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MAO ESTAÇÃO DO OFÍCIO
63

TCC fotojornalismo

Aug 03, 2016

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kenia cristina

MAO Estação do Ofício
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MAO EstAçãO dO OfíciO

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índicE

expediente

texto: Brunna Alves, Henrique Coutinho e Kênia Silva

Fotos Antigas: Arquivo do Museu de Artes e Ofícios/ bib-lioteca digital Minas Gerais

Fotos Atuais: Brunna Alves

diagramação: Kênia silva

Professor Orientador: Homero nunes

Estação dos Oficios......................................................................4Contexto, espaço e História........................................................6Antes e depois............................................................................26Museu de Artes e Ofícios..........................................................36Ofícios do Transporte................................................................39Comércio.....................................................................................48Ofícios dos Ambulantes..............................................................50A Proteção do Viajante...............................................................54Jardim das Energias..................................................................56Ofícios da Mineiração.................................................................64Ofícios do Fogo...........................................................................67Ofícios da Madeira.....................................................................70Ofícios da Cerâmica...................................................................77Ofícios do Comércio....................................................................80Ofícios da Lapidação e Ourivesaria..........................................82Ofícios do Couro.........................................................................86Ofícios da Terra.........................................................................96Conservação e transformação dos Alimentos.........................104Ofícios do Fio e do Tecido........................................................110Considerações Finais...............................................................122

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urbano e moderno. Construí-do para abrigar o relógio na torre, inaugurado em 1922, o edifício da estação, hoje o Mu-seu de Artes e Ofícios, tinha estilo eclético, afrancesado para combinar com os jardins europeus desenhados para a praça adiante.

A história ainda daria muitas voltas no entorno da estação antes de abrigar o museu: jardins sacrificados para dar lugar a carros estacionados, ameaça de demolição em nome do próprio progresso que um

dia representou, vandalismo, abandono, descaso e, enfim, o renascimento restaurado e a redescoberta de um dos edifíci-os mais significativos e belos da memória de Belo Horizonte. neste sentido, a escolha do Museu de Artes e Ofícios e da Praça da Estação para este projeto de estudo e reg-istro fotográfico diz respeito à relevância do lugar para a história de Belo Horizonte e também à importância de tão rico equipamento cultural para o centro da capital.

A porta de entrada de Belo Horizonte foi, desde antes da inauguração da capital, a Praça da Estação. Ainda no planejamento das obras o lo-cal foi definido como o ponto de partida, visto que era ali que deviam chegar os comboi-os trazendo os materiais para erguer a Cidade de Minas.

Local baixo no relevo dos morros, plano e aberto, às margens do ribeirão Arru-das, era propício à insta-lação dos trilhos que traziam os trens, os insumos, as pessoas que fariam crescer a nova capital. Também os galpões ao redor, as ofici-nas, o trabalho inicial para demolir o passado e constru-ir o futuro de Minas Gerais.

dos escombros do curral del Rei, do antigo arraial de nos-sa senhora da Boa Viagem do curral del Rei, nasceria uma cidade planejada nos mold-es das grandes capitais do

primeiro mundo, como Wash-ington e Paris. A primeira cidade planejada do Brasil, aos pés da serra do curral, geometricamente traçada na planta do urbanista Aarão Reis, em 1897.

Amplas avenidas, cruzamen-tos bem traçados para circu-lação, uma grade de ruas lon-gas e quarteirões simétricos lançariam a cidade de Minas no mapa da modernidade. Quatro anos mais tarde re-batizada de Belo Horizonte, deixaria o tortuoso e barroco traçado de Ouro Preto nos livros de história, a caminho de uma nova era, republicana e positivista, de progresso e intensa vida urbana.

Para marcar o novo ritmo dos mineiros, foi instalado o primeiro relógio público justa-mente no prédio da Estação central, pois era ali que o ir e vir de pessoas e mercadorias ditariam o novo modo de vida

EstAçãO dOs OfíciOs

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cOntExtO, EsPAçO E HistóRiA

Ouro Preto, a joia do bar-roco mineiro, já não com-portava mais a capital de Minas Gerais. Desenvolvi-mento, comércio, governo, crescimento urbano... tudo era demais para uma ci-dade colonial instalada em fortes ladeiras, com ruas es-treitas e casario antigo. Era necessário transferir a cap-ital para uma região mais centralizada, onde o cresci-mento econômico encontraria espaço para se alastrar.

Definido o local de imensa beleza, águas abundantes, relevo propício e clima ameno, restava acabar com o pequeno povoado do curral del Rei e abrir caminho para a locomo-tiva da modernidade avançar em Minas. Trazer trilhos e trens, construir a Estação central e levar a cabo o em-preendimento de construir a cidade em tempo recorde. fazer surgir entre morros a Cidade de Minas.

Ponto marcante deste proces-so foi a construção dos galpões e do casarão do construtor português Antônio teixeira Rodrigues, o conde de san-ta Marinha, nos arredores da Praça da Estação, em 1896. Um casarão imponente, di-ante dos galpões de alvenar-ia que abrigariam a matéria prima da construção. Ainda de pé, restaurado e belíssimo, o casarão do Conde fica hoje escondido atrás de prédios de igrejas evangélicas e out-doors, às margens dos trilhos do metrô, mesmo lugar onde passam os primeiros comboios que chegaram por ali. também no entorno da praça seria instalada a serraria souza Pinto, importante for-necedora de madeira e insu-mos essenciais para a emp-reitada. Marcando ainda a vocação da Praça da Estação como ponto de partida da fu-tura capital. Edifício também de pé, hoje um espaço cultur-

al, sob os arcos do viaduto Santa Tereza.

Após a inauguração da cidade em 1897, o canteiro de obras continuou a todo vapor, er-guendo prédios e mudando a paisagem. Num processo tão rápido, que já nos anos 20 o prédio original da estação foi demolido para a construção do que hoje abriga o MAO. Inaugurado em 1922, o edi-fício teve projeto do arquiteto Luiz Olivieri e do engenheiro caetano Lopes e foi executado com a colaboração do engen-heiro Antônio Gravatá.

Na década de 40 a Estação central acabou sendo re-stringida ao transporte de cargas e trens urbanos devido ao grande desenvolvimento do transporte rodoviário, a população começou a utilizar ônibus, automóveis e aviões. A praça então denominada Rui Barbosa, em homenagem ao grande jurista brasilei-ro, começou a desfazer-se da área de jardins, devido a duplicação da Avenida dos Andradas, com a instauração das novas pistas anexadas ao Ribeirão Arrudas.

A adaptação e evolução urbana que a cidade sofreu com o pas-sar dos anos, devido ao grande crescimento da cidade fez com que fossem necessárias diver-sas obras na região central da cidade. A duplicação da Aveni-da dos Andradas, entre as ruas caetés e Guaicurus, com a con-strução de uma nova pista jun-to ao Ribeirão Arrudas, demon-strando claramente um grande desenvolvimento estrutural de mobilidade urbana, diante do crescimento acelerado da nova capital do Estado.

também como exemplo deste processo, a perda das referên-cias artísticas e arquitetôni-cas da região foi representada pela transferência da es-tatuária original da praça e da estação para outros locais da cidade. As estátuas de dois ti-gres dente-de-sabre – chama-dos de leões incorretamente pelos livros históricos – foram para o Zoológico na década de 60 e, a retirada dos cara-manchões, de um dos lagos e a transferência das esculturas representativas das estações inverno e Outono para a Praça Afonso Arinos, em 1969 as esculturas em mármore que

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figuravam a Primavera e o Verão foram transferidas para o Palácio da Liberdade. A de-sculpa utilizada foi que esta-vam ameaçadas pelo péssimo estado de conservação, mas a mudança também foi pressio-nada pelo reordenamento do trânsito na região que atingiu boa parte dos jardins da praça e seu entorno.

A criação da Empresa Bra-sileira dos transportes Ur-banos EBTU, em 1975 é uma impulsionadora da implan-tação das empresas Metro-politanas de transportes Ur-banos. A Praça da Estação volta a ser um local de man-ifestações políticas, comícios e passeatas. Um espaço de interlocução entre a sociedade civil e o governo, apesar da praça ser maltratada.Nos anos 80 a Praça Rui Barbo-sa foi ameaçada de demolição, a proposta veio da Geipot, Metrobel e EBTU. Querendo demolir o conjunto arquitetôni-co da praça, com a instalação de terminais de ônibus para a in-tegração com o metrô. O início da campanha pela preservação do acervo urbanístico da Praça Rui Barbosa, foi liderada pelo

instituto dos Arquitetos do Bra-sil IAB/MG. Grupos de defesa do patrimônio cultural se mo-bilizaram em um movimento pioneiro em Belo Horizonte, de proteção e recuperação de um espaço urbano, historicamente significativo para o Estado.

Para planejamento e oper-ação dos sistemas de trens metropolitanos de algumas capitais, inclusive Belo Hori-zonte, foi criada em 1984 a companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). No ano seguinte, foi definida por lei municipal, a Lei de Uso e Ocupação do solo de Belo Horizonte, do perímetro da Área de Proteção do conjunto da Praça Rui Barbosa, em re-sultado da ação da sociedade civil em defesa da praça.

Entra em operação comercial pelo demetrô, o trem metro-politano em 1986, o trajeto ligava a Estação da Lagoinha a do Eldorado. O trecho Lago-inha a Estação central, ocorre no ano seguinte, com o metrô utilizando o leito e os trilhos ferroviários, os prédios das antigas estações da central do Brasil e Oeste de Minas, como

ponto de parada.

A homologação do tomba-mento estadual do conjunto Paisagístico e Arquitetônico da Praça Rui Barbosa acon-tece em 1988, logo depois se iniciou o processo de restau-ração do prédio da Estação central e dos armazéns da Rede Ferroviária. Desde en-tão, a praça é utilizada pelo poder público para promoção de festas populares como forró de Belô, réveillon, car-naval, shows artísticos, entre outros eventos e pela popu-lação para manifestações cul-turais e políticas.

com a depredação das estátu-as femininas e a ninfa das fon-tes do lago da Praça, em 1996, aumentaram os protestos con-tra a depredação e o abandono da praça. Daí abriu-se concor-rência para o financiamento de sua reforma, em troca da exploração do local pela inicia-tiva privada.

Após o governo estadual ad-quirir o antigo prédio da antiga serraria souza Pin-to, que era utilizada como estacionamento e tinha uma

oficina mecânica, o local es-tava destinado a torna-se um centro cultural, como de fato é até hoje. Em 1997, foi inaugurada a nova serraria souza Pinto, restaurada e revitalizada como um espaço para a realização de eventos e de uso cultural diversifica-do. No ano seguinte, ocorreu o tombamento municipal do conjunto Urbano da Praça Rui Barbosa e adjacências, aprovado pelo conselho de-liberativo do Patrimônio cul-tural de Belo Horizonte.

Em 2002, a empresária Ânge-la Gutierrez divulgou o projeto de instalação de um Museu de Artes e tradições Populares, na área da Praça da Estação e começaram as obras de recuper-ação do Viaduto da Floresta. O passo seguinte foi o retorno das estátuas, que voltariam com a revitalização da região e insta-lação do equipamento cultural mais importante da área, o Mu-seu de Artes e Ofícios, com a exceção da escultura represent-ativa da estação Outono que desapareceu misteriosamente da Praça Afonso Arinos, de onda foi furtada.

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ESTAçãO FERROVIáRIA - 1920 VistA fROntAL dO PRédiO dA EstAçãO fER-ROViÁRiA dA AntiGA EfcB EM BELO HORiZOntE

ESTAçãO FERROVIáRIA - 1981 PRAçA DA ESTAçãO - 1981

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RUA SAPUCAí - 1981 PRAçA DA ESTAçãO - ANOS 20

ESTAçãO FERROVIáRIA - 1920PRAçA DA ESTAçãO - 1945

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ESTAçãO FERROVIáRIA - 1961PRAçA DA ESTAçãO - ANOS 60

PRAçA DA ESTAçãO - DéCADA DE 60 PRAçA RUI BARBOSA - ANOS 40

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PRAçA DA ESTAçãO - DéCADA DE 20

PRAçA DA ESTAçãO - DéCADA DE 60RUA SAPUCAí - 1927

PRAçA DA ESTAçãO - 1947

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https://www.google.com.br/maps/@-19.9169376,-43.9333864,689a,20y,90h/data=!3m1!1e3

disponível para acesso em:

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AntEs E dEPOis

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Após anos de abandono e in-tempéries, o edifício da Es-tação central de Belo Hori-zonte renasceu em forma de Museu. Com a restauração e reforma do entorno, sua beleza voltou a se destacar no centro da capital, abrigando então um imenso acervo histórico e a alcunha de Museu de Artes e Ofícios, o MAO.

A história da criação do museu pode ser aqui recontada com a ajuda de fátima Andrade, co-ordenadora de comunicação do MAO. Entrevistada em 2016, ela nos contou sobre como o museu nasceu da vontade de Ângela Gutierrez de tornar pú-blica a coleção de mais de 2500 peças reunidas por sua família há mais de 50 anos.

doada ao patrimônio público federal, a coleção conta com peças originais dos séculos xViii ao xx, um acervo rep-resentativo da história do trabalho pré-industrial no Brasil. A criação do museu recebeu também o apoio do Ministério da cultura e da

cBtU (companhia Brasileira de Trens Urbanos).

O local escolhido para imple-mentar o MAO, foram os edifíci-os da antiga Estação ferroviária central, no centro da capital de Minas Gerais. Concluída a primeira etapa do projeto em 2002, com a assinatura do Ter-mo de compromisso de doação do acervo à União, envolvendo a restauração do prédio e a aber-tura da exposição temporária.

As obras primordiais do MAO, foram concluídas após mais três anos de trabalho, que seriam a adaptação das plataformas para receber as galerias expos-itivas, a restauração do prédio da Estação da Oeste de Minas. A organização da exposição fixa, ações de pesquisa e seguimento do projeto de conservação e ma-nutenção do acervo. Nas pala-vras de Ângela Gutierrez: “Cada visitante dá sentido a cada ob-jeto, a partir de sua vivência, memórias e referências”.

como o museu foi instalado em uma Estação ferroviária

MUsEU dE ARtEs E OfíciOs ainda ativa, por onde passam centenas de pessoas diaria-mente, a circulação na área permite aos usuários do trans-porte conviver com a arte e a história do trabalhador bra-sileiro. A integração entre o museu e a estação, fazem com que o passageiro seja também visitante, peças de grande porte como as canoas e alambiques são expostas em plataformas desativadas e um jardim museu abriga as outras peças de antigos engenhos. Há também as galerias do acervo permanente e os espaços para as exposições temporárias.

neste sentido, pode-se diz-er que o museu, inaugurado em 14 de dezembro de 2005, mudou a realidade do centro de Belo Horizonte, trazendo de volta referências da ocu-pação territorial, urbanística e paisagística. Renovando a in-fraestrutura urbana e as redes de utilidade pública da capital.

com a abertura ao público no dia 10 de janeiro de 2006, O MAO se tornou o primeiro e único museu da América Lati-na dedicado absolutamente ao tema, um espaço cultural que

abriga e transmite um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofíci-os do país, um ganho artístico e cultural para Minas Gerais e para o Brasil. Para realçar este sentimento, fátima An-drade destacou a visão de An-gela Gutierrez: “A partir de um acervo de caráter histórico, o Museu faz sua inserção na con-temporaneidade e se projeta para o futuro, permitindo difer-entes perspectivas de reflexão sobre o universo e as relações sociais do trabalho.”

A coleção mostra as tecnologias de produção que deram origem as profissões contemporâneas, permitindo ao visitante fazer uma viagem aos fazeres, ofícios e artes dos últimos três séculos. Entre as profissões estão a de barbeiro, carpinteiro, vendedor, dentista, cozinheira, funilei-ro, mineiro, ourives, queijeiro, tecelã entre outros. Pode-se destacar na coleção, por exem-plo, uma carpintaria inteira do século xViii, movida a água, uma balança de pesar escravos do século xViii, proveniente da Bahia, além do módulo dedicado ao couro e à mineração. Consid-eradas algumas das peças mais

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OFÍCIOS DO TRANSPORTE

cAnOA cOM REMO – sécULO xx

cOVO sécULO xx

cARRAncA sécULO xx

importantes do MAO, segundo Fátima Andrade.

A proposta museológica, desen-volvida sob a curadoria de célia corsino, realizou-se por meio de uma linguagem expositiva e inovadora, com uma rica icono-grafia e o uso de novas tecno-logias. Segundo a museóloga, “cada grupo de ofícios tem um equipamento multimídia que permite ao visitante, de forma interativa, aprofundar em vári-os níveis as informações dos painéis expositivos”.

Para garantir e manter os padrões de conservação e apresentação da exposição de longa duração do MAO, dia-riamente é feito um monitora-mento ambiental, adequação dos índices de temperatura, umidade, higienização, im-unização e tratamentos das peças do acervo permanente.

são muitas as ações realizadas pelo MAO: contribuição para ampliação da oferta de ações e equipamentos culturais ex-istentes no entorno da Praça da Estação, conservação da edificação tombada dos prédi-os das antigas Estações fer-

roviárias centrais do Brasil e da Rede Mineira de Viação no âmbito estadual onde o museu está situado, aproximação do patrimônio cultural ao cotidi-ano das pessoas difundindo a valorização e a preservação patrimonial, cultural, artística e da memória.

O Museu de Artes e Ofícios é um espaço vivo, organizado, com uma sofisticação estética, acessível, com agenda educati-va e multidisciplinar. Além de valorizar o trabalhador bra-sileiro, com registros de um importante legado social, hu-mano e econômico do país.

A revitalização da região da Praça da Estação que foi re-unificada à Praça Rui Barbo-sa e teve o entorno reformula-do com a criação do Boulevard Arrudas e um completo trata-mento paisagístico realiza-do na região, consolidou um espaço reservado para even-tos, manifestações culturais e políticas, contribuindo para a valorização econômica e so-cial da região do hipercentro de Belo Horizonte, inserin-do-o no complexo cultural e turístico da cidade.

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tROPEiRO ARRiAndO A MOntARiA / sELA E BRidãO cOM RédEA sécULO xx

PAR dE EsPORAs sécULO xViii / xix

cAnGALHA E ALfORJEs sécULO xix / xx

cAnAstRA sécULO xix

cOfRE sécULO xix

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POntEiRA sécULO xViii

cAncA sécULO xix/xx

cARRO dE BOi sécULO xix/xx

cARRO dE BOdE sécULO xx

cOnJUntO dE cAnGAs sécULO xix E xx

USADAS PARA JULGO DO ANIMAL.

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cOMéRciO

PEsOs sécULO xx

BALAnçAs sécULO xix

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OfíciOs dOs AMBULAntEs

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cHARREtE sécULO xix/xx

cAnAstRAs sécULO xix/xx

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A PROtEçãO dO ViAJAntEEsPinGARdA sécULO xx

indUMEntÁRiA dE VAQUEiRO sécULO xxBEstA sécULO xix

sABRE sécULO xix/xx

fAcA E fAcãO sécULO xix/xx

RifLE sécULO xx

EsPinGARdA dE PEdERnEiRA sécULO xix/xx

LUnEtA sécULO xix

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JARdiM dAs EnERGiAs

MOinHO dE fUBÁ ROdA d’ÁGUA

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ROdA d’ÁGUA

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cARROçãO MOVidO POR JUntA dE BOis, UsAdO PARA O tRAnsPORtE dE MAdEiRA

sécULO xViii / xix

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OfíciOs dA MinERAçãO

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OfíciOs dO fOGO

PicAREtAs sécULO xx

EnxAdAs sécULO xix

BAtEiAs sécULO xix

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OFÍCIOS DA MADEIRA

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OFÍCIOS DA CERÂMICA

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OFÍCIOS DO COMÉRCIO

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OFÍCIOS DA LAPIDAÇÃO E DA OURIVESARIA

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OFÍCIOS DO COURO

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OFÍCIOS DA TERRA

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niVELAdORA dE sOLO – fERRO sécULO xx

ALAMBiQUEs – PEdRA sABãO E cOBRE sécULO xViii / xix

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OfíciOs dA cOnsERVAçãO E tRAnsfORMAçãO dOs ALiMEntOs

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cOZinHA BRAsiLEiRA

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OfíciOs dO fiO E dO tEcidO

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tações populares, encontros e a famosa (Praia da Estação). na região ocorre também o duelo de mc’s debaixo do Vi-aduto santa tereza, os even-tos na serraria souza Pinto e vários restaurantes que surgi-ram na Rua Sapucaí. no livro diagramado pela Kênia, fizemos uma com-paração, de como era antig-amente a região e o edifício do museu com fotos atuais, mostrando os avanços, urban-ização e revitalização. Através das fotos, é possível fazer uma viagem, tanto ao passado quanto ao rico acervo do MAO.

Dificuldades encontramos, mas continuamos na busca de informações, fotos, material, até a última semana, para que tudo saísse da forma que esperávamos. E em menos de seis meses, conseguimos con-cluir o projeto.

fazer esse trabalho além de nos proporcionar um conheci-mento de tudo que aconteceu desde a fundação, é um resgate da memória cultural de Belo Horizonte e assim podendo contribuir para os estudantes que queiram se inteirar do assunto, para pesquisas e tra-balhos acadêmicos.

nesse projeto produzimos um livro de fotojornalismo digital, sobre um importante complexo cultural da capital, a Praça da Estação e o Museu de Artes e Ofícios. Nós tínhamos em mente, que queríamos fazer um projeto de fotojornalismo ligado há algum equipamento cultural da capital.

A escolha do Museu de Artes e Ofícios, foi devido ao curioso fato de centenas de pessoas passarem na porta do Museu e terem o contato direto com o acervo do MAO, através da plataforma na Estação cen-tral. Grande parte da popu-lação que transita por ali, nem sabe o que funciona no prédio, perdendo a oportunidade de visitar um Museu que comple-tou dez anos em 2016 e con-hecer os primeiros ofícios do trabalhador brasileiro.

no decorrer do trabalho, a Brunna despertou a necessi-

dade e a vontade, de fazer um curso de fotografia, para estar mais próxima do projeto e do complexo cultural, assim foto-grafando o acervo do MAO e o entorno, Praça da Estação.

A partir daí, começamos o pro-cesso de apuração, fizemos vis-itas ao MAO, fomos atrás das fotos antigas, tivemos acesso aos arquivos da cBtU, rela-cionados a reforma do Museu. Abordamos o Jornalismo cul-tural, teoria da nova história e a Teoria Etnográfica, que serviram como base específica do projeto.

contamos a história, desde o início da construção de Belo Horizonte, até chegar no nos-so objetivo, a implantação do MAO, que representou a com-plementação da Praça, con-solidando a região como pólo cultural e turístico. é possível notar a diferença após a revi-talização, através de manifes-

cOnsidERAçÕEs finAis

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MAO Estação do Ofício| página 124