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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVA, CONTÁBEIS,ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
ROBERTA MALLMANN
ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE
PRODUÇÃO MUSICAL
Ijuí (RS),
2012
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ROBERTA MALLMANN
ANÁLISE DA VIABILIDADE DE UM EMPREENDIMENTO DE
PRODUÇÃO MUSICAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Cursode Ciências Contábeis do Departamento de Ciências
Administrativas, Contábeis, Econômicas e daComunicação (DACEC) para obetenção do título debacharel em Ciências Contábeis junto a UniversidadeRegional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul-UNIJUÍ.
ORIENTADORA: Maria Margarete Baccin Brizolla
Ijuí (RS),2012
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a Deus, por ter me dado à oportunidade de viver e
por não ter me permitido desistir diante das dificuldades.
Agradeço aos meus pais, Romeu e Ireni pelo amor, carinho e dedicação e
por terem me apoiado a realizar mais um curso de graduação.
Ao meu amor Marcelo, agradeço por todo incentivo, compreensão e amor.
Agradeço de forma especial à minha orientadora Maria Margarete, pela
sabedoria, apoio e dedicação, me auxiliando nesta tarefa tão importante do curso, o
TCC. Agradeço a todos os professores do curso que contribuíram para o meu
conhecimento, crescimento profissional e pessoal.
Por fim, agradeço a todos familiares e amigos que acreditaram em mim e
que de alguma forma contribuíram para que esta etapa fosse concluída.
Muito Obrigado.
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LISTA DE QUADROS
Quadro 01. Métodos para avaliação e análise de investimentos....... 21
Quadro 02. Vantagens e desvantagens da TIR.................................. 22
Quadro 03. Vantagens e desvantagens do Payback Descontado...... 26
Quadro 04. Esquema de entradas e saídas de caixa....................... 28
Quadro 05. Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício. 30
Quadro 06. Demonstração do Valor Adicionado............................... 32
Quadro 07. Investimentos Pré Operacionais..................................... 39
Quadro 08. Investimento Fixo........................................................... 40
Quadro 09. Investimento Inicial......................................................... 41
Quadro 10. Custos Variáveis............................................................. 43
Quadro 11. Depreciação.................................................................... 44
Quadro 12. Estimativa de Despesa Pessoal................................ ..... 47
Quadro 13. Pró-Labore...................................................................... 48
Quadro 14. Despesas Operacionais Mensal e Anual........................ 48
Quadro 15. Alíquotas do Simples Nacional a partir 01/12................. 50
Quadro 16. Tributação do Simples Nacional..................................... 51
Quadro 17. Preço do Show............................................................... 51
Quadro 18. Receitas.......................................................................... 52
Quadro 19. Projeção do aumento da Receita................................... 54
Quadro 20. Cálculo do Simples Nacional.......................................... 55
Quadro 21. Despesas Operacionais.................................................. 55
Quadro 22. Estimativa de Custos Variáveis...................................... 56
Quadro 23. Entradas e saídas monetárias da empresa.................... 57Quadro 24. Payback Simples............................................................ 60
Quadro 25. Payback Descontado...................................................... 61
Quadro 26. Valor Presente Líquido................................................... 63
Quadro 27. Taxa Interna de Retorno................................................. 64
Quadro 28. Demonstrativo do Resultado do Exercício...................... 66
Quadro 29. Demonstrativo do Resultado do Exercício Resumida.... 68
Quadro 30. Demonstração do Valor Adicionado............................... 70Quadro 31. Índice de distribuição do Valor Adicionado..................... 71
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01. Representação Investimentos Iniciais............................ 42Figura 02. Representação das Despesas Operacionais................ 49
Figura 03. Payback Simples............................................................ 60
Figura 04. Payback Descontado...................................................... 61
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LISTA DAS SIGLAS E ABREVlATURAS
IRPJ – Imposto de Renda sobre Pessoa JurídicaCSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
PIS/PASEP – Programa de Integração Social
CPP – Contribuição Patronal Previdenciária
ISS – Imposto sobre Serviços
DRE – Demonstrativo do Resultado do Exercício
SWU – Forum Global de SustentabilidadeTIR – Taxa Interna de Retorno
TMA – Taxa Mínima de Atratividade
VAUE – Valor Atual Uniforme Equivalente
VPL – Valor Presente Líquido
VFL – Valor Futuro Líquido
FC – Fluxo de Caixa
PB – Payback
PBD – Payback Descontado
NBC – Norma Brasileira de Contabilidade
DVA – Demonstração do Valor Adicionado
IR – Índices de Rentabilidade
IL – Índices de Lucratividade
I – Investimentos
CDI _ Certificado de Depósito Interbancário
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SUMARIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8
1.1 Contextualização do estudo ...................................................................... 9
1.1.1 Área de conhecimento contemplada ......................................................... 9
1.1.2 Caracterização do empreendimento ....................................................... 10
1.1.3 Problematização do tema ........................................................................ 11
1.1.4 Objetivos ................................................................................................. 11
1.1.5 Justificativa .............................................................................................. 12 1.1.6 Metodologia do Trabalho ......................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 19
2.1 Contabilidade ............................................................................................ 19
2.1.1 Contabilidade gerencial ........................................................................... 20
2.2 Metodologias de análise de viabilidade ................................................. 21
2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................ 22
2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA ....................................................... 23
2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL ................................................................. 24
2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback ............................... 25
2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE .............................................. 26
2.2.6 Fluxo de Caixa ........................................................................................ 27
2.2.7 Demonstração de resultados- DRE ......................................................... 29
2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA .............................................. 31
2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR .................................................................. 33
2.2.10 Índices de Lucratividade - IL .................................................................. 33
2.3 Receitas, Despesas e Custos .................................................................. 34
2.3.1 Custo do Investimento ............................................................................. 35
2.3.2 Custos Operacionais ............................................................................... 36
3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS ......................................................... 38
3.1 Ramo de atividade .................................................................................... 38
3.2 Investimentos Necessários ..................................................................... 39
3.3 Custos, Despesas e Receitas .................................................................. 42
3.3.1 Custos ..................................................................................................... 42
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3.3.2 Despesas ................................................................................................ 44
3.3.3 Receitas .................................................................................................. 51
3.4 Viabilidade Econômica e Financeira....................................................... 52
3.4.1 Fluxo de caixa ......................................................................................... 53
3.4.2 Método payback simples ......................................................................... 59
3.4.3 Método Payback descontado .................................................................. 60
3.4.4 Taxa Média de Atratividade – TMA ......................................................... 62
3.4.5 Valor Presente Líquido – VPL ................................................................. 62
3.4.6 Taxa Interna de Retorno – TIR ................................................................ 63
3.5 Viabilidade Contábil ................................................................................. 64
3.5.1 Demonstrativo do Resultado do Exercício – DRE ................................... 64
3.5.2 Demonstração do Valor Adicionado – DVA ............................................. 69
3.6 Análise Econômica Financeira ................................................................ 72
CONCLUSÃO .................................................................................................. 74
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 76
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INTRODUÇÃO
A música é uma forma de arte que se constitui basicamente em combinarsons, é uma forma de linguagem que se utiliza de voz, instrumentos musicais e
outros artifícios para expressar algo. Expandiu-se ao longo dos anos, e atualmente
se encontra em diversas utilidades não só como arte, mas também como
educacional e terapêutica. As melodias afetam as emoções e os sentimentos das
pessoas.
Existem muitas divisões e agrupamentos da música em gêneros, estilos e
forma. O estilo do empreendimento em estudo é pop reggae, que apresenta umritmo dançante e suave, porém com uma batida característica. A guitarra, o
contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados neste tipo de
música (REGGAE, 2011).
Assim este estudo, tem como objetivo principal analisar a viabilidade
econômica, financeira e contábil para instalação de uma empresa de prestação de
serviços na área musical pop/reggae, num momento posterior à tomada de decisão
de implantar o empreendimento.
Um estudo de viabilidade possibilita que se tomem decisões sobre
aquisição, implantação, expansão ou modernização de novos empreendimentos,
sob a análise de indicadores econômico-financeiros, projeções de fluxos de caixa
que irão identificar as disponibilidades de recursos e o equilíbrio entre entradas e
saídas de valores monetários. Também gera informações privilegiadas, identifica
oportunidades e ameaças e facilita as decisões que o empreendedor deverá adotar
para se tornar bem sucedido.
Segundo Lacruz, (2008, p. 3), “planejar detalhadamente significa antever nos
mínimos detalhes o resultado futuro de ações que se pretendem tomar acerca de um
empreendimento, objetivando indicar sua viabilidade ou inviabilidade”.
Vasconcelos e Crispim da Silva (2007, p. 57) afirmam que “o plano de
negócios consiste em um documento que mostra a caracterização do negócio que
se pretende empreender e do mercado no qual o empreendimento estará inserido”.
Para Giordani Junior (2009) “um plano de negócios bem feito funciona
também como uma ferramenta de gestão, auxilia na tomada de decisão”.
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Inicialmente é apresentada a contextualização do assunto, com a definição
do tema, a caracterização do empreendimento, a problematização do estudo, os
objetivos geral e específicos, a justificativa quanto à escolha do tema e a
metodologia da pesquisa.
Num segundo momento é apresentada a revisão bibliográfica para a
fundamentação teórica do tema, realizada em diversas fontes tais como livros, sites
e artigos que tratam sobre o assunto.
No terceiro capítulo apresenta-se o estudo aplicado, onde analisamos a
viabilidade para implantação de um empreendimento prestador de serviços na área
musical pop/reggae observando a rentabilidade da atividade.
Finalizando apresenta-se a conclusão e a bibliografia consultada durante arealização do estudo.
1.1 Contextualização do estudo
A contextualização do estudo tem por finalidade apresentar a análise e
avaliação da viabilidade econômica e financeira de um empreendimento de
produção musical, evidenciando a caracterização do empreendimento, a área de
conhecimento contemplada, o tema e problema inerentes ao assunto, os objetivos
geral e específicos, a justificativa para a escolha do assunto bem como a
metodologia que foi utilizada para a realização do estudo.
1.1.1 Área de conhecimento contemplada
A contabilidade é uma ciência que tem como objeto de estudo o patrimônio
das entidades, seus fenômenos e variações, tanto no aspecto quantitativo como
qualitativo, registrando os fatos e atos de natureza econômico-financeira. Os
estudos em contabilidade envolvem várias ramificações, como: contabilidade de
custos, contabilidade gerencial, auditoria contábil, análise de balanços, contabilidade
financeira, entre outras.
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As taxas deste imposto serão aplicados sobre o faturamento da empresa.
Com relação aos clientes que se pretende atingir, estima-se, segundo os
proprietários do empreendimento, que em sua maioria serão casas noturnas, feiras,
eventos entre outros. Seu foco mercadológico inicialmente estará voltado para a
região Noroeste, após o estado do Rio Grande do Sul, abrangendo posteriormente
os estados vizinhos de Santa Catarina e Paraná, para depois atingir o país.
1.1.3 Problematização do tema
Este estudo tem como preocupação central analisar a viabilidade econômica
da implantação de uma empresa de prestação de serviços na área musical,
buscando suprir a necessidade de mercado de uma banda musical no estilo pop
reggae, pois se observa que ultimamente estão surgindo apenas bandas no estilo
sertanejo.
Mesmo com a existência de outras bandas na região e no próprio município,
a Banda objeto desse estudo tem um estilo musical inovador, com letras e arranjos
próprios.
No entanto, é necessário um estudo quanto à viabilidade de sua
implementação, devido à grande dificuldade do estilo pop reggae entrar no mercado,
pois atualmente o mercado musical é dominado pelo estilo sertanejo universitário.
Porém como em 2011 no Rio de Janeiro teve mais uma edição do grande evento do
Rock in Rio, acredita-se que o mercado vai mudar e abrir as portas para outros
estilos musicais.
Diante disso, surge a questão de pesquisa para este estudo que é saber se
é viável econômica, contábil e financeiramente o investimento em uma
empresa na área de produção musical?
1.1.4 Objetivos
A partir do tema e problema de estudo proposto, apresenta-se a seguir oobjetivo geral e os objetivos específicos.
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1.1.4.1 Objetivo geral
Demonstrar se o investimento na implantação de uma empresa na área de
produção musical é viável econômica, contábil e financeiramente.
1.1.4.2 Objetivos específicos
Revisar a Literatura pertinente ao tema objeto deste estudo;
Levantar os investimentos necessários a implantação da empresa eprojetar os custos, despesas e receitas operacionais da empresa por
período;
Apresentar os indicadores de retorno econômico, financeiro e contábil,
com vista a identificar se o negócio avaliado apresenta o retorno
desejado.
1.1.5 Justificativa
O tema escolhido para o estudo é de grande importância devido ao fato de
haver grande números de bandas do estilo sertanejo e devido a carência de músicas
novas especialmente no estilo pop reggae. Contribuiu para acadêmica aprofundar os
conhecimentos desenvolvidos no decorrer do curso ajudando na sua formação
profissional, e para a empresa oferecendo um resultado sobre o seu investimento. È
importante o estudo pois colabora para o sucesso do empreendimento, através do
planejamento da avaliação de custos e despesas e sua relação com as receitas.
Além disso, para a ciência contábil o desenvolvimento deste estudo é uma
ferramenta necessária para auxiliar os empreendedores da organização e na
tomada de decisão, pois o objetivo deste é através da contabilidade gerencial
verificar se a empresa é viável econômica, contábil e financeira.
É essencial que haja um planejamento baseado em informações gerenciais,pois permite a percepção de nichos de mercado e antecipação de riscos evitando
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assim, a falência. Um empreendimento que passa por um planejamento, reduz
consideravelmente os riscos inerentes e fornece maior segurança ao negócio.
Para a organização o estudo facilita o planejamento, o controle a tomada
de decisões buscando um resultado satisfatório.
Para a Universidade em especial o curso de Ciências Contábeis, este
trabalho contribui como subsídio e fonte de pesquisa para a elaboração de trabalhos
nesta área.
E particularmente para a acadêmica a escolha deste estudo deu-se por ser
integrante desta empresa e assim possui interesse pessoal e profissional em
analisar a viabilidade econômica do empreendimento.
Busca-se com este trabalho, uma visão mais clara e segura para aimplantação de tal empreendimento e é importante lembrar que em todo processo
de criação, analise, estruturação e implantação de um negocio são exigidos
dedicação e uma boa gestão para superar os obstáculos que possam surgir.
A realização do trabalho na área de viabilidade permite que os
conhecimentos obtidos neste ramo sejam capazes de contribuir para a viabilidade e
rentabilidade do investimento com uma situação financeira sustentável.
1.1.6 Metodologia do Trabalho
Metodologia é o método ou etapas seguidos para um determinado processo.
É a explicação minuciosa sobre um determinado tema, de como o estudo foi
efetuado para chegar a determinado ponto.
Neste item será explanado como o trabalho foi desenvolvido e quais os
métodos utilizados para realização do mesmo.
1.1.6.1 Classificação da pesquisa
O presente estudo apresenta a seguinte classificação quanto à sua
natureza, seus objetivos, procedimentos e quanto à abordagem do problema.
Quanto à natureza, pode-se definir pesquisa como “a realização de um
estudo planejado que tem como ponto de partida um problema e cuja finalidade é
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chegar a respostas para determinadas questões, mediante a aplicação de método
científico” (OLIVEIRA, 2003).
Segundo Gil (1999, p. 43), “a pesquisa aplicada depende das suas
descobertas e enriquece com o seu desenvolvimento. Sua característica principal é
o interesse na aplicação, utilização e consequências praticas dos conhecimentos”.
Neste trabalho, a presente pesquisa possui características de natureza
aplicada, pois agregou conhecimento e prática aplicados a um estudo que analisa a
viabilidade ou não do investimento incremental no empreendimento estudado.
Quanto aos objetivos, a pesquisa se caracteriza como descritiva e
explicativa. Segundo Gil (1999, p. 44) e Beuren (2004, p. 81), “a pesquisa descritiva
tem como objetivo principal descrever características de determinada população,fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis”.
Conforme Andrade (apud Beuren, 2004, p. 81) “a pesquisa descritiva
preocupa-se em observar os fatos, registrar, analisar, classificar e interpretar. Assim
os fatos são estudados e não manipulados pelo pesquisador ”.
Para Beuren (2004, p. 81), “vários estudos utilizam a pesquisa descritiva
para análise e descrição de problemas de pesquisa na área contábil”. Esta pesquisa
é descritiva, pois foi descrita de forma detalhada todo o processo de análise erentabilidade do negócio, bem como todos os seus custos, a fim de se obter
conclusões econômicas e financeiras a respeito da viabilidade do empreendimento.
A presente pesquisa também é classificada como explicativa, pois, de
acordo com Marion (2010, p. 57), “as metas da pesquisa explicativa incluem a
compreensão das bases dos fenômenos naturais e a explicação das relações entre
os mesmos; as causas ou a natureza do fenômeno”. Assim, a pesquisa explicativa
busca identificar os fatores determinantes da viabilidade ou não do negócio.Segundo Andrade (apud Beuren, 2004, p. 82),
A pesquisa explicativa é mais complexa, pois, além de registrar, analisar,classificar, e interpretar os fenômenos estudados, procura identificar seusfatores determinantes. A pesquisa explicativa tem por objetivo aprofundar oconhecimento da realidade, procurando a razão, o porquê das coisas e poresse motivo está mais sujeita a erros.
Quanto aos procedimentos técnicos, “referem-se a maneira pela qual se
conduz o estudo e portanto, os dados foram obtidos” (BEUREN, 2004).
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Podendo este estudo ser classificado em: pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental, levantamento e estudo de caso.
A pesquisa bibliográfica é indispensável em pesquisas e, de acordo com
Cervo e Bervian (apud BEUREN, 2004, p. 86), “explica um problema a partir de
referenciais teóricos publicados em documentos”.
Para Beuren, (2004, p. 86),
Esse tipo de pesquisa constitui parte da pesquisa descritiva, quandoobjetiva recolher informações e conhecimentos prévios acerca de umproblema para o qual se procura resposta ou acerca de uma hipótese quese quer experimentar.
A pesquisa bibliográfica foi de grande importância para a elaboração do
estudo, pois forneceu embasamento teórico para a análise da viabilidade do
empreendimento.
Segundo Silva e Grigolo (apud BEUREN, 2004, p. 89):
A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberamnenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim,selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair delaalgum sentido e introduzir-lhe algum valor, podendo, desse modo, contribuir
com a comunidade científica afim de que outros possam voltar adesempenhar futuramente o mesmo papel.
No presente estudo foram levantados os dados necessários para a
implantação do negócio. Gil (1999, p. 70), define levantamento da seguinte forma:
As pesquisas deste tipo se caracterizam pela interrogação direta daspessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Basicamente, procede-seà solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca doproblema estudado para em seguida, mediante analise quantitativa, obter asconclusões correspondentes dos dados coletados.
De acordo com Gil (2002, p. 54), “o estudo de caso consiste no estudo
profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e
detalhado conhecimento”. Seguindo essa mesma ideia, Beuren (2004, p. 84)
“destaca a importância desse tipo de estudo por reunir informações numerosas,
detalhadas e ricas a respeito de uma situação, auxiliando num maior conhecimento
e numa possível resolução de problemas acerca do assunto estudado”.
Assim o presente estudo também se caracteriza pelo levantamento a fim dese obter informações referentes aos nichos de mercados (clientes), concorrentes.
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Também se caracteriza como um estudo de caso, por se tratar de um estudo de
viabilidade, onde não pode ser generalizado a outras empresas, visto que possuem
características próprias.
Quanto à abordagem do problema, referente aos tipos de abordagem do
problema existem dois que podem ser aplicados em contabilidade: qualitativa e
quantitativa, para o estudo foi usada a pesquisa qualitativa, por não fazer uso de
bases estatísticas na análise dos dados.
Segundo Marion (2010, p. 58), pesquisa qualitativa “é aquela em que se
busca conhecer os fenômenos sociais através dos significados que estes têm para
as pessoas”. De acordo com Beuren (2004, p. 92), “esse tipo de pesquisa possibilita
uma análise mais profunda em relação ao fenômeno que esta sendo estudado, vistoque pela análise quantitativa o assunto é tratado superficialmente”.
1.1.6.2 Coleta de dados
Neste item do trabalho foram descritos os métodos utilizados para a coletados dados necessários à elaboração da pesquisa.
O plano de coleta de dados é a “etapa da pesquisa em que se inicia a
aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se
efetuar a coleta dos dados previstos.” (MARCONI e LAKATOS, 1996, p. 30).
As fontes que compõem o trabalho de pesquisa são oriundas de estudos
bibliográficos, artigos extraídos da internet, de diversas áreas da contabilidade,
especialmente contabilidade gerencial e financeira contempladas neste trabalho.Por se tratar do estudo de viabilidade de um empreendimento na área de
produção musical, foi necessário coletar informações quanto aos custos, a estrutura
necessária para iniciar as atividades, bem como outras informações necessárias ao
estudo de viabilidade sendo usado para tanto a observação e entrevista semi-
estruturada.
Intuitivamente o ser humano se vale da observação para estudar, analisar
obter conhecimento de tudo o que o envolve (OLIVEIRA, 2003 p. 66).
Ainda Oliveira (2003, p. 67) afirma que:
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Observar consiste em aplicar os sentidos na obtenção de dados sobredeterminado objeto, buscando conhecê-lo. É de grande importância nasciências, pois permite ao pesquisador estudar uma realidade e as suas leis,sem se prender apenas à adivinhação.
Enfim, observar é uma técnica de coleta de dados para obter informações
sobre determinado assunto.
Entrevista diz respeito à obtenção de dados relevantes para uma pesquisa
mediante o diálogo com determinada fonte. É uma conversa orientada para o
objetivo de recolher dados para a pesquisa (OLIVEIRA, 2003).
Para o mesmo autor, na entrevista não estruturada, há grande liberdade,
ausência de padrões ou perguntas fechadas e os interlocutores têm total liberdade
de perguntas e respostas. Assim, a entrevista é uma conversa entre duas pessoas,
para que uma obtenha informações sobre um assunto.
Para a obtenção dos dados necessários à elaboração da presente pesquisa,
foram efetuadas entrevistas informais junto aos empresários do setor e pessoas
ligadas ao ramo de atividade musical, bem como utilizado o método da observação
em relação ao mercado, concorrentes, entre outros.
1.1.6.3 Análise e interpretação dos dados
Após coletar os dados necessários à pesquisa foi realizada uma análise e
interpretação dos mesmos, com o objetivo de encontrar resposta ao problema
investigado.
Para Beuren (2004, p. 136):
Quando se fala em analisar dados, espera-se que o estudante consigasumariar os dados coletados para transformá-los em informações quesustentem um raciocínio conclusivo sobre o problema proposto. Já na fasede interpretação dos dados, deverá haver uma correlação dos dadoscoletados com a base teórica que sustentou a pesquisa.
No presente estudo, após a obtenção dos dados necessários, os mesmos
foram analisados para que se transformassem em informações úteis, e assim foram
elaboradas planilhas, quadros, gráficos com a finalidade de garantir um bomdesenvolvimento ao estudo de viabilidade do empreendimento. Assim, foram
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analisadas e interpretadas questões como investimentos necessários para a
operacionalização da produção musical, custos, receitas e despesas relacionadas
ao negócio para elaboração da Demonstração do Resultado do Exercício, Fluxo de
Caixa projetados e os cálculos e análises para identificar a rentabilidade do negócio.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo foi realizado um estudo aprofundado por meio de consultas avários autores relevantes, tendo como objetivo principal dar embasamento a
fundamentação teórica do trabalho para dar sustentação ao mesmo.
2.1 Contabilidade
A contabilidade é a ciência social que busca registrar, classificar,
demonstrar, analisar, interpretar todos os fenômenos que afetam as situações
patrimoniais das entidades. Seu objeto de estudo é o patrimônio das entidades, em
seus aspectos qualitativos e quantitativos.
Basso (2011, p. 26) define contabilidade como:
Conjunto ordenado de conhecimentos próprios, leis científicas, princípios e
método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla eobserva o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo(monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitose regras e padrões gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar eregistrar informações de suas variações e situação, especialmente denatureza econômico-financeira e, complementarmente, controla, registra einforma situações impactantes de ordem socioambiental decorrentes deações praticadas pela entidade no ambiente em que está inserida.
Para Marion (1998, p. 24), “contabilidade é o instrumento que fornece o
máximo de informações úteis para a tomada de decisões, não devendo ser feita
apenas para atender as exigências do governo, mas para auxiliar nas decisões daentidade”.
A contabilidade é imprescindível para uma entidade, pois atua na
administração e gerenciamento de seu patrimônio constituído por um conjunto de
bens, direitos e obrigações. “ A Contabilidade é a linguagem dos negócios, mede os
resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para
tomadas de decisões” (MARION, 2003, p. 24).
Para Capellari e Treter (2007, p. 36):
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A Contabilidade tem sido a base de dados da qual os empresários se valempara extrair as informações de que necessitam para uma eficiente gestãodos recursos, uma vez que as demonstrações contábeis servem de apoioao gerenciamento da entidade, possibilitando conhecer com maior precisãoa sua situação patrimonial e econômica financeira.
Toigo, citado por Basso (2011, p. 26) afirma: “Contabilidade é a ciência que
estuda e controla o patrimônio sob ponto de vista econômico-financeiro, observando
e registrando seus aspectos quantitativos e qualitativos e as variações por ele
sofridas”.
Para Basso (2011, p. 28) “a finalidade básica da Contabilidade é gerar
informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com ênfase
para o controle e o planejamento- processo decisório”. Ainda para o Basso (2011, p. 32):
a informação contábil se expressa por diferentes meios, comodemonstrações contábeis, escrituração ou registros permanentes esistemáticos, documentos, livros, planilhas, listagens, notas explicativas,mapas, pareceres, laudos, diagnósticos, descrições críticas ou quaisqueroutros empregados no exercício profissional ou previstos em legislação.
Assim, a Contabilidade é uma ciência social, pois estuda o patrimônio de
uma organização, fornecendo informações para a tomada de decisões.
2.1.1 Contabilidade gerencial
Contabilidade gerencial tem como objetivo coletar e registrar informações
para auxiliar os gestores a tomar decisões na empresa, apurar a sua situação
financeira e buscar tendências futuras de investimentos. “Ponto fundamental da
contabilidade gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para a
administração” (PADOVEZE, 2010, p. 47).
Para Warren, Reeve e Fess (2001, p. 3):
As informações de contabilidade gerencial incluem dados históricos eestimados usados pela administração na condução de operações diárias, noplanejamento de operações futuras e no desenvolvimento de estratégias de
negócios.
Segundo Padoveze (2010, p. 48)
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Para se fazer contabilidade gerencial é necessário um sistema deinformação contábil gerencial, um sistema de informação operacional, queseja um instrumento dotado de características tais que preencha todas asnecessidades informacionais dos administradores para o gerenciamento desua entidade.
O Sistema de Informações Contábil Gerencial em uma empresa pode
auxiliar e direcionar a tomada de decisão por meio de relatórios com qualidade e
confiabilidade (ZOUNAR, SANTIAGO e VIERIA, 2007).
Assim, mediante a competitividade do mercado, onde as organizações tem
dificuldade de cumprir com suas obrigações e ainda gerar lucros é imprescindível
que estejam munida de sistemas e controles que lhe forneçam informações para um
bom gerenciamento e tomada de decisões.
2.2 Metodologias de análise de viabilidade
A análise de viabilidade busca identificar e quantificar as estimativas de um
novo projeto que detectará a partir dos métodos de investimentos a melhor
oportunidade que irá gerar valor à empresa.
Segundo Santos (2001, p. 144) “as decisões de investimentos são
importantes para a empresa porque envolvem valores significativos e geralmente
têm um alcance de longo prazo”.
Silva (2005, p. 51) “afirma que para analisar a viabilidade econômica do
investimento, utiliza-se a engenharia econômica, que usa métodos de análise
(Quadro 01) que facilitam a escolha da melhor alternativa de investimento”.
Quadro 01: Métodos para avaliação e análise de investimentos
Método do valor presente líquido – VPL: determina o valor no momento inicial de uma operação,considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, descontados com a TaxaMínima de Atratividade - TMA.Método do valor futuro líquido – VFL: determina o valor no momento futuro de uma operação,considerando um fluxo de caixa composto de receitas e dispêndios, aplicando-se a Taxa Mínima de Atratividade –TMA a cada valor do fluxo de caixa.Método do valor uniforme líquido: determina transformar uma série diferente em valoresuniformes, através de uma Taxa Mínima de Atratividade - TMA.Método de taxa de retorno: a taxa de juros que anula o valor presente líquido correspondente àTaxa Interna de Retorno (TIR). Entre duas alternativas econômicas com TIR diferentes, a que tiver amaior taxa significa que o investimento vai proporcionar maior retorno. O investimento seráeconomicamente atraente apenas se a TIR for maior do que a Taxa Mínima de Atratividade – TMA.
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Método do prazo de retorno: considera a apuração do tempo adequado para que o somatório dosbenefícios econômicos de caixa se nivele ao somatório dos dispêndios de caixa.Índice de lucratividade: é a comparação de dois investimentos. Acha-se o Valor Presente Líquido(VPL), que depois é dividido pelo valor do investimento inicial, e então se encontra o índice.Payback simples: considera em quanto tempo se dará o retorno do investimento inicial.Payback descontado: é o mesmo conceito do payback simples, mas o fluxo de caixa é analisadodepois que se deduz a capitalização da taxa de desconto, isto é, o VPL.Fonte: adaptado de Silva (2005, p. 51-52).
Existem várias metodologias para a análise de viabilidade do projeto
devendo ser escolhidas aquelas que estão de acordo com os objetivos do
empreendimento, pois é através desta análise de investimentos que saberemos se o
empreendimento trará benefícios futuros.
2.2.1 Taxa Interna de Retorno – TIR
A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a rentabilidade gerada pelo
investimento. De acordo com Santos (2001, p. 154):
A Taxa Interna de retorno de um investimento é o percentual de retornoobtido sobre o saldo do capital investido e ainda não recuperado.Matematicamente, a taxa interna de retorno é a taxa de juros que iguala ovalor presente das entradas de caixa ao valor presente das saídas de caixa.
Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 131) a TIR “é a taxa do projeto
que faz com que o VPL do projeto seja nulo”.
Assim, quando a Taxa Interna de Retorno de um projeto de investimento for
maior que a sua TMA, este investimento pode ser considerado vantajoso e trará
lucros. Se a Taxa Interna de Retorno for menor que a TMA, este investimento nãoserá vantajoso, pois não compensará o custo de oportunidade da empresa.
No Quadro 02 são apresentadas as vantagens e desvantagens da TIR:
Quadro 02: Vantagens e desvantagens da TIR
Vantagens Desvantagens Considera o fluxo de caixa completo doprojeto e o valor do dinheiro no tempo.Informa se o projeto simples cria ou destrói
valor.É uma taxa de juro, uma medida relativa, emvez de uma medida absoluta, como o VPL. A TIR é fácil de ser comunicada e,
Deve ser aplicada somente na avaliação deprojetos com fluxo de caixa com uma únicamudança de sinal, denominados projetos do
tipo simples ou projetos simples.É necessário determinar a priori a taxarequerida do projeto.Não tem a propriedade aditiva do VPL de
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aparentemente, pode ser bemcompreendida por muitos.
fluxo de caixa de um mesmo projeto. A maior TIR não seleciona o melhor projetode um grupo de projetos mutuamenteexcludentes com o mesmo prazo de análise,exceto aplicando a análise incremental, ou
grupo de projetos independentes sobrestrição orçamentária.Há a dificuldade em reinvestir os retornos doprojeto para garantir a rentabilidadeperiódica igual à TIR.
Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 177).
Portanto, a Taxa Interna de Retorno (TIR) é uma taxa de juro que anula o
VPL do projeto, ela detecta, mas não mede o valor do projeto, ou seja, é a taxa que
com o valor atual das entradas seja igual ao valor atual das saídas de caixa.
2.2.2 Taxa Mínima de Atratividade - TMA
“A Taxa Mínima de Atratividade é a taxa requerida como a taxa mínima de
juro que a empresa exige para aceitar um projeto, conhecida também como custo de
oportunidade” (LAPPONI, 2007, p. 37). Para Santos (2001, p. 153) essa taxa “é específica para cada empresa e
significa a taxa de juros mínima aceitável quando ela faz um investimento ou a taxa
de juros máxima a pagar por um financiamento”.
Lapponi (2007, p. 9) destaca que “a determinação da taxa requerida de um
novo projeto é fundamentada no mercado de capitais e é definida pelo retorno
oferecido por outros investimentos disponíveis com risco equivalente ao do novo
projeto”. Para Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 97)
Ao se analisar uma proposta de investimento deve ser considerado o fatode se estar perdendo a oportunidade de auferir retornos pela aplicação domesmo capital em outros projetos. A nova proposta para ser atrativa deverender, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade dasaplicações correntes e de pouco risco. Esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade.
De acordo com Souza e Clemente (2010):
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Entende-se como Taxa de Mínima Atratividade a melhor taxa, com baixograu de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão deinvestir sempre terá pelo menos duas alternativas para serem avaliadas:investir no projeto ou “investir na Taxa Mínima de Atratividade”. Ficaimplícito que o capital para investimento não fica mais no caixa mas, sim,
aplicado à TMA. Assim o conceito de riqueza gerada deve levar em contasomente o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtidoalém da aplicação do capital na TMA.
Para Santos (2001, p. 154) “a TMA de uma empresa é um parâmetro
permanente e não é afetado pelas mudanças conjunturais do ambiente econômico
onde ela atua”.
Portanto a TMA é definida num projeto baseada no que se espera ganhar e
deve ser igual ou maior á seu custo de capital de modo que os investimentos da
empresa deverão proporcionar lucro econômico.
2.2.3 Valor Presente Líquido – VPL
O método de Valor Presente Líquido analisa os investimentos considerando
o valor do dinheiro no tempo. Segundo Ross, Westerfield e Jaffe (2002, p. 75), “VPLé o valor presente dos fluxos futuros de caixa menos o valor presente do custo do
investimento”.
Santos (2001, p.155) diz que:
O VPL de um investimento é igual ao valor presente do fluxo de caixalíquido, sendo portanto, um valor monetário que representa a diferençaentre as entradas e saídas de caixas trazidas a valor presente. É efetuadocom a utilização da Taxa Mínima de Atratividade (TMA) da empresa como
taxa de desconto.
Segundo Lapponi (2007, p. 132), “o VPL do projeto com prazo de análise n,
custo inicial I na data zero, os retornos gerados FC1, FC2, FC3... , FCn e a taxa K é
obtida com a expressão”:
n
n
32 k)(1
FC ...
k)(1
FC3
k)(1
FC2
k1
FC1 l-VPL
Santos (2001, p. 156) destaca que:
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Quando o Valor Presente Líquido (VPL) é maior do que zero, significa que oinvestimento é vantajoso, pois existe lucro econômico, já que o valorpresente das entradas de caixa é maior do que o valor presente das saídasde caixa. Também indica que a taxa interna de retorno do projeto é maiorque a TMA da empresa. Se for igual a zero, o investimento está numa
situação de indiferença, pois o valor presente das entradas de caixa é igualao valor presente das saídas de caixa. E para um VPL menor que zero,conclui-se que o investimento não é economicamente atrativo, pois o valorpresente das entradas de caixa sendo menor do que o valor presente dassaídas de caixa significa a existência de prejuízo econômico.
É importante ressaltar que o VPL é um cálculo que evidencia resultados
financeiros e não econômicos como destaca o autor acima. Assim para um VPL
menor que zero conclui-se que o investimento não é financeiramente atrativo.
Enfim, o melhor projeto de investimento será o que apresentar um maior
VPL ou maior que zero o que significa que o investimento terá um retorno acima do
custo de oportunidade da empresa, assim o mesmo é vantajoso e deve ser
realizado.
2.2.4 Período de recuperação do Investimento - Payback
O método do payback representa o prazo de retorno do investimento inicial,
ou seja, é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa geradas por
um determinado projeto se igualem ao valor do investimento. Conforme Santos
(2001, p. 150) “este método estima em quanto tempo ocorrerá a recuperação do
capital investido em função do fluxo de caixa gerado”.
O critério do período payback , na tomada de decisões de investimento, é
simples. Seleciona-se certo período de corte, digamos, de dois anos. Todosos projetos que tiverem períodos de payback de dois anos ou menos serãoaceitos, e todos os que proporcionarem recuperação do investimento emmais de dois anos serão rejeitados (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 2002,p. 127).
Pode ser aplicado de duas formas: payback simples e payback descontado.
Santos (2001, p. 151) “diz que uma alternativa para diminuir a imprecisão do critério
do tempo de retorno é considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente”. Esse
método é denominado tempo de retorno descontado.
Lapponi (2007, p. 242) “traz algumas vantagens e desvantagens de utilizar o
Payback Descontado na avaliação de projetos simples”.
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Quadro 03: Vantagens e desvantagens do Payback Descontado
Vantagens Desvantagens
- O método do PBD é fácil de ser aplicado,embora o procedimento de cálculo seja umpouco trabalhoso.- O resultado do PBD é de fácil interpretação,quanto menor for o PBD, tanto melhor para oprojeto.- Dá uma noção da liquidez e do risco doprojeto.
- O PBD não considera todos os capitais dofluxo de caixa do projeto, e a definição de tempomáximo tolerado é arbitrária. Avaliando somenteo método do PBD, a empresa tenderá a aceitarprojetos de curta maturação e menorrentabilidade, e tenderá a rejeitar projetos demaior maturação e rentabilidade.- O PBD não é uma medida de rentabilidade doprojeto.- Não deve ser aplicado:- Quando o desembolso do custo inicial forrealizado em mais de um ano; comodesembolsos do ano zero e no final do 1º ano e
seguintes.- Quando o projeto não for do tipo simples.- Seleciona o melhor de um grupo de projetosmutuamente excludentes, ou grupo de projetosindependentes sob restrição orçamentária. Oprojeto com menor PBD poderá não ser omelhor projeto, pois não considera todo o fluxode caixa, e o TMA é uma referência arbitrária.
Fonte: adaptado de Lapponi (2007, p. 242).
Enfim, Payback é o tempo decorrido entre o investimento inicial e o
momento no qual o lucro líquido acumulado se iguala ao valor desse investimento,
assim quanto menor for o tempo de recuperação, mais atrativo se torna o
empreendimento.
2.2.5 Valor Atual Uniforme Equivalente – VAUE
O Valor atual uniforme equivalente é mais uma ferramenta utilizada na
análise de investimentos.
“Este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa
positivos e compará-lo com o valor médio dos fluxos de caixa negativo” (KASSAI et.
al , 2000).
Segundo Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 95):
Este método consiste em achar a série uniforme anual (A) equivalente aofluxo de caixa dos investimentos à Taxa Mínima de Atratividade (TMA), ouseja, acha-se a série uniforme equivalente a todos os custos e receitas para
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cada projeto utilizando-se a TMA. O melhor projeto é aquele que tiver maiorsaldo positivo de VAUE.
Para o mesmo autor o cálculo do VAUE consiste em determinar o que
renderia o capital empregado à taxa mínima de atratividade e subtrair este valor, dos
saldos líquidos anuais.
Segundo Kassai et. al ( 2000, p. 81) “enquanto o valor presente líquido (VPL)
demonstra o resultado líquido de um fluxo de caixa a valor presente, o VAU mostra
um resultado equivalente em bases periódicas (ex: por ano) e é apurado da seguinte
forma”:
VAU= PMT (Fluxos Positivos; TMA) – PMT (Fluxos Negativos; TMA)
Portanto, a VAUE é um método de análise que tem como objetivo verificar o
retorno do capital investido descontando as entradas de caixa.
2.2.6 Fluxo de Caixa
A administração financeira para ser eficaz precisa estar orientada pelo
planejamento de suas disponibilidades, ou seja, o fluxo de caixa. Para Padoveze
(2010, p. 83) “o fluxo de caixa é considerado peça-chave na administração
financeira”.
Porém para Frezatti (1997, p. 35) “um fluxo de caixa não adequadamente
estruturado leva a empresa a não entender, não analisar e não decidir
adequadamente sobre sua liquidez”.
De acordo com Santos (2001, p. 145) “para efetuar a análise econômica de
um projeto de investimentos, seus dados de entradas e saídas de dinheiro são
dispostos na forma de um quadro denominado fluxo de caixa”. Novamente devemos
ressaltar que o fluxo de caixa é uma análise financeira e não econômica como
destaca o autor acima.
Então o fluxo de caixa demonstra todo o montante de recebimentos e
pagamentos por uma entidade em um determinado período de tempo, podendo
estar ligado a um projeto específico, sendo um importante instrumento gerencial.
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Segundo Silva (2005, p. 3) “fluxo de caixa é o principal instrumento da
gestão financeira que planeja, controla e analisa as receitas, despesas e os
investimentos, considerando determinado período projetado”.
No fluxo de caixa orçado estarão as informações de compromissos e
recebimentos futuros. Não existe regra de período e criação do fluxo de caixa
(MEIRELLES JUNIOR e PINHEIRO DE SÁ, 2007).
O Fluxo de caixa representa uma importante ferramenta gerencial. Segundo
Silva (2005, p. 12) “através dessas demonstrações, podem ser analisadas as
alternativas de investimentos, os motivos que ocasionaram as mudanças da
situação financeira da empresa, as formas de aplicação de lucro gerado pelas
operações”. Para Wbatuba, Fortes e Treter (2004, p. 66):
....este demonstrativo é incapaz de fornecer informações precisas sobre olucro e sobre os custos dos produtos da empresa. Isto porque suaelaboração e demonstração são realizadas pelo regime de caixa e não peloregime de competência.
O Quadro 04 apresenta o esquema geral do demonstrativo do fluxo de caixa.
Quadro 04: Esquema de entradas e saídas de caixa
FLU
XO
DE
CAIXA
ENTRAD
AS
Das OperaçõesRecebimento de vendasDividendos de participaçõesReceitas financeiras líquidasOutras receitas (aluguéis, comissões etc.)
Dos FinanciamentosIntegralização de capital, em dinheiroEmpréstimos diversosReservas de Capital (em dinheiro)
Dos InvestimentosVenda de outros valores do ativoLucro na venda de outros valores do ativo
SAÍDAS
Das operaçõesDespesas financeiras líquidasPagamento de despesasPagamento de compras
Dos financiamentosPagamento de empréstimoPagamento de juros e outros ônus financeirosPagamento de dividendos
Dos Investimentos
Aquisição de outros valores do Ativo Aplicação em Ativo DiferidoFonte: Reis (2003, p. 239).
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Enfim, o fluxo de caixa é um retrato fiel da composição da situação liquida da
empresa, constitui-se em instrumento essencial para que a empresa possa ter
agilidade e segurança em suas atividades financeiras. Ele demonstra como a
empresa gera e usa seus recursos de caixa, permite avaliar se as receitas geradas
serão maiores do que as despesas envolvidas. É uma ferramenta que auxilia o
gestor a planejar, organizar, coordenar e dirigir os recursos financeiros facilitando a
tomada de decisões.
2.2.7 Demonstração de resultados- DRE
A Demonstração do Resultado do exercício fornece aos seus usuários o
resultado operacional e o resultado não operacional da empresa.
Conforme Basso (2011, p. 306), “a demonstração do resultado do exercício
é o relatório contábil que sintetiza as operações que deram origem ao resultado de
um determinado período ou exercício social”.
Para Marion (1998, p. 81) “a DRE é um resumo ordenado das receitas e
despesas da empresa em determinado período. E apresentada de forma dedutiva,
ou seja, das receitas subtraem-se as despesas obtendo o resultado”.
Ainda segundo Silva (2005, p. 6) “esse demonstrativo relata a história da
atividade da empresa durante um exercício social ou durante períodos mais curtos,
que podem ser, por exemplo, um trimestre ou um semestre”.
A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1283/10 aprova a
Norma Brasileira de Contabilidade NBC T.3.3 e diz que a demonstração do resultado
evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:
a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fins;b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, asdevoluções e os cancelamentos;c) os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviçosprestados;d) o resultado bruto do período;e) os ganhos e perdas operacionais;f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e asreceitas financeiras;
g) o resultado operacional;h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes dasatividades-fins;i) o resultado antes das participações e dos impostos;
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j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;l) as participações no resultado;m) o resultado líquido do período.
A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício se compõe daseguinte forma:
Quadro 05: Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício
Demonstração do Resultado do Exercício 1- RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA
Venda de MercadoriasVenda de ProdutosPrestação de Serviços
2- DEDUÇÕES DA RECEITA (OPERACIONAL) BRUTA
Impostos faturadosDevoluções e Abatimentos
3- RECEITA (OPERACIONAL) LÍQUIDA (1-2)4- CUSTOS
Das Mercadorias VendidasDos Produtos VendidosDos Serviços Prestados
5- LUCRO (OPERACIONAL) BRUTO (3-4)6- DESPESAS (OPERACIONAIS)
De vendasReceitas FinanceirasDespesas FinanceirasGerais e Administrativas
7- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS (OPERACIONAIS)ReceitasDespesas
8- RESULTADO (OPERACIONAL) LÍQUIDO (5-6+-7)9- RESULTADO NÃO OPERACIONAL (opcional)
ReceitasDespesas
10- RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (8+-9)11- PROVISÃO PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL12- PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
Debenturistas Administradores
EmpregadosOutros BeneficiáriosOutras Contribuições
13- RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO (10-11-12)14- RESULTADO LÍQUIDO POR AÇÃO
Fonte: Basso (2011, p. 313).
Segundo Meirelles Junior e Pinheiro de Sá (2007, p. 51) “essa estrutura
representa um trabalho eficiente dos contadores ao confrontar os itens pertinentes
das receitas com os itens pertinentes de custos e despesas para o período que
envolve o regime de competência”.
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A DRE projetada pode fornecer informações antecipadas sobre a
capacidade econômica - financeira da empresa. Para Zdanowicz (2001, p. 104)
“essas informações serão importantes para que o gestor possa analisar e concluir se
o retorno sobre o investimento será ou não aceitável”.
Para o mesmo autor, os objetivos da DRE projetada são:
a) avaliar a eficiência do plano geral de operações, obtendo relaçõessignificativas entre as receitas, os custos e as despesas operacionais;
b) analisar e comparar as situações econômicas atuais e futuras daempresa;
c) constituir-se instrumento de planejamento e controle econômico;d) informar aos atuais e novos proprietários e acionistas sobre a
remuneração de capitais investidos na empresa;e) projetar todas as contas diferenciadas resultantes ou não da atividade
fim da empresa.
Assim, a demonstração do resultado do exercício é o demonstrativo que
compara receitas com despesas do período, reconhecidos e apropriados pelo
regime de competência.
2.2.8 Demonstração de valor adicionado – DVA
A demonstração de valor adicionado representa a riqueza criada por uma
empresa num determinado período.
A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1162/09 aprova a
Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 09 e diz que:
A DVA deve proporcionar aos usuários das demonstrações contábeis
informações relativas à riqueza criada pela entidade em determinadoperíodo e a forma como tais riquezas foram distribuídas. A distribuição dariqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma:(a) pessoal e encargos;(b) impostos, taxas e contribuições;(c) juros e aluguéis;(d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos;(e) lucros retidos/prejuízos do exercício.
Para Padoveze (2010, p. 94) “esta demonstração é considerada
fundamental, tanto para análise da geração e distribuição do lucro, como para o
processo de integração da empresa com a comunidade”.
Segundo Neves e Viceconti (2003, p. 300):
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Enfim a DVA é um importante relatório gerencial, pois ajuda a empresa
evidenciar a geração de valor econômico e a sua distribuição.
2.2.9 Índices de Rentabilidade – IR
A rentabilidade é uma análise conclusiva no que diz respeito ao sucesso ou
não de um investimento.
“Os índices de rentabilidade medem a capacidade de produzir lucro de todo
o capital investido nos negócios (próprios e de terceiros)” (REIS, 2003, p. 153).
De acordo com Brizolla (2008, p. 103) “representa o quanto a empresaconseguiu obter de lucro líquido para cada R$ 1,00 de ativo total”.
O Índice de Rentabilidade é definido pela divisão do Lucro Líquido do
Exercício pelo ativo total (investimento) multiplicado por 100 para obter o resultado
em porcentagem.
Indice de Rentabilidade (IR) = Lucro Líquido do Exercício x 100
Investimento
Enfim, o índice de rentabilidade busca mensurar num projeto qual o retorno
obtido após os valores investidos, ou seja, a capacidade que os ativos apresentam
de gerar lucros.
2.2.10 Índices de Lucratividade - IL
Outra ferramenta usada para avaliar os projetos é chamada de índice de
lucratividade (IL).
Segundo Brizolla (2008, p. 99) “representa o valor que permanecerá na
empresa sob a forma de lucro após cobrir todos os custos e despesas incorridas na
atividade a cada R$ 1,00 de vendas líquidas”.
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O índice de lucratividade é definido com o resultado de dividir o lucro líquido
do exercício pelas receitas operacionais líquidas, multiplicado por 100 para obter o
valor em porcentagem.
IL= Lucro Líquido do Exercício____ x100
Receitas Operacionais Liquídas
Portanto, o índice de lucratividade é mais um método de avaliação de
projetos, onde se utiliza o lucro líquido do exercício pelas receitas operacionaislíquidas.
2.3 Receitas, Despesas e Custos
Toda organização tem como objetivo crescer patrimonialmente e gerar
lucros. Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198) “para analisar uma análise
econômica de um investimento, é necessário um perfeito levantamento dos custos e
receitas decorrentes deste investimento”.
Para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) “receita é um
aumento do patrimônio líquido que se origina no curso das atividades normais da
entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários,
juros, dividendos, lucros distribuídos, royalties e aluguéis”.
A Resolução do Conselho Regional de Contabilidade nº 1187/09 aprova a
Norma Brasileira de Contabilidade NBC TG 30 e define receita como:
aumento nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a formade entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivosque resultam em aumentos do patrimônio líquido da entidade e que nãosejam provenientes de aporte de recursos dos proprietários da entidade. Asreceitas englobam tanto as receitas propriamente ditas como os ganhos. Areceita surge no curso das atividades ordinárias da entidade e é designadapor uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros,
dividendos e royalties.
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Basso (2011, p. 369) afirma que “as despesas, na maioria das vezes,
representam consumpção de ativos que, tanto podem ter sido pagos em períodos
passados, quanto no próprio período, ou ainda virem a ser pagos no futuro”.
Despesas para o Conselho Regional de Contabilidade (2010, p. 41) é:
Uma redução do patrimônio liquido que surge no curso das atividadesnormais da entidade e inclui, por exemplo, o custo das vendas, salários edepreciação. Ela geralmente toma a forma de desembolso ou redução deativos como caixa e equivalentes de caixa, estoques, ou bens do ativoimobilizado.
“Os custos podem ser classificados da seguinte forma: custos de
investimento: decorrentes das transações do ativo e custos operacionais:decorrentes da operação dos ativos” (CASAROTTO FILHO E KOPITTKE, 1996, p.
198).
Contudo na empresa temos receitas que serão obtidas através da atividade
fim da organização e as despesas representam os gastos operacionais necessários
ao funcionamento desta entidade.
2.3.1 Custo do Investimento
Custo de investimentos representam os investimentos realizados pela
empresa. Segundo Alieve (1999, p. 57) “investimentos são dispêndios efetuados
com o objetivo de melhorar as instalações e os equipamentos e alavancar o
empreendimento”.
Para Padoveze (2010, p. 319) “investimentos são os gastos efetuados em
ativo ou despesas e custos que serão imobilizados ou diferidos. São gastos ativados
em função de sua vida útil ou benefícios futuros”. De acordo com Lenza (2011, p.
58) “é o gasto em um bem ou serviço que poderá ser ativado para uso e que
contribuirá para produzir resultado em mais de um exercício”.
Os investimentos podem ser classificados de duas formas: investimentos
fixos e investimentos de giro.
Segundo Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198),
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O investimento fixo representa os equipamentos, as instalações industriaispara operação dos equipamentos, a montagem e o projeto quando houver,as construções civis necessárias e outros investimentos como móveis etransportadores.
Neste empreendimento os investimentos fixos são os gastos na estrutura
necessária ao funcionamento da empresa, neste caso os instrumentos, objetos
musicais e o investimento inicial de divulgação do empreendimento.
Casarotto Filho e Kopittke (2010, p. 192) também faz uma definição de
investimento em capital de giro:
O investimento em capital de giro é o capital de giro próprio adicionalnecessário para a operação do equipamento ou da nova fábrica, sendo
constituído principalmente pelo estoque de matérias-primas, produtos emelaboração e produtos acabados, além dos recursos disponíveis em caixa epara sustentar as vendas a prazo.
Os investimentos de giro nesta entidade serão necessários para cobrir o
caixa dos gastos com publicidade da empresa nos primeiros meses de atividade.
Então, custos de investimentos são necessários para iniciar um
empreendimento ou mesmo para melhorar as instalações e trazer um benefício
futuro.
2.3.2 Custos Operacionais
Os custos operacionais são necessários para a atividade da empresa. De
acordo com Casarotto Filho e Kopittke (1996, p. 198):
Os custos são subdivididos em custos de produção e despesas gerais. Oscustos de produção são aqueles que ocorrem até a fabricação do produto.Como exemplos, tem-se o custo da matéria - prima ou o custo demanutenção. As despesas gerais ocorrem do término da fabricação até acomplementação da venda, e como exemplo há as despesas com vendas eimpostos sobre receitas.
Assim, o custo operacional é o total dos recursos utilizados para a atividade
do empreendimento, sendo relacionados custos e despesas.
Crepaldi (1998, p.56) diferencia custo de despesa:
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3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS DADOS
Este capítulo do estudo objetiva analisar a viabilidade de implantação de um
empreendimento de produção musical. Com o intuito de atingir o propósito do estudo
ora proposto, este capítulo é dividido em três itens: a) investimentos necessários
para implantação do empreendimento; b) levantamento das projeções dos custos,
despesas e receitas; e c) cálculo da viabilidade econômica, financeira e contábil do
empreendimento musical.
3.1 Ramo de atividade
O mercado para este estilo musical está abrindo portas. Através de suas
viagens e conversas com vários locutores de diversas rádios do Rio Grande do Sul,
Paraná e Santa Catarina um dos sócios enfatizou que os radialistas destacam a
importância de surgir músicas de qualidade em outros estilos. Destacam que todosos dias chegam muitas músicas de duplas e bandas na área sertaneja e muito
pouco no estilo pop reggae e rock . Comentam que precisam de músicas em outros
estilos, pois os ouvintes querem novidades. Segundo Alcyr Boza, (2011) locutor da
rádio 98,3 FM de São Jose dos Pinhais do Paraná o estilo musical pop reggae tem
uma magia e está em falta no mercado.
Percebemos também que na região noroeste e também no estado do Rio
Grande do Sul predomina muito o estilo sertanejo, mas analisando algumas casasnoturnas da região como, por exemplo, a Estação da Mata de Ijuí-RS, observamos
que no ano de 2011 trouxeram várias bandas no estilo pop reggae e rock como por
exemplo: Armandinho e banda, Maskavo, Nego Joe, Reação em Cadeia entre
outras. Isso enfatiza que os responsáveis por eventos estão procurando bandas de
outros estilos e não só no ritmo sertanejo.
Em 2011 no Brasil também ocorreu dois grandes festivais de musica com
shows de estilos pop, rock e reggae. Um deles é o Rock in Rio no Rio de Janeiro e o
outro Festival da Música SWU em São Paulo que reuniu artistas de diversos
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gêneros e estilos. Ainda em fevereiro de 2012 também ocorreu o grande evento
Planeta Atlântida nos estados do RS e SC.
Baseado nestes fatos, os empreendedores apostam que uma banda no
estilo pop reggae tem futuro devido a falta deste estilo musical no mercado.
3.2 Investimentos Necessários
Para iniciar as atividades de qualquer empreendimento é necessário um
investimento inicial. Nesta situação foram necessários para abertura doempreendimento os recursos com despesas pré - operacionais, os investimentos
fixos e o capital de giro para continuidade do empreendimento.
O Quadro 07 apresenta de forma descritiva os investimentos pré-operacionais
necessários para o início do empreendimento, totalizando R$ 52.462,77, dentre os
quais o valor mais representativo se refere á divulgação seguido da publicidade,
criação e hospedagem de web site, plotagem do veículo, elaboração da logo marca,
registro de marca, encartes do cd, abertura de empresa e alvará municipal.
Quadro 07: Investimentos Pré-OperacionaisINVESTIMENTOS PRÉ-OPERACIONAIS
Descrição Valor - (R$) %
Abertura de empresa 545,00 1,04
Alvará municipal 61,77 0,12
Criação e hospedagem de web site 2.100,00 4,00
Publicidade 17.556,00 33,46
Divulgação 27.000,00 51,47
Elaboração de logo marca 1.500,00 2,86
Registro de marca 1.150,00 2,19
Encartes do CD 700,00 1,33
Plotagem veículo 1.850,00 3,53
Total de investimentos Pré-operacionais de Instalação 52.462,77 100Fonte: Dados conforme pesquisa
No investimento com publicidade foram considerados investimentos com fotos
para divulgação da banda no valor de R$ 1.500,00, elaboração de 10mil cds para
distribuição no valor de R$ 8.100,00, elaboração de 10 mil flyers para o show de
estréia no valor de R$ 1.290,00 e investimentos em rádios e jornais da região no
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valor de R$ 6.666,00 totalizando os R$ 17.556,00 conforme o quadro. Já o
investimento com divulgação no valor de R$ 27.000,00 significa a contratação de
empresas que divulgam o trabalho da banda em todos os locais de interesse como
rádios, casas noturnas, eventos, Tvs, sendo que este valor se refere a um período
de 6 meses antes do início das atividades, ou seja, do show de estreia da empresa.
O capital total a ser investido integralizado pelos sócios em moeda corrente
nacional foi de R$ 238.760,22 dos quais R$120.662,45 representou o investimento
fixo, sendo R$ 37.000,00 na aquisição de veículos, R$ 69.892,05 em máquinas e
equipamentos e R$ 13.770,40 em móveis e utensílios, conforme demonstrado no
quadro 08.
Quadro 08: Investimento fixoINVESTIMENTO FIXO
Descrição Quantidade Valor - (R$)
Veículo 37.000,00
Veículo fiesta 1 30.000,00
Reboque 1 7.000,00
Máquinas e equipamentos 69.892,05
Climatizador 12000 BTUS 2 3.485,00
Bebedouro d'água 1 375,00Computador 1 1.070,00
Impressora 1 198,00
Estabilizador 1 160,00
Aparelho celular 1 199,00
Guitarra 1 3.000,00
Amplificador para guitarra valvulado- Laney 1 4.408,00
Pedaleira para guitarra 1 1.485,00
Contra baixo 1 3.000,00
Amplificador para contra baixo – Ampeg 1 8.618,00
Caixa contra baixo- Ampeg SVT810 1 6.672,00
Pedaleira para contra baixo 1 489,00
Violão- Condor 1 1.000,00
Okulele- Calani 1 180,00
Bateria e pratos 1 10.958,40
Microfone sem fio – Sennheiser 1 2.619,00
Microfone - Shure Beta 57 4 1.880,00
Ear phone – Sennheiser 3 12.759,00
Transmissor sem fio – Shure 2 3.488,00
Cabos 35 2.600,00Distribuidor de energia PC 8000- Pentacústica 1 840,65
Régua de palco PSG 5 – Pentacustica 4 408,00
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Móveis e utensílios 13.770,40
Escrivaninha 2 480,00
Cadeiras 2 500,00
Armário 1 400,00
Persianas 2 500,00
Cenario Palco 1 2.382,40
Banco com encosto para bateria- Gibraltar 1 560,00
Case para bateria e pratos 1 2.017,00
Case para contra baixo 1 320,00
Case para amplificador contra baixo 1 474,00
Case para caixa contra baixo 1 1.220,00
Case para guitarra 1 968,00
Case para amplificador guitarra 1 610,00
Case para pedaleira guitarra 1 290,00Case de suporte uso no palco 1 552,00
Rack periféricos 8 compartimentos e 1 gaveta 1 550,00
Case sem gavetas 1 810,00
Pedestal para microfones 6 1.137,00
Total do Investimento fixo 120.662,45Fonte: Dados conforme pesquisa
Então chega-se ao investimento inicial total de R$ 238.760,22 necessários
para o início das atividades do empreendimento de produção musical, capital esteque os proprietários aplicaram com recursos próprios, sendo distribuídos em
investimentos fixos, de capital de giro e investimentos pré – operacionais, conforme
mostra o quadro 09.
Quadro 09: Investimento inicial
INVESTIMENTO INICIAL
Descrição Valor - (R$) %
Investimentos fixos 120.662,45 50,54Investimentos pré – operacionais 52.462,77 21,97
Capital de giro 65.635,00 27,49
Total de investimento 238.760,22 100Fonte: Dados conforme pesquisa
Na seqüência apresenta-se a figura 01 que demonstra com mais clareza a
composição do investimento inicial.
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Figura 01: Representação do Investimento Inicial
Fonte: Dados conforme pesquisa
A maior parte do capital representa a necessidade de investimento fixo no
valor de R$ 120.662,45 ou 50,54% do capital inicial. As despesas pré-operacionais
foram R$ 52.462,77 representando 21,97% do capital e o valor restante de R$
65.635,00 para capital de giro representando 27,49% do capital que consiste num
valor a ser utilizado para as necessidades no início da atividade, principalmente
publicidade e divulgação.
3.3 Custos, Despesas e Receitas
3.3.1 Custos
Os custos variáveis são os que variam conforme as quantidades de shows
realizados, estando assim diretamente ligados à prestação de serviços. Desta forma,
enquadram-se nesse conceito custos com o transporte, alimentação, estadia (diárias
hotéis) e a contratação de prestador de serviços para auxiliar em cada evento.
Será contratado serviços de um prestador autônomo ou MEI apenas paraauxiliar nos shows, onde a Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006 art
18-B diz o seguinte:
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A empresa contratante de serviços executados por intermédio do MEImantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade de recolhimentoda contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § 1º do art. 22 da Lei
nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e o cumprimento das obrigaçõesacessórias relativas à contratação de contribuinte individual. (produção deefeitos: 1º de julho de 2009).
A Lei nº 8.212 de 24 de julho de 1991 prevê o recolhimento da contribuição de
20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a
qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, empresários,
trabalhadores avulsos e autônomos que lhe prestem serviços.
Sendo assim integram estes gastos com prestador de serviço, o valor de R$70,00 pagos ao prestador e sobre este o valor de R$ 14,00 referente ao INSS
repassados ao órgão competente, totalizando uma despesa de R$ 84,00 por show.
Referente aos gastos com alimentação foram estipulados um valor de R$
25,00 por pessoa, sendo assim uma despesa por show no valor de R$ 150,00
considerando 5 sócios (músicos) e o prestador de serviço autônomo. Ainda tem-se o
custo de estadia sendo considerado um valor de R$ 70,00 reais por pessoa vezes os
6 componentes tem-se um custo total por show de R$ 420,00. Sendo assim, estima-se um custo variável por show, conforme mostra o Quadro 10.
Quadro 10: Custo Variáveis
CUSTOS VARIÁVEIS
Descrição Valor (R$) INSS 20% Total
Prestador de serviço 70,00 14,00 84,00
Gastos com alimentação por pessoa 25,00 x 6 pessoas 150,00
Gastos com estadia por pessoa 70,00 x 6 pessoas420,00
Total dos custos por show 654,00Fonte: Dados conforme pesquisa
Com o gasto de transporte foram estipulados uma porcentagem da receita,
baseado nos valores gastos até o momento, sendo considerado como custo de
transporte o valor de 12% do valor das receitas.
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3.3.2 Despesas
As despesas representam o consumo de bens ou serviços no processo deobtenção de receita, ou seja, são despesas aquelas pagas ou incorridas para vender
serviços e administrar a empresa, como exemplo de despesas fixas temos
depreciação, pró-labore, salários e encargos, energia elétrica, telefone, internet,
entre outros.
A depreciação é caracterizada como uma despesa fixa, visto que não sofre
alteração em função da prestação de serviços. De acordo com Lenza (2011, p. 275)
“o significado da palavra depreciar é “perder valor” por desgaste, uso, ação danatureza ou obsolecência. Nas definições do CPC 27, temos que Depreciação é a
alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.
O valor da depreciação tem por base o custo de aquisição subtraído o valor
residual, que poderá ser recuperado ao fim de sua vida útil. Vários métodos de
depreciação podem ser utilizados para apropriar o valor depreciável de um ativo ao
longo da sua vida útil. Usamos o método da linha reta, que resulta em despesa
constante durante a vida útil do ativo. O Quadro 11 apresenta de forma
individualizada o cálculo da depreciação do veículo, máquinas, equipamentos,
móveis e utensílios da empresa de acordo com a vida útil dos referidos bens.
Quadro 11: DepreciaçãoDEPRECIAÇÃO
DescriçãoValor doBem (R$)
ValorResidual(R$)
Valor a serDeprec. (R$)
Taxa deDeprec.(%)
Deprec. Anual (R$)
Deprec.Mensal(R$)
Veículo
Veículo fiesta 30.000,00 15.000,00 15.000,00 20% 3.000,00 250,00
Reboque 7.000,00 3.500,00 3.500,00 20% 700,00 58,33Total depreciação deVeículos 37.000,00 18.500,00 18.500,00 3.700,00 308,33
Máquinas e equipamentosClimatizador 12000BTUS 3.485,00 348,50 3.136,50 20% 627,30 52,28
Bebedouro d'água 375,00 37,50 337,50 20% 67,50 5,63
Computador 1.070,00 107,00 963,00 20% 192,60 16,05
Impressora 198,00 19,80 178,20 20% 35,64 2,97
Estabilizador 160,00 16,00 144,00 20% 28,80 2,40
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Aparelho celular 199,00 19,90 179,10 20% 35,82 2,99
Guitarra 3.000,00 300,00 2.700,00 10% 270,00 22,50 Amplificador para
guitarra valvulado-Laney 4.408,00 440,80 3.967,20 10% 396,72 33,06
Pedaleira para guitarra 1.485,00 148,50 1.336,50 10% 133,65 11,14
Contra baixo 3.000,00 300,00 2.700,00 10% 270,00 22,50 Amplificador para contrabaixo - Ampeg 8.618,00 861,80 7.756,20 10% 775,62 64,64Caixa contra baixo- Ampeg SVT810 6.672,00 667,20 6.004,80 10% 600,48 50,04Pedaleira para contrabaixo 489,00 48,90 440,10 10% 44,01 3,67
Violão- Condor 1.000,00 100,00 900,00 10% 90,00 7,50
Okulele- Calani 180,00 18,00 162,00 10% 16,20 1,35
Bateria e pratos 10.958,40 1.095,84 9.862,56 10% 986,26 82,19Microfone sem fio -Sennheiser 2.619,00 261,90 2.357,10 10% 235,71 19,64
Microfone - Shure 1.880,00 188,00 1.692,00 10% 169,20 14,10
Ear phone - Sennheiser 12.759,00 1.275,90 11.483,10 10% 1.148,31 95,69Transmissor sem fio -
Shure 3.488,00 348,80 3.139,20 10% 313,92 26,16
Cabos 2.600,00 260,00 2.340,00 10% 234,00 19,50
Distribuidor de energiaPC 8000 840,65 84,07 756,59 10% 75,66 6,30Régua de palco PSG 5 -Pentacustica 408,00 40,80 367,20 10% 36,72 3,06Total depreciação deMáquinas eequipamentos 69.892,05 6.989,21 62.902,85 6.784,11 565,34
Móveis e utensílios
Escrivaninha 480,00 48,00 432,00 10% 43,20 3,60
Cadeiras 500,00 50,00 450,00 10% 45,00 3,75
Armário 400,00 40,00 360,00 10% 36,00 3,00
Persianas 500,00 50,00 450,00 10% 45,00 3,75
Cenario Palco 2.382,40 238,24 2.144,16 20% 428,83 35,74Banco com encostopara bateria- Gibraltar 560,00 56,00 504,00 20% 100,80 8,40Case para bateria epratos 2.017,00 201,70 1.815,30 10% 181,53 15,13
Case para contra baixo
320,00 32,00 288,00 10% 28,80 2,40
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Case para amplificadorcontra baixo 474,00 47,40 426,60 10% 42,66 3,56Case para caixa contrabaixo 1.220,00 122,00 1.098,00 10% 109,80 9,15
Case para guitarra 968,00 96,80 871,20 10% 87,12 7,26Case para amplificadorguitarra 610,00 61,00 549,00 10% 54,90 4,58Case para pedaleiraguitarra 290,00 29,00 261,00 10% 26,10 2,18Case de suporte uso nopalco 552,00 55,20 496,80 10% 49,68 4,14Rack periféricos 8compartimentos e 1gaveta 550,00 55,00 495,00 10% 49,50 4,13
Case sem gavetas 810,00 81,00 729,00 10% 72,90 6,08Pedestal paramicrofones 1.137,00 113,70 1.023,30 10% 102,33 8,53Total depreciação deMóveis e utensílios 13.770,40 1.377,04 12.393,36 1.504,15 125,35
Total da despesa de Depreciação 11.988,27 999,02Fonte: Dados conforme pesquisa
Assim estima-se que a depreciação do grupo veículos seja de R$ 308,33
mensais, do grupo máquinas e equipamentos seja de R$ 565,34 e do grupo móveis
e utensílios de R$ 125,35. Então mensalmente deve-se proceder a contabilização dedespesa com depreciação do imobilizado no valor total de R$ 999,02 sendo que no
ano tem-se depreciação de R$ 11.988,27.
A despesa com pessoal representa o total de dispêndios que a empresa tem
com seus funcionários, incluindo os valores pagos diretamente a eles, bem como os
encargos sociais e as provisões de férias e 13º salários. Inicialmente não serão
contratados colaboradores pois os sócios darão conta da demanda dos serviços,
visto que inicialmente as atividades da empresa serão nos finais de semana devidoa sua atividade de produção musical. Ressalta-se a necessidade de contratar um
prestador de serviços para auxiliar nos serviços de montagem e desmontagem dos
instrumentos no palco, como já foi descrito anteriormente, sendo este, considerado
um custo variável do empreendimento.
Após 2 anos de atividade os sócios preveem a contratação de 1 secretária,
pois entendem que nos primeiros anos de atividades eles darão conta da demanda
dos serviços visto que os shows serão praticamente finais de semana, tendo tempo
para organização e realização de outras atividades no restante dos dias. No quadro
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12 apresenta-se o valor estimado com gastos com pessoal a partir do segundo ano
no valor de R$ 1.167,53 por mês e no ano de R$ 14.010,31.
Quadro 12: Estimativa de Despesa com PessoalESTIMATIVA DE DESPESA COM PESSOAL
Descrição % Valor mês (R$) Valor anual (R$)
Salário Bruto 850,00 10.200,00
13º Salario 8,33% 70,81 849,66
Férias 8,33% 70,81 849,66
1/3 de férias 2,78% 23,63 283,56
Sub- total 1.015,24 12.182,88
Fgts 8% 81,22 974,63
Previsões 7% 71,07 852,80Total 1.167,53 14.010,31
Quantidade de funcionárias 1 1
Total de Despesa com Pessoal 1.167,53 14.010,31Fonte: Dados conforme pesquisa
As despesas com pessoal incluem o salário bruto, sobre o qual incidem
8,33% referente o 13º salário, 8,33% de férias e ainda 2,78% de 1/3 férias. No que
se refere à provisão do décimo terceiro salário, também conhecida como gratificação
de Natal, esta foi instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, e corresponde
a 1/12 da folha de pagamento, completando ao final do período um salário, ou seja,
1/12 x 100= 8,33%. O cálculo da provisão de férias é feita da mesma forma como a
provisão do décimo terceiro salário: 1/12 x 100 = 8,33%, porém regido pelo Decreto-
Lei nº 5.452, de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O art. 7º, inciso
XVII da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/88) determina
gozo de férias anuais remuneradas, com pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal. Assim, a provisão do adicional de 1/3 de férias é calculada da
seguinte forma: (1/3)/12 x 100 = 2,78%.
Quanto aos encargos sociais, temos uma despesa de 8% de FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) que tem a finalidade de proteção ao trabalhador
demitido sem justa causa, regido pela Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 e ainda
7% referente à faltas justificadas e licenças de direito dos trabalhadores devido
falecimento de familiar, casamento, nascimento de filho e doença. Em relação à
contribuição previdenciária patronal, por ser uma empresa optante do SimplesNacional, a arrecadação se dá em um documento único de arrecadação, onde este
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encargo está embutido mensalmente na guia do Simples Nacional de acordo com a
Lei complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, art 13 inciso VI.
Em relação ao Inss dos funcionários e Imposto retido na Fonte (caso atinja)
sobre salários e pró-labore, a empresa somente irá reter o valor e repassá-lo ao
órgão competente, não sendo considerado uma despesa para empresa.
A retir