UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Departamento de Tecnologia Colegiado do Curso de Engenharia Civil Jader Luís dos Santos Lustosa ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS DISCRIMINADOS UTILIZANDO DADOS DE COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DO TCPO E CUSTOS DO SINAPI E DADOS OBTIDOS DE EMPRESA DE FEIRA DE SANTANA Feira de Santana 2014
Análise comparativa entre dois orçamentos discriminados, relacionados a uma obra do MCMV
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Departamento de Tecnologia
Colegiado do Curso de Engenharia Civil
Jader Luís dos Santos Lustosa
ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS DISCRIMINADOS
UTILIZANDO DADOS DE COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DO TCPO
E CUSTOS DO SINAPI E DADOS OBTIDOS DE EMPRESA
DE FEIRA DE SANTANA
Feira de Santana
2014
Jader Luís Dos Santos Lustosa
ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS DISCRIMINADOS
UTILIZANDO DADOS DE COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DO TCPO
E CUSTOS DO SINAPI E DADOS OBTIDOS DE EMPRESA
DE FEIRA DE SANTANA
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de
Engenharia Civil da Universidade Estadual de Feira de
Santana como parte dos requisitos para a obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil
Orientação:
Prof. Dr. Élvio Antonino Guimarães
Feira de Santana
2014
ANÁLISE COMPARATIVA DE ORÇAMENTOS DISCRIMINADOS
UTILIZANDO DADOS DE COMPOSIÇÕES DE SERVIÇOS DO TCPO
E CUSTOS DO SINAPI E DADOS OBTIDOS DE EMPRESA
DE FEIRA DE SANTANA
Jader Luís Dos Santos Lustosa
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Curso de Engenharia Civil da
Universidade Estadual de Feira de Santana como parte dos requisitos para a obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Examinado por:
_______________________________________ Prof. Dr. Elvio Antonino Guimarães (Orientador)
(Universidade Estadual de Feira de Santana)
_______________________________________ Prof. Esp. Carlos Antônio Alves Queirós
(Universidade Estadual de Feira de Santana)
_______________________________________ Prof. Msc. Antonio Freitas da Silva Filho
(Universidade Estadual de Feira de Santana)
Feira de Santana
2014
AGRADECIMENTOS
À Deus, por ter me dado saúde e força de vontade para realizar o sonho de me
tornar um engenheiro.
Aos meus pais, Joanice dos Santos Lustosa e José Monteiro da Hora Lustosa,
que me ensinaram que somente através dos estudos eu seria alguém digno de mim
mesmo.
À minha namorada Márcia Danielle Muniz, que foi paciente, atenciosa, gentil, e
me ajudou nesta caminhada difícil.
Ao prof. Dr. Elvio Antonino Guimarães, por gentilmente ter me orientado na
elaboração deste trabalho científico.
À empresa que disponibilizou os dados para a realização do trabalho.
Aos meus amigos de todas as horas, Henrique Tibúrcio, Naan Souza e Sammir
Moreira por sempre fazerem o melhor e me incentivarem a fazer o mesmo.
Aos demais amigos e parentes que influenciaram direta ou indiretamente nesse
sonho concretizado, o meu muito obrigado.
RESUMO
Em nosso país, muitas empresas negligenciam os processos de orçamentação de
seus empreendimentos, custeando-os de maneira ineficiente. Usualmente, são
aplicados dados de serviços e insumos levantados por instituições consagradas que,
apesar de serem feitos de maneira profissional, são de um contexto ambiental,
econômico e cultural muitas vezes diferentes que levam a distorções de custos
indesejáveis. Diante do fato, esse trabalho de conclusão de curso objetiva comparar
em que aspectos dois orçamentos, um feito usando dados personalizados e outro
usando composições de serviços do TCPO e de custos do SINAPI, divergem entre si.
Para tanto, foi feito levantamento bibliográfico que apresenta a teoria pertinente à
temática, como classificação dos orçamentos, tipos de custos, metodologia de
orçamentação, e etc., e um estudo de caso em um empreendimento habitacional no
(Grupo B), Encargos Indenizatórios (Grupo C) e as Incidências Cumulativas (Grupo
D) (SINDUSCON- DF, 2005).
• Os Encargos Sociais Básicos são taxas fixas estabelecidas por lei incidentes
sobre a remuneração do trabalhador, tais como INSS (Instituto Nacional do
Seguro Social), FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), Salário-
Educação, SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial), SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas), INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária) e Seguro contra acidentes de trabalho.
• Os Encargos Trabalhistas correspondem às remunerações recebidas pelos
dias em que não há prestação de serviços, tais como férias, repouso semanal
remunerado, feriados, auxilio-enfermidade, acidente de trabalho, licença
paternidade e maternidade, faltas justificadas, 13º salário.
• Os Encargos Indenizatórios são amparos ao trabalhador quando este é
demitido antes do fim do contrato de trabalho e sem aviso com antecedência.
As taxas da categoria são o aviso prévio, multa por rescisão do contrato de
trabalho e indenização adicional em caso de demissão 30 dias antes do
dissídio.
• As Incidências Cumulativas correspondem a incidência dos encargos sociais
básicos sobre os encargos trabalhistas e incidência das férias, FGTS e 13º
sobre o aviso prévio.
Para a determinação das taxas da empresa, os cálculos devem ser feitos em
função da forma de contratação do profissional, que pode ser horista ou mensalista.
Os mensalistas possuem salário fixo mensal, o que inclui alguns encargos como o
descanso semanal remunerado e feriados, possuindo, portanto, percentual inferior
aos horistas, que não possuem nenhum encargo embutido no salário-hora.
38
Face ao elevado percentual de encargos incidentes sobre os salários, é prudente
verificar periodicamente o seu valor, verificando principalmente os itens variáveis mais
significativos, a exemplo da rotatividade da mão-de-obra que implica em avisos
prévios e multa por rescisão do contrato de trabalho. O controle dos itens variáveis
implica em aumento da competitividade da empresa (DIAS, 2006).
O Quadro 4 refere-se à planilha de encargos sociais divulgada pelo SINAPI
para o estado da Bahia no mês de setembro de 2014.
39
Fonte: CEF, 2014.
Quadro 4 - Planilha de encargos sociais da mão de obra da construção civil no estado da Bahia
40
2.5.4.4. Custos dos Equipamentos
Ao adquirir um equipamento, a empresa está fazendo um investimento, e o que
se espera de um investimento é retorno. Ou seja, todos os custos envolvidos com o
maquinário precisam ser considerados no orçamento, sendo repassados aos serviços
que fazem uso deste maquinário. Esses custos com equipamentos de transporte e
movimentação de materiais e mão-de-obra, que podem ser alugados ou próprios, são
inúmeros. No caso de maquinário próprio, os diversos custos que compõem o valor
final são de três categorias diferentes: custos de propriedade, custos de manutenção
e custos de operação (TISAKA, 2006; LIMMER, 1997).
• Custos de Propriedade
Os equipamentos, do momento em que são adquiridos, passam a se
desvalorizar em função da idade, eficiência e da obsolescência. O custo de
propriedade é definido como custo resultante da aquisição e depreciação do
equipamento e a sua determinação é função, além do valor de desembolso na compra,
da vida útil e valor residual.
A vida útil é o valor estimado do tempo de funcionamento em que o
equipamento trabalha com produtividade e eficiência especificados para ele. No
cálculo do custo dos serviços realizados com o equipamento, o orçamentista deve
embutir as parcelas da depreciação de maneira que, ao fim da sua vida útil, todo o
investimento feito na compra tenha retornado. Ao valor da depreciação deve ser
abatido o valor residual: Após o término da vida útil, um equipamento ou o que tenha
restado dele pode ser vendido como usado ou como sucata. Esse valor é estimado
entre 10 e 20% do valor inicial, dependendo da qualidade da manutenção feita durante
a sua vida (LIMMER, 1997; MATTOS, 2006).
O método mais utilizado para o cálculo do custo horário de depreciação é o
método linear: Nesse método, assume-se que a taxa de decrescimento do valor do
equipamento é uniforme (LIMMER, 1997).
41
A Equação (1), refere-se a expressão matemática para determinar o seu valor:
�ℎ =�� − �ℎ (1)
Fonte: Mattos, 2006
Onde:
• Vo é o valor de aquisição;
• R o valor residual;
• n a vida útil do equipamento em horas; e
• h o número de horas trabalhadas durante o ano.
É considerado ainda nos custos de propriedade, a remuneração que o capital
investido teria se fosse aplicado no mercado financeiro. Esses juros devem ser
levados em consideração para repor o poder de compra do capital investido e não
devem ser confundidos com lucro. Os juros horários são calculados aplicando a taxa
de juros anuais sobre o valor médio do equipamento divido pelas horas de utilização
do equipamento, como mostra a Equação (2):
�ℎ = ���� (2)
Fonte: Mattos, 2006.
Sendo:
• Im o valor médio do equipamento;
• I a taxa de juros; e
• A as horas trabalhadas do equipamento.
42
O valor médio do equipamento é determinado pela Equação (3):
�� = (�� − �) ( + 1)2 + �(3)
Fonte: Mattos, 2006.
Sendo:
• Vo o valor de aquisição,
• R o valor residual; e
• n a vida útil em anos.
Deve-se, por fim, ser considerado os custos com tributos e seguros. Os custos
horários de propriedade são, em resumo, a soma dos custos horários de depreciação,
juros, obrigações tributárias e seguros (ÁVILLA, 2001).
• Custos de Operação
Os custos de operação, como diz o nome, são custos para manter a máquina
em condições de funcionar. São, comumente, gastos com pneus, combustível,
lubrificantes, filtros, energia elétrica, e operador. A determinação precisa desses
insumos é extremamente complexa, uma vez que várias variáveis influenciam no
processo, tais como o tipo, idade, estado de conservação da máquina, ambiente,
manutenção e etc. Lança-se mão então de dados experimentais tabelados (ÁVILLA,
2001).
• Custos de Manutenção
Os custos de manutenção englobam todos os gastos referentes a reparos,
incluindo os materiais requeridos, como peças de reposição e acessórios, mão-de-
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obra, além de revisões preventivas. Da mesma maneira que os custos de operação,
determinar os custos de manutenção com precisão mais apurada é um trabalho não
compensatório e difícil. Com aceitável precisão, os custos de manutenção podem ser
obtidos pela equação (4) (DIAS, 2006):
�ℎ = ��ℎ �(4)
Fonte: Mattos, 2006.
Onde:
• Vo é o valor de aquisição do equipamento;
• n a vida útil, em anos;
• h as horas trabalhadas por ano; e
• k um coeficiente de proporcionalidade.
O valor de k pode ser definido de acordo com a tabela a seguir:
Tabela 2 - Valores do coeficiente K para cálculo dos custos de manutenção de equipamentos
Fonte: Engenharia Compartilhada, 2012.
Tipo de Equipamento Coeficiente K
Moto niveladora 0,88
Moto scraper 0,85
Caminhão betoneira 0,88
Placa vibratória com motor diesel 0,56
Usina misturadora de solos 0,75
Espalhador de concreto 0,55
Trator de esteira acima de 200 KW 0,95
Bate estaca de gravidade 0,75
Caminhão basculante 0,90
Caminhão tanque 0,80
Carregadeira de pneus 0,75
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2.6. FECHAMENTO DO PREÇO DE VENDA
Preço é definido como o valor a ser cobrado dos clientes pela prestação dos
serviços e nele está englobado todas as despesas e lucro almejado pelo prestador do
serviço. Portanto, o estabelecimento do preço perpassa pela determinação, além dos
custos diretos e dos custos indiretos, da bonificação e dos impostos. Alguns desses
custos são de difícil aferição, ou não é do agrado das empresas revelá-los. Os custos
complementares são então costumeiramente compactados em um percentual,
chamado de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), que, ao incidir sobre os custos
dos serviços, formam os preços dos serviços, como demonstra a Equação (5). A soma
de todos os preços dos serviços forma o preço global da obra (GONZALEZ, 2008).
�� = ��(1 + ���100)(5)
Esquematicamente:
Fonte: Própria.
Figura 7 - Esquema de componentes do preço final de venda
45
2.6.1. BDI
Budget Difference Income ou Benefícios e Despesas Indiretas(BDI) é o termo
utilizado para designar o processo de rateio dos lucros e despesas de natureza
indireta sobre os custos diretos orçados de um empreendimento, estabelecendo assim
seu preço de venda (DIAS, 2007).
Compõem o BDI os custos indiretos, os tributos e o lucro ou bonificação.
A Equação (6) relaciona o BDI aos custos diretos, indiretos, impostos e lucro:
��� = �� + ��100 − (� + �)(6)
Onde:
• CD é o custo direto global;
• CI é o custo indireto global;
• I a taxa de impostos; e
• L a taxa de lucro almejada.
2.6.1.1. Custos Indiretos
Os custos indiretos não aparecem nas composições de custos, não integram
os serviços de campo, mas são inerentes ao processo, decorrentes da estrutura da
obra e da empresa (DIAS, 2006).
Compõem os custos indiretos: (Mattos, 2006; Dias, 2006; Tisaka, 2006)
• Mobilização e desmobilização: Custos de transporte dos recursos humanos,
equipamentos e instalações necessários para a realização do
empreendimento, desde a sua origem até o local de implantação do canteiro.
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• Administração local: São os custos relativos à estrutura administrativa local,
composta das equipes técnica (engenheiro, mestre, encarregados, estagiários,
etc.), de suporte (almoxarife, comprador, ferramenteiro, laboratorista, etc.), e
administrativa (auxiliares, secretário, copeira, porteiro, etc.).
• Administração Central: A sede não é geradora de receita, apenas de despesas,
portanto, é preciso fazer o rateio dessas despesas entre os contratos em
andamento.
• Taxas de despesas financeiras: Taxa para a reposição da perda monetária
decorrente da defasagem de tempo entre as despesas do mês, desembolsadas
pela construtora, e o pagamento da medição. Essa defasagem causa perda
monetária porque o dinheiro desembolsado pela construtora poderia estar
aplicado durante o período.
• Taxas de riscos de execução ou Margem de Incertezas: taxas para pagar
seguros contra imprevistos, uma vez que os orçamentos são feitos
considerando condições normais de trabalho. Podem ser imprevistos de força
maior (terremotos, criação de novos impostos, greves, guerras, etc.), de
previsibilidade relativa (atrasos no pagamento de medições, chuvas, acordos
judiciais, etc.) ou aleatórios (capotamento de caminhão, desabamento de muro
de arrimo, etc.).
• Despesas de comercialização: são gastos da empresa com tentativas sem
sucesso comercialmente ou com licitações públicas, rateadas entre os
empreendimentos em andamento.
Os custos diretos geralmente ficam em torno de 5 a 30% do custo total da
construção, a depender de aspectos que influenciam os componentes do seu valor,
tais como a estrutura da empresa e da obra, que influenciam no custo com a
administração local e global, a localização geográfica que influencia em custos com
mobilização e desmobilização, a complexidade da obra, que demanda maior
supervisão e suporte externo (consultoria), dentre outros. Portanto, o estabelecimento
das taxas de cada componente dos custos indiretos deve ser feito de forma criteriosa,
levando em consideração todas as condições de contorno (MATTOS, 2006).
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2.6.1.2.Tributos
Os impostos decorrentes de insumos – taxas de compra de materiais ou
manutenção de equipamentos, uso de mão de obra, etc – estão inclusos nos custos
diretos, dentro das composições de serviços. Porém, existem ainda impostos que
incidem sobre o preço de venda da obra, sem qualquer relação direta com um ou outro
serviço, e por isso é contabilizado como parcela do BDI. De origem nas diversas
esferas do poder – federal, estadual e municipal – os impostos mais comuns são:
(TISAKA, 2006; MATTOS, 2006).
. Quadro 5 - Resumo dos tributos incidentes sobre os preços de venda
Nome Sigla Competência Base de Cálculo
Alíquota
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
COFINS Federal Faturamento 3%
Programa de Integração Social
PIS Federal Faturamento 0,68%
Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transporte de e Valores de Créditos e de Direitos de Natureza Financeira
CPMF Federal Faturamento 0,38%
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
ISSQN Municipal Faturamento com deduções
Varia de 2 a 5%, estabelecida por critérios de cada município.
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica IRPJ Federal
Lucro Real ou Lucro Presumido (Opcional)
Lucro Real:15% + 25% sobre o que ultrapassar R$ 20.000,00
Lucro Presumido:1,2% sobre faturamento.
Contribuição Social sobre Lucro Líquido
CSLL Federal
Lucro Real ou Lucro Presumido (Opcional)
Lucro Real: 9%
Lucro Presumido:2,88% sobre faturamento
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2.6.1.3. Lucro
Toda atividade empresarial deve ser remunerada financeiramente através do
que costuma-se chamar lucro. O lucro pode ser definido como a diferença entre as
despesas (custos diretos, custos indiretos, impostos) e a receita.
A rentabilidade, relação entre o lucro e o investimento, depende de fatores
internos e fatores externos à empresa, e estes fatores devem ser levados em
consideração ao estabelecer o percentual (MATTOS, 2006).
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3 METODOLOGIA
3.1. APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
O presente trabalho visa comparar dois preços de venda de um condomínio na
periferia do município de Feira de Santana, estado da Bahia, ambos obtidos por
orçamentação analítica discriminada, porém através de duas abordagens diferentes.
A primeira abordagem, que gerou o orçamento referenciado como orçamento
de base, faz uso de composições de custos unitários montadas com índices de mão-
de-obra aferidos localmente e consumos de materiais compatíveis com a tipologia do
empreendimento e com as metodologias praticadas na execução dos serviços,
obtidas junto a uma empresa de construção civil tradicional da cidade.
A segunda abordagem, a qual deu origem ao orçamento de comparação, usa
composições de serviços do TCPO com custos de insumos obtidos por tabela de
custos de referência do SINAPI no estado da Bahia atualizada no mês de setembro
de 2014.
Para dar andamento ao trabalho, os capítulos subsequentes apresentarão a
estratégia, o delineamento e resultados da pesquisa. Por fim, serão feitas algumas
considerações sobre os resultados.
3.2.ESTRATÉGIA
Existem vários tipos de estratégias para se fazer um trabalho científico e a
melhor abordagem depende de três condições básicas: 1) Tipo de questão da
pesquisa, 2) O controle que o pesquisador tem sobre o objeto de estudo e 3) O foco
em fenômenos contemporâneos em oposição a fenômenos históricos (YIN, 2005).
O estudo de caso é a melhor estratégia quando são colocados
questionamentos do tipo “como” ou “porque”, quando o pesquisador tem pouco
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controle sobre o objeto de estudo e quando a pesquisa está vinculada a fenômenos
contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real (YIN, 2005).
Essa estratégia foi julgada como mais adequada ao presente trabalho, uma vez
que a proposta é comparar orçamentos, que são amplamente afetados pelo tempo e
pelo local e sofrem baixa influência do pesquisador orçamentista.
3.3.DELINEAMENTO DO TRABALHO
3.3.1.Descrição do Empreendimento
O objeto de estudo da pesquisa é um projeto destinado à construção de
apartamentos na periferia da cidade de Feira de Santana para o programa de
interesse social do Governo Federal Minha Casa Minha Vida (MCMV), visando atingir
famílias com renda mensal de até 3 salários mínimos.
Ao todo, o condomínio contará com 540 unidades distribuídas em 27 prédios
de 5 pavimentos e 20 apartamentos cada. Cada unidade conta com dois quartos, uma
sala, uma cozinha, um banheiro e área de serviço, somando ao todo 44,71 m² de área
construída e 39,04 m² úteis. O condomínio conta ainda com duas quadras, dois
quiosques e dois parques infantis, tento área de terreno total 11.795,90 m² e área
construída real total de14.685,55m².
Os edifícios possuem fundação em sapata corrida, estrutura em alvenaria auto-
portante e lajes pré-moldadas e simplesmente apoiadas na alvenaria. A cobertura é
em telha de fibrocimento fixada em madeiramento pontaletado sobre laje. O
revestimento externo é em textura acrílica sobre massa única. Internamente, os
apartamentos possuem pavimentação cerâmica e teto texturizado. As salas e quartos
possuem revestimento em gesso com pintura látex PVA e as cozinhas, revestimento
cerâmico. O banheiro possui forro em pvc. As portas são de madeira e as janelas e
basculantes, de alumínio.
51
O Maquinário fixo usado para dar suporte à produção contempla
manipuladores, dumpers, mini-carregadeiras, plataformas motorizadas, betoneiras, e
máquina projetora de argamassa. Munks, guindastes, caminhões basculantes e
retroescavadeiras sobre rodas fazem serviços esporádicos.
3.3.2. Processo de Orçamentação Adotado
Os orçamentos discriminados foram feitos pelo autor do presente trabalho
amparado por bibliografia especializada e por profissionais experientes. Fazendo uso
dos documentos existentes – Caderno de encargos, projetos arquitetônicos,
estruturais e de instalações – foi montada uma estrutura de projeto com as dezenove
Etapas Construtivas listadas abaixo:
1) Gabarito e Locação
2) Fundação
3) Superestrutura
4) Fechamento
5) Instalação
6) Impermeabilização
7) Cobertura
8) Revestimento interno
9) Revestimento externo
10) Pavimentação
11) Arremates
12) Esquadrias de Madeira
13) Esquadrias de alumínio
14) Esquadrias de ferro
15) Forro
16) Pintura Interna
17) Pintura Externa
18) Diversos
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19) Limpeza
A partir de então foram escolhidas as composições de custos mais adequadas.
Para o orçamento de base, feito com composições personalizadas para os serviços
de tipologia construtiva e metodologias executivas praticadas em Feira de Santana,
bastou escolher as melhores composições disponíveis no banco de dados conseguido
junto à uma construtora tradicional da cidade.
Para o orçamento de comparação, foi preciso escolher as composições em
bancos de dados do TCPO e depois adicionar os custos unitários dos insumos, obtidos
com a tabela de custo de referência de insumos para o estado da Bahia, divulgada
para o mês de setembro de 2014 pelo SINAPI. Alguns serviços e insumos precisaram
ser adaptados por falta de dados e para isso foram feitas algumas considerações.
O Quadro 6 exemplifica uma composição de custos usada no orçamento de
comparação.
Quadro 6 - Composição do Serviço Locação da Obra: execução de gabarito
Componente Unid. Class Consumo Custo Unit
Custo Total
SERVIÇOS PRELIMINARES
Locação da obra: execução de gabarito M2 4,79
Carpinteiro M.O. h 0,13 12,61 1,64
Servente M.O. h 0,13 7,57 0,98
Arame galvanizado (bitola: 16 BWG) MAT. kg 0,02 9,90 0,20
Prego (tipo de prego: 18x27) MAT. kg 0,012 7,78 0,09
Pontalete 3a. construção (seção transversal: 3x3 " / tipo de madeira: cedro) MAT. m 0,04 7,00 0,28
Tábua 3a. construção (seção transversal: 1x9 " / tipo de madeira: cedrinho) MAT. m² 0,09 17,78 1,60
Legenda:
• M.O. é a mão-de-obra;
• MAT. é insumos do tipo Material.
Fonte: TCPO
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A composição mostrada refere-se ao serviço locação da obra: execução de
gabarito, que se encontra dentro do macro setor Serviços Preliminares. Segundo a
composição, para a execução de 1m² de gabarito são necessários 0,02 kg de arame
galvanizado, 0,012 kg de prego, 0,04 m de pontalete e 0,09 m² de tábua. São gastas
0,13h de mão-de-obra de carpinteiro e 0,13h de ajudante. O custo de cada insumo
para a realização de uma unidade do serviço, no caso exemplificado um m² de
gabarito, é obtido multiplicando o custo unitário do insumo pelo seu coeficiente. O
custo final, a soma desses valores, é mostrado no canto superior direito: R$ 4,79
(quatro reais e setenta e nove centavos) por m² de gabarito. Escolhida as
composições, foi feito o levantamento quantitativo dos serviços e montagem da
planilha de custos diretos.
O passo seguinte foi montar a planilha de despesas indiretas. Os custos indiretos
que a compõe foram organizados em 14 macro setores, mostrados abaixo:
1) Projetos
2) PCMAT E PCMSO
3) Instalações Provisórias
4) Corpo Administrativo
5) Equipe de Produção
6) Vigilância
7) Materiais de escritório
8) Equipamentos
9) Ferramentas
10) EPI’s
11) Consumos
12) Despesas com Pessoal
13) Controle tecnológico
14) Diversos e eventuais
Para fechar o preço de venda, foi considerado uma taxa de impostos igual a 1%,
taxa padrão para projetos do MCMV, taxa de manutenção da administração central
de 5% sobre o custo direto e indireto, e lucro de 13% sobre o preço de venda. Os
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serviços orçados aqui correspondem apenas ao setor de habitação do condomínio.
Foi considerado então que os custos diretos com habitação para um condomínio com
tal porte correspondem a 90% do custo direto total do empreendimento.
3.3.3.Considerações feitas para compatibilização
Para se chegar ao comparativo entre os dois orçamentos, inicialmente foi preciso
compatibilizar as duas abordagens através de considerações.
3.3.3.1.Classificação de alguns custos
A primeira consideração diz respeito à classificação de alguns custos entre
diretos ou indiretos. As composições de custo unitários do TCPO contemplam
insumos de mão-de-obra, materiais e equipamentos, enquanto que as composições
próprias da empresa apenas contemplam mão-de-obra e materiais, alocando os
equipamentos como custos indiretos no macro setor Equipamentos da planilha de
despesas indiretas. Essa abordagem convenientemente evita a mensuração do
maquinário para cada serviço, evitando distorções no custo final em função de índices
de consumo irreais, facilitando a crítica dos serviços, e é compatível com a realidade,
uma vez que os equipamentos atendem vários serviços ao mesmo tempo, sendo, na
prática, rateado o seu uso. O procedimento adotado foi retirar o maquinário de todas
as composições do TCPO, afim de manter como padrão o critério usado para o
orçamento de base.
O mesmo tipo de incompatibilidade é observado nos serviços onde um dos
insumos são traços de argamassa ou concreto: para o TCPO, a mão-de-obra para a
execução da argamassa é inclusa no custo total para a realização do serviço, como é
observado no Quadro 7:
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Quadro 7 - Composição do Serviço de Levante de alvenaria Estrutural com blocos de concreto do TCPO
O Quadro 7 mostra a composição do TCPO para o serviço de execução de
alvenaria estrutural com blocos de concreto. Em branco, é mostrado os insumos para
a realização do serviço. O insumo argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia
sem peneirar, com traço 1:0,25:3, é também um serviço, e a sua composição aparece
em laranja na tabela. Segundo a composição, para a execução de um metro cúbico
da argamassa são gastos 10 horas de mão-de-obra de servente, resultado em um
custo de R$ 75,70 (Setenta e cinco reais e setenta centavos) de mão-de-obra e total
de R$ 466,58 (Quatrocentos e sessenta e seis reais e cinquenta e oito centavos) por
metro cúbico de material.
Seguindo o mesmo raciocínio feito para o maquinário, a mão-de-obra para a
execução de traços de concreto e argamassa atendem a vários serviços ao mesmo
tempo, sendo conveniente alocá-la na planilha de despesas indiretas no macro setor
Equipe de Produção. A adaptação da composição do Quadro 7 usada no trabalho é
apresentada no Quadro 8:
Componente Class. Unid. Consumo
Custo Unit.
Custo Total
Alvenaria estrutural com blocos de concreto, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 - tipo 3 - - unidade: m2 M2 50,37
Pedreiro M.O. h 0,80 12,61 10,09
Servente M.O. h 0,80 7,57 6,06
Bloco de concreto estrutural - bloco inteiro 14X19X39 MAT. un 12,91 2,25 29,05
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 SER.CG m² 0,01 466,58 4,99
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 M3 466,58
Quadro 8 - Composição do Serviço de Levante de Alvenaria Estrutural com blocos de concreto adaptado do TCPO
Componente Class. Unid. Consumo Custo Unit.
Custo Total
Alvenaria estrutural com blocos de concreto, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 - tipo 3 - - unidade: m2 M2 49,37
Pedreiro M.O. h 0,80 12,61 10,09
Servente M.O. h 0,80 7,57 6,06
Bloco de concreto estrutural - bloco inteiro 14X19X39 MAT. un 12,91 2,25 29,05
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 SER.CG m² 0,01 390,88 4,18
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 M3 390,88
esquadrias de alumínio, esquadrias de madeira, serralheria, pintura interna, pintura
externa e diversos, que, juntos, representam 97,82% do custo direto de habitação total
no orçamento de Base e 99,08% no orçamento de Comparação. O orçamento de
comparação foi menos custoso em apenas dois macro setores: Forro de PVC e
Serviços Complementares, o que representa apenas 0,92% do seu custo direto total
de habitação.
R$ 16.758.780,39
R$ 21.494.470,78
R$ 0,00
R$ 5.000.000,00
R$ 10.000.000,00
R$ 15.000.000,00
R$ 20.000.000,00
R$ 25.000.000,00
Custo Direto Orçamento Base Custo Direto Orçamento deComparação
Comparativo entre Custos Diretos Totais
68
Figura 10 - Gráfico comparativo dos Macro setores
Fonte: Dados da pesquisa.
Quando se compara os serviços, o orçamento de base é mais econômico em
85% deles e o de comparação em 15%, como é mostrado no gráfico da Figura 11:
Figura 11 - Gráfico comparativo dos custos de Serviços
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
140.000,00
S. PR
ELIMIN
AR
ES
INFR
AESTR
UTU
RA
SUP
ERESTR
UTU
RA
FECH
AM
ENTO
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TERN
A
PIN
TUR
A EX
TERN
A
DIV
ERSO
S
S. CO
MP
LEMEN
T.
Comparativo etapas construtivas
Base Comparação
15%
85%
Serviços : Base x Comparação
Base Comparação
Fonte: Dados da pesquisa.
69
Os serviços em que o orçamento de comparação é mais econômico no entanto,
o são por uma margem percentual muito pequena ou são serviços que tem pouca
representatividade no custo total. Execução de rufo de concreto por exemplo é o
serviço com maior diferença percentual a favor do orçamento de comparação:
40,13%. Sua Representatividade no custo direto total é, no entanto, de apenas 0,01%.
O Forro de PVC vem logo em seguida, com margem a favor de 38,2% e
representatividade de 0,2%.
O Quadro 14 lista as diferenças percentuais de preços unitários de todos os itens
comparáveis, ou seja, serviços que possuem mesma unidade de referência nos dois
orçamentos e serviços agrupados para serem analisados. Por exemplo, as marcações
de alvenaria foram unidas aos levantes no orçamento de base para que fossem
confrontadas com os levantes de alvenaria do orçamento de comparação que já
incluem a marcação em sua composição. A locação de gabarito não pode ser
comparada uma vez que está referenciada ao metro no orçamento de base e ao metro
quadrado no orçamento de comparação.
Quadro 14 - Diferença percentual entre os custos unitários dos serviços do orçamento de comparação em relação ao orçamento de base
Serviços Diferença
percentual
Escavação manual até 2m 42,41% Transporte horizontal de materiais a granel c/ carrinho ou jerica até 30m 2,77% Lastro de concreto magro e=5cm -11,14% Fôrma de tábua (5 aproveitamentos) 136,15% Armadura CA-50, diâmetro de 6,3 a 10,00mm 31,60% Concreto usinado FCK = 20MPa 15,51% Lançamento e aplicação de concreto em fundação 133,37% Alvenaria de bloco concreto 14cm em fundação sapata corrida (6MPa) 45,16%
Reaterro compactado manual 19,02% Cinta de bloco calha de concreto 14x19x39cm (4,5MPa) 22,96% Concreto magro usinado e=6cm 0,78% Pista para fabricação de laje pré-moldada e=8cm, para prédio com estrutura mural 8,93% Concreto usinado FCK=25MPa 12,49% Fabricação e montagem de laje pré-moldada 16,69%
70
Serviços Diferença
percentual
Cinta de bloco calha de concreto 14x19x39cm (4,5MPa) 74,78% Alvenaria estrutural 12,06%
Alvenaria de vedação -18,45% Verga e contra–verga -1,47%
Combogó de cimento 20 x 20 cm -0,26% Instalações gerais (edifício c/ 20aptº) 23,92% Impermeabilização com cimento polimérico (2 demãos) 1,15%
Rufo em concreto -40,13%
Madeiramento pontaletado sobre laje para telha ondulada 303,57%
Cobertura com telha ondulada 6mm 38,94%
Chapisco interno -2,58% Massa única/ emboço 25,66%
Gesso corrido sobre bloco cimento 13,87%
Revestimento Cerâmico 30x30 cm -3,48%
Chapisco externo com embrechamento 167,29%
Massa única externa e=2,5cm 125,34%
Regularização de superfície em argamassa 4,58%
Piso cerâmico 30x30cm 33,07%
Passeio em placa de concreto pré-moldada largura=50cm 219,29%
Soleira em mármore branco 70x12 cm 129,35%
Soleira em mármore branco 80x 16cm 21,29%
Soleira em mármore branco 120x 16cm 85,57%
Peitoril em mármore branco 120x 19cm 74,00%
Peitoril em mármore branco 60x 19cm 70,78%
Peitoril em mármore branco 90x 19cm 72,91%
Filete em mármore branco 80x 3,5cm 205,65%
Filete em mármore branco 90x 3,5cm 208,56%
Cordão p/ box em mármore branco 3x3 cm 39,43%
Rodapé cerâmico 30x5 cm 195,87%
Kit porta pronta 80x210cm largura = 14, 15 ou 16 cm 6,83%
Porta em alumínio natural veneziana 70x150 cm 0,00%
Porta em alumínio natural veneziana com vidro 120x210 cm 0,00%
Janela de correr em alumínio natural com vidro 120x120 cm 66,50%
Janela de correr em alumínio com vidro 120x160 cm 17,49%
Basculante em alumínio natural com vidro 60x60 cm 6,40%
Basculante em alumínio natural com vidro 90x80 cm 0,61%
Corrimão em aço galvanizado 1" 33,88%
Alçapão 70x70 cm 0,19%
Portinhola de ferro 70x70 cm 0,19% Forro em PVC -38,20%
Pintura látex PVA (2 demãos) com massa sobre gesso 28,92%
71
Serviços Diferença
percentual
Pintura com verniz esquadrias de madeira 37,81%
Pintura esmalte sintético em ferro 329,42%
Pintura texturizada acrílica interna 58,00%
Pintura texturizada acrílica sobre massa acrílica interna em teto 111,45% Pintura texturizada acrílica externa -5,61%
Numeração dos prédios 0,05%
Numeração dos apartamentos 0,13%
Fonte: Dados da pesquisa.
A tendência dos itens do orçamento de base serem mais baratos é explicada
tanto por divergências entre os custos de mão-de-obra quanto de materiais. O Quadro
15 mostra dados comparativos entre as categorias de insumos dos orçamentos.
Quadro 15 - Comparativo de Mão-de-Obra e Materiais
Custo Direto Habitação
Horas Mão-de-Obra Custo Mão-de-Obra
Custo Materiais Profissional Ajudante
Orç. Base R$ 16.758.780,39 275571,6 314448,3
R$ 6.505.924,26
R$ 10.252.856,13
Orç. Comparação
R$ 21.494.470,78 333022,2 369243,2
R$ 7.771.756,20
R$ 13.722.714,58
Base x Comparação 28,26% 19,46% 33,84%
Fonte: Dados da pesquisa
Analisando o Quadro 15, podemos perceber que o orçamento de comparação
prevê 57450,6 horas ou 6528,47 diárias a mais de profissional e 54794,9 horas ou
6226,69 diárias a mais de ajudante, resultando em um gasto 19,46% superior ao
orçamento de base no quesito mão-de-obra. No quesito materiais, a diferença foi
ainda maior: 33,84%.
Para entender a divergência foi preciso analisar as composições de custos,
chegando a conclusão de que as composições do TCPO comumente traziam índices
de produtividade superiores às composições apropriadas na cidade por causa,
primeiro, a fatores não identificados, entendidos como fatores ambientais, que são
72
diferentes para o local onde os dados do TCPO são obtidos ( regiões sul e sudeste)
em relação ao local do estudo de caso ( região Nordeste, Estado da Bahia , cidade de
Feira de Santana) e segundo por diferenças entre os projetos de referência dos
serviços. Outro fator foram os preços de materiais extraídos da tabela de referência
de custos de insumos SINAPI que, apesar de ser montada com a média de preços do
estado, não forneceu valores satisfatórios para a realidade do local. Abaixo foram
analisadas algumas das composições usadas na pesquisa.
• Serviço de Madeiramento Pontaletado Sobre Laje para Telha ondulada
O serviço de madeiramento pontaletado sobre laje para telha ondulada do
orçamento base baseia-se em um projeto padrão onde os pontaletes suportam terças
e contra-ventamentos, todos em peças 10x6 cm, onde são parafusadas as telhas de
fibrocimento. Essas terças são espaçadas uma das outras em função das dimensões
das telhas que suportam, que possuem comprimentos usuais de 1,53m; 1,83m; 2,13m
e 2,44m, exigindo terças espaçadas de 1,5 a 1,7 m.
Na composição mais próxima retirada do TCPO, a estrutura de madeira é mais
robusta, contemplando, além dos pontaletes, terças e contra-ventamentos, a fixação
de caibros e ripas. Em função da carga das peças adicionais, as terças possuem
dimensões 6x12cm ou 6x16cm, maiores do que no projeto padrão de telhado
referência para o orçamento base. Os pontaletes, por outro lado, possuem dimensões
menores, porém representam um custo menor por solicitarem menos madeira. Isso
gera uma composição com índice de consumo de madeira e de produtividade de mão-
de-obra maiores, dado a maior complexidade e volume de trabalho, como pode-se
concluir comparando os Quadros 16 e 17.
73
Quadro 16 - Composição do serviço de estrutura de madeira para telha ondulada do orçamento de comparação.
Fonte: TCPO
Quadro 17 - Composição do serviço de Madeiramento para telha ondulada do orçamento de base
Componente Class. Unid. Consumo Custo Unit.
Custo Total
Madeiramento pontaletado sobre laje p/ telha ondulada
M2 10,94
Carpinteiro M.O. H 0,33 12,61 4,16
Servente M.O. H 0,33 7,57 2,50
Prego 2 1/2x10 (18x27) MAT. KG 0,10 3,82 0,38
Peça de Guajará 10 x 6cm MAT. M3 0,003 1.300,00 3,90
Fonte: Empresa de Feira de Santana- Ba, 2014.
Além disso, a composição do TCPO considera madeira do tipo peroba para
estrutura, enquanto que a prevista no orçamento de base e a realmente usada para o
serviço é do tipo Guajará, mais barata. Quanto aos custos dos insumos, o preço do
prego é 103,7% maior na tabela do SINAPI do que no banco de dados da empresa,
que apesar de não representar valor significativo nas composições referidas,
exemplifica a discrepância entre os custos de insumos do SINAPI e os custos para a
realidade de Feira de Santana. O resultado é uma composição de serviço 303% mais
cara no orçamento de comparação.
Componente Class. Unid. Consumo Custo Unit.
Custo Total
Estrutura de madeira para telha ondulada de fibrocimento, alumínio ou plástica, ancorada em laje ou parede M2 44,16
Carpinteiro M.O. h 0,90 12,61 11,35
Ajudante M.O. h 0,90 7,57 6,81
Prego (tipo de prego: 18x27) MAT. kg 0,12 7,78 0,93
Madeira (tipo de madeira: peroba) MAT. m³ 0,01 2456,88 25,06
74
• Levante de Alvenaria de Vedação com Bloco estrutural de 9x19x39 cm
O serviço de levante de alvenaria de vedação com blocos de concreto de 9 cm
é executado montando blocos de dimensões 9x19x39 cm sem função estrutural sobre
marcação previamente feita sobre laje, posteriormente ao levante de alvenaria
estrutural e montagem da laje subsequente. Na parede de vedação passam tubos de
queda, de gordura e tubulação da distribuição de água, sem uso de shafts.
A composição mais próxima retirada do TCPO para o orçamento de comparação
leva ainda em consideração o serviço de marcação de alvenaria, considerada em
separado no orçamento de base.
Apesar de contemplar um serviço a mais, a composição de serviço do TCPO tem
custo unitário orçado 35,61% menor, como é observado comparando os Quadros 18
e 19.
Quadro 18 - Composição do serviço de levante de alvenaria de vedação com bloco de concreto do orçamento de comparação.
Componente Class. Unid. Consumo Custo Unit.
Custo Total
Alvenaria de vedação com bloco de concreto aparente, 9 x 19 x 39 cm, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 – tipo 2 M2 36,03
Pedreiro M.O. h 0,66 12,61 10,97
Servente M.O. h 0,66 7,57 6,59
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 SER.CG m³ 0,01 208,79 1,44
Bloco de concreto aparente - bloco inteiro 9 x 19 x 39 cm MAT. un 13,10 1,30 17,03
Argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 M3 208,79
KNOLSEISEN, P. C. Compatibilização de Orçamento com o Planejamento do
Processo de Trabalho para Obras de Edificações . 2003. Dissertação de Mestrado.
Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis/SC, 2003.
LIMMER, C. V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras . 1ª
ed., Rio de Janeiro: LTC, 1997.
MATTOS, A. D. Como Preparar Orçamentos de Obra . 1ª ed., São Paulo: PINI, 2006.
MATTOS, A. D. Planejamento e Controle de Obras . São Paulo: PINI, 2010.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. Programa de Aceleração do Crescimento. Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/ministerio.asp?index=61&ler=s881>. Acesso em: 14 dez. 2014
SCHMITT, Carin Maria. Orçamento de Edificações Residenciais : Método
Sistematizado para Levantamento de Dados em Planta e Cálculo de Quantitativo.
Porto Alegre, 1987.
SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO DISTR ITO FEDERAL .
Estudo para o Cálculo dos Encargos Sociais. Brasília: SINDUSCON-DF, 2005.
SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTAD O DE MINAS
GERAIS. Custo Unitário Básico (CUB/m²): principais aspectos. Belo Horizonte:
SINDUSCON-MG, 2007.
TISAKA, M. Orçamento na Construção Civil : consultoria, projeto e execução. 1ª ed.,
São Paulo: PINI, 2006.
81
VALENTINI, J. Metodologia Para a Elaboração de Orçamentos de Obra s Civis .
Belo Horizonte: 2009.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. 3ª ed., Porto Alegre: Bookman,
2005.
82
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Departamento de Tecnologia
Colegiado do Curso de Engenharia Civil
Jader Luís dos Santos Lustosa
ANEXOS
Feira de Santana
2014
83
ANEXO A
Quadro 1- Planilha de custos diretos do orçamento de base.
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL
(R$)
EDIFÍCIO
SERVIÇOS PRELIMINARES
Gabarito e locação Ser.cg M 74,46 4,89 363,84
363,84
INFRAESTRUTURA
Escavação manual até 2m Ser.cg M3 146,24 23,92 3.498,16
Transporte horizontal de materiais a granel c/ carrinho até 30m
Ser.cg M3 190,11 18,93 3.597,80
Lastro de concreto magro e=5cm Ser.cg M2 112,49 15,63 1.758,63
Numeração dos apartamentos Ser.cg UN 20,00 5,94 118,99
136,74
Serviços complementares
Limpeza de vidros / esquadrias Ser.cg M2 214,50 3,86 828,51
Limpeza de pisos / revestimentos Ser.cg M2 1.485,34 2,97 4.414,43
Limpeza final Ser.cg M2 975,26 4,77 4.651,11
9.894,05
87
ANEXO B
Quadro 1 - Planilha de custos diretos do orçamento de comparação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
EDIFÍCIO
SERVIÇOS PRELIMINARES
Locação da obra: execução de gabarito
SER.CG M2 195,96 4,79 939,62
939,62
INFRAESTRUTURA
Escavação manual de vala em solo de 1ª categoria, profundidade entre 2 e 4 m
SER.CG M3 146,24 34,07 4.981,56
Transporte horizontal de materiais a granel a 30 m de distância com carrinho ou gerica
SER.CG M3 190,11 19,45 3.697,60
Lastro de concreto, incluindo preparo e lançamento
SER.CG M3 5,62 277,84 1.561,48
Forma de madeira para fundação com tábua de 3ª, 5 reaproveitamentos
SER.CG M2 197,83 50,30 9.950,26
Armadura de aço para estruturas em geral, CA-50, diâmetro 8,0 mm, corte e dobra na obra
SER.CG KG 823,12 7,42 6.111,17
Concreto estrutural dosado em central, fck 20 MPa
SER.CG M3 33,75 305,64 10.314,53
Transporte, Lançamento, adensamento e acabamento do concreto em fundação.
SER.CG M3 33,75 70,64 2.383,89
Alvenaria estrutural para fundação em sapata corrida com blocos de concreto, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 - tipo 3
SER.CG M2 158,14 49,37 7.807,99
Reaterro manual de vala apiloado SER.CG M3 83,60 30,91 2.583,95
Verga/ cinta em bloco de concreto canaleta
SER.CG M 158,14 18,64 2.947,92
88
Planilha de custos diretos do orçamento de comparação - continuação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
Lastro de concreto, incluindo preparo e lançamento
SER.CG M3 11,75 277,84 3.264,66
Escavação manual de vala em solo de 1ª categoria, profundidade entre 2 e 4 m
SER.CG M3 146,24 34,07 4.981,56
55.605,01
Superestrutura
Armadura de aço para estruturas em geral, CA-50, diâmetro 8,0 mm, corte e dobra na obra
SER.CG KG 3.483,63 7,42 25.863,86
Pista para a fabricação de laje pré-moldada e=8cm, para prédio com estrutura mural
Alvenaria estrutural com blocos de concreto, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:0,25:3 - tipo 3 - - unidade: m2
SER.CG M2 2.017,00 49,37 99.587,15
Alvenaria de vedação com bloco de concreto aparente, 9 x 19 x 39 cm, espessura da parede 9 cm, juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneierar traço 1:0,5:8 - tipo 2 -
SER.CG M2 203,00 36,03 7.313,53
Verga/ cinta em bloco de concreto canaleta
SER.CG M 415,10 18,64 7.737,96
Combogó de cimento 20cm x 20cm SER.CG M2 3,60 111,30 400,68
115.039,32
Instalações
89
Planilha de custos diretos do orçamento de comparação - continuação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
Instalações gerais de edifício com 20 apartamentos
VERBA VB 1,00 97.882,63 97.882,63
97.882,63
Impermeabilização
Impermeabilização com pintura asfaltica viabit (3 demãos)
SER.CG M2 165,20 10,83 1.789,69
1.789,69
Cobertura
Rufo em concreto SER.CG M 12,49 8,40 104,90
Estrutura de madeira para telha cerâmica ou de concreto, ancorada em laje ou parede
SER.CG M2 256,59 44,16 11.329,93
Cobertura com telha de fibrocimento, perfil ondulado, e = 6 mm, altura 510 mm, largura útil 1.050 mm e largura nominal 1.100 mm, inclinação 27%
SER.CG M2 256,59 27,50 7.056,23
18.491,05
Revestimento interno
Emboço/massa única para parede interna com argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:3, e=20 mm
SER.CG M2 1.995,73 18,96 37.842,55
Gesso aplicado em parede ou teto interno - desempenado
SER.CG M2 2.008,44 9,25 18.571,04
Revestimento cerâmico esmaltado 30X30cm, assentado com argamassa pré-fabricada de cimento colante
SER.CG M2 624,60 24,60 15.367,78
Chapisco para parede interna ou externa com argamassa de cimento e pedrisco traço 1:4, e=7 mm
SER.CG M2 1.995,73 3,87 7.723,48
79.504,85
Revestimento externo
Emboço/massa única para parede externa com argamassa
SER.CG M2 1.072,19 23,41 25.098,20
90
Planilha de custos diretos do orçamento de comparação - continuação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
Chapisco para parede interna ou externa com argamassa de cimento e pedrisco traço 1:4, e=7 mm
SER.CG M2 1.072,19 5,73 6.143,66
31.241,86
Pavimentação
Regularização sarrafeada de base para revestimento de piso com argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:4, e=3 cm
SER.CG M2 836,80 12,31 10.296,86
Piso cerâmico esmaltado 30 x 30 cm, assentado com argamassa pré-fabricada de cimento colante
SER.CG M2 836,80 31,74 26.560,12
Passeio em concreto, fck = 13,5 MPa, controle tipo "C", incluindo preparo de caixa, e=7 cm
SER.CG M2 43,36 45,31 1.964,52
38.821,50
Arremates
Soleira de granilite pré-moldada, 70 x 12 cm, assentada com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
SER.CG UN 1,00 24,74 24,74
Soleira de granilite pré-moldada, 80 x 16 cm, assentada com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
SER.CG UN 20,00 28,62 572,39
Soleira de granilite pré-moldada, 120 x 16 cm, assentada com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
SER.CG UN 1,00 42,93 42,93
Peitoril de mármore natural 120 x 19 cm
SER.CG UN 60,00 77,62 4.657,18
Peitoril de mármore natural 60 x 19 cm
SER.CG UN 20,00 38,81 776,20
Peitoril de mármore natural 90 x 19 cm
SER.CG UN 20,00 58,21 1.164,30
Filete de granilite pré-moldada, 80 x 3,5cm, assentada com argamassa mista de cimento, cal
SER.CG UN 60,00 27,53 1.651,56
91
hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
Planilha de custos diretos do orçamento de comparação - continuação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
Filete de granilite pré-moldada, 90 x 3,5 cm, assentada com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
SER.CG UN 20,00 30,93 618,57
Cordão de mármore 95 x 3 x 3 cm assentada com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar traço 1:1:4
SER.CG M 19,00 13,49 256,36
Rodapé cerâmico assentado com argamassa mista de cimento, cal hidratada e areia sem peneirar, traço 1:2:8, altura 8 cm
SER.CG M 939,83 18,39 17.283,27
27.047,49
Esquadrias de madeira
Porta interna de madeira, colocação e acabamento, de uma folha com batente, guarnição e ferragem, 0,80 x 2,10 m
SER.CG UN 80,00 292,65 23.412,10
23.412,10
Esquadria de alumínio
Porta em alumínio natural veneziana 70x150 cm
SER.CG UN 1,00 246,74 246,74
Porta em alumínio natural veneziana 120x210 cm
SER.CG UN 1,00 514,39 514,39
Janela de alumínio padronizada, colocação e acabamento, de correr, com duas folhas, dimensões 1,20 x 1,20 m com vidro liso
SER.CG UN 40,00 317,81 12.712,31
Janela de alumínio padronizada, colocação e acabamento, de correr, com duas folhas, dimensões 1,20 x 1,60 m com vidro liso
SER.CG UN 20,00 402,38 8.047,61
Janela de alumínio padronizada, colocação e acabamento, basculante (vitrô) com uma seção, dimensões 0,60 x 0,60 m, com vidro canelado
SER.CG UN 20,00 70,68 1.413,54
Janela de alumínio padronizada, colocação e acabamento,
SER.CG UN 4,00 132,69 530,75
92
basculante (vitrô) com uma seção, dimensões 0,80 x 0,80 m, com vidro canelado
Planilha de custos diretos do orçamento de comparação - continuação
DESCRIÇÃO CLASS UNIDADE QUANT. PREÇO
(R$)
PREÇO TOTAL (R$)
23.465,32
Serralheria
Corrimão tubular 1" em ferro galvanizado
SER.CG M 26,76 37,79 1.011,26
Alçapão em ferro galvanizado 70x70cm
SER.CG UN 1,00 167,33 167,33
Portinhola em ferro galvanizado 70X70cm
SER.CG UN 2,00 167,33 334,65
1.513,24
Forro
Forro de PVC em painéis lineares encaixados entre si e fixados em estrutura de madeira, dimensões 100 x 6000 mm
SER.CG M2 61,76 22,78 1.406,90
1.406,90
Pintura interna
Látex PVA em parede interna com duas demãos
SER.CG M2 2.425,24 16,50 40.017,67
Verniz em esquadria de madeira com três demãos
SER.CG M2 134,40 13,53 1.818,51
Pintura com tinta esmalte em esquadria de ferro com duas demãos