Histologia da Tireóide T ecido composto por folículos esféricos que cont ém uma camada de células epiteliais (tireócitos) que envolve o colóide. Grupos de folículos são envolvidos por redes de capilares e inervados por fibras nervosas. Células C parafoliculares que produzem calcitonina estão dispersas entre os folículos.
Descrição sucinta da histologia, fisiologia e patologias da glândula tireóide.
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Primário ou mixedema: deficiência hormonal provocada pela disfunção intrínseca daglândula tireoide.
Secundário ou central: refere-se à função deficiente da glândula tireoide resultante doestímulo inadequado pelo TSH, devido à uma série de distúrbios hipofisários ouhipotalâmicos, congênitos ou adquiridos.
Epidemiologia
O hipotireoidismo primário é comum, está presente em quase 5% dos indivíduos.É mais diagnosticado em mulheres com idades avançadas, embora ocorra em homens e emindivíduos mais jovens. É mais prevalente entre brancos e latinos.
O hipotireoidismo secundário é raro, representando menos de 1 % dos casos.
Fisiopatologia A deficiência dietética de iodo é a principal causa de hipotireoidismo primário em algumas
regiões subdesenvolvidas do mundo.
A causa mais comum de hipotireoidismo primário nos Estados Unidos e outros países é a
tireoidite autoimune (ou de Hashimoto) é uma condição na qual a alteração da imunidademediada pelas células T provoca a destruição do tecido tireoidiano e o comprometimentoda função glandular.
Ressecção cirúrgica do tecido tireoidiano Terapia com iodo radioativo
Tratamento com radiação e alguns agentes farmacológicos também podem levar aohipotireoidismo
Causas raras de hipotireoidismo primário: agenesia ou a disgenesia da glândula tireoide edefeitos na síntese hormonal tireoidiana (hipotireoidismo congênito).
Distúrbios infiltrativos incluindo hemocromatose, amiloidose, esclerose sistêmica etireoidite fibrosa invasiva (também conhecida como tireoidite de Riedel).
A inflamação da glândula tireoide que ocorre na tireoidite subagudae na tireoidite indolor (pós-parto) provoca um hipotireoidismotransitório.
Os distúrbios infiltrativos que afetam o hipotálamo e que podem interferir coma secreção de TRH incluem a sarcoidose, a hemocromatose e a histiocitose.
Massas que invadem a haste hipofisária podem impedir a liberação do TRH através dosistema porta hipofisário.
A cirurgia e a radioterapia para o tratamento dos adenomas hipofisários podem destruiras células tireotróficas.
Outro fatores: hipofisite linfocítica;metástases hipofisárias de neoplasias malignasprimárias; apoplexia; nas mulheres, o infarto provocado pela hemorragia no momentodo parto (também conhecido como slndrome de Sheehan);e o trauma craniano.
Fadiga, letargia, ganho de peso a despeito do baixo apetite, intolerância ao frio,rouquidão, constipação, fraqueza, mialgias, artralgias, parestesias, pele seca e perdade cabelos.
As mulheres podem desenvolver puberdade precoce,menorragia, amenorreia e galactorreia.
Pode haver depressão do humor com limitação da iniciativa e da sociabilidade.
Os déficits cognitivos podem variar de lapsos discretos de memória ao delírio,demência, convulsões e coma.
Crianças: retardo do crescimento linear, puberdade precoce ou retardada e pseudo-hipertrofia muscular.
Adultos :bradicardia, hipertensão diastólica e hipotermia moderada. A pele pode seencontrar áspera, seca, amarelada e fria ao toque. Pode ocorrer o adelgaçamento difusodo cabelo do couro cabeludo e a diminuição lateral da sobrancelha. As unhas
quebradiças. Presença de bulhas cardíacas distantes. Edema difuso, sem cacifo. Faladisártrica e lenta, reflexos tendinosos profundos mais lentos com um acentuado retardona fase de relaxamento terminal.
Hipotireoidismo neonatal Hipotireoidismo congênito (HC) possui incidência variando de 1:2.000 a 1:4.000 crianças
nascidas vivas em países com suficiência iódica.
Na ausência de um diagnóstico precoce e tratamento adequado, a maioria das criançasdesenvolverá vários graus de deficiências neurológicas, motoras e de crescimento,incluindo o retardo mental irreversível.
A causa mais frequente é a disgenesia tireoidiana, que inclui agenesia, ectopia ehipoplasia de tecido tireoidiano . Em segundo lugar, estão as disormonogêneses .Causas raras são: hipotireoidismo central , síndrome de resistência ao hormôniotireoidiano , síndrome de resistência ao TSH e mutações no MCT-8 .
O hipotireoidismo neonatal pode ser permanente ou transitório. Recomenda-se a
reavaliação após os 3 anos de idade com a suspensão da levotiroxina (L-T4) nas criançasem tratamento, que não apresentem etiologia do hipotireoidismo estabelecida.
Clínica Apesar da possibilidade de ausência de manifestações clínicas em recém-nascidos com
hipotireoidismo congênito, os sinais e sintomas descritos a seguir devem servir dealerta: fácies grosseiro característico, com nariz em sela; cabelos escassos; língua
protusa; pele fria e marmórea; hérnia umbilical; fontanela posterior ampla; engasgosfrequentes; constipação; sendo a icterícia neonatal prolongada
Objetivo da triagem neonatal para o hipotireoidismo congênito é evitar as sequelas,principalmente o retardo mental ,o que pode ser conseguido com o início da
terapêutica adequada nas duas primeiras semanas de vida.
Técnica: o sangue do calcanhar é coletado em cartões nos quais são inseridos os dadosda criança (data de nascimento, idade gestacional, sexo, peso, se houve transfusão ounão etc.) e como localizá-la. Nesse cartão de dados, é anexado o papel de filtro onde osangue será impregnado e seco antes do envio para o laboratório de triagem.
A idade do RN recomendada para essa coleta é após as 48 horas de vida até o quarto dia ,
quando já ocorreu a diminuição do pico pós-natal de elevação fisiológica do TSH.
Idealmente, o teste deve ser colhido antes da alta da maternidade; no entanto, coletas emaltas precoces (< 48 horas) podem resultar em resultados falso-positivos mais frequentes.
Nas crianças criticamente doentes ou pré-termos, a recomendação é para a coleta serrealizada aos sete dias de vida.
Devido à imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise- adrenal dos prematuros, alguns autoresrecomendam a repetição do teste de triagem nesses bebês com duas a quatro semanas de
vida. Quando houver necessidade de transfusão de sangue total, o teste deve ser coletadoantes que a criança seja transfundida.
No Brasil, a triagem neonatal para HC é realizada por meio da dosagem de TSH em papel-filtro, seguida de dosagem de T4 total e/ou livre no soro, quando necessária.
Os testes de triagem para hipotireoidismo congênito com resultados alterados devem serconfirmados por meio da dosagem quantitativa venosa de TSH, T4 T/ T4 L .
Exames complementares são utilizados para estudar a etiologia do hipotireoidismocongênito, mas nunca devem postergar o início do tratamento.
O tratamento do HC deve se iniciado o mais precocemente possível, preferencialmenteantes de 15 dias de vida.
É recomendada levotiroxina por via oral, na dose inicial de 10-15 µg/kg/dia.
A monitorização do tratamento do hipotireoidismo congênito necessita ser maisfrequente nos primeiros anos da vida, pois o desenvolvimento cerebral é dependente dareposição hormonal, mas o acompanhamento deverá ser mantido até a idade de adulto.
• Aumento do apetite e da ingestão de alimento, perdaponderal, pele avermelhada, exoftalmia, ansiedade,nervosismo, irritabilidade, fadiga; fraqueza muscular,sudorese excessiva; palpitação, taquicardia, taquiarritmiasatriais e intolerância ao calor.
• Existem dois tipos raros de hipertireoidismo mediado peloTSH (adenoma hipofisário secretor de TSH e resistência
hipofisária aos hormônios tireoidianos), nos quais odiagnóstico pode ser confundindo pela dosagem isoladadeste hormônio; na suspeita destas condições, a dosagemde T4 e T3 livres é mandatária
• O câncer da tireóide é a neoplasia endócrina mais comum, sendoresponsável por cerca de 1 a 2% das neoplasias malignas da tireóide.
• Recentemente, a patogênese molecular dos carcinomas da tireóide está
mais definida na maior parte de seus subtipos, relacionadas a alteraçõesgenéticas na via BRAF.• No carcinoma papilífero da tireóide, a mutação V600E do gene BRAF é a
mais freqüentemente encontrada, variando de 30% até 80% dos casos(agressividade do tumor e prognóstico menos favorável).
• A punção aspirativa com agulha fina (PAAF) é considerada um método dealta especificidade (72% a 100%) e sensibilidade (65% a 98%) para odiagnóstico pré-operatório de nódulos benignos ou malignos na tireóide.
• 80% dos tumores malignos•Acomete mulheres até 3 vezes maisque os homens
• Ocorre em qualquer idade, com picoentre a 3ª e 4ª décadas de vida
•*Comportamento biológico diferente
nas crianças : frequentementemulticêntrico ecom alto índice de metástases regionais(60%-80%)
• Menos de 10%• É muito raro em crianças• Pico de incidência é em idade maiselevado que o papilífero (≈55anos)• Metástases regionais são raras, e adistância, para pulmões,ossos, cérebro, ocorrem em 20% dos
casos• Clinicamente, a apresentaçãomais usual é de uma massa tireoidianaassintomática.