Teoria do Design InteligentePor: Enzio de Almeida Filho Baseado
nas obras dos tericos do Design Inteligente: William A. Dembski e
Michael J. Behe. Introduo: O debate sobre as origens e evoluo do
universo e da vida tem sido uma dialtica muito controversa,
principalmente depois que Darwin publicou o livro Origem das
Espcies em 1859. Desde ento, a fonte da controvrsia tem sido o
design. Seria a aparncia de design nos organismos (conforme exibido
na sua complexidade funcional) o resultado de foras puramente
naturais agindo sem previso ou teleologia? Ou significaria previso
e teleologia genunas? Aquele design seria empiricamente detectvel e
acessvel pesquisa cientfica? Quatro posies importantes emergiram
devido a essas questes: o darwinismo, a auto-organizao, a evoluo
testa e o design inteligente. As perguntas que teimam no se calar:
Por que o darwinismo, apesar de to inadequadamente apoiado como
teoria cientfica continua a acumular o apoio total do establishment
acadmico? O que continua a manter o darwinismo em circulao apesar
de suas muitas falhas evidentes? Por que as alternativas que
introduzem o design so excludas do debate cientfico? Por que a
cincia deve explicar somente recorrendo a processos naturais no
guiados? Quem determina as regras da cincia? H um cdigo de
cientificamente correto que, em vez de ajudar a nos levar verdade,
ativamente nos impede de perguntar certas questes e de chegar
verdade? O que correto - a evoluo naturalista ou design
inteligente? Os objetos, mesmo que nada sobre como surgiram seja
conhecido, podem exibir caractersticas - design intencional - que
sinalizem seguramente a ao de uma causa inteligente? Atualmente,
esta uma das perguntas proibida de ser feita em cincia,
especialmente em biologia. Os exemplos mais precisos dessa atitude
so de dois importantes cientistas evolucionistas: Os bilogos devem
constantemente ter em mente que o que eles vem no tem design
intencional, mas evoluiu (nfase inexistente) -Francis Crick, What
Mad Pursuit (1988). A biologia o estudo de coisas complexas que do
a impresso de ter um design intencional (nfase inexistente)-
Richard Dawkins, O relojoeiro cego (2001). Contudo, como a pergunta
mais importante para qualquer sociedade fazer justamente aquela que
proibida, muitos bilogos e outros cientistas dispuseram-se a
responder: o design real ou aparente? O que a Teoria do Design
Inteligente? O surgimento de uma moderna teoria cientfica do Design
Inteligente (TDI) e de uma comunidade de pesquisadores
academicamente qualificados promovendo essa teoria (Movimento do
Design Inteligente - MDI) h mais de dez anos nos Estados Unidos,
colocou novamente a questo das origens do universo e da vida em
destaque na mdia e na academia.
O Design Inteligente (DI) uma cincia, uma filosofia e um
movimento para a reforma educacional. Como cincia, um argumento
contra a afirmao darwinista ortodoxa de que foras inconscientes
como variao, herana gentica, seleo natural e o tempo sejam capazes
de explicar as principais caractersticas (complexidade e
diversidade) do mundo biolgico. Como filosofia, uma crtica da
filosofia da cincia dominante que limita a explicao apenas a causas
puramente fsicas ou materiais. Como programa de reforma
educacional, um movimento pblico para fazer do darwinismo - suas
evidncias, pressuposies filosficas e tticas retricas - objeto de
uma discusso pblica bem informada, ampla, civilizada, e vvida. A
TDI uma teoria cientfica moderna que tenta responder essa pergunta
cientfica proibida: Os objetos, mesmo que nada seja conhecido sobre
como que eles surgiram, exibem caractersticas que sinalizam com
segurana a ao de uma causa inteligente? Para ver o que
epistemicamente est em jogo, consideremos a esttua do Cristo
Redentor no Rio de Janeiro. A evidncia de design na esttua, criada
sob encomenda da Arquidiocese do Rio de Janeiro pelo artista
plstico francs Paul Landowski, direta testemunhas oculares viram os
arquitetos, engenheiros e demais operrios levantarem essa estrutura
em cimento armado. Mas, e se no houvesse evidncia direta de design
para a esttua do Cristo Redentor? Se os humanos no existissem mais
e se extraterrestres ao visitarem a Terra descobrissem a esttua do
Cristo Redentor do jeito em que se encontra atualmente? Qual seria
a concluso deles diante da esttua? Acaso e necessidade? Ou design
inteligente? Nesse caso, o que sobre este objeto forneceria
evidncia circunstancial convincente de que foi devido ao de uma
inteligncia e no do vento e da eroso ou do acmulo lento e gradual
de materiais de construo? Objetos com design intencional como o
Cristo Redentor exibem aspectos caractersticos que apontam para uma
inteligncia. Tais aspectos ou padres se constituem em sinais de
inteligncia. Os proponentes do DI, conhecidos como tericos do
design, tencionam estudar tais sinais formal, rigorosa e
cientificamente. A afirmao fundamental do DI direta e muito
inteligvel, isto : existem sistemas naturais que no podem ser
adequadamente explicados em termos de foras naturais no-dirigidas e
que exibem caractersticas que em quaisquer outras circunstncias ns
atribuiramos inteligncia. Portanto, o DI pode ser definido como a
cincia que estuda os sinais de inteligncia. Um mtodo de detectar
design Porque um sinal no a coisa significada, o DI no presume
identificar nem focalizar os propsitos de um designer (a coisa
significada), mas nos artefatos que resultam dos propsitos de um
designer (o sinal). O que um designer tenciona ou prope-se a fazer
uma questo interessante, e algum pode at ser capaz de inferir algo
sobre os propsitos de um designer a partir dos objetos com design
intencional que um designer produz. No entanto, as intenes de um
designer e at mesmo a sua natureza (se, por exemplo, o designer um
agente pessoal consciente ou um processo tlico impessoal) est fora
do objetivo do DI. Como programa de pesquisa cientfica, o DI
investiga os efeitos da inteligncia e no a inteligncia em si. Na
verdade, um dos aspectos mais vigorosos da TDI que ela distingue o
design do propsito do design. O que torna o DI controverso, porque
ele se prope a encontrar sinais de inteligncia na natureza e,
especificamente, em sistemas biolgicos. De acordo com o bilogo
evolucionista Francisco Ayala, o maior feito de Darwin foi
demonstrar como que a complexidade organizada dos organismos podia
ser obtida parte de uma inteligncia
que utilize design. Portanto, o DI desafia diretamente o
darwinismo e outras abordagens naturalistas quanto origem e a
evoluo da vida. Para que o design seja um conceito cientfico frtil,
os cientistas tm de ter certeza de que eles podem determinar com
confiana se algo tem design intencional. Johannes Kepler, por
exemplo, pensou que as crateras na Lua tinham sido feitas
inteligentemente pelos habitantes da Lua. Hoje ns sabemos que as
crateras foram formadas por fatores puramente materiais (como
coliso de meteoros). Este medo de atribuir design falsamente a
alguma coisa, s para mais tarde v-lo ser desacreditado, tem
impedido o design de entrar no circuito cientfico. Mas os tericos
do DI argumentam que agora formularam mtodos precisos e rigorosos
para diferenar objetos com design intencional dos sem design
intencional. Esses mtodos, eles afirmam, os capacitam evitar o erro
de Kepler e localizar o design com segurana em sistemas biolgicos.
Como uma teoria de origem biolgica e de desenvolvimento, a afirmao
central do DI que somente causas inteligentes explicam
adequadamente as estruturas biolgicas de informao complexa e que
essas causas so empiricamente detectveis. Afirmar que causas
inteligentes so empiricamente detectveis afirmar a existncia de
mtodos bem-definidos que, baseados nos aspectos observveis do
mundo, podem distinguir com segurana causas inteligentes de causas
naturais no dirigidas. Muitas cincias especiais j desenvolveram
tais mtodos para fazer essa distino notadamente a cincia de
investigao criminal, a criptografia, a arqueologia, a inteligncia
artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por inteligncia
extraterrestre (SETI - Search for Extraterrestrial Intelligence). A
capacidade de eliminar acaso e necessidade essencial para todos
esses mtodos cientficos. Sempre que esses mtodos detectam a causao
inteligente, a entidade subjacente que descobrem a informao. David
Baltimore, bilogo molecular americano (prmio Nobel em 1975)
afirmou: A biologia moderna uma cincia de informao. A TDI
apropriadamente formulada uma teoria de informao. Dentro dessa
teoria, a informao se torna um indicador confivel de causao
inteligente bem como um objeto apropriado para investigao
cientfica. O astrnomo Carl Sagan escreveu um livro sobre a busca
por inteligncia extraterrestre chamado Contato, que mais tarde
virou filme. A trama e os extraterrestres eram fictcios, mas Sagan
baseou os mtodos de deteco de design dos astrnomos do SETI
exatamente na prtica cientfica. Na vida real, at agora os
pesquisadores do SETI no tiveram xito em detectar convincentemente
sinais de design intencional do espao sideral, mas se encontrarem
tal sinal, como os astrnomos no filme fizeram, eles tambm vo
inferir design intencional. Por que os radioastrnomos no filme
Contato chegaram a uma inferncia de design dos sinais de rdio que
eles monitoraram do espao? Os pesquisadores do SETI escutam milhes
de sinais de rdio coletados do espao sideral atravs de computadores
programados para reconhecerem padres preestabelecidos. Esses padres
servem como peneira. Os sinais que no se encaixam em nenhum dos
padres passam pela peneira e so classificados como aleatrios. Ano
aps anos recebendo sinais aleatrios aparentemente sem significado,
os pesquisadores do filme Contato descobriram um padro de
batimentos (1) e pausas (0) que correspondiam seqncia de todos os
nmeros primos entre 2 e 101. (Os nmeros primos so divisveis somente
por si mesmos e por um). Aquilo surpreendeu e chamou a ateno dos
radioastrnomos, e eles imediatamente inferiram uma causa
inteligente. Quando uma seqncia comea com duas batidas (11) e
depois uma pausa (0), trs
batidas (111) e depois uma pausa (0), e continua por todos os
nmeros primos at o nmero com cento e uma batidas, os pesquisadores
precisam e devem inferir a presena de uma inteligncia
extraterrestre. Eis aqui a razo dessa inferncia: no h nada nas leis
da Fsica que exija que os sinais de rdio tomem uma forma ou outra.
A seqncia de nmeros primos , portanto, contingente em vez de
necessria. Alm disso, a seqncia de nmeros primos longa e portanto
complexa. Se a seqncia fosse extremamente pequena e por isso no
teria complexidade, facilmente poderia ter acontecido por acaso.
Finalmente, a seqncia no era meramente complexa mas tambm exibia um
padro ou especificao independentemente dada (no era apenas uma
velha seqncia de nmeros qualquer, mas uma seqncia matematicamente
significante - os nmeros primos). A inteligncia deixa atrs de si
uma marca registrada ou assinatura - que dentro da comunidade do DI
agora chamada de complexidade especificada. Um evento exibe
complexidade especificada se for contingente e, portanto, no
necessrio; se for complexo e por isso no prontamente repetido pelo
acaso; e se for especificado no sentido de exibir um padro dado
independentemente. Um evento meramente improvvel no suficiente para
eliminar o acaso - ao jogar uma moeda muitas vezes para o ar, algum
testemunhar um evento altamente complexo ou improvvel. Mesmo assim,
no ter nenhuma razo em atribu-lo a qualquer coisa a no ser ao
acaso. A coisa importante a respeito das especificaes que elas
sejam dadas objetivamente e no sejam impostas arbitrariamente nos
eventos aps o fato. Por exemplo, se um arqueiro lanar flechas em
direo a uma parede e depois pintar o alvo na mosca ao redor delas,
o arqueiro imps um padro aps o fato. Por outro lado, se os alvos
foram colocados antes (especificados), e depois o arqueiro os
acerta com exatido, legitimamente chega-se concluso de que assim
ocorreu por design intencional. A combinao de complexidade e
especificao apontou convincentemente aos radioastrnomos no filme
Contato para uma inteligncia extraterrestre. A evidncia era
puramente circunstancial - os radioastrnomos nada sabiam sobre os
aliengenas responsveis pelo sinal ou como o transmitiram. Os
tericos do DI afirmam que a complexidade especificada fornece
evidncia circunstancial convincente de inteligncia.
Conseqentemente, a complexidade especificada um marcador emprico de
inteligncia confivel, do mesmo modo que as impresses digitais so
marcadores empricos confiveis da presena de um indivduo. Alm disso,
os tericos do DI argumentam que fatores puramente materiais no
podem explicar adequadamente a complexidade especificada. A
insuficincia epistmica de alguns aspectos do darwinismo considerada
at por cientistas evolucionistas. Na literatura do DI, algumas
referncias a design no so relativas a design como causa (detectvel
ou no), mas ao design como efeito empiricamente detectvel.
importante que estes dois sentidos de design sejam cuidadosamente
distinguidos. O sentido epistmico de design (efeito detectvel)
muito mais restringido do que o sentido ontolgico (causa). Algum
design genuno pode no deixar rastro detectvel. Um assassino
inteligente pode forjar uma morte acidental ou natural, e assim
tornar indetectvel um design maligno. Como conceito
emprico-epistmico o design deve ser restringido queles casos onde o
acaso e a lei [natural] podem ser excludos com segurana. Todavia, o
design pode estar operando incgnito mesmo quando o acaso e a lei
[natural] no podem ser excludos como explicaes. Uma sugesto que o
design, como efeito emprico, pode ser identificado com a manifestao
de um certo tipo de
informao, a informao complexa especificada (ICE), que a idia por
trs do filtro explanatrio proposto por William Dembski [in The
Design Inference (Cambridge: Cambridge University Press, 1998)] .
MENUGE, Angus. Agents Under Fire: Materialism and the Rationality
of Science, Lanham, MD: Rowman & Littlefield Publishers, Inc.,
2004, p. 17. [Minha nfase]. A TDI satisfaz os quatro critrios do
modelo dedutivo-nomolgico de explicao cientfica dos fenmenos: A) A
explicao que oferece pode ser feita em forma de um argumento
dedutivo; B) Contm pelo menos uma lei geral (lei da pequena
probabilidade), e esta lei exigida para a derivao da coisa a ser
explicada (neste caso, a natureza da causa do evento em questo);
C)Tem contedo emprico porque depende tanto da observao do evento e
de fatos empricos relevantes para determinar a probabilidade
objetiva de sua ocorrncia; D) As frases constituindo a explicao so
verdadeiras (at onde sabemos), porque em princpio elas levam em
considerao todos os fatores relevantes disponveis antes do evento
que se est tentando explicar. GORDON, Bruce L., Is Intelligent
Design Science? - The Scientific Status and Future of
Design-Theoretic Explanations, in Signs of Intelligence, p. 209.
Atualmente so mais de 450 acadmicos (com Ph. D.), alguns
professores em universidades como Stanford, Princeton, Yale,
Universidade de Idaho, Universidade do Texas, Universidade da
Califrnia (Berkeley), Universidade de San Francisco, Universidade
da Georgia (Henry F. Schaeffer, cinco vezes indicado para o prmio
Nobel, o terceiro qumico mais citado no mundo), Universidade de
Notre Dame, entre outras renomadas instituies de ensino. Este Autor
considera o livro The Mystery of Lifes Origin (Nova York:
Philosophical Library, Inc., 1984) de Charles Thaxton, Walter
Bradley e Roger Olsen como a obra seminal do MDI. Ao receber em
1984 uma cpia autografada por um dos autores, Charles Thaxton, nem
imaginava a revoluo cientfica que este livro provocaria anos mais
tarde e que estaria envolvido na promoo da TDI no Brasil. Vide
Doubts About Darwin, de Thomas Woodward, Grand Rapids, MI: Baker
Books, 2003, sobre a histria do DI. Os leigos tambm podem
participar do projeto SETI usando seus computadores na busca de
sinais de inteligncia extraterrestre. Maiores informaes:
http://www.seti.org. O padro contendo a seqncia de nmeros primos de
2 a 101 apresentado no filme Contato:
110111011111011111110111111111110111111111111101111111111111111101111111111
1111111110111111111111111111111110111111111111111111111111111110111111111111
1111111111111111111011111111111111111111111111111111111110111111111111111111
1111111111111111111111101111111111111111111111111111111111111111111011111111
1111111111111111111111111111111111111110111111111111111111111111111111111111
1111111111111111101111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
1110111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111
1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111011111111
1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111111111
1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111110111111
1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
1011111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
1111111111111110111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
1111111111111111111111111111111111111011111111111111111111111111111111111111
111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111
Detectando design em biologia: 1. O argumento da complexidade
especificada (William Dembski):*Para determinar se os organismos
biolgicos exibem complexidade especificada, os tericos do DI
focalizam em sistemas identificveis (ex.: enzimas individuais,
caminhos metablicos e mquinas moleculares). Esses sistemas no
somente so especificados por seus requisitos funcionais
independentes, mas tambm exibem um alto grau de complexidade. A
complexidade especificada, como Dembski a desenvolve na sua obra,
incorpora cinco elementos importantes: A) - Uma verso probabilstica
de complexidade aplicvel aos eventos: a probabilidade pode ser
vista como uma forma de complexidade. Elas variam inversamente:
quanto maior a complexidade, muito menor ser a probabilidade. O
termo complexidade em complexidade especificada refere-se
improbabilidade. B) - Padres condicionalmente independentes: os
padres que na presena de complexidade (ou improbabilidade)
impliquem em ao de inteligncia devem ser independentes do evento
cujo design est em questo. O modo de caracterizar essa independncia
de padres atravs da noo probabilstica de independncia condicional.
O termo especificada em complexidade especificada refere-se a tais
padres condicionalmente independentes - so as especificaes. C) -
Recursos probabilsticos: so o nmero de oportunidades para um evento
acontecer ou ser especificado. Um evento aparentemente improvvel
pode tornar-se bem provvel assim que suficientes recursos
probabilsticos sejam fatorados. Por outro lado, tal evento pode
permanecer improvvel mesmo aps todos os recursos probabilsticos
disponveis tenham sido fatorados. Os recursos probabilsticos so
replicadores (o nmero de oportunidades para um evento ocorrer) e
especificadores (o nmero de oportunidades para especificar um
evento). Para um evento de probabilidade ser razoavelmente atribudo
ao acaso, o nmero no pode ser pequeno demais. D) - Uma verso
especificadora de complexidade aplicada aos padres. Por serem
padres, as especificaes exibem graus de complexidade variadas. Um
grau de especificao de complexidade determina quantos recursos
especificadores devem ser fatorados quando calculando o nvel de
improbabilidade necessria para excluir o acaso. Quanto mais
complexo o padro, mais recursos especificadores devem ser
fatorados. Os matemticos chamam a generalizao disso de complexidade
de Kolmogorov. A baixa complexidade especificadora importante na
deteco de design porque ela garante que um evento cujo design est
em questo no foi simplesmente descrito aps o fato e depois arrumado
como se pudesse ser descrito como tendo ocorrido antes do fato. E)
- Um nmero limite de probabilidade universal. Os recursos
probabilsticos vm em quantidades limitadas no universo observvel.
Os cientistas calculam que haja em torno de 1080 de partculas
elementares. As propriedades da matria so tais que as transies de
um estado para o outro no pode ocorrer muito mais rpido do que 1045
por segundo (o tempo de Planck, a menor de todas as unidades de
tempo fisicamente significativa). O universo mesmo um bilho de
vezes mais recente do que 1025 segundos (admitindo-se que o
universo tenha entre 10 a 20 bilhes de anos). Se qualquer
especificao de um evento ocorrendo no universo fsico requer pelo
menos uma partcula elementar para especific-lo e que tal
especificao no pode ser gerada mais rapidamente do que o tempo de
Planck, ento essas limitaes cosmolgicas implicam que o nmero total
de eventos especificados atravs da histria csmica no pode exceder
1080 x 1045 x 1025 = 10150. Assim, qualquer evento especificado de
probabilidade menor do que 1 em 10150 permanecer improvvel mesmo
aps todos os recursos probabilsticos concebveis do universo visvel
tenham sido fatorados. Isto , qualquer evento especificado to
improvvel quanto esse jamais poderia ser atribudo ao acaso. Para
algo exibir complexidade especificada significa que corresponde a
um
padro condicionalmente independente (especificao) de baixa
complexidade especificadora, mas onde o evento correspondente quele
padro ele tem uma probabilidade menor do que o nmero limite de
probabilidade universal (10150) e portanto tem alta complexidade
probabilstica. Emile Borel, matemtico francs, props 1 em 1050 como
um limite de probabilidade universal, abaixo do qual (10-50) o
acaso pode ser definidamente excludo, i.e., qualquer evento
especfico to improvvel quanto esse nunca poderia ser atribudo ao
acaso. Para explicarmos algo, ns empregamos trs amplos meios de
explanao: acaso, necessidade e design. Como um critrio para
detectar design, a complexidade especificada nos capacita decidir
qual desses meios de explanao aplicvel. Ela faz isso respondendo a
trs perguntas sobre a coisa que estamos tentando explicar:
contingente? complexo(a)? especificado(a). Dispondo essas perguntas
seqencialmente como ndulos de deciso num grfico, ns podemos
representar a complexidade especificada como um critrio para
detectar design: o chamado Filtro Explanatrio de Dembski. Assim,
onde for possvel existir corroborao emprica direta, o design
intencional estar realmente presente sempre que a complexidade
especfica estiver presente. 2. O argumento da complexidade
irredutvel (Michael Behe): No livro A Caixa Preta de Darwin,
Michael Behe, professor de Bioqumica na Lehigh University,
Pensilvnia, conecta a complexidade especificada ao design biolgico
atravs do seu conceito de complexidade irredutvel. Behe define um
sistema como irredutivelmente complexo se ele consistir de um
subsistema de diversas partes interrelacionadas que removendo-se at
mesmo uma parte torna a funo bsica do sistema irrecupervel. Para
Behe, a complexidade irredutvel um indicador seguro de design. Um
sistema bioqumico irredutivelmente complexo que Behe considera o
flagelo bacteriano. O flagelo um motor rotor movido por um fluxo de
cidos com uma cauda tipo chicote (ou filamento) que gira entre
20.000 a 100.000 vezes por minuto e cujo movimento rotatrio permite
que a bactria navegue atravs de seu ambiente aquoso. Behe demonstra
que essa maquinaria intrincada nesse motor molecular - incluindo um
rotor (o elemento que imprime a rotao), um estator (o elemento
estacionrio), juntas de vedao, buchas e um eixo-motor - exige a
interao coordenada de pelo menos quarenta protenas complexas (que
formam o ncleo irredutvel do flagelo bacteriano) e que a ausncia de
qualquer uma delas resultaria na perda completa da funo do motor.
Behe argumenta que o mecanismo darwinista enfrenta graves obstculos
em tentar explicar esses sistemas irredutivelmente complexos. No
livro No Free Lunch, William Dembski demonstra como que a noo de
complexidade irredutvel de Behe se constitui numa instncia
particular de complexidade especificada. Assim que um componente
essencial de um organismo exibe complexidade especificada, qualquer
design atribuvel quele elemento passa para o organismo como um
todo. Para atribuir design a um organismo, ningum precisa
demonstrar que cada aspecto do organismo tem design intencional.
Organismos, como todos os objetos materiais, so produtos de uma
histria e assim sujeitos ao desgastante de fatores puramente
materiais. Automveis, por exemplo, ficam velhos e exibem os efeitos
da corroso, de granizo, e de foras de frico. Mas isso no faz com
que eles tenham menos design intencional. Do mesmo modo, os tericos
do DI argumentam que os organismos, embora exibindo os efeitos da
histria (e isso inclui os fatores darwinistas
como mutaes genticas e seleo natural), tambm incluem um ncleo no
eliminvel que tem design intencional que no pode ser explicado
unicamente por aqueles fatores. O design inteligente e as tradies
religies A principal ligao do DI com as tradies religiosas atravs
do argumento de design. Talvez o argumento de design mais conhecido
seja o de William Paley. Ele publicou o seu argumento em 1802 no
livro Natural Theology [Teologia Natural]. O subttulo
surpreendente: Evidences of the Existence and Attributes of the
Deity, Collected from the Appearances of Nature [Evidncias da
existncia e atributos da divindade, coletadas das aparncias da
natureza]. O projeto de Paley era examinar os aspectos do mundo
natural (que ele chamou de aparncias da natureza) e delas tirar
concluses sobre a existncia e atributos de uma inteligncia
responsvel pelo design daqueles aspectos (Paley identificou como
sendo o Deus do cristianismo). De acordo com Paley, se algum
encontrar um relgio num campo (e assim no ter todo conhecimento de
como surgiu o relgio), a adaptao das peas do relgio para dizer as
horas garante que ele o produto de uma inteligncia. Assim tambm, de
acordo com Paley, as maravilhosas adaptaes dos meios para os fins
nos organismos (como a complexidade do olho humano com a sua
capacidade de viso) garantem que os organismos so produtos de uma
inteligncia. A TDI atualiza o argumento do relojoeiro de Paley luz
da contempornea teoria matemtica da informao e da biologia
molecular, pretendendo trazer este argumento de design para dentro
da cincia. Ao argumentar a favor do design dos sistemas naturais, a
TDI mais modesta do que os argumentos de design da teologia
natural. Para telogos da natureza como Paley, a validade do
argumento de design no dependia da fertilidade das idias tericas de
design para a cincia, mas no uso metafsico e teolgico que algum
pudesse obter do design. Um telogo da natureza pode apontar para a
natureza e dizer, Claramente, o designer deste ecossistema
valorizou a variedade em detrimento elegncia. Um terico do DI
tentando fazer de verdade uma pesquisa terica de design naquele
ecossistema pode responder, Embora isso seja uma intrigante
possibilidade teolgica, como um terico do DI eu preciso manter a
pesquisa focalizada nos caminhos informacionais capazes de produzir
essa variedade. No seu livro Crtica da Razo Pura, Immanuel Kant
afirmou que o mximo que o argumento do design pode estabelecer um
arquiteto do mundo que est limitado pela adaptabilidade do material
com que trabalha, no um criador de mundo cuja idia [mente] tudo est
sujeito. Longe de rejeitar o argumento de design, Kant fez objeo
quanto extrapolao de seu uso. Para Kant, o argumento do design
estabelecia legitimamente um arquiteto (isto , uma causa
inteligente cujas realizaes de objetivos so limitadas pelos
materiais do qual o mundo feito), mas nunca pode estabelecer um
criador que origina os prprios materiais que o arquiteto ento
modela. O DI totalmente consoante com essa observao de Kant. A
criao sempre sobre a fonte ontolgica do mundo. O DI, como a cincia
que estuda os sinais de inteligncia, sobre os arranjos de materiais
preexistentes que apontam para uma inteligncia. Portanto, a criao e
o DI so bem diferentes. Pode haver criao sem DI e DI sem criao. Por
exemplo, pode haver uma doutrina da criao na qual Deus cria o mundo
de tal maneira que nada sobre o mundo aponta para design. O zologo
evolucionista Richard Dawkins escreveu um livro intitulado O
relojoeiro cego: porque a evidncia da evoluo revela um universo sem
design. Mesmo que Dawkins possa estar certo sobre o universo no
revelar nenhuma evidncia de design intencional, logicamente no se
conclui que ele no foi criado. logicamente
possvel que Deus tenha criado um mundo que no fornea nenhuma
evidncia de design. Por outro lado, logicamente possvel que o mundo
esteja cheio de sinais de inteligncia mas no foi criado. Esta era a
viso dos antigos esticos, no qual o mundo era eterno e no criado,
mas mesmo assim um princpio racional impregnava o mundo todo e
produzia marcas de inteligncia nele. As implicaes do DI para as
crenas das tradies religiosas so profundas. A ascenso da cincia
moderna resultou num ataque vigoroso em todas as religies que
consideram o propsito, a inteligncia, e a sabedoria como aspectos
fundamentais e irredutveis da realidade. O pice desse ataque veio
com a teoria da evoluo de Darwin. A afirmao central da teoria de
Darwin que um processo material no guiado (variao aleatria e seleo
natural entre outros mecanismos) poderia explicar a emergncia de
toda a complexidade e ordem biolgicas. Em outras palavras, Darwin
parecia demonstrar que o design em biologia (e, por implicao, na
natureza em geral) era dispensvel. Ao demonstrar que o design
indispensvel para a compreenso cientfica do mundo natural, o DI est
revigorando o argumento do design e ao mesmo tempo derrubando a
concepo errnea de que a nica forma de crena religiosa defensvel a
que considera o propsito, a inteligncia, e a sabedoria como
subprodutos de processos materiais no inteligentes. Referncias e
notas: O conceito de complexidade especificada foi usado pela
primeira vez em 1973 por Leslie Orgel in The Origins of Life, e
depois em 1999 por Paul Davies in The Fifth Miracle. Na pesquisa da
TDI, a complexidade especificada um critrio estatstico usado para
identificar os efeitos de causa inteligente. Vide DEMBSKI, William.
The Design Inference: Eliminating Chance Through Small
Probabilities. Cambridge: Cambridge University Press, 1998. Esta
obra rigorosamente tcnica e fundamental para a compreenso da TDI
como uma teoria cientfica de deteco de design na natureza. Para uma
leitura menos tcnica, vide No Free Lunch: Why Specified Complexity
Cannot Be Purchased without Intelligence. Lanham, MD: Rowman &
Littlefield Publishers, Inc., 2002. BOREL, Emile. Probabilities and
life. New York: Dover Publications, 1962, p. 28 O Filtro
Explanatrio de Dembski aparece no livro The Design Inference, p.
37. BEHE, Michael. A caixa preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1998. O conceito de Behe de complexidade irredutvel
estabelece na verdade trs pontos importantes: lgico, emprico e
explanatrio. Do ponto de vista lgico - certas estruturas
provavelmente so inacessveis a um caminho darwinista direto, mas
certas estruturas biolgicas tambm tm complexidade irredutvel, logo,
elas tambm devem ser inacessveis a um caminho darwinista direto. O
ponto de vista emprico a falta de xito, ampla e sistmica da
biologia evolutiva em descobrir caminhos darwinistas indiretos que
resultem em estruturas biolgicas de complexidade irredutvel - o que
existe so fantasiosas especulaes: razo para se duvidar e at
rejeitar que os caminhos darwinistas indiretos sejam a resposta
para a complexidade irredutvel. O ponto de vista explanatrio sobre
a adequao causal - o efeito em questo a complexidade irredutvel de
certas mquinas bioqumicas, como que ela surgiu? Em bases
lgico-matemticas os caminhos darwinistas diretos so excludos. A
ausncia de evidncia cientfica dos caminhos darwinistas indiretos to
completa quanto para a
existncia do Saci Perer. Resta somente a inteligncia, pois
caracterstica da inteligncia causar a produo de complexidade
irredutvel: design inteligente. Dembski se refere a este subsistema
como o ncleo irredutvel do sistema - partes que so indispensveis
funo bsica do sistema. O desafio da complexidade irredutvel evoluo
darwinista real e no procede a afirmao de que as idias de Behe
tenham sido cientificamente refutadas: A resposta que eu tenho
recebido por repetir a afirmativa de Behe sobre a literatura
evolucionria - que simplesmente destaca o ponto sendo
implicitamente feito por muitos outros, como Crick, Denton,
[Robert] Shapiro, Stanley, Taylor, Wesson - que obviamente eu no
tenho lido os livros certos. H, eu estou convencido, evolucionistas
que tm descrito como as transies em questo poderiam ter ocorrido.
Todavia, quando eu pergunto em quais livros eu posso achar essas
discusses, ou eu no recebo nenhuma resposta ou alguns ttulos que ao
examin-los no contm de fato os relatos prometidos. Que tais relatos
existam parece ser algo que amplamente conhecido, mas eu ainda
estou por encontrar quem saiba onde eles existem [David Griffin, in
Religion and Scientific Naturalismo: Overcoming the Conflicts,
Albany, NY: State University of New York Press, 2000, p. 287, nota
#23]; No h relatos darwinistas detalhados para a evoluo de qualquer
sistema bioqumico ou celular, somente uma variedade de especulaes
para que assim fosse. notvel que o darwinismo aceito como uma
explicao satisfatria para um assunto to vasto - a evoluo - com to
pouco exame rigoroso de quo bem funcionam as suas teses bsicas em
especficos exemplos esclarecedores de adaptao ou diversidade
biolgicas. [James Shapiro, da Universidade de Chicago, in In the
Details... What?, National Review, 16 de setembro de 1996:62-65].
Curioso que Shapiro fez o mesmo comentrio em sua obra acadmica
Genome System Architecture and Natural Genetic Engineering in
Evolution, Annals of the New York Academy of Sciences 870, 18 de
maio de 1999:2325. DEMBSKI, William. No Free Lunch. Lanham, MD:
Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2002, cap. 5, The
emergence of Irreducibly Complex Systems, especialmente 5.10. A
teoria de informao de Claude Shannon podia medir a capacidade de
transporte de informao de uma dada seqncia de smbolos, mas no o
contedo da informao. O criacionismo cientfico est comprometido com
as seguintes proposies: CC1: Houve uma sbita criao do universo, da
energia e da vida ex-nihilo. CC2: As mutaes e a seleo natural so
insuficientes para realizar o desenvolvimento de todos os tipos de
vida a partir de um nico organismo. CC3: Mudanas dos tipos de
animais e plantas originalmente criados ocorrem somente dentro de
limites fixados.*CC4: H uma linhagem ancestral separada para
humanos e primatas. CC5: A geologia pode ser explicada pelo
catastrofismo, principalmente pela ocorrncia de um dilvio mundial.
CC6: A Terra e os tipos de vida so relativamente recentes (na ordem
de milhares ou dezenas de milhares de anos).
O design inteligente, por outro lado, est comprometido com as
seguintes proposies: DI1: A complexidade especificada e a
complexidade irredutvel so indicadores ou marcas seguras de design.
DI2: Os sistemas biolgicos exibem complexidade especificada e
empregam subsistemas de complexidade irredutvel. DI3: Os mecanismos
naturalistas ou causas no-dirigidas no so suficientes para explicar
a origem da complexidade especificada ou da complexidade
irredutvel. DI4: Por isso, o design inteligente a melhor explicao
para a origem da complexidade especificada e da complexidade
irredutvel em sistemas biolgicos. Traduzido para o portugus do
Brasil por Laura Teixeira Motta como O relojoeiro cego: A teoria da
evoluo contra o desgnio divino. So Paulo: Companhia das Letras,
2001. Acertadamente traduziu design intencional, p. 18, no sentido
epistmico de design como efeito empiricamente detectvel.
Freqentemente os oponentes e crticos do DI afirmam que a TDI no
cincia porque no tem um plano para verificao experimental. Mas o DI
tem esse plano de verificao. Atualmente so dez os temas de
pesquisa, mas somente cinco so aqui brevemente considerados: Mtodos
de deteco de design. Tcnicas, mtodos e critrios de deteco de design
intencional so amplamente empregados em vrias cincias especiais (a
cincia de investigao criminal, a criptografia, a arqueologia, a
inteligncia artificial (cf. o teste de Turing) e a busca por
inteligncia extraterrestre [SETI - Search for Extraterrestrial
Intelligence]). Os critrios da complexidade irredutvel de Behe e da
complexidade especificada de Dembski precisam estar no centro dessa
discusso com mais seriedade pela academia brasileira.
Informao biolgica. Como que a matria foi formada em maneiras
muito especiais a fim de constituir a vida? Dembski aborda esse
problema no seu livro No Free Lunch, mas h necessidade de mais
trabalho e pesquisa nesta rea. Complexidade mnima. Coisas vivas so
sistemas complexos constitudos de sub-sistemas complexos que por
sua vez consistem de outros sub-sistemas at que um nvel de
organizao atingido que quimicamente simples. Essa complexidade
mnima fornece confirmao decisiva de design inteligente? Capacidade
de evoluo. As limitaes na capacidade de evoluo por meio de
mecanismos materiais se constituem em evidncias de design
intencional. O princpio de engenharia metodolgica. Os sistemas
biolgicos precisam ser compreendidos como sistemas de engenharia:
origem, construo, operao, falha de operao, desgaste, reparo,
modificao (acidental ou por design intencional).
Concluso circunstancial: A viso darwinista da vida est
rapidamente perdendo o contato com a realidade e com o design
intencional que permeia o mundo no nvel bioqumico - um mundo sobre
o qual Darwin nada sabia. So muitas as anomalias, que tm resistido
todas as tentativas de serem resolvidas pelos procedimentos
existentes do paradigma atual, mas a velha guarda do darwinismo,
mesmo sabendo que as suas idias no correspondem aos fatos [Cazuza],
no est e nem ficar quieta: existe atualmente nos Estados Unidos uma
inquisio sem fogueiras para os que criticam cientificamente o
darwinismo.
No seu livro The End of Christendom, Malcolm Muggeridge
escreveu: Eu estou mesmo convencido de que a teoria da evoluo,
especialmente na extenso na qual tem sido aplicada, ser uma das
maiores de todas as piadas nos livros de histria do futuro. A
posteridade ir se maravilhar como uma hiptese muito superficial e
to dbia pde ser aceita com a incrvel credulidade que tem sido
aceita. A viso darwinista, porm, como os epiciclos de Ptolomeu,
recusa-se em procurar a porta de sada paradigmtica, para ser
substituda por uma nova viso baseada na realidade: Design
Inteligente. Bibliografia sobre a TDI: 1. BEHE, Michael J., A caixa
preta de Darwin. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997. 2.
BUELL, Jon e HEARN, Virginia, (eds.), Darwinism: Science or
Philosophy? Dallas, TX:Foundation for Thought and Ethics, 1993. 3.
DEMBSKI, William A., The Design Inference: Eliminating Chance
Through SmallProbabilities. Cambridge: Cambridge University Press,
1998. 4. ________. No Free Lunch: Why Specified Complexity Cannot
Be Purchasedwithout Intelligence. Lanham, MD: Rowman &
Littlefield, 2002. 5. ________. The Design Revolution: Answering
the Thoughest Questions About IntelligentDesign. Downers Grove, IL:
InterVarsity Press, 2004. 6. GONZALEZ, Guillermo e RICHARDS, Jay
W., The Privileged Planet: How Our Place in the Cosmos is Designed
for Discovery. Washington, D.C.: Regnery Publishing, Inc., 2004. Um
tratado excepcional sobre a evidncia de design derivado da
astronomia e cosmologia. 7. MENUGE, Angus. Agents Under Fire:
Materialism and the Rationality of Science. Lanham, MD: Rowman
& Littlefield, 2004. 8. THAXTON, Charles B.; BRADLEY, Walter
L.; OLSEN, Roger L., The Mystery of Lifes Origin: Reassessing
Current Theories. Nova York: Philosophical Library, 1984. Sem
dvida, o livro que lanou a base cientfica para a moderna TDI.
Bibliografia sobre as implicaes culturais da TDI: 1. CAMPBELL, John
Angus e MEYER, Stephen, Darwin, Design, and Public Education.
Michigan: Michigan University Press, 2003. 2. DEMBSKI, William A.
(ed.), Mere Creation: Science, Faith and Intelligent Design.
Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1998. 3. _______.
Intelligent Design: The Bridge Between Science and Theology.
Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 1999. 4. DEMBSKI, William
A., e KUSHINER, James M. (eds.). Signs of Intelligence:
Understanding Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Brazos Press,
2001. 5. DEMBSKI, William A. (ed.), Uncommon Dissent: Intellectuals
Who Find Darwinism Unconvincing. Wilmington, DE: ISI Books,
2004.
6. DEMBSKI, William A. e RUSE, Michael. Debating Design: From
Darwin to DNA. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. 7.
HUNTER, Cornelius G., Darwins God: Evolution and the Problem of
Evil. Grand Rapids, MI: Brazos Press, 2001. 8. _______. Darwins
Proof: The Triumph of Religion Over Science. Grand Rapids, MI:
Brazos Press, 2003. A religio aqui o darwinismo. 9. JOHNSON,
Phillip E., JOHNSON, Phillip E., Darwin on Trial. Downers Grove,
IL:InterVarsity Press, 1991. 10. _______. Reason in the Balance:
The Case Against Naturalism in Science, Law and Education. Downers
Grove, IL: InterVarsity Press, 1995. 11. _______. Defeating
Darwinism by Opening Minds. Downers Grove, IL: InterVarsity Press,
1997. Traduzido para o portugus no Brasil, mas encontra-se
esgotado. 12. _______. Objections Sustained: Subversive Essays on
Evolution, Law and Culture. Downers Grove, IL: InterVarsity Press,
1998. 13. _______. The Wedge of Truth: Splitting the Foundations of
Naturalism. Downers Grove, IL: InterVarsity Press, 2000. Traduzido
para o portugus como Cincia, Intolerncia e F - A Cunha da Verdade:
rompendo os fundamentos do naturalismo. 14. _______. The Right
Questions: Truth, Meaning and Public Debate. Downers Grove, IL:
InterVarsity Press, 2002. Bibliografia sobre a histria da TDI e o
MDI: 1. OLEARY, Denyse. By Chance or by Design? Minneapolis, MN:
Augsburg Fortress, 2004. Escrito por uma jornalista canadense
visando os leigos. 2. WOODWARD, Thomas. Doubts About Darwin: A
History of Intelligent Design. Grand Rapids, MI: Baker Books, 2003.
3. DEMBSKI, William A., The Design Revolution, p. 310-17 A ilao,
errnea, da maioria dos acadmicos brasileiros de que a TDI
criacionismo e o total desconhecimento da obra de Dembski so, para
este Autor, as causas da alienao da TDI por parte da Academia. A
TDI cai ou se estabelece pelos seus prprios mritos que precisam ser
devidamente considerados: se o design encontrado na natureza for
demonstrado cientificamente que aparente, no detectvel e produto de
leis e processos naturais no guiados como o acaso, necessidade,
mutaes e seleo [no atributo de inteligncia???] natural ns tiramos a
TDI da mesa de debate como teoria que se prope substituir as
teorias da origem e evoluo da vida atuais. Nos Estados Unidos, a
maior democracia do mundo, no crime criticar o governo, mas
criticar Darwin considerado crime de lse majest. Vrios professores
universitrios, que de alguma forma sofreram sanes acadmicas, so
mencionados por Angus Menuge in Agents Under Fire, p. 200-01. A
razo maior para ns do NBDI protegermos atualmente os professores e
alunos de universidades pblicas e privadas que so simpticos TDI
deve-se a esse tipo de patrulhamento ideolgico. A liberdade de
ctedra e o debate de diversidade de idias foi jogada na lata do
lixo. No Brasil no menos diferente. Razo disso? A toxina do
materialismo filosfico travestido de metodologia cientfica.
Fonte: http://pos-darwinista.blogspot.comSobre o autor:
Enzio Eugnio de Almeida Filho Possui graduao em Cincias Humanas
pela Universidade Federal do Amazonas (1980) e mestrado em Historia
da Ciencia pela Pontifcia Universidade Catlica de So Paulo (2008).
Doutorando em Histria da Cincia, Pontifcia Universidade Catlica de
So Paulo (2009). Coordenador do NBDI (Ncleo Brasileiro de Design
Inteligente), Campinas - SP, desde 1998.(Texto informado pelo
autor)