Programa de Programa de Gestão Gestão e e Desenvolvimento da Reserva Desenvolvimento da Reserva Nacional do Niassa Nacional do Niassa SRN – Sociedade para a Gestão e Desenvolvimento da Reserva Nacional do Niassa 1998 - 2005 QUEST QUEST Õ Õ ES TRANSFRONTEIRI ES TRANSFRONTEIRIÇ AS AS
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SRN – Sociedade para a Gestão e Desenvolvimento da Reserva ... · Unidade de Gestão da Reserva: Administrador da Reserva ... Construção de Vedações Eléctricas: para reduzir
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Programa de Programa de GestãoGestão e e Desenvolvimento da Reserva Desenvolvimento da Reserva
Nacional do NiassaNacional do Niassa
SRN – Sociedade para a Gestão e Desenvolvimento da Reserva Nacional do Niassa
1992: Negociações entre GM e Sector PrivadoCondições existentes:
Delapidação dos recursos faunísticos devido à caça furtiva, Falta de infrastruturas e Ausência dum sistema de gestão e maneio Ausência de um conhecimento científico sobre a região
1998: Decisões do Conselho de Ministros – R. Interna 5/98 e Contrato de Cessao com MITUR (2002):
Extensão da Área da RN e Criação da Zona Tampão Dec. 81/99Estabelecimento de Parceria (SNR) entre GOM e Sector Privado (IN) para gestão da Reserva – Criação da SGDRN (2000):
- ESTADO: Retém terra e Recursos Naturais- SRN: Retém direitos exclusivos de Gestão da Reserva
ADMINISTRAÇÃO e RESPONSABILIDADESConselho de Administração: Sector Privado e GM (DNFFB, DNAC)
Comité Técnico de Assessoria: Especialistas de diferentes Áreas
Direcção Executiva: Com sede em Maputo. Funções:Desenho de Politica, Estratégia, Elaboração e Gestão do Programa de Conservação, Comunidades e Turismo da RNAssistência à equipe baseada na RNGestão Financeira e Angariação de Fundos
Negociações c/ GM, Operadores Privados e Doadores
Unidade de Gestão da Reserva: Administrador da ReservaAdministração da ReservaImplementação do Programa de Conservação e Maneio
II. PROGRAMA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO 1998 - 2005
OBJECTIVOS: a. Conservar e gerir biodiversidade, promover sua qualidade natural e usar Reserva como
reservatório de biodiversidade;
b. Reforçar capacidade institucional da entidade de gestão;
c. Gerar economia local que financie actividades de gestão da Reserva e desenvolvimentocomunitário promovendo desenvolvimento de turísmo de qualidade;
d. Estabelecer e promover mecanismos para uso sustentável dos recursos naturais;
e. Construir capacidade para comunidades locais participarem como parceiros nasactividades de desenvolvimento.
PROGRAMA DE GESTÃO E DESENVOLVIMENTO
1998 - 2005
Componentes:I. Maneio da Conservação e
FiscalizaçãoII. Desenvolvimento ComunitárioIII. Promoção de Turismo
Áreas de Apoio Transversal:i. Desenvolvimento de
Infraestruturasii. Investigação
II - & RESULTADOS ALCANÇADOS
1. Criou infraestruturas básicas de trabalho e acomodação
Construção de Pontes com Material Local
DESENVOLVIMENTO DE INFRAESTRUTURAS
Infraestruturas de Acesso: estradas – 800 Km – , pontes, pistas (inacessibilidade durante a estação chuvosa)
Variedade de carnívoros: 8 famílias de carnívoros e 26 espéciesCães Selvagens: Populacão Globalmente Importante (estimada em200 – 250 mínimo)Leopardos: Comum Leões e Hienas: Aparentemente populações com número reduzido
A fauna de amfíbeos e répteis mais rica do Norte de Moçambique1 espécie nova de Lagarto - Mecula Girdled Lizard (Cordylus nov. sp.)
BIODIVERSIDADE – Pássaros
Rica existência de Pássaros – Mais de 400 espécies
BIODIVERSIDADE – Pássaros
Bico de Tesoura Africano (Rynchops flavirostris)
4 espécies globalmente ameaçadas listadas na Lista Vermelha, muito atraentes para ornitófilos e com populações significativas na Reserva:
Potencial para Reserva ser incluída no Inventário de Áreas Importantes de Pássaros em Moçambique.
BIODIVERSIDADE – Peixes
48 espécies de peixe, 8 novos registos e 10 - 15 potencialmente novas espécies
Actividade pesqueira complexa e substancial: Grande número de acampamentos de pesca, barreiras e pescadoresRedes de Malha, ratoeiras, barreiras, linha e anzol, espadas, bacias e venenos
Actividade de pesca mais intensa do lado da Tanzânia ou ilhas do Rovuma Passagem de métodos tradicionais para métodos de pesca mais modernos
Metodos Tradicionais
Barreira
4. Iniciou actividades conducentes a promoção do desenvolvimento comunitário
POPULAÇÃO HUMANA
Habitantes:23.000 pessoas em 43 aldeias2 Distritos c/ Administrações:
Mecula (4 000 pessoas)Mavago (6 000 pessoas)
A mais baixa densidade de Pessoas em Moçambique
Distribuição de Fundos: aos comités comunitários criados para tomada de decisoes com respeito a aplicação de fundos (fundos originados das operações de caça)Construção de Vedações Eléctricas: para reduzir o conflito homem animal
Emprego: Mais de 300 empregos criados localmente pela SRN e operadores
Quota Comunitária: para festividades e cerimónias tradicionais/religiosas
Encontros ComunitáriosDistribuição Fundos Construção de Vedações
DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO
POPULAÇÃO HUMANA - HISTÓRIA
• Antes de 1 000 - Yaos foram os primeiros a fixar-se na região;Há evidência de rotas comerciais mesmo durante a Idade de Ferro.
• Por volta de 1 600 - Yaos como maioria de outros grupos populacionais do norte de Moçambique, incorporados no Império de Maravi, que se extinguiu na região no século 17.
• Século 18 - Yaos dividiram-se em vários grupos regionais. Conhecidos por serem comerciantes de marfim e de escravos e ainda guerreiros orgulhosos.
• De 1900 até 1929 - governo colonial na área representado pelo Companhia do Niassa, só depois passando para a administração directa do Estado Português.
• Após a Independência e durante período do conflito armado - Influxo forte da população, especialmente em Mavago.
Encontram-se na Reserva restos da Idade do Ferro e do período colonial – fortificações alemãs e sepulturas, arte rupestre e rotas importantes – ferro, marfim, escravos, exploradores - Livingstone.
5. DESENCADEOU O PROCESSO DE PROMOÇÃO DE TURISMO
1999: INíCIO do processo de promoção de investimento Ocupação Gradual de 5 Blocos de Caça:
2000: Bloco C LUWIRE2002: Bloco E NIASSA HUNTER2003: Bloco A LUWIRE2003: Bloco D2 Joan Calitz Safaris2003: Bloco B KAMBACO
* Ainda em fase inicial de desenvolvimento
TURISMO CINEGÉTICO
1. Safaris de Caça2. Implementação de uma 2ª actividade3. Desenvolvimento de Infraestructuras4. Actividades de Fiscalização5. Contribuição para o desenvolvimento
sócio-económico (emprego, formação, etc)
O que foi alcançado:- 6 acampamentos de safaris - 900 Kms de picadas abertas- 7 pistas de aviação - 12 postos de fiscalização - 48 guardas- 246 empregados no total
TURISMO CINEGÉTICO – Áreas de Actividade
2000/1 2002 2003 2004 TOTAL
Bloco C LUWIRE 10 8 11* 14 43
Bloco D2 Dr. Reed 2 9 11
Bloco E NIASSA H. 7 7 5 19
Bloco A LUWIRE 1 4* 3 8
Bloco B KAMBACO 6 8 14
TOTAL 10 16 30 41 95
TURISMO CINEGÉTICO – Safaris Realizados
SAFARIS REALIZADOS
38
30
16
7
30
5
10
15
20
25
30
35
40
2000 2001 2002 2003 2004
O número de safaris realizados em 2004 representa um aumento em 30%, em relação a 2003, e em 1300% em relação a 2000
SAFARIS de CAÇA – Dias de Caça
O número de dias de caça realizados em 2004 representa, em relação a 2003, um aumento de 69%
3 7 16 30 3925
101
182
388
657
0
100
200
300
400
500
600
700
2000 2001 2002 2003 2004
Nr Safaris Nr Hunter-Days
SAFARIS de Caça – Turistas
Gráfico - 2003Nr de turistas em 2003: 45Nr de turistas em 2004: 60 39 caçadores-clientes21 Observadores
Gráfico - 2003
Nacionalidades em 2003 e 2004:
Maioritariámente Americanos e Espanhóis
17
8 95
7
92
3
0
5
10
15
20
25
30
Block A & C Block B Block D2 Block E
Hunters Observers
106
4
73
21
3
2
1
02468
1012141618
Block A & C Block B Block D2 Block E
American Spanish New Zealand S African Portuguese Italian
III – PROBLEMAS E QUESTÕES TRANSFRONTEIRA
CAÇA FURTIVA – Elefantes
Aumento de 44% desde 1998:
1998 estimativa: 8 7002004 estimativa: 12 500
Se caça ilegal é selectiva/machos (impacto na quota sustentável de abate de troféus de caça)
Distribuição de Elefantes
Mecula
0 50 km
Mecula
0 50 km
Mecula
0 50 km
M e c u l a
0 5 0 k m
Carcass 3
Carcass 4
CAÇA FURTIVA - Carcassas
Maior número de carcassasConcentração ao longo doRovuma indica caça furtiva trans-fronteira
Rácio de carcassasde 4,7% para 3,6%perda anual de 5-80animais
CAÇA FURTIVA - Armadilhas
Distribuição semelhante de linhasde armadilha (mais espalhadas)
Linhas de armadilha relacionadascom assentamentos humanos e fronteira
M e c u l a
0 5 0 k m
Snareline
Fishing
USO DA TERRA 1993-2001– IMPACTO NO HABITAT
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
Mavago Mecula Corridor Msawise
Am
ount
of a
rea
unde
r agr
icul
ture
(ha)
19932001
Esfera de Influência Humana
Extensão da AgriculturaAlterações Significativas na extensão de agricultura• agricultura activa decresceu• área com impacto de actividades
agrícolas aumentou
Aumento: Em torno de MavagoEstrada Marrupa - Mecula
Decréscimo: Em torno de Msawise
50 km
Rovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma RiverRovuma River
TANZANIATANZANIATANZANIATANZANIATANZANIATANZANIATANZANIATANZANIATANZANIAUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected LandUnprotected Land
Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Manjesi-Lukwika Lumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game ReserveLumesure Game Reserve
Lugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda RiverLugenda River
Vegetation CoverIntensive CultivationGrasslandLow Altitude Open ForestLow bushWooded GrasslandSemi-Intensive CultivationSoil without vegetation
USO DA TERRA
Impacto Humano
Impacto Humano 2002 e 20049% e 10,4% da área foi abertaBloco D: O mais desenvolvido (Mavago) Mecula e Mavago: Desenvolvimento em expansão (Tabaco)Expansão Agrícola: indica aumento populacional e/ou movimentosmigratórios
População Humana
M e c u l a
0 5 0 k m
Camp
Village
Locais de ocupacao Humana (aldeias e terrenos) - 2004
Rotas Comerciais – Postos Transfronteira
To Marrupa
To Wenge To Kazamoyo
To Angalia
To Massuguru
KILOMETRES
0 50
Rovuma River
Lugenda River
Block "D1"
Block "D2"
Block "E"
Block "B"
Block "A"
Block "C"Luatize River
Luss
anna
ndo
Riv
er
Luch
ering
o Rive
r
Ludi
mul
e R
iver
Chiulexi Rive
r
Lure
co R
iver
Metapiri River
Luam
bezi
R
Nic
hand
ocha
R
Irangwe River
Miuro River
Jurege River
Misa
nges
e R
iver
MECULA
Inselbergs
Rivers
HistoricalTrade Routes
Impacto Humano – QUEIMADAS
Extensão das Queimadas 2002 e 200448% - 39% da área não foi sugeita aqueimadas17% - 23% com fogos quentes35% - 38% fogos frios (reduz futurafrequência e gravidade dos fogos e causaimpacto minimo na vegetação lenhosa)
N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a N i a s s a R e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v eR e s e r v e
Block ABlock ABlock ABlock ABlock ABlock ABlock ABlock ABlock A
Block BBlock BBlock BBlock BBlock BBlock BBlock BBlock BBlock B
Block CBlock CBlock CBlock CBlock CBlock CBlock CBlock CBlock C
Possible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentPossible alignmentfor a major road?for a major road?for a major road?for a major road?for a major road?for a major road?for a major road?for a major road?for a major road?
Current site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for theCurrent site for the"Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge""Freedom Bridge"
A longo prazo e desde que os problemas mencionados sejam ultrapassados, a Reserva do Niassa tem elevado potencial para
desenvolvimento do TurismoE necessario espaco temporal ate que:
Populacoes de fauna aumentemAcesso a Reserva e dentro da Reserve tenha sido melhorado Se verifique um desenvolvimento significativo atraves de Investimentos turisticos na regiao em torno da Reserva.
• Entretanto a atencao da SRN deve centrar-se:– Em assegurar que a Reserva e devidamente protegida– Em encontrar solucoes para os problemas mais graves mencionados –
queimadas, actividades ilegais e assentamento populacional
Considerar regimes alternativos de gestao para as zonas povoadas
Avaliar a capacidade de carga de fauna da Reserva
A presenca de mosca tse tse ajudara a determinar as areas com menos potencial para desenvolvimento de eco turismo
BIODIVERSIDADE – Áreas Importantes de Biodiversidade
Resultados: - Mais Blocos de Caca- SGDRN concentra esforcos de fiscalizacao na zona de captacao
de agua a Este
- Montanha de Mecula – Zona de proteccao Especial
Pros: - Reducao de custos de gestao para a SRN – Partilha de custos de operacao com operadores de caca
- Maiores Receitas de Caca
- Percepcao mais clara para as comunidades locais entre receitasde Caca e Turismo e beneficios recebidos
- Aumento de Emprego para Comunidades Locais
- Utilizacao de areas com pouco potencial para eco-turismocomo meio de melhorar a gestao de habitats e aumentar o numero de animais de modo a que no futuro a caca delugar ao eco-turismo