Acervo
Este documento contm inmeras informaes sobre o funcionamento de
equipamentos e softwares de udio e msica. Se voc no encontrar aqui
a informao que deseja.
Artigos - udio, EstdiosAcstica - noes bsicas para estdios
Amplificadores - definies Aterramento - aterramento, rudo e
segurana udio - parmetros bsicos udio digital - princpios bsicos
udio digital - tendncias do mercado udio na Internet - MID, WAV,
RA, MP3... udio no PC - fundamentos Cabos - informaes prticas
Conexes de udio - conexes balanceadas e no-balanceadas Conexes de
udio - tipos de plugs CD-R (CD-Recordable) - fundamentos Decibel
(dB) - nveis de intensidade sonora Direct box (DI) - fundamentos
Masterizao - fundamentos Mesas de mixagem - estrutura bsica Mesas
de mixagem - mixing bus - barramentos Microfones - fundamentos
Microfones - noes bsicas e aplicaes (4 artigos) Monitores
amplificados - fundamentos Montando seu estdio digital - configurao
ideal e exemplos de conexes Processamento de udio - introduo
Processamento de udio - processamento em 32 bits c/ ponto-flutuante
Processadores de efeitos - fundamentos S/PDIF - fundamentos
Artigos - Informtica Musical64 bits - monte seu computador
Adaptador MIDI p/ Sound Blaster - diagrama e montagem ASIO -
definio CobraNet - redes de udio Computer Music - definio Dicas -
recomendaes teis para micreiros musicais Discos rgidos - SCSI x IDE
Drivers - fundamentos
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DXi - sintetizadores virtuais (software synths) Firewire -
definio Gravao de udio no PC - fundamentos Hyper Threading -
multi-processamento Interface MIDI - portas de entrada e sada
(Parte I) Interface MIDI - portas de entrada e sada (Parte II)
Integrao de MIDI e udio no PC - fundamentos Intel Dual Core -
processadores com ncelo duplo Interrupes IRQ - conflitos e solues
Latncia - udio digital no Windows Memria SIMM - definio mLAN - rede
local para msica e udio - fundamentos mLAN - rede local para msica
e udio - detalhes SCSI - definio Seqenciadores - algumas dicas e
tcnicas Seqenciadores - canais de MIDI Seqenciadores -
criando/alterando a dinmica das notas Seqenciadores - quantizao
Seqenciadores - selecionando os bancos de timbres (bank select)
Seqenciadores - selecionando os timbres do sintetizador (program
change) Seqenciadores - trilhas e portas MIDI Sincronizao -
conceitos sobre SMPTE Sincronizao - conceitos sobre FSK USB -
definio WDM - Windows Driver Model Windows e MIDI - detalhes e
configuraes Windows e MIDI - entendendo o que so drivers x64 -
benefcios em sistemas de udio Zip drive - definio
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matemticos Fontes de alimentao - informaes prticas Instrumentos e
tecnologia digital - uma viso histrica Regies do piano e outros
instrumentos - fundamentos Sntese por Modelagem Fsica - fundamentos
(I) Sntese por Modelagem Fsica - fundamentos (II) Sintetizadores -
expressividade e key velocity Sintetizadores - filtro
Sintetizadores - tecnologia dos instrumentos eletrnicos (10
artigos)
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Artigos - MIDIConexo MIDI - exemplos de conexes Cabo MIDI -
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dinmica - criando compresso de volume via MIDI Control Change (CC)
- fundamentos Control Change 0 - Bank Select - detalhes tcnicos
Control Change 1 - Modulation - detalhes tcnicos Control Change 2 -
Breath Controller - detalhes tcnicos Control Change 4 - Foot
Controller - detalhes tcnicos Control Change 5 - Portamento Time -
detalhes tcnicos Control Change 6 - Data Entry MSB - detalhes
tcnicos Control Change 7 - Volume - detalhes tcnicos Control Change
8 - Balance - detalhes tcnicos Control Change 10 - Pan - detalhes
tcnicos Control Change 11 - Expression - detalhes tcnicos Control
Change 64 - Sustain - detalhes tcnicos Control Change 65 -
Portamento On/Off - detalhes tcnicos Control Change 68 - Legato
On/Off - detalhes tcnicos Control Change 98 e 99 (RPN / NRPN) -
detalhes tcnicos Conectando o instrumento ao computador - adpatador
MIDI para placa de som Copiando sequncias - transferindo seqncias
via MIDI MIDI: duas dcadas de (r)evoluo - aborda a histria e
tendncias MIDI e Copyright - registro de msicas em arquivos MIDI
MIDI Specification 1.0 - descritivo tcnico em portugus MIDI - um
padro em constante evoluo - aborda XMIDI, DLS, NIFF Remapeamento de
Program Change - como acessar todos os timbres de um instrumento
SysEx - transferindo dados de um equipamento para outro
Noes bsicas de acstica para estdios
Noes bsicas de acstica para estdios
muito comum uma pessoa querer transformar em estdio uma sala ou
quarto de sua casa, e achar que para isso basta forrar as paredes
com carpete, cortia ou at mesmo caixa de ovo. Infelizmente, nem
todos compreendem que as solues acsticas podem at ser simples, mas
preciso entender os fenmenos para buscar as maneiras mais adequadas
de resolver os problemas. O objetivo deste texto apresentar
conceitos bsicos e mostrar algumas formas de se melhorar a acstica
de um estdio. Para questes mais complexas, recomendamos consultar
profissionais qualificados.
Dimenses do estdioUm aspecto muito importante diz respeito s
dimenses fsicas do recinto. Geralmente existem freqncias do
espectro de udio que podem produzir "ondas estacionrias" no
ambiente, quando os comprimentos das ondas sonoras coincidem com as
distncias entre paredes, teto e cho. A primeira soluo para evitar
esse fenmeno indesejvel projetar o estdio com dimenses que
dificultem o aparecimento das ondas estacionrias (alguns
projetistas preferem at criar estdios com paredes e tetos no
paralelos). Deve-se evitar recintos com distncias iguais (ou
mltiplas) entre paredes e entre piso e teto, uma vez que isso
facilita a ocorrncia de ondas estacionrias. Alm disso, a maior
dimenso (digamos, o comprimento do estdio) no deve ser mais de
quatro vezes maior do que a menor dimenso (digamos, a altura do
teto). Por outro lado, um recinto muito pequeno poder tornar difcil
o tratamento acstico para corrigir as "coloraes" criadas no som
pelas diversas reflexes. Salas maiores em geral so mais fceis de
ser tratadas acusticamente. recomendvel fazer uma anlise do provvel
comportamento acstico do recinto, baseado nas distncias entre
paredes e altura do teto. A
Noes bsicas de acstica para estdios
partir das concluses dessa anlise, pode-se saber se as dimenses
so crticas ou viveis. Se so crticas, devem ser redefinidas. E como
nem sempre possvel determinar as dimenses do recinto mudando as
paredes de lugar, muitas vezes a soluo construir uma nova parede
frente da original, ou rebaixar o teto. Se as dimenses do recinto
so viveis, necessrio ento avaliar quais materiais devero ser usados
- e de que maneira - para que se possa eliminar as imperfeies
acsticas que possivelmente ainda podero ocorrer. Para saber o
comportamento acstico de um recinto retangular, sugerimos usar a
planilha de anlise disponvel na seo Download do site da revista .
Ainda na fase de escolha da concepo do estdio, tambm importante
pensar previamente nas instalaes eltricas e, principalmente, na
instalao do sistema de ar condicionado. Se for necessrio construir
paredes ou tetos extras, verifique atentamente as possveis
interferncias com eletrodutos (para iluminao e alimentao de
energia) e dutos de ar condicionado. Certifique-se de que as
alteraes de paredes e teto para a soluo acstica no gera problemas
em outras reas. Lembre-se sempre de que melhor perder um pouco de
tempo antes de fazer do que ter que refazer!
Isolamento acsticoCada tipo de material possui uma caracterstica
prpria, no que se refere a isolamento acstico, dependente da sua
densidade e tambm de sua espessura. O parmetro chamado de classe de
transmisso sonora (STC) um valor numrico de classificao que mostra
a reduo da transferncia do som atravs de um determinado material,
ou combinao de materiais. Essa classificao geralmente se aplica a
materiais duros, como tijolo, concreto, massa de parede, etc.
verdade que qualquer material bloqueia uma poro da transmisso do
som, mas efetivamente, os materiais de alta densidade so melhores
nesse aspecto do que os materiais leves. A soluo mais comum para
reduzir a transferncia do som de um ambiente para outro o uso de
parede dupla, com um espao entre elas, que pode ter apenas ar ou um
material absorvedor (ex: l-devidro). Quanto maior for o
coeficiente, melhor ser o isolamento. A tabela abaixo mostra alguns
exemplos de materiais. MATERIAL DA PAREDE parede dupla de gesso
16mm c/ miolo de 10cm de l-de-vidro parede dupla de gesso 32mm c/
miolo de 10cm de l-de-vidro parede de tijolos de concreto com furos
cheios de areia STC 38 43 53
No se esquea de que o isolamento deve ser eficaz nos dois
sentidos, isto , no deve permitir a passagem do rudo ambiente
(trfego, etc) para dentro do estdio, bem como evitar que o som do
estdio seja ouvido no exterior. Em alguns casos, fcil isolar o som
externo, mas nem to fcil evitar que o som produzido no estdio
incomode os vizinhos!
Noes bsicas de acstica para estdios
Infelizmente, a maioria das paredes de construes comuns no
possui densidade e espessura suficientes para barrar efetivamente o
som (tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro). Alm
disso, geralmente os cmodos de casas ou imveis comerciais possuem
janelas e portas sem qualquer tratamento especial, atravs das quais
o som pode passar com facilidade. No caso de janelas voltadas para
o exterior, a melhor soluo elimin-las definitivamente, fechando-as
com alvenaria. Caso isso no seja possvel, ento necessrio
transform-las em janelas especiais, com vidros mais espessos
(preferencialmente duplos) e vedaes eficientes. Tenha sempre em
mente de que a janela poder sempre ser um ponto fraco no isolamento
acstico, alm de ser uma fonte potencial de infiltrao de gua de
chuva, por exemplo. No caso de estdios de gravao, que precisam de
uma janela interna entre a sala tcnica e a sala de gravao, esta
dever possuir vidro duplo, montados de tal forma que no haja
contato direto entre a estrutura de fixao de cada um (veja figura).
Revestir simplesmente as paredes com carpete ou outro material
comum no trar qualquer resultado prtico, pois o som precisa de
"massa" para ser bloqueado. Dessa forma, ainda que eventualmente
possa melhorar a acstica interna, diminuindo reflexes, a camada
fina do carpete no oferecer qualquer resistncia transmisso do som.
No caso de paredes j existentes, uma soluo criar uma outra "parede"
de gesso, afastada alguns centmetros da parede original. O espao
entre a parede original e a nova parede pode ser preenchido com
material absorvedor, como l-de-vidro, por exemplo. importante
atentar para os detalhes de fixao das placas de gesso, para que no
haja um contato direto entre as paredes que permita a transferncia
mecnica do som de uma a outra. Tambm preciso eliminar todas as
fendas e quaisquer tipos de frestas, atravs das quais o som poder
vazar. O teto e o piso originais do recinto tambm devero ser
avaliados dentro do mesmo objetivo de criar barreiras para a
transferncia do som. O mesmo princpio da parede dupla pode ser
aplicado ao teto, devidamente adequado s condies fsicas (estrutura
suspensa). Uma ateno maior dever ser dada quanto vedao de frestas e
furos, uma vez que o teto rebaixado geralmente usado para a
instalao de luminrias, passagem de cabos e dutos de ar
condicionado. O piso pode ser uma parte crtica, pois nele que
ocorrem os maiores nveis de rudo de impacto, sobretudo no caso de
bateria e percusso (pedal de bumbo, tambores colocados no cho,
etc). Colocar um tapete grosso no resolve esse tipo de problema,
embora
Noes bsicas de acstica para estdios
possa atenuar o barulho de passos, por exemplo. Assim como no
caso das paredes e do teto, a soluo mais indicada criar um piso
acima do original, e isolado deste por meio de algum tipo de
suspenso (blocos de borracha, por exemplo). Alm da preocupao com o
isolamento do rudo ambiente externo, preciso avaliar tambm o rudo
que ser produzido pelo sistema de ar condicionado a ser instalado
no estdio. Alm do barulho junto mquina, deve-se levar em conta
ainda a possvel transferncia desse rudo atravs do duto de ar e
tambm por transmisso mecnica, pela vibrao da estrutura dos dutos e
contato desta com as paredes e teto do estdio. Uma das solues para
reduzir o barulho vindo por dentro do duto de ar revesti-lo
internamento com material absorvedor. E para evitar a transferncia
da vibrao da mquina pelo duto, comum fazer um desacoplamento
mecnico do mesmo, seccionando-o e unindo as partes com uma pea
flexvel. Tais providncias em geral causam perda de eficincia da
mquina, o que deve ser tambm considerado.
Tratamento acsticoUma vez construdas as paredes e o teto do
estdio (nas dimenses otimizadas e dentro dos critrios adequados de
isolamento), necessrio fazer um tratamento interno das superfcies,
buscando-se as condies ideais para a aplicao que se quer. Antes de
se definir qual o tipo de material a ser usado no tratamento
acstico, importante conhecer o coeficiente de reduo de rudo (NRC).
Ele um valor numrico de classificao que permite quantificar a
capacidade de um determinado material em absorver o som. Esse
coeficiente em geral se aplica mais a materiais macios, como espuma
acstica, l-de-vidro, carpete, etc, embora tambm possa ser aplicado
a materiais "duros" como tijolo e massa de parede. O NRC de um
material a mdia de absoro de vrias freqncias centrais entre 125 Hz
e 4 kHz. Quanto maior for o coeficiente, melhor ser absoro do
material. A tabela abaixo mostra alguns exemplos de materiais.
MATERIAL carpete grosso sobre concreto piso de madeira concreto
pintado NRC em 125 Hz NRC em 4 kHz 0,02 0,15 0,01 0,65 0,07
0,08
Mesmo com um estdio construdo dentro de dimenses otimizadas,
muito provavelmente ainda ser necessrio fazer algum tipo de correo,
devido s reflexes do som que ocorrero nas superfcies. O tipo de
soluo no tratamento acstico vai depender da resposta que o recinto
estiver produzindo. Existem solues orientadas para cada tipo de
problema. H algumas dcadas, muitos estdios eram construdos com
revestimento acstico
Noes bsicas de acstica para estdios
extremamente absorvedor, de maneira a "matar" totalmente as
reflexes. Isso, no entanto, tornava o estdio um abiente
completamente incomum, se comparado aos locais onde normalmente se
ouve msica. Hoje, os estdios costumam ter uma acstica "neutra",
geralmente com uma parede mais reflexiva e outra mais absorvedora.
Para se conseguir essa situao, utilizam-se painis de materiais
adequados presos s paredes do estdio, de forma a absorver energia
das ondas sonoras que atingem as paredes. O tipo de recurso a ser
usado vai depender da faixa de freqncias do espectro do som que se
queira absorver. Os materiais porosos (espuma, carpete, etc) em
geral so eficientes para absorver agudos, pelo fato destes possurem
comprimentos de onda pequenos, e assim qualquer pequena
irregularidade do material capaz de diminuir a energia da onda
sonora. J no caso dos graves, preciso criar dispositivos compatveis
com os comprimentos de onda grandes, o que feito com painis
especiais de amortecimento (chamados de "bass-traps"), que vibram
com os graves e ao mesmo tempo absorvem a energia dessa vibrao, no
devolvendo a onda ao ambiente. Em algumas situaes, pode ser
necessrio reduzir a sustentao de apenas uma determinada faixa de
freqncias do espectro, e para isso so usados painis sintonizados,
devidamente calculados.
ConclusoComo se pode ver pelo exposto, o projeto acstico de um
estdio envolve vrios fatores, que devem sempre ser considerados.
Ainda que se possa estimar previamente o comportamento do recinto,
somente depois de construdo e com todos os equipamentos instalados
e operando que se consegue ter uma avaliao concreta, pois as
superfcies dos equipamentos e do mobilirio podem tambm interferir
no resultado que se ouve. Por isso, aconselhvel consultar um
profissional experiente, que com sua vivncia no assunto poder
prever com muito mais preciso os resultados.
Referncias: - Practical Guidelines For Building A Sound Studio -
Auralex Acoustics - Studio Acoustics - Primacoustic - Building a
Recording Studio (Jeff Cooper) - Synergy Group
Amplificadores
Amplificadores - definies
Pre-amp o "pr-amplificador", um amplificador de baixa potncia
usado para condicionar o sinal (normalmente, sinal de microfone)
para um nvel adequado ao mixer ou amplificador de potncia. Os
pr-amplificadores (ex: Ashly), geralmente possuem controles de
ganho, e eventualmente ajustes de tonalidade (EQ). Existem
pr-amplificadores que utilizam circuitos com vlvulas (ex: Behringer
MIC2200), que do uma "colorao" diferente ao som. A caracterstica
mais importante que deve ter um pr-amplificador diz respeito ao
rudo: quanto maior a relao sinal/rudo, melhor. Amp o amplificador
de potncia, propriamente dito. Alguns amplificadores possuem um pr,
que condiciona o sinal para o nvel adequado. Um amplificador stereo
domstico, por exemplo, geralmente possui um pr-amplificador para
toca-discos de vinil (embora isso esteja caindo em desuso). Os
amplificadores podem ter tambm controles de tonalidade, balano
(esquerdo/direito) e outros recursos adicionais. Alguns tm sadas
para 4 caixas, duplicando os canais do stereo. No caso de
amplificadores de instrumentos - os "combo amplifiers" - a maioria
mono, e possui um pr para ajuste de nvel e equalizao (ex: Ibanez
TA25). Muitos amps de guitarra so valvulados, pois os guitarristas
preferem a distoro caracterstica da vlvula, que d uma colorao
agradvel ao som da guitarra.
Power Amp um amplificador sem pr, s com o estgio de potncia.
Normalmente usado em sistemas de sonorizao de show (P.A. e
amplificao de palco), e tambm em estdios. Nesses amplificadores, s
h o controle de volume de cada canal, pois o sinal j vem em nvel
adequado ("line"). Os amplificadores para sonorizao (ex: Yamaha
P3500) tm que ter muita potncia, e normalmente so usados em grupos.
Os amplificadores de estdio (ex: Yamaha A100a), tambm chamados de
"amplificadores de referncia" (Reference Amplifiers) tm como
caracterstica principal a resposta "plana", isto , sem colorir o
som, e por isso raramente
Amplificadores
so valvulados.
Aterramento, rudo e segurana
Aterramento, rudo e seguranaInformao tcnica para usurios de
produtos de udio profissional da Yamaha O aterramento inadequado
pode criar risco mortal. Mesmo que no venha a causar perigo, os
loops de terra so a causa mais comum de rudo (hum) da rede eltrica
nos sistemas de udio. Portanto, til aprender sobre aterramento, e
usar esse conhecimento. O que um loop de terra? Um loop de terra
(ground loop) ocorre quando existe mais de um caminho de
aterramento entre duas partes do equipamento. O caminho duplo forma
o equivalente ao loop de uma antena, que muito eficientemente capta
as correntes de interferncia. A resistncia dos terminais
transformam essa corrente em flutuaes de voltagem, e por causa
disso a referncia de terra no sistema deixa de ser estvel, e o rudo
aparece no sinal. Os loops de terra podem ser eliminados? Mesmo
engenheiros de udio experientes podem ter dificuldade em isolar os
loops de terra. s vezes, em equipamentos de udio mal projetados
(mesmo equipamentos caros), os loops de terra ocorrem dentro do
chassis do equipamento, mesmo este possuindo entradas e sadas
balanceadas. Nesse caso, pouco se pode fazer para eliminar o hum a
menos que a fiao interna de aterramento seja refeita. Os
equipamentos da Yamaha so projetados com muito cuidado em relao ao
aterramento interno. Voc deve evitar equipamentos de udio
profissional com conexes no balanceadas (a menos que todos os
equipamentos estejam muito prximos, conectados mesma linha da rede
eltrica, e no sujeitos a campos fortes de induo da rede eltrica).
Na verdade, se todas as conexes forem balanceadas e o equipamento
tiver sido projetado e construdo adequadamente, os loops de terra
externos no induziro rudo. Pelo fato dos equipamentos Yamaha serem
menos suscetveis a problemas com loops de terra, em geral mais fcil
e mais rpido coloc-los em operao.
Aterramento, rudo e segurana
A Fig.1 ilustra uma situao tpica de loop de terra. Dois
equipamentos interconectados esto ligados a tomadas de energia em
lugares separados, e o terceiro pino est aterrado em cada uma
delas. O caminho do aterramento das tomadas e o caminho do
aterramento pela blindagem do cabo formam um loop que pode captar
interferncia. Se o equipamento no tiver sido bem construdo, essa
corrente (que age como sinal) circulando pelo aterramento atravessa
caminhos que no deveriam conter qualquer sinal. Essa corrente, por
sua vez, modula o potencial da fiao de sinal e produz ento rudos e
hum que no podem ser separadas facilmente do sinal propriamente
dito, no equipamento afetado. O rudo, portanto, amplificado junto
com o sinal. O que fazer para evitar os loops de terra? Existem
quatro abordagens para se tratar o aterramento em sistemas de udio:
ponto nico, multi-ponto, flutuante, e blindagem telescpica. Cada
uma tem vantagens especficas em diferentes tipos de sistemas.
A Fig.2 ilustra o aterramento por ponto nico. O aterramento do
chassis de cada equipamento individual conectado ao terra da
tomada; o sinal de aterramento ligado entre os equipamentos e
conectado ao terra num ponto central. Essa configurao muito eficaz
para eliminar rudos da rede eltrica e de chaveamento, mas mais
fcil
Aterramento, rudo e segurana
usar em instalaes permanentes. O aterramento por ponto nico
muito usado em instalaes de estdio, e tambm eficaz em fiaes de
racks individuais de equipamentos. No entanto, quase impossvel
implement-lo em sistemas de sonorizao complexos e portteis. A
Yamaha no recomenda esse esquema em seus equipamentos de sonorizao.
O aterramento multi-ponto (Fig.3) o encontrado em equipamentos com
conexes no balanceadas nos quais o aterramento ligado ao chassis.
um esquema muito simples na prtica, mas no muito confivel,
particularmente se a configurao do sistema alterada
freqentemente.
Os sistemas com aterramento multi-ponto que empregam circuitos
balanceados com equipamentos projetados adequadamente em geral no
apresentam problemas de rudo. Este esquema adequado para a maioria
dos equipamentos Yamaha. A Fig.4 mostra princpio do terra
flutuante. Observe que o sinal de aterramento est completamente
isolado do terra propriamente dito. este esquema til quando o terra
contm rudo excessivo. No entanto, ele depende do estgio de entrada
do equipamento rejeitar a interferncia induzida nas blindagens dos
cabos, e dessa forma preciso que o circuito de entrada seja o
melhor possvel.
A Fig.5 ilustra o princpio da blindagem telescpica. Este esquema
muito eficaz para eliminar loops de terra. Quando o rudo entra numa
blindagem conectada apenas terra, aquele rudo no pode entrar no
caminho do sinal. Para implementar esse esquema preciso ter linhas
balanceadas e transformadores, uma vez que o aterramento no
compartilhado entre os equipamentos.
Aterramento, rudo e segurana
Uma desvantagem que os cabos podem no ser iguais, pois alguns
podem ter a blindagem conectada em ambas as extremidades, e outros
no, dependendo do equipamento, o que torna mais complicado a
escolha dos cabos na montagem e desmontagem de sistemas
portteis.r
r
r r
Aqui vai um resumo das regras bsicas para ajudar na escolha de
um esquema de aterramento: Identifique sub-sistemas ou ambientes de
equipamentos que possam estar contidos numa blindagem eletrosttica
que se conecta ao terra. Conecte ao terra o aterramento de cada
sub-sistema separado, num nico ponto. Garanta o mximo isolamento
nas conexes entre os sub-sistemas, usando conexes balanceadas com
acoplamento a transformador.
O aterramento no essencial para evitar rudo mas a segurana outro
assunto! Um equipamento no precisa estar aterrado para evitar a
entrada de rudo no sistema. A principal razo para se aterrar os
equipamentos de udio a segurana; o aterramento adequado pode evitar
choques mortais. A segunda razo para aterrar um sistema que possua
equipamentos alimentados por tenso AC que, sob determinadas
condies, um aterramento adequado pode reduzir a captao de rudo
externo. Ainda que o aterramento adequado nem sempre possa reduzir
a captao de rudo externo, um aterramento inadequado podem piorar a
captao de rudo externo. O fio de aterramento do cabo de fora
conecta o chassis do equipamento ao fio da tomada que est conectado
ao terra da instalao eltrica do prdio. Este aterramento, exigido
por normas em qualquer lugar, pode contribuir para a existncia de
loops de terra (veja Fig.6).
Aterramento, rudo e segurana
Evite a tentao de cortar o 3o pino Com apenas um caminho para o
aterramento, no pode haver loop de terra. Poderia haver um loop de
terra com um cabo de udio unindo um mixer a um amplificador de
potncia? Sim! Uma conexo de aterramento atravs dos cabos de fora e
os chassis dos dois equipamentos completa o segundo caminho. Uma
forma de cortar esse loop de terra desconectar o terra da rede em
um dos equipamentos, tipicamente no amplificador de potncia, usando
um adaptador de dois para trs pinos. Deixando o terceiro pino do
adaptador no conectado faz interromper o loop de terra, mas tambm
remove o aterramento de proteo da rede eltrica. O sistema agora
confia apenas no cabo de udio para fornecer o aterramento, uma
prtica que pode ser arriscada. Lembre-se, esse tipo de loop de
terra no causa necessariamente rudo, a menos que o equipamento
possui conexes no balanceadas ou um aterramento interno inadequado.
Em certas situaes pode-se desconectar a blindagem do cabo de udio
em uma das extremidades (usualmente na sada), e assim eliminar o
possvel caminho da corrente do loop de terra. Numa linha
balanceada, a blindagem no carrega sinal de udio; ela protege
contra rudos estticos e interferncias de freqncias de radio, e
continua a fazlo mesmo se desconectada numa das extremidades.
Entretanto, no corte a blindagem de um cabo de microfone que
carrega phantom power, pois isso cortar a alimentao do microfone.
Interromper o aterramento numa das extremidades de um cabo no uma
soluo prtica para os problemas de loop de terra em sistemas
portteis porque isso
Aterramento, rudo e segurana
requer cabos especiais. Alguns equipamentos profissionais
possuem chaves de interrupo de aterramento (ground lift) mas
entradas balanceadas. Os mixers e consoles da Yamaha no vm mais com
chave de ground lift pelas seguintes razes:r r
possibilidade de uso errneo aterramento interno adequado e
dispensa essa chave
A interrupo do aterramento pode ser letal! A interrupo do
aterramento pode parecer essencial quando vrios cabos de udio no
balanceados ligam dois equipamentos, mas pelo menos uma das
blindagens deve permanecer conectada em ambas as extremidades para
manter o lado inferior da conexo de udio. A chance de uma perda
total da continuidade do aterramento faz dessa prtica arriscada,
para no dizer perigosa. Se voc quiser evitar a interrupo do
aterramento, tente amarrar os cabos bem juntos, o que reduz o
efeito antena do loop de terra. Maximize a segurana e evite os
rudos de loops de terra No interrompa o aterramento de segurana em
qualquer equipamento, a menos que isso reduza significativamente o
nvel de rudo. Estabelea um esquema que no requeira a interrupo do
aterramento. NUNCA elimine o aterramento de segurana da rede
eltrica num mixer ou outro tipo de equipamento que esteja conectado
diretamente a microfones. Os microfones so prioridade no
aterramento de segurana porque as pessoas que os seguram podem
tocar em alguma parte aterrada no palco, inclusive o prprio piso
molhado do palco... e ento... Onde for possvel, ligue todos os
equipamentos num mesmo circuito da rede eltrica. Isso inclui a mesa
de mixagem, processadores de efeitos, e instrumentos eltricos, tais
como amplificadores de guitarra, teclados, etc. Isso no s reduz o
potencial de rudo se ocorrer um loop de terra, mas tambm reduz o
perigo de um choque eltrico. No sistema de distribuio de energia,
sempre conecte iluminao, ar condicionado, motores, etc, a uma fase
(ou circuito) diferente da que est sendo usada para os equipamentos
de udio.Adaptado de Sound Reinforcement Handbook, de Gary Davis
& Ralph Jones, 2a. Edio, revisada em fevereiro de 1990,
publicada por Hal Leonard Publishing Co. 1992 Yamaha Corporation of
America
Parametros de audio
Parmetros bsicos de udio
Relao Sinal/Rudo e Faixa Dinmica O parmetro "relao sinal/rudo"
(signal/noise ratio) indica a diferena entre o nvel mais alto de
sinal que o equipamento pode operar e o nvel de rudo existente no
aparelho (no caso de mixers e amps, normalmente rudo trmico; no
caso de gravadores de fitas, o rudo inerente fita magntica). Os
nveis so medidos em dB (decibel), que uma medida relativa (baseada
numa relao entre dois valores). No caso da relao sinal/rudo,
mede-se a intensidade do rudo presente na sada do equipamento, sem
sinal na entrada, e depois a intensidade do maior sinal que pode
ser aplicado sem distoro. A diferena entre eles mostrada em
decibis. A relao sinal/rudo geralmente adotada para indicar tambm a
faixa dinmica (dynamic range) do equipamento, ou seja, a gama de
intensidades que podem ocorrer no mesmo, e que vai desde o menor
sinal (que est prximo do "piso" do rudo) at o mximo sinal sem
distoro. A faixa dinmica de um CD, por exemplo, maior do que 90 dB,
enquanto que num gravador cassete em torno de 65 dB (se o gravador
possuir Dolby ou dbx, essa faixa pode aumentar para uns 80 dB).
Qual o valor ideal para a faixa dinmica? Bem, o ouvido humano pode
perceber sons dentro de uma faixa de 120 dB, que vai desde o
"limiar da audio" (o "quase silncio") at o "limiar da dor"
(digamos, prximo uma turbina de jato). Portanto, para um
equipamento de udio responder bem, do ponto de vista da dinmica do
som, teria que atender uma faixa de 120 dB. Entretanto, como ningum
vai ouvir turbina de avio em seu equipamento de som, adotou-se o
valor de cerca de 90 dB para o CD, por ser a faixa dinmica "normal"
de execuo de msica (ainda que bem na frente de um sistema de
amplificao de rock pesado possa se chegar aos 120 dB; mas isso no
seria uma coisa muito normal, no mesmo?). Entrando um pouco na rea
digital, interessante saber que usando-se nmeros de 16 bits podemos
representar digitalmente os nveis sonoros dentro de uma faixa
superior a 90 dB. Por isso os CDs trabalham com 16 bits. H algumas
limitaes nos 16 bits para quando o sinal sonoro muito fraco, e a
sua digitalizao sofreria uma certa "distoro". Mas isso uma histria
mais complicada, que acho que no vem ao caso... Os amplificadores e
mixers de boa qualidade (que no tenham rudo excessivo), normalmente
tm uma faixa dinmica muito boa, superior a 96 dB. Atualmente, um
equipamento com relao sinal/rudo ou faixa dinmica abaixo de uns 90
dB no ter qualidade suficiente para aplicaes profissionais ( o caso
dos gravadores cassete).
Parametros de audio
Distoro Harmnica (THD) THD significa "Total Harmonic
Distortion", ou seja, distoro harmnica total. outro parmetro de
avaliao da qualidade de um equipamento de udio. Como os componentes
eletrnicos (transistores) no so perfeitamente lineares, eles criam
uma pequena distoro no sinal de udio, distoro essa que gera
harmnicos antes inexistentes. Para medir a THD, injeta-se um sinal
puro (onda senoidal) na entrada do equipamento, e mede-se a
composio harmnica do sinal na sada. Os nveis (intensidades) dos
harmnicos so ento somados e divididos pelo nvel do sinal original
(puro), obtendo-se assim a proporo (percentual) de harmnicos
"criados" no equipamento em relao ao sinal original. Tipicamente,
hoje os valores de THD em pr-amplificadores e mixers est abaixo de
0,01%. Em amplificadores de potncia a THD fica abaixo de 0,5%. Uma
observao final (ufa!): Embora haja padres para se fazerem essas
medidas, muitas vezes o fabricante efetua a medida adotando uma
referncia mais favorvel (por exemplo: se o amplificador produz
menor THD quando o sinal tem freqncia de 2 kHz, ele faz a medida
usando essa freqncia como sinal de teste). Por isso, algumas vezes
a ficah tcnica mostra uma coisa, mas o resultado outro. Os
fabricantes de equipamentos de alta qualidade, no entanto, costumam
ser bastante sinceros nas suas especificaes.
Digitalizao de udio
Digitalizao de udio
Para se transformar um sinal sonoro em sinal digital adequado
manipulao por equipamentos digitais, necessrio convert-lo da forma
analgica (o sinal eltrico de um microfone, por exemplo) para o
formato digital, isto , cdigos numricos que podem ser interpretados
por processadores. Essa transformao feita pelos conversores A/D
(analgico para digital), que fazem inmeras fotografias
(amostragens) do valor do sinal analgico ao longo do tempo, que so
codificados em nmeros digitais, armazenados ento na memria do
equipamento. Aps diversos desses valores, tem-se a representao
completa do sinal analgico original, sob a forma de nmeros, que
podem ento ser armazenados nos chips de memria na ordem exata em
que foram coletados, que passam a representar numericamente o sinal
original. A velocidade com que as amostragens so coletadas chamada
de freqncia de amostragem. Para se reproduzir o sinal armazenado na
memria, usa-se o conversor D/A (digital para analgico), que busca
na memria os cdigos numricos e, respeitando a sua ordem cronolgica,
recria o sinal original, ponto por ponto. Para que o sinal seja
reconstrudo corretamente, preciso que o conversor D/ A recoloque as
amostragens ao longo do tempo com a mesma velocidade que foi usada
pelo conversor A/D.
H dois aspectos muito importantes na converso digital de sinais
de udio: o primeiro diz respeito capacidade do conversor detectar
fielmente todas as variaes de amplitude do sinal, e chamado de
resoluo, e quanto maior for a preciso que se queira na converso de
um sinal analgico para digital, tanto maior dever ser a resoluo,
que est intimamente relacionados com a capacidade do equipamento
em
Digitalizao de udio
representar os valores numricos, em bits. Quanto maior for o
nmero de bits, melhor ser a capacidade de resoluo do equipamento,
mas, infelizmente tambm mais caro ser o seu custo. Por exemplo: um
equipamento que opera com 8 bits pode representar at 256 valores de
amplitude para o sinal; e um equipamento que opera em 16 bits pode
representar 65.536 valores, bastante adequados situao usual, e por
isso esta a resoluo adotada pelos CD-players e demais equipamentos
profissionais. H equipamentos que usam mais do que 16 bits para o
processamento interno de amostras de udio, o que garante a
fidelidade do sinal mesmo aps diversos clculos. O segundo parmetro
importante na converso A/D a chamada resposta de freqncias, que
determina o limite do conversor na amostragem das freqncias
harmnicas existentes no sinal de udio. Quando se quer amostrar
digitalmente um determinado sinal de udio, necessrio amostrar no s
a sua freqncia fundamental, mas tambm todos os demais harmnicos
presentes, e para que isso seja possvel, necessrio que a amostragem
ocorra a uma freqncia maior do que o dobro da maior freqncia
existente nele, e considerando que a faixa de udio est compreendida
entre 20 Hz e 20 kHz, ento a freqncia de amostragem dever ser maior
do que 40 kHz. Os discos laser (CD) usam a freqncia de amostragem
de 44.1 kHz. As fitas DAT e os instrumentos samplers modernos podem
trabalhar com amostragem em 44.1 kHz ou 48 kHz.
udio digital - tendncias do mercado
udio digital - tendncias do mercado
O mercado de equipamentos musicais e de udio vem passando por
uma profunda transformao nos ltimos 20 anos, sobretudo pela
massificao de produtos para gravao e processamento digital. Hoje,
com um investimento relativamente baixo, o msico pode ter seu
prprio estdio de pr-produo com equipamentos de alta qualidade. A
popularizao desses recursos s foi possvel por causa da queda
vertiginosa dos preos dos computadores e seus componentes (memrias,
discos, etc). Mesmo no Brasil, onde a inflao ainda atinge ndices
bem superiores aos dos pases mais desenvolvidos, os custos por MHz
de processamento e MB de memria vm caindo significativamente a cada
ano. Um obstculo que ainda atrapalha o alto custo do software -
sobretudo o do sistema operacional, praticamente monopolizado pela
Microsoft - e que tem como conseqncia a proliferao da pirataria.
Mas isso uma outra questo, e no faz parte da abordagem deste
artigo.
O segmento de gravao em computador, outrora chamado de "computer
music", cresceu bastante e hoje um "filo" muito disputado. Mas tudo
comeou com produtos voltados para o usurio domstico, onde a
qualidade no era o foco principal. As placas AdLib e SoundBlaster
deram incio fase sonora do "computador pessoal", e de l para c a
evoluo ocorreu num ritmo espantoso. Quase todas as empresas
pioneiras na rea de gravao em computador - fabricantes de
interfaces MIDI e software - eram de pequeno porte, com seu
patrimnio tecnolgico concentrado em uma ou duas pessoas, geralmente
os donos. A maioria delas sucumbiu ante o poder econmico das
potncias industriais. Muitos desenvolvedores de timos software no
conseguiram manter seus produtos no mercado, no por incapacidade
tecnolgica, mas sim por deficincias de marketing. A economia
mundial vem passando por um processo de grandes transformaes. cada
vez mais freqente acontecerem fuses de grandes empresas, ou
empresas que compram seus concorrentes para retir-los do mercado.
Temos
udio digital - tendncias do mercado
exemplos disso tambm no segmento de gravao em computador. H
alguns anos atrs, a Music Quest, um dos primeiros fabricantes de
interfaces MIDI, foi comprada por sua concorrente, a Opcode System,
que por sua vez foi comprada pela Gibson, e que, aparentemente,
nada fez com a tecnologia adquirida de ambas. Recentemente, a Apple
Computers encampou a Emagic, deixando praticamente rfos os usurios
do Logic em PCs. A Creative Labs, empresa sediada em Singapura e
uma das pioneiras em computer music, durante muito tempo se
concentrou apenas no mercado amador, onde a sua linha Sound Blaster
at hoje referncia universal. H alguns anos ela adquiriu as
norteamericanas E-mu Systems e Ensoniq, das quais vem utilizando
tecnologia de sntese, e agora decidiu investir forte no mercado
profissional, com uma srie de placas de 24 bits com a marca E-mu. ,
portanto, um concorrente a ser respeitado, pois traz forte
background tanto em liderana de mercado quanto em vanguarda
tecnolgica. Tambm de olho neste mercado promissor, a no menos
poderosa Sony adquiriu a Sonic Foundry e seus famosos softwares
Sound Forge, Vegas e Acid. Ficamos a imaginar o que ainda vir por
a. No eixo anglo-americano, no podemos deixar de observar a compra
da Evolution pela MAudio. A primeira uma empresa inglesa que se
especializou em software musical, e desenvolveu uma linha de
teclados controladores MIDI extremamente funcionais, projetados na
Inglaterra mas produzidos na China, com preos altamente
competitivos, com excelente relao custo/benefcio. J a M-Audio
surgiu h mais de quinze anos com o nome de Midiman, fabricando
interfaces MIDI e acessrios. H alguns anos comeou a fabricar placas
de udio e hoje, tambm produz equipamentos para estdio (preamps,
monitores, microfones). Alm de ter adquirido a Evolution, a M-Audio
tambm representa e comercializa os softwares Propellerhead Reason e
Ableton Live. Os imprios atacam Mas as gigantes da indstria musical
no esto deitadas em bero esplndido. Ao que tudo indica, os
japoneses continuam com os olhos bem abertos e enxergando bastante
longe, buscando parcerias para seus negcios a milhares de
quilmetros de distncia. Alm do evidente interesse no crescente
mercado de interfaces de udio, a movimentao dessas grandes empresas
nos leva a crer que o objetivo principal pode estar mais acima, no
segmento profissional ora dominado pelo ProTools. No ano passado
[2003], a Roland e a Cakewalk (fabricante do SONAR) fizeram uma
aliana estratgica para desenvolver projetos integrados de software
e hardware. Segundo Greg Hendershott, fundador e presidente da
Cakewalk, o objetivo criar uma "relao durvel e lucrativa". Desde
ento, a comercializao dos softwares da Cakewalk passou a ser feita
em todo o mundo pela Edirol, subsidiria da Roland no segmento de
informtica musical. possvel que a Roland tire mais proveitos dessa
parceria, pois adquire tecnologia de software, podendo agregar mais
valor aos seus produtos de udio digital. Os usurios do SONAR, por
sua vez, esto "com as barbas de molho". Ser que o
udio digital - tendncias do mercado
software continuar sendo compatvel com as inmeras opes de
hardware que existem ou se o desempenho ser melhor com equipamentos
da Roland? Por enquanto, nada mudou, pois dentro do SONAR vendido
pela Roland ainda vem um plug-in da Lexicon, veterana no segmento
de equipamentos de udio e que possui produtos que de certa forma
concorrem com a Roland. Vamos esperar para ver o que vai acontecer.
Outro software famoso que mudou de dono foi o
GigaSampler/GigaStudio, que agora um produto da Tascam. As pessoas
mais novas talvez no saibam, mas a Tascam uma subsidiria da TEAC,
tradicional fabricante de gravadores de fita e hoje focada em mdias
de armazenamento. Na dcada de 1980 a Tascam era referncia em
portastudios, aqueles gravadores multitrack de fita cassete que
possuam um mixer integrado. Ela e a Fostex dominavam o mercado
naquela poca. No final de 2003 a Tascam, depois de se associar
Frontier Design (fabricante de placas de udio), lanou uma nova
linha de equipamentos para gravao de udio e MIDI em computador,
como veremos a seguir. Uma outra grande novidade nessa batalha de
mercado a associao da Yamaha com a empresa alem Steinberg (o que
tambm eles chamam de "aliana estratgica") para o desenvolvimento de
"padres abertos para uma integrao total de hardware e software". De
acordo com Charlie Steinberg, um dos objetivos desta iniciativa a
criao de solues do tipo "cross-platforms" com protocolos que estaro
disponveis a todos os desenvolvedores de software e hardware.
Embora a histria da Steinberg (fabricante do Cubase, Nuendo, etc)
confirme a sua condio de "plataforma aberta", com a disseminao de
padres eficientes como as tecnologias ASIO e VST, ser que a Yamaha
tem a mesma viso? Sendo um dos maiores fabricantes de equipamentos
de udio, certamente a Yamaha busca uma parceria tecnolgica que lhe
permita oferecer produtos mais completos, com software e hardware
perfeitamente "afinados" entre si. At porque sua mais recente
tecnologia - a rede mLAN - precisa ter um suporte mais consistente
no lado do software. Nada mais estratgico do que associar-se a
algum da "nata" do software de udio digital, em termos de
tecnologia e de marketing. A Behringer, emergente alem que vem
ganhando gradualmente participao no mercado de udio, est entrando
agora no segmento de gravao em computador, com uma linha de
interfaces USB de udio e MIDI, ainda tmida, mas que possivelmente
vai incomodar as empresas j estabelecidas. E nem falamos da Mackie
e da Alesis... Mas o mercado assim mesmo; no existe tranqilidade
para empresa alguma. o incmodo da concorrncia que estimula o
desenvolvimento de novos produtos, melhores e mais baratos. E o
ProTools? Seriam as novas alianas uma ameaa ao domnio da
Digidesign? verdade que h anos que outros concorrentes surgem no
mercado, como o Soundscape e o Fairlight, mas no conseguem
estremecer a solidez com que a Digidesign construiu sua hegemonia
nos estdios profissionais. Depois de ter se estabelecido como padro
de qualidade e funcionalidade, o ProTools passou a ser oferecido
tambm aos usurios "mortais", agregado - ainda que em verso mais
simples - a produtos orientados ao pblico menos abastado, como o a
Digi-001, por exemplo. A tentativa de verticalizar seu domnio no
teve ainda pleno sucesso, mas certamente ajudou a colocar o
ProTools na tela de muito mais gente, num processo de "evangelizao"
bastante interessante.
udio digital - tendncias do mercado
O mercado de produtos para gravao digital vai esquentar muito
nos prximos anos, com a maior oferta de alternativas e com a
entrada mais dura da Yamaha e da Roland, associadas a parceiros de
altssima capacidade tecnolgica. Nessa tendncia, bem provvel que a
Cakewalk e a Steinberg criem verses mais poderosas de seus
softwares, que s funcionem com hardware exclusivo da Roland e da
Yamaha, e ainda mantenham as verses tradicionais, para plataformas
abertas. Essa turbulncia no mercado, que em breve deve se acomodar
um pouco, faz lembrar o que aconteceu com a indstria de
sintetizadores no incio da dcada de 1980. Os fabricantes
norte-americanos, que desenvolveram a tecnologia digital
(Sequential, E-mu, etc), acabaram sucumbindo fora das indstrias
japonesas, que hoje dominam a maior fatia do mercado. E para ns,
brasileiros, quais so as conseqncias dessa "dana das cadeiras"?
Teremos que esperar um pouco mais para saber como os importadores
vo gerenciar suas novas marcas mas, de uma forma geral, acredito
que o pblico consumidor ser beneficiado. Durante vrios anos, o
segmento de informtica musical ficou restrito praticamente a um
nico importador, por causa do tamanho reduzido do mercado e/ou
desinteresse dos outros distribuidores nacionais. Com o crescimento
visvel do potencial de vendas e o surgimento de novos produtos de
marcas que vinham sendo distribudas em nosso pas, de se esperar que
os outros importadores passem a olhar com mais interesse o segmento
de gravao em computador. Isso ampliar as alternativas de produtos e
certamente trar novas estratgias de comercializao. Mas para isso h
uma necessidade de gente especializada nos novos produtos, que
possam dar um suporte tcnico adequado a seus usurios. Embora o
software seja um produto de alto valor agregado, onde os custos de
fabricao (material fsico), transporte e armazenamento so baixos,
ele exige uma infra-estrutura mais sofisticada, com pessoal tcnico
e computadores modernos. E os eventuais prejuzos causados pela
pirataria podem ser minimizados se for oferecido ao usurio um
atendimento eficiente, com assistncia permanente, treinamento, etc.
Novas tecnologias, novos produtos Algumas tecnologias vm se
firmando rapidamente como padro, como o caso do uso de conexo
serial para a transferncia de dados em alta velocidade. De uns dois
anos para c, proliferaram modelos externos de interfaces de MIDI e
de udio, conectadas ao computador atravs da porta USB. Uma das
razes para a adoo do USB na informtica musical que ele j vinha
sendo usado para conexo de outros tipos de perifricos, como
scanners, cmeras digitais e unidades de armazenamento, sendo assim
um recurso j popular e bastante confivel, com implementao estvel
nas plataformas Windows e Mac. Apesar de no ter capacidade para a
transferncia plena de udio multicanal, o USB mostrou-se apropriado
para a transferncia de MIDI e de udio em estreo, graas facilidade
de instalao. Para aplicaes de udio mais "pesadas", no entanto,
mesmo com a criao do USB 2.0 (muito mais rpido do que o USB
original), o padro que vem se firmando o FireWire (IEEE-1394), que
oferece outras vantagens alm da altssima
udio digital - tendncias do mercado
velocidade (ex: comunicao peer-to-peer). Praticamente todas as
novas interfaces de udio profissionais para sistemas de gravao
digital em computador so dispositivos externos e utilizam a conexo
via FireWire. Alm disso, o padro FireWire a base para a implementao
da tecnologia mLAN, que possibilita a interconexo em rede de
diversos equipamentos de udio (gravadores, teclados, processadores,
etc), e que vem ganhando a adeso de vrios fabricantes. No tocante s
estruturas de software, temos dois padres visivelmente dominantes,
que so o ASIO e o VST, ambos desenvolvidos pela Steinberg.
Basicamente, o ASIO (Audio Streaming Input/Output) uma interface -
em software - que permite ao software de udio acessar o dispositivo
de hardware usando mltiplos canais de udio simultneos e
sincronizados. Foi a soluo providencial para a limitao que todos os
desenvolvedores de aplicativos profissionais esbarravam para operar
com vrios canais de udio de forma segura e confivel. J o VST
(Virtual Studio Technology) um padro de interfaceamento de
software, que permite que plug-ins de processamento de efeitos e
sintetizadores virtuais operem em tempo-real em cima de um
aplicativo. Mesmo com todo o esforo da Microsoft, que depois criou
um formato de driver multicanais (WDM) e um padro de
interfaceamento de plug-ins (DirectX), tanto o ASIO quanto o VST
continuam sendo as alternativas preferidas, passando a ser adotadas
at por softwares originalmente partidrios do WDM e do DirectX, como
o caso do SONAR. O que os usurios esperam que esses padres
realmente permaneam como padres, permitindo uma compatibilidade
cada vez maior entre produtos. Dentre a grande quantidade de novos
lanamentos que vm sendo apresentados ao mercado, selecionamos
alguns exemplos de produtos (hardware) que seguem as tendncias de
que citamos acima. So produtos que utilizam conexo USB ou FireWire,
e oferecem drivers compatveis com o ASIO. So tambm claros exemplos
da movimentao estratgica dos fabricantes na direo do segmento de
gravao de udio em computador, que abordamos acima. Obviamente,
seria invivel descrever com detalhes todos os produtos, portanto
focalizaremos apenas os aspectos mais relevantes. Antes de falarmos
sobre os produtos novos, vale lembrar que as primeiras interfaces
de udio multicanais utilizando conexo FireWire foram apresentadas
pela MOTU h cerca de dois anos, e seus produtos vm evoluindo desde
ento. importante observar tambm que, de olho nas tendncias do
mercado, a Digidesign j deixou sua marca no uso da tecnologia
FireWire, quando lanou a workstation Digi-002, que pode operar
tanto com Windows quanto com Mac. A Tascam colocou no mercado uma
linha completa de interfaces de udio e MIDI, conectadas ao
computador via USB ou FireWire, com uma gama de recursos capaz de
atender desde os usurios mais simples at estdios profissionais. A
US-122, por exemplo, a soluo oferecida pela Tascam para pequenos
estdios domsticos. Desenvolvida em conjunto com a Frontier Designs,
ela conectada ao computador via USB, e permite transferncia de dois
canais simultneos, com entradas para microfone e
udio digital - tendncias do mercado
instrumentos, conexes MIDI In/Out, sada para headphone, etc. Ela
pode funcionar com Windows ou Mac, com drivers ASIO, WDM e GSIF, e
j vem com o software GigaStudio 24. O disputadssimo segmento de
gravao digital tem agora um forte concorrente. A E-mu/ Creative
Labs apresentou sua nova linha de sistemas de udio orientada ao
pblico profissional, com resoluo de 24 bits / 192 kHz (segundo a
E-mu, so os mesmos conversores usados no ProTools HD). Com
diferentes verses para vrios nveis de usurios, a que mais se
destaca a 1820M, um sistema composto de placa e mdulo, com
processamento de efeitos e recursos para sincronizao SMPTE. Com
preo sugerido em torno de US$ 500, a 1820M possui oito entradas,
sendo duas com pr-amp e phantom power para microfone, e oito sadas,
todas balanceadas. E mais conexes digitais S/PDIF estreo de entrada
e sada (RCA e ptica), e 2 MIDI In/Out. H ainda sadas para conjuntos
de caixas surround (7.1), sadas para headphone, conexo FireWire, e
sincronizao wordclock, SMPTE e MTC. A 1820M vem com drivers WDM,
DirectSound e ASIO. Depois de apostar algumas fichas no padro USB
tambm para interfaces de udio, a Edirol/ Roland lana agora seu
primeiro produto usando conexo FireWire, que a FA-101. Ela uma
interface de udio com 8 entradas e 8 sadas analgicas simultneas com
conversores de 24 bits / 96 kHz (pode operar em 24 bits / 192kHz em
estreo, compatvel com DVD-A e SuperCD). A FA-101 possui duas
entradas para microfone, com pr-amps e phantom power, e tambm
conexes digitais S/PDIF de entrada e sada estreo, sada para
headphone, alm de interface MIDI In/Out. compatvel com Windows e
Mac. A Lexicon criou o Omega Studio, um sistema integrado de gravao
que inclui a interface/ mixer Omega 8x4x2 USB, os softwares
ProTracks Plus (para Windows) e Bias Deck (para Mac), e ainda o
plug-in de reverb Lexicon Pantheon. A interface Omega 8x4x2 tem o
formato de torre, e possui um mixer com seis entradas analgicas
(duas para microfone, com phantom power), conexes de insert, e duas
sadas analgicas. Possui tambm entrada e sada digitais estreo S/PDIF
(RCA) e interface MIDI In/Out. Pode funcionar com PC/Windows ou
Mac. A Behringer est debutando na rea de gravao digital em
computador com sua interface BCA2000, que conectada ao computador
pela porta USB. Ela possui um painel com mixer, com duas entradas
para microfone com phantom power, entradas para guitarra e
instrumentos, oito sadas, sada para headphone, entrada e sada
digitais S/ PDIF (RCA e pticas), e ainda MIDI In/Out. O BCA-2000
possui conversores com resoluo de 24 bits / 96 kHz, e vem com
drivers ASIO e WDM. Para quem gosta de um design diferente, a
Mackie est lanando a XD-2, uma interface de udio e MIDI com duas
entradas (mic/line/instrumento) e duas sadas, conversores de 24
bits / 96 kHz, e processamento interno. Ela vem com os softwares
Traktion, Ableton Live, e o plug-in VST Warmer Phaser, e pode
funcionar com PC/Windows ou Mac,
udio digital - tendncias do mercado
dispondo de drivers WDM, ASIO, e suporte para Mac OSX. Dona de
uma parcela significativa do mercado de gravao em computador, a
M-Audio continua sempre evoluindo, e lanou recentemente a FireWire
410, uma interface de udio e MIDI que utiliza conexo FireWire e
pode funcionar com PC/Windows ou Mac. Com preo sugerido de
aproximadamente US$ 500, a FireWire 410's possui quatro entradas
(sendo duas para mic/line com pr-amp e phantom power) e 10 sadas,
com conversores de 24 bits / 96 kHz (ela tambm pode operar em 192
kHz em estreo). Possui ainda MIDI In/Out, e entrada e sada digitais
S/PDIF estreo, com suporte aos padres de surround AC-3 e DTS.
Expandindo sua linha de produtos baseados na tecnologia mLAN, que
tambm usa conexo FireWire, a Yamaha anunciou o lanamento da
interface i88X, com oito entradas (duas para mic, com pr-amp,
phantom power e insert) e oito sadas, conversores de 24 bits / 96
kHz, conexes pticas de entrada e sada compatveis com padro ADAT e
S/PDIF. A i88X possui ainda controles de ganho nas entradas, e
interface MIDI, e vem com drivers para Mac e Windows. No momento
que voc est lendo este artigo [2004], provvel que outros produtos
tambm estejam entrando no mercado. Fique atento e avalie as
caractersticas de cada um, procurando saber qual o que melhor
atende ao que voc precisa e oferece o maior potencial para suas
futuras necessidades.
Audio na Internet
udio na Internet - Sonorizando homepagesEntenda os formatos
sonoros utilizados na Internet
Desde a sua popularizao, a partir de meados da dcada de 90, a
Internet vem se transformando num imenso canal de difuso de
informaes sobre os mais variados assuntos. Algumas das facilidades
tcnicas oferecidas pela grande rede, sobretudo recursos grficos e
interatividade, so convidativos para a explorao de novos meios de
divulgao artstica e cultural. O formato de se apresentar as
informaes na Internet - como voc est visualizando esta pgina agora
- padronizado (ou pelo menos tenta-se que seja!), de maneira que os
cdigos usados para a formatao do texto (letras em itlico, negrito,
etc), bem como os comandos especiais usados para a manipulao de
imagens e sons, so definidos na especificao HTML (Hyper-Text
Mark-up Language). Assim como h diversos formatos de armazenamento
(arquivos) de imagens, sejam elas estticas (figuras, fotografias)
ou animadas (animaes, vdeos), tambm existem alguns formatos
diferentes para se armazenar msica e sons. O objetivo deste texto
apresentar os principais formatos sonoros atuais, e quais aqueles
que melhor se adaptam s caractersticas (ou melhor, s limitaes
atuais) da Internet. Veremos tambm como podemos inserir esses tipos
de informaes sonoras em homepages. Tudo isso acompanhado de
exemplos prticos e audveis.
I. O ambiente e as limitaesAinda que a Internet seja um ambiente
por demais interessante para a divulgao artstica, no caso da msica
as condies atuais dos meios de transmisso (leia-se: linhas
telefnicas) ainda criam uma grande limitao, que a velocidade de
transmisso dos dados. Isso tem impossibilitado a transmisso em
tempo-real (broadcasting) de msica com boa qualidade (consegue-se
hoje, na maioria dos casos, transmisses com qualidade semelhante s
rdios AM). Em poucos anos, provavelmente essas limitaes estaro
superadas, tanto pela evoluo das tecnologias de compactao de udio
(veremos adiante), quanto pelo aumento da taxa de transferncia de
dados dos modems e a melhoria das condies do meio de transmisso. No
caso dos modems, por exemplo, temos visto uma evoluo bastante
significativa, em que avanamos dos modestos 2.400 no incio da dcada
de 1990, para os atuais 56k.
II. Os formatos
Audio na Internet
H algumas formas diferentes de se transmitir digitalmente
informaes sonoras e musicais, e, evidentemente, cada uma delas
possui suas vantagens e desvantagens. Alguns desses formatos so de
domnio pblico, no requerendo qualquer custo para a sua implementao;
outros, infelizmente, so de propriedade de algumas empresas de
tecnologia e, geralmente, necessitam de autorizao (leia-se:
pagamento de royalties) para serem usados. Um dos pontos mais
vitais para a disseminao de uma tecnologia de transmisso a sua
disponibilidade, isto , a facilidade que se para poder us-la. Com a
acirrada corrida tecnolgica que existe no mundo moderno, as
empresas tm investido muito em pesquisa e desenvolvimento, buscando
solues que possam ser vendidas ao mercado consumidor. Ainda que
haja instituies internacionais que regulamentam protocolos e
especificaes, nem sempre h um consenso imediato para a implementao
de um padro comum (conhecemos casos recentes, como o prprio padro
HTML e os protocolos dos modems de 56k). Isso, no final das contas,
acaba sempre prejudicando o usurio consumidor. Mas como assim que
as coisas acontecem, o que o usurio pode fazer manter-se informado
dos fatos (o que no difcil para quem costuma navegar na Internet),
experimentar e avaliar cada nova ferramenta disponvel, e observar
atentamente a tendncia do mercado, para no ficar para trs. Os
formatos mais usuais para se transmitir e/ou distribuir msica e
sons pela Internet so os seguintes:
Standard MIDI File - msica instrumental codificada digitalmente
WAV - som (udio) gravado digitalmente Real Audio - som (udio)
gravado e compactado digitalmente MPEG Layer 3 - som (udio) gravado
e compactado digitalmente
Vejamos ento os detalhes de cada um desses formatos:
Standard MIDI FileO protocolo MIDI (Musical Instrument Digital
Interface) surgiu em 1983, a partir de um certo consenso entre os
principais fabricantes de instrumentos musicais eletrnicos da poca
(Sequential Circuits, Yamaha, Roland, Moog, Kawai, etc). A idia
original do MIDI era a possibilidade de se comandar um sintetizador
a partir de outro (controle remoto). Para isso, cada ao do msico no
teclado codificada digitalmente como um comando e transmitida por
um cabo; ao chegar ao outro sintetizador, esse comando faz com que
este execute a ao produzida pelo msico no outro teclado. Uma das
caractersticas que facilitou a sua divulgao no meio musical o fato
do MIDI no ter um dono, isto , o protocolo foi criado a partir da
cooperao mtua dos fabricantes, e por isso de domnio pblico. Como
ningum precisa pagar qualquer
Audio na Internet
royalty para usar MIDI, todos os fabricantes passaram a
implemet-lo em seus instrumentos e equipamentos. Assim, em poucos
anos o mundo inteiro j estava usufruindo desse recurso que
possibilitou uma verdadeira revoluo nos processos de composio e
produo de msica. Concebido especificamente para uso musical, o MIDI
um protocolo de transmisso de dados, onde os comandos so
transmitidos serialmente uma taxa de 31.250 bits/seg, e os cdigos
utilizam palavras de oito bits. Uma das principais vantagens do
MIDI a economia de dados: a maioria dos comandos utiliza apenas
dois ou trs bytes. Por exemplo: a ao de pressionar uma tecla gera
apenas um cdigo de trs bytes, e nenhum outro cdigo gerado pelo
teclado at que outra ao seja efetuada. Ao se soltar aquela tecla,
independentemente de quanto tempo ela tenha permanecido
pressionada, ento gerado um outro cdigo, de apenas dois bytes. Isso
faz com que toda uma composio musical complexa possa ser
completamente registrada numa seqncia de cerca de 100 kB. Um
simples disquete pode conter dezenas de composies codificadas em
MIDI. H um formato padronizado para se arquivar seqncias MIDI, que
o Standard MIDI File (SMF). Esse formato universal, e suportado
hoje por todos os softwares seqenciadores e editores de partituras,
e tambm pelos teclados que possuem seqenciadores internos. Existem,
basicamente, dois tipos de formatos Standard MIDI File: o formato
0, que contm todos os cdigos da msica armazenados numa nica trilha,
o mais usado pelos seqenciadores embutidos nos teclados MIDI
comuns; j o formato 1, que contm vrias trilhas, cada qual com a
execuo de um dos instrumentos da msica, o mais usado
profissionalmente. Todos os arquivos SMF possuem extenso .MID. Pelo
fato das seqncias MIDI conterem poucos bytes, existem na Internet
inmeras homepages que disponibilizam msica em arquivos SMF. Como a
maioria dos computadores hoje dispe de kits multimdia, com placas
de som dotadas de chip sintetizador (alguns muito ruins, por
sinal), possvel a quase qualquer usurio ouvir msica em formato
MIDI. Alm da economia de espao, os arquivos de msica MIDI oferecem
uma outra vantagem bastante interessante, que a interatividade:
como um arquivo SMF pode ser aberto por qualquer software
seqenciador (ou por um seqenciador de um teclado MIDI), o usurio
tem acesso direto a todos os cdigos de execuo musical, de todas as
partes da msica, sendo assim possvel alterar a msica original,
mudando notas, trechos, andamento, comandos de volume, dinmica,
seleo de timbres, e muitas outras coisas. como se o usurio tivesse
acesso aos originais de um livro, e pudesse reescrev-lo sua
maneira. Isso pode parecer um pouco absurdo, mas um fator que tem
feito muitas pessoas se aproximarem mais da msica. Alm disso,
dependendo do software utilizado, uma msica em formato SMF pode ser
visualizada, editada e impressa sob a forma de partitura
convencional. O arquivo SMF pode conter tambm informaes adicionais,
como a letra da msica, por exemplo.
Audio na Internet
Talvez a nica desvantagem da msica em formato SMF seja o fato de
que para ouvi-la necessrio ter-se um instrumento MIDI (alm do
software e da interface MIDI). Nos computadores equipados com kit
multimdia, a placa de som geralmente possui um chip sintetizador, e
tambm uma interface MIDI. O chip sintetizador pode executar
diretamente a msica do SMF, e o som das notas musicais gerado pelo
sintetizador sai pelo conector de sada de som da placa (geralmente
acoplado s caixinhas de som). As placas mais simples possuem chips
sintetizadores do tipo FM Synth, cujo som pssimo, mas as placas
melhores vm com sintetizadores do tipo wavetable, cujos sons so
gerados a partir de amostras digitais (samples) de instrumentos
convencionais. Alm do chip sintetizador, as placas de som
geralmente tambm j tm uma interface MIDI, requerendo apenas um
cabo/adaptador acoplado ao conector de joystick. Com esse conector,
pode-se ligar um teclado MIDI placa, e ento executar a msica num
sintetizador MIDI externo. Exemplo 1: A msica 4 Dias Depois foi
criada originalmente como seqncia MIDI. O arranjo completo para
instrumentos padro GM contm apenas 7 kB, e est armazenada no
arquivo 4DIAS.MID. Voc pode transferir (download) esse arquivo para
seu computador e execut-lo em qualquer software que suporte
Standard MIDI Files (ex: Media Player do Windows).
WAVO arquivo do tipo WAV hoje o meio mais comum de armazenamento
digital de som em computadores, sobretudo na plataforma PC/Windows.
Nele, o udio digitalizado em PCM (Pulse Code Modulation), onde cada
ponto do sinal sonoro amostrado e medido, obtendo-se assim uma
sucesso de valores numricos que codificam o som original. Nesse
processo de digitalizao, o som no sofre qualquer perda, e nem os
dados so alterados para reduzir espao de arquivamento. O conjunto
de dados, portanto, uma cpia fiel do sinal que foi digitalizado, e
a qualidade do udio digitalizado depende somente do circuito
conversor analgico/digital (A/D), que geralmente pode operar com
valores de 8 ou 16 bits, e taxas de amostragem (sampling rates) de
4 kHz a 48 kHz. Como regra geral, podemos assumir que quanto maior
for a resoluo (bits) na converso, melhor ser a fidelidade do som,
sobretudo no que diz respeito a rudo e resposta dinmica. J a taxa
de amostragem (indicada em kHz), determina a a resposta de
freqncias, influindo mais na reproduo dos sons agudos. S a ttulo de
referncia: no CD de udio comum, que utiliza PCM, o udio
digitalizado em stereo, usando resoluo de 16 bits e taxa de
amostragem de 44.1 kHz. J no DVD de udio (sucessor do CD), que
tambm utiliza PCM, o som digitalizado em stereo, usando resoluo de
24 bits e taxa de amostragem de 96 kHz Os arquivos WAV podem conter
dados de udio PCM mono ou stereo, sendo que a resoluo e a taxa de
amostragem depende do dispositivo conversor e do software
Audio na Internet
utilizado. Geralmente so usadas as resolues de 8 ou 16 bits, e
as taxas de amostragem de 11.025, 22.050 ou 44.1 kHz. Como j
citamos antes, quanto maior a resoluo e a taxa de amostragem,
melhor a qualidade preservada no arquivo, mas tambm quanto maior
for a qualidade desejada, maior ser o espao requerido (em bytes)
para se armazenar o udio. Por exemplo: se um som stereo amostrado
(digitalizado) em 16 bits (2 bytes) com taxa de amostragem de 44.1
kHz, isso quer dizer que a cada 1/44100 de segundo, feita uma
amostra de dois bytes para cada um dos dois canais do stereo. Dessa
forma, para se digitalizar um segundo de som stereo so necessrios
44.100 x 2 bytes x 2 canais = 176.400 bytes, cerca de 172 kB. Ou
seja, para se digitalizar um minuto de msica stereo sero necessrios
mais de 10 MB. Essas contas nos permitem perceber o principal
problema do udio digital, que o enorme volume de dados, o que
requer dispositivos de armazenamento de alta capacidade, e taxas de
transferncia muito rpidas. Como uma das limitaes da Internet - para
a grande maioria dos usurios - ainda a velocidade de transferncia
de dados, podemos concluir o formato WAV s vivel para trechos muito
curtos de udio. Abaixo, esto apresentados algumas opes do formato
WAV, e as respectivas quantidades de bytes requeridas para um
minuto de gravao:
16 bits, 44.1 kHz, stereo (qualidade de CD) - 10,3 MB 16 bits,
44.1 kHz, mono (qualidade de CD em mono) - 5,2 MB 16 bits, 22.05
kHz, stereo (similar a rdio FM) - 5,2 MB 8 bits, 11.025 kHz, mono
(similar a rdio AM) - 0,6 MB
Alm da preservao da qualidade do som original, o formato WAV
oferece ainda outras vantagens. Uma delas sua compatibilidade, pois
praticamente todos os softwares de udio e multimdia o suportam.
Outra vantagem que, diferentemente de um arquivo MIDI, para se
reproduzir a msica de um arquivo WAV no necessrio qualquer
sintetizador, bastando apenas uma placa de som comum. Exemplo 2: A
msica 4 Dias Depois, criada originalmente como seqncia MIDI, foi
gravada digitalmente em stereo (16 bits / 44.1 kHz) e salva num
arquivo WAV de 6.1 MB. Por causa do seu tamanho, esse arquivo no
est disponvel aqui, mas apenas um pedao dele, mantendo a mesma
qualidade do udio. Este pedao da msica est armazenado no arquivo
4DIAS2.WAV (721 kB), que voc pode transferir para seu computador e
reproduzir usando qualquer software que suporte WAV (ex: Gravador
de Som do Windows).
RealAudio
Audio na Internet
O RealAudio foi uma das primeiras propostas para a transmisso de
sons em tempo-real (audio on-demand) pela Internet. Para que isso
seja possvel, h um comprometimento significativo da qualidade do
udio, que passa a ser diretamente dependente das condies de
transmisso dos dados. Dessa forma, h vrias opes para se codificar o
udio, de acordo com a aplicao:
RealAudio 2.0 - 14.4; resposta de freqncias: 4 kHz; indicado
para transmisso de voz, em modems de 14400; RealAudio 2.0 - 28.8;
resposta de freqncias: 4 kHz; indicado para transmisso de voz com
msica de fundo, em modems de 28800; RealAudio 3.0 - 28.8 Mono, full
response; resposta de freqncias: 5.5 kHz; melhor opo para
transmisso de som, em modems de 28800; RealAudio 3.0 - 28.8 Mono,
medium response; resposta de freqncias: 4.7 kHz; indicado para
melhorar a clareza da msica nos vocais e pratos da bateria, em
modems de 28800; RealAudio 3.0 - 28.8 Mono, narrow response;
resposta de freqncias: 4 kHz; indicado para melhorar a clareza nas
msicas com muitas partes cantadas, em modems de 28800; RealAudio
3.0 - 28.8 Stereo; resposta de freqncias: 4 kHz; indicado para
msica stereo em geral, em modems de 28800; RealAudio 3.0 - ISDN
Mono; resposta de freqncias: 11 kHz; indicado para udio mono em
geral, em conexes ISDN; RealAudio 3.0 - ISDN Stereo; resposta de
freqncias: 8 kHz; indicado para udio stereo em geral, em conexes
ISDN; RealAudio 3.0 - Dual ISDN Mono; resposta de freqncias: 20
kHz; indicado para alta qualidade de udio mono, em conexes Dual
ISDN; RealAudio 3.0 - Dual ISDN Stereo; resposta de freqncias: 16
kHz; indicado para alta qualidade de udio stereo, em conexes Dual
ISDN;
Para poder ouvir uma msica codificada em RealAudio, necessrio
possuir o RealAudio Player, um software especial que decodifica e
reproduz arquivos tipo RA. Atualmente, h o RealPlayer, um software
mais genrico que pode reproduzir no s arquivos RealAudio (RA), mas
tambm RealVideo (RealMedia, RM). Para uma homepage transmitir
RealAudio ao vivo, necessrio que o servidor esteja rodando o
RealAudio Server. Exemplo 3:
Audio na Internet
A msica 4 Dias Depois, criada originalmente como seqncia MIDI,
foi gravada digitalmente em stereo (16 bits / 44.1 kHz) num arquivo
WAV de 6.1 MB, depois codificada RealAudio, e armazenada em dois
arquivos, com caractersticas e qualidade diferentes:
4DIAS.RA (466 kB) - este arquivo tem melhor qualidade, mas voc s
poder ouvilo em tempo-real se sua conexo de Internet for
extremamente rpida; se preferir, pode transferir o arquivo 4DIAS.RA
para seu computador, e ouvi-lo posteriormente pelo RealPlayer;
4DIAS-B.RA (70 kB) - este arquivo tem uma qualidade pior, mas voc
poder ouvilo em tempo-real, desde que seu modem seja de 28800 ou
melhor, e o RealPlayer esteja instalado em seu computador e
configurado para executar pelo browser; se preferir, pode
transferir o arquivo 4DIAS-B.RA para seu computador, e ouvi-lo
posteriormente pelo RealPlayer;
MPEG Layer 3O padro MPEG Audio Layer 3 - popularmente conhecido
como MP3 - surgiu do grupo de trabalho Moving Picture Expert Group
(MPEG), da International Standards Association (ISO). Ele um padro
de compactao de udio e usado para armazenar msica (ou sons em
geral), tendo como principal objetivo a reduo de tamanho, sem perda
perceptvel da qualidade sonora. A tcnica usada para isso chamada de
Perceptual Audio Coding, que analisa as freqncias do som que esto
mascaradas por outras (e por isso praticamente no so ouvidas), e
ento utiliza menos bits para codificar essas freqncias. Este
processo de compactao inteligente utilizado nas gravaes digitais em
Minidisc, e tem sido uma alternativa bastante interessante para
determinadas aplicaes, como emissoras de rdio e sonorizao de
festas, onde a imperceptvel perda de qualidade no traz qualquer
prejuzo. Os arquivos com msica codificada em formato MPEG Layer 3
possuem extenso .MP3, e podem chegar a ter at menos de 10% do
tamanho do arquivo WAV original da msica. Tal reduo de tamanho
viabiliza a transferncia de msica com qualidade de CD pela Internet
e, dependendo do tipo de conexo rede (ISDN, por exemplo), pode-se
at mesmo ouvir a msica em tempo-real, enquanto ela transferida. Os
sub-formatos do MP3 so os seguintes:
MPEG-1 Layer 3 - taxas de amostragem de 32, 44.1 e 48 kHz MPEG-2
Layer 3 - taxas de amostragem de 16, 22.05 e 24 kHz
Audio na Internet
MPEG-2.5 Layer 3 - taxas de amostragem de 8, 11.025, 12 kHz
O MPEG-1 suporta uma banda de udio mais ampla, e por isso
recomendado para aplicaes que requeiram alta qualidade. Esse
formato opera com taxas acima de 96 kbits/seg (stereo) e 48
kbits/seg (mono). Para aplicaes menos exigentes em termos de
qualidade, pode-se usar o MPEG-2, que oferece boa qualidade de som
e opera com taxas inferiores a 64 kbit/seg (stereo) e 32 kbits/seg
(mono). O formato especial MPEG 2.5 foi desenvolvido para aplicaes
em mono que exijam taxas de transferncia muito baixas (abaixo de 16
kbits/seg). As taxas de transferncia dependem do tipo de conexo
utilizada para a transmisso dos dados. Os valores tpicos so os
seguintes: CONEXO modem 28800 modem 33600 dual ISDN link 256k TAXAS
16 kbps 32 kbps 116 kbps 128 kbps
Exemplo 4: A msica 4 Dias Depois, criada originalmente como
seqncia MIDI, foi gravada digitalmente em stereo (16 bits / 44.1
kHz) num arquivo WAV de 6.1 MB, depois codificada em MPEG3, e
armazenada em dois arquivos, com caractersticas e qualidade
diferentes:
4DIAS.MP3 (553 kB) - este arquivo tem excelente qualidade, mas
no pode ser ouvido em tempo-real (a menos que voc possua uma conexo
de Internet que permita bitrates superiores a 128 kbps); mas voc
pode transferir o arquivo 4DIAS. MP3 para seu computador, e depois
ouvi-lo por qualquer software player de MP3; 4DIAS-B.MP3 (86 kB) -
este arquivo tem uma qualidade inferior, mas voc pode ouvi-lo em
tempo-real, se seu modem for de 28800 ou melhor, e haja um software
player de MP3 instalado em seu computador; se preferir, pode
transferir o arquivo 4DIAS.MP3 e depois ouvi-lo por qualquer
software player de MP3;
III. Como formatar a msica
Audio na Internet
Para colocar a sua msica no formato adequado aplicao desejada,
necessrio ter a ferramenta correta. Para cada um dos casos
apresentados aqui, h um tipo de software especfico. Obs.: Se voc
pretende utilizar em sua homepage algum arquivo contendo material
musical que no tenha sido criado por voc, certifique-se de que o
mesmo est isento de royalties de direitos autorais. Caso contrrio,
entre em contato com o autor, para obter permisso para o uso do
material para a finalidade que deseja.
Standard MIDI FilePara criar uma msica em formato SMF, preciso
ter, pelo menos, um software seqenciador MIDI. Para compor a msica
no seqenciador, pode-se usar o mouse para escrever as notas, uma a
uma, ou ento gravar a execuo do msico a partir de um teclado MIDI,
conectando-o ao computador atravs de uma interface MIDI (que pode
ser uma placa de som com cabo/adaptador MIDI). Alguns teclados MIDI
possuem um seqenciador interno, que permite registrar em SMF a
execuo do msico. A seqncia pode ento ser copiada do disquete do
teclado para o computador, e ento ser transferida para a Internet
(lembre-se de que alguns teclados s trabalham com SMF formato 0).
Evidentemente, o processo de criao de uma msica em SMF requer algum
talento musical, e tambm um mnimo de conhecimento de MIDI. Nesse
aspecto, cabe observar novamente que, dependendo do instrumento
MIDI que for executar a seqncia, pode haver diferena de sonoridade
nos timbres usados na msica. Existe um padro denominado General
MIDI (GM), que define a ordem de numerao dos timbres (piano, rgo,
violo, etc). Como a maioria dos sintetizadores e teclados MIDI
atualmente compatvel com este padro, recomendvel que os timbres
utilizados na msica sejam identificados conforme o padro GM. Isso
far com que a msica soe corretamente em quase todos os instrumentos
ou placas de som em que for executada. Se voc no possui um software
seqenciador MIDI (ex: Cakewalk, PowerTracks, etc) e quer utilizar
em sua homepage algum arquivo SMF j existente, pode ouvi-lo
previamente pelo Media Player do prprio Windows, selecionando nele
o dispositivo seqenciador MIDI.
udio digitalQualquer que seja o formato de udio digital a ser
usado (WAV, MP3, RA), antes de mais nada necessrio digitalizar o
som que se deseja colocar na Internet. Para isso, preciso pelo
menos uma placa de som no computador, e um software que grave udio.
A maioria dos kits de multimdia vem com algum software simples para
gravao e edio de udio (ex: AudioView, WaveStudio, etc), mas caso
voc no tenha um software desse, poder usar o Gravador de Som do
prprio Windows. Nele voc pode gravar e at efetuar alguma edio muito
simples, como a adio de eco. Para ter a melhor qualidade de
som,
Audio na Internet
configure para o software gravar em stereo, com 16 bits e 44.1
kHz. Se voc quiser passar uma seqncia MIDI para gravao em udio
digital, poder fazer tudo diretamente dentro do computador, usando
o Mdia Player para tocar a seqncia MIDI pelo sintetizador interno
da placa de som (preferencialmente o wavetable synth) e, ao mesmo
tempo, gravar os sons do sintetizador diretamente em udio digital
no disco rgido, usando o Gravador de Som. No procedimento de
gravao, deve-se tomar cuidado para que o sinal de udio na entrada
da placa de som no seja nem muito alto (o que causa distoro), nem
muito baixo (o que torna suscetvel a percepo de rudo). O material
de udio gravado pelo software dever ser salvo em formato WAV, mesmo
que voc v utilizar um outro formato (MP3 ou RA), pois a converso de
formato ser feita posteriormente. Alguns softwares de udio (ex:
Sound Forge, Cakewalk Pro Audio, Cool Edit Pro) podem salvar o udio
em diversos formatos diferentes, incluindo o RealAudio e MP3.
RealAudioPara criar um arquivo de udio em formato RealAudio,
necessrio o software codificador (encoder), ou ento utilizar algum
gravador/editor de udio que j suporte esse formato, como os citados
no item anterior. A codificao em RealAudio deve ser feita de acordo
com as caractersticas em que o material vai ser transferido (bit
rate). Uma boa idia disponibilizar vrias verses, cada uma otimizada
para um tipo de velocidade de modem (14400, 28800, 33600). O
software para codificao, RealAudio Encoder, permite compactar o
udio a partir de um arquivo (WAV, RealAudio, AU ou PCM puro) ou
ento gravando o sinal diretamente pela entrada da placa de som
(valem aqui os mesmos cuidados na gravao mencionados no item
anterior). O resultado da compactao pode ser salvo num arquivo
(extenso RA) ou enviado diretamente para um servidor conectado
Internet (dotado do software RealAudio Server) que transmitir ao
vivo o material sonoro (broadcasting). Essa ltima opo a utilizada
pelas rdios online. Tanto o RealAudio Player quanto o RealAudio
Encoder podem ser obtidos gratuitamente no site da Progressive
Networks. J o RealAudio Server (necessrio para transmisso ao vivo),
no distribudo gratuitamente.
MPEG Layer 3Assim como o RealAudio, o formato MPEG requer a
codificao do udio original. Existem inmeros softwares
codificadores, muitos deles gratuitos, outros shareware. Uma boa
opo o MP3 Compressor, um pequenssimo software freeware extremamente
eficiente e fcil de usar. Com a popularizao do padro MPEG, bem
provvel que os
Audio na Internet
softwares gravadores/editores de udio logo passem a suportar
este formato. Para compactar udio em formato MP3 necessrio ter o
material original num arquivo formato WAV (preferencialmente com
qualidade de CD: 16 bits, 44.1 kHz, stereo). As caractersticas de
qualidade do arquivo de destino podem ser definidas antes da
compactao, sendo permitidas diversas opes de taxas de amostragem,
que quem vai determinar o grau de compactao final: usando uma taxa
de 44.1 kHz, a compactao pode chegar a mais de 1:10, e com uma taxa
de 8 kHz, pode chegar a mais de 1:80 (menos de 2% do tamanho
original)!
IV. Como colocar a msica na InternetAgora vamos ltima fase do
nosso assunto, que mostra como implementar numa homepage os
comandos HTML associados aos recursos de sonorizao que foram
abordados nos itens anteriores deste artigo. importante observar
que o internauta s poder ouvir o material musical se seu software
de navegao (browser) possuir os recursos adequados para a execuo do
respectivo formato de arquivo. Os arquivos MIDI e WAV geralmente so
suportados automaticamente pelos browsers, no requerendo qualquer
instalao ou configurao extra. Para reproduzir arquivos MP3 e
RealAudio, no entanto, necessrio que o internauta possua um
software especfico (player), devidamente instalado em seu
computador. Alm disso, necessrio que o servidor (computador onde
est localizada a homepage) esteja devidamente configurado (MIME
Type) para aceitar arquivos do tipo desejado (WAV, MID, RAM, M3U,
etc), para no abrir uma pgina HTML cheia de caracteres estranhos
quando o usurio clicar nos links de acesso aos arquivos
sonoros.
Standard MIDI FilePara que o internauta possa ouvir uma msica
MIDI a partir daquela pgina, basta incluir uma linha com o
seguinte: ACESSO Onde: musica.mid - o nome do arquivo MIDI da
msica, que deve estar no mesmo diretrio onde est a pgina (caso
esteja em outro local, este deve ser indicado junto com o nome do
arquivo; ex: main/sound/musica.mid). Deve sempre estar entre aspas.
ACESSO - qualquer frase que se queira escrever como referncia para
o link de acesso msica MIDI. Pode ser tambm uma figura (nesse caso,
conter o comando HTML necessrio para apresentao da figura; ex:
).
Audio na Internet
Para que a msica MIDI seja executada automaticamente ao se
entrar na pgina, basta incluir a seguinte linha de comando: Esse
comando funciona tanto no Netscape Navigator quanto no MS Internet
Explorer. Mas este ltimo tambm reconhece o comando: Quando o
internauta clica no link de acesso, o arquivo MIDI transferido para
o seu computador e carregado no software configurado como player,
que ento executa a seqncia MIDI no sintetizador disponvel.
WAVPara o internauta ouvir arquivos WAV, o comando extamente
igual ao usado para arquivos MIDI: ACESSO Onde: musica.wav - o nome
do arquivo WAV com a gravao da msica, que deve estar no mesmo
diretrio onde est a pgina (caso esteja em outro local, este deve
ser indicado junto com o nome do arquivo; ex:
main/sound/musica.wav). Deve sempre estar entre aspas. ACESSO -
qualquer frase que se queira escrever como referncia para o link de
acesso gravao WAV. Pode ser tambm uma figura (nesse caso, conter o
comando HTML necessrio para apresentao da figura; ex: ). Quando o
internauta clica no link de acesso, o arquivo WAV transferido para
o seu computador e carregado no software configurado como player,
que ento reproduz o som atravs da placa de udio.
RealAudioPara o internauta ouvir material de udio em formato
RealAudio, o comando tambm exatamente igual ao usado para arquivos
MIDI: ACESSO Onde: http://www.servidor.com.br/sound/musica.ram - o
local e nome do metafile que a indicao (diretrio) do servidor de
RealAudio. Deve sempre estar entre aspas.
Audio na Internet
ACESSO - qualquer frase que se queira escrever como referncia
para o link de acesso ao material em formato RealAudio. Pode ser
tambm uma figura (nesse caso, conter o comando HTML necessrio para
apresentao da figura). Para colocar o arquivo sonoro disponvel para
streaming audio, deve-se fazer o seguinte:
Copiar o arquivo formato RealAudio (extenso .RA) para o
computador do servidor. Use um editor de textos (ex: Notepad do
Windows) para criar o metafile, que conter a referncia da localizao
(URL) do arquivo sonoro propriamente dito. Exemplo: Se o arquivo
4DIAS.RA contm uma msica em formato RealAudio, e est localizada no
site audio, ento deve ser criado um metafile (arquivo-texto)
designado como 4DIAS.RAM, contendo a seguinte linha: audio/4dias.ra
Salve o arquivo metafile com o nome que ser indicado no link de
acesso da sua pgina (geralmente, o mesmo nome do arquivo sonoro),
mas com a extenso . RAM. Na sua pgina, ento, inclua o link para o
arquivo metafile (indicando a sua localizao, se essa no for a mesma
da homepage). Exemplo:
Quando o internauta clica no link de acesso, o servidor envia o
metafile, que faz com que o software browser inicialize o player de
RealAudio, que interpreta o metafile e busca o arquivo contendo o
som. Da ento comea a reproduzi-lo em tempo-real (streaming audio),
atravs da placa de udio, sem ter fazer o download completo para
poder comear a ouvir (se as condies da conexo no forem boas, poder
haver alguns engasgos na reproduo do som). Para adequar a pgina s
diferentes caractersticas (velocidades) dos modems dos internautas,
geralmente esto disponveis vrias opes de gravaes RealAudio, cada
uma codificada para um tipo de velocidade de transferncia. O
servidor RealAudio se encarregar de detectar a velocidade e enviar
o material adequado a cada internauta. Para utilizar esse tipo de
recurso, necessrio que o servidor esteja devidamente capacitado, no
s equipado com o RealAudio Server, mas tambm dimensionado para o
fluxo constante de dados que o material de udio produzir (caso haja
muitos internautas puxando o udio, ocorrer congestionamento no
link). possvel tambm disponibilizar arquivos em formato RealAudio
para serem apenas transferidos para o computador do internauta, sem
reproduo em tempo-real, para que
Audio na Internet
ele oua posteriormente no RealAudio Player. Como os arquivos
RealAudio so bastante reduzidos, isso permite uma reduo
significativa do tempo de download, se comparado com arquivos do
tipo WAV, por exemplo. O comando HTML o mesmo, como se fosse um
arquivo comum disponvel para download, mas o link para o prprio
arquivo RealAudio, e no seu metafile: ACESSO O internauta pode
clicar no link de acesso, e ento salvar normalmente o arquivo em
seu computador, para depois carreg-lo e ouvi-lo no player de
RealAudio.
MPEG Layer 3Para o internauta ouvir ou transferir material de
udio em formato MPEG Layer 3, o comando tambm igual ao usado para
arquivos MIDI: ACESSO Onde:
http://www.servidor.com.br/sound/musica.m3u - o local e nome do
arquivo com a indicao do servidor (URL) onde est o arquivo MP3.
Deve sempre estar entre aspas. ACESSO - qualquer frase que se
queira escrever como referncia para o link de acesso ao material em
formato MP3. Pode ser tambm uma figura (nesse caso, conter o
comando HTML necessrio para apresentao da figura). Para colocar o
arquivo sonoro MP3 disponvel para streaming audio, deve-se fazer o
seguinte:
Copiar o arquivo formato MPEG (extenso .MP3) para o computador
do servidor. Use um editor de textos (ex: Notepad do Windows) para
criar um arquivo-texto, que conter a referncia da localizao (URL)
do arquivo sonoro propriamente dito. Exemplo: Se o arquivo
4DIAS.MP3 contm uma msica em formato MPEG, e est localizada no site
audio, ento deve ser criado um arquivo-texto designado como
4DIAS.M3U, contendo a seguinte linha: audio/4dias.mp3
Salve o arquivo-texto com o nome que ser indicado no link de
acesso da sua pgina (geralmente, o mesmo nome do arquivo sonoro),
mas com a extenso . M3U. Na sua pgina, ento, inclua o link para o
arquivo-texto (indicando a sua localizao, se essa no for a mesma da
homepage). Exemplo:
Audio na Internet
Quando o internauta clica no link de acesso, o servidor envia o
arquivo-texto, que faz com que o software browser inicialize o
player de MP3, que interpreta a informao do texto e busca o arquivo
contendo o som. Da ento comea a reproduzi-lo em tempo-real
(streaming audio), atravs da placa de udio, sem ter fazer o
download completo para poder comear a ouvir (se as condies da
conexo no forem boas, poder haver alguns engasgos na reproduo do
som). Para utilizar esse tipo de recurso, necessrio que o servidor
esteja devidamente capacitado, dimensionado para o fluxo constante
de dados que o material de udio produzir (caso haja muitos
internautas puxando o udio, ocorrer congestionamento no link).
possvel tambm disponibilizar arquivos em formato MP3 para serem
apenas transferidos para o computador do internauta, sem reproduo
em tempo-real, para que ele oua posteriormente no player de MP3. O
comando HTML o mesmo, como se fosse um arquivo comum disponvel para
download, mas o link para o prprio arquivo MP3, e no o
arquivo-texto de referncia: ACESSO O internauta pode clicar no link
de acesso, e ento salvar normalmente o arquivo em seu computador,
para depois carreg-lo e ouvi-lo no player de MP3.
V. Para mais informaes...Aqui esto alguns sites que possuem
material interessante para quem deseja se aprofundar no uso de
msica e udio na Internet: udio digital / MP3 / RealAudio
AES - Audio Engineering Society CERL Sound Group MP3 Compressor
MPEG Layer 3 RealAudio
MIDI / Computer Music
Informus Music Center Electronic Music Foundation MMA - MIDI
Manufacturers Association
Computer Music Workshop
udio no PC
Nos ltimos anos, tem havido lanamentos de muitos produtos de
udio digital para computadores PC, graas demanda crescente nessa
rea. Isso se deve no s ao barateamento da tecnologia em geral, mas
tambm por causa da evoluo da capacidade de processamento e
armazenamento dos computadores, que permitiu a transformao do
computador comum em estdio digital. Embora a tecnologia de udio
digital no seja uma novidade, pois j existe h algumas dcadas, seu
uso prtico - e comercial - s passou a ser possvel medida que os
computadores e seus perifricos comearam a cair de preo. Os recursos
grficos so essenciais para a gravao e edio de udio nos
computadores, e por isso os primeiras produtos comerciais
bem-sucedidos foram desenvolvid