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Teoremas de Incompletude de G¨ odel e os Fundamentos da Matem´ atica Rog´ erio Augusto dos Santos Fajardo MAT554 - Panorama de Matem´ atica 6 e 8 de agosto de 2018
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Nov 08, 2018

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Teoremas de Incompletude de Godel e osFundamentos da Matematica

Rogerio Augusto dos Santos Fajardo

MAT554 - Panorama de Matematica

6 e 8 de agosto de 2018

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Logica e Teoria dos Conjuntos servem como:

I Fundamentos da Matematica: formaliza a matematica,evitando paradoxos e tornando preciso o conceito dedemonstracao.

I Objetos de estudo da Matematica: as questoes quesurgem em logica e teoria dos conjuntos sao interessantes porsi proprias, tornando essas disciplinas areas de pesquisaemergentes da matematica, que estao crescendo no restantedo mundo.

I Ferramenta para outras areas: varios problemas em outrasareas da matematica so foram resolvidos gracas as tecnicas delogica e teoria dos conjuntos, mesmo quando os enunciadosnada dizem a respeito dessas areas.

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Logica e Teoria dos Conjuntos servem como:

I Fundamentos da Matematica: formaliza a matematica,evitando paradoxos e tornando preciso o conceito dedemonstracao.

I Objetos de estudo da Matematica: as questoes quesurgem em logica e teoria dos conjuntos sao interessantes porsi proprias, tornando essas disciplinas areas de pesquisaemergentes da matematica, que estao crescendo no restantedo mundo.

I Ferramenta para outras areas: varios problemas em outrasareas da matematica so foram resolvidos gracas as tecnicas delogica e teoria dos conjuntos, mesmo quando os enunciadosnada dizem a respeito dessas areas.

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Logica e Teoria dos Conjuntos servem como:

I Fundamentos da Matematica: formaliza a matematica,evitando paradoxos e tornando preciso o conceito dedemonstracao.

I Objetos de estudo da Matematica: as questoes quesurgem em logica e teoria dos conjuntos sao interessantes porsi proprias, tornando essas disciplinas areas de pesquisaemergentes da matematica, que estao crescendo no restantedo mundo.

I Ferramenta para outras areas: varios problemas em outrasareas da matematica so foram resolvidos gracas as tecnicas delogica e teoria dos conjuntos, mesmo quando os enunciadosnada dizem a respeito dessas areas.

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Logica e Teoria dos Conjuntos servem como:

I Fundamentos da Matematica: formaliza a matematica,evitando paradoxos e tornando preciso o conceito dedemonstracao.

I Objetos de estudo da Matematica: as questoes quesurgem em logica e teoria dos conjuntos sao interessantes porsi proprias, tornando essas disciplinas areas de pesquisaemergentes da matematica, que estao crescendo no restantedo mundo.

I Ferramenta para outras areas: varios problemas em outrasareas da matematica so foram resolvidos gracas as tecnicas delogica e teoria dos conjuntos, mesmo quando os enunciadosnada dizem a respeito dessas areas.

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Breve historia dos fundamentos da Matematica

I Georg Cantor (1878): deu inıcio a teoria dos conjuntos,comparando cardinalidades de conjuntos atraves de funcoesbijetoras.

I Gottlob Frege (1884): tentou formalizar a matematica usandologica e teoria dos conjuntos, identificando conjuntos comformulas.

I Bertrand Russell (1901): provou que o sistema de Frege einconsistente (paradoxo de Russell). Criou a teoria dos tiposcomo alternativa para formalizar a matematica. Escreveu comAlfred North Whitehead o Principia Mathematica (1910).

I Ernst Zermelo e Abraham Fraenkel (1908/1922):desenvolveram o sistema ZFC (Zermelo-Frankel-Choice, oultimo se refere ao axioma da escolha) para formalizar amatematica com teoria dos conjuntos. Dissociaram Logica eTeoria dos Conjuntos.

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Breve historia dos fundamentos da Matematica

I Georg Cantor (1878): deu inıcio a teoria dos conjuntos,comparando cardinalidades de conjuntos atraves de funcoesbijetoras.

I Gottlob Frege (1884): tentou formalizar a matematica usandologica e teoria dos conjuntos, identificando conjuntos comformulas.

I Bertrand Russell (1901): provou que o sistema de Frege einconsistente (paradoxo de Russell). Criou a teoria dos tiposcomo alternativa para formalizar a matematica. Escreveu comAlfred North Whitehead o Principia Mathematica (1910).

I Ernst Zermelo e Abraham Fraenkel (1908/1922):desenvolveram o sistema ZFC (Zermelo-Frankel-Choice, oultimo se refere ao axioma da escolha) para formalizar amatematica com teoria dos conjuntos. Dissociaram Logica eTeoria dos Conjuntos.

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Breve historia dos fundamentos da Matematica

I Georg Cantor (1878): deu inıcio a teoria dos conjuntos,comparando cardinalidades de conjuntos atraves de funcoesbijetoras.

I Gottlob Frege (1884): tentou formalizar a matematica usandologica e teoria dos conjuntos, identificando conjuntos comformulas.

I Bertrand Russell (1901): provou que o sistema de Frege einconsistente (paradoxo de Russell). Criou a teoria dos tiposcomo alternativa para formalizar a matematica. Escreveu comAlfred North Whitehead o Principia Mathematica (1910).

I Ernst Zermelo e Abraham Fraenkel (1908/1922):desenvolveram o sistema ZFC (Zermelo-Frankel-Choice, oultimo se refere ao axioma da escolha) para formalizar amatematica com teoria dos conjuntos. Dissociaram Logica eTeoria dos Conjuntos.

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Breve historia dos fundamentos da Matematica

I Georg Cantor (1878): deu inıcio a teoria dos conjuntos,comparando cardinalidades de conjuntos atraves de funcoesbijetoras.

I Gottlob Frege (1884): tentou formalizar a matematica usandologica e teoria dos conjuntos, identificando conjuntos comformulas.

I Bertrand Russell (1901): provou que o sistema de Frege einconsistente (paradoxo de Russell). Criou a teoria dos tiposcomo alternativa para formalizar a matematica. Escreveu comAlfred North Whitehead o Principia Mathematica (1910).

I Ernst Zermelo e Abraham Fraenkel (1908/1922):desenvolveram o sistema ZFC (Zermelo-Frankel-Choice, oultimo se refere ao axioma da escolha) para formalizar amatematica com teoria dos conjuntos. Dissociaram Logica eTeoria dos Conjuntos.

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Breve historia dos fundamentos da Matematica

I Georg Cantor (1878): deu inıcio a teoria dos conjuntos,comparando cardinalidades de conjuntos atraves de funcoesbijetoras.

I Gottlob Frege (1884): tentou formalizar a matematica usandologica e teoria dos conjuntos, identificando conjuntos comformulas.

I Bertrand Russell (1901): provou que o sistema de Frege einconsistente (paradoxo de Russell). Criou a teoria dos tiposcomo alternativa para formalizar a matematica. Escreveu comAlfred North Whitehead o Principia Mathematica (1910).

I Ernst Zermelo e Abraham Fraenkel (1908/1922):desenvolveram o sistema ZFC (Zermelo-Frankel-Choice, oultimo se refere ao axioma da escolha) para formalizar amatematica com teoria dos conjuntos. Dissociaram Logica eTeoria dos Conjuntos.

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I David Hilbert (1921): propos o programa de Hilbert, comouma meta estabelecidos para os matematicos para formalizara matematica e provar que essa esta livre de contradicoes.

I Kurt Godel (1931): provou os teoremas de incompletude,mostrando que o objetivo de Hilbert nao pode ser alcancado.

I Alfred Tarski (1944): desenvolveu a semantica da logica deprimeira ordem, criando a nocao de “verdade” matematica.

I Paul Cohen (1964): criou a tecnica do forcing e provou aindependencia da Hipotese do Contınuo.

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I David Hilbert (1921): propos o programa de Hilbert, comouma meta estabelecidos para os matematicos para formalizara matematica e provar que essa esta livre de contradicoes.

I Kurt Godel (1931): provou os teoremas de incompletude,mostrando que o objetivo de Hilbert nao pode ser alcancado.

I Alfred Tarski (1944): desenvolveu a semantica da logica deprimeira ordem, criando a nocao de “verdade” matematica.

I Paul Cohen (1964): criou a tecnica do forcing e provou aindependencia da Hipotese do Contınuo.

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I David Hilbert (1921): propos o programa de Hilbert, comouma meta estabelecidos para os matematicos para formalizara matematica e provar que essa esta livre de contradicoes.

I Kurt Godel (1931): provou os teoremas de incompletude,mostrando que o objetivo de Hilbert nao pode ser alcancado.

I Alfred Tarski (1944): desenvolveu a semantica da logica deprimeira ordem, criando a nocao de “verdade” matematica.

I Paul Cohen (1964): criou a tecnica do forcing e provou aindependencia da Hipotese do Contınuo.

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I David Hilbert (1921): propos o programa de Hilbert, comouma meta estabelecidos para os matematicos para formalizara matematica e provar que essa esta livre de contradicoes.

I Kurt Godel (1931): provou os teoremas de incompletude,mostrando que o objetivo de Hilbert nao pode ser alcancado.

I Alfred Tarski (1944): desenvolveu a semantica da logica deprimeira ordem, criando a nocao de “verdade” matematica.

I Paul Cohen (1964): criou a tecnica do forcing e provou aindependencia da Hipotese do Contınuo.

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I Logica: linguagem de sintaxe controlada e livre de contexto.

I Objetivo da logica: tornar a matematica livre de paradoxos equestoes ambıguas ou imprecisas.

I Desvantagem da logica: a linguagem logica e mais rigorosa,mas menos expressiva do que a linguagem natural (noentanto, para a matematica e expressiva o suficiente).

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I Logica: linguagem de sintaxe controlada e livre de contexto.

I Objetivo da logica: tornar a matematica livre de paradoxos equestoes ambıguas ou imprecisas.

I Desvantagem da logica: a linguagem logica e mais rigorosa,mas menos expressiva do que a linguagem natural (noentanto, para a matematica e expressiva o suficiente).

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I Logica: linguagem de sintaxe controlada e livre de contexto.

I Objetivo da logica: tornar a matematica livre de paradoxos equestoes ambıguas ou imprecisas.

I Desvantagem da logica: a linguagem logica e mais rigorosa,mas menos expressiva do que a linguagem natural (noentanto, para a matematica e expressiva o suficiente).

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Logica Classica

I Princıpio da nao contradicao: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas verdadeiras.

I Princıpio do terceiro excluıdo: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas falsas.

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Logica Classica

I Princıpio da nao contradicao: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas verdadeiras.

I Princıpio do terceiro excluıdo: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas falsas.

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Logica Classica

I Princıpio da nao contradicao: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas verdadeiras.

I Princıpio do terceiro excluıdo: Uma formula P e suanegacao ¬P nao podem ser ambas falsas.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Paradoxos da linguagem

I Paradoxo do mentiroso: “Esta afirmacao e falsa”.

I Problema da linguagem natural, mas, a princıpio, nao afetadiretamente a matematica.

I Paradoxo de Richard: “O menor numero natural que naopode ser definido com menos de vinte palavras”.

I Afeta a matematica, mas apenas quando nos apoiamos nalinguagem natural.

I Paradoxo de Russell: “O conjunto dos conjuntos que naopertencem a si mesmo.” {x : x /∈ x}

I Desta vez o paradoxo afeta a linguagem de um sistemaformal, pois prova a inconsistencia do sistema de Frege.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Programa de Hilbert: procurar um sistema logico que

I seja capaz de expressar toda a matematica;

I seja finitario: as formulas sao sequencias finitas dentre umalista enumeravel de sımbolos, e as demonstracoes saosequencias finitas de formulas;

I possua um procedimento mecanico-sintatico para verificar seuma sequencia de sımbolos e uma formula, e se umasequencia de formulas e uma demonstracao valida;

I seja completo: dada uma sentenca (formula sem variaveislivres), deve existir uma demonstracao para ela ou para suanegacao;

I seja consistente: nao pode provar uma formula e suanegacao;

I consiga provar sua propria completude e consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Teoremas de Godel-Rosser

Se um sistema e:

I finitario;

I capaz de expressar a aritmetica;

I recursivo (equivalentemente, Turing-computavel);

I consistente;

Entao o sistema:

I e incompleto;

I nao pode provar sua propria consistencia.

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Consequencias dos Teoremas de Godel na Teoria dosConjuntos

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I Se T e uma teoria, defina Con(T ) a afirmacao “T econsistente”;

I Pelo Teorema da Completude, Con(ZFC ) e equivalente a:“existe um modelo (M, ε) que satisfaz ZFC”;

I Pelo Teorema do Colapso de Mostowski, Con(ZFC ) eequivalente a: “existe um conjunto M tal que ϕM (a formulaϕ relativizada a M) e verdadeira, para todo axioma ϕ deZFC” (notacao: M |= ZFC );

I Pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel: se ZFC econsistente, ZFC nao prova Con(ZFC ).

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I Se T e uma teoria, defina Con(T ) a afirmacao “T econsistente”;

I Pelo Teorema da Completude, Con(ZFC ) e equivalente a:“existe um modelo (M, ε) que satisfaz ZFC”;

I Pelo Teorema do Colapso de Mostowski, Con(ZFC ) eequivalente a: “existe um conjunto M tal que ϕM (a formulaϕ relativizada a M) e verdadeira, para todo axioma ϕ deZFC” (notacao: M |= ZFC );

I Pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel: se ZFC econsistente, ZFC nao prova Con(ZFC ).

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I Se T e uma teoria, defina Con(T ) a afirmacao “T econsistente”;

I Pelo Teorema da Completude, Con(ZFC ) e equivalente a:“existe um modelo (M, ε) que satisfaz ZFC”;

I Pelo Teorema do Colapso de Mostowski, Con(ZFC ) eequivalente a: “existe um conjunto M tal que ϕM (a formulaϕ relativizada a M) e verdadeira, para todo axioma ϕ deZFC” (notacao: M |= ZFC );

I Pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel: se ZFC econsistente, ZFC nao prova Con(ZFC ).

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I Se T e uma teoria, defina Con(T ) a afirmacao “T econsistente”;

I Pelo Teorema da Completude, Con(ZFC ) e equivalente a:“existe um modelo (M, ε) que satisfaz ZFC”;

I Pelo Teorema do Colapso de Mostowski, Con(ZFC ) eequivalente a: “existe um conjunto M tal que ϕM (a formulaϕ relativizada a M) e verdadeira, para todo axioma ϕ deZFC” (notacao: M |= ZFC );

I Pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel: se ZFC econsistente, ZFC nao prova Con(ZFC ).

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I ϕ e relativamente consistente com uma teoria T seCon(T )→ Con(T + ϕ);

I Godel (1940): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + CH);

I Cohen (1964): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬CH).

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I ϕ e relativamente consistente com uma teoria T seCon(T )→ Con(T + ϕ);

I Godel (1940): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + CH);

I Cohen (1964): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬CH).

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I ϕ e relativamente consistente com uma teoria T seCon(T )→ Con(T + ϕ);

I Godel (1940): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + CH);

I Cohen (1964): ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬CH).

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Exemplos de consistencia relativa

I A partir de um modelo para a geometria euclidiana, podemosconstruir um modelo para a geometria hiperbolica (disco deKlein, disco de Poincare);

I A partir de R3 construımos um modelo para a geometriaeuclidiana;

I Assumindo a existencia de Q, construımos R (cortes deDedekind, sequencias de Cauchy);

I Construımos Q a partir de Z;

I Construımos Z a partir de N;

I Definimos a aritmetica em ZFC;

I Prova-se a consistencia relativa de ZFC a partir de ZF;

I Torcemos para ZF ser consistente.

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Cardinais inacessıveis

Um cardinal κ e (fortemente) inacessıvel se:

I ω < κ;

I λ < κ implica 2λ < κ;

I κ nao e limite de uma sequencia de tamanho menor do que κde cardinais menores do que κ;

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Cardinais inacessıveis

Um cardinal κ e (fortemente) inacessıvel se:

I ω < κ;

I λ < κ implica 2λ < κ;

I κ nao e limite de uma sequencia de tamanho menor do que κde cardinais menores do que κ;

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Cardinais inacessıveis

Um cardinal κ e (fortemente) inacessıvel se:

I ω < κ;

I λ < κ implica 2λ < κ;

I κ nao e limite de uma sequencia de tamanho menor do que κde cardinais menores do que κ;

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Cardinais inacessıveis

Um cardinal κ e (fortemente) inacessıvel se:

I ω < κ;

I λ < κ implica 2λ < κ;

I κ nao e limite de uma sequencia de tamanho menor do que κde cardinais menores do que κ;

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Cardinais inacessıveis

Um cardinal κ e (fortemente) inacessıvel se:

I ω < κ;

I λ < κ implica 2λ < κ;

I κ nao e limite de uma sequencia de tamanho menor do que κde cardinais menores do que κ;

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Seja κ cardinal

I Existe H(κ) o conjunto dos conjuntos cujos fechos transitivostem cardinalidades menores do que κ;

I Se κ e inacessıvel, H(κ) |= ZFC .

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Seja κ cardinal

I Existe H(κ) o conjunto dos conjuntos cujos fechos transitivostem cardinalidades menores do que κ;

I Se κ e inacessıvel, H(κ) |= ZFC .

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Seja κ cardinal

I Existe H(κ) o conjunto dos conjuntos cujos fechos transitivostem cardinalidades menores do que κ;

I Se κ e inacessıvel, H(κ) |= ZFC .

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Seja I a sentenca “existe um cardinal inacessıvel”.

Teoremas

I ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬I );

I Se ZFC e consistente, ZFC nao provaCon(ZFC )→ Con(ZFC + I ).

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Seja I a sentenca “existe um cardinal inacessıvel”.

Teoremas

I ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬I );

I Se ZFC e consistente, ZFC nao provaCon(ZFC )→ Con(ZFC + I ).

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Seja I a sentenca “existe um cardinal inacessıvel”.

Teoremas

I ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬I );

I Se ZFC e consistente, ZFC nao provaCon(ZFC )→ Con(ZFC + I ).

Page 72: Teoremas de Incompletude de G odel e os Fundamentos da ...fajardo/godel.pdf · Teoremas de Incompletude de G odel e os Fundamentos da Matem atica Rog erio Augusto dos Santos Fajardo

Seja I a sentenca “existe um cardinal inacessıvel”.

Teoremas

I ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + ¬I );

I Se ZFC e consistente, ZFC nao provaCon(ZFC )→ Con(ZFC + I ).

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Demonstracao:

I Suponha ZFC ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Em particular ZFC + I ` Con(ZFC )→ Con(ZFC + I );

I Mas ZFC + I ` Con(ZFC );

I Logo, por modus ponens: ZFC + I ` Con(ZFC + I );

I Portanto, pelo Segundo Teorema de Incompletude de Godel,ZFC + I e inconsistente;

I Logo, pela hipotese, ZFC e inconsistente.

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Funcao recursiva

Uma funcao φ : Nn −→ N e recursiva se existe uma sequencia defuncoes φ0, . . . , φm tal que φ e a funcao φm e, para cada k ≤ m,ocorre um dos seguintes casos:

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Funcao recursiva

Uma funcao φ : Nn −→ N e recursiva se existe uma sequencia defuncoes φ0, . . . , φm tal que φ e a funcao φm e, para cada k ≤ m,ocorre um dos seguintes casos:

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I φk e constante;

I φk(x) = x + 1;I existem j < k e i ≤ n ∈ N tais que dom(φk) = Nn,

dom(φj) = Nn−1 e

φk(x1, . . . , xi , . . . , xn) = φj(x1, . . . , xi−1, xi+1, . . . , xn);

I existem p, p1, . . . , pn < k tais que

φk(x1, . . . , xn) = φp(φp1(x1, . . . , xn), . . . , φpn(x1, . . . , xn));

I existem i < k e c ∈ N tais que

φk(0) = c e φk(x + 1) = φi (x , φk(x));

I existem i , j < k tais que

φk(0, x2, . . . , xn) = φi (x2, . . . , xn) e

φk(x + 1, x2, . . . , xn) = φj(x , φk(x , x2, . . . , xn), x2, . . . , xn);

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I φk e constante;I φk(x) = x + 1;

I existem j < k e i ≤ n ∈ N tais que dom(φk) = Nn,dom(φj) = Nn−1 e

φk(x1, . . . , xi , . . . , xn) = φj(x1, . . . , xi−1, xi+1, . . . , xn);

I existem p, p1, . . . , pn < k tais que

φk(x1, . . . , xn) = φp(φp1(x1, . . . , xn), . . . , φpn(x1, . . . , xn));

I existem i < k e c ∈ N tais que

φk(0) = c e φk(x + 1) = φi (x , φk(x));

I existem i , j < k tais que

φk(0, x2, . . . , xn) = φi (x2, . . . , xn) e

φk(x + 1, x2, . . . , xn) = φj(x , φk(x , x2, . . . , xn), x2, . . . , xn);

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I φk e constante;I φk(x) = x + 1;I existem j < k e i ≤ n ∈ N tais que dom(φk) = Nn,

dom(φj) = Nn−1 e

φk(x1, . . . , xi , . . . , xn) = φj(x1, . . . , xi−1, xi+1, . . . , xn);

I existem p, p1, . . . , pn < k tais que

φk(x1, . . . , xn) = φp(φp1(x1, . . . , xn), . . . , φpn(x1, . . . , xn));

I existem i < k e c ∈ N tais que

φk(0) = c e φk(x + 1) = φi (x , φk(x));

I existem i , j < k tais que

φk(0, x2, . . . , xn) = φi (x2, . . . , xn) e

φk(x + 1, x2, . . . , xn) = φj(x , φk(x , x2, . . . , xn), x2, . . . , xn);

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I φk e constante;I φk(x) = x + 1;I existem j < k e i ≤ n ∈ N tais que dom(φk) = Nn,

dom(φj) = Nn−1 e

φk(x1, . . . , xi , . . . , xn) = φj(x1, . . . , xi−1, xi+1, . . . , xn);

I existem p, p1, . . . , pn < k tais que

φk(x1, . . . , xn) = φp(φp1(x1, . . . , xn), . . . , φpn(x1, . . . , xn));

I existem i < k e c ∈ N tais que

φk(0) = c e φk(x + 1) = φi (x , φk(x));

I existem i , j < k tais que

φk(0, x2, . . . , xn) = φi (x2, . . . , xn) e

φk(x + 1, x2, . . . , xn) = φj(x , φk(x , x2, . . . , xn), x2, . . . , xn);

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I φk e constante;I φk(x) = x + 1;I existem j < k e i ≤ n ∈ N tais que dom(φk) = Nn,

dom(φj) = Nn−1 e

φk(x1, . . . , xi , . . . , xn) = φj(x1, . . . , xi−1, xi+1, . . . , xn);

I existem p, p1, . . . , pn < k tais que

φk(x1, . . . , xn) = φp(φp1(x1, . . . , xn), . . . , φpn(x1, . . . , xn));

I existem i < k e c ∈ N tais que

φk(0) = c e φk(x + 1) = φi (x , φk(x));

I existem i , j < k tais que

φk(0, x2, . . . , xn) = φi (x2, . . . , xn) e

φk(x + 1, x2, . . . , xn) = φj(x , φk(x , x2, . . . , xn), x2, . . . , xn);

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Esboco da demonstracao dos Teoremas de Incompletude deGodel

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Numeracao de Godel:

I Associamos um numero natural (nao nulo) a cada sımbolo dalinguagem;

I A uma string s1 . . . sk associamos o numero natural2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numero primo e ni onumero natural associado ao sımbolo si ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da string;

I A uma sequencia finita de strings A1, . . . ,Ak associamos onumero natural 2n1 · 3n2 . . . pnk

k , onde pi e o i-esimo numeroprimo e ni o numero de Godel da string Ai ;

I Esse numero e chamado de numero de Godel da sequencia destrings;

I Dizemos que um conjunto de formulas Γ e recursivo se existeuma funcao recursiva f : N −→ N tal que f (n) = 0 se, esomente se, n e o numero de Godel de uma formula quepertence a Γ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Ideia da prova de Godel:

I Criar uma formula da linguagem que significa “a formula denumero n nao pode ser provada”;

I Encontrar um numero natural tal que a sentenca obtidasubstituindo n por esse numero tenha, como numero deGodel, esse mesmo numero;

I Com isso criamos uma sentenca ϕ que diz “a sentenca ϕ naopode ser provada”;

I Se provarmos ¬ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”. Logo, existe uma prova para ϕ, e o sistema einconsistente;

I Se provarmos ϕ, provamos que “a sentenca ϕ pode serprovada”, que e a negacao de ϕ, obtendo novamente que osistema e inconsistente;

I Como a prova acima pode ser codificada no sistema, seprovarmos que o sistema e consistente, provamos, emparticular, que “ϕ nao pode ser provada”. Mas essa e apropria sentenca ϕ.

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Principais dificuldades:

I Codificar a relacao unaria “a formula de numero n nao podeser provada” na linguagem;

I Criar um “ponto fixo” na formula acima, isto e, um valor de npara o qual a sentenca obtida apos a substituicao tenha essemesmo valor;

I Para isso, Godel utilizou a ideia da “diagonal de Cantor”.

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Principais dificuldades:

I Codificar a relacao unaria “a formula de numero n nao podeser provada” na linguagem;

I Criar um “ponto fixo” na formula acima, isto e, um valor de npara o qual a sentenca obtida apos a substituicao tenha essemesmo valor;

I Para isso, Godel utilizou a ideia da “diagonal de Cantor”.

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Principais dificuldades:

I Codificar a relacao unaria “a formula de numero n nao podeser provada” na linguagem;

I Criar um “ponto fixo” na formula acima, isto e, um valor de npara o qual a sentenca obtida apos a substituicao tenha essemesmo valor;

I Para isso, Godel utilizou a ideia da “diagonal de Cantor”.

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Principais dificuldades:

I Codificar a relacao unaria “a formula de numero n nao podeser provada” na linguagem;

I Criar um “ponto fixo” na formula acima, isto e, um valor de npara o qual a sentenca obtida apos a substituicao tenha essemesmo valor;

I Para isso, Godel utilizou a ideia da “diagonal de Cantor”.

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes (no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes

(no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes (no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes (no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes (no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Defina:

I t(n) o termo 1+. . . +1, n vezes (no caso, n e umametavariavel e t(n) e um termo constante);

I A[t] a formula obtida pela substituicao de todas asocorrencias livres das variaveis em A pelo termo t;

I Φn a sequencia de sımbolos do alfabeto de L cujo numero deGodel e n;

I D o conjunto das triplas (p,m, k) ∈ N3 tais que p e o numerode Godel de uma demonstracao de Φm[t(k)].

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Proposicao V, de Godel:

Se o sistema Γ e recursivo e capaz de expressar a aritmetica, existeuma formula D(x , y , z) na linguagem tal que

I Se (p,m, k) ∈ D entao Γ ` D(t(p), t(m), t(k));

I Se (p,m, k) /∈ D entao Γ ` ¬D(t(p), t(m), t(k)).

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Proposicao V, de Godel:

Se o sistema Γ e recursivo e capaz de expressar a aritmetica, existeuma formula D(x , y , z) na linguagem tal que

I Se (p,m, k) ∈ D entao Γ ` D(t(p), t(m), t(k));

I Se (p,m, k) /∈ D entao Γ ` ¬D(t(p), t(m), t(k)).

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Proposicao V, de Godel:

Se o sistema Γ e recursivo e capaz de expressar a aritmetica, existeuma formula D(x , y , z) na linguagem tal que

I Se (p,m, k) ∈ D entao Γ ` D(t(p), t(m), t(k));

I Se (p,m, k) /∈ D entao Γ ` ¬D(t(p), t(m), t(k)).

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Proposicao V, de Godel:

Se o sistema Γ e recursivo e capaz de expressar a aritmetica, existeuma formula D(x , y , z) na linguagem tal que

I Se (p,m, k) ∈ D entao Γ ` D(t(p), t(m), t(k));

I Se (p,m, k) /∈ D entao Γ ` ¬D(t(p), t(m), t(k)).

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I Seja n o numero de Godel da formula ¬∃xD(x , y , z);

I Defina ϕ a formula ¬∃xD(x , t(n), t(n));

I ϕ significa “a formula Φn[t(n)] nao pode ser provada”;

I ϕ e a propria formula Φn[t(n)].

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I Seja n o numero de Godel da formula ¬∃xD(x , y , z);

I Defina ϕ a formula ¬∃xD(x , t(n), t(n));

I ϕ significa “a formula Φn[t(n)] nao pode ser provada”;

I ϕ e a propria formula Φn[t(n)].

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I Seja n o numero de Godel da formula ¬∃xD(x , y , z);

I Defina ϕ a formula ¬∃xD(x , t(n), t(n));

I ϕ significa “a formula Φn[t(n)] nao pode ser provada”;

I ϕ e a propria formula Φn[t(n)].

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I Seja n o numero de Godel da formula ¬∃xD(x , y , z);

I Defina ϕ a formula ¬∃xD(x , t(n), t(n));

I ϕ significa “a formula Φn[t(n)] nao pode ser provada”;

I ϕ e a propria formula Φn[t(n)].

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Primeiro Teorema de Incompletude de Godel

I Γ e ω-consistente ⇔ se Γ ` P(t(n)), para todo n ∈ ω, entaonao ocorre Γ ` ∃x ∈ N¬P(x).

I Primeiro Teorema de Godel (enunciado original): se Γ e umateoria recursiva, capaz de expressar a aritmetica eω-consistente, entao Γ e incompleto.

I Suponha que Γ ` ϕ. Tome p o numero de Godel dademonstracao de ϕ. Como ϕ e Φn[t(n)], temos (p, n, n) ∈ De Γ ` D(t(p), t(n), t(n)). Logo, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Masessa e a formula ¬ϕ.

I Suponha que Γ ` ¬ϕ. Isto e, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Existep ∈ N tal que (p, n, n) ∈ D, pois, caso contrario, terıamos,Γ ` ¬D(t(p), t(n), t(n)), para todo p ∈ N (proposicao v),contradizendo que Γ e ω-consistente. Logo, existe umademonstracao de Φn[t(n)] e, portanto, Γ ` ϕ.

I Rosser (1936) aperfeicoou a prova de Godel trocando ahipotese de ω-consistencia por apenas consistencia.

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Primeiro Teorema de Incompletude de Godel

I Γ e ω-consistente ⇔ se Γ ` P(t(n)), para todo n ∈ ω, entaonao ocorre Γ ` ∃x ∈ N¬P(x).

I Primeiro Teorema de Godel (enunciado original): se Γ e umateoria recursiva, capaz de expressar a aritmetica eω-consistente, entao Γ e incompleto.

I Suponha que Γ ` ϕ. Tome p o numero de Godel dademonstracao de ϕ. Como ϕ e Φn[t(n)], temos (p, n, n) ∈ De Γ ` D(t(p), t(n), t(n)). Logo, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Masessa e a formula ¬ϕ.

I Suponha que Γ ` ¬ϕ. Isto e, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Existep ∈ N tal que (p, n, n) ∈ D, pois, caso contrario, terıamos,Γ ` ¬D(t(p), t(n), t(n)), para todo p ∈ N (proposicao v),contradizendo que Γ e ω-consistente. Logo, existe umademonstracao de Φn[t(n)] e, portanto, Γ ` ϕ.

I Rosser (1936) aperfeicoou a prova de Godel trocando ahipotese de ω-consistencia por apenas consistencia.

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Primeiro Teorema de Incompletude de Godel

I Γ e ω-consistente ⇔ se Γ ` P(t(n)), para todo n ∈ ω, entaonao ocorre Γ ` ∃x ∈ N¬P(x).

I Primeiro Teorema de Godel (enunciado original): se Γ e umateoria recursiva, capaz de expressar a aritmetica eω-consistente, entao Γ e incompleto.

I Suponha que Γ ` ϕ. Tome p o numero de Godel dademonstracao de ϕ. Como ϕ e Φn[t(n)], temos (p, n, n) ∈ De Γ ` D(t(p), t(n), t(n)). Logo, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Masessa e a formula ¬ϕ.

I Suponha que Γ ` ¬ϕ. Isto e, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Existep ∈ N tal que (p, n, n) ∈ D, pois, caso contrario, terıamos,Γ ` ¬D(t(p), t(n), t(n)), para todo p ∈ N (proposicao v),contradizendo que Γ e ω-consistente. Logo, existe umademonstracao de Φn[t(n)] e, portanto, Γ ` ϕ.

I Rosser (1936) aperfeicoou a prova de Godel trocando ahipotese de ω-consistencia por apenas consistencia.

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Primeiro Teorema de Incompletude de Godel

I Γ e ω-consistente ⇔ se Γ ` P(t(n)), para todo n ∈ ω, entaonao ocorre Γ ` ∃x ∈ N¬P(x).

I Primeiro Teorema de Godel (enunciado original): se Γ e umateoria recursiva, capaz de expressar a aritmetica eω-consistente, entao Γ e incompleto.

I Suponha que Γ ` ϕ. Tome p o numero de Godel dademonstracao de ϕ. Como ϕ e Φn[t(n)], temos (p, n, n) ∈ De Γ ` D(t(p), t(n), t(n)). Logo, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Masessa e a formula ¬ϕ.

I Suponha que Γ ` ¬ϕ. Isto e, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Existep ∈ N tal que (p, n, n) ∈ D, pois, caso contrario, terıamos,Γ ` ¬D(t(p), t(n), t(n)), para todo p ∈ N (proposicao v),contradizendo que Γ e ω-consistente. Logo, existe umademonstracao de Φn[t(n)] e, portanto, Γ ` ϕ.

I Rosser (1936) aperfeicoou a prova de Godel trocando ahipotese de ω-consistencia por apenas consistencia.

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Primeiro Teorema de Incompletude de Godel

I Γ e ω-consistente ⇔ se Γ ` P(t(n)), para todo n ∈ ω, entaonao ocorre Γ ` ∃x ∈ N¬P(x).

I Primeiro Teorema de Godel (enunciado original): se Γ e umateoria recursiva, capaz de expressar a aritmetica eω-consistente, entao Γ e incompleto.

I Suponha que Γ ` ϕ. Tome p o numero de Godel dademonstracao de ϕ. Como ϕ e Φn[t(n)], temos (p, n, n) ∈ De Γ ` D(t(p), t(n), t(n)). Logo, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Masessa e a formula ¬ϕ.

I Suponha que Γ ` ¬ϕ. Isto e, Γ ` ∃xD(x , t(n), t(n)). Existep ∈ N tal que (p, n, n) ∈ D, pois, caso contrario, terıamos,Γ ` ¬D(t(p), t(n), t(n)), para todo p ∈ N (proposicao v),contradizendo que Γ e ω-consistente. Logo, existe umademonstracao de Φn[t(n)] e, portanto, Γ ` ϕ.

I Rosser (1936) aperfeicoou a prova de Godel trocando ahipotese de ω-consistencia por apenas consistencia.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Segundo Teorema de Incompletude de Godel

I Mostramos que, se Γ ` ϕ, entao Γ e inconsistente;

I Logo, Con(Γ) implica Γ 6` ϕ;

I Como Γ expressa a aritmetica, o argumento do primeiroteorema de Godel da para ser formalizado em Γ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ¬∃xD(x , t(n), t(n)));

I Mas ¬∃xD(x , t(n), t(n))) e a formula ϕ;

I Logo, Γ ` (Con(Γ)→ ϕ);

I Logo, se Γ ` Con(Γ), por modus ponens temos Γ ` ϕ, o que,como vimos, implica que Γ e inconsistente.

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Temas para o trabalho

1. Demonstracao de Rosser do primeiro teorema de incompletude(assumindo consistencia, em vez de ω-consistencia);

2. As definicoes de computabilidade (Godel, Turing, Church) eos teoremas de equivalencia (so enunciado);

3. Exemplos de conjeturas de outras areas da matematica(analise, algebra, geometria) que foram provadasindependentes de ZFC;

4. Exemplos de teoremas de outras areas da matematica (analise,algebra, geometria) que so foram provadas assumindo aconsistencia da existencia de um cardinal inacessıvel;

5. Pequenos cardinais: o que sao e como se relacionam comresultados matematicos de outras areas;

6. A historia do surgimento e desenvolvimento do sistema ZFC,ate chegar a sua forma atual.

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Regras para o trabalho

I O(a) aluno(a) devera escolher um tema da lista anterior;

I O trabalho devera ser entregue por e-mail em versaoeletronica para o endereco [email protected], com otıtulo “Trabalho - MAT0554 - Panorama de Matematica”;

I O trabalho e individual;

I Prazo de entrega: 20 de novembro de 2017;

I Todos os resultados e fatos citados devem ser devidamentereferenciados;

I A presenca de plagio acarretara na reducao ou anulamento danota, dependendo da gravidade desse;

I Estes slides estarao disponıveis emhttp://www.ime.usp.br/~fajardo/godel.pdf