GISELE MOURA Texto para exposição da artista plástica Gisele Moura Artista contemporânea, incorporando elementos do universo popular e uma visão cosmológica e arrebatadora do mundo, suas cores vivas e suas formas humanas estilizadas são a representação da cultura brasileira na sua diversidade simbólica e na sua densidade pictórica. O vigor e a exuberância de seus quadros imprimem na retina as cores e as formas de um país exposto à luz de um sol constante e implacável. Suas seqüências de figuras no sobe e desce dos morros sugerem um movimento universal com toda a população irmanada num mesmo sentido e propósito; seus globos azuis povoados por pessoas e animais numa interação caótica e instigante, apontando para a possibilidade de convívio na diferença. Aqui entram as diversas concepções e crenças acerca do transcendente nas diferentes culturas, enfatizando o caráter dialógico da arte no trânsito promíscuo entre o sagrado e o profano, entre o visível e o invisível. Gisele dialoga com criadores que estão inseridos na tradição da pintura e da gravura brasileira, como Antônio Poteiro, J. Borges, Gilvan Samico, Caribé, Fernando Lucchesi e da fase antropofágica de Tarsila do Amaral. Recebe ainda influências de Paul Klee, Juan Miro, Marc Chagall e da arte egípicia, indígena e incaica. Mais do que isso, transforma essas referências em mote e motivo para sua própria busca identitária, encontrando na alteridade seu próprio reflexo invertido. Com isso a artista perfaz um caminho comum aos principais criadores, identificando nesse trajeto os elementos que operam este em trajetória pessoal. Gisele é uma artista brasileira!
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GISELE MOURA Texto para exposição da artista plástica Gisele Moura
Artista contemporânea, incorporando elementos do universo popular e uma visão cosmológica e arrebatadora do mundo, suas cores vivas e suas formas humanas estilizadas são a representação da cultura brasileira na sua diversidade simbólica e na sua densidade pictórica. O vigor e a exuberância de seus quadros imprimem na retina as cores e as formas de um país exposto à luz de um sol constante e implacável. Suas seqüências de figuras no sobe e desce dos morros sugerem um movimento universal com toda a população irmanada num
mesmo sentido e propósito; seus globos azuis povoados por pessoas e animais numa interação caótica e instigante, apontando para a possibilidade de convívio na diferença. Aqui entram as diversas concepções e crenças acerca do transcendente nas diferentes culturas, enfatizando o caráter dialógico da arte no trânsito promíscuo entre o sagrado e o profano, entre o visível e o invisível. Gisele dialoga com criadores que estão inseridos na tradição da pintura e da gravura brasileira, como Antônio Poteiro, J. Borges, Gilvan Samico, Caribé,
Fernando Lucchesi e da fase antropofágica de Tarsila do Amaral. Recebe ainda influências de Paul Klee, Juan Miro, Marc Chagall e da arte egípicia, indígena e incaica. Mais do que isso, transforma essas referências em mote e motivo para sua própria busca identitária, encontrando na alteridade seu próprio reflexo invertido. Com isso a artista perfaz um caminho comum aos principais criadores, identificando nesse trajeto os elementos que operam este em trajetória pessoal. Gisele é uma artista brasileira!
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