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Sonho-me como Sou

Jul 31, 2016

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Ana Sêco

DESConferência Sonho-me como Sou. Evento realizado na Lousã, a 25 de maio de 2016
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Mensagem do Presidente da Direção da ARCIL

A ARCIL assinala em 2016 o seu 40º aniversário. São 40 anos de um percurso

coletivo que se estende-se para além do tempo, porque as verdadeiras causas

são assim, sem espaço, sem tempo, existem por si.

No programa das comemorações deste aniversário foi previsto um conjunto de

atividades que, mais do que assinalar o percurso da ARCIL, permitam criar

oportunidades de promoção e reflexão sobre uma causa. Com a Desconferência

"Sonho-me como sou", também a ARCIL reflete sobre os seus sonhos, sobre o

que é ou como quer ser, mas, mais importante, sobre muitos percursos de

Inclusão, de Identidade, de Felicidade, por que é a assim que vimos o mundo,

um lugar onde Somos, onde Pertencemos, onde nos Realizamos.

O Presidente da Direção da ARCIL

Rui Ramos

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Sonho-me como Sou

Posso ser homem ou mulher; velho, jovem ou criança; negro, vermelho ou

amarelo ou a soma de uma paleta de cores; andar com as minhas pernas ou “em

cima de rodas”; estar triste ou alegre, eufórico ou asténico; posso ser isto ou

aquilo que a minha vida é a maior montanha do Mundo. Olho para o Céu todos

os dias e vejo o sol, as estrelas e a lua. E sinto que sou eu!...

A minha vida é a montanha grande, mas também o vale mais cavado, os rios e os

oceanos oscilados. É uma coisa e outra, conforme os dias e até pode ser o deserto

com a esperança de alcançar o oásis. Sempre sinto que sou eu!...

“Sonho-me como sou” e aceito-me e sou compassivo comigo porque já o fui antes

com os outros que comigo constroem a felicidade, que é minha, que é deles, que

é nossa. E sinto que sou eu!...

Eu sou o actor principal da minha vida, mas também contraceno com o “outro”

que é a minha família, os meus amigos e vizinhos e com todos construo, nesta

dança, a minha identidade, mediante o movimento e a arte que é o bailado da

minha história. E sinto que sou eu!...

Já vivi em montanhas selvagens e rios e oceanos de grandes torrentes, nas

montanhas o “Guardião” abriu-me caminhos e eu encontrei um lugar e nos rios

conheci sereias que me levaram para o enorme oceano da inclusão. E sempre

sinto que sou eu!

Maria Emília Santos

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Comissão Organizadora

Ana Abrantes

João Canossa Dias

Ana Sêco

Anabela Cardoso

Cristina Silva

Henriqueta Oliveira

Joana Virgílio

Luísa Barros

Maria Emília Santos

Marlene Paulo

Marta Ribeiro

Raquel André

Sandra Tomás

Sara Rego

Sérgio Fernandes

Tiago Rodrigues

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EDUCAÇÃO, TRABALHO E LAZER

Inclusão ou Inclusões?

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PROFESSOR DOUTOR JOSÉ MORGADO

Notas Biográficas

Doutorado em Estudos da Criança – especialidade Educação

Especial, pela Universidade do Minho

Professor no Departamento de Psicologia da Educação do ISPA - Instituto

Universitário.

Membro do Centro de Investigação em Educação do ISPA - Instituto Universitário

Colaborador regular em Programas de Formação de Professores.

Consultor de Projectos de Investigação e Intervenção na área da educação.

Colaborador regular em Programas de Orientação Educativa para Pais e

Encarregados de Educação.

Autor de diversas publicações nas áreas da educação inclusiva, qualidade na

educação, diferenciação pedagógica, etc.

«O longo caminho da Educação Inclusiva»

A comunicação centra-se numa análise e reflexão do quem sido o trajecto do

sistema educativo português no que concerne à promoção dos princípios de

educação inclusiva.

Desenvolve-se seguindo três tópicos:

- O que temos e conseguimos

- Inquietações e tensões emergentes

- O caminho a seguir

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MARIA MANUELA MORGADO

Notas Biográficas

Homeopata Especialista

Curso de Superior de Homeopatia pela E.S.M.T.

Pós-graduação em Homeopatia Clássica pela International

Academy of Classical Homeopathy – George Vithoulkas –

Grécia.

A minha experiência como mãe de uma jovem mulher com

T21, nem sempre foi, nem é fácil. Muitas barreiras, tive e tenho de ultrapassar, para

lhe proporcionar as oportunidades que por direito próprio ela deve ter.

A entrada para a escola marcou o início de uma “guerra” entre mim e o que alguns

técnicos, como professores do ensino especial e mesmo o psicólogo da escola, me

diziam ser a receita certa. Em muitas situações relevantes para o desenvolvimento e

inclusão da minha filha no mundo das pessoas ditas “normais”, a minha intuição de

mãe e toda a informação que tinha, não só pela experiência da vivência com a minha

filha, mas também pela de outros pais e técnicos, que me mostraram quanto é

importante ACREDITAR, levava-me a contrariar as “receitas” pré-estabelecidas tanto

mais quanto a receita era igual para todas as crianças chamadas “diferentes”.

A individualidade e o direito à diferença, o respeito, a igualdade de oportunidades e

ACREDITAR sempre, têm sido os meus lemas ao longo dos 24 anos de vida da Inês para

que, como ela diz a dada altura num poema que escreveu

O SOL VAI BRILHAR “……. Ó sol volta a brilhar um dia Quero estar segura no meu lugar, Quero saber para onde vais Seguir os teus raios nos meus olhos O mar tem um segredo o meu corpo balança, Mete os teus olhos no luar A minha paciência está a fugir de mim, eu não faço mal a ninguém ò sol o teu problema é não estares comigo eu quero-te ver a sorrir. Não te quero triste comigo. Eu quero sonhar contigo no meu tempo Chamar por ti, dar as flores nos meus sonhos Ó sol por favor volta para mim, eu vou dar o meu sorriso de mel as minhas forças de mar estão comigo.” (Inês Daupias Alves, Janeiro de 2016)

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Joana Nogueira

Notas Biográficas

Licenciatura em Serviço Social pelo Instituto Superior Miguel Torga. Formação em Terapia Familiar pela Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Assistente Social na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Coimbra, durante 8 anos. Assistente Social na Divisão de Educação e Acção Social da Câmara Municipal de Coimbra onde desenvolveu e concretizou o Plano Municipal para a Igualdade e Cidadania 2012-2015, na vertente da violência comunitária, com a colaboração participativa de pessoas em situação de exclusão social em articulação com a comunidade local. A arte é o Banco Alimentar da Alma, é o seu mote como forma de resistir ao empobrecimento das práticas de intervenção social, elas mesmo a necessitar de outras espécies de "empowerment". «O Coração é um estômago vazio»

A inclusão bem-sucedida dentro de um gueto social e institucional é a maior das injustiças sociais. Assim retrata a vida da Amélia, da Lúcia e de nós próprios enquanto promotores inconscientes da própria exclusão social profissionalizada. Será? "Hoje transportei-me para outra pessoa: sou a Amélia e tenho 53 anos. Como me defino? Podia dizer que até sou jeitosa, mas o que sou mesmo é uma desempregada, desalojada e desorientada. Despediram-me há 4 anos, desalojei-me há 2 anos e sou desorientada há…não interessa. Fui inscrever-me ao Centro de Emprego. O técnico de lá é simpático. O Estado dá-lhe um salário para que me ajude a encontrar um emprego, mas há quatro anos que só lhe resta dizer-me que não há emprego! Antes, quando tinha casa e lá podia comer, ia buscar as refeições às cantinas sociais. Parece que o Estado gastou uns bons milhões para que existissem as cantinas, onde alguns funcionários escolhem e confecionam a minha comida. Agora que vivo na rua, vou comer a uma instituição. Há uma assistente social que tem o seu emprego lá e que me faz uns atendimentos e me tenta ajudar. De outra forma, tenta inserir-me na sociedade. Todas as segundas-feiras vou ver a ementa da semana para saber o que vou comer durante toda a semana. Talvez tenha a sorte de comer um dos meus pratos favoritos. Todo aquele gás, aquela luz, aqueles funcionários, aquelas carrinhas, aquela comida, aquela água, aqueles telefones, aqueles materiais, devem custar uma pipa de massa... mas, com sorte talvez o jantar de hoje valha mesmo a pena. Também vou

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buscar comida às carrinhas das equipas de rua. Fartam-se de andar de um lado para o outro. O que não deve ficar em gasolina, mas vá lá, há muito que não comia uma bola de berlim!

Entretanto, com tanto tempo ganho pelo desemprego e perdido pelo excesso dele, comecei a desbaratar. Sabem, essas coisas das depressões e das oscilações de humor e da falta de motivação (ou de motivos para que a tenha?) e lá me mandaram para um psiquiatra pago pelo Estado que me encaminhou para a assistente social paga pelo Estado para que me ajudasse nem que fosse a tirar um curso desses subsidiados e a arranjar um quartito que isto de andar a dizer aos doentes que têm de tomar a medicação certinha para aguentar o frio da noite não está previsto nas bulas dos fármacos. Fármacos entretanto cedidos por outra simpática assistente social, da junta de freguesia da minha zona que tem um projeto que se chama qualquer coisa solidário. Aliás acho que neste meu estado de vulnerabilidade, sou como uma espécie de criança, filha de duas palavras que se casaram há algum tempo e que se chamam crise e solidariedade. Casamento sólido este! Eu é que nesta dependência toda, já vi que nunca mais deixo a “casa” do papá e da mamã.

Quando me sinto “suja” nesta vida já escrita por tantos senhores doutores, resta-me ir tomar um banho aos balneários públicos. Aí, encontro uma roupa que alguém solidário doou. Gostava tanto de blusas às flores! Era assim que ia vestida para o escritório onde trabalhava. Eu era muito alegre sabem? As flores eram um prolongamento desse cheiro de vida que agarrei como se fosse um jardim. A funcionária paga para vigiar os balneários, dá-me umas calças à boca-de-sino e uma camisola de xadrez: -“vista que é quentinho”. Eu faço um sorriso. Compaixão é o que sinto quando me falam com “inhos” Ainda desfolho uns jornais. Parece que a Comunidade Europeia vai gastar uns milhares de milhões com os pobres. Ou melhor para pagar aos funcionários e instituições que vão ser os gestores da minha pobreza. O Estado gasta tanto mas tanto dinheiro comigo!!!!! A pobreza nunca teve tanto euro! Esses senhores do Estado mais os que acreditam neles e nesta estranha forma de estar, estavam mesmo a precisar que eu e os meus companheiros de rua e outros tantos desempregados e mais os desorientados, os ajudassem (fazíamo-lo de graça) a orientar-se e a ganhar cor baça pela luz dos gabinetes. O meu sonho de hoje não é meu, é o nosso sonho: que um dia (mas já agora), percebam que com apenas uma migalha do que já gastaram comigo, eu poderia ser dona da minha própria vida. É que eu só precisava de um pequeno jardim onde coubesse uma flor. A minha flor!

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AUTO-REPRESENTANTES DA ARCIL Notas Biográficas O GAR - Grupo de Auto Representantes da ARCIL é constituído por clientes jovens e adultos da ARCIL que, desde Janeiro de 2014, reúnem mensalmente para expor e representar a sua perspetiva sobre a ARCIL e outras realidades. Em cada reunião participa no mínimo 1 representante de cada programa da Instituição que funciona como “porta-voz” do seu grupo de trabalho. Estão representados os seguintes programas e projetos: Centro de Emprego Protegido (nas valências de ARCIL Cerâmica, ARCILMadeiras, ARCILAgro, ARCILVerde e Serviços Gerais), o Serviço de Apoio Domiciliário, o Centro de Recursos, o Lar Residencial, o Centro de Atividades Ocupacionais, o Lar de Apoio – Casa das Cores e a Formação Profissional. Os Valores definidos por e para este grupo são: União; Trabalho em equipa; Amizade; Respeito; Ajuda e interajuda; Aprender e melhorar; Convívio; Reforço da autoestima; Partilha. Os objetivos do grupo são: - Trocar ideias - Partilhar experiências - Servir de referência para outros colegas - Expor o ponto de vista dos clientes relativo à organização - Trabalhar na sugestão de melhorias - Utilizar uma linguagem simples Para participar na DESConferência da ARCIL, o grupo selecionou dois dos seus membros, José Cardoso e José Jardim, o mais jovem e o mais antigo elemento do grupo, respetivamente. «A Inclusão também é…» O que é a Inclusão? E … o que não é Inclusão? Questões como estas são amplamente discutidas atualmente, pelos mais diversos públicos e em eventos da mais variada natureza.

Zé Duarte José Cardoso

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Neste dia, nesta DESConferência, o Grupo de Auto Representantes da ARCIL – o GARCIL – pretende refletir e falar sobre algo diferente … sobre aquilo que também é Inclusão. Sobre quem precisa de Inclusão e sobre quem não precisa … ou julga não precisar! Sobre o “sabor” da Inclusão e os seus “ingredientes secretos”. Sobre estranhos fenómenos de Inclusão na Exclusão e sobre os processos inversos … os de Exclusão na Inclusão. Sobre Inclusão, Exclusão e … Reclusão! Andaremos encarcerados entre valores e pressupostos que nos permitem apenas uma visão restrita desta realidade? Neste dia, nesta DESConferência, o GARCIL propõem-se e desafia a refletir e falar sem preconceitos sobre Inclusão … e isto é Inclusão. Hoje a Inclusão somos nós. Hoje a Inclusão ainda assusta muita gente. A Nós … assusta-nos mais a Exclusão!

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TRAJETÓRIAS INDIVIDUAIS E COLETIVAS

Identidade ou Identidades?

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PROFESSOR DOUTOR JOSÉ MENDES

Notas Biográficas José Manuel Mendes é doutorado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, onde exerce as funções de Professor Auxiliar com Agregação. Investigador do Centro de Estudos Sociais, tem trabalhado nas áreas das desigualdades, mobilidade social, movimentos sociais e acção colectiva e, mais recentemente, nas questões relacionadas com o risco e a vulnerabilidade social. É coordenador do Observatório do Risco - OSIRIS, sediado no Centro de Estudos Sociais, e Diretor da Revista Crítica de Ciências Sociais. «Das identidades às pertenças: o desafio da dignidade» A irrupção do medo no espaço de debate público, propiciada por acontecimentos naturais e sociais de grande visibilidade material, simbólica e política, exige um esforço de reflexão e o avançar de versões alternativas sobre a construção de um mundo comum, conflitual, diverso, heterogéneo, mas marcado sempre por uma partilha de experiências e identidades. Estas visões alternativas, propiciadoras de uma democracia dialógica, em que todos os agentes interessados numa dada temática têm direito à voz e à investigação, assentam na atenção permanente às identidades emergentes e à concepção de cenários alternativos que possam responder a questões locais e não equivalentes, num equilíbrio precário entre interesse geral e interesses particulares. A dignidade é a possibilidade de viver e expressar as múltiplas pertenças de cada indivíduo ou grupo. Mas, devemos fazer algumas perguntas importantes. A quem e a quê pertencemos? O que nos permitem estas pertenças fazer, e o que restringem ou proíbem.

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PEDRO RODRIGUES Notas Biográficas Nasceu em Lisboa, em 1977. Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (1999). Frequentou o curso de gestão avançada “Cultura urbana e projectos culturais: gestão de recursos, planeamento e participação”, organizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES, 2003). Entrou para A Escola da Noite - Grupo de Teatro de Coimbra em 2000, onde começou por desempenhar funções nas áreas da colocação de espectáculos e da formação de públicos. É actualmente membro da direcção, responsável pela administração e pela gestão de projectos. Colabora desde 2006 com a Cena Lusófona – Associação Portuguesa para o Intercâmbio Teatral ao nível da gestão de projectos. Lecciona, no presente ano lectivo, a disciplina “Legislação, Produção e Programação Teatral” da Licenciatura em Teatro e Educação da Escola Superior de Educação de Coimbra. «"Há muitos homens num só” - um olhar sobre “O Horácio”, de Heiner Müller» Há, também, muitas maneiras de olhar para “O Horácio”, a peça escrita pelo alemão Heiner Müller na ressaca da Primavera de Praga e levada à cena pel’A Escola da Noite em 2003, com um elenco de 13 actores, oriundos de seis países de língua portuguesa. Nela se (re)conta a história do romano Horácio, que após ter morto o albano Curiácio e assegurado a vitória de Roma sobre a cidade rival, regressa a casa e mata a própria irmã, noiva do vencido, porque esta chorava o inimigo. O povo divide-se então entre os que querem honrar o Horácio vencedor e os que insistem em condenar o Horácio assassino. O essencialismo da discussão leva à guerra civil, numa disputa que apenas é interrompida porque um novo inimigo ameaça a cidade, o que requer o apaziguamento interno. “Há muitos homens num só”, concluem. Mas como se lida com isso?

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FERNANDO FRANCO

Notas Biográficas

Quem sou eu?

Não sei.

Há muito que procuro a resposta a essa pergunta. Mas, de

cada vez que me pareceu ter chegado próximo de uma

resposta, tudo muda. E tudo muda porque eu quero.

Se calhar, depois de tanto tempo a perseguir a resposta a essa pergunta, percebo

que, na realidade, o que mais faz de mim aquilo que sou é a certeza de não ser

ninguém. Não será reconfortante, nem mesmo confortável, essa ideia, mas vivo

tranquilamente com isso, porque não ser ninguém é a forma mais pura de ser em

cada um dos outros.

Por isso, mesmo que assim não seja; mesmo que não seja verdade, é assim que

me manterei definido.

Identidades, tenho muitas, tantas como os dias já vividos, mas nenhuma delas

me representa, porque se isso acontecesse talvez me magoasse tanto que talvez

não resistisse à imposição de me definir. Personalidades, tenho talvez uma meia

dúzia, mas dou-me mal com todas elas, pelo mal que dizem de mim.

Na rua, ando sozinho, deixo-me todo em casa, para me reconstruir com os outros.

Adoro tocar-lhes, de todas as maneiras. Adoro ser tocado por todos, só não gosto

é que me toquem. É como se isso aumentasse a distância entre mim e o outro,

como se dessignificasse tudo o resto.

O meu nome é FRANCO. Fernando Franco mas podia ser qualquer outro. Todos

os dias tenho um nome diferente. Às vezes mais do que um. A psicologia é a

minha mulher, a poesia é a minha amante; a minha prostituta.

O meu nome é FRANCO. Fernando Franco. Mas podia ser qualquer outro. Nasci

em Lisboa, há 45 anos, mas renasci em Coimbra cinco anos depois. Aqui

permaneço, fiel à materialidade da minha história, guardião patético da fruição

do tempo que obsessivamente me percorre e irredimívelmente me vai

consumindo.

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As minhas mãos trabalham os prazos; os momentos e oportunidades das

pensativas crianças e, de quando em vez, as folgas permitem que se ocupem

também da textura das madeiras, dos xistos, dos ferros, das telas, dos vidros, das

ideias… do tempo…

Quem sou eu? não sei.

Não sou ninguém.

Estou certo que não sou ninguém… deu-me muito trabalho chegar até aqui, mas

é aqui que quero estar.

«Sou como me Sonho»

Através da narrativa ficcionada de um homem sem nome, sem idade e sem

história e do seu percurso na tentativa de se constituir e se situar, a comunicação

“SOU COMO ME SONHO” trata, de um modo essencialmente estético e

simbólico, as questões da identidade, abordando sugestionadamente, alguns dos

conceitos-chave propostos pelos teóricos ao longo de décadas para o conceito.

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ISABEL RAMA Notas Biográficas Licenciada em Serviço Social – Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra (1994) Pós graduação em “Desenvolvimento Integrado e Políticas Sociais “ – ISMIT (ex – ISSSC) -2000 Curso de Mediação Familiar sob a coordenação da Dra Maria Saldanha Pinto Ribeiro (2004) Curso Teórico – Prático em Mediação de Conflitos – IMAP/ Jurisolve (2006) Mestrado em Política Social, com tema de dissertação “A mediação familiar em casais do mesmo sexo” – ISCSP – concluído em 10 de Janeiro de 2013. Pós Graduação em Mediação de Conflitos em Contexto Escolar Atividade Profissional Formadora com CCP, e Certificação na área e domínio: D06 Relações Humanas – certificado CCPFC/RFO – 33153/13 – Universidade do Minho. Como formadora tem exercido atividade em várias entidades e com diversos tipos de público-alvo: cursos EFA em horário laboral e pós-laboral, sistema aprendizagem, jovens com necessidades educativas especiais, licenciados…. Ex- Docente em alguns módulos de Pós graduação em Mediação de Conflitos /Familiar – Business School – ISCAC. Atualmente formadora convidada nos cursos de Mediação Familiar do Instituto Português de Mediação Familiar. Mediadora familiar no SMF – lista 6 (Coimbra, Leiria e Santarém) desde 2007 Mediadora privada inscrita na Lista de Mediadores de Conflitos. Colabora também com a Fundação Bissaya Barreto no âmbito do Projeto SOS Pessoa Idosa, projeto que também contempla a Mediação familiar. Publicação de artigos de divulgação da mediação familiar em vários jornais dos distritos de Coimbra, Leira e Santarém. Artigo “Mediação e Serviço Social “no site “Espaço do Assistente Social que poderá ser consultado em http://www.eas.pt/mediacao-e-servico-social/ Participação como palestrante em várias ações de divulgação da mediação de conflitos/familiar em, bibliotecas, autarquias no distrito de Coimbra. Oradora convidada em vários eventos – seminários que integram comunicações sobre mediação familiar.

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«(Re)Pensar a Família do Século XXI» A família tem passado ao longo dos tempos por inúmeras transformações. Vários tem sido o(s) conceito(s) de família. Segundo George Murdock A família é o grupo social caracterizado por residência em comum, cooperação económica e reprodução. Inclui adultos de ambos os sexos, dois dos quais, pelo menos, mantêm uma relação sexual socialmente aprovada, e uma ou mais crianças dos adultos que coabitam com relacionamento sexual, sejam dos próprios ou adotadas (1949, cit. Amaro, (2006:13). Tal como refere Amaro (2006) este é um conceito que apesar da distância temporal ainda hoje é bastante divulgado. No entanto, não tem aplicação nas novas formas de famílias das sociedades contemporâneas. Nesta definição não cabe a família homossexual ou outros tipos de família. Sampaio (1985, 11-12, cit. Alarcão,2000:37) define família como um sistema, um conjunto de elementos ligados por um conjunto de relações em contínua relação com o exterior, que mantém o seu equilíbrio ao longo de um processo de desenvolvimento percorrido através de estádios de evolução diversificados. Nesta perspetiva a família aparece como uma instituição dinâmica, que se vai transformando á medida que contacta com o mundo exterior, isto é, há uma influência reciproca entre a sociedade e a estrutura familiar e nela se encontra entre outras a família homossexual. Por seu lado, são variados os tipos de conflitos familiares resultantes destas interações, para os quais a sociedade moderna dispõe de um mecanismo extrajudicial de resolução de conflitos na área familiar – A Mediação Familiar. Esta tem competência na atribuição da casa de morada de família, separação de pessoas e bens, regulação, entre outras…. O casamento entre pessoas do mesmo sexo trouxe à Mediação Familiar uma nova realidade – os mediadores terem processos de casais homossexuais – sendo que estes devem ser tratados com o mesmo profissionalismo e sem preconceito. Foi isso que procurei investigar na minha tese de Mestrado. Palavras-chave: Conflitos. Famílias. Mediação Familiar. Casais do mesmo sexo. Preconceito. Igualdade.

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O CAMINHO DA CONSTRUÇÃO

Felicidade ou Felicidades?

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CARLOS BRAZ SARAIVA Notas Biográficas

Professor de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da

Universidade de Coimbra

Chefe de Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra

Membro do Conselho Médico-Legal

Fundador e coordenador da Consulta de Prevenção do Suicídio

1º Presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia

Autor de diversos livros de âmbito científico e literário

Mais informações curriculares em carlosbrazsaraiva.com

«O que é a Felicidade?»

Cem anos depois da viagem à Europa de Tuiavii, chefe de tribo de Tiávea (Samoa),

e das reflexões do descrito e do contrastado, o sonho dos mares do Sul ainda nos

persegue. Nessas ilhas encantadas, de águas límpidas, clima generoso, frutos

selvagens, onde o Homem se passeia nu e inocente, sem o frenesim dessa coisa

estranha, tão difícil de definir, que é o trabalho. Porque nós ocidentais temos que

despertar bioaminas do cérebro quando a beleza da vida e do viver se nos

afiguram impotentes?

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JOÃO DELICADO Notas Biográficas João Delicado. Tem 38 anos. Vive em Lisboa. A sua missão é ajudar pessoas a encontrarem-se consigo e com os seus sonhos. Desenvolve a sua atividade profissional em três âmbitos complementares: como formador de desenvolvimento pessoal em palestras e workshops; como life coach no acompanhamento individual; e como autor, na RFM, no seu blogue ‘Ver para Além do Olhar’, e na respetiva página Facebook. É co-autor do livro “Vale a pena pensar nisto”. Nasceu e cresceu em Lisboa. É licenciado em Arquitetura, em Filosofia e em Teologia. Tem recebido formação na área da Comunicação, da Programação Neuro-linguística e do Coaching. Além disso, é corredor de bairro. Faz parte de um grupo de teatro. Gosta de ‘respirar’ em horizontes amplos, junto ao rio ou junto ao mar. «A Tecnologia 4G da Felicidade» Há dois caminhos para procurar a felicidade: um é o ‘caminho egóico’, o outro é o ‘caminho heróico’. A cultura dominante tem-nos educado a procurar a felicidade no ‘caminho egóico’, pondo assim o nosso foco na dimensão material e nos seus três pilares: a posse, o prazer e o parecer. Mas os frutos estão à vista: cresce a insatisfação, o sem-sentido; enfraquecem-se as relações, rompe-se o tecido social. E tudo isto porque teimamos em desprezar o mundo interior que trazemos dentro. E é precisamente aí que podemos encontrar a ‘Tecnologia 4G da felicidade’: uma tecnologia de que todos dispomos mas a que temos atribuído um papel secundário nas nossas vidas. É ela que tem o poder de nos pôr no ‘caminho heróico’, um caminho que nos conduz à melhor versão de nós mesmos e, portanto, à felicidade.

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PRISCILLA PEGAS

Notas Biográficas

Sou Bióloga e Doutorada em Ciências pela Universidade de

Aveiro, mas sempre tive um grande apelo pela área do Ensino e Educação. Ao

longo do meu percurso, na minha adolescência, fui voluntária em orfanatos e

animadora sócio-cultural infantil em eventos; trabalhei como professora de

Ciências e Biologia; e na investigação, estudei a qualidade do ar em escolas e sua

relação com o bem-estar, concentração e saúde das Crianças e dos Professores.

Sempre senti um forte apelo por novas abordagens de Educação e

Desenvolvimento com Crianças e Jovens. Encontrei na Meditação, no

Mindfulness (Atenção Plena) e na Educação Consciente, a base, o apoio e as

ferramentas necessárias para realizar um trabalho integral e consciente como

Professora/Facilitadora e como Terapeuta.

Criado em 2012, e com Sede na Lousã desde 2015, o projecto Nascer e Crescer e

Feliz busca apoiar Mães e Pais ao longo da gravidez, nascimento e crescimento

da família como um todo. Oferecemos Atendimentos Individualizados,

Workshops, Actividades e Aulas Regulares com Crianças, Jovens, Pais &Filhos,

Pais e Educadores/Professores, Grávidas e Séniores.

Acreditamos que para haver Crianças Felizes e uma Nova Geração mais

Consciente, precisamos de Adultos mais Felizes e Conscientes!

Formação:

Professora de Biologia Doutorada pela Universidade de Aveiro

Facilitadora em Desenvolvimento Consciente e Meditação com Crianças e Jovens

Terapeuta de Massagem de Reabilitação Terapêutica, Thai Yoga, Shiatsu, Sueca e Aromaterapia Médica

Terapeuta e Mestre de Reiki Tibetano

Doula, Apoio à Amamentação e Terapeuta de Bebés

Instituição: Nascer e Crescer Feliz

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«Felicidades: do Ordinário ao Extraordinário! Como a Meditação, o Mindfulness e a Educação Consciente podem ajudar na Felicidade de Pais (d)e Filhos com Necessidades Especiais.»

Estudos mostram que a Meditação Consciente pode mudar verdadeiramente o

cérebro humano. Experiências clínicas demonstram que as alterações no cérebro

trazem benefícios para o nosso sentido de felicidade, de bem-estar e até de saúde

física.

Adultos que vivenciam a Parentalidade podem mostrar sinais de stress em

alguma fase do processo de gravidez, parto, pós-parto e primeiros anos de vida

da criança, devido às reviravoltas na estrutura familiar e na rotina de vida.

Quando esses mesmos Pais ainda se deparam com o diagnóstico de um filho com

Necessidades Especiais, podem experimentar níveis de stress mais elevados,

sendo necessário desenvolverem estratégias de enfrentamento face à situação

nova apresentada, que pode comprometer o bem-estar da família.

O Minfulness e um Desenvolvimento mais Consciente na Parentalidade e na

Educação podem contribuir para que Pais e Filhos, e outros Cuidadores

envolvidos, possam desenvolver o não-julgamento, paciência, mente de

principiante, confiança, resiliência, aceitação, gratidão e generosidade. A prática

regular de Atenção Plena reconfigura o nosso termóstato emocional no cérebro

para melhor, aumentando as probidades de nos sentirmos felizes.

Como a Felicidade é olhar para as mesmas coisas com outros olhos, está em Nós

a Solução para a mesma fazer parte das nossas vidas. A vida só acontece Aqui e

Agora. O amanhã e o ontem são apenas pensamentos. Essa consciência pode

ajudar a Todos Nós darmos atenção e valor àquilo que está Aqui e Agora, sem

classificar entre “normal ou anormal”, dando aos acontecimentos e vivências

“ordinários”, a importância de cada momento “extraordinário”.

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CRISTINA DUARTE

Notas Biográficas

A mais nova de 7 filhos, natural de Guimarães onde trabalhou

na indústria têxtil e de calçado. É formada em Serviço Social

pela ULHT, onde também concluiu o mestrado em Gestão de Unidades Sociais e

Bem Estar com a tese “Cuidar dos cuidadores: o (des) envolvimento da

espiritualidade na prevenção de stress e burnout”. Docente na ULHT neste

mestrado e Especialista em Serviço Social desde 2015. Doutoranda em Ciências

Sociais, especialidade Serviço Social pelo ISCSP-ULisboa, com bolsa de

investigação por esta Universidade. Passou por Timor onde trabalhou com

presidiários em projetos ligados ao ensino de português e carpintaria e

implementação de jardim de infância itinerante e por Moçambique em projeto

ligados à agricultura sustentável. Trabalhou na Comunidade Vida e Paz, na Gestão

de Voluntariado, membro da Equipa de Intervenção Direta, Implementação do

Projeto Escolas e na implementação e coordenação do Serviço de Apoio Espiritual

e Religioso. Membro fundador e coordenadora do GECS-Grupo Espiritualidade e

Ciências Sociais; Gestora de Projeto de luta contra o absentismo escolar, da

MUSSOC. Formadora e conferencista na área da prevenção do stress e burnout,

acompanhamento no luto, direitos humanos e Serviço Social, práticas

participativas da população sem-abrigo, entre outras.

Actualmente vive em Lisboa e a escola onde mais aprende é a das relações

humanas e interpessoais.

«Inteligência espiritual e emocional na construção da felicidade»

As profundas mudanças sociais com que nos esbarramos e temos que confrontar

neste início de século, são um desafio gigante à capacidade de adaptação e

readaptação do ser humano, em verdadeiros malabarismos de circo social, sendo

que este pode correr o risco de se desagregar quando estão em causa princípios

estruturantes da pessoa, como seja, os seus valores, o sistema de crenças, a

tradição, a cultura. As mudanças sociais, serão de verdade mudanças se moverem

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o ser humano para mais perto de si, para mais perto da coerência e da inteireza

com que cada um de nós foi gerado.

Corremos em busca da felicidade quando a mesma se encontra em nós e a cada

ser não se pode excluir o que à partida – à chegada, ao meio, em qualquer parte

- está incluído! O pacote vem completo, quando nos é dada a vida. Ninguém é

gerado pela metade, nascido pela metade. É por inteiro!

O relógio do cronos (tempo cronológico) apresenta sinais de se querer alinhar

com o relógio do kairós (tempo do ser com sentido). Os dois desdobram-se em

acordos para se acompanharem na existência humana e o que esperam é que o

Homem – cada ser humano – busque formas certas de alinhar os ponteiros para

a inteireza.

E é por isso que o sentido da busca e a busca de sentido – da felicidade e do sonho

– encontram apoio e expressão na inteligência espiritual e na inteligência

emocional que ajudam a garantir a inclusão do que já é incluído.

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MARIA TOSCANO

Notas Biográficas

Maria (de Fátima Costa) Toscano, Doutora (2012), Mestre

(1993) e Licenciada (1986) em Sociologia, é Professora Universitária (ISMT, desde

Janeiro de 1990). É membro da Associação Portuguesa de Sociologia.

Como Investigadora (desde 1989), dedica-se a problemáticas como Pobreza e

Exclusão, Identidades Sociais e Modos de Vida, guiando-se pela questão: “como

se constrói, pelas relações sociais quotidianas, a mudança (sócio-identitária)?” –

modelo analítico que vem desenvolvendo há 20 anos: processos de requalificação

sócio-identitária.

Dos Territórios Sócio-Identitários que pesquisa constam, entre outros, os

trajectos de mulheres emigrantes, as vivências de luto, bem como a

desconstrução de estereótipos, nomeadamente, de género (análise de mass-

media e publicidade).

Privilegiando a análise do lugar da oralidade na contemporaneidade, aprofunda

a abordagem epistemo-metodológica ‘compreensiva-qualitativa’ e o método da

escrita como praxis analítica – em torno do que tem focado as suas mais recentes

publicações científicas (cf. Repositórios de ISCTE e ISMT).

Paralelamente, desenvolve actividades artísticas e criativas como Escritora, tendo

visto editados 21 livros de poesia: 9, por editoras; e, desde 2014, realiza a edição

de autora de duas dezenas de Livros inéditos - projecto “Poemas do Sul em Cinco

Cantos”. Foi editado o seu 1.º Romance em 2012 - da viagem das casas. Coimbra:

Grácio Editor. Tem participado em Colectâneas e Antologias, e é colunista do

recente Semanário virtual ‘Incomunidade’.

Realiza leituras encenadas dos seus livros e tem desenvolvido outras práticas

pontuais de Teatro (enquanto actriz, dramaturga e encenadora) e de Canto (p.

ex.º: Piaf, World Music, Fado).

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«Ritual Poético «Que o teu peito guarde um coração rosado» - leitura

encenada do livro inédito de Maria Toscano»

A leitura encenada do livro inédito «Que o teu peito guarde um coração rosado»

de Maria Toscano situa-se na linha do trabalho criativo que a autora tem vindo a

explorar desde os anos 90.

Adoptando protocolos de intervenções poéticas contemporâneas sem a ‘4.ª

parede’ em territórios inusitados e inesperados, busca a proximidade da Palavra

Poética com os Públicos em zonas de arquitectura viva (Coimbra: café Santa Cruz;

à Capella, Centro Cultural; Museu Nacional Machado de Castro; Foyer do Teatro

Académico de Gil Vicente; auditório do IPJ; Porto: Café Restaurante Guarany;

Silves: Biblioteca Municipal; Praia da Tocha: Associação de Moradores; Piolho

Bar).

Com reduzido recurso a adereços e marcações sumárias, a leitura encenada,

designada pela autora por «Ritual Poético», decorrerá ao longo de 45 minutos.

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APONTAMENTOS