b FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS ANE CAROLINE PIZI BRUNA TIEMY QUIOZINI KOBAYASHI MAYARA SIGNORI DANTAS PATRÍCIA CARLA DE MORAES FREITAS Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA (MRSA): uma revisão da literatura FERNANDÓPOLIS 2011
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Staphylococcus aureus resistente à meticilina uma revisão da literatura
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS
ANE CAROLINE PIZI BRUNA TIEMY QUIOZINI KOBAYASHI
MAYARA SIGNORI DANTAS PATRÍCIA CARLA DE MORAES FREITAS
Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA (MRSA): uma
revisão da literatura
FERNANDÓPOLIS
2011
ANE CAROLINE PIZI BRUNA TIEMY QUIOZINI KOBAYASHI
MAYARA SIGNORI DANTAS PATRÍCIA CARLA DE MORAES FREITAS
Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA (MRSA): uma
revisão da literatura
Trabalho de conclusão de curso apresentado à
Banca Examinadora do Curso de Graduação em
Farmácia da Fundação Educacional de
Fernandópolis como exigência parcial para obtenção
do título de bacharel em farmácia.
Orientador: Prof. Dr. Anísio Storti
FERNANDÓPOLIS
2011
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
Pizi,Ane Caroline; 1991-
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA): uma
revisão da literatural/Ane Caroline Pizi; Bruna T. Quiozini Kobayashi; Mayara Signori Dantas; Patrícia Carla de Moraes Freitas. – 2011.
46 f. : il. color. ; 15 cm Orientador: Anisio Storti. Trabalho de conclusão de curso (Especialização) – Faculdades
II. Faculdades Integradas de Fernandópolis. Curso de Farmácia. III. Título.
CDU – 616.83
ANE CAROLINE PIZI
BRUNA TIEMY QUIOZINI KOBAYASHI
MAYARA SIGNORI DANTS
PATRÍCIA CARLA DE MORAES FREITAS
Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA (MRSA): uma
revisão da literatura
Trabalho de conclusão de curso aprovado como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel
em farmácia.
Aprovado em: 31 de outubro de 2011.
Banca examinadora Assinatura Conceito
Prof. Dr. Anísio Storti (Orientador)
Prof. MSc. Giovanni Carlos de
Oliveira
(Avaliador 1)
Prof. MSc. Roney Eduardo Zaparoli
(Avaliador 2)
Prof. Dr. Anísio Storti Presidente da Banca Examinadora
Aos meus pais, Rosineida e Marco Antonio. Sem
eles nada disso seria possível. Mesmo diante de
dificuldades, eles sempre estiveram ao meu lado e
em nenhum momento desacreditaram de mim. Devo
a eles muitas desculpas, mas muito mais
agradecimentos. Eles são minha vida, meu porto
seguro. Muito obrigada mãe, muito obrigada pai,
vocês estarão sempre em mim, pra onde quer que
eu vá!
Ane Caroline
Dedico à minha linda mãe Celena, que me deu
educação, amor, e tudo de melhor que poderia
passar para mim e meu irmão Denis. Por cuidar de
mim, me encaminhar para bons caminhos, sempre
ensinando a ter caráter, respeito, humildade e
paciência. Mãe você merece todo amor e admiração
que sinto por você!
Bruna
Dedico este meu trabalho ao meu pai Newiton(in
memorian). À minha mãe Regina, a quem devo
minha vida. À minha irmã Paola que tanto amo. Ao
meu namorado Edilson que esteve ao meu lado todo
esse tempo. A todos meus amigos e familiares, que
sempre acreditaram em mim. Ao Djalma, meu
padrasto que sempre me deu excelentes conselhos.
Mayara
Dedico este trabalho a Deus porque acredito que ele
tem uma nova história para mim, aos meus pais
Rozânia e João por ter me dado a vida. A minha avó
Veny pelo seu amor, dedicação e sempre acreditar
em mim. Enfim a todos meus familiares e amigos por
todo apoio e carinho, fatores essenciais para que eu
chegasse até aqui.
Patrícia Carla
AGRADECIMENTOS
Agradecemos, primeiramente, a um Deus do impossível, até nos momentos em que
pensamos não ter capacidade de suportar, Ele nunca desistiu de nós. Por ter
colocado pessoas maravilhosas em nossa vida, por ter nos dado força para
continuar essa árdua luta por esses anos.
Aos nossos pais que nos deram a vida e nos ensinaram a vivê-la com dignidade,
que iluminaram os caminhos obscuros com afeto e dedicação para que os
trilhássemos sem medo e cheios de esperanças, que se doaram inteiros e
renunciaram aos seus sonhos para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os
nossos. Pela longa espera e compreensão durante nossas longas viagens. A vocês,
pais por natureza, por opção e amor, não bastaria dizer, que não temos palavras
para agradecer tudo isso. Mas é o que nos acontece agora, quando procuramos
arduamente uma forma verbal de exprimir uma emoção ímpar. Uma emoção que
jamais seria traduzida por palavras. Nosso muito obrigado. Amamos vocês!
Aos nossos irmãos, que estão sempre nos apoiando em nossas decisões, por
acreditarem em nosso potencial e estarem sempre nos motivando.
Aos nossos namorados, que com toda a paciência estiveram ao nosso lado, nos
motivando, acreditando que chegaríamos a essa etapa final.
Aos professores, que nos transmitiram sólidos conhecimentos e nos deram a base
para concluirmos esse curso.
Aos amigos e familiares, que estiveram presentes em muitos momentos importantes
de nossa vida.
E a todos aqueles que, direta ou indiretamente, fizeram parte dessa historia.
O nosso muito obrigado a todos!
“O futuro se faz agora e cada erro é uma vitória, pois
a derrota não existe. Não há conquista sem labuta. A
vida é uma infinita luta, onde só perde quem desiste”
DOUGLAS RAFAEL
RESUMO
Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA): uma revisão da literatura
No ano de 1930 Fleming descobriu o primeiro antibiótico: a penicilina. A penicilina foi muito utilizada no tratamento de diversas enfermidades causadas por Staphylococcus sp e Streptococcus sp, tais como, pneumonias, infecções aéreas superiores, septicemias, entre outros. Quando surgiu a antibioticoterapia, não era comum a resistência a drogas específicas por parte das bactérias que causam infecções humanas. No entanto a resistência à penicilina se manifestou porsteriormente por meio de produção de β-lactamases. Na década de 1950, a introdução de inúmeros antimicrobianos agravou o quadro de resistência à penicilina, que posteriormente foi acentuado com a chegada dos antibióticos β-lactâmicos, como por exemplo, a meticilina. Nas últimas décadas, o surgimento de novas formas de resistência e a distribuição de germes multirresistentes contribuiu para o agravamento do quadro. O papel selecionador das substâncias resistentes acontece por meio da pressão seletiva resultante de ampla utilização das substâncias antimicrobianas. Isso favoreceu a predominância de cepas cada vez mais resistentes, dentre elas o Staphylococcus aureus, pertencente à família Micrococaceae, do gênero dos Staphylococcus que pode ser aeróbio ou anaeróbio facultativo, destacando-se como importante causador de infecções hospitalares e com a primeira cepa resistente a meticilina isolada na Inglaterra. Tanto a penicilina quanto a meticilina atuam ligando-se covalentemente às proteínas de ligação à penicilina, o que está de acordo com o fato de serem antimicrobianos β-lactâmicos. Essa atividade é fundamental para a expressão da resistência a meticilina, que também baseia-se no fato de que mutantes transglicosilase negativos têm quantidades aumentadas de fragmentos curtos de unidades dissacarídicas. As bactérias sobreviveriam apenas na presença de meticilina se a PLP 2 (proteínas de ligação a penicilina) sintetizasse unidades de glicanas suficientemente longas para compensar a diminuição da transpeptidação na parede celular realizada pela PLP 2a. O controle de MRSA (Staphylococcus aureus resistente à meticilina), esta baseado em várias estratégias como, por exemplo, identificação precoce e isolamento de portadores assintomáticos, protocolos de higienização com anti-séptico, entre outros. Essa abordagem poderia ajudar a minimizar a propagação de MRSA, e reduzir a taxa de portadores, assim como auxiliar no controle da infecção de MRSA em hospitais onde há endemia. Atualmente, utiliza-se a vancomicina como alternativa terapêutica, porém há dados que sugerem a resistência também para esse antibiótico.
Methicillin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA): a literature review
In 1930 Fleming discovered the first antibiotic, penicillin. Penicillin was widely used in treating various diseases caused by Staphylococcus sp and Streptococcus sp, such as pneumonia, upper airway infections, septicemia, among others. When did the antibiotic therapy was not common resistance to specific drugs by bacteria that cause human infections. However, the resistance to penicillin was later expressed by β-lactamase production. In the 1950s, the introduction of numerous antibiotics, worsening resistance to penicillin, which was later increased with the arrival of the β-lactam antibiotics, such as methicillin. In recent decades, the emergence of new forms of resistance and distribution of multidrug-resistant organisms contributed to the worsening of the situation. The role of substances resistant picker occurs through the selective pressure resulting from widespread use of antimicrobial substances. This favored the predominance of increasingly resistant strains, among them Staphylococcus aureus, Micrococaceae belonging to the family, the genus of Staphylococcus that can be aerobic or facultative anaerobes, highlighting an important cause of hospital infections and the first resistant strain methicillin isolated in England. Both penicillin and methicillin act by binding covalently to penicillin-binding protein, which is consistent with the fact that they are β-lactam antibiotics. This activity is essential for the expression of resistance to methicillin, which is also based on the fact that negative transglycosylase mutants have increased amounts of short fragments disaccaridic units. The bacteria survive in the presence of methicillin only if the PLP 2 (penicillin binding proteins) synthesized glycans units long enough to compensate for the decrease in cell wall transpeptidation in the second held by the PLP. The control of MRSA (methicillin-resistant Staphylococcus aureus), is based on several strategies, for example, early identification and isolation of asymptomatic carriers of cleaning protocols with antiseptic, among others. This approach could help minimize the spread of MRSA, and reduce the rate of carriers as well as aid in infection control in hospitals where MRSA is endemic. Currently, vancomycin is used as an alternative therapy, but evidence suggests also the resistance to this antibiotic.
A atividade transglicosilase é fundamental para a expressão da resistência a
meticilina e a justificativa para esta afirmação baseia-se no fato de que mutantes
transglicosilase negativos têm quantidade de fragmentos curtos de unidades
dissacarídicas aumentadas. As bactérias sobreviveriam apenas na presença de
antibióticos do grupo dos β-lactâmicos se a PLP 2 sintetizasse unidades de glicanas
suficientemente longas para compensar a diminuição da transpeptidação na parede
celular realizada pela PLP 2a (MIYAZAKI, 2006).
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Figura 3 Diagrama esquemático da síntese da parede celular em Staphylococcus aureus resistentes a meticilina, na presença de antimicrobianos β-lactâmicos. Strong crosslinks – ligações transversas firmes; PBP – proteína de ligação a penicilina; PBP2’ – proteína de ligação a penicilina 2’; β-lactam – βlactâmico; D-ala – D-alanina.
Fonte: MIYAZAKI, 2006.
O gene mecA localizado em grande segmento de DNA (ácido
desoxirribonucléico) inserido ao DNA cromossomal e conhecido como região mec,
gene mec, ou atualmente denominada cassete cromossomal mec estafilocócico
(Staphylococcal Cassete Chromossome mec – SCCmec) e que não está presente
em MSSA (Staphylococcus aureus sensível à meticilina), codifica a PLP 2a. O
SCCmec carreia o complexo do gene mecA, que é constituído pelo gene mecA, os
genes regulatórios mecRI (sensor) e o mecI (repressor), que conferem resistência a
meticilina, e carreia também um sítio preferencial (“hot spot”) de inserção de outros
elementos genéticos acessórios, incluindo plasmídios, transposons e elementos IS
que podem carrear também os genes de resistência aos antimicrobianos não beta-
lactâmicos, formando um grande fragmento de DNA, cujo tamanho varia entre 21 e
67 Kb, e pelo fato de ter uma variedade de tais genes pode ser considerado como
uma ilha de resistência aos antimicrobianos. É desconhecido o motivo pelo qual
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ocorre o acúmulo de elementos de resistência nessa região (REMONATTO et al.,
2007; PEREZ; AZEVEDO, 2008; SOUZA, 2011;)
O SCCmec em Staphylococcus aureus resistentes à meticilina iniciaram de
espécie desconhecida, não estafilocócica e possuem duas hipóteses para explicar a
mudança dessas cepas. Aconteceu a associação do gene mec com linhagens de
Staphylococcus aureus geneticamente distintos. Essa circunstância se baseou em
dados que apontam que o gene mec foi horizontalmente transferido em laboratório,
conduzindo os pesquisadores a acreditar que as cepas de Staphylococcus aureus
resistentes à meticilina evoluíram mediante a várias transferências laterais
independentes do elemento mec para linhagens filogeneticamente diferentes
suscetíveis à meticilina (REMONATTO et al., 2007; MIYAZAKI, 2006).
Por meio de análises de RFLP (restriction fragment length polimorphism) com
sondas para mecA e Tn554 evidenciaram que os MRSA evoluíram a partir de um
clone suscetível que obteve o elemento mec e subsequentemente gerou uma
substancial variedade cromossomal. Na evolução dos Staphylococcus aureus a
transferência lateral de genes teve um papel fundamental. O gene mec foi deslocado
horizontalmente para diferentes cromossomos de Staphylococcus aureus ao menos
cinco vezes, e por meio de análises de DNA microarray (chips de DNA), verificou
que as cepas resistentes a meticilina originaram em épocas independentes e não a
partir de uma única cepa ancestral (MIYAZAKI, 2006).
Os genes que codificam para resistência antibacteriana podem estar situados
tanto no cromossomo assim como nos plasmídios. Comumente as bactérias tornam-
se resistentes aos antimicrobianos beta-lactâmicos através da produção de
betalactamases, enzimas capazes de hidrolisar o anel β-lactâmico modificando os
antimicrobianos em produtos inativos (NEVES et al, 2007).
Ainda que diversos mecanismos tenham sido implicados na resistência à
meticilina por Staphylococcus aureus e outras espécies coagulase-negativa, esta é
inicialmente mediada pelo aumento na produção de PBP 2 (Penicilin-Binding-Protein
2a), uma proteína ligante de penicilina modificada, que apesar de capaz de realizar o
“cross link” entres as moléculas de peptídeoglicano, possui afinidade de ligação
extremamente pequena a muitos antibióticos β-lactâmicos (RATTI; SOUZA, 2009).
As cepas de MRSA possuem o gene mecA que, assim que é exposto à
meticilina, é expresso e codifica a síntese da proteína PBP 2a. O gene mecA é
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transcricionalmente regulado pelos genes mecI e mecRI e não está presente em
cepas de Staphylococcus aureus sensíveis à meticilina (DIAS, 2010).
Os Staphylococcus aureus resistentes à meticilina desencadeiam infecções
muito invasivas às causadas por Staphylococcus aureus sensíveis à meticilina
(MSSA), assim como as infecções em feridas, queimaduras e úlceras. No entanto, a
resistência a vários antimicrobianos limita as possibilidades terapêuticas e
aumentam o tempo de tratamento dessas infecções (SANTOS et al, 2007).
Cepas de MRSA foram encontradas na década de 90 em um Hospital
Pediátrico de Lisboa. Essas cepas possuíam padrão de resistência para antibióticos
β-lactâmicos, sendo alguns com natureza multi-resistente. Em alguns hospitais
portugueses, também na década de 90, prevaleceram cepas de Staphylococcus
aureus resistentes à meticilina. As infecções hospitalares causadas por MRSA são
julgadas um problema de Saúde Pública, pois assim que encontrado em ambiente
hospitalar é difícil a sua erradicação. Estas infecções representam um crescimento
na morbidade de pacientes em internação, com considerável aumento nos valores
de internação hospitalar. Devem ser implantados programas de controle em
hospitais, arriscando uma possibilidade de estabilizar ou reduzir as infecções
hospitalares (RATTI; SOUZA, 2009).
Um clone multirresistente de Staphylococcus aureus foi relatado e chamado
de clone epidêmico brasileiro (CEB). No início encontrou-se em extensa área
geográfica, abrangendo de Manaus a Porto Alegre (5.300 km). Também encontrou-
se em outros países este clone, em hospitais da Argentina, Uruguai, Paraguai,
Polônia, Chile, Portugal, Itália, República Tcheca e China (LANGE, 2006).
Atualmente, no Brasil a situação da resistência dos Staphylococcus à
meticilina, e conseqüentemente à oxacilina, já que ambos possuem o mesmo
mecanismo de ação, têm apresentado uma grande variação entre os estados de
uma mesma região e entre os hospitais analisados no mesmo estado, devendo ser
avaliada localmente (SOUSA JUNIOR et al., 2009).
O entendimento dos processos relacionados à ação dos antibióticos e ao
surgimento da resistência, o planejamento, a síntese e a avaliação farmacológica de
novos agentes antimicrobianos mais potentes, sua posterior aplicação terapêutica de
forma racional e adoção de normas para controle de infecções no meio hospitalar
representam diferentes níveis de ações contínuas e interligadas. Os recentes
avanços na identificação de novos alvos macromoleculares importantes e na
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compreensão dos mecanismos de ação de antibióticos revelam um panorama muito
confuso, onde diversos efeitos podem ser responsáveis pela potência de uma
determinada substância, a partir de fenômenos que ocorrem em consonância e
contribuem de maneira diferenciada para a atividade antibacteriana (SILVEIRA et al.,
2006).
6 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Levantamentos epidemiológicos recentes sugerem que o Staphylococcus
aureus representem o principal agente etiológico das infecções nos setores de
emergência nos Estados Unidos (VANDECASTELLE et al., 2003; MORAN et al.,
2006).
De acordo com estudos realizados a resistência do Staphylococcus aureus a
meticilina nas amostras estudadas foi de 64% (SOUZA, 2011).
Em um trabalho realizado no Uruguai identificou trinta e três pacientes com
infecção pelo CA-MRSA e destas infecções 36% dos pacientes foram a óbito. Sendo
que 100% delas não tinham sensibilidade a sulfametoxazol, trimetoprima e a
vancomicina e como foi citado a cima MRSA, há resistencia também a meticilina,
oxacilina e demais beta-lactâmicos (LOPES, 2005).
Segundo pesquisas nos Estados Unidos a proporção de MRSA ultrapassa
50% dos casos entre pacientes em UTI. Enquanto que no Brasil os índices dessas
cepas também são bastante elevados entre 40% a 80%, principalmente em UTIs
(CRF-SP, 2011).
Como mostra estudos no hospital-escola de São Paulo, onde a existência de
pacientes com sepse hospitalar por MRSA alcançou 73,22% dos casos de infecções
bacterianas e 56,33% foram a óbitos e 11,26% casos controlados. Este estudo
mostrou que a infecção causada por essa cepa provocou um índice elevado de
mortalidade, sem levar em consideração a doença inicial do paciente (RATTI;
SOUZA, 2009).
Assim como esses, são vários os estudos que mostram a prevalência de
cepas MRSA dentre as infecções bacterianas, e o fato da resistência à meticilina
dificultar o tratamento com vários antimicrobianos é o que preocupa diante das
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possíveis conseqüências para o tratamento dessas infecções muitas vezes
complicadas e com grandes chances de morbidade e mortalidade tanto em adultos
quanto em crianças (FERREIRA, et al., 2009).
7 TRATAMENTO
Como opção de defesa contra a ameaça do Staphylococcus aureus em 1996
ocorreu a descoberta do antibiótico glicopeptídico vancomina, isolado do fungo
Amycolatopsis orientalis pelo grupo Eli Lilly. O nome surgiu da expressão inglesa “to
vanquish” (aniquilar, destruir). Por causa de seu excelente desempenho frente a
cepas de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina, conhecidos por MRSA
(“methicillin-resistant” Staphylococcus aureus), vancomicina quase se transformou
numa lenda. Este fato decorre não apenas devido a sua comprovada eficácia ao
longo das décadas, mas, sobretudo, porque ainda é mais acessível
economicamente (SILVEIRA et al., 2006). Porém, já foi descrito casos de
Staphylococcus aureus resistente à glicopeptídeos (GRSA) (TAVARES, 2000;
SPIANDORELLO; RIBEIRO; ALVAREZ, 2005; LANGE, 2006). Sabe-se que existe
para esses casos de cepas resistente aos glicopeptídeos o uso da linezolida,
pertencente à classe das oxazolidinonas (SOUZA; REIS; PIMENTA, 2005).
8 PROFILAXIA
O controle hospitalar de MRSA endêmico tem se baseado em diversas
estratégias complementares: identificação precoce e isolamento de portadores
assintomáticos, para evitar sua disseminação; lavagens do corpo com anti-sépticos;
tratamento sistêmico e/ou tópico, bem como um melhor cumprimento da higiene das
mãos e de outras medidas de precauções convencionais para reduzir o estado de
portador; e medidas de controle dos antimicrobianos para reduzir a pressão seletiva
dos antibióticos. Essa abordagem pode ajudar a minimizar a propagação de MRSA,
e reduzir as taxas de portadores e infecção de MRSA em hospitais onde há
endemia. Além disso, o cumprimento dessas medidas deverá ter uma repercussão
clínica positiva nos pacientes de alto risco, como aqueles na unidade de terapia
intensiva (UTI) (ALVAREZ; LABARCA; SALLES, 2010).
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9 MATERIAIS E MÉTODOS
Para o desenvolvimento deste trabalho foram utilizados livros, revistas, artigos
científicos, com pesquisa em sites de buscas como Scielo, Medline, Bireme, Google
Acadêmico e Pubmed com as seguintes palavras chaves: MRSA, resistência
bacteriana, Staphylococcus aureus, meticilina, Staphylococcus aureus resistente à
meticilina. O método utilizado foi descritivo, por meio de levantamento bibliográfico,
que tem como objetivo reconhecer e dar crédito à criação de outros autores através
da revisão de literatura, reportando e avaliando o conhecimento produzido em
pesquisas prévias, destacando conceitos, procedimentos, resultados, discussões e
conclusões relevantes para o trabalho desenvolvido.
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10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A obtenção dos dados com o levantamento bibliográfico para o
desenvolvimento deste trabalho conclui que o MRSA consiste na resistência do
Staphylococcus aureus frente à meticilina. Essa resistência se dá por dois
mecanismos principais. O primeiro, é a produção de β-lactamases, que degradam e
desativam o anel β-lactâmico desses antibióticos. O segundo, está ligado a uma
alteração causado por um gene mecA relacionado as proteínas de fixação de
penicilinas. A meticilina, um antibiótico β-lactâmico, produz efeito bactericida através
da ligação covalente do antimicrobiano a uma ou mais proteínas de ligação a
penicilina, que são enzimas alvo, onde ocorre a interação das proteínas de ligação à
penicilina com os beta-lactâmicos, inibindo a sua função de transpeptidases
impedindo a ligação com o seu substrato D-alanil-D-alanina, o que não permite a
formação de ligação transversa da peptideoglicana. Uma vez que a atividade
transglicosilase é fundamental para a expressão da resistência a meticilina,
justificando que mutantes transglicosilase negativos têm quantidade de fragmentos
curtos de unidades dissacarídicas aumentadas. Existem medidas para evitar
infecções por essa cepa, tais como: identificação precoce de MRSA, uma melhor
avaliação no emprego dos antimicrobianos, higienização hospitalar e pessoal, as
quais reduziriam muitos casos de epidemia hospitalar ou infecções na comunidade.
E como opção para o tratamento de MRSA, utiliza-se o antibiótico vancomicina ou
teicoplanina. Embora existam relatos de cepas também resistentes à classe destes
antimicrobianos. Como alternativa na presença desses casos utiliza-se o antibiótico
linezolida, da classe das oxazolidinonas. Tendo-se sempre a necessidade do
desenvolvimento de novos fármacos para combater o possível surgimento de novas
cepas resistentes.
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11 CONCLUSÃO
O que podemos concluir com nosso trabalho, é que existem dois mecanismos
principais de resistência dos Staphylococcus aureus à meticilina, a produção de β-
lactamases por essas bactérias, que é uma enzima que irá degradar o anel β-
lactâmico da meticilna; ou uma alteração nas proteínas de ligação a penicilinas
(PLPs). Sendo este último o mais comum, ocorrendo devido a ação de um gene,
chamado gene mecA que irá sintetizar uma proteína de ligação à penicilina
modificada a PLP2a. Ela será responsável por realizar as transpeptidases que antes
eram realizadas pelas proteínas nativas do Staphylococcus aureus que foram
inativas pela meticilina, uma vez que esta PLP2a é insensível a meticilina, assim
como a PLP2, responsável pela transglicosilase. Na expressão da resistência à
meticilina ambas irão trabalhar juntas na construção da parede celular do
Staphylococcus aureus, uma sintetizando os peptídeoglicanos imaturos e outra
catalisando as ligações de seus aminoácidos, formando os peptídeoglicanos
maduros, mantendo desta forma esta cepa forte e resistente a este antibiótico.
Temos como tratamento para casos de Staphylococcus aureus resistente à
meticilina, a vancomicina, e a teicoplanina, embora já existam relatos de cepas
resistentes também a esses antibióticos, e como alternativa para elas pode-se fazer
a associação de vancomicina com algum antibiótico β-lactâmico, e o uso da
linezolida, um antibiótico da classe das oxazolidononas. Tendo em vista que o
correto antes de administrar qualquer um desses antibióticos é realizar um
antibiograma para evitar erros de indicação, e administrar o antibiótico específico
para a cepa infectante. Evitando que casos de resistência aumentem, ou se
propaguem ainda mais.
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REFERÊNCIAS
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