SUMÁRIO MINERAL DA BAHIA NOVEMBRO/2015 INFORMATIVO MENSAL DE MINERAÇÃO - ANO 4 - Nº11 - WWW.SDE.BA.GOV.BR Informativo Mensal da Mineração Baiana – Secretaria de Desenvolvimento Econômico Panorama do Setor Mineral A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE em seu relatório de perspectiva econômica, publicado em novembro, cortou mais uma vez a previsão de crescimento global em 2015, que deverá fechar em 2,9%, contra os 3,7% anunciados em novembro de 2014 e os 3% previstos em setembro/2015, tendo como principal indicativo a queda nos fluxos do comércio internacional, cujos níveis são comumente associados à recessão mundial. Entretanto, espera-se uma retomada em 2016, baseada na recuperação econômica dos EUA e da Europa que começa a tomar fôlego, bem como as medidas de estímulo adotadas pela China, projetando-se o crescimento da produção global para 3,3%. No Brasil, as notícias são desanimadoras com a atividade econômica contraindo e sem sinais de estabilização. A inflação medida pelo IPCA acumulado no ano chegou a 10,48% em novembro e os índices de confiança dos empresários e consumidores permaneceram baixos no mês, com a indústria recuando 1,8%, além do contínuo enfraquecimento do mercado de trabalho, com os empregos formais mostrando menor nível de ocupação. As projeções indicam que em 2015 o PIB deve apresentar retração de 3,7%, e o IPCA deve fechar o ano acima de 10%. Particularmente para a mineração brasileira o mês de novembro foi muito ruim. O desastre ecológico e econômico causado pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco (Vale+BHP), em Mariana, Minas Gerais, atraiu a atenção nacional e internacional para os riscos da extração mineral, agravando o viés negativo ambiental dessa atividade. A indústria brasileira também deve ser impactada pela tragédia em Mariana, já que as projeções para o PIB sofrerão alterações associadas aos efeitos deste desastre, que afetará o desempenho da indústria extrativa mineral não só no 4º trimestre, bem como em 2016. Ainda no mês em foco a trajetória descendente do preço do minério de ferro no mercado internacional agravou-se, sendo cotado a US$ 42,80 no final do mês, com um decréscimo de 60% em relação ao preço registrado no primeiro dia do ano (US$ 71,20). As grandes mineradoras de ferro, inclusive a Vale, buscam compensar essa baixa nas cotações aumentando o volume de exportações, criando expectativas de preços ainda mais baixos para o mês de dezembro. Mesmo diante desse cenário negativo, o valor da produção mineral da Bahia comercializada em novembro, conforme declaração das mineradoras ao pagar a CFEM, aumentou 28,1% em comparação ao mês de outubro. Em novembro as cotações das principais commodities minerais continuaram em baixa, tendo a LME (Bolsa de Londres) registrado decréscimo médio de 8,08% em relação a outubro, para os seis bens minerais a seguir listados, apresentando os seguintes preços médios por tonelada: cobre US$ 4.808; zinco US$ 1.582; alumínio US$ 1.466; chumbo US$ 1.616; estanho US$ 14.743; níquel US$ 9.232. As commodities minerais cobre e níquel produzidas na Bahia também foram afetadas pela queda geral de preços, registrando-se para o níquel redução de 10,75% em relação a outubro e para o cobre uma queda de 7,93% no mês. Cotação das Commodities Minerais – Nov/2014 a Nov/2015 Fonte: LME Elaboração: SDE Protocolos de Intenções Assinados Em novembro não houve assinatura de Protocolo de Intenção para o setor mineral. Direitos Minerários e Licenças Ambientais Direitos Minerários Requerimentos de Pesquisa: 365 (2ª posição nacional); Alvará de Pesquisa: 180 (Bahia na 2ª posição nacional); Licenciamento: 06 outorgas Licenças Ambientais Licença Unificada: 1 Autorização Ambiental: 1 Produção Mineral Baiana Comercializada - PMBC A PMBC em novembro de 2015 totalizou R$ 244,4 milhões, crescendo 28,10% em relação à outubro. No acumulado de 2015 a PMBC alcançou R$ 2,3 bilhões, maior 4,52% que o mesmo período de 2014. PMBC – Janeiro a Novembro 2014 x 2015 Fonte:DNPM Elaboração: SDE No mês houve a comercialização de 41 substâncias minerais oriundas de 122 municípios e extraídas por 202 produtores. Em novembro as 10 maiores mineradoras que operam na Bahia foram responsáveis por 79,32 % do valor da PMBC. Participação das Principais Mineradoras na PMBC Fonte:DNPM Elaboração: SDE Compensação Financeira pela Exploração Mineral - CFEM No Brasil a arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral - CFEM (principal indicador oficial do setor mineral) registrou em novembro aumento de 22% em relação a outubro, enquanto para a Bahia o mesmo indicador cresceu 38%, A Bahia ocupou a 5ª posição entre os maiores arrecadadores de CFEM do país em novembro/2015, ficando atrás de Minas Gerais, Pará, Goiás, São Paulo, com participação de 2,48% no total da arrecadação do Brasil. Em termos regionais, a Bahia mantém-se no primeiro lugar entre os maiores arrecadadores, seguida por Sergipe e Paraíba. Compensação Financeira pela Exploração Mineral – CFEM (valores em R$) Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro R$ 4.060.419 2.748.870 3.715.144 4.180.302 2.788.105 2.830.988 2.875.015 2.804.457 3.865.447 1.000.000 2.000.000 3.000.000 4.000.000 5.000.000 Fonte:DNPM Elaboração: SDE