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2013 Número 21 - julho/agosto Bimestral Distribuição gratuita
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SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Mar 22, 2016

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SURGE Skateboard Magazine, 21st issue. 15 000 copies/free distribution/ Find it in a shop-championship-party-pub-spot-net-tablet-computador-tv-smartphone near you! "El Panado Tour" "Calçada, Sardinhas e e Cegada" 1º Foco: irmãos Pinto DC Shoes Summer Tour "Touristas" Red Bull Skate Arcade Asiplanchaba Prémière Road Less Travelled
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2013 Número 21 - julho/agosto Bimestral Distribuição gratuita

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AURA S.A. - 212 138 500

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Distribuição www.marteleiradist.com212 972 054 - [email protected]

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panorâmicaEis que sobrevivemos a mais uma época eleitoral em Portugal. Por esse

país fora foram às “paletes” de festas, arruadas, promessas e, claro, muitas

inaugurações. E o que é que isto tem a ver com o skate, perguntam

vocês?… a verdade é: muito mais do que vocês pensam. Afinal, como

skaters, todos somos, em parte, “usados como material de campanha”

e, melhor ainda… gostamos! Afinal também ganhamos com isso. Vejam

a dezena de skate parques que foram inaugurados nas semanas mesmo

anteriores às eleições… e, claro, à maneira portuguesa, sempre cada um

maior do que outro. Um facto: sabem que Lisboa é a capital europeia

com mais skate parques públicos gratuitos? O Porto deve ser das poucas

grandes cidades da Europa que não têm nem um. Em contraste, a aldeia de

Corticeiro de Cima, no concelho de Cantanhede, tem um de cimento…

inaugurado, claro, mesmo antes de umas eleições… a verdade é que,

se por um lado essa “política do betão” skater é sempre bem-vinda por

nós, por outro lado é um bocado estranho que o skate nacional esbarre

sempre nos mesmos problemas… e assim, é verdade, meus amigos,

estamos a ficar sem desculpas para sermos os “coitadinhos” do skate

na Europa… temos skate parques ao molhos, a calçada também já não

serve – os “camones” vêm cá, dão qualquer manobra para a calçada e

ainda agradecem…

Como é que se explica que dos países nórdicos, onde se passa meses sob

as trevas do inverno, saiam skaters em quantidade e qualidade como os da

Califórnia ou de Espanha… onde o sol brilha como cá? Já ouvi um skater

dizer… “Epá, nesses sítios a malta tem muito guito e pode viajar”… claro que

no Brasil, que logo a seguir aos Estados Unidos é a grande potência no skate

mundial, todos sabemos que os jovens estão carregados de “guito”! Uma

coisa é certa: cada vez está mais provado que não são só as condições, ou a

falta delas, que fazem evoluir o skate. Primeiro que tudo está a nossa atitude,

no que queremos e, principalmente, no que exigimos de nós e dos outros,

sejam skaters, lojistas, marcas, distribuidoras, construtores de skate parques

ou, mesmo, membros da classe política, que só se lembra que existimos meses

antes de irem a votos.

Os cães ladram e a caravana passa mas, por vezes, acho que devíamos ser

mais como os burros… pôr umas palas e seguir em frente…

Pedro Raimundo

“Roskof”

Os cães ladram e a caravana “eleitoral” passa...

O Ruben Gamito não se importa nada de entrar na “onda”

de inaugurações antes das eleições… tuck knee grab no novo

Parque das Gerações

fotografia Roskof

2013

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“Touristas”Ainda dizem que está tudo inventado… a malta da Vans Portugal criou um novo conceito de turismo, um mix de fluvial e skater

Red Bull Skate ArcadeJorginho a “dar cartas” numa sala de jogos espalhada pela cidade? Tentem fazer melhor, seus “nerds” colados ao sofá

AsiplanchabaQuando elas se juntam… primeira tour de miúdas em Portugal. De skate, claro.

Prémiere Road Less TravelledHá sempre muito mais à volta do skate do que só as manobras. Novo documentário da Fallen, com Portugal em destaque

El Panado TourEm mais uma edição do Marisquiño não foi só a overdose de panados que fritou o miolo aos skaters nacionais...

Calçada, sardinhas e cegadaA Converse Ibéria veio a Portugal visitar o BP e levou com o tratamento “tuga” completo

1º Foco Irmãos PintoO que ainda lhes falta em altura sobra-lhe em atitude em cima do skate

Dc Shoes Summer tourHá alguma coisa melhor do que um “amor de verão”?… neste caso, entre a malta da DC, os seus skates e a estrada.

Ficha TécnicaPropriedade: Pedro RaimundoEditor: Pedro RaimundoMorada: Rua Fernão Magalhães, 11São João de Caparica2825-454 Costa de CaparicaTelefone: 212 912 127Número de Registo ERC: 125814Número de Depósito Legal: 307044/10ISSN 1647-6271Diretor: Pedro [email protected]: Sílvia [email protected] criativo: Luís [email protected]:[email protected]

Colaboradores: Rui Colaço, João Mascarenhas, Renato Laínho, Paulo Macedo, Gabriel Tavares, Luís Colaço, Sem Rubio, Brian Cassie, Owen Owytowich, Leo Sharp, Sílvia Ferreira, Nuno Cainço, João Sales, Rui “Dressen” Serrão, Rita Garizo, Vasco Neves, Yann Gross, Brian Lye, Bertrand Trichet, Luís Moreira, Jelle Keppens, DVL, Miguel Machado, Julien Dykmans, Joe Hammeke, Hendrik Herzmann, Dan Zavlasky, Sean Cronan, Roosevelt Alves, Hugo Silva, Percy Dean, Lars Greiwe, Joe Peck, Eric Antoine, Eric Mirbach, Marco Roque, Francisco Lopes, Jeff Landi, Dave Chami, Adrian Morris, Alexandre Pires, Vanessa Toledano, Nuno Capela.

Tiragem Média: 8 000 exemplaresPeriodicidade: BimestralImpressão: Printer PortuguesaMorada:Edifício Printer, Casais de Mem Martins2639-001 Rio de Mouro • Portugal

Interdita a reprodução, mesmo que parcial, detextos, fotografias ou ilustrações sob quaisquermeios e para quaisquer fins, inclusivé comerciais.

www.surgeskateboard.com

Queres receber a Surge em casa, à burguês?É só pedir. Através de [email protected] anual em casinha: 15 euros

Capa: Numa altura em que por todo o lado nascem skate parques é sempre bom lembrar… tomem conta do que é vosso!

Ilustração Ivo Palma

2013

Pedro Dylon a provar que nem nas pausas do trabalho para o site da SURGE consegue estar parado… ollie, enquanto a malta que ele estava a filmar descansa...

fotografia Mascarenhas

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2013

Dá a tua opinião sobre a revista. Envia-nos as tuas ideias ou sugestões. Manda fotos de spots novos na

tua zona e do rabo da tua melhor amiga… sei lá… escreve por tudo e por nada… se aqui o Dr. Mankate

curtir, publicamos a tua carta na revista e se tiveres sorte, pode ser que te toque alguma coisa…

Abraços e beijos na bunda.

Dr. Mankate

[email protected] www.mankatetainha.com

fotografia Luís Colaço

CONSULTÓRIO DO DR. MANKA-TE

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Desculpe estar a incomodá-lo mas já há algum tempo que me

apetecia escrever-lhe.

Sou o Luís e venho do Porto. Como toda a gente sabe, ou devia

saber, o Porto tem, ora, deixem-me ver .......00000 skate parques!

Por isso venho aqui dar o meu apoio à KATE Skate shop e ao seu

projeto do “skate parque”. Acho que traz motivação aos skaters

para construírem os seus próprios spots e para a malta mais nova

aprender a dar uns truques.

O segundo assunto sobre o qual gostaria de falar é sobre os gajos

que querem que se traga skate longboard para a Surge. Eu passo-me

quando se viram para mim e dizem que andam de skate e bla bla bla,

sou o maior e não sei quê... E no final da conversa, eles tinham andado

de longboard numa avenida qualquer. O skate verdadeiro para mim

é aquela pequena tábua que, com um par de trucks e quatro rodas,

consegue fazer desde ollies a kicks desde 50 50 a nose grind , ou seja,

tudo e mais alguma coisa! Isso sim é skate, estamos entendidos!

Agora que já disse tudo o que tinha para dizer, beijos na bunda para

ti e para todos os outros skaters de Portugal

PS: Peço desculpa aos skaters de longboard se vos ofendi.

Como é que é Luís,

Não me trates por você, meu amigo, na família do skate todos nos

tratamos por tu, não existe o Sr. nem o você. Dava-te já um carolo

se estivesses à minha beira!

Não haver um skate parque no Porto é uma história muito antiga,

companheiro! Nunca é demais falar sobre isso e sobre os skate

parques que estão espalhados pelo país.

A realidade é que hoje em dia já existe um número razoável de skate

parques em Portugal. Digo razoável, mas não aceitável. Digo razoável

porque quando comecei a andar existia apenas um, o skate parque

de Pedrouços. Digo “não aceitável” porque... bem, já lá vamos!

Aquele minúsculo quadrado de Pedrouços, com algumas rampas

esquisitas, fazia a delícia de muita gente. O pessoal não tinha nada

e tinha que se contentar com o que havia. Normal. Grandes skaters

surgiram em Lisboa graças àquele skate parque.

Os tempos foram mudando e o skate foi evoluindo. Surgiu, então, a

segunda caixa de fósforos para andar de skate em Portugal: o skate

parque de Almada, a minha abençoada cidade.

Apesar de pequeno, era um skate parque. Um sonho!

Para nós, de Almada, e para a malta dos arredores foi um

acontecimento fabuloso, histórico, que marcou as nossas vidas e

a história do skate em Portugal para sempre. Se já existiam bons

skaters em Almada, a partir dali todos se tornaram melhores, todos

evoluíram e, consequentemente, mais skaters apareceram na cidade.

Lisboa e Almada tinham os melhores skaters do país. Evolução

natural das coisas. Skate parque na cidade, bons skaters!

Falar de skate em Portugal nesta altura, era falar de muito poucas

cidades... e lembro-me bem que já se falava, e muito, do Porto!

Isto foi há 20 anos...

A partir dali, foram aparecendo skate parques um pouco por toda

a parte, especialmente nesta última década. Sítios para andar

de skate não faltam. Para quem, como eu, viveu o skate desde o

final dos anos 80, isto é quase inacreditável! Nunca imaginei que

pudessem existir tantos parques nos dias que correm.

O panorama geral é positivo. Existem muitos mais parques e

obviamente que existem muitos mais skaters.

Mas vendo de uma forma mais aprofundada, penetrando nas

entranhas da coisa... muita porcaria se continua a fazer!

Existem verdadeiras aberrações espalhadas pelo País! É inaceitável

que se continue a gastar rios de dinheiro a fazer skate parques de

merda!... que se façam parques em zonas onde ninguém anda

e não existam onde realmente são necessários e faziam todo o

sentido! Rampas gigantescas e suicidas, onde os bombeiros

têm que ir salvar quem se aventura a andar nelas, porque não

consegue sair lá de dentro, etc.... uma palhaçada!

Parem de fazer merda! Se querem fazer, façam bem! Recorram aos

skaters! Não inventem! Parem com essa merda, porra!

Mas no meio da trampa, também podemos dizer que, finalmente,

existem alguns skate parques dignos desse nome em Portugal...

que foram desenhados por skaters que percebem minimamente

do assunto, a quem dou os meus parabéns. Se não fossem estes

poucos ou quase nenhuns a desenhá-los... ui, meu Deus!

No que toca à minha cidade, onde cada vez existem mais skaters,

a caixa de fósforos que nos fez felizes há 20 anos atrás, lá está,

sem vida, obsoleta, esburacada, desatualizada, sem skaters, a servir

para os cães cagarem e mijarem. A renovação daquele espaço é

absolutamente necessária, mas a esperança é cada vez mais

escassa. A Câmara Municipal, que parecia estar ao lado dos jovens

skaters no século passado, simplesmente esqueceu-se deles...

Em relação ao Porto. Existem excelentes skaters há mais de 20 anos

na cidade. Um dos melhores skaters portugueses da atualidade é

de lá, uma das maiores e melhores comunidades de skate existe

lá, é onde está uma das melhores lojas, que sobrevive com muito

esforço, principalmente devido à dedicação e amor ao desporto do

seu dono, que faz coisas pelo skate naquela cidade como poucos

fazem no resto do mundo. Às vezes até apetece dizer “ó Gaia,

faz-me um filho!”... por tudo isto e muito mais... COMO É QUE

AINDA NÃO EXISTE UM SKATE PARQUE NO PORTO?

Luís, em relação ao longboard... sai da frente, Guedes! Hehehehehe...

Não podes ser tão fundamentalista. Longboard é skate...

Beijo na bunda, meu caro,

Dr. Manka-te

página 15 Dr. Manka-te

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2013

texto e fotografia Vasco Neves

Numa altura em que a crise começa a fazer-se sentir no skate português, a DC SHOES

Portugal continua a apostar forte com este DC Summer Tour, uma viagem do Norte ao

centro do país, com demos, sessões de autógrafos e, é claro, muita streetada, com o Jorge

Simões, Pedro Roseiro, Francisco Lopez, Luís Coutinho, Daniel Pinto e o mais recente rider,

Nuno Cardoso.

Page 17: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 17

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Será que sou eu, ou em cada tour que passa, a carrinha fica

mais cheia? Desta vez não foi diferente, quero dizer, o Coutinho

levou pela primeira vez uma mala de viagem normal... isso foi

diferente, mas as mil e quinhentas paletes de Red Bull tiraram um

bocado de espaço. Como o pessoal da DC não pára, arranjou-se

logo solução, meteu-se o Canina a rapar em cima da carrinha e

lá começou a viagem. Estou a brincar, o Canina não ia a rapar.

Este Summer Tour começava da melhor forma no spot do

Ciso, em Viana do Castelo: thrashada, churrasco, birra, águas

e refrigerantes (porque o pessoal é atleta), até uma tenda de

tamanho familiar, montada ao lado do Bowl, havia. Primeiro dia

em altas... Check!

No segundo dia aconteceu algo inexplicável: íamos a caminho da

Maia para uma demo e de repente:

- olha o Rafa dos Ementa ao lado do Roseiro, esperem lá, esta é a

carrinha dos Ementa! Era verdade, os Ementa estavam entre nós.

Não, nós é que estávamos dentro dos Ementa, esperem lá, isto

não soa muito bem... deixem-me escrever isto de outra forma. O

team da DC SHOES Portugal estava sentado dentro da carrinha

dos Ementa... com uma palete de Red Bull debaixo dos pés, assim

já soa melhor.

Com o som a bombar na carrinha amarela, continuámos

o caminho até à Maia, parando apenas em Vila do Conde

para checkar uns spots ao pé da praia. Uma vez mais, algo

de inexplicável acontece: com o pessoal a skatar uma rampa

mesmo à frente de um restaurante, de repente surge a dona do

estabelecimento e já sabem...

- “posso tirar-vos uma foto?” – pergunta a dita senhora. Nestes

casos começa-se logo a pensar que vai tirar uma foto para

mostrar à polícia.

- “É para meter no Facebook!” – exclama a senhora. Mas,

esperem: - “Querem que tire o carro que está aí ao lado da

rampa?”

Não pode ser, isto não está a acontecer, pois não? Mas estava e

foi como se, pela primeira vez, skatar em frente a um restaurante

fosse cool... já sabem, quando forem a Vila do Conde vão comer

uma francesinha ao Eusebios.

2013

Viana do Castelo tem muitos emigrantes em França. Curiosamente o França tem muitos pivot nosegrabs em Viana… vamos lá entender isto...?

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Depois desta tour o Canina foi contratado por uma conhecida marca de pilhas para se vestir de coelho e andar por aí a tocar tambor… há grandes vidas! tail slide big flip out

O Canina estava tão onfire que neste blunt até os bombeiros apareceram.

página 19 DC shoes Portugal summer tour

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De uma francesinha à demo na Maia foi um instante e depois

de uma sessão com o pessoal local no double set, fomos ver um

rail a descer, ao pé de um prédio. Lembram-se da senhora do

restaurante? Aqui tivemos o senhor do balde de água. Não sei

se conhecem, mas é aquele senhor que costuma estar escondido

atrás dos estores e, de repente, vai buscar o balde à cozinha e

“aqui vai disto”.

Mas nem tudo é mau porque no dia seguinte o team só tinha que

dar uma demo à tarde no skate parque da Gafanha e logo a

seguir uma sessão de autógrafos na Quiksilver de Aveiro, isto tudo

depois de uma valente streetada pelo Porto.

Com um dia cheio de skate, a viagem até Coimbra foi do estilo

Star Trek, warp speed com vibrações nos músculos e tudo. O

cansaço era patente, mas havia uma pessoa que continuava como

o coelhinho da Duracell: o Daniel Pinto era até agora o MVP da

tour, sempre a bombar cheio de pica. Até manuals o Canina deu.

Com muitas cidades visitadas, Coimbra era um dos locais que

faltava no mapa da DC SHOES Portugal. E que cidade para

skatar: bons spots para todo o gosto, rails, curbs, gaps, manuals...

pessoal, vão skatar a Coimbra e de certeza que não se vão

arrepender. Por exemplo, o Cardoso não se arrependeu de skatar

o spot dos manuals, como o Roseiro e o Coutinho também não

se arrependeram dos rails da faculdade. E, com o dia a acabar, a

lista de spots a ir ainda não ia a meio.

2013

Jorginho smith-pop out

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O pólo 2 da universidade de Coimbra agora dá doutoramentos em backside 5-0s. Primeiro Sr. Dr…. Pedro Roseiro

página 21 DC shoes Portugal summer tour

Page 22: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Movimento digno de acabar com uma batalha de breakdance… Jorginho crooked inward heel out

2013

Page 23: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Coimbra ficava para trás e umas dezenas de quilómetros à frente,

Leiria estava marcada no mapa. Marcado estava também o dia

seguinte, que começou logo com uma mega sessão na “Cerâmica”

de Leiria, com o João Sales e a malta dos Parceiros. Muito feeling,

churrasco, mete mais umas birras, águas e refrigerantes (já

sabem), acrescenta a pintura branca do spot com direito a solário

à pala, o Roseiro, o França e o Sales a ripar e o que é que podes

pedir mais?

Depois de muito Rock´n Roll seguiu-se o Hip-Hop, com o Jorge

Simões e o Nuno Cardoso a representar o submundo underground

da cidade invicta, ou seja, “partiram” os curbs da Fonte de Leiria,

muitos toques técnicos e um final de dia com direito a Josel e tudo.

No dia seguinte o pensamento era mesmo aquele do “queimar os

últimos cartuxos”. Último dia, últimos toques, últimos Red Bull`s.

Tudo corria às mil maravilhas. Skatada num bank, depois um

double set no último spot da tour. Numa manobra que estava

mesmo dada o Jorginho cai e apoia mal a mão... mais uns

minutos e as dores começavam a apertar. Era o sinal do DC

Summer a terminar. Última estação: Hospital Santa Maria.

Felizmente a lesão não foi grave e, olhando agora para trás,

parece que o guião deste DC Summer Tour já estava escrito. Mais

uma página no livro da DC SHOES Portugal...

Para os que pensam que o Cardoso só skata curbs e manuals, embrulhem lá este backside flip numa escadaria

página 23 DC shoes Portugal summer tour

Page 24: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Agradecimentos

DC SHOES Portugal, Francisco Lopez, Pedro Roseiro, Jorge

Simões, Luis Coutinho, Daniel Pinto, Nuno Cardoso, Rafael Alves,

José Piteira, Ciso e o pessoal de Viana, João Sales e o pessoal dos

Parceiros, Tribos Urbanas.

O Luís Coutinho tem tanta pinta, que até o seu reflexo de um swicth flip é perfeito

2013 página 24 DC shoes Portugal summer tour

Page 25: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Distribuição www.marteleiradist.com212 972 054 - [email protected]

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fotografia Nuno Capela, Rui “dressen” Serrão e algumas do Roka

texto Rui Serrão

Rómulo e BP no relacionamento

perfeito entre gerações

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Andava há anos a ouvir a malta dizer-me para ir a Vigo ao Marisquiño porque era uma grande curte e ia-me divertir à brava.

Depois de tantos anos em campeonatos, alguns noutros países, estava saturado daquilo tudo, por isso quando me falavam no

Marisquiño não me soava muito apelativo. Mas no ano passado o meu amigo Roka foi e, para meu espanto, veio cheio de pica,

a dizer que tinha curtido bastante e que iria voltar no ano seguinte! Vindo do Roka só podia ser mesmo uma grande curte – ele

não é nada fácil de satisfazer neste tipo de coisas – por isso, pensei que não ia falhar no ano seguinte!

página 27

Page 28: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Aníbal Martins front feeble

panado style…

Carlos Neira

ollie transfer

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Chega a altura e depois de muitas pessoas terem dito que iam... Pumba! A desgraçada da crise e contenção orçamental de

que tanto falam bate-nos à porta ainda com muita mais força! E ninguém tinha dinheiro nem para mandar cantar um cego à

porta da igreja! Porra, já tinha a cabeça feita que ia e agora estava na lama porque ainda não era desta. Nah... temos de ir! A

Surge ia ajudar nas despesas e, desenterrando uns trocos aqui e outros ali, mais comidinha levada de casa... estava feito. Eu,

o Adilson, o Rómulo e o Roka metemo-nos à estrada e, com boa conversa e um cheiro a panados que não se podia, foi um

tirinho até chegarmos a Vigo. Depois de instalados no hotel da organização, com uma vista maravilhosa sobre a Praia/Baía de

Vigo, foi altura de irmos à descoberta da cidade e confirmar o que realmente diziam dela. Foi muito fácil encontrar os Tugas e

mais fácil ainda perceber o porquê de gostarem tanto daquilo: muitos bons spots, perto uns dos outros, um grande ambiente

de festa e... o que até então, para alguns, seria a El Panado Tour, depressa passou a ser a “El Calçon Tour” visto que em cada

100 raparigas, 90 andavam de calções bem curtinhos e 80 delas tinham as bochechas de fora.

página 29 El panado tour

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2013

“Já fui tão feliz em Vigo”,

pensava o Jorginho,

enquanto dava este nollie

front blunt

Page 31: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Passámos para a zona de bares onde os tugas costumam ir e aquilo era tudo nosso,

parecia uma noite no Bairro Alto ou no Piolho, tal era a quantidade de portugueses que lá

estavam. Havia malta que tinha vindo do Porto de bicla – mesmo que alguns ao chegar à

Póvoa de Varzim já estivessem arrependidos de tal ideia – havia hostals com quartos para 3

pessoas, em que estavam 16, com biclas incluídas. Vi malta que nem me lembro da última

vez que os tinha visto a viajar para irem a um campeonato... enfim, era fácil de perceber

aquilo de que me tinham falado nos anos anteriores.

página 31 El panado tour

Page 32: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Quanto ao campeonato, só vi a final de “Pros”. Durante o resto do tempo andei a tentar aproveitar os belos spots. Mas não foi

nada fácil, visto estar uma brasa que não se podia... o calor era tanto que até o chão queimava. Quando terminavam as runs,

os skaters quase que apagavam exaustos e, se na praia devia estar uma maravilha, para andar de skate não era o caso. Deu

para perceber o que o Gamito tem lá muitos fãs, em especial o Speaker do campeonato, que o BP passou a ser reconhecido

em todo o lado e que o Jorginho é respeitado como se fosse um Pro de uma grande marca mundial... não foi por acaso que a

prova terminou com a invasão da quadra e a pegarem nele aos ombros, depois de uma manobra sua.

Enfim, tal como pensava no ano passado: “para o ano estou lá! Outra vez!”

2013 página 32 El panado tour

Page 33: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

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Page 34: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Page 35: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 35

A ideia inicial da tour seria passar pelo Porto e ir ao Marisquiño,

a Vigo, mas depressa se tornou claro que o pessoal estava

mais inclinado para fazer praia e dar uns mergulhos no rio.

Acontece que nem vimos a quadra, isto porque o Nery, mesmo

antes do campeonato, deu um valente tralho nas ruas de Vigo,

que arruinou as costas ao menino.

texto e fotografia Mascarenhas

Page 36: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Enquanto a malta atestava

a carrinha, o Allen divertia-se

no restaurante da estação

de serviço... boardslide

Portugal reprezent!

Page 37: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Bem, voltando ao início, era bem cedinho quando saímos

de Lisboa, juntando o João Allen, o meu conterrâneo,

Nuno Relógio, e o Afonso Nery. E ao volante o tio-manager,

Humberto Matias. A vantagem de fotografar malta que gosta

de rua é que ainda nem tínhamos chegado ao nosso primeiro

destino e já tínhamos reunido 3 fotos.

No Porto apanhámos o outro membro do team, o Luís

Moreira... e mais fotos. Já que a tour estava num bom

caminho, aproveitámos para uma “saídinha” pela cidade.

Ficámos a conhecer um bar chamado Piolho, que não passava

de um corredor com um balcão e máquinas de imperial a 50

cêntimos e meio litro a 1 euro. Maravilha. Sinceramente fiquei

a pensar neste bar durante dias, seria um bom negócio...

o Piolho estava tão cheio que parecia uma cabeça de um

ciganito que não lavava o cabelo desde que nasceu...

página 37 Touristas Vans

Page 38: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Se fizerem a A1 em direção

ao Porto é só spots por todo

o lado. Tentem descobrir

este... Afonso Nery nollie

backside flip

Page 39: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Antes de sair do Porto já o Luís falava em ir ao rio perto da casa

dele. Para quem não sabe, o Luís é de Valença e a casa dele

é à beira do Rio Minho, com uma paisagem inacreditável...

acontece que chegámos bastante tarde a Valença e já não

deu para mergulhos no rio, mas a família do Luís recebeu-nos

com grande hospitalidade e com um jantar de carne assada,

acompanhado de um vinho verde feito pelo pai do Luís. Um

grande agradecimento pelo vinho... e pelo jantar também.

Sempre que vou a Vigo apanho um clima semelhante ao do

Algarve, mas o que eu não sabia era que a água do mar

estava melhor do que qualquer dia na Costa da Caparica

durante o verão... parece que as ilhas Cyes protegem a Praia

de Vigo das correntes de água gelada que se faz passar por

ali. E assim foi, durante os dias que estivemos em Vigo fizemos

praia... sem esquecer o skate, claro, era para isso que ali

estávamos.

página 39 Touristas Vans

Page 40: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

E depois de tanta praia ainda decidimos regressar a Valença para o tão

falado mergulho no rio. Pusemos as fitas na cabeça e seguimos caminho

para o último destino, onde mandei um mergulho de cima da ponte em

cueca... que até me iam saltando pelo ar.

Estava feito o nosso objectivo: praia, mergulhos no rio e as “saídinhas”

na noite de Vigo, sempre sem esquecer o que ali viemos fazer... skatar...

2013

Page 41: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 41 Touristas Vans

Este double set no Porto

já tem história… o Nuno

Relógio acrescenta mais um

capítulo, com este 360 flip

Page 42: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013 página 42 Touristas Vans

Quem fotografou este flip

do Luís Moreira diz que

depois ele o levou a saltar

de uma ponte, onde as

cuecas lhe iam voando…

o malandro!

Page 43: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 42 Touristas Vans

Page 44: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Tudo começou com um telefonema da SURGE a perguntar-me se queria ir a Barcelona para

a final mundial do Red Bull Skate Arcade... Pensei “hum... ir a Barcelona? Com o Jorginho?

Fotografar?”... claro que vou!

Com o Miguel Bastos (Red Bull Portugal) e o Jorge Simões, estava feito o trio para a final

mundial do Skate Arcade, em que iriam participar os vencedores dos 18 países da fase

eliminatória. Muitos nem sequer conhecíamos, mas depressa ficámos a conhecer, muita malta

simpática e a andar bastante.

Com estadia num hotel de 4 estrelas e motorista com menina da Red Bull à nossa espera no

aeroporto, a viagem parecia bastante aliciante...

2013

texto e fotografia Mascarenhas

Page 45: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 45

Page 46: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

“É melhor dar logo 5-O antes que comece a chover”,

pensou o Jorginho

Dowie Macaré limpou a água e a concorrência, com a sua

consistência… backside lipslide

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Durante o briefing que antecedeu a competição foi-nos dito que o

primeiro nível decorreria no Macba! Foi a primeira competição a

ser realizada na tão famosa praça de Barcelona. O que não nos

disseram é que tinham trazido uma pedra mármore de propósito

para a competição... imaginem o trabalho de pô-la por cima dos

curbs perfeitos do Macba.

Nível dois: realizado na marina de Barcelona com bastante público

a assistir e onde surgiram dois “macacos” armados em sevilhanas,

que pareciam ter bebido um barril de vinho cada um.

Ao fim do dia soubemos que o Jorginho tinha passado ao último

nível. Coisa que já se esperava, pois o rapaz até tem talento pr’á

coisa...

Mesmo a acordar todos os dias às 8 da manhã, ainda conseguimos

sair à noite, até um bar com um bowl. Sim, é isso mesmo, cerveja

e skatada no bowl!

página 47 Red Bull Skate Arcade

Page 48: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Para a final fizemos uma viagem de autocarro

de cerca de uma hora. Subimos as montanhas e

daí pudemos ver realmente o tamanho da cidade.

Mas o clima na montanha é diferente e a meio da

competição choveu durante 2 horas! Já esperávamos

ficar por ali e um 5ª lugar para o Jorginho... não

podia ser... do nada, a chuva fez uma pausa... a

malta da Redbull, com 1 tonelada de toalhas e 50

vassouras, limpou a quadra em menos de 30 minutos

e o campeonato estava “on” outra vez.

Na final o Jorginho teve uma run ao nível de que

estamos habituados, mas o holandês Douwe Macaré

andou mesmo muito e arrecadou o primeiro lugar.

Alcançado o segundo lugar, era noite de festa! Mas

eu tinha avião de volta às 7 da manhã... como

estava tudo a correr tão bem, tinha de fazer asneira

e ia perdendo o avião... nem sempre tudo nos corre

feição, mas diria que ao Jorge Simões correu bastante

bem. Parabéns Jorginho!

2013

backsmith

Page 49: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Assim que o chão secou, o

Jorginho deu este noseblunt só

para confirmar que já se podia

skatar novamente

página 49 Red Bull Skate Arcade

Page 50: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Page 51: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 51

entrevista e fotografia Mascarenhas

Para um fanático da PS3, este front feeble do Tiago Pinto no mundo real

não está nada mal

Page 52: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

“Ai meu querido Tiaguinho, este crooked pop-out

deixa-nos orgulhosas” – disseram as velhas de

Almada quando viram a fotografia

Page 53: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Vocês são conhecidos por “Pintainhos”, sentem-se orgulhosos

dessa alcunha?

(Tiago) Claro que sim!!! Ainda por cima existem vários skaters

com o apelido “Pinto”, como o João Pinto, o Daniel Pinto,

a.k.a. Canina, e o irmão dele, o Miguel, que são grandes

skaters.

Tiago, o teu irmão anda sempre ligado a baterias “duracell”,

isso dá-te pica para skatar com ele?

Se dá! Ele quando skata parece que se não lhe dissermos que

é para ir embora, ele continua a andar :)

Tomás, já reparei que gostas de dar ollies em tudo o que é

alto, gostas de gaparia? Estás a ver se te crescem asas para

voares não é?

Eheheh ya curto bué dar gaps... dá para ter essa sensação,

mesmo!!!

Vocês são uns viciadinhos em PS3, que eu já vos apanhei na

Gandaia a jogar skate... e a escola, também são viciados

nela, ou nem por isso?

(Tiago) epá... somos, claro que somos. Adoramos jogar ps3,

andar de skate e também temos que gostar da escola que

é uma obrigação. Temos que gostar porque sem ela nunca

seremos ninguém na vida...

Vocês têm muita sorte em ter uma mãe como a Luísa, pois

ela anda sempre com vocês e apoia-vos imenso. Até já foi

a casas abandonadas e invadiu propriedades privadas na

vossa busca por spots novos! Como é que veem isso?

(os dois) Felizmente temos uma mãe destas, que nos apoia

em tudo. Mas claro que há contrapartidas, como não termos

negativas e não desobedecermos.

Sendo de Almada vocês têm bastantes skaters da velha

guarda na vossa cidade, malta que vos pode ensinar, acima

de tudo, princípios sobre o skate. Como veem estes velhotes?

Estes Velhotes são os maiores!! Especialmente o Rómulo, o

Dressen e o Guimbi são muito bacanos connosco, porque nos

ajudam a andar melhor e dão-nos conselhos de vida muito

importantes.

“É de pequenino que se torce o pepino”, sempre ouvi dizer.

Afinal, qual de vocês já tem namorada?

Ahahah isso é algo que se trata com o tempo, isto é difícil de

escolher entre elas ehehehe

Já oiço falar da vossa parte de vídeo que está para sair há

algum tempo, vocês gostam mais de rua ou de skate parque?

(Tiago) Sim, está para sair em breve, esperemos que gostem

claro :p Prefiro andar na rua com os meus amigos a skatar,

mas também adoro andar em parque porque lá aprende-se

melhor as manobras... é como quando se desenha algo

importante: primeiro faz-se o esboço, que neste caso é o

skate parque, e depois faz-se o desenho final, que é levar as

manobras para a rua...

Eles dizem que ainda têm muito tempo para pensar em namoradas…

felizmente no que toca ao skate o Tomás não perde muito tempo a

atirar-se… 50-50

página 53 Irmãos Pintos

Page 54: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Agradecimentos?

(Tiago) queria agradecer à SURGE por esta oportunidade

única, aos meus pais que sempre me apoiaram, ao Mileu que

me ajudou a dar os primeiros passos, ao pessoal de Almeirim

– Rodrigo Russo, João Rosa, Karsten, etc. À Lakai, aos meus

amigos da skatada (não vou pôr o nome deles todos, senão

ocupava a página toda eheheh) ao Dylon pela paciência que tem

comigo a filmar, ao Mascarenhas, à Gandaia e às “Velhinhas”

de Almada, pelo incentivo e pelas dicas, conselhos... peace :p

(Tomás) O meu irmão já disse quase tudo, mas quero agradecer

ao Guelas e a todos os que me dão pica.

2013

Dizem que as formigas são dos animais mais fortes do mundo

porque conseguem levantar até 10 vezes o seu próprio peso.

Então o que dizer do Tomás que é capaz de dropar várias vezes

a sua própria altura?

página 54 Irmãos Pintos

Page 55: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue
Page 56: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

CALÇADA, SARDINHAS E CEGADA.CONVERSE EM LISBOA

Bom, a história do “território vizinho desconhecido” já está gasta,

portanto passamos à frente e vamos contar-vos o que foi a visita do

team CONVERSE em Portugal. Os skaters do team ibérico fizeram uma

escapadela de verão acompanhados por um fotógrafo. O resultado foi

uma pipa de imagens e um par de aventuras para contar... a nós, quem

no-las contou foi o team manager da marca, Pali Negrín, ao som de

umas belas cervejolas... é isso que vais poder ler de seguida, narrativa

acompanhada de imagens de puro skate!

2013

fotografia Patxi Pardinas

texto Javier Menendez

Page 57: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

CALÇADA, SARDINHAS E CEGADA.

página 57

uma imagem vale

por mil pauladas

Page 58: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

O fotógrafo não apanhou a sequência da

coisa, o Christian Sanchez deu este blunt

transfer para fakie e depois switch180 para

a calçada a 200km/h…

Page 59: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

A coisa começou com algo que já vem sendo habitual nas tours de

skate e viagens em geral: os imprevistos. Desde logo com a carrinha de

aluguer, que tinha sido paga com um cartão de crédito que não estava

em nossa posse, mas cuja apresentação era essencial para “levantar” a

viatura e seguir viagem com a mesma... restou-nos apelar à boa vontade

e compaixão do Sr. do rent-a-car, para que pudéssemos sair dali sem

apresentar o dito “plástico”... ‘Bora! Chegar a Portugal e triunfar!

Já com um “chaço com rodas” foi altura de irmos ao encontro dos nossos

guias... a esta nossa expedição juntaram-se o Pedro Raimundo, o Andrés

Costa e o mais recente membro do team da Converse Ibéria, Bruno

Senra. Com esta soma de gente, confrontámo-nos com um pequeno

problema: os lugares disponíveis eram curtos para a totalidade das

pessoas. O team manager, claro, rapidamente solucionou o problema e

mandou-nos encolher o cú.

página 59 Calçada, sardinhas e cegada.

Ok, não era para ninguém

saber mas o Bruno Senra

bebeu a água toda desta

fonte com uma palhinha

para poder dar este

backside 360… respect!

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2013

Page 61: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

A estreia da tour foi no, já, mítico Largo de

Jesus e nos seus planos inclinados, perfeitos

para ganhar confiança com o país vizinho.

Obrigatória foi também uma passagem pelo

elevador de Santa Justa, para uns retratos

nas alturas... além disso, a nossa visita

coincidiu com as festas da cidade e, claro,

fomos às sardinhas e misturámo-nos com

os “locais”... foi sardinhas e sangria a noite

toda.

Já durante o dia, a primeira paragem e

ponto de encontro era sempre a “Praça

do Mac”, assim batizada por causa do

restaurante gourmet que aí está instalado.

Nessa praça encontrámos curbs de mármore

para todos os gostos, que deram origem a

várias sequências com o Bruno Senra e o

Dani López... e a “poucos passos” dali...

outro spot para por à prova as habilidades

do Octavio Barreira. Um obstáculo com

um grande grau de dificuldade: um plano

inclinado com um curb gigante, e com o

metro de superfície a passar no meio...

quando acertou a manobra só teve tempo

de se desviar do metro, que passou a

centímetros. Uma manobra quase mortal

para o Sr. Barreira. Olé.

página 61 Calçada, sardinhas e cegada.

Carlos Neira frontside

board slide pop-out no

novo corrimão da Portela

Page 62: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Para além de tomar conta da malta toda, ainda tem de

mostrar serviço… um verdadeiro profissional, Pali Negrín

Fakie 5-0 shove-it

Page 63: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

página 63 Calçada, sardinhas e cegada.

Page 64: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

No dia seguinte a carrinha dos cús encolhidos passou pela “Expo”.

Além desta “furgoneta” com 11 skaters, todos os dias se juntaram

mais 3 carros carregados de portugueses, por isso era difícil

passar despercebido nos spots e evitar que aparecesse alguém

para reclamar. A primeira paragem foi em quatro blocos gigantes

com rails. Os mais novos nem sequer consideraram a hipótese...

mas em pouco tempo já havia fotos do Bruno e no Neira...

cantou-se vitória e continuou-se a história. Nesse mesmo bairro

havia uma série de banks com um rail perfeito... só estranhámos

que num local destes não houvesse nenhuma foto ou filmagem

que tivéssemos visto... mas rapidamente percebemos o porquê!

A saída para a manobra era exatamente debaixo das portas

de entrada... o Octávio e o Tahyna sabiam que não iam durar

muito ali e o primeiro ollie foi suficiente para que aparecesse a

vizinhança. Só deu para uma foto e... ala... o bank seguinte era

muito maior e aí a coisa complicou-se, e de que maneira. Não

2013

Page 65: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

por causa do bank, mas por causa de uma vizinha que saiu de casa

com um pau na mão e vontade de aquecer o lombo do Octávio.

O Carlos Neira apanhou uma paulada no braço já partido e com

gesso! Foi a foto com mais “likes” no Instagram da Dogway...

Depois do incidente, a malta da CONS rumou a um rail onde o

Neira imortalizou um krooked transfer. Mesmo antes da chegada da

polícia, cheia de vontade de sacar os livrinhos de multas.

página 65 Calçada, sardinhas e cegada.

Depois de ter levado com

um pau no braço partido,

Carlos Neira a provar que é

preciso bem mais do

que isso para o pôr no

“estaleiro” nose grind

pop-out

Octavio Barrera backside

tailslide flip-out num spot

histórico, que em breve vai

passar à história

Page 66: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Às vezes a lógica não se deixa ver e às vezes o destino reserva-nos

coisas boas, outras vezes coisas más... outras vezes as duas ao

mesmo tempo. Durante uma visita a uma piscina abandonada,

onde abundavam os ladrilhos partidos, o Dani López trouxe

para casa uma manobra, enquanto que o filmer ficou com uma

cicatriz de recordação. Nunca se sabe o que nos reserva o futuro

e isso é o melhor de estar em tour. Tudo pode acontecer. Como

por exemplo o Javier Mandizabal vir de propósito para dar uma

manobra que tinha tentado no mesmo local há 12 anos, ou como

a cerveja local ter 5,2º, ou como termo-nos esquecido dos papéis

da carrinha no hostel e sermos obrigados a terminar esta tour

tal e qual como a começámos, ou seja, a discutir com o tipo do

aluguer. Assim são as coisas quando vamos de viagem... até ao

regresso nunca sabemos o que vai acontecer. E é isso que nos

cativa! Faz as malas e... siga... o mundo está à tua espera. VIAJA.

2013 página 66 Calçada, sardinhas e cegada.

Depois de uma

experiência quase

mortal, Octavio

Barrera alivia a

pressão com um

bom ollie

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Page 68: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Se há coisa de que aqui, na Surge, sempre gostámos é de ver filmes de

skate com os nossos amigos. E quando alguns deles, ainda por cima,

aparecem no filme, a coisa torna-se ainda melhor… muito melhor.

Quando temos a oportunidade de ver filmes num sítio tão castiço

como o “Primeiro Andar”, ali mesmo ao lado do Coliseu, então, já é

sinónimo de festa! E foi lá, no écran gigante, que pudemos visualizar

pela primeira vez o “Road Less Travelled”, o novo filme da Fallen, que

procura trazer para o grande ecrã uma visão diferente daquela que é

mostrada na maioria dos projetos de vídeo relacionados com o skate

nos últimos anos. Hoje em dia o débito de manobras em vídeos é maior

do que baboseiras a sair da boca de alguns dos nossos políticos… como

o próprio Jamie Thomas explica no início do filme, o objetivo foi trazer

até nós os vários lados da história. Sim, porque todas as manobras têm

uma. E muitas vezes mirabolante… neste “Road Less Traveled” houve de

tudo: atropelamentos de mota, ameaças com espadas e, até, ataques

com gás pimenta nos olhos. Houve quem dissesse que era uma desculpa

para o Sandoval estar sempre com os olhos vermelhos… adiante

No entanto, este novo filme da Fallen tem algo de especial… claro

que falamos na divulgação de Portugal por esse mundo fora, já que

temos uma grande parte filmada aquando da visita do team da Fallen

ao nosso país, no ano passado… claro que é sempre estranho ouvir

pessoas a falar de Portugal como se fosse um destino super exótico,

afinal somos conhecidos por nunca darmos valor ao que temos, mas

a verdade é que quando estivemos com a rapaziada da Fallen cá e

sempre que os encontramos por aí, fazem questão de lembrar-nos do

país espetacular que temos e de como adoraram cá estar. Ok, chega

de baba e vamos ao filme propriamente dito. Turquia, Portugal, o

Oeste Americano e Tailândia tiveram direito a uma parte em “Road

Less Traveled”. Croácia e África do Sul ficam reservadas para os extras,

que devem ser lançados em breve e pelos quais iremos aguardar

ansiosamente, porque sabemos que ainda ficaram por mostrar muitas

boas imagens e manobras em Portugal.

Quem também deve ter ficado ansioso e contente foi o Ruben Gamito,

que também aparece em destaque nesta produção da Fallen, com três

grandes abusos. Claro que a casa veio abaixo assim que o nome do

Ruben apareceu no ecrã, e, pelo que vimos no filme, foi o único nome

de skater que não pertence ao team mundial da marca a receber esse

privilégio… respect!!

Quando os créditos começaram a rolar na tela, o Ruben foi literalmente

engolido pelos amigos… e amigas... a felicitá-lo. E, claro, como em

todas as boas prémières, a festa ainda só tinha começado.

Por isso já sabes, se queres mostrar aos teus amigos um grande filme

de skate e ao mesmo tempo fazê-los sentir orgulho cá da tuga, “Road

Less Travelled” é o teu filme.

Road Less Traveled estará disponível, em breve, nas melhores skate

shops e também na i-tunes store

2013

fotografia Nuno Capela

texto surge

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2013

Calças Brixton - Toil chino

Casaco de malha Brixton - Miles

Camisa Brixton - Memphis

fotografia Mascarenhas

Sebastião Faro, Francisco Melim, Daniela Sobral, Daniela Sanches

Page 71: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

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2013

Chapéu homem Brixton - Ranch

Chapéu mulher Brixton - Gia

Camisa mulher Vans - Authority woven chili pepper

T-shirt mulher Vans - Love Vans scoop

Page 73: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

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2013

Colete homem Brixton - Coker

T-shirt homem Brixton - Rover

Ténis mulher Vans - Sk8 hi Inka

Ténis mulher Vans - Ditsy floral leah

Ténis homem Vans - Era Pro

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2013

texto Veronica Trillo

fotografia Roger Ferrero

Page 79: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Asiplanchaba é o nome de site dedicado a promover

e potenciar a cena feminina num mundo povoado

principalmente por homens e onde a própria indústria

está claramente masculinizada, não só em termos de

produtos disponíveis, mas também em tudo o que tenha

ver com reportagens com miúdas interessadas em skate,

surf, ou snowboard. Assim, arranjámos este plano de nos

juntarmos para fortalecer a presença feminina nos meios

de comunicação... sejam elas de uma grande cidade, ou de

uma aldeola onde 5 rapazes andam de skate. A ideia é que,

independentemente do nível, tenhamos algo que nos motive

a evoluir cada vez mais.

Asiplanchaba é feito de miúdas para miúdas, mas cada vez

ficamos mais espantadas e contentes pelo apoio que muitos

rapazes nos têm dado, seja a promover os nossos vídeos, ou

a acompanhar as nossas tours...

página 79

Page 80: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

2013

Kate, a pessoa,

não a loja...

smith grind

Page 81: SURGE Skateboard Magazine, 21st issue

Nos últimos anos, durante o verão temos realizado tours

de skate com algumas das melhores skaters, sempre com o

mesmo objectivo: dar a conhecer ao mundo o nível de skate

feminino atual através de um vídeo e de uma reportagem.

Este ano a aventura começou quando, em conjunto com a

organização do Marisquiño, em Vigo, conseguimos criar

pela primeira vez, em 13 anos de campeonato, a categoria

feminina de skate. Assim, Vigo foi o ponto de encontro das

participantes de mais uma tour.

Durante a prova em Vigo toda a gente dizia que o Porto

era um ótimo sítio para skatar e que era uma cidade

muito interessante. Assim, não foi muito difícil decidir

que seria esse o nosso próximo destino, logo após o

Marisquiño.

Mas voltando a Vigo, assim que chegámos e reunimos

a equipa toda: Kate Shengeliya, da Rússia, Eugenia

Ginepro, da Argentina, Andrea Benitez, Andrea

Wilshusen e Silvia Serret, de Espanha, foi com surpresa

que encontrámos a Lúcia Seixo, uma skater de Lisboa

que não parava de skatar um minuto e ainda por cima

nos apresentou ao Hugo Cruz, que logo se ofereceu para

nos ajudar na viagem ao Porto.

Depois da final feminina do Marisquiño, onde a skater

portuguesa, Lúcia, ficou em 3ª lugar, a Kate, da Rússia,

em 2º e a argentina, Eugénia, em 1º, fizemo-nos logo

à estrada, ou melhor aos carris, pois fomos de comboio

até ao país vizinho.

Quando chegámos ao Porto, nem acreditávamos

no que víamos: uma cidade antiga, linda e com uma

energia espetacular. Desde o primeiro momento no Porto

contámos com a ajuda da malta da Kate, do Hugo Cruz

e da sua escola de skate e do António Pereira, mais

conhecido por Tony, que nos levaram a muitos spots,

inclusive ao novo parque DIY que estão a construir na

cidade. Respect amigos! Grande projeto. Ficaremos para

sempre gratas pela maneira como os nossos amigos

skaters do Porto nos receberam, nos mostraram todos

os melhores spots da cidade e nos abriram as portas de

casa. No último dia e no mítico spot da casa da música,

enquanto nos recordávamos de tudo o que havíamos

visto nesta cidade e pensávamos em tudo o que ainda

faltava ver e visitar, chegámos a uma conclusão muito

simples: 3 dias no Porto não é nada e assim que

pudermos temos que voltar...

sabe mais sobre estas miúdas em

www.asiplanchaba.com

página 81 Asiplanchaba

Eugenia layback frontside

rock and roll na transição

“infernal”, como ela lhe

chamou

Andrea com flip bem

afinadinho na casa da

música

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