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Teoria da Biogeografia de Ilhas
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Teoria da Biogeografia de Ilhas - geografia.fflch.usp.br · A Teoria de Metapopulações (Richard Levins 1969;1970) 1 –As populações tem uma estrutura espacial, no senso de que

Dec 04, 2018

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Teoria da Biogeografia de Ilhas

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Tema 1 – Teorias Biogeográficas

Teoria da Biogeografia de Ilhas (TEBI)

Aula de campo – Sábado (16/09)

Técnicas de estudo da vegetação: ❖ Decifrando a planta❖ Desenho do perfil da vegetação❖ Levantamento florístico e fitossociológico em

parcelas fixas❖ Levantamento florístico e fitossociológico por

quadrante centrado

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Teoria da Biogeografia de Ilhas(MacArthur e Wilson, 1963;1967)

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Compreensão dos processos que auxiliam o entendimentoda distribuição das espécies no tempo e no espaço (objeto

de estudo da biogeografia)

Compreensão dos mecanismo de manutenção de espéciesem ambientes pequenos e isolados (objeto da

conservação de paisagens fragmentadas)

1. Importância da Teoria do Equilíbrio da Biogeografia Insular - TEBI

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Teoria da Evolução

(Charles Darwin, 1859)

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Teoria de Tectônica de Placas

(Wegener, 1915)

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Teoria dos Redutos e Refúgios Florestais na América do Sul(Haffer, 1969/1974; Ab’Sáber e Vanzolini, 1970)

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Edward O. WilsonRobert H. MacArthur

Teoria do Equilíbrio da Biogeografia Insular

(MacArthur & Wilson, 1963;1967)

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Ilhas

3 classificações

Oceânicas

Continentais

AmbientaisOrigem

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Ilhas

3 classificações

Rochosas

Sedimentares

Coralígenas

Embasamento Mistas

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Ilhas Oceânicas: surgem nos oceanos como resultado da atividade vulcânica ou do crescimento de formações coralígenas.Ex: Arquipélago de Fernando de Noronha.

Surgem sem formas de vida e precisam ser colonizadas.

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Fonte: Motoki, A. et al. Rem: Rev. Esc. Minas vol.62 no.3 Ouro Preto July/Sept. 2009

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B) lhas Continentais

Porções que se destacaram do continente em épocas mais ou menos remotas. Ex: Ilha Anchieta.

Já estiveram em contato com o continente e suas formas de vida.

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As ilhas são importantes objetos de estudo.

Representam em menor escala os fenômenos biológicos que ocorrem no continente em situação de isolamento

(fragmentação).

Ilhas, topos de montanhas, fontes, lagos e cavernas são ideais para experimentos naturais.

❖ são bem definidas❖ possuem menos ambientes que os continentes❖ isoladas❖ numerosas

2. Ilhas: Por Que Estudá-las?

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Ilhas e arquipélagos são, em muitos aspectos, microcosmos do resto do mundo.

Muitos sistemas ecológicos possuem atributos de ilhas (Losos e Ricklefs, 2010)

Ilhas: Por Que Estudá-las?

▪ Desde o tempo de Darwin, ilhas são laboratórios naturais para oestudo da evolução dos seres vivos.

(história da colonização, teste de hipóteses entre competição e adaptação, imigração e extinção)

▪ Representam experimentos naturais sobre os efeitos do isolamentogeográfico na especiação e extinção.

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“Ilhas Ambientais”

Qualquer área natural isolada por uma mudança do uso da terra que resulta num ambiente diferente.Ex: topos de montanhas, lagos, fragmentos de Floresta Estacional Semidecidua cercada por atividade agropecuária como o P.E Morro do Diabo.

.

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3. A Teoria do Equilíbrio da Biogeografia de Ilhas– TEBI - (MacArthur e Wilson, 1963;1967)

▪ Antecedentes da TEBI▪ A Teoria▪ Biogeografia Experimental▪ Pontos Fracos e Fortes

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3.1 Antecedentes da TEBI

Arquipélago Indonésia

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3.1 Antecedentes da TEBI

“Ilhas são laboratórios lógicos da biogeografia eevolução eu disse. Existem milhares delas, porexemplo, as dez mil ilhas da Baía da Flórida. Existemdiversos arranjos faunas e floras isoladas vivendonelas. Cada uma é um experimento esperando poranalise da ecologia e evolução” (Wilson, 2010)

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Padrões Insulares

A inovação de MacArthur e Wilson foi reconhecer os temascomuns

A Teoria (TEBI)

1- a tendência do aumento do número de espécies com o aumento da área das ilhas,

(Relação Espécie X Área).

2- a tendência da diminuição de espécies com o isolamento.

(Relação Espécie X Distância)

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Relação espécies/área para as angiospermas da Inglaterra,(Williams & Began).

Relação Espécie-Área

O número de espécies tende a aumentar com o aumento da área.

Está relacionada diretamente às taxas de extinção deespécies, pela competição dos espaços de vida.

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Relações Espécie-Isolamento

Desde 1800 conhecia-se o fato de que o número de espéciestende a diminuir conforme o isolamento de um local.

Está relacionado diretamente ao potencial de dispersão

das espécies e, conseqüentemente, às taxas de imigração.

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A TEBI, se fundamentou em três observações principais:

1. Comunidades insulares são mais “pobres” em espécies do

que as comunidades continentais equivalentes Sc>S1;

2. Esta riqueza aumenta com o tamanho da ilha;

3. Esta riqueza diminui com o aumento do isolamento da ilha;

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Retorno das espécies (turnover) – Renovação

É a taxa de renovação (troca), dada pela constante chegada deespécies.

Baseados no fenômeno de Krakatoa, MacArthur e Wilsonobservaram que o número de espécies de aves aumentourapidamente poucos anos após o extermínio total da vida nessasilhas pela erupção vulcânica.

O número total de espécies permaneceu relativamente constante,apesar das mudanças na composição da avifauna. Existindo umataxa de renovação (turnover) constante.

A Teoria (TEBI)

Parênteses:O Fenômeno de Krakatoa

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1883 - Erupção e extinção total 1884 - 1 aranha1887 – 24 espécies de plantas1933 – 271 espécies de plantas30 aves marinhas (o mesmo)30% das plantas já eram diferentes da composição inicial

Krakatau - ilha de Rakata (Indonésia)

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Dispersão de Espécies:

O organismos se dispersam pelas mais variadas formas eestratégias, ativamente ou passivamente. Organismos dispersorespossuem adaptações que os permitem alcançar ilhas distantes.

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Hipóteses para dispersão a longa distância:

- Pontes (‘landbridge”) entre os

continentes.

- Grandes ilhas de vegetação flutuantes

com árvores e até pequenos mamíferos já

foram avistadas a várias milhas dos

continentes

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Hipóteses para dispersão a longa distância:

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?

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A Teoria (TEBI)

Retomando...

O Modelo de Processo de Colonização de Ilhas

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Área Fonte

O que ocorre com uma ilha oceânica recém formada?

1º momento

1º Momento: Alta taxa de imigração

Imigração

número de espécies

Taxa

Extinção

número de espécies

Taxa

Ilha sendo colonizada

1º momento:Baixa velocidade de extinção

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Arquipélago de Fernando de Noronha.

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Área Fonte

2º momento

Ilha colonizada

Imigração

número de espécies

Extinção

número de espécies

taxa

A velocidade de colonização cai drasticamente.

Enquanto a velocidade de extinção sobe na mesma proporção.

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Ponto de Equilíbrio (Se)

“O número de espécies chegará ao equilíbrio (Se) quando aextinção for balanceada pela imigração” (Wilson e MacArthur,1963/1967)

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▪ No equilíbrio, o número de espécies deve ser constante;

▪ O número de espécies de uma ilha continua omesmo ao longo do tempo, embora a composiçãoespecífica possa variar;

▪ Um certo número de espécies está continuamentesendo extinta nas ilhas.

Ponto de Equilíbrio (tendências)

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Área Fonte

Diferentes Áreas. (Taxa de extinção)

Quanto maior a área, maior o número de espécies

Quanto menor for a área, maior será a chance de extinção

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Ilha de São Sebastião (Municipio de Ilhabela) - 347,5 Km2

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Ilha Anchieta (Municipio de Ubatuba) - 83 Km2

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Diferentes Distâncias – (Taxa de imigração)

Quanto maior a distância de uma ilha em relação à área fonte, menor

será o fluxo de imigração.

Portanto, quanto mais próxima da área fonte, mais espécies terá a ilha.

Área Fonte

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Arquipélago de Trindade e Martim Vaz

Área – 10,4 Km2 - distância = 1200 Km a leste.

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MacArthur e Wilson (1963, 1967) com base na relaçãoespécie-área, a relação espécie-isolamento e a renovação(turnover) de espécies, propuseram que:

Teoria (TEBI)

O número de espécies que habitam uma ilharepresenta um equilíbrio dinâmico entre as taxasopostas de imigração e de extinção.

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Biogeografia de Ilhas Experimental

“A melhor abordagem para a biogeografia de ilhasexperimental, pensei, seria começar com muitas ilhaspequenas, ecologicamente similares, mas variando em área edistância, depois torná-las miniaturas de Krakatoas, ou seja,achar um jeito de eliminar a fauna e depois seguir o processode recolonização” (Wilson , 2010)

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Biogeografia de Ilhas Experimental

“Em dois anos o número de espécies em todas as ilhas haviaretornado para os níveis pré-exterminação. A ilha mais distante (E1)que tinha um baixo número de espécies, como esperado retornouao mesmo nível. Assim a existência de um equilíbrio de espécies foidemonstrada” (Wilson, 2010)

No entanto, em um nívelincrível, a composição deespécies diferia entre asilhas e na mesma ilhaantes e depois e dadefaunação (Simberloff eWilson, 1971).

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Pontos Fracos

▪ Muitas ilhas podem não estar em equilíbrioindependentemente das taxas de colonização e extinção, porcausa de fatores como: origem da ilha e processos de ocupaçãohumana.

▪ A teoria ignora as diferenças existente entre as espécies e suasestratégias ecológicas.

Pontos Fracos e Fortes da Teoria

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Pontos Fracos

▪ Podem existir diversas fontes, incluindo a dispersão sobre aságuas, de outras ilhas, conexões pretéritas e especiaçãoendêmica na ilha, o que tornaria o modelo mais complexo.

▪ As áreas das ilhas são relativas: ilhas montanhosas podem sermuito diferentes em número de habitat em relação a ilhasplanas.

Pontos Fracos e Fortes da Teoria

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Ilhas e habitats

Ilha Comprida

L. Sul São Paulo) 192 km2

Itaparica L. Nordeste Bahia)

347, 5 Km

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Pontos Fracos

▪ Pouco conhecimento sobre as formas precisas das curvas deextinção e de imigração, dificultando as previsõesnuméricas.

▪ Simples distinção entre imigração e extinção.

▪ Um equilíbrio perfeito entre imigração e extinção podenunca ser alcançado, mas esta suposição nos capacitou afazer previsões novas e válidas, o conceito de equilíbrio éútil.

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Pontos Fortes:

▪ Auxiliou no estímulo de novas ideias, juntando abiogeografia tradicional à ecológica

▪ O modelo é simples e acessível a pessoas sem profundosconhecimentos matemáticos

▪ As previsões do modelo são claras e testáveis

▪ O modelo prevê tendências qualitativas (acréscimo edecréscimo) no número de espécies e nas taxas de retornoem diferentes ilhas, que podem ser testadas com simpleslistas de espécies de tempos diferentes.

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A Teoria de Metapopulações (Richard Levins 1969;1970)

1 – As populações tem uma estrutura espacial, no senso de queamplas paisagens consistem de populações locais mais ou menosdistintas.2 – Essas populações locais podem ter mais ou menos fatosdemográficos independentes, que possuem consequências para adinâmica da população regional como um todo.

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A Teoria de Metapopulações (Richard Levins 1969;1970)

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O estudo de ilhas pode trazer um melhor entendimento sobre a relação área e biodiversidade

juntamente com estudos sobre área mínima e efeito de bordapode dar valiosa contribuição para a conservação de

ecossistemas artificialmente fragmentados, como parques e reservas continentais.

Aplicações no Planejamento Ambiental

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4 Aplicações no Planejamento Ambiental

Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos

Florestais (PDBFF)

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Efeito de Borda – resultado da separação de duas áreas de um

ecossistema por uma transição abrupta.

Efeitos físicos – mudança nos ventos, penetração de luz,

temperatura e umidade.

Efeitos biológicos – proliferação de vegetação secundária,

invasão de vegetação e animais generalistas e alteração dos

processos ecológicos (Laurance, 1997).

Forma – A forma é importante por indicar qual fração está sujeita ao

efeito de borda.

Em fragmentos arredondados a razão borda/interior é baixa, ao

contrário de fragmentos alongados (Vianna, 1990).

Conectividade – Caracteriza a capacidade de uma paisagem de

facilitar ou impedir movimentos entre manchas florestais,

favorecendo a troca de organismos e genes entre as populações

(Taylor et al, 1993)

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O entendimento dessas relações são fundamentais como subsídios

pra o estudos sobre o desenho da conservação.

Aplicações no Planejamento Ambiental

Unidades de conservação têm sido criadas, mas com pouco

conhecimento sobre as relações entre a área e a diversidade

de espécies, bem como a área mínima para a sua

conservação.

(Angelo Furlan, 1992, 1996)

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Aplicações no planejamento ambiental

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“Estou muito contente que essa pesquisa (Teoria daBiogeografia de Ilhas) não tenha se tornado totalmenteobsoleta. O que nós descobrimos e dissemos em 1960apresenta-se, geralmente, como verdade. E isso é o melhorque qualquer cientista pode esperar.” (Wilson, 2010)

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Bibliografia

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ZUNINO M. & ZULINI A., Biogeografía: la dimensión espacial de la

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LOSOS J. B & RICKLEFS R. E., The Theory of Island Biogeografy

Revisited