de Estudo e Partilha de Vida GRUPO TEMA 9 Laudato Si’ 1. SENSIBILIZAÇÃO Bordados de Matizes Dumont Obrigado, Senhor, porque és meu amigo, porque sem- pre comigo tu estás a falar, a falar. No perfume das flores, na harmonia das cores e no mar que murmura, o teu nome a rezar. Escondido tu estás, no verde das florestas, nas aves em festa, no sol a brilhar. Na sombra que abriga, na brisa amiga, na fonte que corre ligeira a cantar. 2. LECTIO DIVINA Mc 4,1-9 ⬢ O que mais me impressiona na parábola? a. a generosidade do semeador que não seleciona os terrenos? b. a força vital da semente que frutifica com abundância? ⬢ Que tipo de terreno sou eu? a. o primeiro: “à beira do caminho” b. o segundo: “em solos pedregosos” c. o terceiro: “entre os espinhos” d. o quarto: “terra boa” ⬢ Como “semeador” da Palavra, que atitudes minhas se assemelham ou contrastam com as de Jesus?
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TEMA 9 Laudato Si’ - pjmgrupomarista.org.brpjmgrupomarista.org.br/wp-content/uploads/sites/17/2015/12/... · (Carta Encíclica Laudato Si’, 2015, parágrafo 139) Construir a Casa
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de Estudoe Partilha de Vida
G R U P O
TEMA 9
Laudato Si’
1. SENSIBILIZAÇÃO
Bordados de Matizes Dumont
Obrigado, Senhor, porque és meu amigo, porque sem-
pre comigo tu estás a falar, a falar. No perfume das
flores, na harmonia das cores e no mar que murmura,
o teu nome a rezar.
Escondido tu estás, no verde das florestas, nas aves em festa, no sol a brilhar. Na sombra que abriga, na brisa amiga, na fonte que corre ligeira a cantar.
2. LECTIO DIVINA
Mc 4,1-9
⬢ O que mais me impressiona na parábola? a. a generosidade do semeador que não seleciona os terrenos?
b. a força vital da semente que frutifica com abundância?
⬢ Que tipo de terreno sou eu? a. o primeiro: “à beira do caminho”
b. o segundo: “em solos pedregosos”
c. o terceiro: “entre os espinhos”
d. o quarto: “terra boa”
⬢ Como “semeador” da Palavra, que atitudes minhas se assemelham ou contrastam com as de Jesus?
Laudato Si’
3. ÁGUA DA ROCHA
Nós, seguidores de Marcelino e de seus primeiros discípulos, estamos impregnados do mesmo dinamismo in-
terior. Vivemos um modo de ser e fazer, movidos pelo mesmo espírito original. Vamos, dia após dia, aprofundando
o exercício da presença amorosa de Deus em nós mesmos e nos outros. Essa presença de Deus se manifesta
no sentimento profundo de reconhecer-nos, pessoalmente, amados por Deus e na convicção de que Ele nos
acompanha, bem de perto, em nossa experiência humana.
Devemos empenhar-nos em cultivar nosso relacionamento com Deus em tal medida que ele se torne para
nós fonte diária de renovado dinamismo espiritual e apostólico, como o foi para Marcelino. Essa vitalidade
nos tornará ousados, a despeito de nossas limitações. Inspirados na experiência de Marcelino, aceitamos os
mistérios da vida com muita confiança, abertura e generosidade. (Água da Rocha, nn. 16.18)
4. REFLEXÃO ASTORAL
O Evangelho de Marcos mostra como Jesus ajuda o povo a perceber a presença do mistério do Reino, no coti-
diano. Nessa perspectiva global, Jesus aponta para a necessidade de superação das denominações, exclusões
e da indiferença.
As sementes que caem em todos os terrenos são iguais. A diferença está no acolhimento. O semeador da
Palavra encontrará sempre os quatro tipos de terreno. Ouvir sem convicção (pedras) ou abafar a planta que
cresceu (espinheiros) dá o mesmo resultado da semente no caminho: não frutifica! Mas, muitas vezes, a pessoa
que fez a semente cair entre pedras ou espinheiros passa pela conversão e se torna terreno bom, a produzir 30
ou 60 ou 100%. Isso nos faz confiar na força (graça) da semente mesmo a longo prazo. Há sempre conversões
tardias: são operários da última hora (Mt 20,6).
A Encíclica Laudato Si’ título este inspirado na invocação de São Francisco “Louvado sejas, meu Senhor”,
que, no Cântico das Criaturas, recorda que a Terra “pode ser comparada ora a uma irmã, com quem partilhamos
a existência, ora a uma mãe, que nos acolhe nos seus braços”.
O Papa Francisco chama a atenção para a tendência de considerar a questão ambiental distinta da questão
social e enfatiza que a degradação da Terra prejudica, em primeiro lugar, os mais pobres. Sua análise destaca
dois princípios fundamentais da doutrina social da Igreja: o princípio do bem comum e o princípio do destino
universal dos bens. E refere: “o princípio da subordinação da propriedade privada ao destino universal dos bens
e, consequentemente, o direito universal ao seu uso é uma ‘regra de ouro’ do comportamento social e o primeiro
princípio de toda a ordem ético-social”.
O documento não é uma carta de bons propósitos, recheada de frases bem-intencionadas, mas é um con-
vite para a reflexão e o debate sobre a questão ambiental.
Papa Bento XVI já destacava, em sua carta sobre o desenvolvimento humano integral:
A natureza é expressão de um desígnio de amor e de verdade. Precede-nos, tendo-nos sido dada
por Deus como ambiente de vida. Fala-nos do Criador (cf. Rm 1, 20) e do seu amor pela humanida-
de. Está destinada, no fim dos tempos, a ser « instaurada » em Cristo (cf. Ef 1, 9-10; Col 1, 19-20). O
homem interpreta e modela o ambiente natural através da cultura, a qual, por sua vez, é orientada
por meio da liberdade responsável, atenta aos ditames da lei moral. Por isso, os projetos para um
desenvolvimento humano integral não podem ignorar os vindouros, mas devem ser animados pela
solidariedade e a justiça entre as gerações, tendo em conta os diversos âmbitos: ecológico, jurídico,