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Tabela de processadores: AMD rtigo sobre os processadores Intel , trazemos a você nesta semana o correspondente da AMD. Desde suas fundações, AMD e Intel escrevem a história da tecnologia, com sua constante briga pela liderança do mercado de processadores. Felizmente, nós consumidores somos os maiores beneficiados por essa guerra saudável e permanente entre as duas maiores fabricantes de processadores do mundo. A AMD foi fundada em 1969, construindo seu escritório central no estado da Califórnia, EUA. Em 1970, a empresa lançou seu primeiro produto, o AM2501, um chip que fazia cálculos lógicos. Foi o começo de uma estrada de sucesso, que pode ser observada hoje, já que a empresa faz frente aos processadores mais poderosos da Intel, inclusive causando muita polêmica sobre qual das duas empresas fabrica os melhores equipamentos. Antes de qualquer coisa, se você quiser ver de uma só vez todas as tabelas contidas neste artigo, clique na imagem abaixo (uma nova aba ou janela do seu navegador será aberta).
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Tabela de processadores

Aug 04, 2015

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Technology

José Carlos
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Page 1: Tabela de processadores

Tabela de processadores: AMDrtigo sobre os processadores Intel, trazemos a você nesta semana o

correspondente da AMD. Desde suas fundações, AMD e Intel

escrevem a história da tecnologia, com sua constante briga pela

liderança do mercado de processadores. Felizmente, nós

consumidores somos os maiores beneficiados por essa guerra

saudável e permanente entre as duas maiores fabricantes de

processadores do mundo.

A AMD foi fundada em 1969, construindo seu escritório central no

estado da Califórnia, EUA. Em 1970, a empresa lançou seu primeiro

produto, o AM2501, um chip que fazia cálculos lógicos. Foi o começo

de uma estrada de sucesso, que pode ser observada hoje, já que a

empresa faz frente aos processadores mais poderosos da Intel,

inclusive causando muita polêmica sobre qual das duas empresas

fabrica os melhores equipamentos.

Antes de qualquer coisa, se você quiser ver de uma só vez todas as

tabelas contidas neste artigo, clique na imagem abaixo (uma nova aba

ou janela do seu navegador será aberta).

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Definições

Alguns termos usados neste artigo podem gerar dúvidas. Veja o que

eles significam.

Clock - frequência em Hertz na qual o processador trabalha.

Chamado também coloquialmente de "velocidade" do processador.

Black Edition - edição de um processador que possui o multiplicador

desbloqueado, facilitando o overclock.

HyperTransport - é o barramento do processador. A AMD não utiliza

a notação FSB (Front Side Bus) em seus processadores mais

recentes.

O motivo das rivalidades atuais “à la Brasil X Argentina” entre AMD e

Intel, e também entre os usuários que preferem uma ou outra marca,

não é completamente sem fundamento. A explicação está no fato de

que, no início da década de 1980, a IBM tinha somente um fornecedor

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de chips, que era a Intel. Isso ia de encontro às políticas da empresa,

e fez com que a IBM cobrasse uma atitude da Intel.

Assim, em 1982, a AMD firmou um contrato com a Intel para se tornar

a segunda fornecedora de chips licenciada para a IBM. Até hoje,

apesar de não conhecerem esse fato, muitos usuários discutem aos

tapas, defendendo a AMD e afirmando que seus processadores são

melhores que os da Intel. Por outro lado, os fãs da Intel argumentam

que a AMD começou à sombra da Intel, e lá permanecerá.

A verdade é que o primeiro processador da AMD era uma cópia

perfeita do Intel 8080 (tecnologia anterior à x86), criado através de

engenharia reversa. Era só o início das “cópias”, já que a AMD, como

segunda fornecedora de chips da IBM, faria processadores idênticos

aos modelos da Intel que ainda seriam lançados. Para cada

processador x86 lançado pela Intel, um correspondente idêntico era

fabricado pela AMD: o Am286 era idêntico ao Intel 80286; o Am386

era idêntico ao 80386, e assim por diante, mas somente até certo

momento.

A história da briga (briga de verdade) entre AMD e Intel durou vários

anos, com direito a processos e quebras de contrato. Porém, nosso

intuito neste artigo é mostrar a você os processadores da AMD, desde

o primeiro, passando pelos atuais, e por fim os que ainda serão

lançados. A empresa já era fabricante de chips antes de começar a

fazer processadores, mas como nosso foco é o cérebro do PC,

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começaremos pelos chips fabricados para entrar na luta pelo domínio

do mercado da tecnologia x86.

O primeiro processador da AMD a fazer sucesso foi o Am386, lançado

em 1991. Como já mencionamos, ele era um clone perfeito do 80386

da Intel. Surpreendentemente ou não, o Am386 vendeu milhões de

unidades em questão de meses. Estava dada a largada para a

competição do mercado de processadores. Em seguida, vieram o

Am486 e o Am5x86, que se mostraram perfeitos como alternativas

baratas para os processadores Intel, que eram um pouco mais

poderosos, mas muito mais caros.

Estes três modelos de processador – Am386, Am486 e Am5x86 –

foram todos desenvolvidos através de engenharia reversa, o que se

tornava um processo inviável conforme o passar do tempo. Era

chegada a hora de a AMD tomar uma atitude, e ela tomou: abandonou

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a engenharia reversa e lançou mão do know-how adquirido nos anos

de “sombra da Intel” para lançar seu primeiro processador, criado

completamente do início pela equipe da empresa. Nascia o K5.

É praticamente impossível encontrar uma pessoa no mundo que não

conheça o herói Super-Homem, dos quadrinhos. O Super-Homem é

indestrutível e invencível, certo? Errado! Existe uma arma que pode

acabar com a existência do homem de aço, que é a Criptonita. O que

isso tem a ver com o assunto? Tudo! Considere a Intel como o Super-

Homem dos processadores, em conjunto com o fato de a AMD ter

usado o nome K como referência à palavra “Kriptonite”. Ou seja, com

o lançamento da série K, a AMD estaria ameaçando a então

hegemonia da Intel no mercado.

K5

O K5 foi o primeiro processador x86 desenvolvido totalmente pela

AMD, sem qualquer cópia dos processos e códigos da Intel. Lançado

em 1996, o K5 chegou para competir com a primeira versão do

Pentium. Ele era superior ao Pentium em vários aspectos, mas não

possuía instruções MMX, que a Intel recém lançara nos

processadores Pentium MMX. O K5 estava disponível em clocks de 75

a 133MHz.

K6

Ainda em 1996, a AMD comprou a NexGen, outra fabricante de chips,

adquirindo também os direitos de fabricação dos processadores x86

daquela empresa. Com muito investimento e liberdade, os ex-

funcionários da NexGen e recém contratados da AMD criaram o K6,

que foi lançado em 1997. O K6 foi lançado para entrar na competição

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com o Pentium II, e se deu muito bem, pois encaixava em qualquer

máquina com suporte ao processador da Intel, e custava muito menos.

Quem já mexia com computadores na época do K6 deve se lembrar

muito bem da quantidade de PCs que vinha com um processador

AMD, ao invés de um Intel. O sucesso do K6 foi tão grande que a

AMD ganhou força e começou a ser um concorrente de peso, além de

uma ótima alternativa aos caros chips da Intel. O K6 possuía

instruções MMX e utilizava o Socket-7, ou seja, o mesmo dos

processadores da Intel com os quais concorria.

K6-2

Depois do K6, os usuários que gostavam de economizar foram

brindados com uma evolução, o K6-2, que obteve aceitação altíssima

do mercado e dos consumidores. Ele também foi lançado para

competir com o Pentium II, e foi o primeiro processador a vir com

instruções SIMD (Single Instruction, Multiple Data), rebatizadas de

3DNow! pela AMD. A nova tecnologia aumentava o desempenho do

processador, mas não obteve muito sucesso.

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Athlon

Apesar de ainda manter internamente o K para se referir às gerações

de seus processadores, na sétima geração (K7), a AMD começou a

dar nomes comercialmente mais atrativos aos seus processadores.

Era chegada a era dos nomes chiques, e o Athlon foi o que a

inaugurou, em 1999. Em 2001, foi lançado o Athlon XP. O Athlon

conseguiu ganhar dos processadores Intel, em desempenho, sendo o

primeiro processador da história a ter o clock chegando à casa dos

Gigahertz.

Athlon XP

Em 2001, foi lançado o Athlon XP, para competir com o Pentium III.

Ele tinha números de modelos dados a partir da comparação de seu

desempenho com o modelo Thunderbird do Athlon Classic. As

velocidades de clock variavam dos 1333 a 1533 MHz, com nomes de

modelo como 1900+ e 3100+. Apesar de não fazer oficialmente

referência ao Windows XP, o nome Athlon XP foi automaticamente

associado àquela versão do Windows, já que ambos foram lançados

na mesma época. Oficialmente, o XP dos processadores significava

“Extreme Performance”.

Duron e Sempron

No ano 2000, havia-se criado um novo mercado de processadores de

baixo custo, alternativos aos mais caros, com desempenho ideal para

a informática do dia a dia. O representante da AMD foi o Duron, que

era essencialmente um Athlon de menor capacidade. Posteriormente,

foi lançado o Sempron em substituição ao Duron, para assumir o

mercado de processadores de baixo custo.

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Inicialmente, o Sempron tinha os mesmos recursos que o Athlon XP,

mas evoluiu até chegar ao patamar que se encontra hoje,

acompanhando as novas gerações de microarquitetura. Poderia se

definir o Sempron como o grande “coringa” dos processadores, devido

à grande quantidade de modelos gerada por causa dessa evolução.

Em 2005, a AMD lançou o Sempron com tecnologia 64 bits, baseada

no Athlon 64. Mais uma vez, o processador compartilhava

características, mas tinha outras reduzidas para deixar o chip mais

barato e adaptá-lo ao mercado “low-end”.

Athlon 64

O Athlon 64 é um dos membros da nova geração (K8) de

processadores, que começaram a chegar com a tecnologia 64 bits

incorporada. Essa geração também teve uma mudança na forma

como o barramento do sistema funciona, recebendo a tecnologia

HyperTransport. A tecnologia 64 bits foi desenvolvida inicialmente

para o mercado de servidores, mas logo chegou às mãos dos usuários

finais, em processadores domésticos — o Athlon 64 é baseado no

processador para servidores Opteron.

Page 9: Tabela de processadores

Athlon 64 X2

Pouco tempo depois de lançar o Athlon 64, a AMD criou seu primeiro

processador com dois núcleos, que é o Athlon 64 X2. Trata-se de um

processador com dois núcleos do Athlon 64 no mesmo chip. Como

ficou redundante mencionar a tecnologia 64 bits, já que ela passou a

estar presente na maioria dos processadores, a AMD parou de usar o

“64” no nome dos processadores, renomeando as novas edições para

Athlon X2 somente, para representar a quantidade de núcleos.

Phenom

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A décima geração de processadores da AMD possui uma gama

enorme de modelos e características diferentes. Os modelos Phenom,

por exemplo, estão disponíveis em versões com 3 ou 4 núcleos. Seu

sucessor, o Phenom II, foi lançado em 2008, já com suporte a

memória DDR3 e conector AM3. O Phenom II é um dos mais rápidos

processadores da AMD, com cache L3 de 6 MB, em contrapartida aos

2 MB do seu antecessor.

O Phenom II pode chegar até a frequência nominal de 3.4 GHz, e é o

primeiro capaz de suportar condições extremas de overclock, o que

deixou muito felizes os entusiastas da área. CPUs anteriores

Page 11: Tabela de processadores

simplesmente paravam de funcionar a temperaturas muito baixas

quando se usavam os sistemas de resfriamento instalados pelos

praticantes de overclock. O Phenom II superou esse problema e,

portanto, suporta níveis elevadíssimos de overclock. Seus modelos

possuem 2, 3 ou 4 núcleos.

Page 12: Tabela de processadores

Com a popularização dos notebooks e netbooks, criou-se um mercado

totalmente novo para os fabricantes de processadores. Intel e AMD

começaram então a criar variações dos seus processadores,

adaptados para as condições de energia e capacidade requeridos por

essa categoria de máquinas. Exceto pelo Turion, que é feito

especificamente para computadores móveis, todas as demais CPUs

ganharam versões para notes e netbooks.

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Depois da fusão da AMD com a ATI, ambas as empresas

se beneficiaram da experiência de cada uma para melhorarem seus

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equipamentos. Está previsto para 2011 o lançamento de uma nova

tecnologia de processadores, batizada com o codinome “Fusion”

(Fusão). O nome veio da ideia de reunir o processamento de

informações em conjunto com o de imagens em um só chip, o

processador. Ou seja, a AMD está apostando na fusão de CPU e GPU

em um só componente — mas com núcleos dedicados somente a

gráficos e outros dedicados às outras informações.

Queimando neurônios

Tanto se você entende de processadores e tem alguma observação

sobre o que leu, como se é daqueles que gosta de “comprar e

esquecer”, fique à vontade para utilizar o sistema de comentários para

compartilhar conosco as suas impressões sobre a AMD e seus

processadores. Você acha que a estratégia de fundir GPU e CPU em

um só chip é acertada? Por quê? Dê a sua opinião! Ela pode ajuda a

esclarecer para os outros.