Top Banner
ÓRBITA Radiologia e Diagnóstico por Imagem R2 Izabela Cristina de Souza R2 Rodrigo dos Santos Ferrari
76

Tc órbita aula

Jun 09, 2015

Download

Documents

Norberto Werle
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: Tc órbita aula

ÓRBITARadiologia e Diagnóstico por Imagem

R2 Izabela Cristina de SouzaR2 Rodrigo dos Santos Ferrari

Page 2: Tc órbita aula

ANATOMIA

Page 3: Tc órbita aula

ANATOMIA

• Canal óptico• Fissura orbital superior

– V. orbital superior.– N. oculomotor (III), troclear (IV), abducente (VI) e divisão

oftálmica do trigêmeo (V1).– Conduto para seio cavernoso.

• Fissura orbital inferior– N. infraorbital (ramo de V2), zigomático– Conexão venosa entre a v. oftálmica superior e o plexo

pterigoide.– Conexão com a fossa pterigopalatina e espaço

mastigatório/fossa infratemporaldisseminação de processos faciais profundos.

Page 4: Tc órbita aula

ANATOMIA

• Globo ocular– Retina– Coroide– Esclerótica– Segmento anterior

• Câmara anterior• Câmara posterior

– Segmento posterior• Cavidade vítrea

Page 5: Tc órbita aula

ANATOMIA

– Reto Superior– Reto Inferior– Reto Medial– Reto Lateral– Oblíquo Superior– Oblíquo Inferior– Levantador da pálpebra

Page 6: Tc órbita aula

ANATOMIA• Nervo óptico

– Segmento orbital é coberto pelas mesmas bainhas meníngeas do cérebro.

– <4mm

• Septo orbital– Membrana desde os

tarsos até as margens das órbitas.

Page 7: Tc órbita aula

ANATOMIA

• Glândula lacrimal– Espaço extraconal.– Sobre os ms. levantador da

pálpebra e reto lateral.– Saco lacrimal Ducto lacrimal

válvula de Hasner (inferior ao corneto nasal inferior).

Page 8: Tc órbita aula

ANATOMIA

• Artéria Oftálmica– Carótida interna em sua saída no

seio cavernoso.– Canal óptico.– Cruza o N.Óptico superiormente.

• Carótida externa• Veia Oftálmica Superior

– > veia visualizável à TC ou RM.

Page 9: Tc órbita aula

TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM

• TC: – Delineamento de estruturas ósseas e de calcificações.– Requer tempo curto de aquisição.

• RM:– Contraste de tecidos moles superior à TC.– Importante para avaliar anormalidades intracranianas e

nervo óptico.• Angiografia por TC ou RM

Page 10: Tc órbita aula

TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM

• TC:– Espessura de corte= 1mm– Intervalo de reconstrução= 0,5mm– Extensão da aquisição=

• Superior: pelo menos 1cm acima do teto orbitário• Inferior: pelo menos 1cm abaixo do assoalho orbitário

– Aquisição craniocaudal– Sem angulação do Gantry (paralelo a linha infraorbitomeatal)– Fases pré e pós-contraste

• 50-70ml• Dçs inflamatórias, infecciosas, neoplásicas e vasculares.

Page 11: Tc órbita aula

TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO DE IMAGEM

• TC:– Analisar as imagens com filtro ósseo e de partes moles.– Imagens coronais:

• Estruturas em transversal• Obrigatório para avaliar disseminação de processos a partir

de estruturas vizinhas. – Suspeita de varizes orbitais sem e com Manobra de Valsalva.

Page 12: Tc órbita aula
Page 13: Tc órbita aula
Page 14: Tc órbita aula
Page 15: Tc órbita aula
Page 16: Tc órbita aula
Page 17: Tc órbita aula

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

• Localizar a lesão:– Globo ocular– Complexo nervo óptico-bainha– Espaço intracone– Espaço extracone

• Associação ou não com glândula lacrimal– Intra e extracone: tratamentos diferentes– Lesões da glândula lacrimal são mais comumente processos

inflamatórios benignos.

Page 18: Tc órbita aula

TRAUMATISMOS• TC é a modalidade de escolha.• Fratura das paredes orbitais (mais frequente).• Hemorragia de globo ocular.• Lesões penetrantes.• Contusão ou avulsão da bainha do nervo óptico.• Fratura por explosão:

– ↑ da pressão intraorbital transmitida às paredes orbitais.– Paredes inferiores e mediais.– Conteúdos de tecidos moles podem herniar

encarceramento muscular.• Corpos estranhos

– Presença de ar

Page 19: Tc órbita aula
Page 20: Tc órbita aula

INFECÇÕES• Extensão direta a partir de estruturas adjacentes ou via

hematogênica. – Sinusite ou celulite periorbitária superficial da face.– Crianças: a partir de células etmoidais.– Adultos: a partir do seio frontal.– Streptococcus pneumoniae e estreptococo ᵦ-hemolítico.

• Pré-septal ou extracone ATB.• Pós-septal ou intracone risco de lesão neurovascular e de

disseminação intracraniana.• Identificar abscessos orbitais intervenção. • TC é a escolha alterações inflamatórias de tecidos moles,

coleções líquidas/abscessos, alterações ósseas (osteomielite).

Page 21: Tc órbita aula

Abscesso subperiosteal da órbita superior.

Abscesso subperiosteal extracone.

Page 22: Tc órbita aula

OFTALMOPATIA ASSOCIADA À TIREÓIDE

• Processo inflamatório dos músculos extraoculares e dos tecidos conectivos periorbitais.

• Graves, Hashimoto, carcinoma da tireoide e a irradiação do pescoço.

• Aumento fusiforme dos músculos extraoculares, sendo poupadas as fixações tendíneas(difícil de diferenciar quando há grande aumento do músculo) reto inferior, reto medial e complexo reto superior levantador da pálpebra.

• Alterações inflamatórias no tecido adiposo intraorbital.• Bilaterais, pode ser assimétrico.• Compressão secundária da bainha do nervo óptico.

Page 23: Tc órbita aula

OFTALMOPATIA ASSOCIADA À TIREÓIDE

Page 24: Tc órbita aula

PSEUDOTUMOR ORBITAL

• Doença inflamatória orbital idiopática.• Processo inflamatório dos músculos extraoculares (difusamente)

e dos tecido adiposo periorbitais.• Raro envolver outras estruturas orbitais.• Com frequência unilateral e há extensão às fixações tendinosas.• Doloroso.• Resposta rápida aos esteróides.

Page 25: Tc órbita aula

PSEUDOTUMOR ORBITAL

Page 26: Tc órbita aula

SARCOIDOSE

• Pode acometer qualquer parte da via óptica.• Comumente glândulas lacrimais, camada anterior do globo

ocular e as pálpebras.• Pode simular pseudotumor.

T1 axial com gadolíneo T1 axial com gadolíneo

QuiasmaPedúnculo

cerebral

Corpo geniculado

lateralColículo superior

Page 27: Tc órbita aula

GRANULOMATOSE DE WEGNER

• Envolvimento orbital ocorre em cerca de 50% dos pacientes.• Qualquer estrutura orbital pode ser afetada episclerite,

esclerite, uveíte, vasculite do nervo óptico, oclusão da artéria da retina, obstrução do ducto nasolacrimal.

• TC :– Nódulos ou infiltrado inespecíficos no espaço retrobulbar.– Realce pelo contaste presente.

• RM:– Massas retrobulbares podem demonstrar hipodensidade

acentuada (não específico).

Page 28: Tc órbita aula

NEURITE ÓPTICA

• Inflamação inespecífica do nervo óptico infecções, doenças granulomatosas, pseudotumor, estado pós-radiação ou doenças desmielinizantes, idiopática.

• 50% dos pacientes esclerose múltipla.• RM:

– Intensificação pelo contraste e prolongamento no tempo de T2.– Incluir o cérebro inteiro na avaliação.

Spin-eco rápido com recuperação da inversão

Page 29: Tc órbita aula

LINFOMA

• Neoplasia mais comum (50%); tipo LNH cel B;

• TC/RM – massa bem definida no cone muscular; Pode massa extra-orbitária ou infiltração difusa do tecido gorduroso orbital;

• Pode acometer glândula lacrimal;

• DDX – pseudo-tumor e mtx;

NEOPLASIAS

Page 30: Tc órbita aula
Page 31: Tc órbita aula
Page 32: Tc órbita aula

GLIOMA ÓPTICO

• Crianças (2-6a); Associação com neurofibromatose tipo 1;

• Benignos (minoria é agressivo);

• Envolve o aparelho óptico anterior;

• Não são lesões calcificadas;

• RM – melhor exame – avalia extensão intracraniana;

Page 33: Tc órbita aula

• RM – avalia extensão intracraniana;

• T1 hipointensa e hiper em T2; não sofre ou sofre tenue realce pelo contraste;

• TC – avalia alterações ósseas e expansão para canal óptico;

Page 34: Tc órbita aula

MENINGIOMA DA BAINHA DO NERVO ÓPTICO

• 7% dos tumores orbitais; mulheres; associação com neurofibromatose tipo 2;

• Sofrem realce pelo contraste; geralmente contem calcificações;

• RM escolha;

Page 35: Tc órbita aula

• Cortes axiais - aparência em trilhos de trem

Page 36: Tc órbita aula

• Dilatação fusiforme da bainha nervosa

Page 37: Tc órbita aula

MELANOMA

• Lesão ocular com origem no trato uveal, podendo estender-se para o restante da órbita;

• TC – massas focais de tecido mole com realce leve a moderado;

• RM – lesão hiperintensa em T1 e hipo em T2;

• Sofrem realce pelo contraste;

Page 38: Tc órbita aula
Page 39: Tc órbita aula
Page 40: Tc órbita aula

METÁSTASES

• Ca mama e pulmão;

• Crianças – neuroblastoma, leucemia, Ewing;

• Imagens – espessamento focal do globo ocular; lesões destrutivas;

Page 41: Tc órbita aula
Page 42: Tc órbita aula
Page 43: Tc órbita aula

RETINOBLASTOMA

• Lactentes;

• Diagnóstico precoce – sobrevida 90% em 5 anos;

• Se houver extensão além do globo ocular – mortalidade 100%;

• Pode ser uni/bilateral ou ainda “trilateral” – bilateral + linha média;

• São lesões com calcificações; sofrem realce pelo contraste

Page 44: Tc órbita aula
Page 45: Tc órbita aula

RABDOMIOSARCOMA

• Crianças;

• TC – massa de tecidos moles com realce pelo contraste, apresentando destruição óssea associada;

• RM – iso/hipointenso T1 e iso/hiperintenso T2;

Page 46: Tc órbita aula
Page 47: Tc órbita aula

HISTIOCITOSE DE CEL. LANGERHANS

• Não é uma neoplasia; transtorno reticuloendotelial sem causa conhecida;

• Mais comum em crianças;

• Imagens podem simular o rabdomiosarcoma;

• TC - massa de tecidos moles iso/hiperdensa com realce pelo contraste e frequentemente há alterações ósseas líticas associadas;

• RM - massa de tecidos moles iso/hipointensa em T1 e iso/hiperintensa T2;

Page 48: Tc órbita aula

TERATOMA

• Lesão benigna - rara na órbita;

• Massa contendo elementos endo/meso/ectodérmicos;

• Geralmente tem calcificações e ocorre em neonatos;

Page 49: Tc órbita aula
Page 50: Tc órbita aula

ANORMALIDADES VASCULARES

FÍSTULA CAROTIDOCAVERNOSA

• Comunicação entre carótida e seio cavernoso, dividida em 2 tipos:

• Direta = Carótida interna – seio cavernoso ( + comum) – ruptura da carótida ;

• Indireta = Carótida externa – seio cavernoso;

• Direta x Indireta – Angiografia;

Page 51: Tc órbita aula

• TC/RM – proptose, ingurgitamente da veia oftálmica superior e das veias facais;

Page 52: Tc órbita aula

VARIZES VENOSAS

• Dilatações das veias orbitais; a veia oftálmica superior é a mais acometida;

• TC com contraste sem e com valsalva – visualiza-se veia grande, tortuosa ou confluência de pequenas veias lobuladas, que sofre realce pelo contraste;

Page 53: Tc órbita aula
Page 54: Tc órbita aula

HEMANGIOMAS

• 2 tipos: cavernosos e capilares;

• CAVERNOSOS – massa orbital mais comum (intraconal, encapsulados, com margens bem definidas); ocorre em adultos;

• TC – hiperdensos com realce pelo contraste; pode flebólitos;

• RM – T1 – variável, se hiperintenso ( pensar em trombose); T2 – hiperintenso; realce pelo contraste;

Page 55: Tc órbita aula
Page 56: Tc órbita aula

• CAPILARES – lactentes/ 1ª ano; tendem a regredir com a idade; suprimento arterial via sistema carotídeo;

• TC – massa lobulada hiperdensa e com realce pelo contraste;

• RM – massa lobulada; T1 – isointensa; T2 – hiperintensa;

Page 57: Tc órbita aula

LINFANGIOMA

• Malformação vascular linfática;

• Crianças (1ª década);

• Intra/extraconais;

• TC – lesão mal definida, heterogênea, multilobulada, septada; realce variável; calcificações podem ocorrer;

• RM – T1 e T2 – hipo/hiperintensa;

Page 58: Tc órbita aula
Page 59: Tc órbita aula
Page 60: Tc órbita aula

ANORMALIDADES/ANOMALIAS

CONGÊNITAS E DO

DESENVOLVIMENTO

Page 61: Tc órbita aula

• COLOBOMA – defeito congênito do globo ocular na inserção do nervo óptico; pode ser bilateral;

• TC/RM – evaginação cística do vítreo no local onde o nervo óptico se fixa; pode ocorrer cisto retro-ocular associado;

Page 62: Tc órbita aula

• DOENÇA DE COATS – malformação vascular congênita da retina, caracterizada por múltiplos vasos telangiectásicos;

• TC – hiperdensidade em parte ou em todo o vítreo; raro calcificações;

• RM – T2 – hiperintensa

• Realce das partes descoladas da retina é comum

Page 63: Tc órbita aula

• CISTOS DERMÓIDES – lesões benignas mais comuns na órbita;

• 1ª década;

• Local mais comum – sutura frontozigomática e fossa lacrimal;

• Cistos com paredes definidas, com realce variável. Contém tecido adiposo (nível gordura-líquido – patognomônico);

• RM – T 1 - hiperintensa;

Page 64: Tc órbita aula
Page 65: Tc órbita aula

• CISTOS EPIDERMÓIDES – não contém gordura;

• RM – T1 – hipointenso, mas pode ser hiperintensas se hemorragia ou infecção;

Page 66: Tc órbita aula

CONDIÇÕES DEGENERATIVAS

• Calcificações dos músculos ciliares ou das inserções dos músculos extraoculares:

Page 67: Tc órbita aula

• TÍSICA BULBAR – estágio final de qlq lesão do globo ocular;

• Globo ocular diminuído, atrofiado e deformado, calcificações são comuns;

Page 68: Tc órbita aula

• DRUSAS DO NERVO ÓPTICO – coleções de material hialino no disco óptico; calcificações são comuns;

• A lesão pode se evidenciar por abaulamento do disco óptico (pseudopapiledema);

• 75% casos são bilaterais;

Page 69: Tc órbita aula

• DESLOCAMENTO DA RETINA E DA COROIDE – 3 camadas do globo ocular = membrana hialina posterior, retina sensorial, camadas de epitélio pigmentado da retina;

• Deslocamento posterior – separação da membrana hialina da retina sensorial;

• Deslocamento da retina – separação da retina sensorial do epitélio pigmentado;

• Deslocamento coroidal – separação da coróide da esclera;

• Geralmente a retina fixa-se em forma de V, com uma pequena fixação no disco óptico;

Page 70: Tc órbita aula
Page 71: Tc órbita aula

• ESTAFILOMA – evaginação focal dos revestimentos escleróticos uveais do globo ocular; defeito adquirido por fraqueza dos revestimentos uveais;

• Evaginação está localizada fora do centro do disco óptico, tipicamente em posição temporal;

• Associação com glaucoma, trauma, infecção ocular anterior;

Page 72: Tc órbita aula

GLÂNDULA LACRIMAL E APARELHO LACRIMAL

• Processos inflamatórios (mais comuns), neoplásicos e traumáticos;

• Aumento glandular é comum a várias patologias;

• Realce pelo contraste não diferencia lesão benigna de maligna;

• ADENITE VIRÓTICA AGUDA – em jovens; GRANULOMATOSE DE WEGENER; DOENÇAS AUTOIMUNES (Sjogren...)

Page 73: Tc órbita aula

TUMORES

• Adenoma pleomórfico (tumor mixóide benigno);

• Adenocarcinoma adenoide cístico;

• Carcinoma mucoepidermoide/Adenorcarcinoma;

• Linfoma;

• TC – realce variável; lesão óssea associada;

Page 74: Tc órbita aula

ENVOLVIMENTO INDIRETO DA ÓRBITA E DAS VIAS ÓPTICAS

• Lesões da sela turca e das regiões parasselares podem acometer a órbita;

• DDX – macroadenoma hipófise, meningioma, craniofaringioma, mtx, aneurismas....

Page 75: Tc órbita aula
Page 76: Tc órbita aula

FIM !!!