulatoriais.
3.2.4.10 – EMERGÊNCIA CLÍNICA
• Enfermaria, situada no segundo andar, com espaço físico para 20 (vinte) leitos,
destinados ao atendimento de pacientes clínicos portadores de patologias que
necessitam de cuidados emergenciais mais prolongados, incluindo dois leitos para o
atendimento de pacientes críticos (parada cardíaca, insuficiência respiratória aguda,
infarto agudo do miocárdio, intoxicações exógenas e outras);
• Em todos os plantões o setor encontra-se com o número de pacientes muito acima da
sua capacidade de atendimento, chegando a ser ocupado por até 40 (quarenta) pacientes,
em sua maioria com idade superior a 70 (setenta) anos, portadores de patologias
múltiplas e crônicas (pneumonias, tuberculose, AIDS, hipertensão arterial, AVC,
cânceres de diversas etiologias, desnutrição, doenças degenerativas neurológicas e
cerebrais e outras);
• Considerando que os idosos, acima de 65 (sessenta e cinco) anos, têm direito legal a
acompanhante, pode-se inferir a superpopulação para espaço físico tão pequeno, o que
tumultua sobremaneira o setor, uma vez que não existindo espaço destinado aos
acompanhantes, estes permanecem de pé ao lado do leito correspondente;
• No horário da visita, duas vezes ao dia, é grande a quantidade de pessoas que entram
para receber informações a respeito de familiares, não havendo espaço físico para tal
fim;
• A comunicação entre os familiares e os profissionais de saúde é praticamente
inexistente, tendo em vista o fato destes evitarem as situações em que tenham que se
defrontar com as inúmeras demandas e insatisfação dos familiares;
• A permanência dos pacientes no setor, que deveria ser curta, alonga-se por vários
motivos: impossibilidade de internação nas enfermarias por falta de vagas;
impossibilidade de transferência para outras unidades ou casas de apoio; pelo total
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39
desentrosamento no mecanismo de referência e contra-referência; pela permanência de
pacientes com alta hospitalar cujos familiares relutam em recebê-los de volta; pela falta
de vagas nos setores especializados para os pacientes graves (CTI e Unidade
Coronariana);
• Não existe, sistematicamente, um relatório diário pela manhã, no qual participem os
clínicos de cada equipe e médicos de cada serviço especializado fornecendo vagas,
definindo consultas e procedimentos, agilizando as altas e transferências internas –
externas. A falta desta rotina diária impede o adequado acompanhamento e agilização
dos casos internados, sendo o paciente visto num mesmo dia por três profissionais
distintos, freqüentemente, com três condutas distintas;
• O número de profissionais (médicos e auxiliares de enfermagem) é insuficiente para a
demanda do setor;
• Constantemente faltam insumos para o atendimento conveniente dos pacientes;
• Constantemente os respiradores, que são obsoletos e não recebem a manutenção devida,
não funcionam adequadamente;
• Os pacientes que necessitam de hemodiálise e que já estão incluídos em programas em
unidades externas têm que ser encaminhados, de um modo geral, três vezes por semana,
através de ambulância do hospital, nem sempre disponíveis no horário desejado. As
hemodiálises que estão no programa do Hospital são realizadas em sala própria, com
boa qualidade;
• Inúmeras vezes observam-se o contra fluxo de pacientes graves das enfermarias para a
emergência, local habitualmente abarrotado, que mal consegue se desincumbir dos
pacientes que lá se encontram e, constantemente, o transporte destes pacientes é
realizado em macas inapropriadas para este fim;
• Observam-se prontuários desordenados, inclusive de pacientes graves, as vezes sem
anotações referentes à anamnese, ex. físico e evolução clínica recentes, exames
laboratoriais, diagnóstico provável ou definido, bem como de sinais vitais, não
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40
havendo, muitas das vezes, sequer informações como a conduta diante de agravamento
clínico ou sobre a causa do óbito;
• Não se observa, sistematicamente, a abertura de prontuário nos casos de óbito e a
revisão dos óbitos pelas equipes;
• Os mesmos apontamentos sobre o Pronto Socorro, se repetem no 2º andar.
3.2.4.11 – POLITRAUMA
Atendimento ao Paciente Grave
• A sala de ressuscitação, pela superlotação do salão do politrauma, é freqüentemente
utilizada para outros atendimentos tais como: consultas; suturas; punções, etc;
• O pessoal médico e de enfermagem não é suficiente e, salvo algumas exceções, não
tiveram treinamento especializado para este tipo de atendimento;
• A enfermagem é reduzida, sendo seu trabalho dividido nas duas salas (ressuscitação e
salão), sendo incontáveis vezes os pacientes graves atendidos sem o auxílio do grupo de
enfermagem que está ocupado em outras situações;
• O grupo médico teve, há cerca de 10 anos, treinamento para atendimento de urgência,
sendo que os profissionais admitidos, posteriormente, não tiveram o mesmo
treinamento;
• Os equipamentos utilizados estão, na sua maioria, inoperantes ou apesar de necessários,
não existem. O setor tem um oxímetro de pulso e medicamentos, estando os carrinhos
de ressuscitação em estado precário;
• Vários boxes (com capacidade para no máximo dois pacientes) encontram-se,
freqüentemente, com três pacientes internados, com patologias diferentes;
• É comum pacientes graves, em ventilação assistida em respirador de pressão (único
modelo existente na emergência) misturados, no mesmo Box, a pacientes portadores de
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41
doenças não emergenciais tais como: pé diabético, dores abdominais em
acompanhamento, etc,;
• O salão de seguimento ao atendimento está constantemente superlotado, com
capacidade instalada para 22 (vinte e dois) pacientes e utilizado normalmente por 35
(trinta e cinco) pacientes em maca. Neste salão estão misturados pacientes de
neurocirurgia, cirurgia vascular, cirurgia geral, etc (graves e não graves), além dos
pacientes que chegam e na fila aguardam o seu atendimento, sendo as suturas realizadas
com os pacientes sentados em cadeiras e com o cirurgião atendendo de pé e curvado
para realizar o procedimento;
• Tal superlotação provocada pela falta de escoamento dos pacientes para as enfermarias
foi minimizada, temporariamente, com a criação do salão de ortopedia,
independentemente da Sala de Politrauma, entretanto, este problema, atualmente, é
causado principalmente pelo grande número de pacientes com doença vascular
periférica e pelos pacientes da cirurgia geral;
• Freqüentemente, o pós-operatório imediato dos pacientes da emergência é realizado na
Sala de Atendimento ao Politraumatizado, quando deveria ser encaminhado, de acordo
com seu estado clínico, para as enfermarias, para a UTI ou CTI;
• Resumindo, é um salão superlotado, com doentes de diversos níveis de complexidade,
sem vigilância adequada, sem informação adequada, tendo como gênese da
superpopulação a falta de vagas nas enfermarias.
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42
Atendimento aos Pequenos Traumas
• As suturas são realizadas no Salão de Atendimento ao Politraumatizado, entre as macas
dos pacientes internados, no espaço que houver. Comumente falta material de assepsia e
antisepsia apropriados, campos cirúrgicos e atendentes para auxílio.
Enfermaria
• Não há telas nas janelas. Os recipientes de lixo não estão vedados. A bancada para
preparo de medicamentos deve ser isolada do lavabo.
3.2.4.12 - CENTRO CIRÚRGICO
• Dificuldade na triagem dos pacientes de urgência quando há apenas uma sala de
cirurgia disponível, tendo em vista não haver um responsável para fazê-la. Os cirurgiões
discutem entre si e demoram para chegarem a um acordo sobre qual a cirurgia é mais
urgente;
• Residentes pedem sala de cirurgia e nem sempre o staff está presente, aumentando com
isso o tempo de uso da sala;
• Pacientes da rotina nem sempre estão preparados;
• Falta protocolo quanto ao uso do medicamento AAS. Cirurgias não ocorrem quando o
uso deste medicamente não é suspenso previamente;
• Cirurgias grandes eletivas são suspensas diariamente, geralmente as hérnias;
• Não há vagas no Centro de Tratamento Intensivo para o pós-operatório;
• Neurocirurgiões da Emergência, normalmente entram sozinhos sem um auxiliar,
obrigando a instrumentadora a participar da cirurgia;
• A falta de sangue obriga à suspensão de cirurgias eletivas;
• Macas são utilizadas como leito pós-operatório;
PAR
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43
• Falta de equipamentos reserva para monitoração de anestesia;
• Falta de segurança e de controle na entrada de pessoas na porta do Centro Cirúrgico,
inclusive, policiais invadem o setor à procura de bandidos, pessoas que se perdem
entram com roupas não esterilizadas;
• Falta de profissionais de enfermagem, tanto técnicos como enfermeiros, tendo em vista
que a demanda de cirurgias cresce e o número de profissionais diminui com
aposentadorias e exonerações;
• Cirurgias, freqüentemente, são suspensas por falta de roupas, não há estoque de reserva,
o controle é precário e os funcionários da lavanderia faltam ao serviço por não
receberem salário. As máquinas quebram e demoram para serem consertadas por falta
de manutenção;
• O preparo das caixas de instrumental cirúrgico, que deveria ser realizado pelo pessoal
da Central de Material Esterilizado, é feito pelos funcionários do Centro Cirúrgico;
• O material é esterilizado na estufa e também utilizam formalina;
• Faltam pinças básicas para repor as que quebram;
• O ar condicionado central não funciona adequadamente, cirurgiões suam na ferida
operatória, instrumentadoras desmaiam;
• As portas das salas de cirurgia, colocadas na última reforma, quebram com freqüência,
forçam o reboco da parede que cai formando buracos que servem de abrigo para
bactérias;
• Os equipamentos estão sem contrato de manutenção preventiva e também corretiva.
3.2.4.13 - SALA DE CIRURGIA FEMININA
• Não foi possível verificar, pois a mesma estava em uso.
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44
3.2.4.14 – NUTRIÇÃO
• As atividades diárias, com exceção dos médicos, não são freqüentemente registradas
para um trabalho em equipe, o que torna o serviço vulnerável, individualista e
trabalhoso;
• Muitas vezes o paciente só tem o boletim de atendimento, sem prescrição médica, o que
para o serviço de nutrição significa que este paciente se encontra em dieta zero, sendo
esta dieta liberada mais tarde, fora do horário regular de refeições do hospital,
ocasionando uma visão distorcida do atendimento deste serviço;
• Pacientes que aguardam cirurgia (ortopedia) ficam, de vez em quando, em jejum até as
20 (vinte) horas, em função de suspensão da cirurgia, retornando dieta zero no dia
seguinte;
• Observam-se refeições empilhadas na cabeceira da cama dos pacientes sem condições
de se alimentarem sozinhos;
• Pacientes podem ter o agravamento do quadro por uma ocasional desnutrição pela não
administração da dieta por motivos tais como: paciente com diarréia, pela não passagem
de sonda para administração, pela necessidade de terapia nutricional especializada, (ex.
nutrição enteral, de alto custo, que na emergência não tem efetividade);
• Há pacientes sociais que normalmente se encontram sem prescrição dietética,
encontrando-se no PS somente para comer;
• Ocorrem mudanças constantes das posições dos leitos dos pacientes, ocasionando
dificuldades na distribuição da alimentação. Muitas vezes observou-se que o prontuário
do paciente não se encontrava na cama do mesmo e sim embaixo da cama, pois nem
sempre há lugar adequado (escaninhos) para colocá-lo, ficando o paciente sem
identificação possível e, nessa circunstância, também sem alimentação;
• Há necessidade de se estabelecer horários limites para solicitação de cada refeição;
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45
• Falta livro de registro na emergência dos pacientes que são internados, bem como dos
que recebem alta. Não há controle desse fluxo, o que facilitaria a agilidade no
atendimento;
• Falta equipamento de proteção para os profissionais e informação quanto a pacientes
com doenças infecciosas.
3.2.4.15 – EMERGÊNCIA
O setor de Emergência do Hospital Municipal Miguel Couto funciona 24 horas em
regime de porta aberta e atende a pacientes de todos os níveis de gravidade. Um número
considerável de pacientes recorre a emergência do hospital, por precariedade da rede
básica, bem como por falta de planejamento para atendimento na sua área programática.
São pacientes que possuem doenças crônicas, que preferem recorrer ao Hospital, sabendo
que enfrentarão grandes filas, mas que serão atendidos.
Conforme relatório elaborado, em novembro/2004, pelo “grupo de trabalho
urgência/emergência”, composto por vários profissionais de saúde, falta interação e há
desconhecimento do funcionamento do hospital entre os profissionais que trabalham na
Unidade.
O grupo de trabalho acima mencionado afirma que nem todos os profissionais
conhecem os chefes dos serviços cirúrgicos tais como: Cirurgia Geral, Ortopedia, Cirurgia
Vascular, Obstetrícia, Neurocirurgia, Oftalmologia e Otorrinolaringologista. Também não
são conhecidos os chefes dos serviços clínicos (Clínica Médica, Pediatria, CTI, e Unidade
Coronariana), inclusive, os chefes das equipes de Emergência, das salas de Emergência e
dos serviços de apoio (Laboratório, Radiologia, Banco de Sangue e Anatomia Patológica).
Alguns profissionais que trabalham na Emergência, desconhecem os serviços que
existem no hospital.
Da mesma forma o trabalho, as condições de atendimento e resolutividade da
Emergência são totalmente desconhecidas pelos profissionais que trabalham na rotina. Esta
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46
falta de interação provoca, conforme relato da equipe médica, a existência de dois hospitais,
bem como um relacionamento tempestuoso, o que certamente potencializa os problemas já
existentes.
• Sala de Emergência (Adultos) – Não é assegurada a privacidade dos pacientes. A
utilização de biombos resolveria o problema. Os ralos e os recipientes de lixo não estão
vedados. Não há telas nas janelas. Os carrinhos de curativos não estão em perfeitas
condições de uso.
• Posto de Enfermagem – Há necessidade de isolar e reformar a bancada de preparo dos
medicamentos do lavabo. Os recipientes de lixo devem ser vedados.
• Sala Séptica – Há necessidade de isolar a bancada de preparo dos medicamentos do
lavabo. Os recipientes de lixo devem ser vedados. O foco cirúrgico foi substituído.
• Sala de Emergência Pediátrica – Não há telas nas janelas e os recipientes de lixo não
estão vedados.
• Banheiro da Sala de Emergência Pediátrica – Os recipientes de lixo não estão
vedados.
• Boxe para Nebulização – Há necessidade de afastar os pontos de oxigênio.
3.2.4.16 – UTI PEDIÁTRICA
• Foi corrigida a infiltração do teto. Alguns recipientes estão vedados. Falta isolar a
bancada de preparo de medicamentos do lavabo.
3.2.4.17 – UTI ADULTOS
• Os recipientes de lixo não estão vedados. A bancada de preparo de medicamentos do
lavabo deve ser isolada.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
47
3.2.4.18 – MATERNIDADE
• Banheiro sem box, torneira e pia;
• Os recipientes de lixo não estão vedados;
• Há necessidade de manutenção dos equipamentos;
• Faltam dois monitores oxímetro e um respirador adulto;
• Faltam roupas de cama;
• Faltam cortinas na sala pré-parto;
• Faltam anestesistas exclusivos;
• Falta um sonar;
• Falta ultrassonografia exclusiva para o setor;
• Faltam lavadoras de instrumentais;
• Falta treinamento para os profissionais;
• Faltam sondas;
• Falta aminiotomo (perfurador de membrana);
• Os funcionários se cotizaram e compraram uma geladeira;
• A responsável pelo setor tem solicitado, constantemente, roupas de cama, não sendo
atendida pela Divisão de Abastecimento de Roupas do S/CIN/CAL.
3.2.4.19 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
• O elevador que atende a cozinha e o refeitório está com defeito;
• Falta de manutenção predial, preventiva e corretiva dos equipamentos (ex: elevadores e
bisturis cirúrgicos), pois os contratos não foram renovados. Terminou o contrato com a
empresa Navelle há pelo menos um mês, mas a empresa continua prestando serviços
sem contrato e recebendo pelo suprimento de Fundos, sendo o material também
comprado pelo suprimento de fundos;
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48
• Conserto dos equipamentos fibroscópio e collunoscópio, bem como do sistema de
refrigeração dos 3º e 4º andares do Bloco da Emergência;
• Falta de atualização tecnológica dos equipamentos;
• Falta de informatização da unidade.
• Necessidade de balão intraórtico, equipamentos de medicina física, macas, camas de
recuperação, válvulas, material de oftalmologia e odontologia;
• Vários equipamentos estão sem contrato de manutenção.
Juntamos no Anexo II, os contratos de manutenção preventiva e corretiva dos
equipamentos que não foram prorrogados pela Secretaria Municipal de Saúde, em
decorrência de restrições orçamentárias, o que tem causado deficiências na qualidade dos
serviços prestados à população.
3.2.4.20 - FARMÁCIA
Constatou-se falta de manutenção dos aparelhos de ar condicionado da farmácia,
pois somente 02 (dois) aparelhos funcionam, um no almoxarifado e outro na dispensação de
medicamentos. Foi encontrada uma geladeira com defeito.
Tendo em vista as dificuldades no fornecimento de medicamentos por parte do
S/CIN/CAL, a dispensação externa quase não funciona, havendo muita reclamação por
parte dos pacientes. A situação é a mesma nos outros hospitais visitados, pois o pequeno
estoque existente é utilizado na dispensação interna, para os pacientes internados.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
49
3.3 – HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO
Nome popular: Hospital Municipal Salgado Filho Endereço: Rua Arquias Cordeiro, 370 - Méier Telefone(s): 3111-4100/3111-4177 Área de Planejamento: 3.2 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas
��10h às 16h – horas centrais do dia – maior parte dos atendimentos nesta
faixa de horário (quase 50% do movimento do dia todo). O paciente acorda e
se dirige à emergência do hospital com a certeza de ser atendido no mesmo
dia. Atendimento médio por hora: 1005,4 pacientes;
��20h às 21h – pico da noite – a partir das 18h o movimento começa a cair
numa descendente até o nível da madrugada. Todavia, nesta faixa ocorre um
pequeno pico representando o fluxo de uma parte da população que sai mais
tarde do ambiente de trabalho, não podendo ir ao hospital no horário
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
55
comercial, como seria o caso de garçons, por exemplo. Atendimento médio
por hora: 863,5 pacientes;
��2h às 5h – demanda real da emergência - Durante a madrugada o fluxo de
pacientes é o menor do dia, só se dirigindo ao hospital aqueles pacientes em
real situação de urgência ou emergência. Atendimento médio por hora: 100
pacientes.
3.3.4.1 - ELEVADORES DE ACESSO AOS PAVIMENTOS
Todos os elevadores do hospital estavam funcionando durante a visita da comissão
inspecionante, sendo um deles construído há pouco tempo e usado exclusivamente para
transporte de cadáveres. A saída deste elevador é direta para o exterior do hospital, onde os
cadáveres podem ser prontamente recolhidos, por carros funerários com a devida discrição,
diferente do que ocorria anteriormente, quando os corpos transitavam pelas dependências
do Hospital.
3.3.4.2 – CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
O CTI do HMSF conta com 09 leitos disponíveis, no entanto, necessitaria de mais
20 leitos, uma vez que a norma específica prevê que 10% dos leitos de um hospital sejam
de CTI.
Segundo o chefe do mesmo, Dr. Conrado Norberto Weber Jr. (matr. 12/164072-1),
o setor não tem falta de recursos humanos. Por ocasião da visita, havia 11 respiradores
micropocessados funcionando, sendo que nenhum deles tinha contrato de manutenção.
• Posto de Enfermagem – Todos os coletores de lixo estavam com tampa. A bancada
para preparo de medicamentos do lavabo estava isolada. Não havia pertences
pessoais sobre a bancada do Posto de Enfermagem.
PAR
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56
3.3.4.3 – NOVA EMERGÊNCIA
A Nova Emergência ainda não havia sido inaugurada quando a comissão
inspecionante visitou a unidade.
3.3.4.4 – UNIDADE DINÂMICA DE EMERGÊNCIA - UED
A Unidade Dinâmica de Emergência padece de inúmeros problemas e tem sua
situação agravada pela obra da Nova Emergência.
Os coletores de lixo estavam sem tampa. Não havia ambiente próprio para
elaboração de prescrição e avaliação dos pacientes. A área utilizada para higienização dos
pacientes politraumatizados era isolada do resto da UDE através de biombos. Não havia
Boxes. Os respiradores estavam sem contrato de manutenção, apenas o tomográfo tem
contrato (com a firma Siemens). O lavabo estava provido com material para higienização
dos profissionais que ali atuam (sabão líquido e papel toalha).
• Posto de Enfermagem – Os coletores de lixo estavam sem tampa. A bancada para
preparo de medicamentos do lavabo estava isolada.
3.3.4.5 – GRANDE EMERGÊNCIA
Assim como a Unidade Dinâmica de Emergência, a Grande Emergência está em
situação bastante precária.
Os pacientes não têm privacidade no atendimento, ao contrário disso, muitos deles
são atendidos nos corredores em macas improvisadas. O ambiente onde são realizadas a
higienização dos pacientes que chegam à Emergência é isolado por biombos. Os coletores
de lixo estavam sem tampa. Havia lavabo provido com material para higienização dos
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57
profissionais que ali atuam (sabão líquido e papel toalha). O preparo de medicamentos
estava adaptado numa sala, onde havia isolamento do lavabo.
3.3.4.6 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
• O Ar condicionado central não cobre todo hospital, atendendo apenas ao Centro
Cirúrgico, CTI, UNICOR, UI do 4º Andar, Raio X, Laboratório, Farmácia, Pediatria e
Emergência. Não existe contrato de manutenção para o mesmo. Conforme pode ser
demonstrado através das fotos, o Centro Cirúrgico tem instalado em suas dependências,
vários aparelhos de ar condicionado do tipo “ splits” , o que não é adequado de acordo
com as normas técnicas;
• Vários equipamentos estão sem contrato de manutenção.
O Diretor Administrativo informou que, aproximadamente 50% dos equipamentos
do Hospital estão sem contrato de manutenção. Os consertos necessários são executados e
pagos através do Sistema Descentralizado de Pagamentos (SDP) da Unidade. Tendo em
vista que não foi fornecida nenhuma relação desses equipamentos à Comissão
Inspecionante, destacamos no Anexo III apenas aqueles que nos chamou à atenção quando
da visita.
3.3.4.7 – FÁRMACIA
O setor de Farmácia acompanha os outros setores do Hospital Municipal Salgado
Filho com relação à dificuldade de recursos.
Não há um fornecimento regular por parte do S/CIN/CAL. Constantemente, o
Diretor Administrativo precisa comprar medicamentos através do Sistema Descentralizado
de Pagamentos. Os remédios disponíveis são preferencialmente utilizados para os pacientes
internados. Apenas de maneira eventual, e através de receita, chegam a ser dispensados
para a população em geral.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
58
Como forma de contornar esta dificuldade, a Unidade utiliza o sistema de dose
unitária. Neste sistema de prescrição, os medicamentos são separados em sacos plásticos
para cada paciente, com nome, número do prontuário, enfermaria, leito e data. Cada
comprimido fica em embalagem individualizada, com nome genérico, dosagem, número do
lote e validade.
Este sistema traz inúmeras vantagens para o Município, tais como:
• Diminui custos;
• Diminui o excesso de medicamentos nas clinicas;
• Facilita a devolução de medicamentos não utilizados para a Farmácia;
• Diminui perdas por validade vencida e extravios;
• Facilita e aumenta a qualidade no atendimento aos pacientes;
• Diminui tempo gasto do pessoal de enfermagem com pedido de medicamentos;
• Diminui os erros de medicação;
• Facilita a organização dos medicamentos
• Diminui perdas e extravios
• Aumenta a integração entre as equipes (médicos, enfermeiras e farmacêuticos).
A Implantação do Sistema de Distribuição de Medicamentos por Prescrição
Individualizada foi objeto de estudo de pós-graduação de duas residentes de Farmácia da
Unidade, Ana Paula Antunes e Patricia Santa Marinha. Podemos visualizar
quantitativamente a vantagem deste sistema através do gráfico “Resultados após
Implantação do Sistema Dose Coletiva versus Prescrição Individualizada”, constante do
Anexo III. Nele, as quantidades fornecidas na clínica de Cardiologia nos dois sistemas são
comparadas. Em alguns casos, Diclofenaco, por exemplo, a quantidade atual é 20 vezes
menor.
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59
3.4 – HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIAR
Nome popular: Hospital Municipal Souza Aguiar Endereço: Praça da República, 111 - Centro Telefone(s): 3111-2600 / 3111-2729 Área de Planej amento: 1.0 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas
O Hospital Municipal Souza Aguiar teve sua história iniciada em 1907,
especificamente, de Pronto-Socorro, estabelecendo como missão “salvar vidas”,
atualmente, é classificado como uma unidade hospitalar de emergência. A sua estrutura é
composta por 30.000 m² de área construída, distribuídas pelos seus 08 (oito) andares,
possui em seus quadros funcionais uma média de 3.000 (três mil) funcionários, composto
por cerca de 600 (seiscentos) médicos e 1.200 (hum mil e duzentos) profissionais de
enfermagem (enfermeiros e auxiliares de enfermagem), disponibilizando 510 (quinhentos e
dez) leitos hospitalares, com média de 80 (oitenta) leitos por andar, bem como um Setor de
Emergência onde permanecem 140 (cento e quarenta) pacientes em observação ou
aguardando internação, tendo em vista e grande concentração de pacientes referenciados a
Unidade, procedentes de vários bairros e de municípios vizinhos, pois acreditam que ali
serão atendidos.
3.4.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA
A Unidade Inspecionada é localizada no Centro e integra a Área de
Planejamento – AP 1.0. Esta Área engloba, além do Centro, os bairros da Saúde, Gamboa,
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
60
Santo Cristo, Caju (zona portuária), Catumbi, Rio Comprido, Cidade Nova, Estácio, São
Cristóvão, Benfica, Mangueira, Vasco da Gama, Santa Tereza, bem como a Ilha de
Paquetá.
O hospital atrai pacientes de outros municípios, causando superlotação da
unidade, ocupação dos leitos, superlotação dos ambulatórios, aumento do custo das
unidades devido ao maior consumo de material e mais demanda de pessoal e equipamentos.
3.4.3 - RECURSOS HUMANOS
Conforme pode ser observado nos quadros constantes do Anexo IV, a carência de
algumas especialidades é muito grande, o que tem prejudicado a qualidade dos serviços
prestados, afetando, principalmente, o Setor de Emergência.
As especialidades médicas que mais necessitam de profissionais são: anestesiologia,
clínica médica, cirurgia vascular, nefrologia, ortopedia, otorrinolaringologia, pediatria e
gastroenterologia, além de agentes administrativos, enfermeiros, fonoaudiólogos,
nutricionistas, psicólogos, técnicos de processamento de dados, auxiliares de enfermagem e
auxiliares de serviços de saúde.
Foram oferecidas 589 vagas no concurso realizado em 2002, tendo sido autorizado
o provimento de 300 vagas, conforme processo nº 09/021.102/2002, datado de 27/05/2002,
conforme consta no Anexo IV.
O Diretor do Hospital, Dr. Carlos Scherr, enviou à Comissão Inspecionante uma
relação, através da Secretaria Municipal de Saúde, com dados referentes a necessidade de
recursos humanos calculada e acordada em setembro/2003 com representantes da
Coordenadoria de Recursos Humanos, contendo o quantitativo geral do Hospital, o déficit
de recursos humanos por especialidade médica, bem como do pessoal administrativo,
conforme quadro, constante do Anexo IV.
Foi relatado à Comissão Inspecionante, pelo Dr. José Macedo de Araújo Neto, que a
falta de recursos humanos em várias categorias e especialidades tem sido agravada pelos
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
61
abandonos e licenças de médicos, principalmente na especialidade de Clínica Médica, não
havendo reposição, bem como informou que a carência de maqueiros foi suprida, através da
contratação de cooperativa.
3.4.4 - VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE
A Comissão Inspecionante vistoriou diversos setores do hospital e confrontou com
o apontado no relatório do CREMERJ, o que possibilitou constatar que há problemas de
infra-estrutura, principalmente em relação ao mau estado de conservação do piso e das
paredes e instalações elétricas.
Dentre os setores existentes, foram vistoriados a Recepção, o Serviço de Pronto
Atendimento Adulto e Pediátrico, a Emergência Adulta e Pediátrica, a Unidade
Coronariana, o CTI Adulto e o Centro Cirúrgico.
3.4.4.1 – RECEPÇÃO DO TÉRREO
É necessário recuperação dos pisos, das paredes, do teto, das portas, bem como das
instalações elétricas, pois existe fiação exposta.
3.4.4.2 – SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO ADULTO
• Sala de Espera - há necessidade de melhorar as condições de iluminação e ventilação.
Os pisos e paredes estão em mau estado de conservação. Os ralos e recipientes de lixo
não estavam vedados. Havia fiação exposta, havendo a necessidade de serem reparadas
as instalações elétricas. Como o ar condicionado central não funciona neste local, são
usados ventiladores nos consultórios, sendo que o consultório nº 2 não tinha ventilador;
• Corredores – Mau estado de conservação dos pisos e paredes. Os recipientes de lixo
não possuem tampa e as condições de ventilação não são boas;
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62
• Consultórios – As condições de conservação e ventilação devem ser melhoradas. Os
recipientes de lixo não possuem tampa;
• Posto de Enfermagem – Devem ser melhoradas as condições de higiene, conservação,
iluminação e ventilação. A bancada para preparo de medicamentos deve ser isolada. Os
medicamentos não devem ficar expostos na bancada e sim acondicionados. Os
recipientes de lixo não possuem tampa. O setor deve ser provido com material para
higienização, tais como toalha descartável e sabão líquido. O ambiente exterior deve ser
isolado com telas nas janelas;
3.4.4.3 – SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO
• Sala de Espera – As condições de ventilação e de conservação devem ser melhoradas.
Os recipientes coletores de lixo não possuem tampa;
• Sala de Aplicação de Medicamento Injetável (sala PS 03) - As condições de higiene,
conservação e ventilação devem ser melhoradas. Os recipientes de lixo não possuem
tampa. A bancada do lavabo deve ser isolada para preparo de medicamentos. Os
materiais utilizados para aplicação de medicamentos injetáveis não devem ficar
expostos na bancada e sim acondicionados;
• Consultório (sala PS 06) – As condições de conservação e ventilação eram boas, pois
o ar condicionado central estava funcionando. Os pacientes não têm a privacidade
assegurada;
• Sala de Suturas (sala PS 07) – Os recipientes de lixo não têm tampas. As paredes
estão em mau estado de conservação. Os colchonetes estão precários. Os materiais
utilizados para a realização de suturas não devem ficar expostos sobre a mesa e sim
acondicionados;
• Sala de Nebulização – Há somente dois pontos para nebulização.
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63
3.4.4.4 – EMERGÊNCIA
A emergência do hospital sofre com a superlotação dos leitos, faltando, inclusive,
estrutura física a colocação de leitos para acompanhantes, principalmente os
acompanhantes de pessoas idosas.
Conforme relato do Dr. José Macedo de Araújo Neto, Coordenador da Emergência
do hospital, existem diversas situações em várias áreas que afetam direta e/ou indiretamente
o andamento dos serviços prestados.
Relata a necessidade de recursos humanos, o suprimento irregular de materiais
cirúrgicos, a falta de medicamentos para hipertensão, trombose, embolia pulmonar,
hemorragia digestiva, diuréticos, antibióticos e anestésicos, a falta de filmes para
ultrassonografia, bem como informa a existência de equipamentos obsoletos, a superlotação
das salas de observação feminina e masculina com internação inadequada de pacientes
neste setor, a sobrecarga na sala de reanimação em função da demanda de pacientes
externos, além da situação de pacientes internados, que por apresentarem intercorrências,
(não há estrutura nas diversas enfermarias para suporte), são “transportados” muitas vezes
pela enfermagem para esta sala para fins de estabilização, ficando muitos “internados” por
vários dias aguardando vaga em terapia intensiva, sobrecarregando ainda mais as equipes
da Emergência (médicos e enfermeiros). Informa ainda, o excessivo número de
atendimentos no Serviço de Pronto Atendimento que chega a 824 (oitocentos e vinte e
quatro) boletins (informação de 10/05/2004), a insegurança pela ameaça da saída da
empresa Confederal, o corte de insumos e a sobrecarga ainda maior para os Plantonistas da
especialidade de Clínica Médica, em função do corte de profissionais com dupla jornada,
que atuavam na rotina das salas.
• Unidade Intensiva Pediátrica – As infiltrações que existiam foram corrigidas. Os
recipientes coletores de lixo não possuem tampa. O ambiente exterior está devidamente
isolado;
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64
• Posto de Enfermagem da UTI Pediátrica – A bancada do lavabo para preparo de
medicamentos deve ser isolada. Os medicamentos não devem estar expostos na bancada
e sim acondicionados. Os recipientes coletores de lixo não possuem tampas. As gavetas
dos medicamentos estavam em mau estado de conservação;
• Sala de Ressuscitação Cárdio-Respiratória Pediátrica – Os recipientes coletores de
lixo estavam sem tampas;
• Sala de Ressuscitação Cárdio-Respiratória Adulto – Os recipientes coletores de lixo
estavam sem tampas. As paredes estavam em mau estado de conservação;
• Enfermaria Feminina - Os recipientes coletores de lixo estavam sem tampas;
• Posto de Enfermagem (Feminina) - Os recipientes coletores de lixo estavam sem
tampas. A bancada do lavabo deve ser isolada para preparo de medicamentos;
• Unidade de Pacientes Graves - Os recipientes coletores de lixo estavam sem tampas.
As paredes foram reformadas;
• Posto de Enfermagem da UPG - A bancada do lavabo deve ser isolada para preparo
de medicamentos;
• Enfermaria Masculina - Os recipientes coletores de lixo estavam sem tampas. As
paredes estavam em mau estado de conservação. Materiais e medicamentos não devem
estar expostos sobre as mesas e sim acondicionados;
• Posto de Enfermagem (Masculina) - A bancada do lavabo deve ser isolada para
preparo de medicamentos. Materiais e medicamentos não devem estar expostos na
bancada e sim acondicionados.
3.4.4.5 – UNIDADE CORONARIANA
• Enfermaria – As infiltrações que existiam no teto foram corrigidas. Os recipientes
coletores de lixo estavam sem tampas. A bancada do lavabo deve ser isolada para
preparo de medicamentos;
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65
• Expurgo – O expurgo tem comunicação com a enfermaria, havendo o cruzamento de
material estéril com material contaminado;
• Centro Cardiológico – Os recipientes coletores de lixo não possuem tampa;
• Centro de tratamento intensivo Adulto – Os recipientes coletores de lixo estavam
vedados;
• Posto de Enfermagem do CTI - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados. A
bancada do lavabo deve ser isolada para preparo de medicamentos.
3.4.4.6 – CENTRO CIRÚRGICO
Não foram encontrados problemas em relação ao acesso ao Centro Cirúrgico, a
movimentação de pacientes é normal, estando os corredores em boas condições de uso. A
Comissão Inspecionante vistoriou as 10 (dez) salas cirúrgicas existentes, conforme relatado
abaixo:
• Sala nº 01 – Estava reequipada com material de anestesia e a qualidade dos focos de luz
pareceu adequada. Foram instalados monitores a fim de assegurar fonte de oxigênio e
fluxometro. A caixa coletora de materiais perfuro-cortantes foi presa à parede;
• Sala nº 02 – Esta sala estava desativada, pois a mesa cirúrgica está no conserto há 20
(vinte) dias. O piso precisa ser recuperado. Foram colocados suportes adequados para as
caixas que contenham medicamentos, bem como para a caixa coletora de materiais
perfuro-cortantes. A sala dispõe de aparelhos, monitores, fonte de oxigênio, vácuo e
fluxometros funcionando. A qualidade dos focos de luz existentes (02) pareceu
adequada.
• Sala nº 03 – No momento da visita a sala estava sendo usada, os focos de luz estavam
adequados e foi colocado suporte para os medicamentos e para a caixa coletora de
materiais perfuro-cortantes;
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66
• Sala nº 04 – Esta sala também estava sendo utilizada quando da visita. O piso da sala
foi trocado e foi colocado suporte na parede para a caixa coletora de materiais perfuro-
cortantes. A cadeira de madeira que estava na sala, que era de difícil higienização, foi
retirada;
• Sala nº 05 – Esta sala também estava sendo utilizada quando da visita. O piso da sala
continua deteriorado. A qualidade dos focos de luz pareceu adequada. Torna-se
necessária a reconstituição do fluxo de vácuo e como nesta sala existe um intensificador
de imagem, as paredes e portas precisam ter proteção para irradiação. Havia aparelho de
anestesia.
• Sala nº 06 – Esta sala foi totalmente equipada;
• Sala nº 07 – Esta sala estava sem o aparelho de anestesia. A cadeira de madeira que
estava na sala, que era de difícil higienização, foi retirada. A mesa cirúrgica foi
recuperada e foi colocado suporte para a caixa coletora de materiais perfuro-cortantes;
• Sala nº 08 – A sala estava sendo utilizada quando da visita e estava totalmente
recuperada e ativada;
• Sala nº 09 – Estava desativada, necessitando de aparelhagem de anestesia e fonte de
oxigênio;
• Sala nº 10 – A sala estava ativada, necessitando de recuperação do piso;
• Lavabos – As torneiras foram trocadas. Com relação a higienização dos médicos são
utilizadas escovas individuais, havendo material adequado;
• Recuperação Pós-Anestésica – Não há respiradores nos leitos, os mesmos são levados
para os leitos na medida da necessidade. Todos os leitos têm monitores;
• Sala de Material de Limpeza e Conservação – Há o cruzamento de material estéril
com material contaminado no corredor;
• Anestesiologia - As necessidades mais urgentes para o setor são: broncoscópio de fibra
óptica; máscaras laríngeas (só tem um jogo); estilete luminoso e lâminas de
laringoscópio curvas e retas. Há carência de anestesistas.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
67
3.4.4.7 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
A Direção da unidade forneceu a Equipe Inspecionante uma relação de
equipamentos que estão necessitando de reparos, conforme consta do Anexo IV.
3.4.4.8 – FARMÁCIA
Foram constatadas dificuldades no suprimento de medicamentos, em face do
reduzido estoque regulador no S/CIN/CAL, que não vem fornecendo regularmente os
medicamentos necessários à Unidade, cujas aquisições são feitas, quando possível, através
do Sistema Descentralizado de Pagamentos.
A dispensação externa está prejudicada, uma vez que os medicamentos que são
adquiridos pela Unidade são fornecidos aos pacientes internados. Continua havendo o
atendimento ao público externo, apenas para alguns tipos de remédios.
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3.5 – HOSPITAL MUNICIPAL LOURENÇO JORGE
Nome popular: Hospital Municipal Lourenço Jorge Endereço: Av. Ayrton Senna, 2000 - Barra da Tijuca Telefone(s): 3111-4600(telefonista) ou 3111-4651/4652(Recepção) Área de Planej amento: 4.0 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas Diretor: Dr. Flávio Adolpho Silveira E-mail: [email protected]
3.5.1 – HISTÓRICO E PERFIL
O antigo Hospital Municipal Lourenço Jorge, hoje chamado de Lourencinho,
funcionava em outro terreno, também na Barra (no entanto, com capacidade instalada
inferior ao atual, funcionava como um posto médico). A ampliação do volume de acidentes
de trânsito na região e a deficiência na área de atendimento de emergência, incentivou a
prefeitura à construção de um novo hospital na área com este tipo de atendimento,
contribuindo também para a redução da demanda de emergência das demais unidades
hospitalares da rede.
Funcionando desde fevereiro de 1996, o Hospital Municipal Lourenço Jorge é um
Hospital de emergência, sendo referência para o PAN 2007.
O Hospital possui 10.700 metros quadrados de área construída em um terreno de
32.500 metros quadrados, tendo sido construído de forma modular e horizontal. Mantém
uma área verde no seu interior, que pode ser vista dos quartos e enfermarias, devido ao uso
de paredes de vidro. Destaca-se também a utilização da cromoterapia na escolha das cores
que compõem os diferentes setores do hospital, a planta que favorece a entrada da luz solar
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
69
nos corredores e a boa refrigeração em todos os espaços internos do hospital, tornando o
ambiente particularmente confortável, tanto para pacientes como para os profissionais.
Dispõe atualmente das especialidades de clínica médica, cirurgia geral, ortopedia,
pediatria, psiquiatria, dentre outras, bem como de 147 leitos, 19 consultórios médicos,
oferecendo serviços de emergência (dividida em dois setores: pequenas emergências e
grande emergência), ambulatório e internação.
3.5.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA
Primeiro hospital público inaugurado na cidade do Rio de Janeiro nos últimos 30
anos, está localizado na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, pertencendo à Área
Programática (AP 4) da Secretaria Municipal de Saúde, que inclui os bairros: Barra da
Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá e Cidade de Deus, com uma população
estimada em 542.125 habitantes. Vale destacar que a AP4 possui taxa de crescimento
populacional que gira em torno de 8% ao ano, enquanto a taxa de crescimento médio da
população do município do Rio de Janeiro gira em torno de 2,5% ao ano. Atrai também um
grande volume de população flutuante, possibilitado pela ampliação de vias de acesso ao
bairro e pelo crescimento do comércio e de estabelecimentos de lazer. Sua localização
privilegiada é um forte componente de atração dos profissionais médicos, por ser o bairro
da Barra da Tijuca de grande expansão imobiliária e por dispor de um crescente número de
centros de consultórios médicos, ou seja, um mercado de trabalho médico emergente.
3.5.3 - RECURSOS HUMANOS
Conforme pode ser observado no Anexo V, houve o provimento de 795 servidores
concursados, o que fez reduzir o número de cooperativados (em dezembro/2003 a unidade
contava com 284 profissionais da Cooperar Saúde).
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
70
Juntamos também no Anexo V, a relação da necessidade de recursos humanos
atualizada em 25/10/2004 (projeto básico novo).
3.5.4 - VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE
3.5.4.1 - Setores Diversos
• Ambulatório - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados.
• Sala de Cirurgia Geral - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados. É
necessário reparar ou substituir o carro de curativo que está oxidado.
3.5.4.2 - Pequena Emergência
• Recepção - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• Consultório de Clínica Médica I - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados. Os lavabos foram providos com material de higienização. O atendimento é
individualizado, sendo garantida a privacidade dos pacientes;
• Consultório de Clínica Médica II - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados. As macas estavam forradas com lençóis. Os lavabos foram providos com
material de higienização. . O atendimento é individualizado, sendo garantida a
privacidade dos pacientes;
• Sala de nebulização Infantil – Os pontos para nebulização devem ser afastados. Os
recipientes coletores de lixo não estavam vedados. O aparelho de ar condicionado
estava quebrado. Só comporta 04 (quatro) crianças de cada vez;
• Sala de Hipodermia adulto – A porta que estava com defeito foi substituída;
• Repouso Adulto - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• Sala de Trauma Buco Maxilo Facial - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados. A bancada do lavabo para preparo de medicamentos não foi isolada;
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71
• Consultório de Ortopedia – O atendimento é individualizado, participando também do
atendimento o residente de medicina. Não há conforto para os pacientes que aguardam
o atendimento.
3.5.4.3 - Grande Emergência
• Triagem da Emergência – O atendimento não está sendo feito de forma
individualizada , portanto a privacidade dos pacientes não está sendo garantida. Os
recipientes coletores de lixo não estavam vedados. Não havia maca para atendimento
aos pacientes;
• Sala de Reanimação 101 - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados;
• Atendimento Infantil - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados. A bancada
do lavabo para preparo de medicamentos estava isolada. Não havia mobiliários em mau
estado de conservação. Os materiais e medicamentos estavam guardados em local
apropriado;
• Atendimento Feminino - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados. A bancada
do lavabo para preparo de medicamentos estava isolada. Os materiais e medicamentos
estavam guardados em local apropriado. As condições de higiene e limpeza eram
satisfatórias. A ventilação é feita pelo sistema de ar condicionado central, sendo que
não dá vazão, por isso são utilizados também aparelhos de parede;
• Atendimento Masculino - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados. A
bancada do lavabo para preparo de medicamentos estava isolada. Os materiais e
medicamentos estavam guardados em local apropriado. As condições de higiene e
limpeza eram satisfatórias. A ventilação é feita pelo sistema de ar condicionado central,
sendo que não dá vazão, por isso são utilizados também aparelhos de parede;
• Sala de Politrauma 101 - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• Sala para Pequenas Cirurgias - Os recipientes coletores de lixo estavam vedados. A
bancada do lavabo para preparo de medicamentos estava separada;
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72
• Sala de Curta Permanência Masculina - Os recipientes coletores de lixo estavam
vedados;
• Sala de Curta Permanência Feminina - Os recipientes coletores de lixo estavam
vedados;
• Sala de Curta Permanência Infantil - Os recipientes coletores de lixo estavam
vedados;
• Sala de Espera do Raios X - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• Internação Cirúrgica Feminina - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados;
• Internação Cirúrgica Masculina - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados;
• Unidade Intermediária Masculina - Os recipientes coletores de lixo não estavam
vedados;
• Unidade Intermediária Mista - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• CTI - Os recipientes coletores de lixo não estavam vedados;
• Sala de isolamento – O ambiente externo não estava isolado com telas nas janelas.
3.5.4.4 – Sala de Recuperação Pós-Anestésica Nesta sala permanecem os pacientes que já foram operados, e estão se recuperando
da anestesia a que se submeteram e aguardam sua liberação para os outros setores do
hospital. Além das macas de transporte que a área física desta sala comporte, há também
para cada maca, um ponto de oxigênio e dois pontos de ar comprimido (estes últimos, com
válvulas adaptadoras para aspiração e nebulização). Está equipada também com monitores
cardíacos com a mesma especificação técnica dos das Salas de Cirurgia, e um oxímetro de
pulso, para cada maca desta Sala, além de um desfibrilador portátil e um carrinho de
parada, com os equipamentos, medicamentos e materiais completos.
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73
3.5.4.5– OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
• Em relação ao sistema de ar condicionado central, o mesmo está sendo reparado,
inclusive os aparelhos de parede;
• Não há no Hospital os serviços de Cirurgia Vascular e Neurocirurgia (cabe destacar que
o hospital é referência para o PAN 2007);
• Necessita de um tomógrafo novo;
• Equipamento de Raios X Marca Siemens com defeito;
• Necessidade de descupinização de toda a unidade;
• Existem infiltrações diversas.
Encontram-se relacionadas no Anexo V, as necessidades de materiais e
equipamentos do Hospital Municipal Lourenço Jorge.
3.5.4.6– FARMÁCIA
A situação encontrada nas farmácias é a descrita nas outras unidades, ou seja, não há
medicamentos para a dispensação externa, os remédios que conseguem comprar através do
Sistema Descentralizado de Pagamentos são utilizados para os pacientes que estão
internados, pois o S/CIN/CAL não tem suprido as unidades regularmente.
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74
3.6 – HOSPITAL MUNICIPAL PAULINO WERNECK
Nome popular: Hospital Municipal Paulino Werneck Endereço: Estrada da Cacuia, 745 - Ilha do Governador Telefone(s): 3111 7700 / 3111 7701 / 3111 7702 / 3111 7703 Área de Planej amento: 3.1 Período de funcionamento: Atendimento nos turnos da manhã e tarde Diretor: Dr. Luiz Carlos Goldstein E-mail: [email protected]
3.6.1 – HISTÓRICO E PERFIL
O Hospital Municipal Paulino Werneck funciona durante as 24 horas do dia,
portanto de portas abertas podendo receber todo e qualquer tipo de agravo à saúde, desde os
mais simples até os mais complexos. Foi fundado em 6 de Agosto de 1935, possuindo, em
1998, aproximadamente 440 funcionários da SMS, além de profissionais cedidos pelo
Ministério da Saúde e os prestadores de serviços (terceirizados), distribuídos numa área
física de 760 metros quadrados, construídos de forma horizontal e pavilhonado, sendo parte
da Àrea Programática 3-1 (AP 3-1).
Os usuários se utilizam dos serviços oferecidos pelo hospital através do
Ambulatório ou da Emergência. O Ambulatório oferece à população as seguintes
O Hospital Municipal de Reabilitação foi criado pela Lei nº3487, de 14 de janeiro
de 2003 (publicada na página três, do D.O. RIO de 16/01/2003). Trata-se de uma
construção de oito andares com cerca de 50 anos onde funcionava o antigo Bloco Médico-
Cirúrgico do antigo Centro Psiquiátrico Pedro II.
O HMR é uma unidade hospitalar especializada em reabilitação com equipe
multidisciplinar composta de médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, massotereapeutas e outros.
A unidade foi criada com a proposta de ser referência em Medicina Física de
Reabilitação para o município do Rio de Janeiro, prestando assistência aos portadores de
deficiência física e funcional, encaminhados por outros serviços de saúde, sendo referência
também em leitos de reabilitação nas situações de internação hospitalar.
3.7.2 – ÁREA DE INFLUÊNCIA E POPULAÇÃO ABRANGIDA
O Hospital Municipal de Reabilitação está localizado dentro do terreno do IMAS
Nise da Silveira, no bairro de Engenho de Dentro e integra a Área de Planejamento -AP-
3.2. Esta Área engloba outros 22 bairros incluindo a favela do Jacaré e Jacarezinho cujo
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83
Índice de Desenvolvimento Humano-IDH é considerado médio pelo IBGE com taxa de
0,642. A A.P.-3.2 tem uma população aproximada de 542.000 habitantes.
O HMR está situado junto à Linha Amarela, a 3 km do Estádio Olímpico João
Havelange e a 11 Km da vila Panamericana. Sua atuação será de extrema importância na
assistência em reabilitação para os atletas dos Jogos Panamericanos de 2007, pela
excelência do atendimento de seus profissionais e pela proximidade dos locais do evento.
3.7.3 – RECURSOS HUMANOS
A Diretora do Hospital nos forneceu em 03/12/2004 uma relação com a necessidade
de RH por cargo/especialidade da unidade, elaborada em 2003, conforme consta do Anexo
VII. A tabela registra também qual seria a necessidade de RH caso fosse implementado o
anteprojeto de ampliação da unidade.
Informou que foram encaminhados vários ofícios à SMS comunicando os
problemas com relação aos recursos humanos e estrutura física, ao longo dos 02 (dois) anos
e 09 (nove) meses na direção do Hospital.
3.7.4 – VISTORIA NAS INSTALAÇÕES DA UNIDADE
Durante o exercício de 2003 foi realizado um “Anteprojeto para Ampliação do
Hospital Municipal de Reabilitação” e encaminhado à CAP 3.2. Este projeto inclui reforma
para reestruturação do prédio e adequação para os portadores de deficiência física,
atendendo aos critérios da Portaria Ministerial nº818 de 05 de junho de 2001.
A unidade recebeu a visita da arquiteta Elza, da SMS/AEO e, desde então,
aconteceram vários encontros com arquitetos da UFRJ, informou ainda que estão na fase
final de elaboração do projeto arquitetônico para a reforma no Hospital.
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84
No mês de outubro de 2004, a Unidade conseguiu com a CAP 3.2 ajuda para alguns
reparos nos problemas emergenciais da unidade, com a contratação de uma firma de
construção civil.
Objetivando verificar as condições atuais das instalações do hospital e confrontar
com o apontado no relatório do CREMERJ, a Comissão Inspecionante vistoriou diversos
setores do mesmo, o que possibilitou a constatação de que há problemas de infra-estrutura
que estão comprometendo o andamento normal dos serviços públicos disponibilizados pelo
Hospital.
Dentre os setores existentes, foram vistoriados os corredores, a sala de Terapia
Ocupacional Infantil e o banheiro do quarto pavimento; as Enfermarias de Reabilitação
Masculina e Feminina e os corredores do sétimo pavimento; a sala de Fisioterapia
Respiratória, a salas de Fisioterapia 5 e 6 e sala de curativos 14 do segundo pavimento;
além da fachada do Hospital.
3.7.4.1 – CORREDORES E BANHEIRO DO QUARTO PAVIMENTO
A visita da Comissão inspecionante ao hospital se deu na semana seguinte às obras
de reformas nestes setores. No entanto, segundo a própria diretora da Unidade, eram “obras
de maquiagem” devido às limitadas condições financeiras disponíveis. Para ilustrar tal
situação, a Diretora apontou que, apenas uma semana depois, algumas paredes recém
pintadas já estavam escurecendo novamente, por causa da infiltração.
A diretora apontou a necessidade de obras mais contundentes para adequar o
banheiro à realidade de um hospital que atende pacientes portadores de deficiências, tais
como ampliar a porta das cabines sanitárias, eliminar degraus e reformar a pia para acesso
de cadeira de rodas.
PAR
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85
3.7.4.2 – SALA DE TERAPIA OCUPACIONAL INFANTIL
As infiltrações no teto e nas paredes apontadas no relatório do CREMERJ
permanecem.
3.7.4.3 – CORREDOR DO SÉTIMO PAVIMENTO
A infiltração presente foi eliminada, faltando apenas a pintura do teto.
3.7.4.4 – ENFERMARIA DE REABILITAÇÃO MASCULINA
Na ocasião da visita da Comissão Inspecionante, a Enfermaria de Reabilitação
Masculina se encontrava desativada devido à falta de pessoal. O piso foi recuperado.
• Posto de Enfermagem – Também estava desativado. A bancada para preparo de
medicamentos do lavabo não estava isolada. O refrigerador oxidado permanecia.
3.7.4.5 – ENFERMARIA DE REABILITAÇÃO FEMININA
O piso da Enfermaria precisa ser recuperado.
• Posto de Enfermagem – A bancada para preparo de medicamentos do lavabo não
estava isolada. A caixa coletora de material perfurocortante não tinha suporte e
estava pousada sobre a bancada.
Assim como a Unidade Dinâmica de Emergência, a Grande Emergência está em
situação bastante precária.
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3.7.4.6 – SALA DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
O relatório do CREMERJ apontava que a sala deveria ser ampliada para oferecer
melhores condições de funcionalidade. De fato, o setor mudou para uma sala maior e foi
reformada. No entanto, deve-se ressaltar que a reforma da sala foi viabilizada por cotização
dos funcionários que pagaram o pintor e forneceram o material necessário.
3.7.4.7 – SALAS DE FISIOTERAPIA 05 e 06
As infiltrações no teto e nas paredes foram corrigidas pela CAP, sendo que a
Diretora da Unidade considerou estas intervenções “obras de maquiagem”.
3.7.4.8 – SALA DE CURATIVO 14
O ambiente não estava isolado por telas.
3.7.4.9 – OUTRAS NECESSIDADES OPERACIONAIS
• Centro Cirúrgico do oitavo andar – O último andar do Hospital é composto por um
Centro Cirúrgico com 8 salas desativado desde a década de 80. Embora desativado, este
setor gera custos para unidade, tais como manutenção de equipamentos (autoclaves) e
limpeza constantes das suas instalações, sem trazer nenhum beneficio em retorno. A
manutenção desta situação ameaça perder um Centro Cirúrgico do nível de grandes
Hospitais do município, além da população deixar de gozar destes serviços;
• Elevadores – Dos 3 elevadores do prédio apenas 2 funcionam. Sendo que um deles é
de porta pantográfica (não recomendado para hospitais), estando desnivelado nos
andares;
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• Condições do Prédio – o prédio é bem antigo, tendo mais de 50 anos. Algumas
fachadas do prédio estão recobertas por tela para evitar que o emboço caia sobre
pessoas. A direção da Unidade reportou que no passado uma árvore de Fícus se
desenvolveu na fachada da unidade na altura do 7o andar, com suas raízes chegando até
o 2o. Necessita de uma recuperação geral. O quinto e o sexto andar estão desativados.
Aparentemente, o prédio não é ideal para um Hospital de Reabilitação, pois não é
horizontal, causando dificuldade de locomoção aos vários pacientes que se dirigem ao
mesmo. O estado precário do prédio abordado neste item e citados em muitos dos itens
anteriores já foi comunicado à SMS em diversas ocasiões, através dos Ofícios 10/2002
(de 31/01/2002), 54/2002 (de 07/05/2002), 24/2003 (de 07/03/2003) e 88/2003 (de
19/05/2003);
• O HMR está utilizando precariamente os contratos do IMAS Nise da Silveira de
manutenção preventiva e corretiva predial, limpeza e conservação e vigilância, assim
como o de manutenção preventiva e corretiva da processadora de raios X, uma vez que
não dispõe de recursos próprios, pois não recebe recursos do Sistema Descentralizado
de Pagamentos;
• A relação com a necessidade dos recursos materiais e equipamentos, os materiais e
equipamentos recebidos nos últimos dois anos, os materiais e equipamentos comprados
com recursos da CAP 3.2, os equipamentos que possuem contrato de manutenção, os
equipamentos com defeito, bem como várias solicitações feitas a SMS e não atendidas
estão relacionadas no Anexo VII.
Inspeção Especial nos Hospitais da Rede Municipal de Saúde 4ª IGE/SCE/TCMRJ
88
3.8 – HOSPITAL MUNICIPAL CARDOSO FONTES
Nome popular: Hospital Municipal Cardoso Fontes Endereço: Av. Menezes Cortes, 3245 - Freguesia Telefone(s): 2425-2255 / 3392-4175 Área de Planej amento: 4.0 Período de funcionamento: Atendimento 24 horas
Contratos de manutenção dos equipamentos que não foram prorrogados
DEMONSTRATIVO DOS CONTRATOS NÃO PRORROGADOS – HOSP. MIGUEL COUTO PROCESSO CONTRATO TÉRMINO OBJETO DO CONTRATO CONTRATADA 09/007735/02 466/03 15/06/04 Fornecimento de oxigênio líquido Air Liquide
09/012714/00 7307/00 31/05/04 Manutenção prev/ corret. de aparelhos de RX - Intecal Casa do Radiologista
09/034391/98 4308/98 30/11/03 Manutenção de aparelho de RX - Glunz & Jensen Casa do Radiologista
09/030433/01 9548/01 14/11/03 Manutenção prev/ corret. de Cardioversores, marcapasso. E CG Comercial Médica Ltda
09/025047/01 8922/01 30/07/04 Locação de máquina copiadora XEROX do Brasil
09/037454/97 3583/98 01/09/04 Fornecimento de oxigênio líquido Gás carbônico e ar comprimido
White Martins Gases Ind. Ltda.
09/039965/02 4069/03 09/07/04 Prest. Serviço de Processamento
de roupas, lavanderia e manutenção de equipamentos
Brasil Sul Ind. E Com. Ltda
09/037209/97 4028/98 31/10/04 Prest. Serviço de Vigilância e Segurança
Confederal Rio Vigilância Ltda
09/034515/01 9995/02 03/04/04 Manutenção prev/ corret. de elevadores Elevadores Tônus
09/027140/98 3799/98 30/09/03 Manutenção prev/ corret. de Oxímetro de Pulso Nellcor (Win Med) Biotecnologia
09/021775/03 1093/03 28/04/04 locação de ambulância para as remoções de pacientes Toesa Service Ltda
09/037374/01 9881/02 28/02/04 Manutenção de Equipamentos de ECG TX Com.Prod.Médicos
HOSPITAL MUNICIPAL MIGUEL COUTO
RECEPÇÃO
Fila de espera chegando até o ambiente externo do Hospital PEDIATRIA
Ambiente externo não está isolado, falta telas nas janelas (esq.) e coletores de lixo sem tampa (dir) CENTRO CIRÚRGICO
Funcionários se cotizaram e colocaram ar condicionado móvel numa sala onde o mesmo não mantinha a temperatura adequada (esq.) e temperatura do setor de Esterilização – 28ºC (dir)
1 1
Sala de Recuperação Pós-Anestésica parada devido a infiltrações (esq.) e biombo no meio do corredor– a visão desta sala é possível de fora do Centro Cirúrgico (dir)
EMERGÊNCIA
Atendimento sem privacidade(esq.) e ambiente externo não está isolado, falta telas nas janelas (dir)
Bancada não isolada(esq.) e pontos de oxigênio muito próximos (dir) MATERNIDADE
Biombos de pano inadequados para manter higiene (esq.) e porta quebrada em cabine de banheiro (dir)
FARMÁCIA
Prateleiras vazias e apenas um ar condicionado ligado(esq.) e geladeira parada, motor em cima dela (dir)
Anexo III
HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO CONCURSO PÚBLICO
Processo Solicitado Autorizado Data Provimento Não Autorizado
Necessário Administrador 0Anatomista Patológica 2Anestesiologista 12Cardiologista 8Cirurgião Geral 19Cirurgião Pediátrico 0Cirurgião Plástico 11Cirurgião Torácico 10Cirurgião Vascular 10Clínico Médico 62Endoscopista Digestivo 7Fisiatra 0Gineco-Obstetra 5Hemoterapeuta 2Infectologista 4Intensivista 18Neurocirurgião 17Oftalmologista 10Otorrinolaringologista 0Patologista Clínico 6Pediatra 8Radiologista 2Traumato-Ortopedista 28Assistente Social 14Odontologo 5Nutricionista 19Farmacêutico 8Fisioterapeuta 13Fonoaudiólogo 6Enfermeiro 152Psicólogo 12Terapeuta Ocupacional 7Agente de Administração -3(*)Agente de Material 0Massagista 0Oficial de Farmácia 14Técnico em Radiologia -20(*)Técnico de Laboratório -16(*)Técnico de Higiene Dental 1Agente de Doc. Médica 22Auxiliar de Consultório Dentário 10Auxiliar de Enfermagem 129
Auxiliar de Imobilização Ortopédica 1Auxiliar de Laboratório 7Auxiliar de Serviço de Saúde 68Recepcionista 33Telefonista 1Agente de Portaria -9(*)Ascensorista -6(*)Operador de Câmara Escura -2(*)Total 763
(*) valores negativos indicam profissionais além do necessário, não foram
considerados no cálculo do total.
Equipamentos sem contrato de manutenção
Empresa Equipamento/Serviço Neurophoto Respiradores Bird/Intermed Segmedica Aparelhos Anestesia Seminter Lâmpadas Cirúrgicas WinMed Oximetros de Pulso LHM Ar Central do CTI Inframed Oxímetros/Oxicapinografos Eletromed Aparelhos de Suporte à vida KS Tel Sistema de Sonorização UTN Hemodiálise Plast Labor Teste de Identificação (Equipamento) AFLV Fornecimento de Painel (Identificação) Rio Med Equipamentos Biomédicos Delta Med Mil Mesas Cirúrgicas Diasorim Testes para Exames Hormonais FDA Testes Completos Reagentes Cal/Bradores
HOSPITAL MUNICIPAL SALGADO FILHO
ELEVADORES DE ACESSO AOS PAVIMENTOS
Fotos dos elevadores da Unidade em devido funcionamento (esq. e dir.) O equipamento da direita é exclusivo para o transporte de cadáveres (dir)
CENTRO DE TRATAMENTO INTENSIVO
Equipamento em funcionamento no CTI (esq.) Bancada isolada com placa de mármore (dir.)
Bancada sem pertences pessoais(esq.) Coletores de lixo com tampas (esq. e dir.)
1 1
NOVA EMERGÊNCIA
Nova fachada devido à obra da Nova Emergência(esq.) Obras em andamento (dir.)
Entrada da Nova Emergência(esq.) Futura Emergência Adulta Masculina(dir.) UNIDADE DINÂMICA DE EMERGÊNCIA - UED
Pacientes num ambiente superlotado e sem isolamento(esq.) Lavabo distante da bancada de preparo de medicamentos (dir.)
GRANDE EMERGÊNCIA
Pacientes atendidos nos corredores (esq. e dir.)
Coletor de lixo sem tampa (esq.) e caixa coletora de materiais perfurocortantes aberta na emergência da nebulização (dir.)
FÁRMACIA
Instruções do Sistema de Prescrição Individualizada(esq). e comprimido em embalagem individualizada (dir.)
Prateleiras com poucos medicamentos (esq). e dispensação externa (dir.)
Anexo IV
HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIAR
CONCURSO PÚBLICO
Processo Solicitado Autorizado Data Provimento Não Autorizado
Administrador 1 Administrador 1 Agente de Adm. 95 Agente de Adm. 95 Agente de Doc. Médica 36 Agente de Doc. Médica 36Anestesiologista 22 Anestesiologista 22 Ascensorista 18
10/09/2002
Ascensorista 18Assistente Social 10 Assistente Social 10 19/03/2003 Auxiliar de Enfermagem 176 Aux. De Enfermagem 176
Oficial de Farmácia 39 Oficial de Farmácia 8 23/01/2003 Oficial de Farmácia 31Otorrinolaringologista 1 Otorrinolaringologista 1 Patologista Clínico 1 Patologista Clínico 1 Pediatra 4 Pediatra 4
Cargo/Especialidade Déficit Anatomista Patológica 2Anestesiologista 36Cardiologista 4Cirurgia Plástica 5Cirurgia Torácica 3Cirurgia Vascular 16Clínica Médica 26Infectologia 6Nfrelogia 18Oftalmologia 4Ortopedia 14Otorrinolaringologista 7Pediatria 11Radiologia 7Saúde Pública 7Psiquiatria 9Gastroenterologia 12Administrador 7Analista de Sistema 3Assistente Social 8Cirurgião Dentista 6Enfermeiro 123Farmacêutico 4Fisioterapia 8Fonoaudiólogo 5Nutricionista 28Psicólogo 18Terapia Ocupacional 8Agente de Material 2Programador 2Técnico em Radiologia 5Técnico em Processamento de Dados 60Técnico em Laboratório 2Auxiliar de Laboratório 8Auxiliar de Necropsia 1Auxiliar de Enfermagem 428Auxiliar de Serviço de Saúde 87Total 1002
Obs: Conforme pode ser observado a maior carência é de Auxiliares de Enfermagem.
Relação de equipamentos que estão necessitando de reparos:
EQUIPAMENTOS COM DEFEITO
02 Respiradores – Bird Mark 7 01 Aparelho de Raios X – Heliophos
10 Oxímetros de pulso - Nellcor 01 Aparelho de Raios X Portátil – Unimax
30 Aparelhos de Pressão 02 Centrífugas – Microhematócrita
01 Aparelho de Raios X – Polymat Instrumental Cirúrgico – Diversos
01 Aparelho de Raios X – Heliophos 4E
Obs: Todos esses equipamentos encontram-se sem contrato de manutenção
DEMONSTRATIVO DOS CONTRATOS NÃO PRORROGADOS - HMSA
PROCESSO FIRMA especificação VIGÊNCIA VALOR CONTRATO
09/020.540/99 Mca Materiais Hospitalares manut. prev. e corret.de 50 monitores cardiacos modelo dx 2010 e 01eletropágina modelo ep-3 marca dixtal 01/09/03 A 31/08/04 72.576,00
09/032.374/01 MGM Diag. e Com. e Repres. Ltda manut. prev. e corret.dos aparelhos de hematologia marca abbott 20/07/03 A 19/07/04 131.040,00
09/020.812/02 Neurophoto e Equipamentos manut. prev. e corret. respiradores marca promedico 29/08/03 A 28/08/04 3.960,00
09/004.610/03 Plast Labor In. e Com.De Equip. Hosp.E Lb. Ltda
fornecimento de testes de identificação com fornecimento e instalação de equipamento automático 27/02/04 A 24/08/04 168.229,00
09/024.975/02 Positivo Informática Ltda prestação de serviços e fornecimento de materiais e equipamentos para a instalação de rede de dados e rede elétrica estabilizada. 20/05/04 A 18/07/04 2.580.513,00
09/037.465/97 Tx Comércio de Produtos Médicos Ltda manut. prev. e corret. de compressores de ar 01/09/03 A 31/08/04 151.740,00
09/017.322/00 Tx Comércio de Produtos Médicos Ltda manut. prev. e corret. nas bombas de vácuo 01/10/03 A 30/09/04 340.014,60
09/031.673/01 Comlurb prest.de serviço de higiene hospitalar 01/02/04 A 31/10/04 6.324.874,65 09/037.209/97 Confederal Rio prest. serv. de vigilância e segurança 01/11/03 A 31/10/04 176.439,19
09/010.976/00 Delta Medmil Assistência Técnica Ltda manut. prev. e corret. de mesas cirúrgicas e de parto mercedes imec. 01/11/03 A 31/10/04 18.684,00
09/003.902/99 Gmt Eletromédica Com. e Rep. Ltda manut. prev. e corret.de monitores da marca bese 01/11/03 A 31/10/04 59.287,68
09/011.584/01 Neurophoto e Equipamentos manut. prev. e corrt. Dos respiradores de fabricaçâo bird e intermed 01/03/03 A 28/02/04 193.080,00
09/070.158/03 Petrobrás Ltda. fornecimento de óleo combustível e diesel 01/11/03 A 31/10/04 4.963.330,68 09/021.939/99 Pneumoscop Ltda serviços de broncofibroscopia ou bromoscopia flexível á beira do leito 01/11/03 A 31/10/04 80.832,00
09/017.963/01 Segmedica Material Hospitalar Ltda manut. prev. e corret. aparelhos de anestesia de fabricaçâo narcosul *01/12/02 A 30/11/03.
Aguardando Renovaçâo. 300.672,00
09/003.917/02 Seminter Serviços de Manutençâo e Co. Ltda manut. prev. e corret. das mesas cirúrgicas marca baumer *01/03/03 A 28/02/04.
Aguardando Renovaçâo. 10.800,00
HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIAR
SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO ADULTO
Ambiente precário e parcialmente isolado, fiações expostas e utilização de ventiladores (esq.) e interruptor com fiação exposta (dir.)
Ambiente lotado e mal iluminado (esq.) e teto descascando e ausência de lâmpadas (dir.)
Ralo partido (esq.) e porta se desfazendo (dir.)
SERVIÇO DE PRONTO ATENDIMENTO PEDIÁTRICO
Maca remendada (esq.) e parede em mau estado de conservação (dir.)
Bancada não isolada (esq.) e atendimento não privativo (dir.) EMERGÊNCIA
Bancadas não isoladas (esq. e dir.)
Moveis em péssimo estado (esq.) e coletores de lixo sem tampa e improvisados (dir.) UNIDADE CORONARIANA
Bancada não isolada (esq.) e Mangueiras improvisadas para diálise de paciente atravessando o salão da Unidade Coronariana – o balde recolhe a goteira da emenda (dir.)
CENTRO CIRÚRGICO
Sala 2 - Caixa coletora pousada sobre suporte (esq.) e piso precisa ser recuperado (dir.) FARMÁCIA
Prateleiras vazias (esq.) e isolamento precário (dir.)
Anexo V
HOSPITAL MUNICIPAL LOURENÇO JORGE
CONCURSO PÚBLICO
Processo Solicitado Autorizado Data Provimento Não Autorizado
Administrador 1 Administrador 1 24/06/2003 Agente de Doc. Médica 28 Agente de Doc. Médica 28 02/02/2004 Anatomistas Patológicos 3 Anatomista Patológico 3 15/08/2003 Anestesiologistas 30 Anestesiologista 30Assistente Social 8 Assistente Social 8 Auxiliar de Enfermagem 363 Auxiliar de Enfermagem 363 Auxiliar de Imob. Ortopédica 7
Auxiliar de Imob. Ortopédica 1 Auxiliar de Imob.
Ortopédica 6 Auxiliar de Necropsia 3 Auxiliar de Necropsia 3
NECESSIDADES DE EQUIPAMENTOS - Conjunto para cirurgia minimamente invasiva composto de microcâmera com cabeça e unidade de controle da câmera, para uso acoplada à ótica de videolaparoscopia de 10 e 5mm de diâmetro, com objetiva com ajuste de foco e distancia focal de 30mm, possuindo um ou dois botões na cabeça da câmera para acionar periféricos e/ou balanço ao branco, com três chips para geração da imagem, no sistema de cor NTSC, acompanhada de dois cabos sobressalentes para ligar a cabeça à unidade de controle da câmera; Monitor de vídeo da lata resolução para uso em laparoscopia, de 20 polegadas, com resolução horizontal de mais de 500 linhas, com dois canais de vídeo., com entradas e saídas para sinal de vídeo composto e Y/C, compatível com o sistema NTSC; Fonte de luz Xenon com lâmpada com o gás xenon de 300 watts, com regulagem de intensidade da luz, acompanhada de duas lâmpadas sobressalentes e dois cabos de fibra ótica para conexão da fonte à ótica; Insuflador eletrônico de CO2 para uso em videolaparoscopia, com a capacid
- - Conjunto de material permanente para uso em videolaparoscopia composto de: Uma agulha de Veress 120mm; Uma agulha de Veress 150mm; Um trocarte com ponta retrátil, um trocarte com ponta piramidal e duas camisas valvuladas de 10mm de diâmetro, com entrada para CO2 tipo luerlock; Duas cânulas redutoras de 10 para 5mm; Um trocarte componta piramidal e uma camisa valvulada de 12mm de diâmetro com entrada para CO2 tipo Luerlock; Uma cânula redutora de 12 para 10mm; Uma cânula redutora de 12 para 5mm; Três trocartes com ponta piramidal e três camisas valvuladas de 5mm de diâmetro com entrada para CO2 tipo Luerlock; Dez conjuntos de borrachas de vedação para cada uma das camisas acima citadas. Uma caixa de aço inox que permita a guarda, desinfecção e o enxágüe de todos os trocartes, camisas e redutores do conjunto.
- Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparoscópica composto de: Uma ótica rígida de 10mm de diâmetro com entrada para fonte de luz fria(fira ótica) e visão frontal com ângulo de zero grau; Uma ótica rígida de 10mm de diâmetro com entrada para fonte de luz fria(fira ótica) e visão frontal com ângulo de trinta graus; Uma ótica rígida de 05mm de diâmetro com entrada para fonte de luz fria(fira ótica) e visão frontal com ângulo de trinta graus.
- Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparoscópica composto de: tesoura de ação dupla de 5mm de diâmetro e ponta reta rotatória, isolada com conexão para bisturi elétrico; tesoura de ação dupla de 5mm de diâmetro e ponta curva rotatória tipo Metzenbaun, isolada com conexão para bisturi elétrico; tesoura de ação dupla de 10mm de diâmetro e ponta curva rotatória, isolada com conexão para bisturi elétrico.
- Conjunto de pinças permanentes para uso em videolaparoscopia composto de: 02 pinças de dissecção atraumáticas de ponta longa e reta, com 5mm de diâmetro, isoladas, com conexão para bisturi elétrico monopolar; 02 Pinças de dissecção atraumáticas tipo Maryland, rotatórias, com 5mm de diâmetro, isoladas, com conexão para bisturi elétrico monopolar; Pinça de dissecção atraumática de ponta curta e delicada, rotatória, com 5mm de diâmetro, isolada, com conexão para bisturi elétrico monopolar; Pinça de dissecção atraumática, tipo mixter rotatória, com 5mm de diâmetro, isolada, com conexão para bisturi elétrico monopolar; Pinça de apreensão traumática, tipo dente de rato 2X3dentes rotatória, com 5mm de diâmetro, isolada, com cremalheira; Pinça atraumática tipo Allis, 5mm, rotatória e isolada; Pinça de apreensão tipo Babcock, rotatória, 5mm, isolada; Pinça de apreensão tipo Babcock, rotatória, 10mm, isolada; Pinça vascular tipo DeBakey, 5mm, isolada e rotatória; Pinça de coagulação bi-polar 5mm tipo espátu - Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparioscópica composto de: dois eletrodos de 5mm de diâmetro, tipo hook, isolado, com ponta em gancho em ângulo reto, com conexão para bisturi elétrico monopolar; Cabo para bisturi lamina fria com 5mm de diâmetro e encaixe compatível com lâmina 15 e 11.
- Conjunto de material permanente para uso em videolaparoscopia composto de: um afastador de fígado em forma de leque de 5mm de diâmetro; Um afastador de fígado em forma de leque de 10mm de diâmetro; Um afastador tipo Kosher-Langebeck de 5mm de diâmetro com a ponta móvel de 0 a 90 graus.
- Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparoscópica composto de: Dois aplicadores de clips médios(tipo LT300) para uso em cirurgia laparoscópica acompanhado de 10 caixas de clips compatíveis; Um aplicador de clips grandes(tipo LT400) para uso em cirurgia laparoscópica acompanhado de 5 caixas de clips compatíveis.
- Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparoscópica composto de: 02 Porta-agulhas de ponte reta, empunhadura longitudinal tipo Mayo, com 5mm de diâmetro.
- Conjunto de material permanente para uso em cirurgia laparoscópica composto de: Duas válvulas de aspiração tipo pistão com tubos de aspiração de 5 e 10mm
- Conjunto de caixa e bandeija para guarda, desinfecão e enxágüe de instrumentos de cirurgia videolaparoscópica, em aço inox, com pelo menos 50cm no maior comprimento.
- Bisturi ultrassônico microprocessado para corte e coagulação, bivolt, com sistema de freqüência de 23,5KHZ, regulagem de amplitude de potência, sistema de alarme, pedal de acionamento, trabalhando com vibração mecânica de alta freqüência, acompanhado de 3 pinças de 10mm, autoclaváveis, para uso em cirurgia laparoscópica com todos os cabos, peças e acessórios necessários ao seu funcionamento adequado e carro de transporte
- Fonte geradora para selagem de vasos sanguíneos tipo Liga-Sure, acompanhado de 10 pinças para cirurgia convencional, 5 pinças laparoscópicas de 5mm e 5 pinças laparoscópicas de 10mm com dispositivo de corte
- Mesa cirúrgica elétrica, com capacidade para até 225Kg, com acionamento através de controle remoto e bateria recarregável, réguas paralelas laterais para fixação de acessórios, que permita decúbitos laterias de até 18º e posição de Trendelenburg e Trendelenburg reverso de até 30º.
Conjunto coagulador a gás argônio para cirurgias de alta intensidade de coagulação , com nível de fluxo de gás: 0,5-12L/min(para cirurgias abertas); 0,5-4L/min (para cirugia laparoscópica); microfiltros para pureza de gás, leitura digital de fluxo de gás utilizado; troca automática de cilindro precedido de alarme. Acompanhado de: dois tanques de gás argônio; 15 caixas com 10 unidades em cada uma de caneta descartável que combina corte e coagulação do bisturi e controle para ativar coagulação com gás argônio com eletrodo retrátil; 5 caixas de canetas descartáveis para uso em cirurgia vídeo-laparoscópica; 02 adaptadores ativos para ligação no gerador eletrocirúrgico, gerador eletrocirúrgico digital compatível de alta potência com: 6 eletrodos(“canetas”) monoplorares de acionamento através de botão no próprio eletrodo, 6 pinças – eletrodos – bipolares, placa aterradora; carro de transporte para todo conjunto com suporte para cilindro do argônio
Conjunto para coledocoscopia per operatória composto de: coledocoscópio flexível, com canal de instrumentos pelo menos 3 Fr, direção visual de 00, amplo campo de visão, com movimentos da ponta distal de pelo menos 1200 nas duas direções, comprimento de trabalho de pelo menos 50cm, com 3 pinças de corpos estranhos, com 3 pinças de biópsia, com 3 guias, com 3 escovas para limpeza, com 3 tampas ETO, com 3 tampas de Dormia, com 6 cateteres tipo “cesta”, com cateter balão para remoção de cálculos e 1 manômetro para teste de vazamento;
Bisturi eletrônico microprocessado adequado para cirurgias de pequeno, médio, grande porte e cirurgias endoscópicas, com coagulação mono e bi-polar, com duas saídas para canetas independentes, com display digital indicador de potência real, compatível com acoplamento de gás argônio, 3 opções de coagulação(spray, forced e soft), ventilação natural, monitorização de resistência de contato placa-paciente, alarmes de mau funcionamento com interrupção do uso em caso de falha, saídas blend 1, blend 2, blend 3 e puro. Alimentação 100-240V, 50/60Hz, com freqüência de operação de 500KHz.
Poltrona retrátil, assento rebatível com fechamento por gravidade executada ergometricamente com espuma injetada, densidade controlada, concha grande, com braço único revestido em poliuretano, tampa posterior do encosto revestido com poliuretano de alta resistência, bordas do assento e encosto em perfilado de PVC de alto impacto, estrutura em chapa de aço dobrada fosfatizado e pintado na cor preta, revestida em courvim na cor verde, com prancheta escamoteável, embutida nos braços, com as bordas dos tampos arredondados em PVC de alto impacto, sistema de fixação através de parafusos, revestida com fórmica na cor cinza.
Quadro branco para caneta tipo Pilot, com aproximadamente 200 x 120 cm.
Armário em aço carbono, chapa 24, com 03 ( três ) prateleiras fixas, 02 ( duas ) portas com sistema de dobradiças, equipadas com puxadores cromados e fechadura tipo Yale, tratamento com fosfatização de zinco, pintura em esmalte sintético eletrostático, secagem em estufa, na cor cinza, dimensões mínimas 170 x 75 x 32 cm.
Filtro com sistema filtrante em 01( uma ) cápsula, fabricado em PVC de alta resistência, inodoro, atóxico, resistente à ácidos, bases e atmosfera agressiva ( gases ).
Cafeteira elétrica tipo doméstica, confeccionada em material plástico na cor marrom, capacidade aproximada para 24 ( vinte e quatro ) xícaras, 110 Volts. Televisão de 20”estéreo com controle remoto, VHF/UHF/, instruções na tela e vídeo-cassete embutido com 06 ( seis ) cabeças auto-limpante. Pinça Kelly curva 16cm Pinça Schmidt(longuete) 18cm Pinça Schmidt (longuete) 20cm Tesoura de Potz 16cm Dilatador de Bakes, conjunto com 13 peças numeradas de 1 a 13 Pinça de Randall, conjunto de 4 pinças com curvaturas diferentes Pinça vascular tipo Bulldog curva 3,8cm Pinça vascular tipo Bulldog curva 5,0cm Pinça vascular tipo Bulldog curva 6,5cm Pinça vascular tipo Bulldog reta 3,8cm Pinça vascular tipo Bulldog reta 5,0cm Pinça vascular tipo Bulldog reta 6,5cm Afastador anal de Sims Conjunto de Velas de Hegar Histerômetro Pinça Pozzi reta 20cm Afastador de Doyen, em aço inoxidável, lâmina curva, com aproximadamente 4,5 X 9 X 25cm de comprimento com conexão para fibra ótica Conjunto completo de afastador auto-estático tipo Bookwalter ou similar, em aço inoxidável, composto de no mínimo uma haste de fixação à mesa cirúrgica acompanhada de haste para fixação do sistema de retração em anel, com no mínimo 08 válvulas curvas e retas de tamanhos diferentes acompanhadas dos respectivos dispositivos de fixação ao anel
Fotóforo com prendedor de cabeça ajustável, forrado internamente, com lâmpada frontal permitindo ajustes de posição e tamanho do foco de luz, acoplado a cabo de fibra ótica, compatível e acompanhado de fonte de luz xenon de pelo menos 150W
Intesficador de imagem tipo arco em “C”, para realização de exames em centro cirúrgico, acompanhado de impressora para documentação Aparelho de Ultrassonografia portátil, com modo Doppler colorido, acompanhado de transdutor linear de 5 MHz para exame intra-operatório e transdutores convexos de 3,5 e 5MHZ, aompanhado de impressora para registro de exames
- SALA DE CIRURGIA CONVENCIONAL: Mesa cirúrgica para Cirurgia Geral e Ginecologia, com: 01 - estrutura em aço inoxidável; - estrutura de sustentação que permita a entrada de aparelho de RX em arco - rodas para movimentação da mesa; - perneiras removíveis; - colchonete segmentado, que permita colocação de “buck” para estudo radiológico per-operatório; - dois suportes para os braços do paciente; - seletor de posição manual; - além dos movimentos de elevação e descida vertical, esta mesa deverá realizar e manter, os seguintes movimentos:
- Trendelemburg, em 25o; - lateral direita e lateral esquerda, em 25o; - semi sentado; - sentado em 90o; - litotomia; - semiflexão de perna e coxa; - elevação dos rins em 60o; - elevação da cabeça em 40o; - cabeça abaixo de 30o; - proclive de 25o.
Foco cirúrgico de teto, duplo, com adaptador para manopla e sistema de emergência, com bateria 01 Mesa básica para ferros cirúrgicos, com rodízios 02 Mesa de Mayo 02 Esfinguinomanômetro de coluna e com rodízios 01 Negatoscópio de quadro triplo 01 Bisturi elétrico para alta cirurgia, com acessórios completos 01 Banco giratório em aço inoxidável, estofado, com regulagem de altura e rodízios 02 Bancada revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m, tendo em sua parte inferior, prateleira para guarda de soros luvas cirúrgicas 01 Bancada revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m 01 Prateleira revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m 01
Monitor multimodular multiparâmetros, com: 01 - monitor colorido de alta resolução, c/seis canais de curvas e quatro campos digitais; - módulo de sinais vitais com frequência cardíaca e oximetria de pulso; - módulo de pressão não invasiva; - módulo de débito cardíaco; - módulo de gases; - módulo de gases com leitura de CO2, NO2, O2, Halotano, Enflurano e Isoflurano,
Sevorane; - caprograma e oxigrama em tempo real.
Oxicapnógrafo 01 Oxímetro de pulso 01 Gabinete de Anestesia com: 01 - Ventilador – tipo eletrônico microprocessado, com gerador de fluxo clicado por tempo, fornecendo volume corrente compensando o fluxo inspiratório de gás fresco, e compensação automática da complascência do circuito e volume minuto, volume corrente, com frequência respiratória, relação IE, pausa respiratória, ajuste de PEEP e suspiro com indicação de consumo de gases e agentes. - Vaporizadores – tipo eletrônico, com capacidade para 100 ou 250 ml, para Sevorane, Enflurano, Halotano e Isoflurano. - SALA DE CIRURGIA ORTOPÉDICA: Mesa cirúrgica ortopédica, modelo Albee 01 Mesa cirúrgica para Cirurgia Geral e Ginecologia, com: 01 - estrutura em aço inoxidável; - estrutura de sustentação que permita a entrada de aparelho de RX em arco - rodas para movimentação da mesa; - perneiras removíveis; - colchonete segmentado, que permita colocação de “buck” para estudo radiológico per-operatório; - dois suportes para os braços do paciente; - seletor de posição manual; - além dos movimentos de elevação e descida vertical, esta mesa deverá realizar e manter, os seguintes movimentos:
- Trendelemburg, em 25o; - lateral direita e lateral esquerda, em 25o; - semi sentado; - sentado em 90o; - litotomia; - semiflexão de perna e coxa; - elevação dos rins em 60o; - elevação da cabeça em 40o; - cabeça abaixo de 30o;
- proclive de 25o. Foco cirúrgico de teto, duplo, com adaptador para manopla e sistema de emergência, com bateria 01 Mesa básica para ferros cirúrgicos, com rodízios 01 Mesa para ferros cirúrgicos, angulada , com rodízios 01 Mesa de Mayo 02 Aparelho portátil de radiologia, em arco e com intensificador de imagem 01 Artroscópio com gerador de imagem 01 Dermátomo de Brown 01 Serra elétrica para gêsso 01 Lupa 01 Esfinguinomanômetro de coluna e com rodízios 01 Negatoscópio de quadro triplo 01 Bisturi elétrico para alta cirurgia, com acessórios completos 01 Banco giratório em aço inoxidável, estofado, com regulagem de altura e rodízios 02 Bancada revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m, tendo em sua parte inferior, prateleira para guarda de soros luvas cirúrgicas 01 Bancada revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m 01 Prateleira revestida de fórmica, com 1,50 m x 0,50 m 01 Monitor multimodular multiparâmetros, com: 01 - monitor colorido de alta resolução, c/seis canais de curvas e quatro campos digitais; - módulo de sinais vitais com frequência cardíaca e oximetria de pulso; - módulo de pressão não invasiva; - módulo de débito cardíaco; - módulo de gases; - módulo de gases com leitura de CO2, NO2, O2, Halotano, Enflurano e Isoflurano,
Sevorane; - caprograma e oxigrama em tempo real. - SALA DE APOIO DA SALA DE CIRURGIA ORTOPÉDICA: Prateleiras vazadas de aço, cobrindo todas as paredes, exceto no espaço de um armário de duas portas, até o teto, e de uma bancada com pia de aço inoxidável e de um tanque com sifão. - ÁREA DE ESCOVAÇÃO: Esta área deverá ter: prateleira revestida com fórmica, para apoio de compressas cirúrgicas estéril 01 suporte ou recipiente para escovas estéreis para escovação 01 lixeira, com tampa com abertura acionada por pedal, com capacidade para 60 litros 01 cuba em aço inoxidável, para escovação, com torneiras acionadas por mecanismos em que não seja necessário o uso das mãos 01 Observação: a cada duas salas, deverá ter 2 torneiras por sala. Mais de duas salas, deverá ter duas torneiras a cada par de salas.
HOSPITAL MUNICIPAL LOURENÇO JORGE PEQUENA EMERGÊNCIA
Pontos de nebulização muito próximos (esq.) e bancada não isolada na Sala de Trauma Buco Maxilo Facial (dir)
GRANDE EMERGÊNCIA
Triagem não individualizada (esq.) e corredores ocupados na emergência (dir)
Anexo VI
HOSPITAL MUNICIPAL PAULINO WERNECK
CONCURSO PÚBLICO
Processo Solicitado Autorizado Data Provimento Não Autorizado
Anestesiologista 1 ACD 3 Agente de Administração 17Agente de Doc. Médica 16Agente de Portaria 4 Assistente Social 4 Auxiliar de enfermagem 16Auxiliar de Laboratório 6 Cardiologista 1 Cirurgião Geral 6 Clínico Médico 21Enfermeiro 18Fisioterapeuta 5 Gineco-Obstetra 5 Massagista 1 Oficial de Farmácia 7 Patologista Clínico 1 Pediatra 11Psicólogo 2 Radiologista 1 Recepcionista 10Sanitarista 2 Técnico de Laboratório 11Técnico em Radiologia 4 THD 3
09/008127/03 Data: 14/03/03
AUTORIZAÇÃO PARA CHAMADA
DE CONCURSADOS
PARA O HOSPITAL PAULINO
WERNECK AP-3.1
Urologista 1
Ainda não houve provimento
Total 177 0 0
HOSPITAL MUNICIPAL PAULINO WERNECK
Obras alterando a rotina do hospital (esq. e dir.)
Obra (esq.) e andaime escorando sala da Farmácia do Hospital ( dir.)
Ambulância para transporte de pacientes: pneu reserva “careca” (esq.) e pedal do acelerador quebrado( dir.)
Ambulância para transporte de pacientes: sinaleta ausente (esq.) e extintor de incêndio sem pressão adequada( dir.)
Tecnico em Radiologia 59 Tecnico de Laboratório 20 Agente de Doc. Médica 43
Agente de Material 12 Auxiliar de Enfermagem 38 Auxiliar de Laboratório 9
Auxiliar de Serviços Gerais 69
Recepcionista 42 Telefonista 8
Agente de Portaria 3 Operador de Camara Escura 6
Total 697
HOSPITAL MUNICIPAL CARDOSO FONTES
EMERGÊNCIA
Posto de Enfermagem: bancada para preparo de medicamentos não isolada do lavabo e coletor de lixo sem tampa (esq. e dir.)
Emergência super lotada (esq. e dir.) UNIDADE INTERMEDIARIA CLÍNICA E UNIDADE CORONARIANA
Todos os coletores de lixo tapados(esq.) e bancada para preparo de medicamentos não isolada do lavabo (dir.)
PEDIATRIA
Pediatria muito distante do Corpo do Hospital(esq.) Sala de Espera da UTI Pediátrica montada a partir de doações e mobilização dos funcionários da unidade (dir.)
CENTRO CIRURGICO
Mesa de cirurgia quebrada na sala 3(esq.) Porta do Repousoquebrada (dir.)
Recado contra a entrada de mosquitos(esq.) Luz do foco quebrado na sala 5 (dir.) FARMÁCIA
Estantes altas e medicamentos no chão (esq.) Forro do teto desabando (dir.)