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Documentos 177
Editores tcnicos:Joo Cludio do Carmo Panetto
Rui da Silva Verneque
Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto
Frank ngelo Tomita Bruneli
Marco Antonio Machado
Marta Fonseca Martins
Marcos Vincius G. Barbosa da Silva
Wagner Antonio Arbex
Daniele Ribeiro de Lima Reis
Ctia Cilene Geraldo
Carlos Henrique Cavallari Machado
Mariana Alencar Pereira
Bruna Hortolani
Anibal Eugnio Vercesi Filho
Ranielly da Silva Maciel
Andr Rabelo Fernandes
Programa Nacional de Melhoramento do Gir LeiteiroSumrio
Brasileiro de TourosResultado do Teste de Prognie6a Prova de
Pr-Seleo de TourosMaio 2015
Embrapa Gado de LeiteJuiz de Fora, MG2015
ISSN 1516-7453Maio, 2015
Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuriaEmbrapa Gado de
LeiteMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento
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Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom
Bosco36038-330 Juiz de Fora MGFone: (32) 3311-7405Fax: (32)
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Superviso editorial, editorao eletrnica e tratamento das
ilustraes: Adriana Barros GuimaresCapa: Carlos Lopes
ABCGIL: Antnio Luiz de Andrade Filho Tcnico de Campo
[email protected] Carlos Matheus Arantes Pereira - Tcnico
de Campo [email protected] Fausto Cerqueira Gomes - Tcnico
de Campo [email protected] Gisele Oliveira Roza
Administrativo [email protected] Gustavo Rodrigues Andrade
e Oliveira Tcnico de Campo [email protected] Irades
Aparecida de Souza Administrativo [email protected] Jos
Geraldo Oliveira dos Santos Tcnico de Campo
[email protected] Juliana Duarte de Oliveira Administrativo
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1a edio1a impresso (2015): 5.000 exemplares
Embrapa 2015
Associao Brasileira dos Criadores de Gir LeiteiroPraa Vicentino
Rodrigues da Cunha, 110Parque de Exposies Fernando Costa38022-330
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(Lei no 9.610).
CIP-Brasil. Catalogao-na-publicao.Embrapa Gado de Leite
Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie 6a Prova de
Pr-Seleo de Touros Maio 2015 / Joo Cludio do Carmo Panetto ... [et
al.]. Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2015.
82 p. (Embrapa Gado de Leite. Documentos, 177).
ISSN 1516-7453
1. Bovinos de leite. 2. Raa Gir melhoramento teste de prognie.
I. Joo Cludio do Carmo Panetto. II. Rui da Silva Verneque. III.
Maria Gabriela Campolina Diniz Peixoto. IV. Frank ngelo Tomita
Bruneli. V. Marco Antonio Machado. VI. Marta Fonseca Martins. VII.
Marcos Vincius G. Barbosa da Silva. VIII. Wagner Antonio Arbex. IX.
Daniele Ribeiro de Lima Reis. X. Ctia Cilene Geraldo. XI. Carlos
Henrique Cavallari Machado. XII. Mariana Alencar Pereira. XIII.
Bruna Hortolani. XIV. Anibal Eugnio Vercesi Filho. XV. Ranielly da
Silva Maciel. XVI. Andr Rabelo Fernandes. XVII. Srie.
CDD 636.2082
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Joo Cludio do Carmo PanettoZootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de
LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz
de Fora, [email protected]
Rui da Silva VernequeZootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua
Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora,
[email protected]
Maria Gabriela Campolina Diniz PeixotoMdica-veterinria, D.Sc.
Embrapa Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom
Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]
Frank ngelo Tomita BruneliMdico Veterinrio, D.Sc. Embrapa Gado
de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330
Juiz de Fora, [email protected]
Marco Antonio MachadoEngenheiro Agrnomo, D.Sc. Embrapa Gado de
LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz
de Fora, [email protected]
Marta Fonseca MartinsBiloga, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua
Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora,
[email protected]
Marcos Vincius G. Barbosa da SilvaZootecnista, D.Sc. Embrapa
Gado de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom
Bosco36038-330 Juiz de Fora, [email protected]
Wagner Antonio ArbexMatemtico, D.Sc. Embrapa Gado de LeiteRua
Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz de Fora,
[email protected]
Autores
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Daniele Ribeiro de Lima ReisFarmacutica e Bioqumica Embrapa Gado
de LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330
Juiz de Fora, [email protected]
Ctia Cilene GeraldoAdministradora e Biloga Embrapa Gado de
LeiteRua Eugnio do Nascimento, 610 Bairro Dom Bosco36038-330 Juiz
de Fora, [email protected]
Carlos Henrique Cavallari MachadoZootecnista Superintendente de
Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque
Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]
Mariana Alencar PereiraMdica Veterinria, B.Sc. Gerente do
Programa de Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha,
110 Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba,
[email protected]
Bruna HortolaniMdica Veterinria, B.Sc. Gerente do Programa de
Melhoramento Gentico da ABCZPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque
Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]
Anibal Eugnio Vercesi FilhoMdico-veterinrio, D.Sc. Pesquisador
do IZ, Diretor Tcnico da ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110
Parque Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]
Ranielly da Silva MacielMdica Veterinria, B.Sc., Supervisora da
base de dados do PNMGL ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque
Fernando Costa38022-330 Uberaba, [email protected]
Andr Rabelo FernandesZootecnista, M.Sc. Coordenador Operacional
do PNMGL ABCGILPraa Vicentino R. da Cunha, 110 Parque Fernando
Costa38022-330 Uberaba, [email protected]
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Palavra do Presidente da ABCGIL
Entregamos novamente aos usurios de gentica de Gir Leiteiro o
Sumrio Brasileiro de Touros, onde so divulgados os resultados do 23
grupo do Teste de Prognie, a principal prova zootcnica do Programa
Nacio-nal de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL.
Completando este ano 30 anos de implantao, o Teste de Prognie
foi criado com o objetivo de promover o melhoramento gentico do Gir
Leiteiro. Neste perodo j foram avaliados 316 touros para produo de
leite e seus constituintes, bem como caractersticas de conformao,
manejo, moleculares e de parentesco. uma marca importante,
principalmente por tratar-se de projeto de melhoramento gentico,
basicamente custeado pelos criadores-associados da ABCGIL, mas que
conta com a participao efetiva de inmeros colaboradores e
parceiros.
O PNMGL fruto da parceria slida entre ABCGIL e Embrapa Gado de
Leite que ao longo desses anos tem fornecido, de forma consecutiva
e ininterrupta, o mais completo conjunto de informaes tcnicas das
raas zebunas de aptido leiteira, com o objetivo de instrumentalizar
os criadores e usurios da gentica Gir leiteiro para que conduzam,
da melhor maneira, seus trabalhos de criao e seleo.
A cada ano, o teste de prognie tem agregado novos indicadores e
dados, como o coeficiente de parentesco mdio dos touros, marcadores
moleculares, etc., de forma a trazer os avanos metodolgicos e
cientficos disponveis na rea de melhoramento gentico para os nossos
criadores. A preocupao com a atualizao tecnolgica permanente no
PNMGL.
Estamos tambm divulgando os resultados da 6 prova de pr-seleo
dos touros que iro compor o 30 grupo de animais do teste de prognie
deste ano. Foi incorporado nas avaliaes desta bateria o gentipo
para a Casena A2. Esta caracterstica ir proporcionar uma melhor
utilizao dos touros nos acasalamentos que visam a produo de leite
com valor agregado.
Portanto, associados e demais criadores, utilizem bem esta
ferramenta que a ABCGIL e a Embrapa esto colocando disposio de
vocs, neste incansvel trabalho de construo de uma gentica
genuinamente brasileira.
Jos Afonso Bicalho
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Palavra do Chefe-geral daEmbrapa Gado de Leite
O ano de 2015 especial para a agropecuria brasileira porque o
Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL) faz 30
anos. O trabalho tem sido pautado pelas mos da cincia, que orienta
as aes nas fa-zendas onde as filhas dos touros so avaliadas: o
teste de prognie. Os resultados do Programa foram possveis somente
porque houve forte interao entre instituies e pessoas que enxergam,
acreditam e colocam suas energias nessa ao em parceria: ABCGIL,
ABCZ, Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, Embra-pa,
Epamig, Emepa, Emparn, EBDA, APTA, produtores e Universidades.
Ao longo desses 30 anos o programa avaliou caractersticas
associadas facilidade de ordenha, temperamento, produo de leite e
seus componentes (gordura, protena e slidos) e ainda conformao
corporal das vacas associadas produo, sanidade e longevidade,
segundo parmetros tcnicos modernos. As caractersticas genticas do
Gir Leiteiro tm sido muito teis pecuria nacional porque, alm da boa
produtividade, oferecem maior tolerncia ao calor, a doenas e
parasitas tropicais.
Recentemente foi noticiada na mdia nacional a concluso do
sequenciamento do genoma do Gir Leiteiro, que ocorreu no incio de
2015. Esse trabalho contou com o financiamento da Fapemig, CNPq e
Embrapa e envolvi-mento da Secretaria do Estado de Cincia
Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes/MG), Polo de
Gentica, Polo de Excelncia do Leite, Embrapa, Epamig, Centro
Brasileiro de Melhoramento do Guzer (CBMG) e as associaes de
Criadores ABCZ e ABCGIL. Esse feito est permitindo o
desenvolvimento de ferramentas que podero ser aplicadas no
melhoramento gentico para reduzir o tempo necessrio seleo de vacas,
de touros e reduzir custos do Programa. A genmica poder ser
utilizada, por exemplo, na pr-seleo de touros para entrar nos
programas de melhoramento, eliminando os animais com baixo
potencial gentico. Essas novas ferramentas e protocolos de seleo
gentica animal vm em boa hora para fortalecer no apenas a raa Gir
Leiteiro, mas tambm seus mestios e outras raas leiteiras
nacionais.
O presente sumrio apresenta o resultado da prova do 23 Grupo de
Touros Gir, um trabalho de referncia inter-nacional em termos de
melhoramento gentico bovino e que est disposio do produtor de
leite. O Programa atual contempla 316 touros testados, tendo um
grupo com 20 touros a mais que o sumrio de 2014. Em fun-o dos
resultados obtidos e das novidades da cincia, as perspectivas do
Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro so muito
animadoras e apontam para o fortalecimento da raa, cujo sucesso
superou as frontei-ras do Brasil e hoje alcana e alicera a produo
de leite de vrios pases de clima tropical.
Paulo Martins
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Sumrio
Introduo11
Informaes moleculares11
Aspectos das avaliaes genticas para produo, conformao e
manejo12
Avaliao das caractersticas de conformao e manejo 13
Dados e metodologia de anlise 15
Sistema linear de avaliao 17
Como interpretar os resultados 21PTA 21Confiabilidade 21STA
21Anlise de DNA para os genes da kappa-casena e da beta
lacto-globulina 22Coeficiente de parentesco mdio 22
PTAs para produes de leite, gordura, protena e slidos totais, e
para percentuais de gordura, protena e slidos totais22
Resultados para o grupo de touros sumarizados pela primeira vez
...23Resultados para os diversos grupos de touros .. 24
STAs para conformao e manejo36
Anexo 1 Pr-seleo de touros para o teste de prognie Resultado da
6a Prova 71
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Programa Nacional de Melhoramento do Gir LeiteiroSumrio
Brasileiro de TourosResultado do Teste de Prognie Maio 2015Joo
Cludio do Carmo Panetto, Rui da Silva Verneque, Maria Gabriela
Campolina Diniz Peixoto, Frank ngelo Tomita Bruneli, Marco Antonio
Machado, Marta Fonseca Martins, Marcos Vincius G. Barbosa da Silva,
Wagner Antonio Arbex, Daniele Ribeiro de Lima Reis, Ctia Cilene
Geraldo, Carlos Henrique Cavallari Machado, Mariana Alencar
Pereira, Bruna Hortolani, Anibal Eugnio Vercesi Filho, Ranielly da
Silva Maciel e Andr Rabelo Fernandes
Introduo
O Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro (PNMGL) um
projeto executado pela Embrapa Gado de Leite em parceria com a
ABCGIL e ABCZ. Ele envolve a participao de diversos rgos pblicos e
pri-vados, tais como as centrais de processamento de smen, CNPq,
Fapemig, MCT, empresas estaduais de pesquisa (Epamig, Emparn,
Emepa, APTA), Secretaria de Agricultura do Acre, criadores de gado
Gir puro e fazendas colaboradoras. Iniciado em 1985, o PNMGL contou
tambm na fase de sua implantao com a im-portante participao da
Fundao Laura de Andrade. At 2006 o PNMGL foi coordenado
tecnicamente pelo Dr. Mrio Luiz Martinez, pesquisador da Embrapa
Gado de Leite.
O objetivo do programa promover o melhoramento gentico da raa
Gir por meio da identificao e seleo de touros geneticamente
superiores para as caractersticas de produo (leite, gordura,
protena e slidos totais), de conformao e de manejo.
Informaes moleculares
Os avanos na rea de gentica molecular possibilitam novas
abordagens para o melhoramento animal, permi-tindo acelerar o ganho
gentico. Utilizando genotipagem baseada em DNA, novas variantes
genticas para as protenas do leite foram identificadas e os
mecanismos de regulao da expresso dos genes das lacto-prote-nas
foram descobertos. As principais protenas do leite so as casenas,
albuminas e globulinas. As casenas so as protenas que por ao do
coalho, ou dos cidos, produzem uma massa coagulada que, depois de
prensada, salgada e amadurecida, transformada em queijo.
As protenas mais diretamente envolvidas na formao do queijo so
as casenas e globulinas. Existem quatro formas de casenas (alfa S1,
alfa S2, beta e kappa). Estudos moleculares identificaram seis
alelos para a kappa-casena (A, B, C, E, F e G), sendo que vrios
trabalhos na literatura reportam que o alelo B est asso-ciado a uma
maior capacidade de coagulao do leite, resultando num aumento do
rendimento na produo de queijo. A beta-lactoglobulina uma protena
encontrada no soro do leite que tambm est envolvida no processo de
coagulao do leite. Os alelos mais frequentemente encontrados em
rebanhos leiteiros so o A e o B, sendo que este ltimo est associado
com maiores teores de casenas no leite e, portanto, maior produ-o
de queijo.
Dessa forma, animais que possuam em sua constituio gentica os
alelos B para kappa-casena e lacto-glo-bulina iro produzir um leite
com maior capacidade de coagulao e teor de casenas. Os efeitos
destes genes so aditivos. Consequentemente, animais que possuam o
alelo B para ambos os genes produziro um leite com maior rendimento
na produo de queijo.
O Complexo de M Formao Vertebral (CVM), a Deficincia Leucocitria
Bovina (BLAD) e a Deficincia de Uridina Monofosfato Sintetase
(DUMPS) so doenas genticas, presentes em populaes bovinas de
origem
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12 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
europeia, que so caracterizadas como autossmicas recessivas, ou
seja, so letais quando o alelo contendo a mutao est presente em
homozigose. Conhecendo a base molecular dessas doenas, possvel
iden-tificar seus portadores por meio de exames de DNA. Com essa
informao se pode evitar a disseminao desses genes indesejveis na
populao e as consequentes perdas na produtividade dos rebanhos.
Sabendo que os rebanhos zebunos atuais podem possuir alelos
remanescentes de gado europeu, resultantes de cruza-mentos
absorventes que tenham acontecido na poca de sua introduo no
Brasil, a Embrapa decidiu avaliar o DNA de todos os touros
participantes do teste de prognie do Gir Leiteiro, em teste ou
provados. Felizmen-te, nenhum touro foi diagnosticado ser portador
dos alelos que indicam a presena destas doenas, ou seja, a indicao
que a populao esteja livre desses alelos. De qualquer forma, com o
objetivo de monitoramento da populao e para evitar qualquer
possibilidade de introduo desses genes indesejveis na populao
ze-buna brasileira, os exames para essas doenas passaro a ser
feitos rotineiramente nos touros candidatos ao programa de teste de
prognie do Gir Leiteiro.
Neste documento, so apresentados os gentipos dos animais para os
alelos do gene da kappa-casena e beta lacto-globulina. Esto sendo
divulgadas as genotipagens dos touros ainda em teste de prognie at
o 29o grupo.
Aspectos das avaliaes genticas para produo, conformao e
manejo
As avaliaes genticas para as caractersticas de produo (leite,
gordura, protena e slidos totais), con-formao (altura da garupa,
permetro torcico, comprimento corporal, comprimento da garupa,
largura entre squios e entre lios, ngulo da garupa, ngulo dos
cascos, posio das pernas vista lateralmente, posio das pernas vista
por trs, ligamento de bere anterior, largura de bere posterior,
profundidade do bere, comprimento e dimetro de tetas) e manejo
(facilidade de ordenha e temperamento) so realizadas usando-se os
procedimentos do modelo animal. O modelo animal, aliado uma
adequada metodologia de estimao e de predio, representa o que h de
mais moderno para se calcular as capacidades previstas de
transmisso (PTAs). As avaliaes pelo modelo animal so baseadas nas
mensuraes do prprio animal (neste caso, a vaca) e nas mensuraes de
parentes que esto sendo avaliados (Tabela 1). As informaes do
animal pro-priamente dito, e a de seus ancestrais e suas prognies
so includas por meio da matriz de parentesco entre os animais
avaliados. As informaes das famlias das vacas so utilizadas com a
incluso dos registros de produo de todas as fmeas ancestrais e
descendentes. Na avaliao pelo modelo animal, todos os paren-tes
identificados de um animal afetam a sua prpria avaliao. Da mesma
forma, cada indivduo influencia as avaliaes de seus parentes. O
nvel de influncia depende do grau de parentesco entre os indivduos.
Filhas, filhos e pais tm um efeito maior sobre a avaliao do
indivduo do que os avs, primos, tios e outros paren-tes mais
afastados.
Muitos so os fatores que afetam as caractersticas de produo e
conformao. Influncias do meio ambien-te, tais como manejo e
alimentao, e genticas, afetam o desempenho do animal. Assim, para
se estimar o mrito gentico de um animal, estes fatores devem ser
levados em considerao. Os fatores mais importan-tes a serem
considerados quando predizemos o mrito gentico de um animal so: 1)
efeito do rebanho, 2) mrito gentico dos acasalamentos, 3) mrito
gentico das companheiras de rebanho, 4) correlao de meio ambiente
entre as filhas de um touro em um mesmo rebanho e 5) informaes de
pedigree.
Para se estimar a capacidade gentica de um indivduo, o meio
ambiente no qual a vaca produziu deve ser considerado, como, por
exemplo, ano e estao de pario. Alm disso, a sua produo deve ser
ajustada para o efeito da idade ao parto. O ajuste para os fatores
ou efeitos no-genticos permitir que se obtenham estimativas mais
precisas do mrito gentico do animal. Para isso, as produes so
padronizadas para duas ordenhas e limitadas em at 305 dias de
lactao. Produes de lactaes em andamento e com mais de 150 dias so
projetadas para 289 dias (mdia da raa), considerando-se a poca do
parto e a mdia de pro-duo do rebanho. Apenas as vacas de primeiro
parto so consideradas para a avaliao do mrito gentico das
caractersticas produtivas.
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13Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Avaliao das caractersticas de conformao e manejo
Informaes sobre as caractersticas de conformao e manejo podem
ajudar o criador a conseguir um reba-nho mais eficiente, produtiva
e economicamente pela seleo dos melhores reprodutores. Entender o
que a capacidade prevista padronizada das caractersticas de
conformao (STA) importante para:
identificar as caractersticas mais importantes; estabelecer uma
meta gentica realstica para cada uma das caractersticas; selecionar
um melhor grupo de touros para os acasalamentos; planejar o
acasalamento corretivo ou complementar para cada vaca; acumular
ganho gentico por meio das geraes.
Na Tabela 2 so apresentadas as mdias da raa Gir para as diversas
caractersticas medidas.
As PTAs para diferentes caractersticas (tais como produo de
leite e gordura), expressas na mesma unidade (kg), podem ser
difceis de serem apresentadas em um mesmo grfico porque os valores
para as caracte-rsticas so muito diferentes (+ 300 kg vs +10 kg).
Tentar incluir no mesmo grfico outras caractersticas (PTAs para
conformao), expressas em unidades diferentes (cm ou escores)
praticamente impossvel. Assim, a soluo lgica para apresentar vrias
caractersticas em um mesmo grfico padronizar cada uma delas. Dessa
forma todas as caractersticas podem ser apresentadas em um mesmo
grfico. A capacidade prevista padronizada (STA) permite portanto
que se comparem as diferentes caractersticas de um mesmo touro e
que se conheam os seus valores mais extremos. A padronizao obtida
dividindo-se a PTA do tou-ro pelo desvio-padro da PTA da
caracterstica obtida para todos os touros avaliados.
As avaliaes genticas para caractersticas de conformao so
calculadas como capacidades previstas de transmisso (PTAs),
semelhantemente s obtidas para as caractersticas de produo.
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14 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
As STAs das caractersticas de conformao e de manejo so mais
fceis de se comparar do que as PTAs. A variao no valor da PTA muito
maior para as caratersticas de maior herdabilidade.
Na Tabela 3 so apresentadas as estimativas de herdabilidades
para as caractersticas de conformao e manejo. Espera-se maior
progresso gentico por unidade de tempo para as caractersticas de
maior herda-bilidade. muito difcil de se obter progresso gentico
pela seleo e planejamento de acasalamentos para caractersticas com
herdabilidade menor do que 0,10. Na Tabela 3 pode-se observar que
as caractersticas de conformao diferem substancialmente nos valores
das herdabilidades. Por exemplo, a altura da garupa (h2 = 0,53) tem
uma herdabilidade muito maior do que a do ngulo dos cascos (h2 =
0,07). Consequente-mente, para uma mesma intensidade de seleo,
espera-se um progresso gentico muito maior em acasala-mentos
envolvendo a caracterstica altura da garupa do que ngulo dos
cascos. No apenas a herdabilidade da caracterstica, mas tambm sua
importncia econmica em relao ao desempenho econmico geral, devem
ser levadas em considerao ao escolher as caractersticas a serem
includas em um programa de seleo.
Quando utilizamos as STAs, verificamos que a variao a mesma para
todas as caractersticas, enquanto o mesmo no ocorre com a variao
das PTAs. Assim, cerca de 68% dos valores das STAs esto entre 1,0 e
+1,0 para qualquer caracterstica. Aproximadamente noventa e cinco
por cento possuem valores entre 2,0 e +2,0 e
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15Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
99% das STAs esto entre 3,0 e +3,0. A Fig. 1, denominada de
Distribuio das STAs, tambm conhecida como Distribuio Normal
Padronizada ou curva em forma de sino.
Muitas caractersticas, inclusive as de produo, podem ser
representadas dessa forma. Nessa curva, no ponto mdio (STA=0),
encontram-se as informaes da grande maioria dos touros. medida que
o valor da STA se afasta da mdia (seja para a direita ou esquerda),
encontra-se progressivamente me-nos touros. Nos extremos (3,0 e
+3,0) encontram-se apenas cerca de 1% dos touros. No ponto zero, a
STA representa a mdia da raa para aquela caracterstica. As mdias da
raa Gir para estas caractersticas encontram-se nas Tabelas 2 e 4. O
conhecimento da STA de um touro permite prever o quo afastada da
mdia dever estar a sua prognie. Todavia, para se responder a uma
pergunta, como por exemplo: Quo maior em altura a filha mdia de um
touro de +2,0 STA em relao filha mdia de um touro de 2,0 STA?,
necessrio que se tenham outras informaes.
Esta pergunta pode ser respondida com a ajuda das informaes da
Tabela 4, que contm as mdias das ca-ractersticas de conformao e
manejo das prognies, e as correspondentes STAs dos touros. Assim, a
altura mdia das filhas de um touro de 2,0 STA ser de 126,9 cm
enquanto a mdia das filhas de um touro de +2,0 STA ser de 146,1 cm.
A diferena esperada entre elas ser de 19,2 cm.
Dados e metodologia de anlise
At o presente momento foram includos no teste 531 touros,
distribudos em 29 grupos anuais, representando diversas linhagens
genticas existentes no Brasil. A partir das informaes das prognies
e de suas companhei-ras de rebanho, foram realizadas as avaliaes
genticas, considerando-se tambm as informaes de pedigree. Foram
controladas as produes de 12.819 prognies, de 358 destes touros,
distribudos em diversos grupos e de 20.660 companheiras de rebanho,
acumulando-se um total de 32.849 lactaes. As prognies dos touros
esto distribudas principalmente na Regio Sudeste e as demais, nas
Regies Nordeste, Centro-Oeste e Sul.
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16 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
As informaes referentes s filhas dos 316 touros avaliados
encontram-se na Tabela 5, onde so apresenta-dos dados relativos
distribuio do smen e os anos de nascimento das prognies dos touros.
Informaes de produo de filhas de touros fora do perodo estabelecido
foram desconsideradas de suas avaliaes.
Foram utilizadas apenas as lactaes das filhas cujo ano do
nascimento ocorreu dentro de um perodo pre-determinado,
correspondente ao grupo em que seus pais participaram do teste.
Assim, os touros do Grupo 23 foram avaliados baseando-se nas
produes das filhas nascidas exclusivamente entre os anos de 2008 a
2011. Critrio similar foi utilizado para todos os demais grupos. Os
perodos de nascimento nos quais as filhas dos touros foram
consideradas encontram-se na Tabela 5. Todas as filhas de touros
Gir, puras ou mes-tias, foram utilizadas na avaliao, desde que
atendessem aos critrios anteriormente mencionados.
O modelo estatstico usado na avaliao gentica dos animais incluiu
os efeitos fixos de grupo de con-temporneas ao parto, poca de
parto, composio gentica da filha do touro e a idade da vaca ao
parto. Como fatores aleatrios foram considerados, alm do erro, o
efeito de animal (vaca, pai e me). Para ava-liao gentica das
caractersticas de conformao e manejo, o efeito da composio gentica
foi excludo do modelo, porque foram medidas apenas filhas Gir
puras. Foram includos, adicionalmente, o efeito fixo de avaliador e
o efeito aleatrio de meio permanente, por haver medidas repetidas
de um mesmo animal. Acrescentou-se uma matriz de parentesco
completa para previso da capacidade de transmisso (PTA) de cada
animal.
As herdabilidades da produo de leite e da produo e percentual de
gordura, de protena e de slidos totais no leite e suas correlaes
genticas com a produo de leite esto apresentadas na Tabela 6. Para
as carac-tersticas de conformao e manejo foram consideradas aquelas
apresentadas na Tabela 3. A mdia da produ-o de leite em 305 dias de
lactao na base de dados considerada foi de 3.042,34 1.641 kg, da
produo de gordura 124 69 kg, da produo de protena 104 57 kg e dos
slidos totais 384 209 kg. A dura-o mdia da lactao foi de 280 85
dias. A mdia do teor de gordura foi de 4,09 0,85%, do teor de
protena 3,18 0,38% e do teor de slidos totais foi de 12,09
1,59%.
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A base gentica da produo de leite, considerada para esta
avaliao, foi a mdia do valor gentico das filhas dos touros nascidas
no ano de 2005, cujo valor foi de 358 kg. Assim, do valor gentico
de cada animal avaliado foram deduzidos 358 kg, de forma que a mdia
do valor gentico da produo de leite, dos animais nascidos em 2005,
foi movida para 0 (zero). Para as produes de gordura, protena e
slidos totais do leite as bases genticas foram de 2,53; 1,60 e 5,89
kg, respectivamente.
Sistema linear de avaliao
Neste documento so apresentadas as figuras que representam as
posies ou pontos onde as medidas linea-res so tomadas, com as
respectivas descries para cada caso. A incluso desse detalhamento
visa auxiliar no entendimento do sistema de avaliao linear no Gir
leiteiro.
Corporais
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Pernas/Ps
lios
Escores prximos a quatro ou cinco indicam
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Sistema Mamrio
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Como interpretar os resultados
Para um melhor entendimento dos resultados das avaliaes
publicados neste sumrio, apresentamos um exemplo com as devidas
interpretaes. Na Tabela 7 encontram-se os resultados de um
determinado touro. Logo aps o seu nmero de registro XXXX, a sua
classificao geral pela PTAL (XX entre parnteses) e o seu nome, so
apresentados os nmeros de registro e os nomes de seu pai e de sua
me e as PTAs para produo de leite (PTAL), de gordura (PTAG), de
protena (PTAP) e de slidos totais (PTAST) seguidas das respectivas
confiabilidades (CONF). Podem ser visualizados os extremos
biolgicos de cada uma das caracte-rsticas de conformao e de
manejo.
Tabela 7. Exemplo para interpretao dos resultados.
PTA a capacidade prevista de transmisso, sendo uma medida do
desempenho esperado das filhas do touro em relao mdia gentica dos
rebanhos. Assim, por exemplo, uma PTA de 500 kg para produo de
leite sig-nifica que, se o touro for usado numa populao com nvel
gentico igual base gentica de sua avaliao, cada filha produzir em
mdia 500 kg por lactao a mais do que a mdia do rebanho.
Considerando-se dois touros, um com PTA = 500 kg e outro com PTA =
100 kg, espera-se que, em acasalamentos ao acaso, as filhas do
primeiro touro produzam em mdia 600 kg a mais do que as filhas do
segundo touro.
Confiabilidade uma medida de associao entre o valor gentico
previsto de um animal e seu valor gentico real. Quanto maior for a
confiabilidade, maior a segurana que se tem no valor gentico
previsto do animal. O valor da confiabilidade depende da quantidade
de informao usada para avaliar o animal, incluindo dados do prprio
indivduo, de suas filhas e de outros parentes, e da distribuio
dessas informaes em diversos ambientes ou rebanhos. Alm disso, o
valor da herdabilidade da caracterstica contribui para o aumento da
confiabilidade.
STA a PTA padronizada das caractersticas de conformao e manejo.
A STA permite que as caractersticas sejam comparadas, mesmo que
tenham sido medidas em unidades diferentes, conforme j explicado.
Dessa forma o criador pode avaliar em conjunto o que o touro pode
melhorar, se acasalado com vacas mdias de seu rebanho.
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
No quadro direita dos resultados para as caractersticas
produtivas, encontram-se as avaliaes genticas, PTAs padronizadas
(STAs) para cada uma das caractersticas de conformao e manejo
avaliadas. Na pri-meira coluna, sob o nome Caracterstica,
encontram-se os nomes das caractersticas e sob o nome STA, as suas
respectivas capacidades previstas de transmisso padronizadas. A
linha em frente a cada uma das caractersticas indica o seu
intervalo de confiana, medida que est relacionada mdia e
confiabilidade da estimativa da STA. O ponto observado sobre a
linha corresponde estimativa da STA e o tamanho da linha ao
intervalo de confiana. Isto significa que quanto menor o tamanho da
linha, maior a confiabilidade do valor da STA, e vice-versa.
Significa tambm o grau com que se espera, em 95% dos casos, que as
mdias estimadas das STAs em futuros acasalamentos estejam dentro
daqueles limites.
importante salientar que essas informaes devem ser utilizadas
objetivando a complementaridade nos aca-salamentos. Os desvios das
caractersticas de conformao e manejo direita ou esquerda significam
que haver progresso gentico na direo escolhida. Por exemplo, se uma
vaca tem tetas muito grandes (acima da mdia), o desejvel acasal-la
com um touro que tenha STA negativa para comprimento de tetas,
buscando corrigir este defeito na gerao futura. Se todavia a vaca
tem tetas muito pequenas, o desejvel ser o acasala-mento com um
touro que tenha STA positiva. A mesma lgica deve ser aplicada para
as demais caractersticas.
Anlise de DNA para os genes da kappa-casena e da beta
lacto-globulina
O DNA da maioria dos touros participantes do teste de prognie
foi genotipado visando determinar os alelos para os genes da
kappa-casena e da beta lacto-globulina. Os resultados das anlises
dos touros provados esto disponveis nas Tabelas 8 e 9. Na Tabela 10
so apresentados os gentipos de touros em teste de pro-gnie. As
seguintes denominaes foram utilizadas:
AA = ausncia do alelo B; AB = presena de uma cpia do alelo B; BB
= presena de duas cpias do alelo B; e NG = touro no-genotipado.
Se o touro possuir uma cpia do alelo B (gentipo AB), significa
que ele poder transmitir este alelo, em m-dia, para 50% de suas
prognies. Se o touro possuir duas cpias do alelo B (gentipo BB),
significa que ele ir transmitir este alelo para 100% de suas
prognies.
Coeficiente de parentesco mdio
O coeficiente de parentesco mdio, ou simplesmente parentesco
mdio, como indicado para cada touro nas Tabelas 8 e 9 desse
documento, representa a probabilidade de que um alelo escolhido
aleatoriamente na populao pertena a esse indivduo. Os valores aqui
indicados tentam representar o parentesco mdio de cada touro dentro
da populao atual de animais puros da raa Gir. Os clculos foram
realizados usando-se a genealogia de todos os touros do teste de
prognie e de todos os animais nascidos a partir do ano de 2006.
Somente esto publicados os coeficientes dos animais que tinham em
sua genealogia informao acima do equivalente a trs geraes
completas.
A utilidade dessa informao est na correta identificao de quais
seriam os animais que podem ser conside-rados como linhagens
alternativas para a raa, que seriam aqueles com menores
coeficientes de parentesco. Deve-se estimular o uso de touros com
bom potencial gentico para melhoramento das caractersticas de
in-teresse, e que, ao mesmo tempo, tenham menor parentesco mdio na
populao, pois esses animais podem contribuir para a preservao da
diversidade gentica na raa, evitando futuras dificuldades para se
prevenir aumentos da endogamia na populao.
PTAs para produes de leite, gordura, protena e slidos totais, e
para percentuais de gordura, protena e slidos totais
As classificaes dos 20 touros sumarizados pela primeira vez e
dos 316 touros avaliados, segundo a sua PTA para leite,
encontram-se nas Tabelas 8 e 9, respectivamente.
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para conformao e manejo
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Tabela 10. Touros em teste com resultados a serem liberados nos
prximos anos.
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Tabela 11. Fazendas colaboradoras do Programa Nacional de
Melhoramento do Gir Leiteiro.
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A N E X O 1
AutoresAndr Rabelo Fernandes Zootecnista, M.Sc. ABCGIL
Carlos Matheus Arantes Pereira Tcnico Agrcola ABCGIL
Gustavo Rodrigues Andrade e Oliveira Tcnico Agrcola ABCGIL
Fausto Cerqueira Gomes Zootecnista, B.Sc. ABCGIL
Antnio Luiz de Andrade Filho Zootecnista, B.Sc. ABCGIL
Ranielly da Silva Maciel Mdica Veterinria, B.Sc. ABCGIL
Anbal Eugnio Vercesi Filho Mdico Veterinrio, D.Sc.
APTA/ABCGIL
Alexandre Lcio Bizinoto Zootecnista, M.Sc. FAZU
Carlos Henrique Cavallari Machado - Zootecnista, B.Sc. FAZU
Joo Cludio do Carmo Panetto Zootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de
Leite
Rui da Silva Verneque Zootecnista, D.Sc. Embrapa Gado de
Leite
Rossana Vilela Rezende Franco Mdica Veterinria, M.Sc. Bio
Vitro
Rodrigo Novaes Vilela Mdico Veterinrio, B.Sc. Bio Vitro
EstagiriosCaio Humberto Caiado
Caio Pistori Tavares
Rodrigo Suhadolnik Silveira
Victor Hugo Caiado de Oliveira
Murilo Bruno Ruggiero Filho
Savio Caldeira Bahia Lima
Manoel Generoso dos Santos Neto
Nayara Gabrielly Vieira
Thiago Dayrell de Siqueira
Colaborador FAZUPedro dos Reis de Freitas
Pr-seleo de touros para o teste de prognieResultado da 6a
Prova
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Introduo
O Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL, uma
parceria entre a Associao Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro
ABCGIL e Embrapa Gado de Leite, teve o incio de seus trabalhos em
1985 com o objetivo de promover o melhoramento gentico da raa para
produo de leite. Alm da avaliao gentica para volume de leite, o
Programa disponibiliza informaes para caractersticas de composio do
leite, conformao e manejo, alm da genotipagem dos touros para os
alelos da kapa-casena e beta-lactoglobulina, fornecendo as-sim,
ferramentas importantes para os usurios dessa gentica, tanto na raa
pura quanto em cruzamentos com outras raas leiteiras. Desde seu
princpio, o PNMGL vem passando por constante aprimoramento,
incorporando sempre novas provas e aumentando o nmero de
caractersticas avaliadas nas matrizes e reprodutores.
Em 2009, critrios tcnicos mais rgidos foram incorporados para a
entrada de jovens reprodutores no Teste de Prognie. Tambm foram
disponibilizadas vagas para touros com pedigree mais aberto visando
o controle da endogamia na populao pura.
Visando a melhoria dos reprodutores que entram em prova, a
partir de 2009, a ABCGIL em parceria com a Embrapa e a FAZU,
iniciaram uma nova etapa na evoluo tcnica do PNMGL: a prova de
pr-seleo de touros para o teste de prognie. Nesta prova, so
avaliadas caractersticas reprodutivas (congelabilidade, motilidade,
defeitos maiores e menores, dentre outros) ligadas produo comercial
de smen nos tourinhos candidatos ao teste de prognie. Atualmente,
alm destas caractersticas seminais, esto sendo estudadas
caractersticas funcionais como temperamento, libido e de conformao.
Com isso, pretende-se formar um banco de dados consistente na parte
reprodutiva de machos, o que possibilitar posteriores estudos de
associao gentica com caractersticas produtivas e reprodutivas nas
fmeas, visando o aumento da acurcia e funcionalidade na seleo do
Gir Leiteiro.
Com o intuito de sempre evoluir na pr-seleo de touros, a partir
da 2 prova foram incorporadas avaliaes fenotpicas que dizem
respeito a caractersticas funcionais. Portanto, para entrar em
teste de prognie, o touro alm de ser classificado pelas avaliaes de
fertilidade, temperamento e libido, dever tambm ser aprovado para
funcionalidade. Para isso, foi criado o ndice de Classificao de
Touros ICT, o qual pontua os touros em uma escala de 1 a 100
pontos, tendo cada caracterstica um peso especfico dentro deste
ndice. Com o ICT, o teste de prognie passou a contar com touros
mais frteis, equilibrados e longevos, o que dever refletir em
melhores resultados na vida produtiva das matrizes Gir Leiteiro ou
mestias. Vale ressaltar que os ponderadores do ndice so empricos,
ou seja, foram determinados baseados na opinio de um grupo de
tcnicos e pesqui-sadores ligados prova.
Os touros aprovados nas cinco edies da prova tiveram bons
resultados nas centrais de coleta e processamen-to de smen,
coletando rapidamente as 500 doses do teste de prognie e retornando
posteriormente para seus rebanhos de origem. O bom desempenho
destes touros nas centrais confirmou a importncia da prova de
pr--seleo, validando todo o processo de coleta de dados
reprodutivos aos quais os touros foram submetidos.
Desde o 28 grupo de touros, em 2013, a ABCGIL e Embrapa
disponibilizam, j na pr seleo, o ndice de parentesco mdio de cada
touro. Essa informao serve para identificar reprodutores que
representam linhagens alternativas na populao.
Nessa edio, os touros da pr-seleo foram genotipados para
identificao de seus alelos (A1 ou A2) para a beta-casena, e esses
resultados esto aqui apresentados. Sabe-se que as casenas respondem
por 80% das protenas do leite bovino. Entre as 4 variantes
existentes, a beta-casena tm sido muito estudada por ter um alelo
(A1) associado a doenas em humanos. O aparecimento das doenas
(principalmente cardiovasculares e diabetes tipo 1) est associado
digesto da beta-casena A1 no trato gastrintestinal humano, que tem
como um de seus produtos finais, um peptdeo bioativo BCM-7. Este
alelo (A1) uma mutao do alelo A2. Essa in-formao servir para
aqueles criadores que tiverem interesse em selecionar linhagens que
produzam leite A2.
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Objetivo
Identificar jovens reprodutores Gir Leiteiro para ingressarem no
teste de prognie ABCGIL/Embrapa, por meio de avaliao para as
caractersticas funcionais e de fertilidade.
Objetivos Especficos Determinar as idades puberdade e maturidade
sexual de machos da raa Gir Leiteiro, sob condies de manejo
nutricional adequado a pasto, por meio de marcadores seminais;
Classificar e selecionar touros mais frteis por meio do exame
androlgico e da CAP (Classificao Androl-gica por Pontos);
Determinar o ndice de congelabilidade do smen de touros jovens Gir
Leiteiro ao atingirem a maturidade sexual; Abrir espao para a
realizao de projetos de graduao e ps-graduao, de mbito nacional e
internacional; Criar possibilidade de desenvolvimento de parcerias
entre instituies de ensino e pesquisa, empresas do mercado de
biotecnologias e a ABCGIL; Classificar os touros Gir Leiteiro
atravs de um ndice de Classificao de Touros ICT;
Metodologia
Do local, perodo das avaliaes e alimentao dos animaisA prova
classificatria foi conduzida na fazenda-escola das Faculdades
Associadas de Uberaba (FAZU), no municpio de Uberaba-MG. As normais
climatolgicas histricas obtidas na Estao Experimental Getulio
Var-gas indicam precipitao total anual mdia de 1.445,4 mm e
temperatura mdia anual de 21,9 C (INEMET--EPAMIG, 2008).
O solo da rea foi mantido com mdia de 80% de saturao por bases,
recebendo adubaes para alojar 7 UA/ha na primavera-vero e 2 UA/ha
no outono-inverno (AGUIAR et al., 2005).
A rea foi formada com o capim Pannicum sp. e manejada em sistema
intensivo de pastejo rotacionado. Na rea de lazer encontravam-se
bebedouro, cocho coberto para suplementao mineral, cocho para
suplementa-o com concentrados e rea de sombreamento artificial
(3m2/cabea).
Todos os animais receberam o mesmo manejo alimentar, com oferta
de 4% MS (matria seca)/100kg PV (peso vivo) durante o perodo
experimental. A oferta de suplemento mineral foi vontade no cocho
saleiro, enquanto a suplementao concentrada teve um consumo
controlado para garantir o escore corporal adequa-do prova.
Dos animais e perodo de avaliao Participaram da prova 70 jovens
touros Gir Leiteiro oriundos de rebanhos dos associados da ABCGIL,
candi-datos ao teste de prognie da ABCGIL/Embrapa, com idade mdia
ao final da prova de 29 meses e 15 dias e peso mdio de 464 kg.
Somente touros que atenderam a todos os pr-requisitos do
regulamento para inclu-so de touros no Programa Nacional de
Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL puderam ser inscritos.
As avaliaes ocorreram no perodo de novembro de 2014 a abril de
2015, aps 15 dias de adaptao dos animais ao novo ambiente e
lote.
Do preparo dos animaisTodos os touros receberam antiparasitrios
ao iniciar o perodo de adaptao e receberam combate a ectopa-rasitas
quando a infestao foi considerada limitante aos bovinos, conforme
recomendao descrita na bula dos produtos e do mdico veterinrio do
Hospital Veterinrio de Uberaba - HVU.
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74 Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
O calendrio profiltico foi seguido conforme normas vigentes para
a regio de Uberaba, estabelecido pelo IMA Instituto Mineiro
Agropecuria. Eventuais aes sanitrias preventivas foram
realizadas.
Das avaliaesPara as avaliaes, os bovinos foram levados aos
currais de manejo da fazenda-escola, onde receberam o manejo de
baixo estresse (manejo racional) durante as avaliaes zootcnicas e
para a conduo das avalia-es vinculadas coleta de smen.
DesempenhoA cada 28 dias os touros foram pesados, permitindo a
determinao do ganho de peso mdio dirio (GMD) individual e a avaliao
de possveis interaes com outras caractersticas avaliadas.
TemperamentoDurante as pesagens os animais foram submetidos aos
testes de Reatividade: Freqncia respiratria dentro do tronco de
conteno individual; Velocidade de sada do tronco de conteno
individual; Distncia de fuga.
Foram avaliadas provveis interaes desta caracterstica com
desempenho e fertilidade. O Temperamento dos touros foi
classificado por pontos, variando em uma escala de 1 a 6, onde o
extremamente bravio rece-beu pontuao 1 e o extremamente manso
pontuao 6.
DesenvolvimentoForam realizadas avaliaes do escore corporal dos
touros no incio e final da prova, a fim de avaliar o
desen-volvimento corpreo e possveis interaes com outras
caractersticas avaliadas.
Exames androlgicosOs procedimentos de exames androlgicos
permitiram a avaliao dos aspectos clnicos e androlgicos a fresco,
bem como a mensurao do permetro escrotal.
As coletas de smen foram realizadas em trs momentos durante o
perodo experimental, com testes de con-gelabilidade e qualidade
espermtica, exames estes realizados pela equipe da Biovitro. Os
touros reprovados tiveram uma quarta oportunidade para
congelamento. Os ejaculados de todos os touros foram coletados na
mesma poca para se padronizar possveis efeitos de interferncias do
clima na qualidade do smen.
Classificao dos touros quanto aptido reprodutiva baseada no
CAPPara classificar os touros quanto ao seu potencial reprodutivo
foi utilizada a classificao androlgica por pontos CAP (Vale Filho,
1988). Os animais foram ranqueados em notas que variaram de
dezesseis a cem pontos. S foram considerados aptos animais com
CAP>70 pontos.
Congelamento e descongelamento do smen Aps a avaliao da amostra
de smen, o mesmo foi envasado em palhetas de 0,5 ml, utilizando a
concen-trao de 25 x 106 espermatozides/palheta.
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75Programa Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro Sumrio
Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Para o resfriamento e congelamento do smen foi utilizado um
sistema programvel de criopreservao do smen porttil (Tetakon, TK
3000) equipado com uma unidade geradora, na qual esto acoplados um
porta--palhetas de ao-inox e uma caixa trmica plstica.
Foi realizado o descongelamento em banho-maria a 38C por 30
segundos. Aps o descongelamento foram avaliados visualmente os
parmetros de motilidade, concentrao e morfologia espermtica. Estas
avaliaes foram feitas segundo os procedimentos do Manual para Exame
Androlgico e Avaliao de Smen Animal do Colgio Brasileiro de
Reproduo Animal (1998).
Teste de libidoTodos os touros foram apresentados
individualmente s fmeas com cio induzido, permitindo um primeiro
contato aos inexperientes. A organizao dos currais permitiu a
observao antecipada do comportamento sexual dos touros em servio,
pr-estimulando os prximos segundo a ordem de entrada.
Aps 30 dias, realizou-se o teste de libido, o qual consistiu em
avaliar o comportamento sexual (Tabela 1), durante 20 minutos em um
curral de 400 m2 com dez fmeas, estando pelo menos quatro fmeas em
estro (cio) induzido, em diferentes estgios. O desempenho sexual
dos touros, que varia desde o total desinteresse pela fmea, at a
realizao de pelo menos uma monta com servio dentro do referido
perodo, foi classifica-do por pontos, desde o questionvel (0 - 1)
ao excelente (5 - 6).
Caractersticas funcionais como Tipo Funcional, Estrutura,
Aprumos, Conjunto Umbigo Bainha Prepcio, e Pigmentao.A classificao
de cada uma das caractersticas funcionais foi realizada atravs de
avaliao visual dentro de uma escala de pontuao de 1 a 6, onde 1
sendo o ponto inferior (pior nota) e 6 o ponto superior (melhor
nota). Esta classificao foi realizada por 3 (trs) avaliadores
integrantes do colgio de jurados das raas Zebunas: Andr Rabelo
Fernandes, Carlos Henrique Cavallari Machado e Glayk Humberto
Vilela Barbosa. Foi considerada a mdia dos trs avaliadores.
Cronograma de execuo da 6 Prova de Pr-Seleo de Touros para o
Teste de Prognie ABCGIL/Embrapa:
Inscrio dos touros: De 01 a 31/10/2014 Entrada dos animais: De
17 a 19/11/2014 (das 8:00 s 18:00hs) Trmino da prova: 01/05/2015
Divulgao dos resultados: 04/05/2015 (Durante a Expozebu 2015) Sada
dos Animais: 11 a 13/05/2015 (das 8:00 s 18:00hs) Durao da Prova:
15 dias de adaptao mais 150 dias de avaliaes.
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
Classificao final atravs do ndice de Classificao de Touros ICTO
ndice de Classificao de Touros ICT foi desenvolvido para
classificar os touros participantes da prova de pr-seleo de touros
para o teste de prognie ABCGIL/Embrapa dentro de uma escala de 0 a
100 pontos. Os touros que receberam classificao igual ou superior a
60 pontos foram considerados aptos a participarem do Programa
Nacional de Melhoramento do Gir Leiteiro PNMGL, sendo selecionados
os 40 mais bem classi-ficados para integrar o 30 Grupo.
Este ndice comeou a ser utilizado em 2011 durante a 2 prova de
pr-seleo e atualmente funciona como agente classificatrio para
todos os touros participantes do Teste de Prognie ABCGIL/Embrapa,
conforme deliberao da comisso tcnica do PNMGL.
Existe uma crescente demanda de touros pleiteando vagas no teste
de prognie, porm o nmero de vagas no cresceu na mesma proporo,
devido a outros fatores como a necessidade de novos rebanhos
colabora-dores e aumento do quantitativo de filhas por touro em
teste, sendo o segundo aspecto decisivo para aumen-to da acurcia
das avaliaes.
Para podermos escolher quais touros entraro em teste de prognie
e ao mesmo tempo aumentar a presso de seleo dos jovens
reprodutores, utiliza-se a metodologia de um ndice de Classificao
de Touros - ICT, em que so atribudos pesos especficos para cada
caracterstica avaliada, culminando em um resultado final que
permite a classificao destes animais. A caracterstica fertilidade
do touro fator limitante para o ICT, sendo classificados somente
touros que alcanaram CAP superior a 70 pontos e smen aprovado para
congelabilidade.
Iro compor este ndice as seguintes caractersticas com os seus
respectivos pesos (em escala de 0 a 100%):
Fertilidade do touroO touro tem maior impacto na eficincia
reprodutiva de um rebanho, seja em monta natural ou inseminao
artificial, pois deve atender um maior nmero de fmeas, transmitindo
sua prognie parte da sua herana gentica. Neste sentido, torna-se
imprescindvel eliminar riscos de subfertlidade ou infertilidade
junto aos touros melhoradores, evidenciando-se a importncia dos
exames androlgicos e demais testes aplicados avaliao da
fertilidade, com destaque para o teste de congelabilidade e a
avaliao da libido. Peso da Caracterstica: 20%
LibidoDefinido como espontaneidade ou avidez do macho em montar
e efetuar a cpula, habilidade que se desen-volve da puberdade at a
maturidade sexual e a capacidade de servio, que o nmero de montas
(servios completos) realizadas pelo touro em determinado tempo.
Peso da Caracterstica: 7%
TemperamentoDefinido como a forma com que o animal reage
determinada situao, seja ela de estresse ou no, que ir interfe-rir
dentro de um determinado sistema de produo de forma positiva ou
negativa. Peso da Caracterstica: 10%
Tipo FuncionalDefinido como aparncia geral do touro relacionada
com a funo produtiva e reprodutiva. Para cada tipo funcional esto
relacionadas uma grande quantidade de caractersticas de conformao,
sendo elas: Mascu-linidade, Pescoo, Cupim, Regio Dorso-Lombar,
Largura e inclinao da Garupa, osso sacro e harmonia do conjunto
como um todo, sempre no que interferir na funcionalidade do touro.
A definio Tipo Funcional ideal deve se aproximar da conformao
desejada para os fins produtivos, visando produo de leite das
futuras filhas do touro. Peso da Caracterstica: 15%
EstruturaDefinido como estrutura corporal como todo, levando em
considerao a estrutura ssea, comprimento corporal e tamanho
proporcional idade, abertura de peito, arqueamento, espaamento e
comprimento das costelas e musculatura compatvel com a aptido
leiteira. Peso da Caracterstica: 15%
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Brasileiro de Touros Resultado do Teste de Prognie Maio 2015
AprumosDefinido como o conjunto de membros anteriores e membros
posteriores, sendo preconizado o equilbrio, integridade e sanidade
do sistema locomotor do animal.
Os membros anteriores devem ser de tamanho mdio com ossatura
forte, espduas compridas e oblquas, inserindo harmoniosamente ao
trax, o brao e antebrao com musculatura pouco evidente, com joelhos
e mos bem posicionados. O ngulo dos ps deve ser de aproximadamente
45o.
As pernas devem ser limpas, mas com boa cobertura muscular, no
devendo apresentar culote pronunciado, com tendes e ligamentos
evidentes. Vistos por trs, os membros posteriores devem ser bem
afastados um do outro para dar lugar a um bere volumoso. Deve
possuir aprumos ntegros, com articulaes fortes, angula-o correta e
jarretes bem posicionados. O ngulo das quartelas nos cascos deve
ser de aproximadamente 45o. Peso da Caracterstica: 15%
Conjunto Umbigo Bainha PrepcioDefinido como regio anatmica onde
se encontram o Umbigo, a Bainha e o Prepcio. Procuram-se correes
quanto ao tamanho e direcionamento, pois Umbigos e Bainhas
pendulosos, mal direcionados e com pro-lpso de prepcio prejudicam a
funcionalidade dos machos, especialmente para monta a campo. Peso
da Caracterstica: 10%
PigmentaoDefinido como a quantidade de melanina presente na pele
dos animais. A pele deve ser negra ou escura, o que lhe proporciona
tolerncia a incidncia solar. permissvel a presena de pontos de
dispigmentao em regies sobreadas do corpo, como barbela, regio
inferior do costado e regio inguinal. Peso da Caracterstica: 8%
Uma vez feita todas as avaliaes para Fertilidade (F), Libido
(L), Temperamento (T) e Caractersticas Fun-cionais - Tipo Funcional
(TF), Estrutura (E), Aprumos (A), Conjunto Umbigo - Bainha -
Prepcio (U) - sero aplicados os pontos de cada caracterstica dentro
do ICT com os seus respectivos pesos especficos, confor-me frmula
abaixo:
Resultados
Os resultados da 6 Prova de Pr-Seleo de touros para o teste de
prognie ABCGIL/Embrapa se encontram na tabela 2. Somente foram
divulgados os touros aptos ao teste de prognie, os quais obtiveram
ICT superior a 60 pontos.
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