Tcnica da respirao rtmica
O que a tcnica da respirao rtmica? um exerccio respiratrio
baseado em um ritmo peculiar de respirao, ou com a expirao mais
lenta do que a normal.
Que outro nome pode ter a tcnica?Metrificao respiratria;
pneumoprojeo; reteno da respirao; reteno do alento; respirao
ritmada; respiramento voluntrio.
Para que serve esta tcnica?O propsito desta tcnica promover a
projeo da sua conscincia para fora do corpo fsico de modo lcido,
voluntrio e tcnico.
Qual a importncia da respirao para promover a projeo
consciente?O controle da respirao vem sendo ensinado a
instrumentistas, cantores e atletas, e tem sido um processo usado h
muito tempo para levar a conscin a estados de transe e permitir a
sada do psicossoma do corpo humano carregando consigo a
conscincia.O controle da respirao explica fenmenos como, por
exemplo, a levitao induzida, baseada na antigravidade, ou
contragravidade, dos monjes e lamas andarilhos de maratona no
Tibete, que percorrem distncias enormes a velocidades
surpreendentes.
Como funciona o processo da tcnica?O ato aparentemente to
simples de voc reter a respirao pode produzir leve descoincidncia
dos seus veculos de manifestao da conscincia. Deste modo a respirao
apropriada constitui um processo eficaz para voc se projetar atravs
da ao do dixido de carbono.
Que outro recurso pode ajudar no desenvolvimento desta tcnica?O
melhor processo para voc adquirir com facilidade e rapidez a
conscientizao plena a respeito da sua respirao, bem como quanto ao
seu corpo humano o que ajuda sobremaneira na prtica da projeo
consciente voc (se for nadador(a)) fazer uma travessia por
mergulho, bem fundo, nas guas lmpidas de uma piscina cheia de gua
em ambiente tranqilo.
Quais so os passos desta tcnica?Eis a tcnica fisiolgica correta
da respirao humana objetivando a induzi-lo a se projetar
conscientemente do seu corpo humano, atravs de 8
etapas:1.Isolamento.Quando voc estiver de estomgo vazio, isole-se
em um quarto fechado onde no seja perturbado enquanto estiver
praticando os exerccios. Fique desnudo ou use apenas roupas leves e
folgadas. Ser sempre bom limpar as narinas com gua morna para que a
respirao flua desimpedida.2.Tronco.Sente-se com o tronco ereto em
uma cadeira confortvel ou poltrona. Conserve os braos estendidos ao
longo do corpo e os msculos relaxados, sem mover os ombros. Esta
uma posio ideal para ser aplicada em algumas tcnicas
projetivas.3.Narinas.Respire lenta e regularmente pelas narinas. No
respire pela boca nem com o trax. Deixe o seu abdome se distender.
A sala ou quarto deve ter boa ventilao.4.Diafragma.Ao usar o
diafragma para respirar, voc distende pouco a pouco a parte
inferior do trax, e empurra as costelas inferiores para
fora.5.Pulmes.Continue a encher os pulmes com ar e comece a encher
as extremidades superiores dos pulmes, os pices pulmonares,
empurrando ainda mais para fora as costelas inferiores. Isso
renovar o ar residual dos seus pulmes.6.Expirao.Prenda a respirao
por alguns segundos e, depois, expire pelas narinas, lentamente,
forando a sada de todo o ar, esvaziando completamente os pulmes, e
contraindo ao mximo o abdome, como se desejasse faz-lo tocar a
coluna vertebral.7.Repetio.Repita tudo o que foi feito, at aqui, 6
vezes, ou seja, 6 inspiraes e 6 expiraes consecutivas. Ento,
descanse, prendendo a respirao por alguns segundos, ou pelo tempo
que voc pode se privar de respirar sem provocar o mnimo de violncia
contra si mesmo.8.Sono.Continue os exerccios at que voc durma, ou
seja: respire to devagar at que a sua respirao torne-se quase
imperceptvel.
A eficcia desta tcnica depende de alguma coisa?Segundo a
holochacralogia (energossomatologia), no se pode esquecer que a
eficcia da tcnica da respirao rtmica depende muito da qualidade das
energias do cardiochacra da conscin praticante.
RespiraoA cincia ocidental considera a respirao to-somente
fenmeno fisiolgico, merc do qual o organismo utiliza o oxignio do
ar a fim de com ele efetuar as transformaes qumicas necessrias para
que o sangue possa distribuir "nutrio" a todas as clulas. Parar de
respirar e o mesmo que morrer.Para a cincia yogi a respirao, no
entanto, muito mais do que um fato fisiolgico. tambm psicolgico e
prnico. Em virtude de fazer parte dos trs planos - fisiolgico,
psquico e pranico -, a respirao um dos atos mais importantes de
nossa vida. por seu intermdio que logramos acesso a todos eles. Por
outro lado, ela o nico processo fisiolgico duplamente voluntrio e
involuntrio. Se quisermos, podemos acelerar, retardar, parar e
recomear o ritmo respiratrio. -nos possvel faz-la mais profunda ou
superficial. No entanto, quase todo o tempo, dela nos esquecemos
inteiramente, deixando-a por conta da vida vegetativa. Graas a
isto, a respirao tambm a porta atravs da qual poderemos um dia, a
custa de aprendizado, invadir o reino proibido do sistema vago
simptico. principalmente graas a ela que um yogi avanado consegue
manobrar fenmenos fisiolgicos at ento refratrios a qualquer
gerncia.A psicanlise ps s claras a existncia de um eu profundo, uma
personalidade inconsciente, que estruturada com impulso e tendncias
instintivas, procura manifestar-se, pressionando, l do nvel
desconhecido e misterioso de cada um de ns. Uma outra
personalidade, que meridianamente cada um se reconhece ser,
estruturada base de comportamentos aprendidos e socializados. Esta
dicotomia alimenta um estado de tenso permanente. Pois o eu
consciente, vigilante, teme e sufoca a livre expresso do eu
profundo. Este, na interpretao de Freud, feio, ertico e
anti-social, alimentado pelas freqentes represses a que o eu
consciente o submete. Do eu profundo o que podemos dizer que ele
desconhecido e rebelde ao controle, mas no podemos concordar que
seja apenas sujeira e negrume. Podemos dizer, isto sim, que as
energias que consigo guarda, e que, no homem vulgar, so
desconhecidas pelo eu consciente, tm sido apenas temidas e
recalcadas. Submetidas, mas no vencidas, permanecem, no entanto,
criando conflitos e, como uma mola comprida, so perigosamente
capazes de vencer o controle e soltar-se, muitas vezes,
desastrosamente.Visando unificao da personalidade, por meio de
auto-anlise e da psicanlise, tentativas so feitas no sentido de um
"tratado de paz e mutua colaborao" entre estes dois partidos que
dividem o "reino interno" do homem. A respirao um meio certo de
obter essa unificao ou yoga.H em cada homem duplo ritmo
respiratrio. Um ligado vida de relao ou consciente e o outro
atividade inconsciente e vegetativa. A primeira, que todos
conhecem, superficial, e a outra, profunda. Aquela se liga s
atividades conscientes, caractersticas do eu superficial e
consciente, e esta prpria dos mecanismos inconscientes e
involuntrios, ligada portanto ao eu profundo. A integrao que se
atinge no plano respiratrio estendida ao plano psquico, merc da
integrao dos dois sistemas nervosos: cerebrospinal e simptico.
Consegue-se isto com a prtica da respirao integral, que, comeando
como respirao superficial, se vai progressivamente aprofundando at
a meta final. Desde j, porm, no se deve entender como respirao
profunda apenas o inspirar sob grande esforo com o fim de encher ao
Maximo o pulmo.A) Aspecto psquico da respiraoPara melhor evidenciar
a natureza psquica da respirao, basta considerar as alteraes
rtmicas funcionais que concomitantemente ocorrem com as alteraes
psquicas. Na inquietude mental e emocional observa-se a respirao
acelerada. Torna-se lenta nos estados em que nos achamos fsica,
mental e emocionalmente tranqilos. Se nos envolve um conflito entre
duas tendncias ou desejos antagnicos, ela se faz irregular ou
arrtmica. Se, no entanto, nos encontrarmos integrados, livres de
contradies psquicas, respiramos compassadamente.Reciprocamente,
quando, pelos exerccios respiratrios, voluntariamente controlamos a
respirao, tornando-a lenta, induzimo-nos necessariamente
tranqilidade emocional e mental. Ritmando-a, estabelecemos a paz
entre a mente, a vontade e os impulsos antes contraditrios e
opostos.B) A respirao como fenmeno prnicoAo tratarmos do corpo
prnico chegamos a ver a respirao como o meio de que ele se serve a
fim de suprir-se de energia prnica. Cremos j ter dito o suficiente.
Vimos j a importncia da respirao como fenmeno polarizado,
absorvendo a energia positiva --- HA---e a negativa---Tha. Energias
estas que vo vivificar os chakras e circular pelos vrios nadis.Pelo
exposto, torna-se claro que, controlando voluntariamente a
respirao, ritmando -a, aprofundando-a, dirigindo-a, polarizando-a,
o homem vai obtendo acessos a seus diferentes nveis - psquico,
fisiolgico, prnico, podendo ento integr-los em seu proveito.C) As
fases da respiraoA respirao yogi se faz segundo trs fases: puraka,
ou inspirao; kumbhaka, ou reteno; rechaka, ou expirao. Conforme
sabemos, quando inspiramos apenas pela narina esquerda, terminal do
nadi id, absorvemos prna negativo (THA) e quando o puraka se faz
pela narina direita, onde termina o nadi pngala, incorporamos prna
positivo (HA).Pranayama e sua importnciaEtimologicamente, a palavra
snscrita pranayama significa domnio sobre o prna. A maioria dos
autores conceitua como a suspenso voluntria do alento, isto , do
prna, e o objetivo comum que todos eles apontam para os vrios
exerccios respiratrios, constituindo o "abre-te ssamo" para a
transcendncia e libertao. O venervel, Swami Vivekananda, em
"filosofia yoga" (editorial Kier, Buenos Aires), narra uma parbola,
ilustrando a importncia do paranayama. Ei-la: "conta-se que o
ministro de um grande rei caiu em desgraa. Como conseqncia, o rei
mandou encerra-lo na cspide de mui elevada torre. Assim se fez, e o
ministro foi relegado a ali consumir-se. Ele contava, porem, com
uma fiel esposa, que noite foi torre e, chamando o marido,
perguntou-lhe que poderia fazer para facilitar-lhe a fuga.
Respondeu-lhe que na noite seguinte voltasse trazendo uma corda
grossa, um forte barbante, um carretel de fio de cnhamo e um outro
de fio de seda, um besouro e um pouco de mel. Muito admirada, a boa
esposa obedeceu e lhe trouxe os objetos pedidos. Ento o marido lhe
disse que atasse a extremidade do fio de seda ao corpo do besouro,
que lhe untasse os chifres com uma gota de mel e que o colocasse
sobre a parede da torre, deixando-o em liberdade e com a cabea
voltada para o alto. Assim ela fez e o besouro principiou sua
viagem. Sentindo o cheiro do mel diante de si, trepou lentamente,
com a esperana de alcana-lo, ate que chegou ao cume da torre.
Apoderando-se ento do besouro, encontrou-se o ministro na posse de
um dos extremos do fio de seda. Nesta situao, disse esposa que
unisse no outro extremo fio de cnhamo e, depois que este foi
puxado, repetiu o processo com o barbante e finalmente com a corda.
O restante foi fcil: o ministro conseguiu sair da torre por meio da
corda, evadindo-se. Em nossos corpos, continua o amado yogi
Vivekananda, o alento vital o fio de seda e, aprendendo a domin-lo,
apoderamo-nos do fio de cnhamo das correntes nervosas, destas
fazemos outro tanto com o forte barbante de nossos pensamentos e
finalmente apoderamo-nos da corda do prna, com a qual logramos a
libertao".A BOA RESPIRAO DEVE SER NASALDos mamferos, o homem o nico
que, por causas patolgicas ou deplorveis maus hbitos, s vezes
respira pela boca. Respirao errada. O nariz no foi feito para
compor um elegante perfil. Deus o ps no meio da nossa face para com
ele realizarmos sadiamente esta coisa importantssima que
respirar.Os inconvenientes da respirao bucal so de dupla natureza:
fsicos e prnicos.Os de ordem fsica comeam com a insuficiente
alimentao de ar nos pulmes. Os que respiram pela boca so
permanentemente martirizados por uma asfixia parcial, alm de serem
mais sujeitos s infeces por germes do ar. O nariz um filtro contra
poeiras. Graas ao bactericida de seu muco, livra-nos de insidioso
invasores. tambm um radiador natural que aquece o ar frio do
inverno, antes de chegar aos pulmes.A dificuldade de respirar pelo
nariz comea quase sempre na infncia, e quando, por tal motivo, se
forma o habito de respirar pela boca.A cincia dos tatwas ensina que
na pessoa sadia a respirao se faz mais fortemente por uma narina do
que por outra, variando o lado de duas em duas horas. Durante duas
horas, a narina direita funciona mais fracamente do que a esquerda
para, depois de duas horas, mudar e ento a esquerda que mais
trabalha. No sei se a cincia ocidental j se apercebeu deste
fenmeno. Isto implica em sade e harmonia com o cosmos. As pessoas
que sofrem de nariz entupido de um dos lados gozam menos sade do
que os que respiram normalmente. Por isso deveriam aprender a
conservar em bom estado funcionando ambas as narinas.Das fossas
nasais, a que mais freqentemente funciona mal a esquerda, por onde
se faz a inspirao da corrente negativa THA. "Ora, diz Kerneiz
(Comment Respirer; ditions Jules tallandier, Paris), certos
biologistas contemporneos, como o doutor thijenski, consideram
precisamente como uma das causas e igualmente um dos principais
sintomas do envelhecimento a insuficincia de ionizao negativa nos
fenmenos humanos."Agora que expusemos o nus de uma respirao
defeituosa, estamos na obrigao de indicar tcnicas yogues que a
possam corrigir e curar.A) Como corrigir a respirao deficienteComo
os exerccios de pranayama so quase todos executados usando somente
o nariz, antes de iniciar um deles preciso ter as fossas nasais
totalmente desimpedidas.Talvez nenhuma tcnica yogi seja necessria
quando se trata de uma pessoa que respira pela boca devido ao mau
hbito formado em poca em que, por um qualquer defeito anatmico ou
fisiolgico, teve dificuldade em respirar pelo nariz. Neste caso, s
preciso uma boa dose de propsito de livrar-se do habito, se que o
obstculo anatmico ou fisiolgico j foi removido.Para desobstruir uma
das narinas, coloque na axila do lado oposto um volume como o de um
livro, ou o punho fechado. Dentro de minutos, o desentupimento se
d. s ter um pouco de pacincia. Logo que obtiver o que deseja,
desfaa a presso, seno vai entupir a narina do mesmo lado. Se
estiver na cama, suficiente deitar-se sobre o lado desobstrudo,
para em poucos instantes livrar a narina que estava entupida. E
ainda h quem no admita a existncia dos nadis!!...A lavagem do nariz
ou vyut-krama consiste em aspirar gua pelo nariz e cuspi-la pela
boca. A suco se faz mais com a faringe do que com as narinas. A gua
deve ser fervida, com uma soluo de 7% de sal de cozinha (melhor o
sal bruto) e em temperatura tpida. s primeiras vezes a coisa
desagradvel. D uma dorzinha que desaparece com poucos
segundos.Alguns exerccios de pranayama, adiante ensinados, so
outras formas eficazes de limpar o muco das narinas e quem os
pratica realiza outrossim um tratamento preventivo.H certas prticas
indicadas por kerneiz (op. Cit.) que preferimos explicar na palavra
do autor. Tais tcnicas "consistem essencialmente em pronunciar ou
sobretudo em cantar certas silabas de maneira a fazer vibrar as
paredes das vias respiratrias. Os sons devem de preferncia ser
emitidos sobre uma das notas do acorde perfeito e segundo o
registro vocal de cada um. No preciso cantar a toda a voz, mas
cantarolar"."A silaba mais prpria a fazer vibrar a cavidade torcica
mediana FREM; preciso tentar um pouco para obter o justo som;
apoiando ligeiramente os dedos sobre o peito, deve-se sentir a
vibrao. OM (a silaba sagrada) faz voltar a parte superior da caixa
torcica e a base da garganta. YUM a parte superior da garganta e
alto da glote. VAM o alto do vu palatino e a parte posterior das
cavidades nasais. MAM a parte mdia do vu palatino e das cavidades
nasais. SAM a parte anterior do vu palatino e das cavidades nasais.
Podem-se obter vibraes um pouco diferentes e mais acentuadas
substituindo o M final por N.""A emisso prolongada e repetida
dessas silabas sobre um som musical e as vibraes que elas
determinam tem por efeito purificar as vias respiratrias e livr-las
de todo excesso de muco; exercendo ao tonificante notvel, que tende
a imuniz-las contra todas as infeces menores de que se tornam
sede."Esses exerccios assim descritos por kerneiz so classificados
na categoria de mantrans. Mantram a palavra ou som que determina
efeitos vibratrios, psquicos e espirituais quando devidamente
emitidos. So verdadeiros mantrans os cantos gregorianos e a entoao
das suras do Alcoro pelos muulmanos em prece. De certa forma, o
efeito psicolgico arrancado aos soldados pela marcialidade dos
tambores exemplifica o que os orientais denominam mantrans.O
DIAFRAGMA E A RESPIRAO DIAFRAGMATICANo mecanismo respiratrio, o
msculo que separa o trax do abdmen desempenha papel relevantissimo.
Se voc se deitar de barriga para cima poder observar como o abdmen
sobe e desce ao ritmo respiratrio. Funciona o diafragma como uma
membrana. Quando desce, intumescendo o abdmen, arrasta consigo a
base do pulmo, aumentando o volume interno deste, o que produz a
suco do ar. Isto a inspirao. Na expirao, d-se exatamente o
contrrio; o diafragma, levantando-se, comprime os pulmes,
expulsando o ar. Este mecanismo, to bonito e to sadio, com a vida
sedentria, desgraadamente, vai-se perturbando, at quase desaparecer
na maioria das pessoas maduras. como se o diafragma morresse aos
pouquinhos. Resta no fim to-somente a respirao com a parte superior
dos pulmes. Mesmo entre atletas tal fato se d. Quando querem
respirar fundo para voltar calma, levantam os braos, comprimem e
intumescem de ar somente o tero superior do rgo. Fazem exatamente o
oposto do que o Yoga ensina e que a forma ideal de respirar. O
atleta ocidental inspira estofando o peito e encolhendo a barriga.
O yogi inspira projetando discretamente a barriga, puxando para
baixo o diafragma, enchendo, assim, no somente o pice mas tambm e,
mesmo antes, a base do pulmo, que a zona mais rica em alvolos,
portanto a mais importante para a economia vital.A morte do
diafragma paralisa a movimentao da parede abdominal. Esta, por
falta de exerccios, definha, no podendo mais sustentar em seus
devidos lugares as vceras, que se dilatam e caem sob a solicitao da
gravidade. E a velhice muito cedo chega, com a gordura que se
acumula enfeando a barriga. A viceroptose, este deslocamento das
vceras, corrigida mediante a respirao diafragmtica que voc vai
aprender daqui a pouco.A respirao ocidental nega ao organismo um
tesouro de benefcios decorrentes da massagem automtica e natural
que a respirao diafragmtica promove nos rgos internos e nas
glndulas, a par de que, do ponto de vista quantitativo, trabalhando
apenas com um tero do pulmo, reduz proporcionalmente a "capacidade
vital".A respirao diafragmtica tem sido utilizada no tratamento de
molstias cardacas. Ela massageia com brandura e naturalidade o
corao. O professor Tirala, de Wiesbaden, o pioneiro neste
tratamento. No restabelecimento do presidente Eisenhower a respirao
teve papel significativo.Massagem igual que recebe o corao todas as
vsceras recebem. No caso dos intestinos, ela particularmente
benfica, curando a priso de ventre, contribuindo assim para livrar
o organismo das massas putrefactas.Rejuvenescimento progressivo
outro dividendo que seguramente se recolhe. A respirao abdominal
tambm utilizada como elemento principal em regimes de
emagrecimento. Atuando diretamente nas causas da obesidade, o mais
definitivo e sadio mtodo de emagrecimento.Depois de tudo isto
saber, o leitor pode estar ansioso pelo "mapa da mina", isto , a
tcnica da respirao diafragmtica. Vamos a ela.Antes de qualquer
outra coisa, faz-se imprescindvel restaurar os movimentos naturais
do diafragma, perdidos em massas de gordura, sufocados por cintures
apertados, esmagado por vsceras crescidas. Sem este exerccio
preliminar, nada pode ser obtido e nada deve ser tentado.A) Ativao
do diafragmaTrata-se de exerccio puramente mecnico. Nele ainda no
nos preocupamos propriamente com a respirao. Sentado ou em p, tendo
previamente esvaziado os pulmes, movimente a barriga para diante e
para trs sob a ao do diafragma. Desde este primeiro exerccio voc
deve habituar-se a manter sua ateno no que esta fazendo. Comece com
um minuto no primeiro dia e v acrescentando um nos dias subseqentes
at atingir cinco. No use de violncia, pois poder vir a sentir
alguma dor, a qual devera passar com o repouso. Evite a prtica se o
estomago estiver cheio. Para maior facilidade, de p, incline o
tronco um pouco para frente, apoiando as mos nas coxas um pouco
acima dos joelhos.B) Limpeza do pulmoO pulmo como uma esponja que
se deve embeber, no de gua, como a esponja comum, mas de ar. A cada
inspirao se enche de ar que depois ser lanado fora quando os
msculos respiratrios se relaxem na expirao. Comumente, tanto a
inspirao como a expirao no so feitas com todo o pulmo, mas apenas
com um tero, assim a esponja s funciona numa sua tera parte. Que
acontece com o restante? Uma coisa bem nociva: boa quantidade de ar
fica estagnada, sem renovao, sujeita portanto a deteriorar-se e
deteriorar o prprio pulmo e, portanto, toda a sade.Precisamos,
portanto, aprender esta prtica higinica to pouco conhecida e to
til, qual seja a de expulsar do pulmo o ar residual e fermentado.
Aprendemos a espremer ao Maximo a esponja.Suponhamos que voc j
aprendeu a movimentar o diafragma. Expulse todo o ar, ajude com uma
pequena tosse e complete puxando aquele msculo para cima e
comprimindo a musculatura abdominal, o que ser conseguido com o
encolher ao maximo o abdmen como que desejando encostar o umbigo s
costas. prudente lembrar que isso no deve ser feito de estomago
cheio.C) Exerccio de respirao diafragmticaTendo readquirido a
natural movimentao diafragmtica, merc de um exerccio anterior,
puramente mecnico, temos agora que a isto associar o movimento da
respirao, coisa que, primeira vista, parece fcil, mas que no ,
devido a uns tantos desnaturados automatismos respiratrios
adquiridos, bem como pela interferncia perturbadora de certos
estados psicolgicos.Deite-se sobre as costas, em superfcie dura (no
assoalho forrado), encolha as pernas, conservando os joelhos altos
e juntos, mas os ps afastados. Descanse a mo sobre o abdmen,
afrouxando todos os msculos. Proceda limpeza do pulmo. Assim, o
abdmen deve estar retrado ao Maximo e assim o conserve at que se
sinta "impulsionado" a inspirar, quando ento o abdmen tende a
expandir-se. Agora ento solte-o e deixe o ar entrar.
Concomitantemente, o abdmen se eleva, arrastando o diafragma, que
por sua vez puxa a base do pulmo, e dessa forma o ar que entrou
pelas narinas vem encher este rgo. Para a exalao, novamente o
abdmen se abaixa, suspendendo o diafragma, enquanto para fora vai o
ar."Durante o processo, o abdmen o nico que se movimenta, j que o
peito permanece praticamente imvel. Mas este movimento do abdmen,
repetimos, quando se consegue fazer corretamente o exerccio, no a
prpria pessoa (eu consciente) quem dirige e aciona. obra exclusiva
do diafragma (mente instintiva), o qual o praticante deve
limitar-se a seguir com ateno em sua natural, livre e espontnea
movimentao. Em realidade, no a pessoa quem faz o exerccio
respiratrio, mas a prpria vida que nele respira, limitando-se a
pessoa a permitir, observar e seguir com ateno o processo natural
de respirar que em seu interior tem lugar." (A. Blay, "Hatha Yoga";
Editorial Ibrica, s.a.; Barcelona.)Esse exerccio pode ser realizado
sem restries. Qualquer pessoa sadia ou enferma, jovem ou idosa,
pode pratic-lo e na dosagem que desejar. Para os melhores
resultados, deve o praticante observar que:a) s narinas no cabe
puxar o ar. Se h alguma solicitao do ar, esta cabe quela rea
posterior ao nariz e anterior faringe, lugar aproximado da glndula
pituitria. O nariz a entrada natural do ar, pois esta aparelhado
para filtr-lo, purific-lo e aquec-lo. A respirao pela boca, s em
raros exerccios. Mas no exerccio presente o nariz serve de passagem
to-somente. sua passagem, o ar fresco estimula e esfria a mucosa e
ao ser expelido vem aquec-la.b) A respirao calmssima. Uma pessoa
profundamente adormecida d-nos uma idia daquilo que devemos
realizar.c) Depois de certo progresso na tcnica, as pernas podem
ficar estendidas, e no mais flexionadas, aproximando-se daquilo que
se denomina relaxamento completo, objeto de estudos adiante
feitos.d) Sua ateno alerta e ininterrupta deve acompanhar a suave e
profunda ondulao do ventre, o entrar-e-sair do alento. Dizemos
alento e no ar atmosfrico, pois, a partir daqui, cada vez que
inspirarmos (puraka) devemos mentalizar o prna, que vida, paz,
sade, energia, alegria, enfim, tudo de que precisamos para sermos
felizes.e) Bem dissemos que a ateno deve acompanhar, pois o
praticante somente experimentar as sensaes de descanso, liberdade,
espontaneidade, leveza, alegria e paz se se abandonar vida que nele
penetra, sem interferir voluntariamente no processo. Deve deixar
que a respirao, vinda do plano profundo do eu, chegue superfcie e
se harmonize no plano consciente.f) Esta pratica lhe ser
proveitosa:1) no relaxamento; 2) ao deitar-se para dormir; 3) nos
momentos de tenses e conflitos emocionais; 4) quando se sentir
mentalmente cansado; 5) na fase preparatria de qualquer trabalho
intelectual.g) As pessoas que se acham presas cama podem e devem
praticar a respirao abdominal. Isto s lhes prestar benefcios.h) O
bom xito depende da correta posio do corpo, do relaxamento e da
atitude mental.Efeitos psicolgicos: Tranquilizao de crises
emocionais; correo da habitual divagao mental; sensao de vivncia
deliciosa e profunda. Cura insnias.Efeitos fisiolgicos: repouso
geral, especialmente para os sistemas nervosos cerebrospinal e
vago-simpatico; perfeita irrigao sanguinea; regularizao de todas as
funes vegetativas, com a mais profunda pranificao do corpo
sutil.RESPIRAO COMPLETAEstamos agora em condies de aprender e
praticar a respirao completa, desde que j aprendemos a respirao
abdominal automtica. Naquela deixamos que a coisa acontecesse.
Agora vamos dirigir o processo. Se at ento apenas trabalhava um
tero do pulmo, agora vamos forar a ao de todo ele. Nesta forma de
respirar, todos os nveis da personalidade participam, desde os
planos mais profundos aos superficiais. Agora, voluntariamente
atuando com os msculos respiratrios, o praticante vai fazer o pulmo
trabalhar em sua total capacidade, o que se no deve entender como
uma respirao forada a ponto de quase arrebentar com a exagerada
presso interna causada pela superventilao, o que s tem acarretado
distrbios nervosos e pulmonares. Suavidade uma das caractersticas
marcantes de todo exerccio yogi e este no uma exceo. Posto que se
conduza mentalmente a inspirao, no quer dizer que ela seja um
bombeamento desmedido de ar. Ela mais o resultado de um impulso que
vem do fundo de ns mesmos.Normalmente, isto , respirando somente
com um tero do pulmo, o homem no tem a sade e a energia que teria
se respirasse com o rgo todo. isto que vamos ensinar
aqui.Aprendemos a respirao completa. Ela envolve a base, a parte
mdia e o pice pulmonares, segundo trs fases, precedidas pela
limpeza completa, isto , com o "espremer-se" totalmente a esponja
pulmonar. Terminada a limpeza, o abdmen deve estar recuado e a
massa pulmonar, sem qualquer ar. como um vazio que tende a ser
preenchido.Execuo. - Pode ser descrita em trs fases. Na primeira,
abdominal ou diafragmtica, portanto, quando perfeita, deve ser
automtica, espontnea e nela a mente e a vontade apenas figuram como
testemunhas. As duas outras, ao contrrio, so fases voluntrias, quer
dizer, mentalmente comandadas.Deve-se praticar de p ou sentado, com
a coluna vertebral perfeitamente colocada em suas curvaturas
naturais, o que se consegue mantendo o tronco erecto, sem
constrangimento. Assim, com todo o corpo relaxado, limpe totalmente
os pulmes. Permanea sem o ar por alguns segundos, como que criando
a necessidade de inspirar. Depois comece. bom que evite violncias e
dosagem alm da que seria prescrita. Nada faa sem estar bem atento
para todos os movimentos. No desanime com as naturais dificuldades
de comeo. Siga fielmente a descrio do exerccio... e.... bom
proveito!...1a fase - Respirao abdominal. - Aproveite o impulso que
vem de dentro, liberte o abdmen que vai para frente, deixe entrar
livremente o ar, o qual acentua o movimento abdominal. Com isto
ficar cheia toda a base pulmonar. Os erros que se devem evitar so:
1) no simultaneidade entre o inspirar e o projetar o abdmen; 2)
forar demasiadamente a barriga para a frente, julgando que assim
faz caber maior dose de ar. O avano do abdmen se faz ao mesmo tempo
que a inspirao e desta a causa.2a fase - Respirao mediana. - Tendo
o ar preenchido a base do pulmo, devera encher-se agora a parte
media, e isso ser facilitado com o alargamento das costelas de
parte mediana do trax, num aumento lateral do volume torcico.
possvel que o principiante sinta dificuldades, em virtude do estado
de atrofia em que tem seus msculos respiratrios, depois de tantos
anos de respirao mesquinha. Exercite-se colocando as mos nas
costelas e procure sentir que elas se alargam.3a fase - Respirao
subclavicular. - Depois de bem alimentadas de ar a base e a parte
media, resta fazer o mesmo com o pice do pulmo o que se consegue
erguendo suavemente os ombros. Concomitantemente, o abdmen, que
permanecia avanado, volta sua posio normal.A expirao faz-se de
maneira inversa, como que esprememos a esponja pulmonar, a partir
de cima at embaixo. Para isto, solte inicialmente a presso reinante
no pice, depois na parte media e, finalmente, pela contrao e suco
abdominal, expila todo o ar, igualzinho como faz na "limpeza dos
pulmes".Tanto a inspirao como a expirao se processam cada uma como
um movimento nico e uniforme apesar de ser triplo, como vimos.
Quando perfeita, a inspirao uma lenta, uniforme, ininterrupta e
harmoniosa ondulao que, a partir do ventre, movimenta todo o
tronco. O mesmo se pode dizer da expirao.Efeitos fisiolgicos. -
Massageando o corao, rejuvenesce-o e o estimula; evita a priso de
ventre; equilibra o sistema endcrino; vitaliza o nervoso;
desenvolve e tonifica todo o aparelho respiratrio; melhora o
funcionamento do estomago, vescula, pancareas, bao, rins e fgado.
Melhora a qualidade do sangue pela maior eliminao do gs carbnico e
absoro de oxignio, beneficiando portanto o estado de todos os rgos
e tecidos, desenvolvendo sensivelmente a resistncia e a defesa
orgnica, aumentando notavelmente a energia. Somente os resultados
colhidos e observados em si prprio indicaro ao praticante os lucros
que auferiu. Destes, um interessa particularmente s pessoas gordas:
emagrecimento sem fome, sem drogas nem torturas. Na opinio de
yesudian, uma garantia contra a tuberculose.Efeitos psicolgicos. -
Aumenta em muito a energia psquica. Desenvolve autoconfiana,
autodomnio e entusiasmo para viver. Proporciona qualidades
psicolgicas invulgares no s como decorrncia das melhores
fisiolgicas, como tambm porque proporciona uma bem maior assimilao
de prna com mais completo aproveitamento de suas riqussimas
possibilidades. Pela tranquilizao da mente, pela purificao dos
nadis e pela ativao dos chakras, caminho para as mais sublimes
conquistas espirituais.Atitude mental. - Ao tomar a posio para o
exerccio, esteja convencido de que vai harmonizar-se com a Fonte de
Vida, com o Alento Csmico, que tudo mantm. um tesouro e seu. No
pense como o homem comum que respirar somente oxigenar o sangue.
muito mais que isso. pranificar-se. Nas primeiras tentativas,
concentre-se sobre os movimentos musculares acima descritos, mas,
logo que estes se fizerem correta e espontaneamente, concentre-se
no prna e naquilo de bom que a respirao lhe oferece. Durante a
inspirao, visualize to nitidamente quanto puder que invadido por
multides de minsculas bolinhas diamantinas e luminosas que lhe
traro benefcios mentais, psquicos e fisiolgicos; sinta-se como
bebendo na fonte da vida. Terminada a inspirao, conceba na imaginao
que todo aquele prna se espalha pelo corpo, fixando-se em toda a
parte, vivificando tudo. Ao expirar, convena-se de que lana fora
toda a impureza, toda a fraqueza, toda a causa de sofrimento e
inferioridade, aliviando-se assim do que exista de deletrio em sua
unidade psicossomtica.Observaes:a) Nas primeiras semanas, comece
com trs respiraes em cada sesso, no indo alm de duas sesses dirias:
uma ao amanhecer, outra ao anoitecer. Nas semanas subseqentes, em
cada sesso acrescente uma respirao, at completar sete.b) Em caso de
ter tido uma afeco pulmonar ou cardaca, convem consultar o medico.
Esta respirao exige maior parcela de esforo muscular e envolve o
pulmo inteiro.c) A inspirao ou puraka deve:1 ser uniforme, isto ,
manter a mesma velocidade na corrente de ar inalado;2 ser
silenciosa e suave;3 fazer-se mediante discreta expanso do abdmen (
um engano pensar que a quantidade de ar maior se o dilatar at no
poder mais);4 ser completa, isto , sem falta ou excesso de um dedal
de ar, e terminar tranqilamente, sem arrancos.d) expirao tambm deve
se fazer segundo certas condies:1 deve ser uniforme (mesma
velocidade) e sem sacudidelas;2 sempre silenciosa, salvo em alguns
exerccios especiais;3 depender to somente do relaxamento do
diafragma e dos msculos respiratrios;4 chegar a seu tempo natural,
isto , sem que reste qualquer quantidade de ar no interior, sem
que, para isto, se recorra a esforos extras nem solicitao de outra
musculatura que no a j citada.e) Neste tipo de respirao todo abuso
perigoso. Qualquer exagero deve ser evitado. Os melhores resultados
so alcanados pelos que seguem o caminho da moderao, da suavidade e
da correta atitude mental. Seja perseverante e comedido. Se notar
excitao nervosa, sinal de que esta errando em algo. Deve ento parar
e, enquanto relaxa, entregar-se respirao abdominal.f) Esse exerccio
deve ser praticado durante meses, a fim de que venha a firmar-se um
mecanismo perfeito. Somente depois desse estgio preparatrio poder o
praticante iniciar a respirao ritmada.VRIOS EXERCCIOSa) Kumbhaka
(pranayama ritmado)Na opinio de teso Bernard, kumbhaka o pranayama
por excelncia, o que quer dizer a suspenso do ato de respirar,
somente praticvel por aqueles raros que tem o corpo perfeitamente
purificado. ela que nos d o domnio sobre o prna, isto , nos pe
disposio dos inimaginveis poderes universais. Isentos de pretenses
to altas, vamos entender kumbhaka simplesmente como uma outra
prtica, que, no sendo to poderosa, pode no entanto oferecer-nos
invejveis compensaes.Respirao ritmada o exerccio que se segue
naturalmente ao de puraka (inspirao) ou rechaka (expirao)
completas. Chegou a vez de introdurzimos: a) o kumbhaka, ou
suspenso do alento (apnia voluntria) e b) o ritmo. Em outras
palavras, o presente exerccio consiste em ritmicamente inspirar,
prender o ar nos pulmes e expirar, recomeando novo ciclo.Sentado ou
em p, olhos fechados, depois da limpeza dos pulmes, inicie o puraka
(inspirao), contando mentalmente (um, dois, trs e quatro). Depois
de ter os pulmes embebidos de ar, conte, no mesmo ritmo, at 16,
quando ento dever comear o rechaka (expirao), que se completar
quando voc tiver contando at 8. Depois de esvaziados os pulmes,
reinicie a inspirao. Resumindo: inspire, contando at 4; prenda o
ar, contando at 16, e expire contando at 8. H tambm kumbhaka com os
pulmes vazios.Voc precisa escolher uma certa unidade de tempo para
que possa ter alguma significao esta contagem 4 - 16 - 8. Melhor do
que tudo ser o ritmo de seu prprio pulso. Segurando-o com a outra
mo, sentir que ele bate e, a cada batida, conte; um, dois,
trs...Observaes1. No foroso que seja 4-16-8. Poder ser 3-12-6,
qualquer outro ritmo, contanto que obedea proporo de 1 para puraka,
4 para kumbhaka e 2 para rechaka. Escolha o melhor para voc,
contanto que venha a evitar violncia, sufocaes, sacudidelas e
fadigas. Comece com um puraka mais curto, para ir graditivamente
aumentando. Evite, no principio, kumbhaka com pulmes vazios.2. Se
no perfeito o estado do corao, no convm reter a respirao por mais
de trinta e dois segundos. a opinio do autorizado Yesudian.Efeito
teraputico: Equilbrio das correntes HA e THA, com a conseqente
tranquilizao do sistema nervoso e do ritmo cardaco.Efeito psquico:
Calma e desenvolvimento da fora de vontade. Harmonizao consigo
mesmo e com o universo.B) Respirao polarizada (Sukha Purvak).Tudo
que foi dito sobre posio e ritmo valido para o exerccio de respirao
polarizada. Acrescenta-se agora uma alternncia, isto , a ultilizao
de uma narina, enquanto a outra fica bloqueada.Inicia-se, como
sempre, com a limpeza dos pulmes, aps o que inspira-se com a narina
esquerda, onde termina o nadi da. Depois do kumbhaka, faa a expirao
(rechaka) pela narina direita, aps o que inspire pela narina
direita, fechando-a depois e, a seguir, esvazie pela narina
esquerda. Recomea-se a seguir com a narina esquerda.Esta respirao,
ao mesmo tempo alternada e ritmada, a mais prpria para estabelecer
o equilbrio interno e com o meio. Nela, duas correntes energticas
polarizadas so conduzidas ao mais desejvel grau de integrao.Para
fechar uma narina, deixando aberta a outra, dobre o dedo indicador
e o mdio de sua mo direita. Leve a mo altura do nariz e, quando
quiser fechar a direita, faa-o com o polegar e, quando quiser vedar
a esquerda, use o anular que se acha unido com o mindinho.Segundo
Yesudian, este exerccio muito poderoso e dele no se deve abusar.
bastante proveitoso para o desenvolvimento das faculdades mentais
e, segundo o autor citado, na Raja Yoga tem significativo papel,
pois facilita o xtase. Para maior eficincia, conserve os olhos
fechados.C) KapalabhatiExerccios destinados purificao do corpo.
Vejamos sua tcnica.A melhor posio do corpo a pose de ltus, mas em
qualquer das posturas sentadas ensinadas neste livro, e mesmo em p,
pode-se praticar, sendo indispensvel que a coluna fique
verticalizada e elegante. Como sempre, comece com a limpeza
completa dos pulmes. Agora relaxe o abdmen, permitindo que se encha
de ar a base do rgo. Sem perda de tempo, por uma ao conjunta da
musculatura abdominal e do diafragma, force bruscamente o ar a
sair. A glote deve permanecer completamente aberta a fim de
evitar-se atrito desagradvel com a passagem violenta do ar.
Novamente com o afrouxamento do abdmen, volta o ar a entrar para
outra vez ser explosivamente expulso. Como se v, o exerccio
consiste, em ultima analise, numa srie de rechakas energticas. Sem
qualquer kumbhaka (reteno). Nele a puraka (inspirao) participa
passiva e complementarmente. Visando maior concentrao mental,
mantenha os olhos fechados.Quanto dosagem, Blay aconselha dividi-lo
em "voltas" de 11 expiraes, aps as quais deve-se relaxar todo o
aparelho respiratrio. Depois deste repouso, d-se outra "volta" com
igual nmero. Uma sesso de principiante dever constar de trs
"voltas", entremeadas por perodos de relaxamento.Observaes
necessrias:1. Este exerccio desaconselhvel para quem sofre do
aparelho respiratrio, do circulatrio e do sistema nervoso.2. A srie
de rechakas deve ser rpida, mas a principio o praticante deve
preocupar-se com a aquisio da tcnica, evitando violncias contra a
prpria natureza.3. A ateno deve ser focalizada no interior do
nariz, por onde circulam as correntes de ar. A concentrao mental
melhor se os olhos ficarem fechados.Efeitos fisiolgicos - Limpa as
mucosidades do aparelho respiratrio; tonifica-o; carrega
sensivelmente o plexo solar com energia vital. Tonifica a circulao,
aquecendo o corpo e melhorando o metabolismo. Revigora as cordas
vocais.Efeitos psicolgicos - Aumenta a capacidade de autodomnio e
de concentrao.Nota: Como variao, pode-se fazer kapalabhati
alternadamente com uma e outra narina.D) UjjyiA melhor posio para
este exerccio a do ltus. Vale o que foi dito no exemplo precedente.
Ao fazer o puraka ou inspirao, durante a contagem mental at 6,
tenha a glote parcialmente fechada, o que provocara um som doce,
uniforme e de tom baixo. melhor tentar seguir a tcnica ensinada por
Edward Lange ("Yoga pour Soi", paris): " Durante a inspirao, o
pensamento e o movimento dos msculos necessrios a pronunciar HANG
abrem a faringe sobre o HAN, enquanto que a gutural g fecha o
orifcio, do esfago e bloqueia a base de vossa lngua sobre as das
amdalas". Evite qualquer frico desagradvel do ar sobre a mucosa
nasal.Permanea em kumbhaka igual tempo, fechando totalmente a
glote, com a ajuda de jalandhara-bandha ou chave de queixo. Depois
disto comece rechaka.Desfaa o jalandhara-bandha, relaxando os
msculos respiratrios e soltando a respirao, tendo a glote
parcialmente fechada, mas formado na boca, merc da posio dos dentes
e da lngua, um longo silvo sssss... uniforme e de tom baixo. Use
toda a musculatura do abdmen a fim de expulsar o ar todo. Dura a
expirao o dobro da inspirao. Novamente recorramos descrio do
supracitado Lange: "Durante a expirao... a parte superior da
faringe - o cavum - se relaxa. Os orifcios dos sinus, esses bolsos
permanentes de infeco, se abrem e so sifonados pelo ar
expirado".Faa a principio seis e v acrescendo uma por dia, at dez
execues.Valem para este exerccio todas as recomendaes j feitas para
os anteriores: nada de violncias e exageros, nada de imprudncias,
principalmente por quem sofre de alguma enfermidade. Consulte seu
mdico em caso de dvida.Dirija a mente para a regio da glndula
tireide. Olhos fechados facilitam a concentrao.Benefcios
teraputicos. - Diminuio da catarreira incmoda, merc da massagem nas
mucosas, cujas secrees asseguram defesa contra a infeco. Estimulao
das glndulas endcrinas provocada pela induo de uma forte corrente
HA, sendo seu efeito mais energtico sobre as tireides. Aumenta o
calor do corpo e corrige hipotenso sangunea. Acredita-se que
defenda contra a tuberculose, que evite distrbios digestivos,
estados depressivos e resfriamentos. Devido a sua grande ao sobre a
tireide e tenso sangunea, deve ser evitado pelos que sofram de
hipertireoidismo e hipertenso.Efeitos psquicos. - J que este
exerccio estimula a tireide, a glndula mais influente sobre o
temperamento, sobre a inteligncia e comportamento, sua prtica
propicia mais brilho inteligncia, maior vivacidade para trabalho,
finalmente mais brilho ao esprito.E) Bhastrika.Seu nome, Bhastrika,
em snscrito significa fole, que bem d uma idia de como se processa.
As melhores posies para a pratica so as sentadas - pandmsana ou
ltus e sadhsana, podendo tambm ser feita em p. Depois da limpeza
pulmonar, faz-se puraka (inspirao) e a seguir uma explosiva rechaka
(expirao), mediante a contrao brusca da musculatura respiratria.
Sem demora, outra puraka e imediatamente outro rechaka. E assim
onze movimentos energticos do diafragma e do abdmen com seus
respectivos rechakas e purakas. O ltimo puraka seguido de um
kumbhaka que leva aproximadamente doze segundos, durante os quais
mantm-se jalandhara-bandha ou chave de queixo. Segue-se suave
rechaka final de seis segundos.Os msculos abdominais e o diafragma
atuam energeticamente, movimentando a base do pulmo. O exerccio
muito semelhante ao kapalabhati, com a diferena de que l apenas a
expulso do ar energtica. Aqui tambm a inspirao o . boa dosagem, em
cada sesso, trs "voltas" de onze movimentos cada.Como se trata de
um dos exerccios mais fortes, portanto capaz de provocar danos no
praticante imprudente e abusado, recomendvel que o evitem: a)
pessoas enfermas e fracas; b) jovens de menos de dezoito anos; e c)
pessoas alm dos 50. Para os que j tm grande pratica, o limite de
idade no ser este, naturalmente. Todo abuso e violncia devem ser
evitados. Moderao, suavidade, gradao nunca so demasiados. Ao menor
sinal de fadiga, pare e relaxe, fazendo a respirao
abdominal.Benificios teraputicos. - Purifica todo o organismo e tem
especial ao tnica sobre o sistema nervoso e aparelho circulatrio.
Aumenta o apetite. Atenua irritao e inflamao das vias respiratrias.
Moderada e corretamente usado, tem at curado asma. Com verdadeiro
super abastecimento energtico, corrige os efeitos do frio, levando
calor a todo o corpo. Os que sofrem de ps e mos frios lucraro com a
pratica de bhastrika.Benefcios psicolgicos. - "Psicologicamente,
bhastrika produz um muito notvel aprofundamento da conscincia.
Aumenta a serenidade e o sangue-frio ante qualquer situao e, em
sumo grau, fortalece a vontade".F) Respirao de limpezaEm p, os ps
uns 30 cm de afastamento, "limpe o pulmo" e faa um puraka completo.
A seguir, aperte os lbios de encontro aos dentes, deixando uma
fresta estreita na boca. A seguir, com movimentos energticos
sacudidos e curtos dos msculos respiratrios (abdominais, diafragma
e entrecostais), force o ar a escapar atravs da fenda formada com a
boca. Se os msculos no fizerem bastante movimento para forar a
passagem do ar, o exerccio ser incuo.Benefcios teraputicos. - Na
opinio de Yesudian ataca as toxinas que se acham no sangue, curando
as molstias crnicas e reforando nossa imunidade. O ar impuro das
salas mal arejadas (cinemas, teatros, estaes, ferrovirias) expulso
do pulmo e do sangue. Os males da cabea, os catarros, a gripe so
rapidamente curados. Em pocas de epidemias este exerccio
indispensvel, pois resguarda o contgio. Neste caso recomendado
praticar trs sesses de cinco "voltas" cada dia. bno este exerccio
no caso de envenenamento por gs ou outro agente".Benefcios mentais.
- Acresce-nos a autoconfiana e, segundo Yesudian, um "triunfo sobre
a hipocondria", isto , sobre a obsedante sensao de estar doente.G)
O Sopro "HA" exerccio respiratrio de finalidade especfica. Seu nome
no se refere, como poderia parecer, corrente energtica positiva
(HA) e sim maneira de expirar.Em p, com as pernas afastadas, olhos
fechados, execute uma inspirao completa, levantando
concomitantemente os braos esticados para a frente e continue
elevando-os at o mais alto que puder. Mantenha um kumbhaka de uns
poucos segundos e, a seguir, ao mesmo tempo que energeticamente,
abaixe o tronco e os braos relaxados, empurre bruscamente o ar pela
boca, de forma a soltar uma quase explosiva slaba hA (h aspirado,
como termo ingls "home"), no pelo aparelho fonador, mas pela
passagem forada e sbita da corrente de ar. Repetir a inspirao da
mesma forma indicada, expirando em seguida lentamente pelo nariz.
Conserve o pensamento firme sobre os efeitos teraputicos abaixo
indicados.O mesmo exerccio pode ser feito deitado.Deitado sobre as
costas, executar o puraka (inspirao completa) simultaneamente
erguendo os braos esticados at atingir o solo para trs da cabea.
Aps ligeira reteno, fazer a violenta expirao pela boca forando o
"HA", enquanto com energia voltam os braos a sua posio inicial ao
lado do corpo e as pernas flexionam bruscamente at as coxas tocarem
o abdmen. Depois de ligeiro repouso, iniciar uma nova inspirao
lenta, enquanto os braos estendidos voltam para trs da cabea e as
pernas se esticam verticalmente. O exerccio termina com a lenta
expirao nasal, com as pernas e os braos retornando a seus
primitivos lugares.Benefcios Fsicos. - Limpando completamente as
vias respiratrias, refresca a circulao sangnea. bom remdio contra
resfriados e contra extremidades (ps e mos) frias.Benefcios
psicolgicos. - Oferece uma purificao para depois de termos estado
em ambientes srdidos, passionais, deprimentes, para depois de nos
termos contagiado psiquicamente em companhia de pessoas confusas,
pessimistas, viciadas, malvolas, finalmente, indivduos "carregados"
de impurezas astrais. Constitui-se um "tiro e queda" contra a
depresso e o desnimo.H) Respirao que tonifica os nervos.De p,
pernas e ps juntos, olhos fechados, mente firme, depois de completa
limpeza, inicie lento puraka, levando os braos estendidos para a
frente, com as palmas das mos para cima, at atingir a linha dos
ombros. Nesta altura dever ter terminado a inspirao e, ento,
mantendo kumbhaka (reteno), traga as mos com punhos cerrados aos
ombros, flexionando energtica e vivamente os braos. Ainda mantendo
a reteno, devolva os braos posio anterior, no entanto use de uma
fora tal que os faa tremer, como se estivesse vencendo forte
resistncia. Tendo flexionado e esticado trs vezes seguidas os
braos, expire lentamente, deixando-os simultaneamente tombarem,
enquanto o corpo relaxado flexiona um pouco para a frente.I)
Sitkari.Sentado ou em p, olhos fechados, depois da limpeza, faa a
inspirao completa, no pelo nariz, mas pela boca, tendo os dentes
cerrados e a lngua a eles encostada. O ar varre as bochechas, o cu
da boca e a lngua, refrescando a mucosa e enxugando a saliva.
Depois de curto kumbhaka, proceda ao rechaka, pelo nariz. Uma
"volta" consta de cinco respiraes.Benefcios fisiolgicos. - Concorre
para melhorar a resistncia ao calor e atenua a sensao de fome e de
sede.Efeito psquico. - Combate a insnia.J) Sitali.Sentado ou em p,
olhos fechados para melhorar concentrao mental, feita a "limpeza",
inspire pela boca, tendo os dentes semi cerrados e entre eles a
lngua formando uma calha; faa um curto kumbhaka e termine expirando
normalmente pelas narinas. Depois de uma "volta" de dez respiraes,
voc se ter livrado da desagradvel sensao de garganta seca, melhorar
de sua rouquido e ter varrido a mucosidade das amdalas.L)
Suryabhada-kumbhaka.Trata-se de um sukha-purvak modificado em
proveito de resultados especiais. Depois de cada inspirao, passe a
lngua na fase posterior dos dentes, recolhendo a saliva que deve
ser deglutida. Segundo Langue "esta deglutio mobiliza a musculatura
da laringe e, aps a expirao, possibilita eliminar o ar estomacal".
Conforme o mesmo autor, depois de "voltas"de seis exerccios, a
temperatura do corpo sobe sensivelmente, por isso este pranayama
especialmente indicado para a luta contra o frio. igualmente eficaz
contra aerofogia (flatulncia).Contentemo-nos com a variedade de
exerccios acima ensinados, j que nossa finalidade no ainda o Yoga
avanado. Alguns deles, com finalidades especficas, podem ser
praticados fora da sesso diria de Hatha Yoga. Constituem uma espcie
de farmcia e, como no caso de uma farmcia, devemos tomar a srio a
necessidade de usar sabiamente aquilo de que precisamos, para que
no tomemos veneno pensando que se trata de remdio. Atenda s
recomendaes e jamais se esquea de que suavidade a caracterstica
principal do Yoga.No se aventure a fazer os exerccios finais sem
que tenha antes atingido o completo domnio dos primeiros.Este texto
foi extrado do capitulo 2do livro "AUTO PERFEIO COM HATHA
YOGA"Hermgenesda Editora Record.