-
Teoria de Preos A Microeconomia analisa a formao de preos no
mercado, ouseja, como a empresa e o consumidor interagem e decide
qual ser o preo e aquantidade de determinado bem ou servio em
mercados especficos. O preo o valor monetrio de uma mercadoria,
servio oupatrimnio. O preo uma varivel importante na deciso dos
consumidores nacompra de bens e servios. O consumidor ao decidir a
compra de um bem,insere no preo, no apenas o valor monetrio do
produto, mas tudo aquilo quese identifica como sacrifcio na obteno
do bem. O preo dos bens e servios est ligado ao trabalho e a
dificuldadede adquir-los, inserindo os custos indiretos, custos de
manuteno,necessidade de recompra e a energia fsica, o tempo e o
custo emocional de seadquirir uma oferta. Como estratgias de preos,
podemos enumerar alguns quesitos:diminuiao dos custos indiretos;
valorizao da oferta; penetrao de mercado;pacote de valor;
financiamentos; diversidade na forma de pagamento;
preospromocionais; descontos; concesses; lideranas de preos;
negociao eprazos flexveis. O preo de venda dever cobrir o custo
direto damercadoria/produto/servio, bem como, as despesas variveis:
impostos,comisses, etc., alm de considerar tambm as despesas fixas
promocionais,ou seja, alugul, gua, luz, telefone, salrios,
pr-labore, etc., e por fim, sobraum lucro lquido adequado. Todavia,
os preos de bens e servios se formam com base emdois mercados:-
Mercado de bens e servios: onde ajusta o preo dos bens e servios
atravsda oferta e demanda;- Mercado de fatores de produo: onde
ajusta salrios, aluguis, juros elucros.
Anlise da demanda de mercadoDefinio de demanda
-
Quanto demanda, considerada como a quantidade que osconsumidores
desejam consumir por um determinado tempo, em funo devrios nveis de
preos, no representando a compra efetiva. Quanto oferta,
considerada como a quantidade que osprodutores e fornecedores
estaro dispostos a vender seus produtos ouservios, por um
determinado tempo, em funo dos vrios nveis de preos,buscando
atingir sua maximizao do lucro.
Fundamentos da Teoria da demanda
Valor Utilidade e Valor Trabalho
Outro fato que chama a ateno do consumidor quanto demandade um
bem ou servio o que chamamos de Utilidade atribuida ao bem. Os
fundamentos da anlise da demanda ou procura estoalicerados no
conceito subjetivo de utilidade. Utilidade: representa o grau de
satisfao que os consumidoresatribuem aos bens e servios, ou seja, a
quantidade que os bens econmicospossuem de satisfazer as
necessidades humanas. A teoria do Valor Utilidade pressupe que o
valor de um bem seforma por sua demanda, isto , pela satisfao que o
bem representa para oconsumidor. Ela , portanto, subjetiva, e
representa a chamada visoutilitarista, em que prepondera a
soberania do consumidor, pilar do capitalismo. A teoria do Valor
Utilidade contrape-se chamada Teoria do ValorTrabalho, desenvolvida
pelos economistas clssicos (Malthus, Smith, Ricardo,Marx). A Teoria
do Valor Trabalho considera que o valor de um bem se formado lado
da oferta, mediante os custos do trabalho incorporado ao bem.
Oscustos de produo representados, basicamente, pelo fator
mo-de-obra, emque a terra sera praticamente gratuita (abundante) e
o capital, poucosignificativo. Pela Teoria do Valor Trabalho, o
valor do bem depende do tempoprodutivo que incorporado ao bem.
Nesse sentido, a Teoria do Valor Trabalho objetiva (depende de
custos). Pode-se dizer que a Teoria do Valor Utilidade veio
complementar aTeoria do Valor Trabalho, pois j no era possvel
predizer o comportamento
-
dos preos dos bens apenas com base nos custos, sem considerar o
lado dademanda (padro de gostos, hbitos, renda etc). Ademais, a
Teoria do Valor Utilidade permitiu distinguir claramente oque vem a
ser o valor de uso e o valor de troca de um bem. O valor de uso
autilidade ou satisfao que o bem representa para consumidor. O
valor de trocaforma-se pelo preo no mercado, pelo encontro da
oferta e demanda do bemou servio. Se o bem A vale $ 10,00 e o bem B
$ 5,00, significa que o bem Apode ser trocado por duas unidades de
B, ou que B pode ser trocado por meiaunidade de A.
Utilidade total: aumenta quanto maior for a quantidade consumida
do bem.
Utilidade marginal: satisfao adm icional obtida pelo consumo de
mais umaunidade do bem (decresce em funo da saturao). Umg = Ut /
q
Noes sobre equilibrio do consumidor: os conceitos de curva
deindiferena e reta oramentria.
Toda a teoria da demanda tem como hiptese bsica que oconsumidor
est maximizando sua utilidade ou satisfao, limitado por seunvel de
renda e pelos preos de bens e servios que pretende adquirir
nomercado. Assim sendo, os conceitos de curva de indiferena e
restriooramentria ilustra esta noo.
-
Como curva de indiferena, entende-se que o consumidor tem
suaspreferncias ao consumir, por exemplo, dois bens carne e
batatas. Existemcombinaes geomtrico de pontos que representam
diferentes combinaesde bens que do ao consumidor o mesmo nvel de
utilidade. indiferente parao consumidor consumir 2 kg de carne e 8
kg de batatas, ou ento 3 kg de carnee 5 kg de batatas, ou 3 kg de
batatas e 5 kg de carne. Quanto mais alta for a CI, maior a
satisfao que o consumidorpode obter no consumo dos dois bens. Como
restrio oramentria, entende-se que o montante derenda disponvel do
consumidor, em dado perodo de tempo. Ela limita aspossibilidades de
consumo, condicionando quanto ele pode gastar. Enquanto acurva de
indiferena refere-se ao conjunto de bens e servios que oconsumidor
deseja adquirir, considerando apenas as preferncias subjetivas
doconsumidor, a restrio oramentria condicionar o conjunto possvel
de bense servios que o consumidor pode adquirir. Neste sentido,
define-se linha de preos ou reta oramentria comoas combinaes mximas
possveis de bens, dados a renda do consumidor eos preos dos bens.
Portanto, a renda oramentria representa pontos em que oconsumidor
gasta toda a sua renda. Abaixo da reta, ele est gastando abaixodo
que poderia; acima da renda oramentria, o consumidor no tem
condiesde adquirir os bens, com a renda de que dispe e dados os
preos de mercado. Assim, o consumidor estar maximizando sua
utilidade quandosua reta oramentria tangenciar dada uma curva de
indiferena. Se a renda do consumidor aumenta, ou, alternativamente,
ospreos dos bens e servios que ele deseja adquirir se reduzem, a
retaoramentria eleva-se, e permite que ele atinja nveis maiores de
satisfao(isto , uma CI mais elevada), podendo adquirir mais
produtos.
Funo demanda: Qd= f(p), ou seja:
A quantidade demandada de um bem ou servio depende do preo
P.
-
Tradicionalmente, a funo demanda colocada comodependente das
seguintes variveis, considerada as mais relevantes e gerais,pois
costumam ser observadas na maioria dos mercados de bens e
servios:
Qd= f (pi, ps, pc, R, G) - Funo Geral da Demanda
qd = quantidade procurada do bem, num dado periodo de tempopi =
preo do bem interessadops = preo do bem substitutopc = preo do bem
complementarR = renda do consumidorG = gostos, hbitos e preferncias
do consumidor
So as variveis mais frequentes para explicar a demanda
dequalquer bem ou servio. Agora, o mercado de cada bem tem
suasparticularidades, e algumas dessas variveis podem no afetar a
demanda; ouseja, a demanda pode ser afetada por variveis no
includas nessa relao(por exemplo, localizao dos consumidores,
influncia de fatores sazonais).
Relao entre a quantidade demandada e o preo do prprio bem
a funo convencional da demanda:
Qd = f (pi) supondo ps, pc, R e G constantes, sendo qd/pi <
0, que achamada Lei Geral da Demanda: a quantidade demandada de um
bem ouservio varia na relao inversa de seu preo, coeteris paribus.
Por que ocorre essa relao inversa entre o preo e a
quantidadedemandada de um bem ou servio? A resposta est na
ocorrncia dos chamados efeitos substituio erenda, que agem
conjuntamente. Suponhamos uma queda do preo do bem.Podemos dividir
o efeito dessa queda de preo sobre a quantidade demandada(que
chamamos de efeito preo total) assim:
-
A curva de demanda negativamente inclinada devido ao
efeitoconjunto de dois fatores: o efeito substituio e o efeito
renda.
Se o preo de um bem aumenta, a queda da quantidadedemandada ser
provocada por esses dois efeitos somados.
- efeito substituio: se o bem X possui um bem substituto Y, que
satisfaa amesma necessidade, quando o preo do bem X aumentar, o
consumidorpassar a adquirir o bem substituto Y. Exemplo: Se o preo
da caixa defsforos subir demasiadamente, os consumidores passaro a
demandarisqueiros, reduzindo assim sua demanda por fsforo:- efeito
renda: quando aumenta o preo de um bem X, tudo o mais
constante(renda do consumidor e preos de outros bens estando
constantes), oconsumidor perder o poder aquisitivo, e a demanda por
esse produto Xdiminui.
Distino entre demanda e quantidade demandada :- Por demanda,
entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possveis
preos a determinada quantidade.- Por quantidade demandada
devemos compreender um ponto especfico da
curva relacionando um preo a uma quantidade.
A curva convencional da demanda , portanto, negativamente
inclinada. Elaexpressa qual a escala de procura para o consumidor,
ou seja, dados ospreos, quanto o consumidor deseja adquirir. Por
exemplo: __________________________________________
Preo ($) Quantidade demandada (un)
___________________________________________
20,00 20 40,00 15 60,00 10 80,00 05
___________________________________________
-
Essa funo indica qual a inteno de procura dos consumidoresquando
os preos variam, com tudo o mais permanecendo constante. Ou
seja,ela revela o desejo, a inteno de compra do consumidor, mas no
a compraefetiva. A compra efetiva um nico ponto da escala
apresentada. Dizemos, tambm, que em cada ponto da curva de demanda
osconsumidores individualmente esto maximizando sua utilidade ou
satisfaorestrita pelo nvel de renda e pelos preos dados no mercado.
Ou seja, todosos pontos da curva representam pontos de tangncia
entre as curvas deindiferena e linha de preos para cada
consumidor.
Relao entre quantidade demandada e preos de outros bens e
servios
A relao da quantidade demandada de um bem ou servio com ospreos
de outros bens ou servios d origem a dois importantes
conceitos:bens substitutos e bens complementares.
- bens substitutos ou concorrentes: o consumo de um bem
substitui o consumodo outro.
qd = f(ps), supondo pi, pc, R e G constantes,
qd/ps>0 , ou seja:
-
H uma relao direta entre, por exemplo, uma variao noconsumo de
Coca-cola e uma variao no preo do guaran, coeteris paribus.
O deslocamento da curva de demanda, supondo aumento no preodo
bem substituto, pode ser ilustrado a seguir, baseado no exemplo de
como ademanda de Coca-Cola influenciada pelo preo do guaran.
Ao aumentarmos o preo do bem substituto, estaremosaumentando a
quantidade demandada do outro bem.
- bens complementares: so bens consumidos em conjunto. qd = f
(pc), com pi, ps, R e G constantes qd/pc < 0
Por exemplo, um aumento no preo dos automveis dever diminuir a
procurade gasolina, coeteris paribus.
-
Ao aumentarmos o preo do bem complementar, a quantidade
demandada deoutro bem diminui.
Neste caso, h uma relao inversa entre o preo do bem e a demanda
deoutro bem.
Relao entre demanda de um bem e renda do consumidor (R)
qd = f (R) com pi, ps, pc e G constantes
Em relao renda dos consumidores, podemos ter trs
situaesdistintas:- qd/R > 0 : bem normal: aumentos da renda
levam ao aumento da demandado bem;- qd/R < 0 : bem inferior:
aumentos da renda levam queda de demanda dobem: carne de segunda,
roupas rsticas, etc.- qd/R = 0 : bem de consumo saciado: se
aumentar a renda do consumidor,no aumentar a demanda do bem.
Basicamente, o caso da demanda dealimentos bsicos, como acar, sal,
arroz, etc.
A terceira situao, em que a varivel renda do consumidor no afeta
ademanda, pode ocorrer no s no caso de bens de consumo saciado,
mas
-
tambm em qualquer outro tipo de bem ou servio no qual a renda no
tenhagrande influncia em seu consumo. Ou seja, a varivel renda no
importantepara explicar o comportamento da demanda nesse mercado.
Por exemplo, omercado de arroz, sal, acar, batata, etc. so muito
pouco afetados porvariaes na renda dos consumidores.
Relao entre demanda de um bem e hbitos dos consumidores (G) Qd =
f(G) com pi, ps, pc e R constantes Os hbitos, preferncias ou gostos
(G) podem ser alterados,manipulados por propaganda e campanhas
promocionais. Podemos tercampanhas para aumentar o consumo ou para
diminuir o consumo de bens.Curva de demanda de mercado de um bem ou
servio
At essa parte, no distinguimos a demanda do consumidorindividual
da demanda de mercado, englobando todos os consumidores
dedeterminado bem ou servio.A demanda de mercado igual ao somatrio
das demandas individuais
D mercado = d consumidores individuais.
Assim, a cada preo, a demanda de mercado a soma das demandas
dosconsumidores individuais.
Preo $q guaranconsumidor A
q guaranconsumidor B
q guaranconsumidor C
Demanda demercado deguaran
2,00 14 10 22 46 1,50 24 15 32 71 1,00 34 20 42 96 0,50 44 25 52
121
Graficamente, teremos que a curva de demanda de mercado a soma
dascurvas dos consumidores individuais.
-
O conceito de excedente do consumidor o benefcio lquido que o
consumidor ganha por ser capaz decomprar um bem ou servio. a
diferena entre quanto o consumidor estariadisposto a pagar e o que
ele efetivamente paga.
Paradoxo de Giffen O Paradoxo ou Bem de Giffen uma exceo Lei
Geral daDemanda, em que a curva de demanda positivamente inclinada,
ou seja, huma relao direta, e no inversa, como usual, entre a
quantidade demandadae o preo do bem. O bem de Giffen um caso
especial de bem inferior. O exemplo frequentemente utilizado seria
o de uma comunidadeinglesa, no sculo XVIII, muito pobre, e que
consumia basicamente batatas.Ocorreu uma grande queda no preo do
produto. Como a populao gastava amaior parte de sua renda no
consumo de batatas, essa queda de preo levou aum aumento do poder
aquisitivo da populao. Contudo, eles j estavamsaturados de batatas,
e passaram a gastar mais com outros tipos de produtos,inclusive
diminuindo o consumo de batatas. Portanto, o preo da batata
caiu,bem como a quantidade demandada; ou seja, nesse caso a curva
de demanda positivamente inclinada. Dessa forma, o bem de Giffen
(nome do economista que observouesse fenmeno) um tipo de bem
inferior, embora nem todo bem inferior sejaum bem de Giffen.
Preos Relativos x Preos Absolutos Na Microeconomia, so
relevantes os preos relativos, isto , arelao entre os preos dos
vrios bens, mais do que os preos absolutos(especficos) das
mercadorias. Por exemplo, se o preo da margarina cair em 10%, mas o
preo damanteiga tambm cair em 10%, nada deve acontecer com a
demanda dos doisbens (supondo tambm queda da renda em 10%). Agora,
se apenas cai opreo da margarina, e o preo da manteiga permanece
constante,evidentemente aumenta a quantidade demandada de
margarina, e cai a
-
demanda de manteiga, sem que o preo absoluto da manteiga tenha
sealterado.
Exerccios sobre demanda de mercado1..Dados qx = 30 1,5 px + 0,80
py + 10 R, pede-se:a) O bem y complementar ou substituto de x? Por
qu?
Trata-se de um bem substituto: isso indicado pelo sinal positivo
docoeficiente de py (+ 0,8). Indica que, se py aumentar, qx
tambmaumentar, coeteris paribus.
b) O bem x normal ou inferior? Por qu? um bem normal: o sinal do
coeficiente da varivel renda positivo(+10).
c) SupondoPx = 1Py = 2R = 100, qual a quantidade procurada de
x?Basta substituir os valores de px, py e R na equao dada:qx = 30
1,5 (1) + 0,8 (2) + 10 (100) qx = 1.030,1
2..Dados qx = 300 1,2 px 0,9py 0,1R, pede-se:
a) O bem x norma ou inferior? um bem inferior: o sinal do
coeficiente da varivel renda negativo(-0,1).b) O bem y complementar
ou substituto a x? Por qu?
complementar: isso indicado pelo sinal negativo do coeficiente
depy (-0,9).
c) O bem x seria um bem de Giffen? Por qu?No um bem de Giffen,
pois o sinal do coeficiente de varivel px negativo. Para ser um bem
de Giffen, necessrio que,simultaneamente, o sinal do coeficiente de
px seja positivo (indicandocurva de demanda positivamente
inclinada) e o sinal do coeficiente R,negativo (indicando bem
inferior).
d) Supondo: px= 2; py= 1; R= 100, qual a quantidade demandada de
x?
-
qx = 300 1,2 (2) 0,9 (1) 0,1 (100) qx = 286,7
e) Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a
quantidadedemandada de x?R = 150 (50% sobre R = 100)
qx = 300 1,2 (2) 0,9 (1) 0,1 (150) qx = 281,7
Oferta de mercado
Oferta a quantidade de determinado bem ou servio que
osprodutores e vendedores desejam vender em determinado perodo.
Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de
vriosfatores, dentre eles, de seu prprio preo, do preo ou custo dos
fatores deproduo e das metas ou objetivos dos empresrios.A funo ou
equao da oferta dada pela expresso:
qs = f (pi, pfm, pn, T, M) Funo Geral da Oferta
A oferta de um bem afetada pelos custos dos fatores de produo
(matriasprimas, salrios, preo da terra), por alteraes tecnolgicas e
pelo aumento donmero de empresas no mercado.
qoi = quantidade ofertada do bem ipi = preo do bem ipfm= preo
dos fatores e insumos de produo m (mo-de-obra, mat.primaspn = preo
de outros n bens, substitutos na produoT = tecnologiaM = metas do
empresrio.
Sendo o sobrescrito s derivado do ingls supply (oferta).
a chamada funo geral da oferta, onde
-
qs/pi > 0: se o preo do bem aumenta, estimula as empresas a
produziremmais, coeteris paribus.
Se o preo do bem aumenta, a quantidade ofertada tambm
aumentar.
RELAO ENTRE OFERTA E PREO DOS FATORES DE PRODUO:qs/pfm < 0:
se, por exemplo, o preo do fator terra aumenta, diminui a ofertade
caf, coeteris paribus (desloca-se em virtude do aumento de preo da
terra).O mesmo vale para os demais fatores de produo, como
mo-de-obra,matrias-primas, energia etc.
Ou seja, aos mesmos preos de mercado anteriores aumentaram os
custos deproduo, retraindo a produo.
RELAO ENTRE OFERTA E PREO DOS SUBSTITUTOS NA PRODUOqs/pn < 0:
se, por exemplo, o preo da cana-de-aucar aumentar, e dado opreo do
arroz, os produtores diminuiro a produo de arroz para produzirmais
cana-de-aucar, coeteris paribus.
RELAO ENTRE OFERTA E TECNOLOGIAqs/T > 0: se, por exemplo, um
avano na tecnologia, reduz o custo deproduo, aumentando a
quantidade ofertada do bem.
RELAO ENTRE OFERTA E METASqs/O >< 0: a funo oferta depende
dos objetivos e metas estabelecidospelos empresrios. Por exemplo,
podem ocorrer ocasies em que a empresaprefere lucrar menos em curto
prazo e ganhar participao no mercado (o quepode redundar em lucros
menores no curto prazo, se os custos aumentaremmais que as
receitas, com o aumento da produo), para lucrar mais em longoprazo.
Existem situaes em que, em mercados concentrados, com
poucaconcorrncia, vantajoso para o empresrio reduzir sua produo,
pois ao
-
restringir a oferta, pode ser beneficiado por um aumento de
preos quecompense a queda da produo, elevando seu faturamento
total.
Equilbrio de Mercado
O equilbrio de mercado ocorre quando o preo em uma economiade
mercado determinado tanto pela oferta como pela procura. As curvas
deoferta e de procura de um bem ou servio qualquer, a interseco das
curvas o ponto de equilbrio E, ao qual correspondem o preo P e a
quantidade q.
Este ponto nico: a quantidade que os consumidores desejamcomprar
exatamente igual a quantidade que os produtores desejam vender.Ou
seja, no h excesso ou escassez de oferta ou de demanda.
Existemcoincidncia de desejos. O preo de qualquer bem ou servio se
ajusta de forma a equilibrara oferta e a demanda deste bem. No caso
de um excesso de oferta, haver uma reduo de preos eum novo
equilbrio de mercado. Se houver uma escassez do bem, haver
umaelevao nos preos para formar um novo equilbrio.
Exerccios sobre equilbrio de mercado
1. Dados D = 22 3p (funo demanda) S = 10 + 1p (funo oferta) a)
Determinar o preo de equilbrio e a respectiva quantidade. b) Se o
preo for $ 4,00, existe excesso de oferta ou de demanda? Qual
amagnitude desse excesso?
Resoluo:a) D = 22 3p
S = 10 + 1p no equilbrio, D = S 22 3p = 10 + 1p 4p = 12
portanto, p = 3 Para determinar q, basta substituir o valor de P =
3 em qualquer das funesacima ( D ou S). D = 22 3.3 = 22 9
-
q = 13b) Para p = 4, a quantidade demandada : D = 22 3p = 22
3(4) = 10 = qd
S = 10 + 1p = 10 + 1(4) = 14 = qs , portanto, qs>qd, e
existeum excesso de oferta de 4 (isto , 14 10).
2... Dados qd = 2 0,2px + 0,03R e qs = 2 + 0,1px e supondo a
renda R = 100, pede-se:
a) Preo e quantidade de equilbrio do bem x.b) Supondo um aumento
de 20% da renda, determinar o novo preo e a
quantidade de equilbrio do bem x.Resoluo:a) qd = qs
2 0,2px + 0,03 (100) = 2 + 0,1 pxResolvendo, chegamos a px = 10
e qx = 3
b) Como a renda passou de 100 para 120, a funo ficaqx = 2 0,2px
+ 0,03 (120) qx = 5,6 0,2 pxigualando com a funo oferta, que no se
alterou, chega-se a px = 12 e qx= 3,2
3... Num dado mercado, a oferta e a procura de um produto so
dadas,respectivamente, pelas seguintes equaes: Qd = 300 8P Onde Qs,
Qd e P representam, na ordem, a quantidade ofertada, aquantidade
procurada e o preo do produto. Qual ser a quantidadetransacionada
nesse mercado, quando ele estiver em equilbrio? Resoluao: O preo e
a quantidade de equilbrio so obtidos igualando-sea quantidade
ofertada (Qs) com a quantidade procurada (Qd). Temos ento: Qs = Qd
48 + 10P = 300 8P 18 P = 252 P = 14
-
A quantidade transacionada pode ser obtida substituindo-se o
valor de P naequao de Qs ou de Qd Qs = 48 + 10P = 48 + 10(14) = 188
Q = 188
ELASTICIDADES Elasticidade, em sentido genrico, a alterao
percentual emuma varivel, dada uma variao percentual em outra,
coeteris paribus. Assim, elasticidade sinnimo de sensibilidade,
resposta, reaode uma varivel, em face de mudanas em outras
variveis.
Trata-se de um conceito de ampla aplicao em Economia.Vejamos
alguns exemplos: - elasticidade-preo da demanda: a variao
percentual na quantidadedemandada, dada a variao percentual no preo
do bem, coeteris paribus; - elasticidade-renda da demanda: a variao
percentual na quantidadedemandada, dada uma variao percentual na
renda, coeteris paribus; - elasticidade-preo cruzada da demanda: a
variao percentual naquantidade demandada, dada a variao percentual
no preo de outro bem,coeteris paribus; - elasticidade-preo da
oferta: a variao percentual na quantidade ofertada,dada a variao
percentual no preo do be, coeteris paribus.
Elasticidade-preo da demanda a variao percentual na quantidade
demandada, dada umavariao percentual no preo do bem, coeteris
paribus. Mede a sensibilidade, aresposta dos consumidores, quando
ocorre uma variao no preo de um bemou servio. variao percentual qd
(q1 qo)/ qo qd/qd Epp = ------------------------------------- =
------------------ = ----------
variao percentual p (p1 po)/ po p/ p
Epp = (P/qd) x (qd/p)
-
Como qd/p negativa ( pela lei da demanda), e p e q sovalores
positivos, segue que a elasticidade-preo da demanda semprenegativa.
Por essa razo, seu valor usualmente expresso em mdulo, porexemplo:
Epp = 1,2 que equivale a Epp = -1,2
Classificao da demanda, de acordo com a elasticidade-preo
De acordo com a elasticidade-preo, a demanda pode
serclassificada como elstica, inelstica ou de elasticidade-preo
unitria.
a) Demanda elstica: Epp> 1 Por exemplo: Epp = 1,5 ou Epp = -
1,5
Significa que, dada uma variao percentual, por exemplo, de 10%no
preo, a quantidade demandada varia, em sentido contrrio, em
15%,coeteris paribus. Isso revela que a quantidade bastante sensvel
variaode seu preo.
b) Demanda inelstica: Epp < 1Exemplo: Epp = 0,4 ou Epp = -
0,4
Nesse caso, os consumidores so pouco sensveis a variaes depreos:
uma variao de, por exemplo, 10% no preo leva a uma variao nademanda
desse bem de apenas 4% (em sentido contrrio).
c) Demanda de elasticidade unitria: Epp = 1 ou Epp = - 1 Se o
preo aumenta em 10%, a quantidade cai tambm em 10%,
coeteris paribus. Suponhamos, por exemplo, que so calculados os
valores das
elasticidades-preo da demanda dos bens A e B, Epp(A) = -2 e
Epp(B) = - 0,8.Nesse caso, e supondo que o consumo dos dois bens
idependente, o bem Aapresenta uma demanda mais elstica que o bem B,
pois um aumento de 10%no preo de ambos levaria a uma queda de 20%
na quantidade demandada dobem A, e de apenas 8% na do bem B,
coeteris paribus. Os consumidores sorelativamente mais sensveis,
reagem mais as variaes de preos no bem Ado que no bem B.
Fatores que afetam a elasticidade-preo da demanda
-
So quatro os fatores que explicam o valor numrico
daelasticidade-preo da demanda, a saber: disponibilidade de bens
substitutos,essencialidade do bem, importncia relativa do bem no
oramento e ohorizonte de tempo.
- Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais substitutos,
mais elstica ademanda, pois, dado um aumento de preos, o consumidor
tem mais opespara fugir do consumo desse produto. Ou seja, trata-se
de um produto cujosconsumidores so bastante sensveis variao de
preos. Por exemplo, aelasticidade-preo da demanda de guaran deve
ser maior que a derefrigerantes em geral, pois tem mais substitutos
para o guaran do que pararefrigerantes em geral.- Essencialidade do
bem: quanto mais essencial o bem, mais inelstica suaprocura. Esse
tipo de bem no traz muitas opes para o consumidor fugir doaumento
de preos. Exemplos clssicos: sal e acar.- Importncia relativa do
bem no oramento do consumidor: a importnciarelativa, ou peso do bem
no oramento, dada pela proporo de quanto oconsumidor gasta no bem,
em relao a sua despesa total. Quanto maior opeso no oramento, maior
a elasticidade-preo da procura. O consumidor muito afetado, por
alteraes nos preos, quanto mais gasta com o produto,dentro de sua
cesta de consumo. Por exemplo: carne (Epp alta); fsforo
(Eppbaixa).- Horizonte de tempo: dependendo do horizonte de tempo
de anlise, umintervalo de tempo maior permite que os consumidores
de determinadamercadoria descubram mais formas de substitu-la,
quando seu preo aumenta.
Relao entre receita total do vendedor (ou dispndio total
doconsumidor) e elasticidade-preo da demanda
A receita total do vendedor (RT), que corresponde ao
prpriodispndio ou gasto total dos consumidores, dada por: RT = preo
unitrio x quantidade comprada do bem RT = p.q
-
Seria possvel conhecermos, a priori, o que deve acontecer com
areceita total RT, quando varia o preo de um bem? A RT aumenta,
diminui oupermanece constante? A resposta vai depender da
elasticidade-preo da demanda.
a) se Epp for elstica variao percentual da quantidade
demandada>variao percentual do preo, a RT segue o sentido da
quantidade, isto , prepondera a variao daquantidade sobre a variao
do preo;- se p aumentar, qd cair, e a RT diminuir;- se p cair, qd
aumentar, e a RT aumentar.
b) se Epp for inelstica variao percentual qd< variao
percentual p, prepondera o sinal do preo: - se p aumentar, qd cair,
a RT aumentar; - se p cair, qd aumentar, e a RT cair. c) se Epp for
unitria variao percentual qd = variao percentual p, tanto faz p
aumentar ou cair, que a receita total permanece constante. Podemos
concluir que, com demanda inelstica, vantajosoaumentar o preo (ou
diminuir a produo), at onde Epp = - 1. Embora aquantidade caia, o
aumento de preo mais que compensa a queda naquantidade, e a RT
aumenta. Um exemplo desse fato encontra-se na maior parte dos
produtosagrcolas, principalmente alimentos, que apresentam demanda
normalmenteinelstica, por serem em sua maioria produtos essenciais.
Contudo, h umlimite para o aumento do preo, pois, se esse aumento
for muito elevado, podeacabar caindo no ramo elstico da demanda, e
o consumidor tenta substituir oproduto, ou reduz seu consumo, o que
redundaria em queda da Receita Totaldos produtos.
Aplicaes: Incidncia de Imposto Sobre Vendas e Fixao de
PreosMnimos O conhecimento da incidncia de um imposto (isto , sobre
quemefetivamente recai o nus do imposto, se sobre consumidores ou
vendedores) importante para determinar os aspectos econmicos e
sociais da tributao.
-
Veremos como o instrumental simples de oferta e demanda e o
conceito deelasticidade adequado para essa anlise. Antes, cabe
observar que os impostos sobre vendas soimpostos indiretos, pois
incidem sobre o preo das mercadorias, enquanto osimpostos diretos
incidem diretamente sobre a renda das pessoas. Os impostosindiretos
(ICMS, IPI) so regressivos em relao renda, pois representamuma
parcela maior da renda das classes menos favorecidas, relativamente
aosmais ricos (por exemplo, na compra de um mesmo tipo de TV, ambos
pagam,digamos, $ 50 de IPI, o que acaba onerando relativamente mais
o pobre). Osimpostos diretos (Imposto de Renda) so progressivos
(quem ganha mais pagaproporcionalmente mais). Uma estrutura
tributria considerada proporcionalpagamento de impostos. Temos dois
tipos de impostos sobre vendas: . Imposto especfico: representa um
valor em $ fixo por unidadevendida, independente do valor da
mercadoria. Por exemplo, se o imposto for $1.000,00, esse ser o
valor fixo cobrado sobre qualquer mercadoria, noimporta se ela
custa $ 5.000,00 ou $ 500.000,00; . Imposto ad valorem: aplica-se
uma alquota (percentual) fixasobre o valor em $ de cada unidade
vendida. Ou seja, a alquota fixa (comono ICMS e IPI), mas o valor
em $ do imposto aumenta, conforme aumenta opreo do bem. Assim,
supondo uma alquota de 20%, se a mercadoria custar $50.000,00, o
valor em $ do imposto ser $ 10.000,00; se a mercadoria custar
$100.000,00, o valor em $ do imposto ser $ 20.000,00.
Fixao de preos mnimos na agricultura A poltica de preos mnimos
visa dar uma garantia de renda aosagricultores. O governo anuncia,
antes da poca de plantio, um preo mnimopelo qual ele garante que
compra a safra aps a colheita. Se o preo demercado for maior que o
preo mnimo, o agricultor vende no mercado; se opreo de mercado for
menor que o preo mnimo garantido, o agricultor vendeao governo.
Supondo que o preo mnimo seja maior que o de mercado, ogoverno pode
encetar dois tipos de poltica:
-
. Compra o excedente (diferena entre a quantidade produzida e
aquantidade que os consumidores desejam comprar ao preo mnimo).
Isso sechama Poltica de Compras; . Deixa os agricultores venderem
toda a produo no mercado, o quefar o preo cair. O governo paga ao
agricultor a diferena entre o preomnimo prometido e o que o
consumidor pagou no mercado. Esta a chamadaPoltica de Subsdios.
Estrutura de Mercados O mercado o local onde se encontram os
vendedores ecompradores de determinados bens e servios.
Antigamente, a palavramercado tinha uma conotao geogrfica que hoje
no mais subsiste, uma vezque os avanos tecnolgicos nas comunicaes
permitem que haja transaeseconmicas at sem contato fsico entre o
comprador e o vendedor, tais comonas vendas por telefone e/ou
Internet.
Os economistas classificam os mercados nas seguintes formas:
Concorrncia perfeita Trata-se de um mercado caracterizado
pelosseguintes fatores:a) Existncia de um grande nmero de pequenos
vendedores e compradores;b) O produto transacionado homogneo;c) H
livre entrada e sada de empresas no mercado;d) Perfeita
transparncia, ou seja, perfeito conhecimento pelos compradores
evendedores, de tudo o que ocorre no mercado;e) Perfeita mobilidade
dos recursos produtivos. Como se percebe por suas caractersticas, o
mercado deconcorrncia perfeita no facilmente encontrado na prtica,
embora possa seafirmar que os mercados que mais se aproximam dela
so os mercados deprodutos agrcolas. O mercado de concorrncia
perfeita estudado pelos economistaspara servir como um paradigma
(referencial de perfeio) para anlise dosoutros mercados.
-
Monoplio o mercado que se caracteriza pela existncia de um
nicovendedor. O monoplio pode ser legal ou tcnico.
Oligoplio o mercado em que existe um pequeno nmero de
vendedoresou em que, apesar de existir um grande nmero de
vendedores, uma pequenaparcela destes domina a maior parte do
mercado.
Monopsnio um mercado em que h apenas um nico comprador.
Oligopsnio o mercado caracterizado pela existncia de um
pequenonmero de compradores ou ainda que, embora haja um grande
nmero decompradores, uma pequena parte destes responsvel por uma
parcelabastante expressiva das compras ocorridas no mercado.
Concorrncia Monopolstica trata-se de um mercado em que apesar
dehaver um grande nmero de produtores (e, portanto, sendo um
mercadoconcorrencial), cada um deles como se fosse monopolista de
seu produto, jque este diferenciado dos demais. Esta no a nica
classificao possveldos mercados, embora seja a mais utilizada. Uma
importante diferenciao entre as estruturas de mercadosreside no
grau de controle que vendedores e compradores tm sobre o preopelo
qual o produto transacionado no mercado. Na concorrncia perfeita,
nenhum vendedor ou comprador,considerado isoladamente, tem
influncia sobre o preo de mercado. Neste mercado, portanto, somente
a influncia conjunta de todosos vendedores e de todos os
compradores quem determina o preo demercado. Nas demais estruturas
de mercado, o vendedor ou o comprador,isoladamente, pode impor um
preo ao mercado.