1- QUE TITULO E COMENTÁRIO VOCE FARIA A ESTE ESTUDO DE CASO. TITULO: Esta fábula se destina a destacar, de forma curiosa e criativa, as diferenças entre vários conceitos de custos. Leia com atenção a pequena história e faça suas próprias reflexões sobre as críticas do contador de custos a respeito da decisão tomada pelo dono do restaurante da esquina quando resolveu dispor de um pedaço do balcão para vender saquinhos de amendoins. ª Joaquim, o dono de um restaurante da esquina, resolveu vender, além dos seus produtos normais, pequenos pacotes de amendoins, para aumentar seus lucros. Seu contador o Sr. Apropriador de Custos, que vem mensalmente encerrar os livros contábeis do restaurante, avisa ao nosso Joaquim que este tem uma “bomba em suas mãos”. Contador: Joaquim, você me disse que quer vender estes amendoins porque grande número De pessoas deseja comprá-los; será que você já pensou no custo? Joaquim: É lógico que não vai me custar nada. É lucro líquido. É verdade que eu tive de pagar R$ 3.750,00 pela prateleira, mas os amendoins custam r$ 9,00 o pacote e eu os venderemos por R$ 15,00. Espero vender 50 pacotes por semana para começar. Em 12 semanas e meia cobrirei o custo da prateleira. Depois disso, terei um lucro líquido de R$ 6,00 por pacote. Quanto mais vender, maior o lucro. Contador: Este seu ponto de vista é antiquado e completamente irreal. Hoje em dia, os métodos aperfeiçoados de contabilidade permitem que façamos um estudo mais aprofundado, que demonstra a complexidade do problema. Joaquim: o quê? Contador: Quero dizer que devemos integrar toda a operação “venda de amendoins”, dentro da sua empresa e apropriar aos pacotes de amendoins a sua parcela correta do total das despesas gastas. Devemos apropriar 1
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
1- QUE TITULO E COMENTÁRIO VOCE FARIA A ESTE ESTUDO DE CASO.
TITULO:
Esta fábula se destina a destacar, de forma curiosa e criativa, as diferenças entre vários
conceitos de custos. Leia com atenção a pequena história e faça suas próprias reflexões sobre as críticas
do contador de custos a respeito da decisão tomada pelo dono do restaurante da esquina quando resolveu
dispor de um pedaço do balcão para vender saquinhos de amendoins.
ª Joaquim, o dono de um restaurante da esquina, resolveu vender, além dos seus produtos normais,
pequenos pacotes de amendoins, para aumentar seus lucros.
Seu contador o Sr. Apropriador de Custos, que vem mensalmente encerrar os livros contábeis do
restaurante, avisa ao nosso Joaquim que este tem uma “bomba em suas mãos”.
Contador: Joaquim, você me disse que quer vender estes amendoins porque grande número
De pessoas deseja comprá-los; será que você já pensou no custo?
Joaquim: É lógico que não vai me custar nada. É lucro líquido. É verdade que eu tive de pagar R$
3.750,00 pela prateleira, mas os amendoins custam r$ 9,00 o pacote e eu os venderemos por
R$ 15,00. Espero vender 50 pacotes por semana para começar. Em 12 semanas e meia
cobrirei o custo da prateleira. Depois disso, terei um lucro líquido de R$ 6,00 por pacote. Quanto
mais vender, maior o lucro.
Contador: Este seu ponto de vista é antiquado e completamente irreal. Hoje em dia, os métodos
aperfeiçoados de contabilidade permitem que façamos um estudo mais aprofundado, que
demonstra a complexidade do problema.
Joaquim: o quê?
Contador: Quero dizer que devemos integrar toda a operação “venda de amendoins”, dentro da sua
empresa e apropriar aos pacotes de amendoins a sua parcela correta do total das despesas
gastas. Devemos apropriar aos pacotes uma parte proporcional das despesas do restaurante
com aluguel, luz , aquecimento, depreciação, salários dos garçons , do cozinheiro etc .
Joaquim: Do cozinheiro? O que é que ele tem a ver com os amendoins? Ele nem sabe que eu os vendo.
Contador: Olhe, Joaquim, o cozinheiro trabalha na cozinha , a cozinha prepara a comida, a comida traz os
fregueses que serão os compradores dos amendoins. Por isso é que deve apropriar ao custo
das vendas dos amendoins tanto uma parte do salário do cozinheiro quanto uma parte do seu
próprio salário. Veja este quadro demonstrativo; ele contém uma análise de custos
cuidadosamente calculada e indica que o lucro operacional deve ser igual a R$ 191.700,00 por
ano, para cobrir as despesas gerais.
Joaquim: Os amendoins? R$ 190.000,00 reais por ano de despesas gerais?
Essa não.
1
Contador: Na verdade, o total dessas despesas é um pouco superior a isto.Todas as semanas você tem
despesas com limpeza e lavagem das janelas e do chão, com a reposição dos sabonetes
consumidos no lavatório e com cervejinhas para o guarda. O total então sobe a R$ 196.650,00
por ano.
Joaquim: (Pensativo) – O vendedor de amendoins me disse que eu conseguiria bons lucros – era só
colocar os pacotes perto da caixa registradora e pronto – R$ 6,00 de lucro por pacote vendido.
Contador: (Torcendo o nariz) – Ele não é um contador. Você sabe quanto lhe custa a porção de espaço
sobre o balcão ao lado da caixa registradora?
Joaquim: Não custa nada – não cabe nem um freguês extra – é um espaço morto, inútil.
Contador: O ponto de vista moderno sobre os custos não nos permite pensar em espaços inúteis. O seu
balcão ocupa seis m2 e as vendas anuais totalizaram R$ 2.250.000,00 por ano. Logo, o espaço
ocupado pela prateleira de amendoins lhe custará R$ 37.500,00 por ano. Desde que você retire
aquela área de uso geral, deve debitar o seu custo ao ocupante real do espaço.
Joaquim: Você quer dizer que eu devo acrescentar R$ 37.500,00 por ano a mais como despesa com a
venda de amendoins?
Contador: Justamente. Isto elevará os custos gerais de operação a um total geral de R$ 234.450,00 por
ano. Ora, se você quer vender 50 pacotes de amendoins por semana, estes custos
representarão R$ 90,00 por pacote.
Joaquim: O quê?
Contador: Evidentemente, devemos acrescentar a isto o preço de compra R$ 9,00 por pacote, o que nos
dará o total de R$ 99,00.
Joaquim: Existe aqui alguma coisa esquisita.
Contador: Veja os números. Eles provam que a venda de amendoins é deficitária.
Joaquim: (Com um sorriso inteligente) – E se eu vender muitos pacotes – mil pacotes por semana, em
vez de somente 50?
Contador: (Com um ar tolerante) – Joaquim, você não entendeu o problema. Se o volume de vendas
aumentar, o mesmo acontecerá com os seus custos operacionais – maior número de pacotes,
maior o tempo gasto, maior a depreciação, mais tudo. O princípio básico da contabilidade de
custos e invariável: “Quanto maiores as operações, maiores os custos gerais a serem
apropriados”.Não, o aumento do volume de vendas não o ajuda em nada.
Joaquim: OK. Já que você sabe tanto, o que devo saber?
2
Contador: (condescendente) – Bem, você poderia reduzir seus custos operacionais.
Joaquim: Como?
Contador: Mude-se para um imóvel de aluguel mais baixo. Diminua os salários, mande lavar as janelas de
15 em 15 dias; não coloque mais sabonetes nos lavatórios, diminua o custo por metro quadrado
de seu balcão. Por exemplo, se você conseguir reduzir suas despesas em 50% , a porção das
despesas gerais apropriadas à venda dos pacotes de amendoins passará de R$ 234.500,00
para R$ 117.250,00 pior ano, reduzindo o custo a R$ 54,00 por pacote.
Joaquim: (Não muito satisfeito) – Será isso interessante?
Contador: É lógico que sim. Contudo, ainda assim você perderia r$ 39,00 por pacote se o seu preço de
venda for somente de R$ 15,00 por pacote. Portanto, você deverá aumentar o preço de venda.
Se desejar um lucro de R$ 6,00 por pacote, o seu preço de venda deverá ser igual a R$ 60,00.
Joaquim: (Desolado) – Você quer dizer que, depois de reduzir minhas despesas de 50% ainda tenho que
cobrar R$ 60,00? E quem vai compra-lo, a este preço?
Contador: Isto é uma consideração secundária. O que interessa é que R$ 60,00 é um preço de venda
baseado em uma avaliação real e justa dos seus custos operacionais já reduzidos.
Joaquim: (Satisfeito) – Olhe. Eu tenho uma idéia melhor. Por que não jogar fora os amendoins?
Contador: Será que você pode suportar tal perda?
Joaquim: Certamente. Só possuo 50 pacotes – ou seja, R$ 450,00, e mais uma prateleira no valor de R$
3.750,00; jogo tudo fora e pronto, acabou-se esta porcaria de negócio de amendoins.
Contador: (Balançando a cabeça) – Joaquim isto não é tão simples assim. Você esta no negócio de
amendoins. Se você jogar fora esses amendoins você estará adicionando R$ 234.450,00 de
despesas gerais anualmente ao total das suas despesas operacionais. Joaquim, seja realista,
esta perda você não pode suportar.
Joaquim: (Desesperado) – É incrível. Na semana passada eu estava ganhando dinheiro. Hoje eu estou
atrapalhado – só porque pensei que amendoins sobre o balcão ....
Só porque eu pensei em 50 pacotes de amendoins por semana.
Contador: (Com um olhar sério) – O objetivo dos estudos modernos de custo, Joaquim, é eliminar essas
falsas ilusões.
FONTE: LIVRO CURSO DE CONTABILIDADE DE CURSOS GEORGE LEONE
3
2-LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE TEXTO:
TITULO:
A sobrevivência das organizações depende cada vez mais das práticas gerenciais de apuração,
análise, controle e gerenciamento dos custos de produção dos bens e serviços, principalmente no atual
ambiente de extrema competição.
A constante preocupação dos executivos e empresários responsáveis pelo destino das empresas
com tais aspectos justifica-se plenamente em virtude da busca contínua de melhor posicionamento
competitivo, nas diversas fases da evolução do ambiente empresarial e da sociedade. Nesse sentido, a
eficaz administração dos custos reveste-se de uma importância fundamental, fazendo com que haja sempre
a preocupou de novas metodologias para apuração, análise e gestão dessa área critica.
O pioneirismo na compreensão e adoção de novas e revolucionárias técnicas de custeio constitui-
se, também, em importante diferencial competitivo. Como conseqüência imediata, tem-se o
desenvolvimento da chamada contabilidade gerencial, cuja primordial preocupação tem sido o estudo da
Contabilidade de custos.
Principalmente após a revolução industrial, com o surgimento, de fato, das primeiras industrias, os
executivos responsáveis pelos custos tem respondido satisfatoriamente aos anseios dos empresários e
investidores concernentes às necessárias informações e relatórios para as tomadas de decisões.
A globalização da economia trouxe como uma das principais mudanças a eliminação das chamadas
fronteiras econômicas e financeiras, exigindo do empresário uma atuação mais dinâmica, abrangente e
competitiva.
Podendo atuar em novos mercados, as grandes corporações multinacionais sentiram rapidamente a
necessidade de modificar seus conceitos operacionais e produtivos, visando principalmente à redução de
gastos, para possibilitar sua sobrevivência e crescimento em um novo mercado, caracterizado pela maior
exigência dos consumidores. [Principalmente nos países ou nas regiões que se encontram com grandes
níveis de desemprego, em economias recessivas ou estabilizadas, tornou-se bastante difícil para essas
empresas a conquista de novos clientes e a manutenção dos antigos].
Diante destes fatores citados podemos afirmar que eles são os responsáveis por uma das grandes
mudanças no objeto de preocupação da maioria dos empresários dos tempos modernos, que é a
necessidade de excelente gerenciamento de seus custos de produção de bens ou serviços.
O crescimento das atividades, a diversificação dos negócios , a dispersão geográfica, a sofisticação
das finanças e da produção exigiram a delegação para pessoas estranhas às famílias de parte dos
controles e do gerenciamento das atividades administrativas, financeiras e produtivas das empresas.
Naturalmente , foi cada vez mais crescente e significativa a necessidade da implantação de
eficientes sistemas de relatórios gerenciais, para subsidiar as tomadas de decisões dos donos de capital,
impossibilitados de participar rotineiramente de todas as fases dos processos administrativos e produtivos.
A introdução dos controles internos em todos os níveis já é uma preocupação antiga dos
empresários, de acordo com alguns autores:
“ As primeiras organizações comerciais americanas a desenvolverem sistemas de contabilidade gerencial
forma as tecelagens de algodão mecanizadas e integradas, surgidas após 1812. Elas utilizavam contas de
custos para avaliar a mão- de- obra direta e custos gerenciais na conversão das matérias-primas em fios e
tecidos acabados”. (Nosso Grifo)
4
A contabilidade de custos sublinha a idéia de que o Contador de Custos e ou Administrador de
Custos deve conhecer o ambiente no qual a Contabilidade de Custos vai atuar e que seus usuários
devem estar bem familiarizados com as técnicas de custeio para poderem compreender a utilizar-se
das informações de custos.
O contador e ou administrador de custos antes mesmo de desenvolver suas atividades , deverá
conhecer o processo produtivo e as relações entre os diversos setores da entidade.
O processo produtivo deve ser olhado de modo global inicialmente. Ele vai desde o planejamento
da produção, considerando planilhas e orçamentos, até a expedição dos produtos para os clientes,
passando por todas as fases de Controle. Deve conhecer como e o porque de cada atividade.
Deve ter visão clara do ciclo operacional. Muitas vezes, é recomendável que o administrador ou
contador de custos , antes de começar a trabalhar, faça um estágio nos diversos setores e componentes
operacionais e administrativos da entidade para atender melhor as atividades.
“O objetivo principal das empresas é maximizar seus lucros.”
3- LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE ASSUNTO:
TITULO:
Para melhor entender o quanto é importante à contabilidade partimos de um exemplo, imagine que
você é um profissional de empresas, e tenha sido convidado para a diretoria de uma empresa ou indústria.
Ao assumir o cargo de diretor financeiro, você verifica que quase todos os homens-chaves da empresa se
demitiram, solidários com o diretor demissionário. Como você reagiria a essa situação?
Certamente um dos primeiros passos seria a coleta de informações e dados, para que , conhecedor
da situação econômico-financeira da empresa, você pudesse tomar as primeiras decisões.
Seu ponto de partida seria, naturalmente , os registros e relatórios econômico-financeiros de seu
antecessor, até a data em que ele deixou a empresa.
E é nesse ponto que entra a contabilidade. Pois seu objetivo principal e registrar as transações de
uma entidade de forma que sejam expressas em termos monetários, e informar os reflexos dessas
transações na situação econômico-financeira dessa empresa e uma determinada data.
A importância de se registrar as transações de uma empresa e proveniente de uma serie de fatores:
- Como o dinamismo da empresa ;
- A mudança de seus dirigentes quando necessário e do pessoal que opera no setor;
- A necessidade de comprovar, com registros e documentos, a veracidade das transações
ocorridas;
- A possibilidade de reconstituir, com detalhes, transações ocorridas muitos anos antes;
- A necessidade de registrar as dívidas contraídas, os bens adquiridos, ou o capital que os
proprietários investiram no negocio;
- E ainda informar os reflexos que as transações provocam na situação econômico-financeira de
uma empresa para que os diversos interessados em seu passo , presente e futuro tenham
conhecimento de seu progresso, estagnação financeira ou retrocesso.
A contabilidade de custos enfatiza o conceito que ela prepara informações diferentes para
atender a necessidades gerenciais diferentes. De acordo com as necessidades gerenciais,
apresentadas pelos diversos níveis gerenciais, a Contabilidade de Custos vai se organizar em
5
termos de sistemas de acumulação de dados, de critérios de avaliação e de apropriação dos custos
a seus portadores ( componentes organizacionais, atividades e operações, serviços e produtos e
outros objetos de custeio, para produzir relatórios que satisfaçam às exigências dos diversos
usuários. Pois ela é parte integrante da contabilidade, e, portanto seus sistemas de determinação de
custos devem estar sempre integrados e coordenados ao sistema contábil.
A contabilidade de custos coleta dados , classifica e registra os dados operacionais das diversas
atividades da entidade, denominados dados internos bem como algumas vezes coleta e organiza dados
externos.
Os dados coletados podem ser tantos monetários como físicos:
Exemplos dados físicos operacionais: unidades produzidas, horas trabalhadas, quantidade de
requisições de materiais e de ordens de produção.
Dados monetários: todos os dados citados acima com seus respectivos valores.
Em seguida a contabilidade de custos acumula, organiza, analisa e interpreta os dados operacionais
físicos e os indicadores combinados no sentido de produzir, para os diversos níveis da administração e de
operação , relatórios com as informações de custos solicitadas.
Uma das formas mais empregadas ,que talvez seja o fundamento da contabilidade de custos é
baseado no principio da causação ou seja a preocupação em atribuir os custos a seus portadores finais.
Isto significa que os custos serão classificados em diretos e indiretos, dependendo da dificuldade existente
para sua apropriação.
4- LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE ASSUNTO:TITULO:
COLETA DE DADOS CENTRO INFORMAÇÕESPROCESSADOR DEINFORMAÇÕES
Sistema de Custos
Critérios Básicos Em conjunto com Apoio da Administração Procedimentos Registros os Usuários
Fonte: ver. FAE nº 03 set/dez,1999, p 21-28 – Artigo Sistemas de gestão de custos dificuldades na implantação
6
4.1 - FASE I – COLETA DE DADOS
O trabalho de coleta e seleção de dados internos e externo, quantitativos e monetários se dará em
subsistemas de apoio, constituídos pelas áreas funcionais e instrumentos de controle da empresa, tais
como:
Etapas de produção, sistemas de controle de materiais, controle de patrimônio e planejamento de produção.
A atuação desses subsistemas implicará um planejamento, treinamento, organização e integração entre os
setores, o que promoverá uma postura participativa e um entendimento sobre a importância da
gestão de custos para a empresa.
4.2- FASE II – PROCESSAMENTO DOS DADOS
Nesta fase , o centro processador de informações receberá os dados e executará a operação de
acumulação, organização, análise e interpretação desses dados, transformando-os em informações
compatíveis com as saídas esperadas, definidas na arquitetura dos sistemas de custos, modelados
especialmente para a empresa.
4.3 - FASE III – INFORMAÇÕES
Os dados gerados pelo sistema de custos constituem-se em importante elemento do sistema de
informações gerenciais, pois representam os resultados de um trabalho de processamento alicerçado num
modelo de sistema exaustivamente desenhado e elaborado para atender as necessidades especificas da
empresa, levando em conta seus objetivos e metas, seus parâmetros e prioridades. Essas informações
deverão advir de contatos iniciais com os usuários do sistema (gerentes de produção, finanças, recurso
humanos, vendas, marketing, contabilidade, engenharia, projetos, desenvolvimento de produtos), para que
os sistema de custos produza relatórios gerenciais confiáveis, eficientes e úteis para as diversas áreas
funcionais da empresa.
5 - NASCIMENTO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS
Após revolução industrial: necessidade de maiores e mais precisas informações, que permitissem
uma tomada de decisão correta.
Antes: praticamente não existia, já que as operações resumiam basicamente à comercialização de
mercadorias, e os estoques eram registrados e avaliados pelo seu custo real de aquisição.
5.1- Origem da Contabilidade de Custos
Revolução industrial: registrar os custos que capacitavam o administrador a avaliar estoques,
determinar mais corretamente resultados e levantar balanços.
I guerra e crise de 29: necessidades de melhorias nos controlem.
II guerra: maior necessidade de eficiência/eficácia; aumento da competição.
7
6 LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE ASSUNTO:
TITULO:
São essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem que
arcar a fim de atingir seus objetivos.
É o ramo da contabilidade que se destina a produzir informações para os diversos níveis
gerenciais de uma entidade, como auxilio as funções de determinação de desempenho, de planejamento e
controle das operações e de tomada de decisões.
7- LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE ASSUNTO:
TITULO:
Os objetos mais conhecidos que formam o campo de atuação da contabilidade de custos mais
conhecidos são os seguintes:
A entidade, como um todo, seus componentes organizacionais (administrativos e operacionais);
Os produtos, e bens que fabrica para si própria e para a venda e os serviços, faturáveis ou não, podemos
citar como exemplo: sos estoques, as campanhas, as promoções, os estudos especiais, os segmentos de
distribuição, as atividades e as operações desde as menores até as maiores, ao planos e alternativas
operacionais.
8- LEIA E ATRIBUA UM TITULO A ESTE ASSUNTO:
TITULO:
Determinação do lucro: empregando dados originários dos registros convencionais contábeis, ou
processando-os de maneira diferente, tornando-os mais úteis à administração;
Controle das operações: e demais recursos produtivos como os estoques, com a manutenção de
padrões e orçamentos, comparações entre previsto e realizado;
Tomada de decisões: o que envolve produção (o que, quanto, como e quando fabricar); formações de
preços, escolha entre fabricação própria ou terceirizada.
A contabilidade de custos também auxilia na solução de problemas relacionados:
- Ao preço de venda;- À contribuição de cada produto ou linha de produtos para o lucro da empresa;- Ao preço mínimo de determinado produto em situações especiais;- Ao nível mínimo de atividade em que o negocio passa a ser viável;
8
9- POR QUE ESTUDAR OS CUSTOS?
Atender necessidades gerenciais de três tipos:
– Informações sobre a rentabilidade e desempenho de diversas atividades da entidade;
– Auxílio no planejamento, controle e desenvolvimento das operações;
– Informações para a tomada de decisões.
10 - QUESTIONÁRIO
1- Para que serve a contabilidade de custos?
2- A contabilidade de custos coleta dados. Que dados são esses? Para que serve cada um deles?
Mencione alguns exemplos?
3- A contabilidade de custos produz informações diferentes para atender a necessidades gerenciais
diferentes. O que se entende por essa afirmação?
4- Quais são os objetivos da contabilidade de custos?
5- Quais são os objetos da contabilidade de custos?
6- Por que a contabilidade de custos deve ser integrada e coordenada a outros setores da empresa?
7- Por que é importante que o administrador de custos conheça o ciclo operacional da empresa, conheça o
ambiente em que a contabilidade de custos vai atuar e esteja bastante familiarizado com as operações?
8- Ao implantar a contabilidade de custos, quais os objetivos que a empresa pretende atingir?
9- Cite 3 tipos de informação gerada pela contabilidade de custos.
10- Cite e explique dois tipos de problemas que a contabilidade de custos ajuda a solucionar.
9
11- Responda as questões com base no texto acima:
1)Em âmbito mundial, quais foram os principais motivos para a evolução da
Contabilidade de Custos?
2)O que você entende por uma empresa industrial? Cite um exemplo de processo
industrial:
3)De que maneira um eficiente sistema de apuração de custos pode contribuir para a
sobrevivência das empresas modernas que atuam em um ambiente extremamente
competitivo e na chamada economia globalizada?
4)No Brasil, algumas empresas de médio e pequeno porte não implantaram sistemas de
apuração de seus custos de produção. Em sua opinião, por que isso acontece? Quais
seriam os argumentos que você usaria para convencer os empresários a implantar em
suas empresas sistemas de apuração de custos?
5)Por que os administradores de empresas precisam conhecer com profundidade os
conceitos e as metodologias para apuração dos custos de produção?
6) Quais são as fases da Contabilidade de Custos? Para um bom gerenciamento de
custos é possível que se exclua alguma destas fases? Dê sua opinião:
7) Assinale a alternativa correta:
a) As empresas prestadoras de serviços não necessitam de sistemas de
contabilidade de custos para seu gerenciamento.
b) Um sistema de contabilidade de custos só é útil nas grandes empresas que
possuem diversos departamentos e produzem diversos produtos.
c) A apuração dos custos por departamento pode revelar deficiências nos processos
produtivos.
d) A contabilidade de custos só fornece informações úteis para os encarregados da
produção e não auxilia na tomada de decisões.
8)Você concorda com a seguinte informação? Comente sobre:
“O principal objetivo das empresas atualmente é reduzir custos, tornando-se competitivas
num mercado globalizado e conseqüentemente maximizando seus lucros.”
9)Em sua opinião quais são os principais usuários das informações geradas por um
eficaz sistema de apuração de custos e que decisão estes usuários podem tomar?
10
12- ALGUMAS DAS TERMINOLOGIAS MAIS USUAIS:ALGUMAS DAS TERMINOLOGIAS MAIS USUAIS:
O objetivo das terminologias contábeis é uniformizar o entendimento de determinados termos que serão
utilizados:
GASTO – sacrifício que a entidade arca para a obtenção de um bem ou serviço, representado por
entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). O gasto se concretiza quando os
serviços ou bens adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.
Exemplos: gastos com mão-de-obra (salários e encargos); gasto com aquisição de matérias-primas
para industrialização; gasto com setores administrativos; gasto com aquisição de máquinas e equipamentos.
DESEMBOLSO – pagamento resultante da aquisição de um bem ou serviço. Pode ocorrer
concomitantemente ao gasto (pagamento à vista) ou depois deste (pagamento a prazo).
Os gastos podem ser: INVESTIMENTOS, CUSTOS ou DESPESAS.
INVESTIMENTO – gasto com bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios
atribuíveis a períodos futuros.
Exemplos: aquisição de móveis e utensílios; aquisição de imóveis; despesas pré-operacionais;
aquisição de marcas e patentes e aquisição de matéria-prima.
CUSTO – gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços; são todos
os gastos relativos à atividade de produção.
Exemplos: salários do pessoal da produção; matéria-prima utilizada no processo produtivo;
combustíveis e lubrificantes usados nas máquinas da fábrica; aluguéis e seguros do prédio da fábrica;
depreciação dos equipamentos da fábrica; gastos com manutenção das máquinas da fábrica.
ATENÇÃO: A matéria-prima adquirida pela indústria enquanto não utilizada no processo produtivo,
representa um investimento e estará ativada numa conta do Ativo Circulante; no momento em que é requisitada
pelo setor de produção, é dada baixa na conta do Ativo e ela passa a ser considerada um custo, pois será
consumida para produzir outros bens ou serviços.
DESPESA – gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a
finalidade de obtenção de receitas.
Exemplos: Salários e encargos sociais do pessoal de vendas e do escritório de administração; energia
elétrica consumida no escritório; gasto com combustíveis e refeições do pessoal de vendas; contas telefônicas do
escritório de vendas; aluguéis e seguros do prédio da administração.
ATENÇÃO: Custo x Despesa – regra simples
Todos os gastos realizados com o produto até que este esteja pronto são custos; a partir daí, são despesas.
Gastos com embalagens são custos se realizados no âmbito do processo produtivo (o produto é vendido
embalado); são despesas se realizados após a produção (o produto pode ser vendido com ou sem embalagem).
PERDA – gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade produtiva
normal da empresa.
Exemplos: perdas com incêndio, obsoletismo de estoques etc.
RECEITA – entrada de elementos para o ativo sob a forma de dinheiro ou direitos a receber,
correspondente normalmente à venda de bens ou serviços.
A DEPRECIAÇÃO PODE SER CONSIDERADO COMO CUSTO DE PRODUÇÃO DE
BENS OU SERVIÇOS QUANDO ESTE BEM ESTA COLOCADO A DISPOSIÇÃO DA
PRODUÇÃO.
A DEPRECIAÇÃO PODE SER CONSIDERADO COMO DESPESA ADMINISTRATIVA
OU COMERCIAL QUANDO ESTES BENS ESTIVEREM SENDO UTILIZADO PELAS
ÁREAS ADMINISTRATIVAS OU COMERCIAL.
13
12
Custos Produtos ouServiços
ElaboradosConsumo associadoà elaboração do produto ou serviço
Consumo associadoao período
Investimentos
Gastos
Balanço Patrimonial
Demonstrativo de Resultado do
Exercício
Definição genérica de custosDefinição genérica de custos
14- DIFERENÇA ENTRE CUSTOS E DESPESAS
Numa indústria custo significa todos os gastos na fábrica (produção): matéria-prima, mão-de-obra,
energia elétrica, manutenção, embalagem etc. Despesa significa os gastos no escritório, seja na
administração, seja no departamento de vendas, seja no departamento de finanças
ASSOCIAÇÕES ENTRE RECEITAS, CUSTOS E LUCROS.
A obtenção de lucros é um dos principais objetivos de qualquer empresa. A equação mais simples para
expressar o lucro consiste em apresentá-lo como a diferença entre receitas e gastos, ou:
Receitas – Gastos = Lucro
Dessa forma, o lucro depende dos custos e das vendas. A área comercial é responsável pelas vendas,
embora a contabilidade de custos enxerga certa influência em função do papel dos custos sobre o
estabelecimento ou controle do preço de vendas.
Para produtos sob encomenda, a relação pode ser apresentada como:
Gastos + lucro = preço de venda
Mediante planilhas específicas, a contabilidade pode levantar os gastos da encomenda, empregando
no processo dados de diferentes áreas, como comercial, industrial, financeira, de compras. Ao somatório
dos custos e despesas serão acrescidos os lucros desejados. Por exemplo, quando um cliente leva seu
veiculo a uma oficina autorizada, esta dimensionará a quantidade de mão-de-obra necessária para o
serviço, estimará o custo dos materiais diretos necessários e alocará, empregando algum critério específico,
os custos indiretos e despesas. Posteriormente, incluirá o lucro desejado, fornecendo a cotação para os
serviços solicitados. Nessa situação, a receita (ou preço a ser praticado) passa a ser função dos custos da
empresa e do lucro desejado. Com base nos custos incorridos, são acrescidos os lucros desejados e é
13
obtido o preço de venda. Em marketing, esse processo corresponde a um dos 4 ps,o p de preço, variável
que seria controlável. Obviamente, apenas em mercados bastantes específicos isso é possível. Nos demais,
o preço não é imposto pela empresa, mas consequência das características do produto e do mercado.
O caso mais comum da relação entre preço, gastos e lucro pode ser apresentado como:
Preço de Venda - Gastos = Lucro
N
Nessa situação, a contabilidade apura os custos (contabilizados, reais, corrigidos ou não) e verifica
qual foi a rentabilidade do período, podendo especificá-la por linha de produtos, por região, por clientes ou
por outro meio de análise. O lucro obtido pela empresa tornar-se função dos preços praticáveis no mercado
e da estrutura de gastos da entidade.
Outra forma poderia apresentar os gastos como conseqüência do preço, limitado pelo mercado, e do
lucro desejado pela empresa. Dessa forma, a relação matemática pode ser apresentada como:
Preço de venda – lucro = gastos
A relação anterior exprime o conceito de Target Cost, ou custo-meta-cujo emprego é creditado às
empresas japonesas. Com base na receita a ser obtida, predeterminada em função das características do
mercado e do produto, e no lucro desejado, lucro-meta ou Target Profit estabelecido pela empresa, obtêm –
se o valor máximo possível para os custos.
Assim, de acordo com o conceito de Target Cost, se a empresa deseja atingir uma meta de lucro, todos
os agentes internos da empresa deverão trabalhar para trazer o montante dos custos ao montante
determinado pela fórmula. Todos os esforços devem ser empreendidos para alcançar maior eficiência
operacional, reduzindo custos, aumentando a qualidade do produto e do processo e eliminando os
desperdícios e o retrabalho em qualquer fase.
14
14 - ESTUDOS DE CASO
Sua vizinha dona Severina é proprietária de um bar na estação rodoviária onde param os ônibus da viação Umuarama ltda.
Os fiscais de tributos estaduais fizeram na semana passada uma visita ao estabelecimento e pediram que dona Severina identificasse suas operações do mês anterior de acordo com a teoria de custos para que eles pudessem examinar melhor a escrita contábil da empresa. Para simplificar o trabalho de D. Severina, os fiscais levantaram as operações do mês e presentearam um resumo. D. Severina trouxe-nos esse resumo para ajudássemos a realizar o trabalho pedido pela fiscalização. O resumo é o seguinte:
1- Compra de 50 pacotes do café Corol a R$ 5,00 cada pacote.2- Como D.Severina tinha vendido grande quantidade de cocos de seu sítio, ela
pagou R$ 160,00, na hora.3- Portanto, ficou devendo ao fornecedor R$ 90,00.4- Quando foi contar os pacotes , mais tarde , verificou que o fornecedor entregou um
pacote a mais. Como era difícil comunicar-se com os vendedores, ela resolveu ficar com ele.
5- Durante o mês , produziu e vendeu cafezinhos , obtendo uma renda de R$ 300,00.6- No final do mês ao contar seu estoque de pacotes, verificou que tinha consumido
33 pacotes de café assim distribuídos:6.1. Trinta pacotes para produzir os cafezinhos vendidos aos clientes.6.2 – dois pacotes para produzir cafezinhos para os dois empregados do bar.6.3 – um pacote infelizmente caiu da prateleira e o pó esparramou-se pelo chão, e não foi possível recuperar nada.
7- O bar do vizinho sr. João , teve sua cafeteira quebrada. Durante o conserto o sr. João pediu que dona Severina emprestasse a ele uma de suas cafeteiras. Dona Severina boa negociante , emprestou-a, mas cobrou um aluguel de R$ 20,00 pelo três dias.
8 – os fiscais pediram que dona Severina classificasse cada uma de suas operações e transações dentro dos seguintes títulos: ganho – perda – receita – custos – gastos de desembolso – gastos não desembolsado, rendas diversas e despesas. 9- Dona Severina prometeu que retribuiria a ajuda que você prestasse a ela. Você poderia , durante um mês toma seu cafezinho sem pagar. (esta cortesia não precisa ser classificado contabilmente).
EXERCÍCIOS SOBRE TERMINOLOGIA DE CUSTOS
Assinalar Falso (F) ou verdadeiro (V) à luz da terminologia contábil:
( ) Ao comprar matéria-prima, há uma despesa( ) Gasto é o sacrifício financeiro com que uma entidade arca para a obtenção de bens e serviços.( ) Custo incorrido em função da vida útil ou de benefícios atribuídos a futuros períodos aos bens e aos serviços produzidos.( ) O custo é incorrido no momento da utilização, consumo ou transformação dos fatores de produção.( ) Perdas são bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária.
15
EXERCÍCIO 2
Classificar os eventos descritos a seguir, relativos a um banco comercial, em (I) investimento, ( C) custos, (D) despesa, (P) perda, seguindo a terminologia contábil.
( ) compra de impressos e material de escritório.( ) Gastos com salários do pessoal operacional de agencia.( ) consumo de energia elétrica.( ) Gastos com transporte de numerário ( dinheiro) ( carro forte).( ) telefone ( conta mensal)( ) aquisição e instalação de ATM.( ) manutenção do sistema de processamento de dados.( ) utilização de impressos para acolher depósitos.( ) reconhecimento de credito como não recebível.( ) gastos com envio de talões de cheques aos clientes.( ) depreciação de equipamentos ( computadores,ATM etc).( ) Remuneração de tempo ocioso.( ) consumo de material de escritório na Administração.( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral.( ) remuneração de gerentes.( ) depreciação de prédios de agencias.( ) gastos com treinamento e desenvolvimento de funcionários.( ) depreciação do prédio da sede administrativa do banco.( ) desfalque de valores por fraude.( ) desfalque de valores por assaltos.
EXERCÍCIO 2
Classificar os eventos descritos a seguir, relativos a uma lndústria de manufatura, em (I) investimento, ( C) custos, (D) despesa, (P) perda, seguindo a terminologia contábil.
( ) compra de matéria-prima.( ) consumo de energia elétrica.( ) gastos com mão-de-obra.( ) consumo de combustível.( ) gastos com pessoal do faturamento (salário).( ) aquisição de maquinas.( ) depreciação de máquinas.( ) comissões proporcionais às vendas.( ) remuneração do pessoal da contabilidade geral (salários).( ) depreciação do prédio da empresa.( ) consumo de matéria-prima.( ) aquisição de embalagens.( ) deterioração do estoque de matéria-prima por enchente.( ) remuneração do tempo do pessoal em greve.( ) geração de sucata no processo produtivo.( ) estrago acidental e imprevisível de lote de material.( ) reconhecimento de duplicata como não recebível.( )gastos com desenvolvimento de novos produtos e processos.( ) gastos com seguros contra incêndio.( ) consumo de embalagens.
16
15- O CUSTO É FÁCIL
Veja, então, como o Custo é fácil.
Inês gosta de fazer doce de abóbora. Vamos acompanha-la na cozinha:
Após algumas horas de trabalho, o doce de abóbora ficou pronto.
Com 8 kg de abóbora foram feitos 5 kg de doce.
Perguntamos:
- Qual é o Custo desse doce?
Quando você vai a uma confeitaria e compra um doce, o Custo desse doce, para você, é o preço pago por
ele. Entretanto, para Inês conhecer o Custo do doce que fez ela precisa somar todos os preços pagos na
compra dos ingredientes.
Suponhamos os seguintes preços pagos pelos ingredientes:
8 kg de abóbora............................................................................. 840
1,5 kg de açúcar............................................................................ 195
150 gramas de coco ralado........................................................... 370
6 gramas de cravo-da-índia........................................................... 80
8 kg de abóbora1,5 kg de açúcar150 gramas de coco ralado6 gramas de cravo-da-Índia3 xícaras de água
Modo de fazer:
Numa panela grande, com tampa, coloque a abóbora descascada e picada em pequenos pedaços para cozinhar.Adicione as 3 xícaras de água e deixe cozinhar, mexendo de vez em quando, até secar.Depois coloque o açúcar e o cravo-da-Índia, mexa bem e apure por aproximadamente 50 minutos. Então, acrescente o coco ralado e deixe no fogo por mais de 25 minutos, mexendo sempre.
Tempo de Preparo:
Uma hora e quinze minutos de cozimento e uma hora e quinze minutos de apuração (2 horas e meia no total).
Rendimento:
5 kg, aproximadamente
17
Pronto!
Se foram gastos R$ 1.485 com a compra dos ingredientes, podemos dizer que o doce custou esse
valor.
Fácil, não é mesmo?
A esta altura, você pode estar indagando:
- O Custo do doce corresponde apenas aos gastos com a compra dos ingredientes?
É evidente que não, pois para fazer o doce de abóbora, além dos ingredientes, foram utilizados:
cozinha
mesa
faca
panela
fogão
colher
água
gás
energia elétrica
compoteira
Além desses elementos, desde o momento em que Inês foi ao supermercado para comprar os ingredientes
até o doce ficar pronto, ela gastou 4 horas de trabalho.
Dessa forma, tanto os ingredientes utilizados como todos os demais elementos que concorreram para que o
doce de abóbora fosse feito têm custo e precisam ser considerados.
Pelo que foi exposta até aqui, você pode concluir que o Custo de fabricação apresenta duas
partes:
Parte direta – composta pelos gastos com aquisição dos ingredientes utilizados
integralmente na fabricação(tecnicamente conhecidos por materiais) mais o custo das
horas de trabalho ( tecnicamente conhecido por mão-de-obra). A soma desses gastos é
também denominada Custo Direto de fabricação, pois suas quantidades e seus valores
são facilmente identificados em relação ao produto.
Parte indireta – composta pelos gastos com outros elementos que concorreram
indiretamente na fabricação do doce, como: aluguel/IPTU* (Imposto Predial e Territorial
Urbano), depreciação, gás e energia elétrica (tecnicamente conhecidos por gastos gerais
de fabricação). É lógico que, ao comer o doce de abóbora, você não estará comendo gás,
nem energia elétrica. Entretanto, esses elementos contribuíram para que a fabricação fosse
possível.
O Custo Direto de fabricação é fácil de ser conhecido, pois geralmente corresponde aos valores
integralmente gastos na compra de materiais utilizados, mais a mão-de-obra das pessoas que trabalharam
diretamente na fabricação. Por outro lado, para se conhecer o valor dos Custos Indiretos de fabricação de
cada produto, deve-se estabelecer regras e efetuar cálculos para que os referidos Custos sejam
adequadamente atribuídos a cada produto.
Os custos Indiretos de fabricação são assim denominados porque não correspondem a gastos
realizados especificamente para esse ou aquele produto. Na empresa industrial, eles beneficiam toda a
18
produção de um período. O gasto com aluguel, por exemplo, é indispensável para que a empresa possa
existir, porém não esta ligado a um ou outro produto; assim, o seu Custo deve ser atribuído através de
algum critério para todos os produtos que foram fabricados pela industria naquele período. No nosso
exemplo, embora Inês não seja uma empresa, para conhecer o Custo real do seu doce ela precisa incluir
nele uma parcela do aluguel.
Tecnicamente, a distribuição proporcional que se faz para atribuir a este ou aquele produto o valor dos
Custos Indiretos de fabricação denomina-se rateio. Conforme dissemos, para se efetuar o rateio
(distribuição), há necessidade de se adotar algum critério, seja ele estimado ou arbitrado. Esse critério é
denominado base de rateio.
Veja a seguir, com base no exemplo em questão, alguns critérios que podem se usados como base para
ratear o valor dos Custos Indiretos:
Aluguel/IPTU – critério (base) para rateio = horas de trabalho.
Considerando que Inês paga R$ 60.000 por mês de aluguel (IPTU incluído), o valor a ser considerado como
Custo Indireto de fabricação é obtido através do seguinte cálculo:
R$ 60.000 x 30 dias = R$ 2.000 por dia
Considerando que o tempo gasto para fazer o doce foi de meio dia de trabalho (4 horas), o valor do
Custo será igual a R$ 1.000.
Utensílios – critério (base) para rateio = horas de trabalho.
Os utensílios utilizados para fazer o doce – mesa, panela, fogão etc. – não se consomem durante
um processo de fabricação de muitos quilos de doce, durante alguns anos. O critério utilizado para incluir no
Custo de fabricação o valor gasto na aquisição desses bens é a depreciação, que você já deve ter
estudado em Contabilidade Básica ou Comercial, Lembra-se?
Através da depreciação, considera-se como Custo do período uma parcela do valor gasto na
aquisição dos bens duráveis, em razão do tempo de vida útil estimado para o referido bem. Suponhamos
que o fogão, a mesa e os demais utensílios utilizados correspondam à depreciação de R$ 108.000 por ano,
equivalendo à depreciação mensal de R$ 9.000.
Sabendo que foram gastas 4 horas para se fazer o doce, o valor da depreciação proporcional ao
número de horas gastas será de R$ 150 (equivalente a meio dia de trabalho).
Gás – critério (base) para rateio = horas de trabalho
Suponhamos que, por um botijão de gás de 13 quilos, tenham sido pagos R$ 1.300 e que, para
consumir todo o gás contido no botijão, sejam necessárias 130 horas de trabalho. Logo, para cada hora de
gás consumido gastam-se R$ 10. Se, para fazer o doce de abóbora, o fogão ficou ligado durante 2 horas e
meia, o Custo do gás consumido é dado por:
2,5 horas X R$ 10 = R$ 25
Energia elétrica – critério (base) para rateio = horas de trabalho
Considerando que, durante o mês, foram gastos R$ 3.000 com energia elétrica e sabendo que a
casa tem 10 cômodos, os quais consomem energia elétrica em quantidades proporcionais, podemos
estabelecer que a energia elétrica gasta por dia na cozinha corresponde a:
19
R$ 3.000
10 cômodos = R$ 300 mensais por cômodo
Logo, o consumo diário é de:
R$ 300
30 dias = R$ 10 por dia
Assim, o valor a ser considerado por 4 horas de trabalho (meio dia) é de R$ 5.
Observações:
Conforme você pode observar, adotamos o número de horas utilizadas na fabricação do doce de
abóbora como base de rateio para os Custos Indiretos.
Como partimos de um exemplo hipotético visando atribuir parcelas do Custo Indireto de fabricação a
um único produto, para facilitar, na maioria dos casos, consideramos o total de horas trabalhadas
como meio dia de trabalho.
O critério das horas trabalhadas é um dos muitos que existem para ratear os Custos Indiretos de
fabricação aos produtos. Cada empresa, de acordo com a sua realidade, considerando o tipo de
produto que fabrica, adota aquele que mais se ajusta ao seu caso.
Você observou, também, que para ratear os Custos Indiretos de fabricação aos produtos há
necessidade de efetuar cálculos que, em certos casos, podem apresentar resultados não muito
exatos, como ocorreu com a energia elétrica e com o gás. Assim, podem ocorrer situações em que
o uso de determinado critério para cálculo, devido ao pequeno valor que o Custo representa em
relação ao produto, fica tão oneroso para a empresa que é preferível encontrar outras formas mais
racionais para atribuir certos Custos Indiretos aos produtos. Em nosso exemplo, a água entrou na
fabricação em quantidade tão pequena que nem a consideramos.
Falta, ainda efetuar os cálculos para determinar o valor da Mão-de-obra Direta (trabalho de Inês).
Veja:
Mão-de-obra – critério (base) para rateio = horas de trabalho.
Levando-se em conta que uma confeitaria ganha R$ 200 por hora e tendo Inês gasto 4 horas o
Custo do seu trabalho foi de R$ 800.
Agora, podemos concluir que, para Inês fazer o doce de abóbora, concorreram os seguintes
elementos:
Materiais
Compreendendo os ingredientes utilizados que somaram................. 1.485
20
Mão-de-obra
Compreendendo o trabalho de Inês................................................................. 800
Gastos Gerais de Fabricação
Nesse caso, correspondendo aos Custos Indiretos de fabricação:
7- Materiais secundários identificáveis com cada produto ( )
8- Depreciação de maquinas utilizados na fabricação de mais de um produto ( )
9- Consumo de água da fabrica ( )
10- Refeições e viagens dos supervisores da fabrica ( )
11- Material de limpeza usado na fabrica ( )
12- Salários e encargos da segurança da fabrica ( )
13- Água utilizada na fabrica( )
14- Mão-de-obra utilizada direto na fabricação do produto ( )
15- Consumo de combustíveis ( )
16- Gastos com horas extras na produção ( )
17- Aluguel de uma fotocopiadora no qual se cobra uma parcela fixa mesmo que nenhuma copia seja
tirada. ( )
18- IPTU ( )
19- Matéria-prima utilizada na fabricação do produto ( )
20- Materiais de consumo ( )
21- Honorários da administração ( )
22- Seguro contra fogo ( )
23- Material de embalagem ( )
24- Depreciação de equipamentos utilizados para fabricação de apenas um tipo de produto ( )
25- Salários de vigias ( )
26- Depreciação dos equipamentos quando esta for feita em função das horas trabalhadas. ( )
23
Controláveis: quando podem ser controlados por uma pessoa, dentro de
uma escala hierárquica predefinida. O responsável poderá ser cobrado de
eventuais desvios não previstos.
Não controláveis: quando fogem ao controle do responsável pelo
departamento. Por exemplo, rateio do aluguel. Em uma escala hierárquica superior
todos os custos são controláveis.
19.5 - Classificações: Decisões Especiais
Incrementais: também denominados diferenciais ou marginais,
incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada.
De oportunidade: benefício relegado em decorrência da escolha de uma
outra alternativa.
Evitáveis: custos que serão eliminados se a empresa deixar de executar
alguma atividade.
Inevitáveis: independentemente da decisão a ser tomada, os custos
continuariam existindo.
Empatados: também denominados sunk costs ou custos afundados. Por
já terem sido incorridos e sacramentados no passado, não devem influir
em decisões para o futuro por serem irrelevantes.
19.6 - Classificações: Base Monetária
Históricos: custos em valores originais da época em que ocorreu a
compra, de acordo com a Nota Fiscal.
Históricos corrigidos: custos acrescidos de correção monetária, trazidos
para o valor monetário atual.
Correntes: também denominados custos de reposição. Custo
necessário para repor um item no total.
Estimados: custos previstos para o futuro.
Custo padrão: custo estimado com maior eficiência, valor ideal a ser
alcançado.
19- Classificações: Controle
24
20- EXERCÍCIO
Alguns dados contábeis e financeiros das Fábricas de Sandálias Aladas Ltda. São fornecidos com base nos
números apresentados, estime :(a) o custo primário; (b) o custo de transformação;(c) o custo fabril.
Conta $
Materiais requisitados : diretos 8.200,00 Depreciação do parque industrial 1.700,00 Aluguel da fábrica 5.200,00 Aluguel de escritórios administrativos 7.400,00 Materiais requisitados : indiretos 950,00 Depreciação de computadores da diretoria 720,00 Mão de obra direta 9.400,00 Seguro da área industrial 2.600,00
RESPOSTA
Descrição do Sub-grupo e conta
Valor r$ Sub-total
MATERIAL DIRETOMateriaia Requisitados: diretos
8.200,00 8.200,00
Mão-de-Obra DiretaMão-de-Obra Direta 9.400,00 9.400,00Custos Indiretos de FabricaçãoDepreciação do Parque Industrial
1.700,00
Aluguel da Fábrica 5.200,00Materiais Requisitados: Indiretos
950,00
Seguro da Área Industrial 2.600,00 10.450,00DespesasAluguel de Escritórios Administrativos
7.400,00
Depreciação de comput. Da Fab.
720,00 8.120,00
a) Custo primário= MD + MOD = 17.600,00b) Custo de Transformação:= MOD + CIF = 19.850,00c) Custo Total= MD + Custo de Transformação = 28.050,00d) Custo Integral = Custos + Despesas = 36.170,00
25
21-EXERCÍCIO DE ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS
Observe as informações abaixo, extraídas de uma escrituração de uma empresa industrial , relativas a
um determinado período de apuração:
Materiais requisitados do almoxarifado
Diretos R$ 300.000,00
Indiretos R$ 50.000,00
Mão-de-obra apontada
Direta R$ 200.000,00
Indireta R$ 30.000,00
Aluguel da fabrica R$ 40.000,00
Seguro da fabrica R$ 20.000,00
Depreciação de máquinas R$ 60.000,00
Observe os dados abaixo, representativos de custos de uma empresa industrial (fabrica de calçados):
Obs: as contribuições ao INSS que as empresas deduzem dos salários dos funcionários não são custos para elas, não integrando, portanto a tabela acima.Assim, seriam acrescidos ao salário-mês 115,72% referentes aos encargos, para se obter o custo
da mão-de-obra mensalista.
TABELA DE ENCARGOS PARA FUNCIONÁRIOS MENSALISTAS
DISCRIMINAÇÃO DOS ENCARGOS GRUPOS
QUE PERTEN CEM
A B C1- INSS 0,20002- SESI – SESC 0,01503- SENAI- SENAC 0,01004- INCRA 0,00205- SEBRAE 0,00606- SALARIO – EDUCAÇÃO 0,02507- SAT(SE.ACID. TRABALHO) (MÉDIA)
FGTS(DISP.S/J.CAUSA)17-TOTAL PARCIAL 0,3070 0,012518-INCIDÊNCIAS CUMULATIVAS (GRUPO A X GRUPO B)
0,1099
19-TOTAL DOS ENCARGOS 0,787420-PERCENTUAL 78,74%
Obs: as contribuições ao INSS que as empresas deduzem dos salários dos funcionários não são custos para elas, não integrando, portanto a tabela acima.
EXERCÍCIO 1
1- A empresa J.D Continental S.A possui dois departamentos produtivos: Depart. “A” e Depart. “B”. A
produção e os respectivos tempos unitários de certo mês foram:
PRODUTOS QUANTIDADE DEPART. A DEPART. B A1 200 UNID. 3,0 H 5,0 H A2 180 UNID. 4,0 H 3,0 H A3 250 UNID. 2,5 H 4,5 H A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, não se trabalhando aos sábados.
Neste mês, de 30 dias, com o 1º dia útil iniciando-se em uma sexta-feira, houve 1 feriado que caiu em uma
quinta-feira, não havendo expediente na sexta-feira subseqüente. Nenhum funcionário faltou durante o mês.
O número de funcionários e os salários, por departamento, são os seguintes:
Depart. A = 15 funcionários com salários de 10,00/ hora cada um;
Depart. B = 18 funcionários com salários de 13,00 horas cada um.
O tempo improdutivo de Depart. A totalizou 150 horas e de Depart. B, 256 horas.
A empresa mantém uma política de treinamento constante da mão-de-obra, de tal forma que
qualquer funcionário de Depart. A pode trabalhar no Depart. B e vice-versa, quando houver necessidades.
Os encargos sociais representam 130% dos salários. Calcule os custos diretos da mão-de-obra debitada
aos produtos.
EXERCÍCIO 1- A
Para o custo da mão-de-obra do departamento de mistura da cia. De alimentos Papaya S/A
O numero de funcionários e os salários pagos são:
5 operadores nível I com salários de $ 5,00 por hora cada;
3 operadores nível II com salários de $ 5,50 por hora cada;
2 operadores nível III com salários de $ 7,00 por hora cada.
O regime de trabalho é de 40 horas semanais não se trabalhando aos sábados. Os encargos sociais
representam 113,5% dos salários.
Em outubro/95, mês de 31 dias, houve 2 feriados, sendo um em uma segunda-feira e outro em uma quinta-
feira. Na sexta-feira após o 2º feriado não houve expediente. Nesse mês tivemos 4 sábados e 4 domingos.
Ocorreram duas faltas de operadores nível i que foram abonadas.
47
Nesse mês 5% das horas disponíveis no departamento foram apontadas como não produtivas.
Calcule o custo das horas produtivas e improdutivas.
EXERCÍCIO 1 - B
No departamento de pintura de uma empresa há 2 funcionários diretos. O Sr. João tem um salário de $ 5,00
por hora e o sr. Pedro, $ 6,00 por hora.
Em um certo mês de 31 dias, o primeiro dia útil caiu em uma sexta-feira. Houve 1 feriado que caiu em uma
terça-feira. O funcionário Pedro faltou 2 dias, que foram justificados e abonados.
A jornada de trabalho é de 40 horas semanais, não se trabalhando aos sábados. Os encargos sociais e
trabalhistas representam 118,5% dos salários.
Nesse mês foram fabricados 200 unidades de alfa, cada uma consome ¾ de horas de beta e 200 unidades
de beta que consome 42 minutos.
Determine o custo de mão-de-obra direta de alfa e de beta e o custo das horas improdutivas.
EXERCÍCIO 2
Na empresa bicos & bicos s/c ltda, produz mesas e cadeiras e há três funcionários que ganha $
10,00 por hora cada um. Sendo que 1/3 do tempo é destinado à mesa e o restante à cadeira.
A remuneração média por mês para um funcionário é de: 220 horas (jornada de 44 horas
semanais).
Sabemos que o trabalhador tem 01 mês de férias.
O INSS – alem do INSS a empresa destina um percentual ao SENAI, SESI (no caso de indústria),
INCRA, salário educação e outros, cuja a taxa destas contribuições gira em torno de 25,2% ao mês( não
inclui-se aqui o IAPAS do empregado).
O FGTS – e recolhido a uma taxa de 8% ao mês.
O seguro de acidentes de trabalho é recolhido a uma taxa de 2% .
As horas úteis trabalhadas é:
Numero total de dias por ano.................................................365 dias
(-) domingos .......................................................................... 52 dias
(-) férias (30 dias – 04 domingos excluídos no item anterior) 26 dias.
(-) feriados...............................................................................12 dias
Dias úteis trabalhados ...............................275 dias.
EXERCÍCIO 3
Calcule o custo total, por hora, do salário de um operário contratado por $ 694,00 por hora, considerando os
seguintes dados:
Mês de 240 horas;
Dias de duração do ano: 365 dias
Domingos: 52 dias
Feriados e dias santificados: 8 dias
Ausência ao trabalho justificadas: 5 dias
Férias 25 dias;
Foi pago 13º salário.
Fgts: 8%
48
Contribuição para o inss: 23,4%;
Seguro de acidentes do trabalho: 2,83%
Calcule o custo da mão-de-obra por hora.
EXERCÍCIO 4
Determinada empresa de consultoria tem em seu quadro de funcionários técnicos que cumprem jornada
de trabalho das 8:00 horas às 17:00 horas com intervalo de uma hora para almoço. Não trabalhando aos
sábados. Entretanto, nem todo tempo disponível é efetivamente aplicado nos trabalhos em clientes, pois há
reuniões, consultas técnicas, atrasos, ausências e outros fatores num total de 10%.
Os boletins de apontamento de produção emitidos diariamente pela empresa foram digitados, gerando o seguinte relatório mensal:
TEMPO PRODUTIVO E IMPRODUTIVO QUANTIDADE DE HORAS
PRODUTO ALFA 35PRODUTO BETA 62PRODUTO GAMA 50FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA 08TEMPO PARADO POR MÁQUINA QUEBRADA 07TEMPO PARADO POR FALTA DE MATERIAL 06TOTAL DE HORAS 168
O salário dos três funcionários era de $ 4,50, 3,50, e 4,50 por hora respectivamente. Os encargos
sociais representam 108%, 123% e 135% respectivamente dos salários.
- Determine o valor dos salários constante da folha de pagamento.
- Calcule o custo/hora do departamento.
- Calcule o custo da mão-de-obra direta alocada a cada produto.
- Calcule o custo das horas improdutivas.
EXERCÍCIO 9
Determinada empresa prestadora de serviços no ramo de contabilidade tem em seu quadro de
funcionários técnicos que cumprem jornada de trabalho das 8:00 horas às 17:00 horas com intervalo de
uma hora para almoço. Trabalhando aos sábados. Entretanto, nem todo tempo disponível é
efetivamente aplicado nos trabalhos em clientes, pois há reuniões, consultas técnicas, atrasos,
Sabe-se que os encargos desta empresa gira em torno de 156%.
EXERCÍCIO 10
A fábrica de amortecedores C.D amortecedores S.A. Possui dois departamentos produtivos: Depart. “A”
e Depart. “B”. A produção e os respectivos tempos unitários de certo mês foram:
PRODUTOS QUANTIDADE DEPART. A DEPART. B A1 1.200 UNID. 3,0 H 5,0 H A2 1.280 UNID. 4,0 H 3,0 H A3 2.250 UNID. 2,5 H 4,5 H A jornada de trabalho é de 44 horas semanais, se trabalhando aos sábados.
Neste mês, de 30 dias, com o 1º dia útil iniciando-se em uma sexta-feira, houve 1 feriado que caiu em uma
quinta-feira, não havendo expediente na sexta-feira subseqüente. Nenhum funcionário faltou durante o mês.
O número de funcionários e os salários, por departamento, são os seguintes:
Depart. A = 15 funcionários com salários de 15,00/ hora cada um;
Depart. B = 18 funcionários com salários de 23,00 horas cada um.
O tempo improdutivo de Depart. A ,totalizou 150 horas e de Depart. B, 256 horas.
Os encargos sociais representam 180% dos salários. Calcule os custos diretos da mão-de-obra debitada
aos produtos.
EXERCÍCIO 11
Um funcionário é contratado com salário de $ 4,00 a hora. Nesta empresa os encargos sociais e
trabalhistas representam 113,5% dos salários. Determine o custo/hora.
A jornada de trabalho e de 40 horas semanais não se trabalhando aos sábados.
EXERCÍCIO 12
Em uma indústria um funcionário é contratado com salário de $ 6.76 a hora e os encargos sociais e
trabalhistas representam 125% dos salários determine os custos das horas produtivas e improdutivas
sabendo que a empresa produz os seguintes produtos:
PRODUTOS TEMPO TOTALA 145,00 HORASB 175,00 HORASC 185,00 HORASD 202,00 HORAS
Sabendo-se também que no mês de setembro houve e domingos e 2 feriados caindo nos dias da
semana.
A jornada de trabalho é de 40 horas semanais.
EXERCÍCIO 13
52
Um funcionário e contratado com salário de $ 4,00 a hora. Nesta empresa os encargos sociais e
trabalhistas representam 113,5% dos salários. Determine o custo/hora.
Sabendo-se que no mês de abril/89 houve 4 domingos e um feriado que caiu na quarta-feira.
a jornada de trabalho é de 48 horas semanais, incluindo os sábados.
EXERCICIO 14
Uma indústria que trabalha com produtos de marcenaria e produz 2.560 sofás e 5.700 guarda-
roupas, no mês de março foram produzidas 25% dos sofás e 35% dos guarda-roupas e o restante no mês
de abril. Cada sofá consome 45 minutos para ser montado e 1:00 hora para cada guarda-roupas. Na
montagem há 3 funcionários que ganham salários de R$ 8,50 por hora e 2 funcionários que ganham
R$10,50 por hora. Os encargos sociais representam 135% dos salários.
No mês de março houve 31 dias com 5 domingos e 4
Sábados.Nesta empresa não se trabalha aos sábados.
O funcionário Adão da silva é o único empregado da empresa dias & dias parado S/ A. Em maio/95 seu
PRODUTO ALFA 55PRODUTO BETA 32PRODUTO GAMA 40FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA 07TEMPO PARADO POR MÁQUINA QUEBRADA 17TEMPO PARADO POR FALTA DE MATERIAL 16TOTAL DE HORAS 170
O salário do Sr. Adão é de R$ 14,50 por hora. Os encargos sociais representam 188% dos salários.
Pede-se:
53
- Determine o valor dos salários constante da folha de pagamento.
- Calcule o custo/hora do departamento.
- Calcule o custo da mão-de-obra direta alocada a cada produto.
- Calcule o custo das horas improdutivas.
EXERCÍCIO 15
Considere que em um departamento que possui 5 funcionários diretos que recebem $ 5,00 por hora.
Os encargos sociais representam 107%.
A tabela abaixo mostra os produtos fabricados por este departamento, indicando o número de
peças fabricadas e o total das horas apontadas. Calcule o custo da mão-de-obra direta de cada
unidade de x, y, z?
A jornada de trabalho é de 44 horas semanais.
NO MÊS DE NOVEMBRO HOUVE 31 DIAS 5 DOMINGOS E 1 FERIADO.
PRODUTOS Nº DE PEÇAS TEMPO TOTALX 234 136 HORASY 875 237 HORASZ 392 176 HORAS
24- ORÇAMENTO E ANÁLISE DO LUCRO BRUTO
ORÇAMENTO: NOÇÕES BÁSICAS
Elaborar o orçamento é o passo na implementação da estratégia da empresa. É traduzir os
pressupostos gerais a respeito do planejamento da estratégia empresarial em representações numéricas de
mercados e de recursos. As metas de faturamento são a expressão da estratégia de empresa em relação
aos mercados; o capital que se aloca aos tomadores de decisões nos diversos centros de responsabilidade
reflete a escolha da empresa em matéria de utilização de recursos.
Sob essa ótica, elaborar o orçamento faz parte do processo de planejamento. Entretanto, o
orçamento também define normas, estabelecendo parâmetros para controle. É o que costumeiramente se
chama papel duplo de orçamento. Um orçamento tem as funções de coordenar as atividades da empresa e
servir como base controle ao comparar número (orçados) estimados e desempenho real.
O chamado orçamento-mestre forma o quando consolidado das atividades da empresa.
Tipicamente, esse orçamento-mestre é uma previsão dos relatórios financeiros da organização, isto é, uma
combinação de lucros e perdas, balanço e fluxo de caixa. Para chegar a esses dados altamente agregados,
o processo de orçamentário considera todas as atividades da empresa que serão finalmente computadas no
orçamento-mestre.
CONCEITO
Orçamento é um plano administrativo que cobre todas as operações da empresa, para um período
de tempo definido, expresso em termos quantitativos.
O orçamento global é dividido em orçamentos setoriais, como orçamento de vendas, orçamento de
produção, orçamento de compara de matérias-primas, orçamento capital, orçamento de fluxo de caixa etc.
54
Orçamento é também um planejamento do lucro por meio da previsão de todas as atividades da
empresa. Por exemplo: previsão de quantidades a serem vendidas, previsão do preço de venda a ser
exercido, previsão de produção, previsão de custos de matéria-prima, de mão-de-obra e custos indiretos de
fabricação. Com a comparação entre o orçamento e os dados reais, a empresa pode controlar seu
desempenho visando atingir o lucro planejado.
Processo orçamento – o orçamento deve ser elaborado por todos os setores da empresa,
cabendo ao setor de orçamento orientar, fornecer e consolidar as informações fornecidas pelos outros
departamentos.
Exemplo de um orçamento:
O orçamento da empresa deve cobrir vários anos; normalmente, as empresas fazem orçamentos
para cinco anos, detalhando o primeiro ano em meses, os demais em períodos anuais ou trimestrais. Neste
exemplo vamos desenvolver um orçamento para três meses. Os mesmos conceitos aqui usados podem ser
aplicados em orçamentos de prazos maiores.
Um ponto de partida lógico é o orçamento de vendas preparado pelo departamento de marketing.
Com os dados do faturamento, precisa-se determinar a estratégia de produção e prover os recursos
(incluindo a base de ativos). A partir da estratégia geral de produção, pode-se chegar aos orçamentos
específicos para todos os centros de responsabilidade. A produção será refletida em orçamentos para
estoques, despesas indiretas, mão-de-obra e matérias-primas. Esses são os parâmetros pelos quais os
gerentes de produção podem ser responsabilizados. Normalmente, o processo orçamentário precisa ser
revisado várias vezes para ser concluído, para reconciliar os números.
Orçamento de vendas:
Janeiro Fevereiro Março Total
QuantidadePreçoReceitas de Vendas
50.000462.300.000
80.000554.400.000
100.000707.000.000
230.0005913.700.000
Após o orçamento sobre vendas, a empresa pode elaborar o orçamento dos impostos sobre
vendas, supondo que a empresa recolha apenas o icms a uma taxa de 18%. O orçamento dos impostos
sobre vendas seria:
Orçamento de impostos s/ vendas:
Janeiro Fevereiro Março Total
ICMS 18% s/ vendas
414.000 792.000 1.260.000 2.466.000
Orçamento de produção:
A empresa, sabendo as quantidades estimadas de vendas, pode estimar os estoques desejados de
produtos acabados e as quantidades necessárias a serem produzidas.
55
Estoques Desejados de Produtos Acabados
Janeiro Fevereiro Março
EI
EF
25.000
30.000
30.000
40.000
40.000
30.000
Janeiro Fevereiro Março Total
Vendas(-) EI(+) EFProdução necessária
50.000 (25.000) 30.000 55.000
80.000 (30.000) 40.000 90.000
100.000 (40.000) 50.000 90.000
230.000 (95.000) 100.000 235.000
Orçamento dos impostos sobre compras
A empresa tem condições de elaborar o orçamento dos impostos a recolher comparando os
impostos sobre vendas e os impostos sobre compras.
Orçamento dos impostos a recolher
Janeiro Fevereiro Março Total
Impostos s/ vendasImpostos s/ comprasImpostos a recolher
$ 414.000
$(121.095)
$ 292.905
$ 792.000
$(248.040)
$ 598.248
$1.260.000
$ (248.040)
$ 1.011.960
$ 2.466.000
$ (562.887)
$ 1.903.113
Orçamento do fluxo de caixa
A empresa, após fazer o orçamento de receita de vendas os orçamentos de custos e despesas,
deve fazer um orçamento de recebimento e pagamentos para avaliar sua situação de caixa. Supondo que a
empresa receba suas vendas dentro do próprio mês e que pague a matéria-prima, a mão-de-obra e os
impostos no próprio mês, o orçamento de caixa ficaria assim:
Janeiro Fevereiro Março Total
56
Saldo inicial(+) Recebimentos: Vendas(-) Pagamentos: Matéria-prima Mão-de-obra Impostos a receberSaldo Final
-
$2.300.000
$ 672.750 $ 189.000 $ 292.905
$1.144.595
$ 1.114.595
$ 4.400.000
$ 1.076.400 $ 372.600 $ 598.248
$ 3.497.347
$ 3.497.347
$ 7.000.000
$ 1.378.000 $ 476.550
$ 1.011.960 $ 7.630.837
-
$13.700.000
$ 3.127.150$ 1.038.900$ 1.903.113$ 7.630.837
Orçamento de capital
Os aumentos de capital representam a compra de ativos fixos, cujos custos se distribuem por vários
períodos sob a forma de depreciação. Em geral, esses gastos exigem o comprometimento de grande
quantidade de fundos e devem ser previstos no orçamento do fluxo de caixa.
O orçamento de capital reflete os planos da alta administração referentes a ampliações, melhorias e
substituições de ativos.
ANÁLISE DA VARIAÇÃO NO LUCRO BRUTO
O lucro bruto é formado pela diferença entre as receitas de vendas e o CPV; ao compararmos a
variação no lucro bruto de dois períodos, devemos considerar as variações no preço e nas quantidades.
Exemplo:
X1 X2 VariaçãoReceita de vendas(-) CPVLucro Bruto
$ 2.000 $ 800 $ 1.200
100% 40% 60%
$ 2.400 $ 1.400 $ 1.000
100% 58% 42%
20% 75%
(17%)
Outras informações:
Quantidades vendidas 800 1.000
Preço de Venda 2,5 2,4
Custo Unitário 1,0 1,4
Variação na Receita:
Variações no preço = q1 (pq – p2) = 800 (2,5 – 2,4) = 80 d
Variações na quantidade = pq (q1 – q2) = 2,5 (800 – 1.000) = 500 f
Variações no preço e na quantidade = (p1 – p2) (q1 – q2) = (2,5 – 2,4) (800 – 1.000) = 80 d
Variação total = 600 d
(d = desfavorável; f = favorável)
57
Demonstração da análise do lucro bruto s/ vendas
Lucro bruto em x1
Análise das variações em vendas:
Variação no preço
Variação na quantidade
Variação no preço e na quantidade
Análise das variações no CPV:
Variação no custo unitário
Variação na quantidade
Variação no custo e na quantidade
Lucro bruto em x2
$ (80)
$ 500
$ 20
$ (320)
$ (200)
$ (80)
$ 1.200
$ 400
$ (600)
$ 1.000
ORÇAMENTO DE ITENS DE LINHA
Orçamento de itens de linha é o que permite aos responsáveis pelas decisões gastar apenas uma
quantia máxima fixa em itens específicos. Isso impede que os gerentes tomem decisões excessivamente
ousadas, substituindo insumos orçados. Essa salvaguarda é útil porque a composição aprovada de insumos
precisa ser mantida rigorosamente, por questões de coordenação. Embora freqüentemente atribuído a
organizações governamentais, uma elevada percentagem de empresas também utiliza o orçamento de itens
de linha no intuito de restringir o poder de decisão dos gerentes de centros de responsabilidade.
Orçamento por exercícios limitados
O orçamento por exercício limitado não permite que as verbas não utilizadas no exercício sejam
transportadas para o exercício seguinte. O modelo apresenta várias vantagens. Ele permite controles mais
rígidos dos gerentes e a quantidade de recursos na empresa pode ser controlada facilmente, já que
inexistem recursos camuflados ou economizados, o que simplifica o processo de planejamento. Entretanto,
essa simplificação acarreta um custo. No fim do período orçamentário, os gerentes podem passar grande
parte de seu tempo inventando meios de gastar os recursos remanescentes, que são assim desperdiçados.
Parece, no entanto, que os benefícios do orçamento limitado superam seus custos, uma vez que ele é
adotado em quase todas as organizações.
Previsão e orçamento de base zero
Prever os recursos exigidos para atingir as metas de produção e de vendas é crucial para o sucesso e
credibilidade do processo orçamentário. A maioria das empresas utiliza um método incremental para obter
seus orçamentos. Esse método utiliza os dados do período anterior e os aumenta ou diminui por
determinada percentagem. As mudanças refletem a variação de produtividade. Apesar de as mudanças, às
vezes, também serem revistas, o orçamento-base permanece inalterado.
58
O orçamento de base zero (OBZ) questiona as bases. O OBZ desenvolve orçamentos sem usar as
indicações dos números do ano anterior. Toda -a atividade é constituída do zero (base zero). Isso ajuda os
gerentes a pensar criativamente sobre suas atividades e, assim, reduz-ir as folgas dentro da organização. A
desvantagem óbvia do OBZ é o processo longo e intricado que se faz necessário.
Na maioria das organizações, portanto, o OBZ é usado infreqüentemente. Se for implementado
freqüentemente como técnica orçamentária, os gerentes irão muitas vezes recorrer às mesmas explicações
do ano anterior, tacitamente tomando o 0hz em orçamento incremental.
Orçamento flexível
Os orçamentos de planejamento comunicam volumes planejados e preços planejados. Os orçamentos
de controle precisam de alguma modificação. Isso se deve ao fato de que alguns gerentes não têm volumes
sob seu controle direto e não podem ser responsabilizados por desvios orçamentários que advêm de mu-
danças de volume. Para uma análise de desempenho, verbas orçamentárias para esses gerentes precisam
vaiar segundo o volume. Esse orçamento variável é chamado de orçamento flexível, em contraste com o
orçamento estático. O orçamento flexível é função de uma medida de volume.
Um exemplo ilustra isso facilmente. Se um gerente de produção tem determinado orçamento para
produzir 100 unidades, mas o marketing (responsável pelo resultado de faturamento) requer o fornecimento
de 120, os gerentes de produção não conseguem ser automaticamente responsabilizados por um aumento
dos custos. Um desvio do orçamento poderia ser atribuível unicamente ao fato de que os dados de vendas
são mais elevados, o que está totalmente fora de seu controle. Orçamentos flexíveis lidam com tais
mudanças. O orçamento com que o gerente de produção será comprado é o variado, que indica o custo em
que se deve incorrer para fornecer 120 unidades. Se os gerentes são responsáveis por volumes e custos
por unidade, entretanto, essa flexibilidade não, ajuda.
59
25- CUSTO POR ABSORÇÃO"VERSUS CUSTO VARIÁVEL
INTRODUÇÃO
Trabalho que tem como objetivo, a apresentação do assunto citado como "custo por
absorção”versus" custo variável, assunto este de inegável valor no que tange a disciplina de contabilidade
de custos.
O ideal da pesquisa delineou-se única e exclusivamente, para demonstração do resultado, citando-
se dois (02) sistemas de custos, seus efeitos patrimonial, fiscal e seus respectivos resultados.
No "afã" deste descritível assunto, segue-se também a relação propriamente dita através de um
exercício prático, finalizando o trabalho, através de conclusão específica do assunto.
Custo por absorção
Expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos, que se baseia em "dividir" ou
"ratear" todos os elementos do custo de modo que cada "centro" ou "núcleo" absorva ou receba aquilo que
lhe cabe por "cálculo" ou "atribuição". Um custo é "absorvido" quando "imputado" ou "atribuído" a uma
unidade de produção ou a um produto. Tal custo visa estabelecer os "campos" de incidência dos custos,
fazendo com que cada "departamento", "centro de produção", "produto", "obra" ou "sistema produtivo"
recebam sua parcela até que o global aplicado seja totalmente absorvido. O sentido de "absorção" é
genérico e amplo.
Como a expressão não se tornou tradicional nem consta dos mais consagrados léxicos, pode haver
ambigüidade de utilizações no campo da tecnologia internacional. Os norte-americanos empregam tal termo
como equivalente a "custo convencional", para distingui-lo de "custeio direto". No Brasil, o custo direto não é
aceito pela legislação fiscal como meio de avaliação, nem a lei das sociedades por ações reconhece tal
critério para tais fins, consagrando, apenas, o custo convencional ou "custeio por absorção" (expressão
usada pelos norte-americanos, mas não utilizada na Europa e no Brasil). O custo por absorção inclui os
elementos "diretos" e "indiretos" das aplicações feitas, para que se consigam um produto ou um serviço,
assim como os elementos "variáveis" e aqueles também "fixos". Nos custos "convencionais" ou "custeio por
absorção", as margens do lucro tendem a ser maiores na apuração porque o valor dos estoques finais é
sempre "maior" (porque inclui o custo fixo, que é excluído do sistema denominado custeio direto). A
diferença básica, segundo reconhecem muitos autores americanos, está na não-inclusão e até na exclusão
dos custos fixos do dito custeio direto, enquanto o custeio por absorção ou tradicional inclui aqueles (fixos).
O custeio por absorção tem a premissa básica que todos os custos de produção,
independentemente de serem fixos ou variáveis são alocados aos produtos ou serviços. No processo
produtivo se faz necessário a divisão entre os custos fixos e custos variáveis, de forma que ambos sejam
componentes do estoque de produtos, conforme fluxo representado a seguir:
60
Custo variável (ou direto)
Processo de apuração de custo que exclui os custos fixos. A matéria tem gerado grandes
controvérsias, pois só as partes "variáveis" dos custos são consideradas. Também chamado custeio direto
ou custo marginal em razão da exclusão das "cargas fixas". Imputam-se, na apuração do custeio direto, os
materiais diretos, a mão-de-obra direta e os custos gerais variáveis. Os que defendem o processo alegam
que uma coisa é a "produção" e outra os "meios de produzir". Admitem, pois, que os "meios para produzir"
são os que geram as "cargas fixas" e que, por isso mesmo, elas não variam de acordo com o "volume
produzido". Os opositores do sistema argumentam que não se pode produzir sem "meios", e que estes pode
produzir sem "meios", e que estes são partes integrantes do processo produtivo, inexcluíveis. O custo direto
só considera aquilo que "acompanha" diretamente a produção, admitindo que os "custos fixos" devem ser
excluídos porque não seguem o ritmo do que se fabrica. O custo direto tem sido recusado pela legislação
fiscal brasileira e em verdade, doutrinariamente, tem sido considerado como um "sofisma" ou critério de
sub-avaliação de produtos. Os custos fixos no processo do custo direto, só entram, para efeito de apuração
de resultados como custos do período, mas não integram a avaliação dos estoques.
Custo direto ou variável "versus" custo por absorção.
O custo direto se distingue do método mais amplamente usado custeio por absorção pelos tipos de
custos indiretos de fabricação debitados ao produto. O método da absorção debita ao produto tanto os
custos indiretos fixos como os variáveis, ao passo que o método do custo direto debita apenas os custos
variáveis. No custo direto, o produto é debitado somente pelos custos que são diretamente afetados por
mudanças em volume. O método da absorção também debita ao produto os custos de período, que são
uma função do tempo e não são afetados por mudanças em volume. Ambos os métodos de custo debitam
todos os materiais diretos e mão-de-obra direta ã produção.
Os componentes do custo direto advogam o débito dos custos do período ou exercício à receita,
quando tais custos são incorridos, ao invés de permitirem que uma porção dos custos do período seja
diferida como parte dos custos de estoque. Contendem que método do custo direto elimina distorção nos
lucros durante períodos de flutuação de produção e vendas, porque os custos de produção e as receitas de
vendas contêm somente componentes variáveis e, ambos propenderão a deslocar-se na mesma direção
que as mudanças de volume.
Os custos de período ou exercício incluem não apenas os custos associados à fábrica e seu
equipamento, como também os que são incorridos para manter a organização empresarial. Por
conseguinte, estes custos são tanto do tipo manufatureiro como não-manufatureiro, incorridos quando a
organização inicia sua operações, e continuam através da existência da empresa. Os custos de período
representam os custos fixos da empresa para um dado período, e sob o sistema de custo direto são
debitados à renda gerada no período.
Alguns membros da administração da empresa acreditam que o método do custeio direto fornece
dados mais compreensíveis no que tange a custos, volumes, receitas e lucros para administração que não
seja perita em técnicas e procedimentos contábeis. O sistema também apresenta os dados de custo da
maneira por que se relacionam à receita, em forma simplificada, adequada ao planejamento gerencial.
61
A discussão seguinte de custeio direto, embora supersimplificada, serve para mostrar:
Efeito da produção flutuante sobre os lucros no método de custeio por absorção;
A eliminação da distorção enganosa de lucro quando se usa o método do custeio direto.
Efeito patrimonial (avaliação de estoques)
O fisco atualmente só aceita o uso do PEPS ou do preço médio ponderado móvel. Não aceita o UEPS e
também não mais admite a utilização de uma média ponderada fixa, isto é, relativa às compras de um
exercício inteiro, já que se pode estar atribuindo a um produto de alta rotação, e comprado por isso há
pouco tempo, um preço que diz respeito a uma média válida como representativa dos preços de há seis
meses. Só pode ser usado para efeito fiscal um preço médio ponderado fixo se for baseado em compras de
um período que não exceda o próprio prazo de rotação do item que está sendo avaliado. O mais normal,
todavia, é o uso do preço médio ponderado móvel.
Efeito fiscal (imposto de renda)
Segundo o citado decreto-lei, deverão integrar o custo de produção dos bens ou serviços vendidos:
Custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou
consumidos na produção...
Conforme determinam os princípios contábeis, também o fisco exige a integração dos gastos com
transporte e seguro e os tributos devidos na aquisição ou importação, como imposto de importação etc.
(estão fora o ICMS e o IPI, quando recuperáveis pela empresa, conforme já visto).
Poderá, para efeito fiscal, ser considerada diretamente como custo, sem passar pela fase de
estocagem:
A aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda de 5% do custo total dos produtos
vendidos no exercício anterior.
Só são entendidos como tais os bens cujo consumo seja efetivamente eventual, isto é, ocorra apenas
esporádica e extraordinariamente, e que, por conseguinte, não façam parte normalmente do processo de
produção. São os casos de itens relativos à necessidade de recuperação de produção anormalmente
danificada, materiais de testes esporádicos, serviço especialíssimo de manutenção etc.
É de notar que devem ser seguidas todas as normas já comentadas sobre tratamento de materiais, já
que o fisco as ratifica:
Custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das
instalações de produção;
Os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na
produção;
Os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção;
62
Os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção.
Vê-se que o fisco exige o uso do custo por absorção, fazendo com que se incorporem ao produto todos os
custos ligados à produção, quer os diretos quer os indiretos. Estes itens são os que a legislação determina
sejam "obrigatoriamente" agregados, o que não significa uma listagem exaustiva e completa. Todavia, nota-
se que o fisco está abrindo mão de certos gastos que, conforme já comentado, são de difícil apropriação,
tais como os relativos à administração da produção geral, à contabilidade, ao departamento de compras etc.
Estes, pelos princípios contábeis que regem o custeio por absorção, deveriam estar incluídos como custos.
Assim, com a sua não obrigatória inclusão para efeito fiscal, fica a empresa com mais flexibilidade para
definição dos critérios a serem usados para a separação entre custos e despesas. Não deve ser entendido,
por outro lado, que tais gastos não enumerados devam ser tratados como despesas de exercício, pois,
acima dos critérios fiscais, devem estar sempre os princípios gerais de contabilidade, dos quais a própria
auditoria independente deve ser fiel observadora.
63
EXERCÍCIO
Criação de uma situação em que tenha -se os dados de custos diretos, custos indiretos, despesas,
produção e vendas (PV) considerando a venda 60% (sessenta por cento) do estoque dos produtos
acabados.
Para a produção de 300 unidades do produto zero a Indústria AK teve os seguintes gastos:
Gasto Unitário Total Discriminação
MP 10,00 U 3.000,00 CDV
MOD 8,00 U 2,400,00 CDV
MOI 750,00 750,00 CIF
Aluguel (Fabrica) 437,50 CIF
Aluguel (Venda) 62,50 DF
Depreciação 55,00 CIF
Depreciação (venda) 6,00 DF
Energia Elétrica (fábrica) 100,00 CIV
Energia Elétrica (venda) 20,00 DF
Comissão do Vendedor 3,00 u DV
Salário do Vendedor 400,00 DF
Obs.: O Preço de Venda é o dobro do Custo Unitário
TOTAIS:
Custo direto variável 5.400,00
Custo indireto variável 100,00
Custo indireto fixo 1.242,50
Despesa fixa 488,50
Despesa variável 900,00
64
Custo Total 6.742,50
Custo unitário 22,48
Preço de Venda 44,96
PRODUÇÃO VENDAS ESTOQUE FINAL
300 180120
ESQUEMA BÁSICO PARA APROPRIAÇÃO DOS CUSTOS, REGISTROS DAS DESPESAS E APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO.
Custeio por absorção
Supondo uma industria fabricante de um único produto, com os seguintes gastos durante o mês de outubro:
Gastos $Salários e encargos sociais do pessoal da fabrica. 520.000Depreciação do prédio, dos computadores, das instalações, das maquinas e equipamentos utilizados na fábrica.
50.000
Comissão de vendedores 60.000Propaganda e publicidade 10.000Juros e encargos financeiros sobre empréstimos bancários 30.000Viagens e refeições dos vendedores 5.000Tributos sobre as vendas dos produtos acabados 77.000Energia elétrica, água, comunicações, gastos nos setores administrativos.
1.000
Matérias-primas consumidas na fábrica 350.000Salários e encargos do pessoal da administração 70.000Energia elétrica, água, comunicações gastos na fabrica 7.400Energia elétrica, água, comunicações gastos nos setores comerciais.
700
Honorários da diretoria administrativa 40.000Honorários da diretoria industrial 15.000Seguros contra incêndio do prédio da fabrica. 4.500Seguros contra incêndio do prédio da administração 1.500Seguros contra incêndio das lojas comerciais 3.000Materiais auxiliares utilizados na fábrica 2.600Manutenção das maquinas e dos equipamentos utilizados na fábrica
3.000
Fretes para a entrega dos produtos vendidos 1.000Materiais diversos gastos pelos setores administrativos 2.500Materiais diversos gastos pelos setores comerciais 500Depreciação do prédio, dos veículos, das instalações, dos moveis e dos computadores utilizados pelos setores administrativos.
12.000
Depreciação do prédio, dos veículos, dos moveis, dos computadores e das instalações utilizadas pelos setores
8.000
65
comerciais.Treinamento dos gerentes e supervisores de vendas 2.500Treinamento dos gerentes e supervisores da fabrica. 2.500 Total
Supõe -se ainda que:
No mês de outubro foram produzidas 2.000 unidades e vendidas 1.500 unidades do produto, pelo preço de
venda unitário de $ 900;
Não havia estoque inicial de produto acabado.
1º passo: separação dos gastos em custos e despesas
Custos de produção $Custos variáveisSalários e encargos sociais do pessoal da fabricaMatérias-primas consumidas na fabricaEnergia elétrica, água comunicações consumidas na fabrica.Materiais auxiliaresTotal dos custos variáveisCustos fixosDepreciação do prédio, dos computadores, das instalações e equipamentos utilizados na fabrica.Honorários da diretoria industrialSeguros da fabricaManutenção das maquinas e equipamentos da fabricaTreinamento dos gerentes e supervisores da fabricaTotal dos custos fixosTotal dos custos de produção
Despesas do mês
DESPESAS $DESPESAS ADMINISTRATIVASHONORARIOS DA DIRETORIASALARIOS E ENCARGTOS SOCIAIS DO PESSOAL DA ADMINISTRAÇAODEPRECIAÇAO DO PREDIO, DOS COMPUTADORES, DAS INSTALAÇOES E DOS MOVEIS UTILIZADOS PELOS SETORES ADMINISTRATIVOSENERGIA ELETRICA, AGUA E COMUNICAÇOES NOS SETORES ADMINISTRATIVOS.SEGURO DO PREDIO DA ADMINISTRAÇAOMATERIAIS DE EXPEDIENTE GASTOS NO SETOR ADMINISTRATIVOSTOTAO DAS DESPESAS ADMINISTRATIVASDESPESAS COMERCIAISCOMISSOA DOS VENDEDORESPROPAGANDA E PUBLICIDADEDEPRECIAÇAO DO PREDIO, DOS COMPUTADORES,
66
DAS INSTALAÇEOS E DOS MOVEIS UTILIZADOS PELOS SETORES COMERCIAISVIAGENS E REFEIÇOES DOS VENDEDORESSEGURO DA LOJASCOMERCIAISTREINAMENTO DOS GERENTES E SUPERVISORES DE VENDASFRETE PARA ENTREGAS DOS PRODUTOS VENDIDOSENERGIA ELETRICA, AGUA, COMUNICAÇOES DOS SETORES COMERCIAIS.MATERIAI DIVERSOS UTILIZADOS NO SETORES COMERCIAISTOTAL DAS DESPESAS COMERCIAISDESPESAS FINANCEIRASJUROS E ENCARGOS FINANCEIROS SOBRE EMPRESTIMOS BANCARIOSDEDUÇOES DA VENDAS BRUTASTRIBUTOS SOBRE AS VENDAS DOS PRODUTOS ACABADOSTOTAL DAS DESPESAS
2º passo: apuração do custo unitário de produção e do custo dos produtos vendidos.
Como já foi visto, em outubro foram produzidas 2.000 unidades e vendidas 1.500, ao preço de venda de $
900 por unidade.
Para a apuração do resultado, primeiro apura-se o custo unitário da produção, para, em seguida, apurar-se
o custo dos produtos vendidos.
A) Apuração dos custos unitário de produção
Para produzir 2.000 unidades, foram gastos os seguintes valores com os custos de produção:
Total dos custos da produção de outubro $
Custos variáveis
Custos fixos
Total gasto no mês
Produção no período
Custo unitário
B) Apuração do custo dos produtos vendidos
Foram vendidas durante o mês 1.500 unidades. Como cada uma custou 477, 50, para ser produzida,
conclui-se que o total do custos dos produtos que foram vendidos é de $ 716.250m ou seja 1.500 x
477,50.
3º passo: demonstração do resultado do mês de outubro, utilizando o método de custeio por absorção.
$
67
RECEITAS BRUTAS= 1.500 X 900,(-) DEDUÇOES DAS VENDAS BRUTASRECEITAS LIQUIDAS(-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS= 1.500 X 477,50LUCRO BRUTO(-) DEPSESAS ADMINISTRATIVAS(-) DESPESAS COMERCIAIS(-) DESPESAS FINANCEIRASTOTAL DAS DESPESASLUCRO LIQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇAO SOCIAL
Demonstração do saldo dos produtos acabados que ficaram nos estoques no final de outubro, para vendas
nos meses subseqüentes.
Foram produzidas, durante o mês 2.000 unidades , ao custos unitário de $ 477,50. Foram vendidas
1.500 unidades. Conseqüentemente, ficaram em estoque, no final do mês 500 unidades, totalizando $
238.750 (500 unidades x 477,50).
Custeio variável
Como já vimos, no custeio variável são considerados como custo do mês apenas os custos
variáveis. Os custos fixos são considerados como despesas.
O valor das receitas não se alteram em relação ao custeio por absorção, tanto nas receitas brutas
como nas receitas líquidas.
1º passo – apuração do custo unitário de produção e do custo dos produtos vendidos.
A) A apuração do custo unitário de produção:
Para produzir 2.000 unidades, foram gastos $ 880.000 de custos variáveis, conforme vimos nas
planilhas anteriores. Portanto, pelo custeio variável, cada unidade produzida no mês custou $
440,00 (880.000/2.000).
b) Apuração do custo dos produtos vendidos:
Foram vendidas durante o mês 1.500 unidades. Como cada uma custou $ 440,00 para ser
produzida, conclui-se que o total do custo dos produtos que foram vendidos é $ 660.000 ( 1.500 x 440).
68
2º PASSO – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO, UTILIZANDO O CUSTEIO
VARIÁVEL
$RECEITAS BRUTAS= 1.500 X $ 900(-) DEDUÇÕES DAS VENDAS BRUTAS(=) RECEITAS LÍQUIDAS(-) CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS 1.500 X $ 440,00LUCRO BRUTO(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS(-) DESPESAS COMERCIAIS(-) DESPESAS FINANCEIRAS(-) CUSTOS FIXOSTOTAL DAS DESPESASLUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇAO SOCIAL
Diferenças entre o custeio por absorção e custeio variável neste exercício
Resultado do mês Valor dos estoques
acabados no final do
mês
Custeio por absorção 309.050 238.750
Custeio variável 290.300 220.000
Diferenças 18.750 18.750
Observações:
Como demonstrado, o lucro foi menor em $ 18.750 com a adoção do custeio variável, em comparação com
o lucro obtido pelo custeio por absorção.
Como esse lucro é a base para a tributação do imposto de renda e da contribuição social das empresas,
explica-se o porquê de não ser aceito pela legislação do imposto de renda, visto que a arrecadação dos
tributos será consequentemente menor.
A diferença de $ 18.750 refere-se ao custo fixo unitário que foi incorporado aos estoques de produtos
acabados com a adoção do custeio por absorção, como demonstrado a seguir:
Total dos custos fixos $ 75.000
Quantidade produzida 2.000 unidades
Custo fixo unitário $ 75.000/2.000 unidades= $ 37,50
Unidades em estoque no final do mês 500 unidades
Total dos custos fixos que permaneceram os
estoques
500 unidades x $ 37,50= $ 18.750
69
26- CARACTERÍSTICAS
Sistemas de acumulação de custos
Podem ser de alguns tipos principais, não excludentes:
– Por ordem de produção;
– De modo contínuo ou processo;
– Pela responsabilidade;
– Provisionais;
– Acumulação: três critérios:
• Custo por absorção;
• Custo direto ou variável;
• ABC.
70
CARACTERISTICAS
71
OUTRAS CARACTERÍSTICAS72
Custos por processo
Os custos são inicialmente classificados por tipo de gasto (natureza contábil) e depois compilados
por processos específicos. Posteriormente, todos os custos são distribuídos às unidades produzidas, por
meio dos processos específicos.
Deve procurar refletir todo o processo físico da produção, criando centros de custos. Os números
são posteriormente transferidos de um centro para o seguinte, do mesmo modo como a produção transfere
o produto fisicamente para outra fase.
Exercício
A indústria de roupas bonita e bela produz um único produto: calças jeans masculinas. Seus
departamentos industriais são direcionados às atividades de corte, costura e acabamento. Todos os
produtos elaborados passam pelos três departamentos, nesta ordem. Apenas no setor de acabamento não
são incorporados materiais diretos aos produtos. Com base nos números fornecidos a seguir, estime os
custos totais e unitários por departamento e o custo unitário de cada produto comercializado. Sabe-se que
os estoques iniciais e finais são nulos e que no período analisado foram iniciadas e completadas 1.500
unidades.
Custos por ordem de produção
Definição
No sistema de custos por ordem de produção (ou encomenda), os custos são acumulados em
folhas (ou registros eletrônicos) denominadas ordens de produção ou ordens de fabricação. A soma das
ordens de produção em aberto representa o estoque de produtos em processo. Quando os produtos ou
serviços são completados, as ordens são encerradas e os custos são transferidos para o estoque de
produtos acabados ou CPV, a depender da situação (crepaldi, 1999. P. 122).
Exercício 24
A GRÁFICA TRAÇOS E RABISCOS LTDA, Apresentou os dados seguintes, referentes a sua
produção no mês de maio de 19x3. Com base nestes números, contabilize os lançamentos e apure o custo
da empresa. Os custos indiretos de fabricação no período foram iguais a $ 4.000,00. A empresa costuma
empregar a MOD como critério de rateio destes custos.
27-Custo padrão
22- Custo-Padrão (Standard) e Análise das Variações
O custo-padrão, cuja finalidade básica é proporcionar um instrumento de controle à administração da
empresa, pode ser utilizado quer a empresa utilize o Custeio por Absorção, quer o Custeio Variável. Neste
contexto, controle significa tomar conhecimento de uma determinada realidade, compará-la com aquilo que
73
deveria ser, em termos ideais, identificar oportunamente os desvios e tomar providência no sentido de corrigir
tais desvios.
Custo-padrão é um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de sua linha de
fabricação, levando-se em consideração as características tecnológicas do processo produtivo de cada um, a
quantidade e os preços dos insumos necessários para a produção e o respectivo volume dessa produção.
Tipos de Custos-Padrão
O Custo-Padrão Ideal é um custo determinado da forma mais científica possível pela engenharia de
produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência da mão-de-obra, com
o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos. Pode ser considerado como uma meta de longo prazo
da empresa. Contudo, a curto prazo, por existirem na prática deficiências no uso e na qualidade dos insumos,
apresenta muita dificuldade de ser alcançado.
O Custo-Padrão Estimado é aquele determinado simplesmente por meio de uma projeção, para o futuro, de
uma média dos custos observados no passado, sem qualquer preocupação de se avaliar se ocorreram
ineficiências na produção, como por exemplo, se o nível de desperdício dos materiais poderiam ser diminuído, se
a produtividade da mão-de-obra poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam ser menores,
etc.
O Custo-Padrão Corrente situa-se entre o Ideal e o Estimado. Ao contrário deste último, para fixar o
Corrente a empresa deve proceder a estudos para uma avaliação da eficiência da produção. Por outro lado, ao
contrário do Ideal, leva em consideração as deficiências que reconhecidamente existem, mas que não podem ser
sanadas pela empresa, pelo menos a curto e médio prazo, tais como as relativas a materiais comprados de
terceiros, inexistência de mão-de-obra especializada e outras similares. Este tipo de custo-padrão pode ser
considerado como um objetivo a curto e médio prazos da empresa e é o mais adequado para fins de controle.
O Custo Real é o custo efetivo incorrido pela empresa num determinado período de produção. Se o custo
real for superior ao custo-padrão, a variação (diferença) aí incorrida será considerada DESFAVORÁVEL, uma
vez que o custo efetivo foi maior que o estabelecido como meta para a empresa. Se ocorrer o contrário, o custo
real for inferior aso custo-padrão, a variação será considerada como FAVORÁVEL, uma vez que a empresa
apresentou custo menor que o estabelecido como meta.
O custo-padrão ou custo standard é aquele determinado, a priori, como sendo o custo normal de um
produto. O valor-padrão de custo é determinado a partir de padrões técnicos de produção, que são definidos
mediante a quantificação do consumo de materiais, mão-de-obra e outros gastos necessários à fabricação de uma
unidade de produto.
A quantificação do consumo de materiais engloba todos os materiais necessários, tais como a matéria-
prima propriamente dita, materiais auxiliares que compõem o produto e ainda material de embalagem normal.
É realizada por meio de pesagem e/ou medição desses materiais para uma unidade de produto, levando em conta
as quebras e perdas normais do processo.
Os padrões técnicos de mão-de-obra são quantificados por cronometagem de tempo das operações
produtivas, segundo princípios estatísticos de amostragem, tendentes a conferir a esses tempos elevado grau de
exatidão. Pode-se, também, optar por tempos reais apontados em operações de produção no passo, tomando-se
as médias desses tempos como padrões para o futuro, desde que esses tempos reais sejam cuidadosamente
examinados quanto a sua representatividade. Todas as taxas de custo-padrão são atualizadas, em geral, no início
de cada exercício. O custo-padrão desdobra-se em três componentes:
Padrão de materiais;
Padrões de mão-de-obra; e
74
Padrão de custos indiretos de fabricação.
As variações entre o custo-padrão e o custo real da produção, em geral apuradas mensalmente, são
estabelecidas também separadamente para esses três componentes:
Variação de materiais – entre o custo-padrão e o real de materiais;
Variação de mão-de-obra – entre o custo-padrão e o custo real de mão-de-obra e encargos; e
Variação de custos indiretos de fabricação – entre o custo-padrão e o custo real desses gastos.
CASO PRÁTICO DE ANÁLISE DAS VARIAÇÕES ENTRE O CUSTO REAL E O CUSTO PADRÃO
Foram obtidas as seguintes informações de uma indústria:
CUSTO REAL CUSTO PADRÃO
VOLUME DE PRODUÇÃO 280.000 UNIDADES 300.000 UNIDADES
Após varias exemplificações considerando variáveis diferenciadas em cada exemplo, o autor
conclui:
Se os custos variáveis representam 50% das vendas, ocorrem as seguintes variações no ponto de
equilíbrio: (Iudícibus: p. 140):
“(a) Se os custos variáveis aumentarem menos que 50%, o acréscimo no ponto de equilíbrio
será menor do que o acréscimo nos custos variáveis, mas menor que 50%;
(b) Se os custos variáveis aumentarem mais que 50%, o acréscimo no ponto de equilíbrio
será mais do proporcional, chegando à necessidade de termos de vender mais de três vezes
o volume original para alcançarmos o equilíbrio;
(c) Se os custo variáveis aumentarem exatamente em 50%, o acréscimo necessário de
venda para atingir o ponto de equilíbrio será de 100%. O dobro, portanto, do aumento nos
custos variáveis”.
Se os custos variáveis representam menos que 50% do preço de vendas, (Iudícibus: p. 141):
“... o acréscimo de venda necessário para atingir o novo ponto de equilíbrio sempre foi
inferior à porcentagem de acréscimo nos custos variáveis”.
Se os custos variáveis representarem mais que 50% do preço de venda, podemos concluir, que os
acréscimos às vendas serão sempre superiores aos acréscimos aos custos, chegando ao ponto de que os
preços de vendas deverão ser também reajustados, para alcançar o novo ponto de equilíbrio. Destacamos
esta variação observa-se principalmente se os custos variáveis aproximarem-se muito de 100% dos preços
de vendas, ou seja, quando maior os custos variáveis, menor poderá ser a variação nestes, sem que haja
necessidade de alteração nos preços de vendas.
Volume:
Em artigo escrito por Leone & Leone, que fazem uma crítica ao estudo da relação custo-volume-
lucro, pelas limitações que trazem em alguns aspectos específicos, conceituam volume como: (2002: p.38):
“Volume quer representar uma única medida da atividade de uma entidade, (empresa se
aplicaria melhor, mas deixamos o termo mais amplo). Os americanos do norte a chamam de output,
que é representada pela pelas unidades produzidas e vendidas”.
Para o estudo da análise do custo-volume-lucro, volume representa a quantidade efetiva de
comercialização, é o montante de itens comercializados que geram receita e ocasionaram custos para a
empresa.
Lucro:
Horngren, Foster e Datar conceituam o lucro em duas fases, primeiramente conceituam o Lucro
Operacional (2000: p. 44):
“É o total das receitas oriundas das operações menos os custos das mesmas (excluindo o
imposto de renda)”.
Ainda os mesmos autores conceituaram o Lucro Líquido (2000: p. 44):
“É o lucro operacional mais as receitas não operacionais (tal como receitas de juros) menos
os custos não operacionais (tal como as despesas de juros) menos o imposto de renda”.
Para Sá, o Lucro é, (1190: p. 276):
“Resultado obtido pela comparação entre a Despesa e a Receita, subtraindo-se o valor desta
do daquela... O lucro é finalidade nas empresas e meio nas entidade”.
88
Receitas:
Marion & Iudícibus, conceituaram receita de diversas formas, das quais destacamos (2001: p. 169):
“Representa a entrada de ativos, sob forma de dinheiro ou direitos a receber,, correspondentes, normalmente, à venda de mercadorias, de produtos ou à prestação de serviços. Pode também derivar de juros sobre depósitos bancários ou títulos e de outros ganhos eventuais” . Também assim denominaram receitas “Valor monetário, em determinado período, da produção de bens e serviços da entidade, em sentido lato, para o mercado, no mesmo período, validado, mediata ou imediatamente pelo mercado, provocando acréscimo de patrimônio líquido e simultâneo acréscimo de ativo, sem necessariamente provocar, ao mesmo tempo, um decréscimo do ativo e do patrimônio líquido, caracterizado pela despesa”.
Para Horngren, Foster & Datar, receitas são (2000: p. 44):
“ Ingressos de ativos recebidos na troca por produtos ou serviços fornecidos aos clientes”.
Para Lopes de Sá, a receita é a (1990: p. 388):
“Recuperação dos investimentos; renda produzida por um bem patrimonial; valor que
representa a parte positiva no sistema dos resultados; entrada de valores que corresponde a uma
produção ou reprodução de um valor patrimonial; resultado de uma operação produtiva; provento
ou remuneração por serviços”.
O mesmo autor fazendo citação de Mais, que assim definiu a receita: (1990: p. 388):
“Por receita entende-se a entrada quase sempre monetária correspondente à venda de uma
mercadoria, de um produto ou de um serviço econômico ou financeiro; entrada que pode ser
antecipada, no ato, ou diferida, e também imediata com relação à própria obtenção de mercadoria,
do produto ou do rendimento do serviço”.
Assim podemos concluir que a receita e a remuneração obtida imediata (vendas a vista) ou não
imediatamente (vendas a prazo), pela troca de bens (produtos ou mercadoria) e/ou serviços.
Despesas e Custos:
A) Despesas:
Para Atkinson, Banker, Kaplan & Young, despesas (2000: p. 126):
“Estão relatadas na demonstração de resultados. Elas podem representar custos por
benefícios que já foram recebidos no período fiscal real atual, como o custo de mercadorias
vendidas... cujos benefícios não podem ser facilmente repassados aos produtos ou serviços
vendidos, em determinado período fiscal”.
Para Marion & Iudícibus, despesas (2001: p. 70):
“Em sentido restrito, representa a utilização ou consumo de bens e serviços no processo de
produzir receitas. O que caracteriza a despesas é o fato de ela tratar de expirações de fatores de
serviços, direta ou indiretamente relacionados com a produção ou a venda do produto (serviço) da
entidade”.
Figueiredo & Caggiano, definem despesas como (1997: p.58):
“ Como gastos incorridos para manter e financiar as atividades da empresas, comercializar
seus produtos e serviços, bem como para manutenção da estrutura empresarial”.
89
Lopes de Sá define despesas como (1990: p. 142):
“Investimento de capital em elemento que direta ou indiretamente irá produzir uma utilidade
para empresa ou à entidade e que expressa um valor de consumo no ato da sua verificação, ou seja,
um elemento que não voltará a prestar outro ato semelhante”.
B) Custos:
Para Marion & Iudícibus, conceituam custos (2001 p. 55):
“ Consumo de ativos na produção de bens e serviços” .
Sá, assim define custos: (1990: p. 108):
“ Investimento para que se consiga um bem de uso ou de venda; o mesmo que gasto,
despesa; aplicação de meios para produção”.
O mesmo autor citando Mais, que assim define custos (1990: p. 109) “Por custo se entende o conjunto dos
valores gastos por uma empresa para advir a venda de um produto, de uma mercadoria de serviços”.
Para Figueiredo & Caggiano, custos (1997: p. 37):
“ São essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com que a organização tem que arcar
para alcançar seus objetivos”.
Para Atkinson, Banker, Kaplan & Young, custos é definido (2000: p. 125):
“ Como o valor monetário de bens e serviços gastos para se obter benefícios reais ou futuros”.
C)Custo e Despesas Variáveis:
Para Sá, custos e despesas variáveis são (1990: 148):
“Gastos que oscilam de acordo com a quantidade produzida”.
São os custos e as despesas, que conforme Iudícibus (1991: p. 129):
“... variam na mesma proporção das variações ocorridas no volume de produção ou outra
medida de atividade”.
Atkinson, Banker, Kaplan & Young, afirmam que Custos Variáveis (2000: p. 184):
“ Mudam em proporção às mudanças no nível da produção (ou vendas)”.
Para Marion & Iudícibus, Custo Variável é: (2001: p. 59):
“Custos uniforme por unidade, mas que varia no total na proporção direta das variações da
atividade total ou do volume de produção relacionado”.
Para Padovese os custos e despesas variáveis (2000: p. 237):
“São assim chamados os custos e despesas cujo o montante em unidade monetárias variam na
proporção direta das variações do nível de atividade”.
Numa definição mais específica de custos variáveis, Padovese complementa, afirmando que custos
variáveis são aqueles (2000: p. 398), “custos tem uma relação com o volume de produção, de venda
ou de outra atividade”.
Para Warren, Reeve & Fess, custos variáveis são (2001: p. 90):
90
“custos que variam no total proporcionalmente às mudanças no nível de atividade”.
Podemos complementar este conceito, afirmando que quando o autor expressa atividade trata-se do
volume efetivamente produzido, e , espera-se, seja vendido.
Para Horngren, custos variáveis são (1985: p. 21):
“ Uniformes por unidade, mas seu total varia na razão direta do total da atividade ou do
volume relacionado”.
D) Custos e Despesas Fixas:
Sá define custos e despesas fixas, (1990: p. 146):
“Gastos que se operam sempre dentro das mesmas medidas, independentemente do volume
de produção”.
Padovese, assim conceitua os custos e despesas fixas (2000: p. 237):
“os custos que tendem a manter-se constantes nas alterações das atividades operacionais
são tidos como custos fixos”.
Para Iudícibus (1991: p. 129):
“ Teoricamente definidos como os que mantêm inalterados, dentro de certos limites,
independentemente das variações da atividade ou das vendas”
O autor, completa a definição de custos fixos afirmando que (2000: p. 397) “Os custos fixos são
denominados também de custos de capacidade, e medem os gastos necessários para operação da fábrica
dentro de determinado nível de capacidade”.
Warren, Reeve & Fess, definem custos fixos: (2001: p. 92):
“ Custos fixos são custos que permanecem os mesmos, em termos monetários, quando o
nível de atividade muda”.
Horngren conceitua de forma simplificada, os custos fixos afirmando que: (1985: p. 21):
“ Custo fixo é um custo que não varia no total, mas que vai diminuindo unitariamente com o
aumento do volume”.
Atkinson, Banker, Kaplan & Young, afirmam que Custos Fixos (2000: p. 183):
“ Não mudam com as mudanças no nível da produção (ou vendas) durante curto período de
tempo”.
Método de Custeio de Produção:
Existem diversos métodos de custeio de produção, cada um com suas particularidades e
conseqüentemente finalidade específica.
Para a análise do custo-volume-lecro, é importante observar qual o método que está sendo
utilizado, pois podem interferir nos resultados apresentados, a seguir, descrevemos as particularidades dos
principais métodos de custeios:
Custeio por Absorção:
Normalmente utilizado pelas empresas, para apuração da contabilidade fiscal e/ou societário, está
baseada basicamente em absorver todos os custos diretos e indiretos de fabricação dos bens e serviços.
Para Martins o custeio por absorção (1998: p. 41):
91
“... é método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos...
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção;
todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos”.
Custeio Direto:
Geralmente utilizado para geração de informações gerenciais, pois não é aceito pela
legislação fiscal, consiste basicamente em atribuir aos produtos e serviços os recursos inerentes
diretamente relacionados a sua formação.
Também conhecido pela nominação de Custeio Variável, para Padovese este método é
conceituado da seguinte forma (2000: p. 242):
“... este método de custeio utiliza-se apenas dos custos e despesas que têm
relação proporcional e direta com a quantidade de produtos”.
Custeio ABC:
Consiste em apropriar os custos diretos e indiretos às atividades, procurando fazer esta atribuição
através de direcionadores detalhadamente definidos.
Para Maher o Custeio baseado por atividades (2001: p. 280):
“é um método de custeio em que os custos inicialmente são atribuídos a atividades e depois
aos produtos, com base no consumo de atividades pelos produtos”.
Target Cost:
Conhecido também como Custo Meta, utilizado para definição do custo a ser atingido pela
companhia na produção de seus produtos, podendo após a realização atingir a rentabilidade esperada ou
inicialmente definida.
Para Horngren, Foster e Datar, Custo meta é (2000: p. 306):
“...custo meta unitário é a estimativa do custo unitário de longo prazo de um produto (ou
serviço) que, quando vendido pelo preço-meta, permite que a empresa alcance o lucro operacional-
meta unitário”.
Custeio por Processo:
Também denominado de custeio contínuo, se caracteriza continuidade de produção, esta não
encontrando grandes modificações no processo produtivo, ou seja, há uma constante na linha de produção,
sendo que seus custos são apropriados de acordo com as quantidades efetivamente produzidas no período.
Martins definiu o custeio contínuo como sendo (1998: p. 1580):
“... os custos são acumulados em contas ou folhas representativas das diversas linhas de
produção; são encerradas essas contas sempre no fim de cada período... na apuração por processo
não se avaliam custos unidade por unidade, e sim à base do custo médio do período”.
Como demonstrado, houve uma variação desfavorável de $ 0,167 de custos indiretos para cada
unidade produzida no período.
92
Para as devidas atribuições de responsabilidades, essa variação precisa ser desmembrada entre o
que seria decorrente da variação de volume e a variação de custos propriamente dita.
Os cálculos podem ser feitos da seguinte maneira:
Variação do volume de produção
Custeio Padrão:
Baseado em informações históricas dos produtos define um padrão dos componentes de cada item,
que são utilizados para definição de custo de produtos ainda produzidos, muito utilizado para elaboração de
orçamentos.
Padovese define este método de custeio como (2000: p. 242):
“ É calculado baseado em eventos futuros de custos ou eventos desejados de custos, que
podem ou não acontece na realidade da empresa”.
CASO PRÁTICO
Neste capítulo desenvolveremos um caso prático, onde procuraremos demonstrar os efeitos que as
variações nos custos e nos volumes podem ocasionar no lucro das empresas.
Caso Prático:
Neste caso prático, demonstraremos a hipótese de análise de produção de um único produto na
empresa, ocorrendo variações nos custos variáveis (Caso-a), em seguida demonstraremos os efeitos da
variação nos componentes de custos fixos (Caso-b), na terceira variação em nossa análise, faremos a
demonstração com ocorrência de variação na produção e venda dos produtos (Caso-c), e finalmente
consideraremos a hipótese de ocorrer variação no preço de venda, em função de concorrência, imposição
do mercado, ocorrerá redução alguns custos e aumento nas quantidades de produção e vendas (Caso-d).
Concluiremos nossa análise avaliando os efeitos ocorridos em função das variações consideradas, que sra
objeto de estudo no terceiro capítulo deste trabalho.
Informações Caso:
A empresa em sua atividade normal possui os dados a seguir, extraídos do sistema de contabilidade,
custos, produção e vendas.
Custos Variáveis:
Matérias Primas $ 13,00 p/ unidade;
Materiais Auxiliares $ 4,00 p/ unidade;
Embalagens $ ,00 p/ unidade;
Mão de Obras 1 $ 2,50 p/ unidade;
1 Consideramos a hipótese de contratação terceirizada, onde o pagamento ocorre por unidade produzida.
Sabemos, que há hipótese de pessoal contratado pela empresa, onde há possibilidade de ocorrer variações
no valor unitário de cada, variando de acordo com a quantidade produzida.
93
Para fins didáticos limitamos nos itens acima relacionados.
Salientamos que poderão existir outros custos, variáveis de acordo o produto em produção, que deverão
necessariamente ser incluídos na análise. Também cabe ressalvar que os itens poderão ou não ser
relacionados por unidade, ou seja, poderiam ser considerados os totais consumidos na produção.
Despesas Variáveis:
Comissão de vendas 2,00% s/ venda;
Fretes sobre vendas $ 0,78 p/ unidade;
As observações feitas aos custos variáveis poderão igualmente ocorrer nestes componentes.
Impostos:
ICMS 12,00%;
PIS 0,65%;
COFINS 3,00%;
IPI 10,00%;
Cabe ressalvar que os percentuais acima podem variar de acordo com os produtos, bem como a região de
comercialização.
Custos Fixos:
Despesas com Pessoal $ 35.000,00;
Despesas com Honorários $ 7.500,00;
Depreciação $ 15.000,00;
Despesas com Luz, água e gás $ 6.500,00;
Despesas com Comunicação $ 1.500,00;
Despesas com Limpeza
Despesas com Manutenção
Despesas com Transporte e Refeição
$ 3.850,00;
$ 5.500,00;
$ 3.500,00;
Para fins de exemplificação utilizamos somente os itens relacionados acima, poderão, no entanto, existir
outros componentes de despesas que deverão igualmente ser relacionados e computados na análise.
Quantidades Produzidas e Vendidas:
Janeiro 5.500,0 unidades;
Fevereiro 5.500,0 unidades;
Março 6.500,0 unidades;
Abril 7.000,0 unidades;
Maio 6.000,0 unidades;
Junho 5.500,0 unidades;
Julho 7.000,0 unidades;
94
Agosto 7.500,0 unidades;
Setembro 7.500,0 unidades;
Outubro 7.500,0 unidades;
Novembro 7.500,0 unidades;
Dezembro 7.200,0 unidades;
Outras Informações:
Margem de Lucro 15,00% s/
vendas;
Perdas no controle de qualidade 0,5% das unidades;
Preço de venda (mercado normalmente
pratica)
62,00 p/ unidade;
Caso-A – 1ª Variação:
Informações:
Nesta primeira variação consideraremos a hipótese de ocorrer uma economia de 5% na aquisição das
matérias primas e materiais auxiliares, e redução de 2% para 1% no pagamento de comissões de vendas.
Em função da redução da qualidade dos componentes industriais adquiridos, a perda no controle de
qualidade passaria a ser de 1,5%.
Caso-B – 2ª Variação:
Informações:
Nesta variação consideraremos a redução de 10%, nos gastos de com pessoal e a redução no parque fabril
em 15%, com reflexo idêntico na depreciação. A redução na potência industrial ocasionaria uma perda a
mais no processo industrial na ordem de 1,5%, ou seja, a média de 0,5% passaria para 2,0%.
Caso-c – 3ª Variação:
Informações:
Nesta variação consideraremos hipótese de ocorrer um incremento na produção e venda na ordem de 20%.
Este incremento aumentaria os custos com pessoal fixos na ordem de 12%, bem como uma perda no
controle de qualidade 2,0%.
Caso-d – 4ª Variação:
Informações:
Neste caso procuraremos estudar os efeitos em função da necessidade de ocorrer uma redução no preço
unitário de $ 62,00 a unidade para $ 58,00 a unidade, por imposição do mercado. Para compensar esta
redução nos preços, a empresa procurará adquirir as matérias primas com redução de 5%, os materiais
auxiliares com redução de 8% e as embalagens com redução de 12%. A perda no controle de qualidade
passaria a ser de 2,3%. Há, contudo a possibilidade de produzir e vender 15% a mais.
95
Qualquer variação no volume de produção afeta apenas o cálculo dos custos indiretos fixos por unidade.
Isso ocorre porque o total-padrão dos custos indiretos fixos, de $ 400.000, foi dividido pelo volume previsto
de 300.000 unidades.
Entretanto, a fábrica não conseguiu alcançar tal meta, produzindo apenas 280.000 unidades. Como
conseqüência, o rateio do total-padrão dos custos indiretos fixos pelo volume real apresentará uma variação
desfavorável.
Em outras palavras, o volume de produção-padrão era de 300.000 unidades, mas na realidade só
foram produzidas 280.000. Como conseqüência, houve uma variação desfavorável no volume de atividades,
com reflexo direto na apropriação dos custos indiretos. Obtém-se a variação de volume por unidade de
produção da seguinte maneira:
Real Padrão
Total-padrão dos custos indiretos fixos $ 400.000 $ 400.000
Volume-padrão de produção = unidades $ 300.000
Volume real de produção = unidades 280.000
CIF fixo por unidade $ 1,42857 $ 1,3333
Variação entre o custo-padrão para 300.000
unidades e o custo-padrão para 280.000. $ 0,09523
Variação de custos
A variação total dos custos indiretos foi desfavorável em $ 0,167 para cada unidade produzida,
como demonstrado. Se a variação no volume responde por $ 0,096 desse valor, conclui-se que a variação
nos custos é de $ 0,071 para cada unidade.
Essa variação de custo de $ 0,071 pode ser demonstrada da seguinte maneira:
Para cada produção real de 280.000 unidades, o total dos custos indiretos de fabricação deveria ser
Fábrica de sapatos PASSO MARCIO S/A, possui os dados financeiros apresentados na tabela
seguinte. Sabendo-se que o fornecedor concede um prazo de 30dias para o pagamento das compras, o
prazo médio de estocagem da empresa de 60 dias e o prazo concedido, em média, aos clientes para o
pagamento da vendas é de 45 dias, estime qual deveria ser o preço praticado pela empresa todos os gastos
com MOD e CIFS são considerados como pagos, também, com prazo de 30 dias. o mark-up Multiplicador
desejado é igual a 3,50 e o custo do dinheiro no tempo para a empresa é estimado em 2% a.m.
Componentes unitários Valor(s)matéria-prima 18,00Mão-de-obra direta 2,40CIFS diversos 3,10
Resposta: ignorando os prazos e o custo de oportunidade dos recursos da empresa, o valor a vista a ser
cobrado seria igual a sorna dos gastos apontados multiplicada pelo Mark-up multiplicador. Em números:
(18,00 + 2,40 + 3,10)x 3,50 = $ 82,25.
Já que os gastos são pagos com 30 dias de prazo, o produto é estocado em Média por 60 dias e os
clientes pagam o produto com prazo de 45 dias, o ciclo financeiro da empresa é igual a 30 + 60 + 45 = 75
dias. Ou seja, a empresa financia suas operações por 75 dias. Calculando o valor futuro do valor presente
anterior; seria possível obter o valor a ser cobrado: 82,25 x 1,02 (75/30) = $ 86,42.
OBS: o valor entre parênteses é exponencial.
Exercício 4
O setor comercial da Marcenaria Arte no Traço ltda. Solicitou proposta para elaboração de um conjunto de
móveis escolares. Com base em valores históricos, o setor de produção apresentou os seguintes dados
estimados:
Item Valor estimado $Custo da madeira, parafusos, tintas, colas, vernizes e laminados 36.000,00Mão-de-obra e encargos sociais 12.000,00Impostos e taxas sobre vendas 9%
Margem de contribuição desejada em função do tempo de:Utilização do setor produtivo 36%Prazo médio entre a data de formação do preço e o recebimentoDo pedido do cliente 15 diasPrazo médio para produção e entrega da encomenda 30 diasCusto de oportunidade dos recursos da empresa 4% a.m
102
Com base nos dados com base nos dados anteriores, estime o valor a ser cobrado por esse pedido.
Resposta: a soma dos gastos com custos diretos é igual a $ 48.000,00. Como o mark-up multiplicador
é igual a 1,8182 { = 1 / [1 - (0,09 + 0,36)]}, o preço a vista a ser cobrado seria igual a $ 87.272,73. Já que o
prazo para processamento do pedido e recebimento do cliente é igual a 45 dias, com um custo de oportuni-
dade igual a 4%, 0 valor a ser cobrado pelo pedido seria igual a $ 87.272,73 x 1,04 (45/30) = $ 92.561,11.
OBS: O valor em negrito e entre parênteses e exponencial.
Entre as principais limitações do método de fixação de preços com base nos custos plenos, podem ser
mencionados os seguintes fatos:
A) Não considerar a elasticidade da procura;
B) Não ajustar -se às condições imediatas do mercado (pelo fato de olhar apenas para os custos);
C) Não considerar preços de concorrentes (ao olhar para seu próprio custo, nada é dito sobre a eficiência
ou ineficiência da empresa em relação ao mercado);
D) Não fazer distinções entre custos fixos e variáveis (e não possibilitar análise custo-volume-lucro);
E) Eventuais distorções causadas pela aplicação de percentual uniforme para os produtos comercializados
(na prática, agindo dessa forma, muitos produtos podem estar precificados erroneamente).
O MODELO RKW
Urna variante do uma variante do método de formação de preços com base nos custos plenos é o método
de origem alemã RKW- Reichskuratorium Flir Wirtschaftlichkeit (em português, conselho administrativo do
império para a eficiência econômica) - que alocava custos e despesas aos produtos fabricados. Os preços
seriam obtidos mediante o acréscimo do lucro desejado.
No Brasil, os métodos no Brasil, o método RKW foi empregado na época do conselho interministerial de
preços (CIP), órgão que controlou os preços de diversas empresas nas décadas de 60 e 70. A vantagem do
método consistiria no fato de que qualquer alteração no custo ou despesa dos produtos poderia ter o efeito
mensurado no preço.
Preços com base no custo de transformação
Como os esforços da empresa estão concentrados, basicamente, nos custos de
transformação, esse método propõe-se a formar preços com base, apenas, nos custos de
transformação, não considerando nos cálculos os custos com materiais diretos.
Veja o exemplo da Fábrica de Roupas Elegâncias. (Sabendo que a margem de lucro desejada pela
empresa sobre o custo integral ou pleno é igual a 20% (mark-up) igual a 1,20) e empregando o método do
custo pleno, seriam obtidos os preços sugeridos de $ 48,00 para o produto blusa e $ 49,20 para o produto
103
saia. Todavia, o esforço da empresa sobre o produto saia é expressivamente maior - custo de
transformação de $ 30, 00, contra $ 20,00 do produto blusa.
Blusa saiaComponente Pleno Transf. Pleno Transf.Matérias-primas 15,00 15,00 5,00 5,00Custos de transformação 20,00 20,00 30,00 30,00Despesas de vendas e administração 5,00 5,00 6,00 6,00Custo total de produção e venda 40,00 40,00 41,00 41,00Lucro sabre a custo integral (20%) 8.00 8,20Lucro sobre o custa de transf. (40%) 8,00 12,00Preço de venda sugerido 48,00 48,00 49,20 53,00
Assim, seria mais interessante para a empresa concentrar esforços de produção e vendas no produto
blusa, que requer esforços expressivamente menores de transformação - gerando, no entanto, mesma
margem de lucro. Para evitar esse confronto, uma alternativa seria a de fixar preços tornando os custos de
transformação como base.
Empregando o produto blusa, obtém-se uma margem de 40% sobre o custo de transformação. Se a
mesma margem fosse aplicada para o produto saia, seria obtido um preço sugerido para venda igual a $
53,00 - uma variação positiva de $ 3,80 ou aproximadamente igual a 7,72%.
Exercício 1
Alguns gastos das empresas Gato Angorá Ltda. Estão apresentados na tabela seguinte. Sabendo-se que a
empresa fabrica um único produto, quais deveriam ser os preços de venda cobrados se: (a) a empresa
empregasse o método de fixação de preços com base no custo pleno, aplicando um mark-up igual a 1,60
sobre o custo integral; (b) a empresa aplicasse o método de fixação de preços com base no custo de
transformação, acrescentando um percentual igual a 210%. Qual seria o percentual aplicado sobre os
custos de transformação que tornaria equivalentes os preços obtidos pelos diferentes métodos. A empresa
sempre fabrica e vende 200 unidades por mês.
Gasto anual Valor($)
Mão-de-obra direta 28.000,00
Seguros da fábrica 3.600,00
Materiais diretos 48.500,00
Mão-de-obra indireta 9.400,00
Depreciação fabril 6.100,00
Resposta:
Gasto anual Total Unitário
Materiais diretos 48.500,00 20,21
Mão-de-obra direta 28.000,00 11,67
104
Seguros da fábrica 3.600,00 1,50
Mão-de-obra indireta 9.400,00 3,92
Depreciação fabril 6.100,00 2,54
Custo total 95.600,00 39,83
A) 1,60 sobre custo
integral
152.960,00 63,73
Custo de transformação 47.100,00 19,63
B) 3,1 sobre custo de transformação 146.010,00 60,84
Preço com mark-up 1,60 (a) 152.960,00 63,73
Custo de transformação (b) 47.100,00 19,63
C) multiplicador (a/b) 3,25 3,25
Preços com base no custo marginal
O custo marginal poderia ser conceituado como o incremento de custo correspondente a produção de uma
unidade adicional de produto. Assim, corresponde aos custos que não seriam incorridos se um produto
fosse eliminado ou não produzido.
Uma discussão das vantagens e problemas decorrentes do uso do método de formação de preços com
base no custo marginal pode ser vista no capítulo que trata do método do custeio direto.
Por exemplo, a Fábrica de Artefatos de Madeira Jacarandá produz adornos, comercializando-os em todo o
país. A empresa apresenta custos fixos anuais iguais a $ 50.000,00 e custos variáveis unitários iguais a $
20,00. A diretoria da empresa estimou um lucro requerido igual a $ 20,00 por unidade comercializada. Sabe-
se que a empresa possui uma capacidade instalada que permite produzir e vender 1.800 unidades por ano.
Atualmente, são produzidas e comercializadas 1.000 unidades por ano, a um preço de $ 90,00- obtido após
considerar o custo integral e o lucro requerido. A estrutura de preços, custos e lucro da empresa pode ser