SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL I · Processadores de sinal: muito rápidos com arquitecturas orientadas para o processamento de palavras ... software ou hardware) que
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Processadores de sinal: muito rápidos com arquitecturas orientadas para o processamento de palavras
Operações mais usuais no processamento de sinal: Multiplicação Soma Atraso de um período de amostragem Leitura de tabelas Funções lógicas Decisões lógicas baseadas no valor de variáveis
Exemplos de blocos de processamento de sinal muito comuns que podem ser integrados numa única instrução: SAC (Square, Accumulate, Compare) aplicação no
algoritmo de Viterbi MACD (Multiply, ACcumulate, Data move) aplicação no
cálculo de filtros digitais
Processadoresde sinal
Discretos
Monolíticos
Realizados com componentes discretos: ALU, multiplicador, registos, etc...
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL V Vantagens dos DSPs:
1. Resolução pode obter-se grande precisão fazendo as contas com palavras de comprimento grande
2. Gama dinâmica ALU’s com grande comprimento de palavra (N bit) permitem gama dinâmica muito elevada (aproximadamente 6N dB), impossível de conseguir com circuitos analógicos
3. Estabilidade de características um sistema implementado com DSPs não sofre desvios de características por tolerância e/ou envelhecimento dos componentes, ou influências térmicas.
4. Versatilidade o mesmo circuito pode ser utilizado para resolver problemas diferentes apenas por alteração da programação do DSP
5. Facilidade em gerar funções não-lineares por tabela (seno, tan, etc…)6. Facilidade em implementar algoritmos adaptativos
Inconvenientes dos DSPs:1. Necessitam de conversores A/D e D/A para comunicar com o mundo
analógico
2. Têm consumo elevado em muitos casos os circuitos analógicos podem consumir entre 1 a 100 vezes menos para realizar funções equivalentes
3. Necessário sistema de desenvolvimento específico caro
Telecomunicações: Processamento de sinais em emissores/receptores (modems) Igualadores adaptativos Canceladores de eco Codificação de áudio Análise e síntese de sinais Codificação de imagem
Controlo industrial: Processamento de imagem Reconhecimento de formas Controlo de processos em tempo real Contadores electrónicos de energia Suspensões activas
Electrónica de consumo: Áudio digital (igualação, cancelamento, etc…) Efeitos sonoros Sintetizadores de som Síntese e reconhecimento de voz
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL VIII – Arquitecturas
DSP genérico com arquitectura de Harvard Múltiplos barramentos.
Barramento de dados separado do barramento de programa (arquitectura de Harvard). Barramentos específicos para entrada/saída
Possibilidade de acesso directo à memória (DMA) para transferências rápidas de blocos de dados
Unidades aritméticas e lógicas (ALU), multiplicador de hardwaree pequenos blocos de processamento (por exemplo: Multiply-Accumulate ou Multiply-Accumulate-Compare) realizados em hardware
Necessário memória de dados e programa distinta
O elevado desempenho dos DSP é obtido por meio de técnicas: Arquitectura de Harvard Pipelining Hardware dedicado Memória interna/cache Modos de endereçamento avançados
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL IX – Arquitecturas
Microprocessador standard: um único barramento para dados e programa (Von Neumann)
A execução de uma instrução envolve 3 fases distintas: Fetch o código da instrução
é lido da memória de programa Decode a instrução é
descodificada Execute a instrução é
executada (envolvendo em geral a escrita/leitura da memória de dados)
Como o barramento de programa e dados (e em geral também a memória física) é comum, a execução da instrução n não pode ser feita em paralelo com o fetch da instrução n+1
Exemplo: ler o valor OP1 (no endereço ADR1) e guardar o valor nas posições de memória com endereços ADR2 e ADR3
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XI – Eficiência/paralelismo
Pipelining: técnica que permite explorar o paralelismo inerente às fases de execução de uma instrução (que são independentes numa arquitectura de Harvard). No caso anterior temos 3 fases independentes: pipe com 3 estágios (utilizado nos processadores da Texas Instruments)
Necessário: Contador pre-fetch: contém o
endereço da próxima instrução a ser lida da memória (fetched)
Registo de instrução: contém o código da próxima instrução a ser executada
Fila de espera de instruções: mantém o código das instruções a executar se a instrução actual ainda estiver a ser executada (instruções com mais de um ciclo de relógio)
Devido ao overhead associado à gestão do pipe a eficiência é inferior ao nº de estágios
Como são realizadas 3 operações em paralelo, o pipelining provoca um aumento do nº de acessos à memória
Técnicas para aumentar a eficiência dos processadores Utilização de memória interna rápida
Memória externa lenta obriga à inserção de wait-states (por software ou hardware) que fazem diminuir o desempenho do processador tanto em acessos de dados como de programa. A memória interna obvia este problema: durante a fase de inicialização o programa é transferido da memória externa (lenta) para memória interna (rápida)
Utilização de Cache interna Permite acelerar a execução de segmentos de código frequentes
Repetição encadeada de blocos de instruções O controlo é feito por hardware dedicado, evitando todo o
overhead associado ao controlo de ciclos por software. Podem ser implementados vários níveis de encadeamento (4 níveis no processador ADSP-2115 da Analog Devices, por exemplo). A execução repetida de blocos pode beneficiar grandemente da existência de Cache
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XII – Eficiência/paralelismo
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XIV – Eficiência/paralelismo
Multiply-Accumulate (MAC) Operação muito comum em processamento
digital de sinais
A codificação em hardware (vírgula fixa ou flutuante) permite, em apenas um ciclo de intrução: ler dois operandos (ambos de memória de dados, ou um de memória de dados e outro de memória de programa) multiplicá-los e acumular o resultado a um valor anterior
Variante: Multiply-Accumulate-Data Move(MACD) Além das operações anteriores faz
deslocamento do conteúdo de uma das posições da memória de dados endereçada: útil para a implementação de linhas de atraso (realização de filtros)
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XV – Eficiência/paralelismo
TsConversor
A/Dsw
Ts Ts
0a 1a 2a
1Na -
( )sy nT
( )sx nT (( 1) )sx n T- (( 1) )sx n N T- +
Arquitectura de um DSP – Realização de filtros transversais
1
0
( ) (( ) )N
i si
y nTs a x n i T-
== ⋅ -å
A saída actual y(nTs) depende da entrada actual x(nTs) e das restantes N-1 entradas anteriores (não depende das saídas anteriores não tem realimentação é não-recursivo)
O filtro transversal permite realizar qualquer função de filtragem através do dimensionamento dos coeficientes ai
O filtro transversal tem resposta impulsional finita (FIR-FiniteImpulse Response) com duração NTs segundos
O filtro transversal é sempre estável é ideal para processamento adaptativo
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XVII – Eficiência/paralelismo
Arquitectura de Harvard modificada
Exemplo com processador de 16 bit
O contador AR1 é inicializado com o valor N (comprimento do filtro FIR) e aponta para a amostra x(n-N+1)
O contador de programa endereça o coeficiente aN-1
Em cada ciclo de relógio AR1decrementa de 1 (o contador de programa incrementa de 1); é feito o produto aix((n-i)Ts) e este é somado na ALU com o resultado anterior
Single Instruction Multiple Data (SIMD) Permite aumentar o número de operações realizadas por cada
instrução
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XIX – Eficiência/paralelismo
Devido à multiplicidade de barramentos, multiplicadores e unidades aritméticas, uma só instrução pode conter diversos operandos que são entregues a estas unidades e processados em paralelo
Versatilidade: pode optar-se por realizar uma operação MAC de 32ä32 bit ou em alternativa, 4 operações MAC de 16ä16 bit
Útil quando os dados existem e podem ser acedidos concorrentemente (não de forma sequencial)
Permite aumentar o número de instruções executadas em cada ciclo de instrução
Uma VLIW contém múltiplas instruções elementares (mais pequenas) e requer a existência de várias unidades de execução
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XX – Eficiência/paralelismo
Exemplo: TMS320C62x: existem 8 unidade de execução agrupadas em dois conjuntos (L1, S1, M1, D1) e (L2, S2, M2, D2). As instruções elementares são de 32 bit e uma VLIW contém 8 instruções elementares (256 bit).
1) O processador faz o fetch de uma VLIW (packet). 2) As 8 instruções são analizadas e se for possível executá-las em paralelo é formado um execution packet que é distribuído pelas unidades de execução. 3) Se não for possível executar todas as instruções em paralelo são formados diversos execution packets (com tamanho entre 1 e 8 instruções) e enviados sequencialmente para as unidades de execução.
Processadores superescalares Por definição e tal como com VLIW, permitem aumentar o número de
instruções por ciclo de execução. Na prática combinam os conceitos anteriores (SIMD e VLIW)
SPDS/PSC – PROCESSADORES DIGITAIS DE SINAL XXI – Eficiência/paralelismo
Exemplo: TigerSHARC da Analog Devices. Processador superescalar estático (paralelismo é determinado antes da execução). A pré-análise do programa é necessária também para evitar dependência de dados e de controlo (fluxo do programa), o que também acontece com os processadores VLIW.
Uma instrução pode conter dados para as duas ALU (SIMD), ou podem ser enviadas 2 instruções diferentes para as 2 unidades de execução (VLIW).
Unidades aritméticas podem funcionar com 8, 16, 32 ou 64 bits, o que permite aumentar o paralelismo de instrução: por exemplo, podem realizar-se 8 MAC de 16 bit em vez de 2 MAC de 32 bit