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UNIJU - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
DCEEng - Departamento de Cincias Exatas e Engenharias
Curso de Engenharia Mecnica Campus Panambi
GUILHERME HERTER LIEBICH
ESTUDO DE CASO DE PROPOSTA DE AO CORRETIVA DE UMA FALHA EM
UM DISCO DOSADOR DE SEMENTE PNEUMTICO
Panambi, RS, Brasil
2013
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2
ESTUDO DE CASO DE PROPOSTA DE AO CORRETIVA DE UMA FALHA EM
UM DISCO DOSADOR DE SEMENTE PNEUMTICO
Guilherme Herter Liebich
Orientadora: Prof. Msc. Patricia Carolina Pedrali
Panambi, RS, Brasil
2013
Trabalho de concluso de curso apresentado ao
Curso de Engenharia Mecnica Campus
Panambi, do Departamento de Cincias Exatas e
Engenharias, da UNIJU - Universidade Regional
do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul,
como requisito parcial para obteno do grau de
Bacharel em Engneharia mecnica.
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UNIJU - Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio
Grande do Sul
DCEEng - Departamento de Cincias Exatas e Engenharias
Curso de Engenharia Mecnica Campus Panambi
A Comisso Examinadora, abaixo assinada,
aprova o Relatrio de Estgio
elaborado por
Guilherme Herter Liebich
como requisito parcial para obteno do grau de
Bacharel em Engenharia Mecnica
COMISO EXAMINADORA:
Professora Ms. Patricia Carolina Pedrali
(Orientador)
Professor Dr. Gil Eduardo Guimares
Panambi, 21de novembro de 2013.
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4
DEDICATRIA
A minha esposa Raquel Fengler
Liebich que foi de fundamental
importncia para a elaborao do
trabalho, tanto na parte emocional
quanto nas horas de estudo
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5
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado sade
e condies
para, durante esses 5 anos e meio, conseguir alcanar o grau de
bacharel em Engenharia
mecnica. Tambm aos meus pais Claudio Liebich e Griselia Herter
Liebich, que de
diversas maneiras me apoiaram e incentivaram em busca do
objetivo final. A minha
esposa Raquel Fengler Liebich, que enfrentou comigo todo esse
perodo de estudos,
dando carinho e apoio sempre que era preciso. No posso deixar de
mencionar os meus
irmos, a Priscila Herter Liebich Wendland e o Arthur Herter
Liebich, que assim como
os meus amigos e familiares sempre deram o suporte necessrio,
seja nas horas de
diverso ou quando era preciso dedicar um pouco do seu tempo
comigo. E por ultimo,
mas no menos importante, os professores que dedicam grade parte
do seu tempo a
ensinar, porm um agradecimento especial professora Patricia
Carolina Pedrali, que
foi a minha orientadora neste trabalho final, obrigado pela
ateno e dedicao em
nossas reunies.
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6
RESUMO
O presente trabalho de concluso de curso tem como objetivo
principal analisar
o problema de um disco dosador de sementes aps a sua produo, e
propor uma
soluo que sanasse a causa raiz do problema. O trabalho
caracteriza-se como um
estudo de caso, que estuda a realidade da soluo de problemas de
qualidade no
ambiente de produo de uma empresa do ramo agrcola. O trabalho
contm uma
introduo ao assunto, a descrio da empresa, o referencial terico
os mtodos da
qualidade utilizados. Outro captulo, o de maior importncia, de
discusses e resultados,
contm o diagnstico e anlise do autor, com a proposio de plano de
ao. Por fim,
realizado um captulo de concluso. A partir desse trabalho, foi
possvel analisar o
problema e propor um plano de ao que aja nas principais causas
do problema, sendo
embasadas ambas as etapas por ferramentas da qualidade de anlise
da causa raiz, o
diagrama de Ishikawa, e desenvolvimento de plano de ao, com a
matriz 5W2H
Palavras Chave: Ferramentas da Qualidade. Mtodo de anlise e
soluo de
problemas. Diagrama de Ishikawa. Matriz 5W2H.
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7
ABSTRACT
This end graduation paper aims at analysing the problem of a
disc seeder after
production, and propose a solution to solve the poblem. This
paper is caracterized as a
case study, hat studies the reality of solving problems methods
of quality rea in the
production ambience of na agricultural company. This paper is
divide in six chapters,
beyond the references; the first one is na introduction, the
second the description of the
business, the third the theorical reference about the methods of
quality used. The fourth
chapter, the most impotant, os discussions and results, contains
the diagnosis and the
authors analisys, with the action plan. By the end, theres a
chapter of conclusion. This
paper provided to analise the poblem and propose na action plan
that solve the problem,
grounded by quality tools of root cause analysis, the Ishikawa
diagram, and
development of an action plan, with the matrix 5W2H.
Keywords: Quality Tools. Method of analysis and troubleshooting.
Ishikawa Diagram.
Matrix 5W2H.
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8
LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1 - Mquinas de colher milho
.............................................................................
14
Figura 2 - Diagrama de Ishikawa
...................................................................................
19
Figura 3 - Matriz 5W2H
.................................................................................................
20
Figura 4 - Dosador mecnico de sementes
.....................................................................
22
Figura 5 - Disco do dosador de sementes mecnico
....................................................... 23
Figura 6 - Dosador penumtico
......................................................................................
23
Figura 7 - Disco dosador de sementes de um dosador pneumtico
................................ 24
Figura 8 - Representao do sistema convencional de dosador
..................................... 24
Figura 9 - Disco dosador
................................................................................................
25
Figura 10 - Mquina Route CNC
...................................................................................
26
Figura 11 - Mquina Router CNC com bloco de poliacetal
........................................... 27
Figura 12 - Disco dosador com
falha..............................................................................
28
Figura 13 - Disco dosador conforme projeto
..................................................................
28
Figura 14 - Diagrama de Ishikawa do problema do disco dosador
................................ 29
-
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Principais ferramentas da qualidade
..............................................................
16
Tabela 2 - Plano de ao do disco dosador
.....................................................................
32
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10
SUMRIO
INTRODUO
..............................................................................................................
11
1.Descrio da empresa
..................................................................................................
13
2. Referencial terico
......................................................................................................
15
2.1 Soluo de problemas
...............................................................................................
15
2.2 Ferramentas da qualidade
.........................................................................................
15
2.3 Diagrama de Ishikawa
..............................................................................................
17
2.4 Matriz 5W2H
............................................................................................................
19
3. Discusses e resultados
..............................................................................................
22
3.1 Dosadores e disco dosador de semente
....................................................................
22
3.2 Produo do disco dosador
.......................................................................................
25
3.3 Diagnstico do problema
..........................................................................................
27
3.4 Identificao da causa do
problema..........................................................................
29
3.4.1 Material
..................................................................................................................
30
3.4.2 Mo-de-obra
..........................................................................................................
30
3.4.3 Mquina
.................................................................................................................
30
3.4.4 Mtodo
...................................................................................................................
30
3.4.5 Meio ambiente
.......................................................................................................
30
3.4.6 Medida
...................................................................................................................
31
3.5 Proposio de plano de ao
.....................................................................................
31
4 Determinao das aes corretivas/preventivas
.......................................................... 33
CONCLUSO
................................................................................................................
34
REFERNCIAS
.............................................................................................................
36
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11
INTRODUO
O mercado agrcola no Brasil responsvel por 4,53% do Produto
Interno Bruto
(PIB) anual, ou seja, possui grande representatividade para a
economia nacional e,
tratando-se do Rio Grande do Sul, ainda mais. A participao do
mercado agrcola no
PIB gacho de 13,3%.
O mercado de mquinas e equipamentos agrcolas no Brasil vem
crescendo a
cada ano, e com isso a exigncia por mquinas que se aproximem da
excelncia tambm
aumentou. Hoje em dia os agricultores no aceitam falhas no
plantio e colheita que
antes eram tolerados pela ineficincia das mquinas e baixo poder
tecnolgico das
empresas. Ou seja, a facilidade de adquirir crditos bancrios
para compra de
equipamentos possibilitou ao agricultor aumentar a capacidade de
comprar mquinas
que antes possuam um custo elevado, mas com qualidade de
trabalho superior as
concorrentes. Hoje possvel embutir no preo da mquina ou
equipamento a
superioridade no desenvolvimento de um melhor trabalho.
A partir da grande procura de mquinas e equipamentos com
melhor
desempenho a Seagricola, empresa que realiza projetos de
diversos equipamentos
agrcolas para o plantio e colheita de diversas culturas,
desenvolveu um novo conceito
de dosador de sementes, eliminando o tubo condutor de semente,
componente que
utilizado em praticamente todas as semeadeiras comercializadas e
utilizadas no Brasil.
Este dosador parte do conceito de diminuir o coeficiente de
variao, ou distncia entre
uma semente e outra. Este um fator de grande importncia no
plantio, pois para no
gerar competitividade por nutrientes entre as plantas preciso
controlar o coeficiente de
variao.
O dosador de sementes em questo segue o conceito de transportar
a semente at
o mais prximo do solo possvel, e no fazer com que ela caia por
gravidade, como
encontrado nos dosadores de semente existentes no Brasil.
Um dos principais componentes deste dosador o disco dosador,
componente
que ser estudado neste trabalho. Durante sua produo, observou-se
que esse possui
algumas caractersticas diferentes das desejadas, de forma que
pode comprometer a sua
utilizao. O presente trabalho apresentar um estudo de caso
durante a fabricao desta
pea, para identificar como a no conformidade ocorreu, bem como a
proposta de uma
soluo para evitar a recorrncia do problema.
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12
Para realizar o estudo sero aplicadas duas ferramentas da
qualidade: o diagrama
Ishikawa, ou de Causa e Efeito, e a matriz 5W2H. Para isso,
primeiramente sero
mapeados os processos que so realizados para a produo da pea. O
trabalho tem
como objetivo investigar e conhecer as causas do problema
encontrado na pea
fabricada, a partir da utilizao de ferramentas da qualidade que
tragam resultados
concretos a partir da sua aplicao e propor ao corretiva ao
problema. Assim, espera-
se que introduzindo na empresa essas ferramentas de qualidade,
ela possa buscar a
melhoria continua de seus processos de fabricao a partir desta
experincia.
.
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13
1. DESCRIO DA EMPRESA
A empresa Seagrcola, foi idealizada pelo Sr. Cludio Jos
Pottratz, que
percebeu a viabilidade de criar uma empresa no ramo de prestao
de servios agrcolas,
acreditando ser um ramo de servio diferenciado no mercado
agricola. devido a carncia
de profissionais muito grande e com isso traria a expanso da
empresa no qual fez parte
do quadro funcional at o ano de 1999.
No ano 2000 foi criada a empresa Seagro, uma empresa familiar.
Inicialmente
faziam parte o Sr. Cludio Pottratz responsvel pela Gesto e
Evoluo de Negcios, e o
Sr. Miguel Noer, responsvel pela parte de inovao e manutenes dos
equipamentos
agrcolas, e Marcio Maldaner, responsvel pela conduo de uma
parceria agrcola,
lavoura efetiva.
Nessa poca a empresa presta servios para a Pioneer,
terceirizaram seus
servios empresa Oderich que produzia milho em conserva, empresa
que no teve
sucesso no sul do Brasil devido s condies climticas, acabou
mudando-se para a
regio Central do Brasil.
Foi realizado um estudo quanto viabilidade de migrarem para o
ramo da
agricultura, e tais atividades iniciaram em maio de 2002.
J em 2005, com a Oderich instalada em Gois, no ramo de milho em
conserva
enlatado, a Seagro realizava o trabalho de colheita e
transporte, tarefa que foi
desenvolvida durante dois anos.
Motivados em buscar novas ideias de negcios, em 2006 trouxeram a
primeira
colheitadeira OXBO importada dos Estados Unidos, com capacidade
de colher o milho
em espigas. O desejo de evoluo fez com que a empresa se tornasse
os importadores e
representantes de venda da OXBO no Brasil. A empresa possui dez
(10) colheitadeiras e
at o momento j foram vendidas mais de 50 mquinas para diversos
agricultores do
Brasil. Na figura 1 observa-se as mquinas de colher milho.
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14
Figura 1 - Mquinas de colher milho
Fonte: arquivo da empresa Seagrcola
Novos estudos foram realizados em busca de despendoadores de
milho. No
mercado brasileiro havia apenas despendoador de seis linhas e o
mercado exigia um
equipamento maior, acompanhando a tendncia dos outros
implementos agrcolas, que
aumentaram suas capacidades para atender as novas propriedades
produtivas de milho.
Para isso, um novo despendoador de doze linhas, foi importado
dos Estados Unidos.
Em 2007 a empresa desenvolveu um projeto para resolver o
problema que as
plataformas vinham apresentando, criando um novo conceito e
vendendo-o para uma
outra empresa interessada. Tambm, a empresa criou um
distribuidor de preciso de
produtos agrcolas (Corrector), comercializado hoje por outra
empresa de mquinas
agrcolas da regio do noroeste do Rio Grande do Sul..
Em junho de 2012 a empresa trocou de nome, passando a se
chamar
SEAGRCOLA COM. DE MQ. E SERV. AGR. LTDA, agora com duas filiais,
uma
em Goinia Gois e outra em Ita So Paulo.
O objetivo da Seagricola iniciar e consolidar a produo de
mquinas da
OXBO no Brasil. O objetivo inicial produzir duas colheitadeiras
de caf nos Estados
Unidos. Essas unidades sero testadas no Brasil em 2014 durante o
perodo de colheita
do caf no Brasil, nos meses de abril a junho. A partir de agosto
de 2013 deu-se incio
ao processo de desenvolvimento de fornecedores para a futura
montadora de
colheitadeiras de caf.
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15
2. REFERENCIAL TERICO
Esse captulo ser dividido em quatro sees, de forma que abranja
os tpicos
necessrios para embasar o desenvolvimento do trabalho: Soluo de
problemas,
Ferramentas da qualidade, Diagrama de Ishikawa e Matriz
5W2H.
2.1 Soluo de problemas
Um dos focos dos estudos e ferramentas da rea da qualidade
prover um
mtodo que promova a soluo de problemas. Isso porque, problemas
internos de
diversas naturezas podem comprometer a qualidade da empresa e de
seus produtos. Os
clientes internos e externos estaro protegidos da falta de
qualidade quando a empresa
se comprometer em resolver os problemas, evitando a
recorrncia.
Segundo o mtodo de soluo de problemas de Santos (2005), existem
etapas
principais que formam um caminho lgico de busca pela resoluo do
problema, sendo
elas:
Identificao do problema;
Observao;
Anlise;
Plano de ao;
Ao;
Verificao;
Padronizao;
Concluso.
Segundo Falconi (2009), um dos principais objetivos da gesto de
uma empresa
solucionar problemas. So eles que impedem que os resultados
desejados sejam
alcanados pela organizao, seja ela qual for.
Assim, organizaes que buscam aprimorar a qualidade do produto de
acordo
com a demanda dos prprios clientes, podem utilizar-se de mtodos
descritos para
padronizar a soluo de problemas, de forma a promover o
aprendizado organizacional,
e alcanar resultados cada vez mais perenes.
2.2 Ferramentas da qualidade
As ferramentas da qualidade so utilizadas para definir,
mensurar, analisar e
propor solues para problemas envolvendo processos de trabalho.
As ferramentas
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16
podem ser acessadas e aplicadas pelos diversos nveis das
organizaes, mas para isso
prope-se que os funcionrios estejam treinados a respeito.
(BRUTTI, MACHADO,
s.d.)
A utilizao de ferramentas e polticas da qualidade tem o propsito
de atender
aos requisitos do cliente, o que acaba operacionalizando-se com
a fixao de
especificaes do produto que comportem as necessidades dos
clientes. Ademais,
devem-se considerar requisitos em matria de segurana e riscos
para a sade, requisitos
previstos em na legislao nacional e padres internacionais e
especificaes dos
concorrentes, a fim de buscar uma vantagem competitiva (UNIDO,
2006).
Assim, empresas focadas na melhoria de seus produtos, e resoluo
de
problemas existentes, buscam aprimorar a aplicao das ferramentas
(FALCONI, 2009).
Segundo Ishikawa e a ASQ (American Society for Quality),
diversas ferramentas so
tidas como fundamentais na busca pela qualidade do produto, e
esto reunidas no
quadro 1.
Tabela 1 - Principais ferramentas da qualidade
Ferramenta Aplicao
Diagrama causa e efeito Visa identifica as diversas causas para
um efeito ou
problema utilizando-se de categorias
Folha de verificao Documento utilizado para a coleta e anlise de
dados
Grficos de controle Grfico utilizado para estudar o processo e
suas alteraes
ao longo do tempo
Histograma Grfico usado para mostrar distribuies de frequncia,
ou
quantas vezes cada valor diferente em um conjunto de dados
ocorre.
Grfico de Pareto Grficos de barra que demonstram quais fatores
so mais
significativos
Diagrama de disperso Grficos de pares numricos de dados,
utilizados para
buscar um relacionamento entre as variveis
Estratificao Tcnica que separa os dados colhidos a partir de
diversas
fontes, e busca oportunidades de melhoria
Matriz 5W2H Utilizado para elaborar e expor de maneira clara,
simples e
completa um plano de ao
Fonte: site da ASQ.
-
17
A utilizao das ferramentas da qualidade pode ser feita em
diversos situaes,
produtos, e tipos de organizao, devido a sua simplicidade de
obteno rpida de
resultados.
Tambm, a utilizao delas muitas vezes se complementa: e a correta
causa do
problema no tiver sido identificada, dificilmente o plano de ao
elaborado trar
resultados, pois no ter o foco correto. Da mesma forma, se forem
identificadas as
causas, mas no forem determinadas as condies e variveis do plano
de ao, no
trar resultados to bons quanto se tivesse sido detalhada a ao de
maneira clara e
precisa.
O controle o processo que visa garantir que os resultados
obtidos sejam
alcanados (OAKLAND, 1994). Nesse sentido, ao centrar-se no
produto como principal
foco, a qualidade industrial utiliza-se da auditoria do produto,
que visa determinar se
este atende ou no determinados requisitos, especificaes e
adequaes (JURAN,
1992). Como conceito da gesto da qualidade na busca da qualidade
do produto, est o
controle da qualidade.
necessria a criao de um plano formal de inspeo, pois os produtos
foram
tornando-se mais complexos, assim como o trabalho de inspeo. A
prtica de
inspecionar os produtos uma forma de controle da qualidade,
durante a realizao das
operaes da produo, o que possibilita uma correo dos processos
que esto
ocasionando os defeitos (OAKLAND,1994 e JURAN, 1997).
Assim sendo, a gesto da qualidade deve ser buscada desde a sua
base, na
implantao das empresas, respeitando as caractersticas de produto
e de ambiente que
cada uma possui. A evoluo e busca por resultados devem ser
feitos por meio de
prticas consolidadas e teorias j desenvolvidas e aplicadas em
diversas organizaes,
com a devida adaptao aps ler o contexto pretendido.
2.3 Diagrama de Ishikawa
O Diagrama de Ishikawa tambm chamado de diagrama espinha de
peixe,
devido ao formato que se forma ao ser utilizado, ou diagrama de
causa-efeito. O
diagrama uma ferramenta grfica utilizada pela Administrao para o
gerenciamento
e o Controle da Qualidade em diversos processos. Foi
originalmente proposto pelo
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18
engenheiro qumico Kaoru Ishikawa, no ano de 1943, sendo
posteriormente
aperfeioado (DAYCHOUW, 2012).
O seu principal objetivo a disposio e visualizao das possveis
causas de
um problema escolhido como foco a ser estudado. Na sua
estrutura, as causas do
problema so classificados em seis tipos diferentes: mtodo,
matria-prima, mo-de-
obra, mquinas, medio e meio ambiente.
Segundo Vieira (1999, p.31), Para investigar as causas provveis
de um
problema de qualidade, existe uma ferramenta: o Diagrama de
Causa e Efeito. Mas
criar esse diagrama no tarefa fcil. Alis, o sucesso no controle
da qualidade
depende, em grande parte do sucesso que se tem no uso dessa
ferramenta.
Segundo Meireles (2001, p.144), o procedimento para a elaborao
de um
Diagrama de Causa e Efeito pode ser sistematizado da seguinte
forma: Identificar o
problema ou inversamente, definir o objetivo a se atingir.
Esse sistema permite estruturar hierarquicamente as causas
potenciais de um
determinado problema ou tambm uma oportunidade de melhoria,
assim como seus
efeitos sobre a qualidade dos produtos. Assim, visualmente
identifica-se as causas
geradoras do problema, facilitando a identificao do problema
para uma possvel
proposio de soluo.
A aplicao dessa ferramenta feita da seguinte maneira: mapeado
cada passo
do processo, levando em considerao as possveis causas da no
conformidade.
Consideram-se como possveis causas a mo de obra, mquina, mtodo,
material e
inspeo (ou medio). O modelo de ferramenta a ser implantada ser o
ilustrado na
figura 2.
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19
Figura 2 - Diagrama de Ishikawa
Fonte: elaborado pelo autor
A aplicao da ferramenta pode ser feita em diversas situaes,
sendo elas: listar
todas as possveis causas de um problema; visualizar as relaes de
causa e efeito entre
as variveis, identificar com clareza as relaes de efeito, e suas
prioridades.
A vantagem da sua utilizao o fato de ser estruturada, de forma a
no
possibilitar que a anlise de alguma varivel no seja feita.
2.4 Matriz 5W2H
O 5W2H, basicamente, uma metodologia para a elaborao de planos
de ao.
uma ferramenta que tem como objetivo eliminar rudos na comunicao
e gerar
melhor qualidade na execuo de tarefas. Basicamente so sete
perguntas que feitas
aps a localizao da causa da no conformidade, e visa organizar de
maneira fcil e
simples de compreender, garantido que seja conduzida at o final
sem nenhuma duvida.
A ferramenta 5W2H existe desde a oratria escrita por Marcus
Fabius
Quintilianus entre os anos 30 e 100 D.C. Ela foi criada para que
se obtivesse a
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20
compreenso do pblico sobre qualquer tema, utilizando-se o
hexgono de perguntas /
respostas: O que, Quem, Quando, Onde, Por que e Como (PARIS,
2002).
Para aplicar essa ferramenta ser utilizado o modelo ilustrado na
figura 3, de
Barreto (2013).
Segundo Campos (1992, p. 87), o mtodo 5W2H um check list
utilizado
para garantir que a operao seja conduzida sem nenhuma duvida por
parte da chefia ou
dos subordinados. Para Marshall Junior (2006, p. 108) essa
ferramenta e utilizada para
realizar o mapeamento e padronizao de processos, na elaborao de
planos e no
estabelecimento de procedimentos associados a indicadores.
Para utilizar essa ferramenta aplica-se as sete questes
propostas pela mesma, as
quais so:
WHAT? o qu ser feito: aes, etapas;
WHY? por qu ser feito: justificativa;
Fonte: Barreto (2013).
Figura 3 - Matriz 5W2H
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21
WHEN? quando ser feito: datas;
WHO? por quem ser feito: responsveis;
WHERE? onde ser feito: local;
HOW? como ser feito: mtodo;
HOW MUCH? quanto custar fazer: custos.
Espera-se que problemas de qualidade que tiverem suas causas
corretamente
investigadas previamente, e tenham o plano de ao especificado
conforme as questes
citadas anteriormente sanem a causa do problema. Os 7 tpicos
para o preenchimento da
matriz 5W2H garantem a abrangncia necessria dentre variveis que
muitas vezes no
so abordadas quando no se utiliza um mtodo para a elaborao de
planos de ao.
Como exemplo, tm-se variveis de quando ser feito (determinao de
datas,
prazos), e quanto custar fazer (muitas empresas no possuem a
correta noo dos
custos existentes em cada ao corretiva ou preventiva que
realiza).
Outra vantagem na sua utilizao referenciar as etapas da execuo
do
trabalho, possibilitando com clareza a definio da forma como ser
executado o plano
de ao, e facilitando assim a sua implantao.
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22
3. DISCUSSES E RESULTADOS
Este captulo apresentar o disco dosador de semente pneumtico,
que
apresentou uma falha aps passar pelo processo produtivo, a
investigao da causa do
problema e a proposio de um plano para correo deste. A
apresentao ser feita em
quatro subsees: produo do disco dosador, diagnstico do problema,
identificao da
causa do problema, proposio de plano de ao.
3.1 Dosadores e disco dosador de semente
No mercado brasileiro encontram-se dois tipos de dosadores de
sementes, os
mecnicos e os pneumticos. Ambos os sistemas utilizam discos
dosadores de sementes.
Os dosadores mecnicos trabalham com o disco na posio horizontal,
e
realizam a dosagem atravs de um sistema de transmisso, feito na
maioria das vezes
por correntes e engrenagens. Apresenta-se na figura 4 um sistema
de dosador de
sementes mecnico.
Figura 4 - Dosador mecnico de sementes
Fonte: Site da J. Assy
O disco dosador encontra-se na parte interna do equipamento e
apresentado na
figura 5. O disco de semente gira no sentido horrio realizando a
dosagem de semente.
A funo do disco alojar apenas uma semente por furo, e tem como
objetivo manter a
uniformidade da distncia entre uma semente e outra.
-
23
Figura 5 - Disco do dosador de sementes mecnico
Fonte: site da J. Assy
Os dosadores pneumticos funcionam, como o prprio nome diz atravs
do
vcuo produzido por uma turbina. O sistema de acionamento do
disco tambm feito
atravs de correntes e engrenagens, porm a dosagem da semente
feita com o vcuo
produzido pela turbina. A figura 5 apresenta um dosador
pneumtico.
Fonte: site da Stara.
Para dosadores pneumticos o disco dosador de semente trabalha na
posio
vertical, fator que ajuda na dosagem de semente, pois o disco
gira no sentido horrio,
porm como j foi mencionado na posio vertical, o que significa
que a semente cai na
mesma direo que anda a mquina. Na figura 7 pode-se visualizar um
disco dosador de
sementes de um dosador pneumtico.
Figura 6 - Dosador penumtico
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24
Fonte: site da Stara.
Ambos os sistemas de dosagem de semente, mecnico e pneumtico,
utilizam
um tubo condutor para conduzir a semente at o solo. Esse tubo um
dos grandes
causadores da no uniformidade do coeficiente de variao. Isso
ocorre porque a
semente cai por gravidade, e com isso ela pode repicar nas
extremidades do tudo,
permitindo que caiam duas semente no local onde deveria ter
apenas uma. Tambm, a
utilizao dos sistemas mecnico e pneumtico de dosagem podem
resultar falhas no
plantio, como por exemplo em locais nos quais no caiu a semente.
A figura 8 apresenta
um tubo condutor exemplificando o repique das sementes.
Fonte: site da Stara.
O disco dosador de semente em estudo faz parte de um dosador de
semente onde
o sistema utilizado elimina o tubo condutor apresentado na
figura 8. Fato que ir
Figura 7 - Disco dosador de sementes de um dosador pneumtico
Figura 8 - Representao do sistema convencional de dosador
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25
proporciona um melhor desempenho do plantio se comparado com os
dosadores
encontrados nas maquinas autuais. E a no conformidade encontrado
no disco dosador
impossibilita a montagem do mesmo no equipamento, e como j foi
apresentado os
discos dosadores so parte fundamenta para os dosadores
realizarem a sua funo com
excelncia.
3.2 Produo do disco dosador
O dosador de sementes um componente utilizado em semeadeiras
para realizar
o plantio direto.O disco dosador desempenha a funo de
transportar e dosar a
quantidade de semente que ser depositada no solo.
O dosador que utiliza a pea (disco) um prottipo, esta passando
por
constantes testes. O projeto da pea foi feito com auxilio do
software Autodesk Inventor,
software de desenho em 3D utilizado na rea da engenharia
mecnica. Na figura 9,
observa-se o disco dosador. Sua fabricao d-se pelo processo de
usinagem em uma
mquina Fresadora Route CNC. Este equipamento atualmente
controlado e
programado por um colaborador da empresa, ou seja, a partir do
desenho recebido para
fabricao o operador realiza a programao. A pea demora,
aproximadamente 60
minutos para ser produzida.
Fonte: arquivo da empresa Seagrcola
A programao da produo da mquina realizada no software Master
Cam,
que responsvel pela fabricao assistida por computador da pea,
simulao da
Figura 9 - Disco dosador
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mquina usinando o disco. A produo fsica da pea realizada
utilizando-se o
software Mach 3 CNC, que programa a mquina Route CNC, ilustrada
pela figura10.
Figura 10 - Mquina Route CNC
Fonte: arquivo da empresa Seagrcola
O disco dosador fabricado a partir de um bloco de Poliacetal, um
polmero de
alta resistncia mecnica. As suas caractersticas qumicas so as
seguintes:
Densidade: 0,88 g/cm
Ponto de fuso: 120-170C
A Figura 11 ilustra a mquina fresadora Router CNC com um bloco
de
poliacetal pronto para ser usinado.
-
27
Figura 11 - Mquina Router CNC com bloco de poliacetal
Fonte: arquivo da empresa Seagrcola
3.3 Diagnstico do problema
A identificao da no conformidade nas peas ocorreu a partir de
uma
inspeo visual, realizada pelo prprio operador da mquina. A
discrepncia encontrada
foi confirmada pelos demais responsveis pelo projeto e pelo
processo, a partir da
anlise do desenho da pea .A no conformidade encontrada no disco
dosador de
semente, que est sendo analisado neste trabalho, revela a no
possibilidade de realizar
a montagem do disco no dosador, isso ocorre devido aos dentes
encontrados no
contorno externo do disco.
O disco com a no conformidade dos dentes impossibilita o correto
encaixe da
pea na estrutura principal do dosador. Como o disco considerado
uma das peas mais
importantes do dosador, o equipamento no cumprir sua funo se
tais peas no
estiverem corretamente montadas.
Na figura 12 observa-se a pea no conforme, os dentes do disco no
conforme
projeto esto realados pelas flechas azuis.
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Fonte: arquivos da empresa Seagrcola
O contorno correto do disco seria todo em formato de ondas
uniformes, como
observa-se na figura 13.
Fonte: arquivos da empresa Seagrcola
Percebe-se, pelas imagens, a diferena no contorno da pea entre a
pea
considerada de acordo com o projeto e a pea que est no
conforme.
Figura 12 - Disco dosador com falha
Figura 13 - Disco dosador conforme projeto
-
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Problema de
qualidade nodisco dosador
Mo de Obra
Efeito
Mtodo Material Inspeo
Mquina Meio ambiente
3.4 Identificao da causa do problema
Para a identificao da causa da no conformidade foi feita uma
reunio com
todos os envolvidos no processo: operador da mquina, responsvel
pelo projeto,
responsvel pela produo, e o autor deste projeto, para analisar,
dentre as variveis
envolvidas, qual poderia ser a causadora do problema.
A partir da reunio foi realizada a anlise de cada etapa do
processo de produo
do disco dosador de semente. Foram avaliados os seguintes
tpicos:
Mo de Obra
Mquina
Meio ambiente
Mtodo
Medida
Material
Apresenta-se na Figura 14 o Diagrama Ishikawa, nele esto
marcados os tpicos
que possuem relao com a no conformidade encontrada na pea em
estudo. A seguir
sero apresentadas as explicaes da relao que cada tpico possui
com a falha
resultante no disco dosador.
Fonte: elaborado pelo autor
Figura 14 - Diagrama de Ishikawa do problema do disco
dosador
-
30
3.4.1 Material
A matria prima, ou material, utilizado para produzir o disco do
dosador de
semente no possui ligao com a no conformidade apresentada pelo
disco dosador de
semente. Pode-se afirmar isso devido ao fato da mesma matria
prima ter sido utilizada
para fabricar diversos outros componentes do dosador de semente,
sendo assim
apropriada para o uso que foi empregado.
Tambm, conforme foi relatado anteriormente, as propriedades
qumicas do
material permitem uma durabilidade e utilizao para o fim
proposto pelo dosador.
3.4.2 Mo-de-obra
A mo de obra uma das variveis analisadas que tiveram
interferncia na
produo da pea no conforme. Foi constatado que o processo ocorreu
da seguinte
maneira: os comandos registrados pelo operador do software
Master Can Gerencia no
estavam de acordo com o movimento que deveria ser realizado pela
mquina fresadora
Router CNC.
3.4.3 Mquina
A mquina tambm no tem interferncia na produo da pea no
conforme.
Foram produzidas diversas outras peas do dosador de sementes
pela mesma mquina, e
no haviam sido constatados problemas anteriores.
3.4.4 Mtodo
Um dos fatores que interferiram na produo da pea no conforme foi
o mtodo
utilizado. A metodologia utilizada no foi a correta, pois no
foram propostos comandos
corretos ao software.
O mtodo para a produo da pea envolve o software Master Cam,
utilizado
pelo operador do software. Um dos fatores que ocasionou o
problema foi a utilizao
indevida do software, sendo que a programao feita estava no
conforme, pois o
operador no possua conhecimento suficiente dos comandos
necessrios para produzir
a pea que est sendo analisada.
3.4.5 Meio ambiente
O meio ambiente no influenciou na no conformidade apresenta no
disco
dosador de semente, pois os principais fatores envolvidos no
processo, a mquina e os
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softwares utilizados, no dependem das condies do meio ambiente
para funcionarem
corretamente.
O operador, que recebe influncias do meio ambiente, relata que
no dia da
produo da pea as condies ambientais estavam normais.
3.4.6 Medida
A no conformidade no possui relao com os mtodos de medio
aplicados,
pois a forma de inspeo visual, e a falha foi percebida
imediatamente ao final da
usinagem pelo operador. Isso significa que o mtodo eficaz, pois
o operador consegue
identificar, por meio do estudo do desenho da pea e do resultado
obtivo, se h alguma
no conformidade.
O responsvel pelos projetos da Seagrcola averiguou e constatou
que realmente
existe o problema, e que o operador constatou corretamente a
diferena da pea de
acordo com o desenho.
A partir da aplicao da ferramenta, foi definida que a falha est
na programao
feita no software Master Cam, ela ocorreu por que os cdigos,
pontos de referncia,
inseridos no programa no estavam corretos. Ou seja, ao invs de o
leitor realizar o
contorno da pea formando as ondas que eram requeridas no
projeto, foi formado o
bico representado na figura 7, o que como j foi comentado
impossibilitava a
montagem da pea.
O software parte do mtodo empregado para a produo da pea, porm
como
principal responsvel por executar os comandos corretos no
software o operador, foi
identificado um problema na mo de obra tambm. Assim, o plano de
ao ser focado
na qualificao do operador, para que ele garanta o correto
funcionamento do mtodo.
3.5 Proposio de plano de ao
A aplicao da ferramenta 5W2H possibilitou a exposio clara do
plano de
ao (preventivo) proposto evitando futura incidncia do mesmo
problema com a pea.
Para o caso estudado ser proposto ao operador realizar um
treinamento sobre a
programao da mquina, conforme descrio da tabela 2.
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Tabela 2 - Plano de ao do disco dosador
1. O que ser feito?
Capacitar o operador que utiliza o software Master Cam
2. Por qu ser feito?
Para que ele programe o software de forma correta
3. Quando ser feito?
Dia 02/12 at 13/12
4. Como ser feito?
Treinamento terico, por meio de apostilas, e atividade
prtica
5. Quem far?
O operador
6. Onde?
O operador estudar e far a programao da mquina na sede da
empresa Seagrcola
7. Quando ir custar?
Estima-se que o funcionrio estudar 20 horas. Considerando o
custo da hora-homem R$16,23
reais, o custo ser R$324,00.
Fonte: elaborado pelo autor
Propem-se um treinamento de duas semanas (20 horas) ao operador
da maquina
para adquirir maiores habilidades e conhecimentos a respeito do
software Master Cam.
O operador do software que realizar o treinamento ser
acompanhado pelo seu
supervisor, que avaliar o seu desempenho durante o perodo.
Devido impossibilidade
de deixar a empresa para realizar um curso a respeito do
software, o treinamento ser
realizado internamente.
Com a aplicao do plano de ao proposto, o nmero de peas no
conforme
tende a diminuir, chegando prximo a zero. Assim a velocidade de
produo e a
qualidade tende a aumentar, devido ao fato do operador possuir
novos conhecimentos
sobre o software utilizado.
O operador ser avaliado atravs de testes prticos. Nesses testes
ser proposto
ao mesmo a fabricao de diversas peas, onde entre elas estar o
disco dosador. Assim
ser possvel verificar se o operador obteve sucesso durante o seu
treinamento.
-
33
4 DETERMINAO DAS AES CORRETIVAS/PREVENTIVAS
Os discos dosadores de semente produzidos que apresentaram falha
sero
descartados pelos seguintes motivos:
Baixo custo da matria prima;
Tempo de retrabalho elevado, se comparado ao de fabricao de uma
pea nova;
No possuir equipamentos adequados para realizar o
retrabalho;
O material reciclvel.
-
34
CONCLUSO
O presente trabalho cumpriu o objetivo de identificar a causa
raiz de um
problema em uma pea produzida pela empresa Seagrcola, e props um
plano para
solucion-la. Para isso utilizaram-se ferramentas da rea da
qualidade de forma bastante
prtica. O diagrama de Ishikawa foi aplicado envolvendo os
principais conhecedores do
processo e das variveis que causavam o problema.
J a matriz 5W2H do plano de ao foi elaborada a partir da anlise
feita nos
tpicos de mo de obra e mtodo, que foram os causadores da no
conformidade.
Assim, o autor do trabalho pode interagir com as partes
envolvidas no processo, tais
como, operador da mquina, programador dos softwares e responsvel
pela rea,
apresentando-lhes quais aes devero ser tomadas para diminuir as
falhas nos
processo.
Tambm, foi possvel observar que mesmo ferramentas consideradas
bsicas e
de simples utilizao, quando corretamente aplicadas, trazem
resultados as organizaes
e equipes de trabalho.
As aes que foram desenvolvidas pelo estudo esto alinhadas aos
objetivos da
empresa de colocar no mercado produtos de qualidade, a partir de
uma produo enxuta
e com ausncia de retrabalhos.
A empresa acredita que a adeso da utilizao frequente de
ferramentas da
qualidade no seu cotidiano trar benefcios para o desenvolvimento
e crescimento da
empresa no ramos de projetos agrcolas. O objetivo diminuir as
falhas tanto nas etapas
pr e ps-projetos. Desta forma, o presente trabalho pioneiro
dentro da empresa, a
partir do momento que buscou reunir todas as informaes e
analisas antes de decidir
qual parte do processo ser alterada ou retrabalhada.
Para o sucesso da soluo do problema, espera-se que a empresa
aplique o plano
proposto bem como integre essas ferramentas ao seu dia a dia de
trabalho, visando
melhorar continuamente.
Assim, recomenda-se que os mtodos sejam empregados a cada
problema
encontrado, envolvendo as pessoas que podem ter o conhecimento
das causas do
problema. Entende-se que uma aplicao das ferramentas propostas
em outros
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35
problemas que ocorrem na rotina da fbrica garantiriam melhores
resultados alcanados,
de maneira mais rpida e confivel.
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36
REFERNCIAS
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