Top Banner
SomosRevista Revista da Escola Secundária do Castêlo da Maia Fevereiro 20 10 Revista escolar nº 01
56

SomosRevista 01

Mar 25, 2016

Download

Documents

A “Somos Revista” é um projecto que visa divulgar opiniões, actividades e notícias breves, relativos à nossa escola e ao meio envolvente mas é, sobretudo, um projecto que se destina à divulgação de trabalhos e criações literárias e artísticas de alunos, professores e assistentes operacionais. Espera-se que seja não só o “espelho” desta comunidade educativa, mas que sirva igualmente de motor a novas dinâmicas e ao desenvolvimento da consciência social e cívica dos elementos que a constituem.
Welcome message from author
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
Page 1: SomosRevista 01

SomosRevistaRevista da Escola Secundária do Castêlo da Maia

Fevereiro 2010

Re

vist

a es

cola

r nº 0

1

Page 2: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

02

índi

ce

editorial 03Quando cada um “somosTodos” 03

aconteceu… 05Levanta-te contra a pobreza 05Jogos Tradicionais 06Palestra sobre Cinema 07Entrevista a Pedro Nogueira 08Dia Internacional dos Direitos Humanos 07Workshop de Ilustração “Traços da Imaginação” 08Boas Acções 09Feira do Livro 10Mês Internacional das Bibliotecas Escolares; Dia Nacional das Bibliotecas 11Lugares do Barroco 12Dia Mundial do Não Fumador 12Fomos ao Porto… 13Projecto Comenius 14Galardão Bandeira Verde e Dia da Floresta Autóctone 14 Concurso “Maia, Tu e o ambiente” 15Clube da Línguas 15Clube Mais Sucesso Escolar 16“A Sexualidade e os afectos 17O Hallowe´en regressa à escola 17Dia das Línguas 18“Viva, há alternativa!” 18DELF en action! 19S. Martinho 19Clube Europeu 20A Europa Mora Aqui 20 o Natal na nossa escola… 22Mesas de Natal 22Decoração de Natal 23Também foi bacalhau com broa em cama de grelos… 24Uma espreitadela ao Jantar de Natal 26

assim fazia a minha avó 27Brigadeiros da “Simone” 27Docinho de côco da Simone 27Alguns truques para tirar nódoasdifíceis da roupa 27

vale a pena 28IronMan2 28Comentário sobre o livro “Parabéns Rita” 28 pontos de Vista 29Pobreza Extrema 29A passagem dos dias de hoje, na escola, confunde-se com a das semanas e dos meses 30A ontologia do Professor 31

palavras à solta 33Amigos 33Não Funciona Assim 33Pedestrianismo 33Canção para Ela 34Haverá sempre um Norte 34As Palavras 35O porquê de muitas pessoas adoptarem crianças 35“Uma pestana (...)” 35Mulher 36Poema Visual 36O Livro... 37A naturalidade 37Um minuto de sabedoria 38“Um Olhar sobre Mim” 38Música 39A História da Língua Portuguesa” 40“Desenhar as palavras” 41Solidarity 41

sabias que… 42Red Nose Day 42El dia de la Hispanidad 43 Pequeno apontamento sobre José Afonso 43

fora de portas 44à conversa com a Professora Fátima Fradinho 44à conversa com D. Simone 45à conversa com a professora Carla Lopes 46à conversa com os escuteiros do 9ºF 47à conversa com o Professor Pedro Carvalho 48à conversa com o Professor Jorge Simões 50

galeria 51trabalhos realizados pelos alunos dos 7º, 8º e 9º anos nas aulas de Educação Visual 51

SomosRevista investigou 53Centenário da implantação da República Portuguesa 53

já tocou! 54Pequenas (grandes) calinadas da Língua Portuguesa 54Vamos lá adivinhar! 54Que tal tentarmos resolver alguns enigmas? 55Sopa de freguesias 55

ficha técnica 56

Page 3: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

03

edito

rial

Quando cada um “SomosTodos”

O início de um novo ano representa sempre uma nova esperança; é a possibilidade de fazermos “reset” naquilo que gostaríamos de esquecer e de não repetir, é a possibi-lidade de canalizarmos as nossas energias para o que gostaríamos de ver “clonado”.Mas não há “ecossistemas” perfeitos, nem tão pouco escolas que sejam consideradas ideais por todos, pois diferentes “históricos pessoais” conduzem a expectativas dife-rentes e a modos de estar, de sentir e de vivenciar, também muito diferentes, senão vejamos: para uns a tecnologia significa progresso, para outros representa uma carga de trabalhos, senão mesmo escravatura; para uns o ideal é leccionar em turmas ho-mogéneas, para outros a heterogeneidade é uma mais-valia; para uns as salas devem ter sempre as janelas fechadas para não arrefecerem, para outros isso significa que a sala fica irrespirável, de tão abafada; para uns a pontualidade é o apogeu do profis-sionalismo, para outros não significa mais do que um “espartilho” dispensável; para uns os pais são uma necessidade incontornável na vida da escola, para outros estes não passam de uns “intrometidos”; para uns o trabalho em equipa é potenciador de boas práticas, para outros é perfeitamente dispensável e só dá ainda mais trabalho; uns acreditam que também é função da escola o desenvolvimento de competências sociais, outros consideram que a escola apenas deve estar vocacionada para ensinar conteúdos académicos sendo o resto “floreados”; uns acreditam que a formação os faz melhores profissionais, outros consideram que quando um professor estuda piora necessariamente o seu rendimento na escola pois não vai “ter tempo para tudo”; para uns trabalhar fora da escola significa trazer para esta mais-valias adquiridas noutro contexto, para outros isso não é mais do que pôr à frente da escola interesses pessoais; uns preferem um horário concentrado, mas outros queixam-se que isso é muito can-sativo preferindo dispersar as suas aulas por vários dias e turnos; uns querem ser dife-renciados pelo mérito, outros nem sequer toleram que existam colegas que invistam nesse propósito; para uns o bloco da 5ªfeira deve ser para fazer reuniões, conselhos de turma, actividades, formação e afins, outros queixam-se frequentemente de que este bloco só devia ser usado para planificações e preparação conjunta de aulas …Enfim, não há verdades absolutas e quando as pessoas estão de boa fé, alguns desencontros de opinião, têm origem em “crenças” diferentes; o importante mesmo é respeitarmo-nos uns aos outros dando o nosso melhor contributo para que a escola cumpra a sua Missão e Visão. A principal função de quem trabalha numa escola, seja docente, ou não docente é contribuir para a melhoria da qualidade da escola, entendida esta como um local em que o zelo profissional, a liberdade de expressão e o bom relacionamento entre todos deve ser “alimentado” e “cultivado” todos os dias. Devemos ser resilientes sempre que esta estabilidade for abalada por alguém mais “distraído”! Seja qual for a organização, é sempre um privilégio trabalhar num local aprazível, onde cada um, não fazendo mais do que é possível, faz tudo o que está ao seu alcance para fortalecer e melhorar ainda mais a qualidade dessa instituição; no nosso caso,

Page 4: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

04

edito

rial

Bem, meus amigos, na verdade, escolas eficazes são aquelas que acrescentam valor (VA) a todos os que lá trabalham; são escolas que conseguem o desenvolvimento integral dos seus alunos, mais do que seria esperado, tendo em consideração as suas características ao entrar na escola; são escolas que promovem a equidade entre to-dos!A bem da nossa comunidade educativa continuemos a subir os degraus da partilha, do trabalho colaborativo, do respeito e da sã convivência entre todos, assumindo cada um a sua cota parte de responsabilidade, pois se cada um fizer a sua parte es-taremos a dar o nosso melhor contributo para o sucesso educativo dos nossos alunos enquanto cidadãos do mundo!

PAULA ROMÃO - Directora da Escola Secundária do Castêlo da MaiaJaneiro 2010

a isto chama-se sentido de pertença à escola! É saber em cada momento dar o seu contributo de forma construtiva, procurando ser devidamente esclarecido, reservan-do-se o direito de pensar pela sua própria cabeça, evitando cair na fácil tentação de “comentar o comentário” … quase sempre de origem duvidosa.Mas então, como podemos melhorar o funcionamento da escola? • Numa lógica burocrática de controlo ou prestação de contas (que reduz a incerteza)? ou,• Numa lógica profissional de autonomia e responsabilidade assente numa base de confiança e compromisso dos seus actores?Defendemos uma lógica profissional de compromisso cuja sustentabilidade depende da assumpção de protagonismo por parte dos seus agentes, sejam eles docentes ou não docentes.Mas … o que é o compromisso? Representa o grau de relacionamento afectivo e positivo entre o professor/funcionário/aluno/encarregado de educação e a escola; significa estar comprometido, implicado, motivado; significa sentir-se identificado com a escola.Segundo a literatura, são três as dimensões do compromisso:1. Compromisso com os estudantes, atendimento personalizado dos alunos, incre-mentando as aprendizagens2. Compromisso com a profissão, satisfação e identificação com o trabalho quo-tidiano.3. Compromisso com a escola, como organização e lugar de trabalho: identifica-ção com valores da escola, sentido de comunidade, desejo de continuar.De facto, o caminho para uma mudança cultural na escola, passa necessariamente por uma cultura de colaboração entre todos os pares; é preciso manter o compromis-so e a paixão pelo trabalho, pelo ensino. E como é que isso se promove? Considerando as escolas como comunidades profissionais de aprendizagem assentes numa “cultura de colaboração”. Acreditamos que a melhoria escolar depende do desenvolvimento profissional docen-te e não docente e do incremento do “capital social”, ou seja, na criação de redes entre escolas, famílias, autarquia e comunidade local.Segundo Bolam et al (2005), uma comunidade de aprendizagem efectiva tem a ca-pacidade de promover e manter a aprendizagem de todos os profissionais na comu-nidade escolar com o propósito colectivo de incrementar a aprendizagem dos alunos. Por outro lado, a curva de Pareto diz-nos que 80% dos resultados são gerados por apenas 20% dos seus agentes! Percebe-se assim a importância do incentivo ao tra-balho em equipa, nomeadamente ao nível da promoção das seguintes atitudes:

Page 5: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

05

acon

tece

u...

16 de Outubro

Tendo em conta que uma das grandes finalidades do Projecto Educativo da Escola Secundária do Castêlo da Maia e da Escola em geral é formar cidadãos conscientes, activos, críticos e solidários, a nossa Escola decidiu por iniciativa da equipa da Biblioteca na pessoa da Coordenadora, Maria Clara do Vale, aderir à iniciativa mundial, promovida pela OIKOS de Erradicação da Pobreza: “Levanta-te contra a pobreza”, envolvendo toda a comunidade educativa.

Num acto simbólico, todos os alunos de mãos dadas, às 10h, na entrada da Escola, levantaram as mãos e gritaram o slogan ”LEVANTA-TE CONTRA A POBREZA”.

No entanto lembramos que este gesto foi apenas um ponto de partida para fomentar outras iniciativas complementares conducentes à concretização de implementação de acções concretas de solidariedade para com os mais carenciados no Concelho da Maia.

Professora Maria Clara do Vale

Levanta-te contra a pobreza

A pobreza extrema é um dos maiores problemas, se não o maior, da actuali-dade. Afecta muitas pessoas. Apesar de serem feitas várias cam-panhas para ajudar, nem toda a gente é capaz de dar qualquer coisa, mesmo que seja pouco. Um pequeno

gesto para nós significa muito para eles! Infelizmente, nem todas as pessoas são generosas e é isso que faz com que este problema seja cada vez mais grave, afecte cada vez mais pessoas, alastrando-se pelo mundo todo. O que é que custa darmos um pequeno contributo para um mundo melhor? Não temos nada a perder, e uma prova disso é a história «O Senhor Palha», (divulgada pelo Clube de leitores) que foi generoso, deu o pouco que tinha para ajudar as pessoas que mais precisavam e só foi recompensado por isso! É uma boa lição para as pessoas que só pensam nelas e que podem ajudar e não ajudam!

Camila Reis, 9º F

Page 6: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

06

acon

tece

u...

No passado dia 12 de Novembro, entre as 14 e as 17 horas, decorreu mais uma edição dos

Jogos Tradicionais na nossa escola com a organização a cargo do grupo disciplinar de Educação Física e dos alunos do 11ºH (Curso Tecnológico de Des-porto), com reportagem fotográfica assegurada pela professora Margarida Santos.Participaram 29 equipas distribuídas pelos vários anos escolares. Os jogos realizados foram os seguintes:- corrida de sacos;- jogo das latas;- esqui colectivo;- percurso das andas;- tracção à corda;- luta de cotonetes.

Foi salutar o empenho e a alegria com que todos os alunos se envolveram assim como os dos professores e funcionários, quer no papel de padrinhos das suas equipas quer em testar a sua pontaria no Jogo das Latas.Os pais também estiveram representados através da presença de alguns elementos da Associação de Pais. Esta associação cooperou com a organização na oferta de alguma verba no sentido de colaborar com as despesas deste evento e com as medalhas que foram distribuídas pelas três primeiras equipas classificadas em cada escalão. A Mega Sport também patrocinou o nosso evento com a oferta de t-shirts que serviram para identificar os alunos envolvidos na organização.

Professora Silvina Pais

Quanto aos vencedores, os três primeiros lugares por escalão foram distribuídos da seguinte forma:

- Escalão 7º/8º anos – 1º Ases (7ºC); 2º The Best (7ºB); 3º Super Bock (7ºC);

- Escalao 9º/10º anos – 1º 10ºI; 2º Os Gatos (10ºG); 3º Pretos e Churrasco (9ºC);

- Escalão 11º/12º anos – 1º Os Co-ca-colas (11ºC); 2º Marmotas (12ºC); Viaipi (12ºB)

Jogos Tradicionais

Page 7: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

07

acon

tece

u...

Os alunos do 12º ano, professores de Área de Projecto e o realizador Pedro Nogueira participaram, no passado dia seis de Novembro de 2009, numa palestra acerca de cinema e sua realização, durante 90 minutos de aula. Houve grande adesão e motivação dos alunos nesta actividade, a qual lhes possibilitou criar expectativas positivas para elaboração de novos projectos nesta área. Este encontro foi da responsabilidade da equipa da Biblioteca da escola.

No dia 10 de Dezembro de 2009, Dia Internacional dos Direitos Humanos, os alunos de inglês do 12ºG montaram uma pequena exposição sobre alguns dos artigos da Declaração Universal. Havia também um poster onde cada um podia deixar uma mensagem a respeito do assunto.

Dulce Inês 12ºG nº10

Palestra sobre Cinema

Entrevista a Pedro Nogueira

No passado dia 6 de Novembro, o rea-lizador e ilustrador Pedro Nogueira deslo-cou-se à nossa escola para realizar uma palestra e um workshop. Tivemos a oportunidade de lhe fazer uma breve entrevista sobre a sua carreira como realizador e ilustrador. Cá vai…P: Qual é o conselho que dá para alguém começar no mundo cinematográfico?R: Pegar numa câmara e começar a fil-mar. P: Prefere realizar curtas ou longas-metra-gens?R: Não tenho preferências, mas para quem pretende iniciar seria melhor op-tar por uma curta-metragem, sendo que a passagem da curta para a longa-me-tragem é um processo de maturação do realizador tendo em conta uma variável

importante: os recursos financeiros.P: Gosta de construir guiões?R: Não, pois esta é a parte mais morosa e complicada da elaboração da curta--metragem.P: Como se constrói um guião?R: O guião parte de um conceito, ou seja, de uma storyline; em seguida a construção de cenas, que englobam as personagens e cenários a serem construí-dos e definidos respectivamente pelo realizador. A última fase é a construção das falas.P: Qual é a sua inspiração?R: As vivências e temas que me incomo-dam.

Área de Projecto - inovação tecnológi-ca e multimédia - 12ºG

Carlos Correia; Carlos Silva; Hélder Bar-bosa; Tiago Rocha; Tiago Oliveira

Page 8: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

08

acon

tece

u...

Mais uma vez a Escola Secundária do Castêlo da Maia volta a ser notícia pelas melhores razões. Tendo em conta que o incentivo à leitura não pode ser um simples acto de ler, mas tem que ser, também, um acto de imaginação, onde por outro lado a imaginação pode ser ex-pressa de múltiplas maneiras, poden-do o leitor entrar num diálogo com a própria história do livro, nos livros, muitas vezes, a ilustração trata de de-satar do nó das palavras, novos con-teúdos, trata de fixar olhares, trata de despertar sensações. Olhando ao que foi dito, a promoção do livro e da leitura tem que se tornar um hábito e deixar de ser um acontecimento isolado para que o livro e a leitura sejam valoriza-dos. Foi por tudo isto que, no passado sábado, dia 7 de Novembro e numa iniciativa da Equipa da Biblioteca na pessoa da Coordenadora Maria

Clara do Vale e do Departamento de Línguas, Alunos, Encarrega-dos de Educação, Professores e Funcionários estiveram presentes, durante todo o dia, num workshop sobre Ilustração, “Traços da Imaginação”, orientado pelo Ilustrador Pedro Nogueira, o qual possui larga experiência na área da Ilustração, tendo livros ilustrados que integram o Programa Nacional de Leitura. Esta Iniciativa teve como objectivos principais: consciencializar os participantes para a importância da ilustração; aprender a usar a criatividade e o acto de desenhar como meios de auto-conhecimento e de auto-estima; conhecer e reconhecer a mul-tiplicidade de técnicas disponíveis para a ilustração e por fim privilegiar a interpreta-ção e valor visual dos livros.

Workshop de Ilustração “Traços da Imaginação”

Page 9: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

09

acon

tece

u...

No dia 7 de Novembro de 2009, decorreu na nossa escola um workshop de ilustração – “Traços da Imaginação”.Esta actividade foi dinamizada pelo Ilustrador Pedro Nogueira e contou com a pre-sença de Alunos, Encarregados de Educação, Professores e Funcionários.No auditório da escola foi possível assistir-se a uma parte mais teórica do workshop: o ilustrador expôs informação relativa à Ilustração ao longo do tempo, bem como algu-mas das suas obras e de outros ilustradores.Numa segunda fase, a partir de um parágrafo do livro “O Cavaleiro da Dinamarca”, todos puderam experimentar ilustrar.Este workshop teve a colaboração da Equipa da Biblioteca e do Departamento de Línguas e proporcionou a interacção entre todos os que compareceram, a troca de opiniões e claro, uma experiência nova e inovadora! Inês Nogueira 9ºF

Workshop de Ilustração “Traços da Imaginação”

Os alunos Tânia Costa, nº 21, Cátia Rodrigues, nº 3 e Vitor Hugo, nº 22, todos do 9º A, encontraram uma carteira com 15€ que entregaram no gabinete da Direcção da escola. Aqui fica registado o nosso reconhe-cimento pela atitude correcta e louvável e o desejo que constitua um exemplo para todos. A Direcção

Boas Acções

Page 10: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

10

acon

tece

u...

Nos dias 3 e 4 de Dezembro, numa inicia-tiva da Biblioteca com a colaboração de alguns Professores e da Associa-ção de Estudantes, realizou-se, na nossa escola, uma Feira do Livro que se cen-trou na obra literária de Sophia de Mel-lo Breyner Andresen.

A abertura da Feira contou com um encon-tro literário acerca da escritora, realizado no auditório, da parte da manhã, onde se assistiu à projecção de imagens sobre a vida da autora. Ao mesmo tempo houve também várias intervenções de alunos e professores que dramatizaram excertos de alguns contos e declamaram poemas da autora. No local da realização da feira, foram ex-postos os trabalhos de ilustração resultantes do Workshop de Ilustração, “Traços da Imaginação”, que teve lugar no dia 7 de Novembro e foi dinamizado pelo Ilustrador Pedro Nogueira. As ilustrações, produzidas por pais, alunos, professores e funcionários da nossa escola, centraram-se igualmente na obra da já referida autora. Estes foram dois momentos culturais que se complementaram e conjugaram para pro-porcionar aos membros da nossa comuni-dade um convívio com a literatura e as artes visuais simultaneamente. A Feira do Livro propriamente dita durou dois dias, prolongando-se no primeiro dia até às 21,30h para que os Pais/Encarregados de Educação também a pudessem visitar.Desejamos que mais convívios destes se repi-tam.

Professora Teresa Barbosa

Feira do livro

Page 11: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

11

“A Biblioteca desta escola é a melhor de todas as bibliotecas em que já es-tive, primeiro devido à organização dos materiais, segundo devido à grande di-versidade dos mesmos e terceiro devido à grande simpatia, paciência e respon-sabilidade das funcionárias e professora que aqui trabalham. Obrigada a todos por nos fazerem sentir em casa. Adoro a D. Natividade.” - A aluna Isabel Silva nº 6 Ano 12º turma A

Menções Honrosas

“Para mim a Biblioteca é o melhor refúgio quando não tenho aulas. Sempre passo aqui bons momentos estando sozinha ou acompanhada e as funcionárias são das melhores da Escola.Não conheço ninguém mais amável que a D. Natividade e isso também é um dos motivos de passar cá muito tempo, por isso espero que a Biblioteca continue assim, mesmo quando já não andar cá.” A aluna Cristina Sofia S. Morais nº2 Ano12º Turma A

“A Biblioteca, além de bem organizada, tem muito bons funcionários e ambiente, o que permite um bom momento de es-tudo.” O aluno, Vítor Hugo Machado nº19 Ano12º Turma A

“A Biblioteca é o local da escola mais sos-segado para estudar. O mais quentinho e o mais bonito. É claro que a simpatia das funcionárias ajuda! Continuem assim.” A aluna, Isabel Filipa nº 19 Ano 10º Turma G

“A Biblioteca é, na minha opinião, o melhor sítio da escola. Aqui, podemos

aprender, estudar e claro divertirmo-nos! Quando aqui entrei pela primeira vez o que gostei mais foi a máquina de escrever antiga e a carteira também fica engraça-da.” A aluna, Anita Marante Teixeira nº6 Ano 8º Turma B

acon

tece

u...

Mês Internacional das Bibliotecas Escolares

Dia Nacional das Bibliotecas

Todos os alunos da Escola tiveram a oportunidade de participar num concurso so-bre a nossa Biblioteca. Esta actividade teve como mote dar a conhecer o espaço bibliotecário desta Escola, de forma lúdica. Esta actividade foi dinamizada pela Equipa da Biblioteca Escolar.Alguns alunos que participaram, escrevendo pequenos textos, ganharam prémios, dos quais destacamos:

1º Prémio

Page 12: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

12

Lugares do BarrocoA turma do 11ºG visitou, a 14 de Dezembro de 2009,o Mosteiro de S. Martinho de Tibães e o Palácio dos Biscaínhos em Braga, ambos locais im-portantes da vivência do Barroco em Portugal. Esta visita revelou-se uma “aula” diferente de História e de Português, que permitiu aos alunos reconhecerem in loco as características e os valores daquele movimento cultural. Para quem não os conhece estes são lugares a colocar na agenda para um próximo passeio de fim-de-semana. Tão próximos e tão fascinantes apesar de pouco divulgados. Vão até lá!

Professora Alice Sousa

acon

tece

u...

Mosteiro de S.Martinho de Tibães Palácio dos Biscaínhos

A turma do 8ºB realizou trabalhos acerca do Dia Mundial do Não Fumador (17 de Novembro de 2009) no âmbito da disciplina de Formação Cívica e com a colaboração da disciplina de Área de Projecto. Desde o início, a turma dedicou-se a este projecto para que o resultado fosse o melhor possível, e conseguiu. Quero, de um modo especial, agradecer à nossa professora de Formação Cívica, que é também nossa Directora de Turma, Alice Silva, por nos ter ajudado na realiza-ção dos trabalhos. No dia 26 de Outubro começamos a escolher os subtemas, a organizar os grupos e a distribuir as tarefas. Os grupos trataram os tópicos: doenças provocadas pelo tabaco, a história do tabaco, a produção de tabaco, fumar durante a gravidez, os com-postos do tabaco, o tabaco e os jovens e o tabaco no emprego. Desde já vos digo que os trabalhos ficaram espectaculares! E no final foram afixados e expostos no pavilhão A. Mas, na vossa vida nunca se esqueçam: «Acham que fumar é a melhor opção? Eu digo-vos que não! Não fumem! Só vos prejudica e a quem vos rodeia!». Esta mensagem é para os jovens desta escola, professores e auxiliares de educação:

“Não fumes, resiste à tentação, e não estragues o teu coração!”Espero poder contar-vos mais coisas em breve!

Maria Inês Braga Moreira, nº20 do 8ºano B

Dia Mundial do Não Fumador

Page 13: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

13

Grande parte dos alunos do 8ºano da nossa escola foi ao Porto, em No-vembro, com o intuito de conhecerem o Centro Lúdico de Imagem Animada e a antiga quinta da famí-lia de Sophia de Mello Breyner Andresen no Campo Alegre, hoje o Jardim Botânico do Porto. Esta actividade envolveu várias discipli-nas, num intercâmbio rico de diferentes saberes e experiências. Possibilitou aos alunos, entre outros aspectos, o con-tacto com vários objectos da história do cinema de animação, assistir a um filme cuja banda sonora era da autoria de uma banda do concelho da Maia (“Os Sete Pecados Mortais”) e apren-der a fazer um “Thaumatrope”. Visitaram ainda a antiga quinta onde a escritora Sophia passou a sua in-fância e onde se inspirou para es-crever inúmeras das suas histórias, como O Rapaz de Bronze, O Cavaleiro da Dinamarca ou Histórias da Terra e do Mar. Aí percorreram também o jardim dos dinossauros e viram a árvore que sobreviveu a Hiroshima. Foi um dia em cheio!

Professora Alice Sousa

Fomos ao Porto…

Informação adicional:o Jardim Botânico do Porto está aberto todos os dias, incluindo fins-de-semana e fe-riados, das 9h às 17h no Inver-no e das 9h às 19h no Verão, e a entrada é gratuita.

acon

tece

u...

Page 14: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

14

No dia 20 de Novembro, o Clube de Saúde Ambiente e Seguran-ça, hasteou a bandeira Verde -Galardão Eco -Escolas 2009. Foi uma cerimónia pequena mas muito significativa para nós, pois este galardão representa o envolvimento de toda a co-munidade no âmbito do projecto Eco-Escolas na implementação de uma política ambiental desenvolvida no ano lectivo 2008-2009 e o reconhecimen-to do trabalho dinamizado pelo grupo ” Ajuda-me a mudar o mundo” da Área Projecto do 12º ano. A cerimónia foi abrilhantada com a pre-sença do Conselho Eco-Escolas, do repre-sentante do grupo dinamizador, dos alunos das turmas 10º A e 12º B e representante da Direcção da Escola. Neste momento, sentimos uma respon-sabilidade acrescida, na medida que ao ostentarmos este ano a Bandeira Verde

queremos para o futuro estar à altura do trabalho desenvolvido no ano passado. A manutenção deste galardão constituiria o reconhecimento do desenvolvimento de um trabalho coerente e de continuidade, em prol da formação de cidadãos com comportamentos mais sustentáveis e eco-logicamente mais conscientes.No sentido, de dar seguimento ao Pro-jecto Eco-Escolas, nesse mesmo dia as Brigadas – Verdes, levaram a cabo a Comemoração do dia da Floresta Autóctone, culminando as diferentes actividades com a colocação de placas identificativas do nome científico das espécies mais significativas da flora existente nos jardins da Escola.

Clube de Saúde Ambiente e SegurançaProfessora Esmeralda Pintoac

onte

ceu.

..

Galardão Bandeira Verde e Dia da Flo-resta Autóctone

Projecto de parceria bilateral Comenius, na nossa escola.

Alunos e professores da turma A do 10ºano da Escola Secundária do Castêlo da Maia e alunos e professores da escola Scoala Cu ClaselelI-VIII NR 12 Buzau da Roménia estão envolvidos num projecto de parceria bilateral Comenius.O trabalho a desenvolver implica um estudo sobre o uso das Novas Tecnologias de In-formação, mais propriamente no âmbito da Info-exclusão ( IDEA – “Info-inclusion for the development of Educacional Action”).A visita dos alunos e professores da referida escola à Escola Secundária do Castêlo da Maia, prevista para o mês de Janeiro, foi agendada para o próximo mês de Maio (os dias ainda não foram definidos). Nas próximas edições do jornal da escola (e em publi-cações periódicas locais), serão noticiadas, em pormenor, as iniciativas desenvolvidas no âmbito desta parceria (Projecto Comenius – escola portuguesa e escola romena).

Professor Abílio Calheiros

Page 15: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

15

Os alunos das turmas E e F do 9ºAno participa-ram no concurso “Maia, Tu e o Ambiente”, promovido pela MaiaInova, e que tinha por objectivo “sen-sibilizar a comunidade educativa maiata para a importância das boas práticas na Gestão de Resíduos Domésticos, promovendo simultanea-mente o civismo e a consciência ambiental dos intervenientes”.O desafio lançado aos alunos para apresenta-rem propostas gráficas subordinadas ao tema “Gestão de resíduos e futuro sustentável” para a decoração dos camiões de recolha de resíduos da Maiambiente foi desenvolvido nas aulas de formação cívica. É com grande orgulho que anunciamos que os nossos alunos obtiveram os três primeiros lugares no escalão a que concorriam:

1º Lugar: Lia Novais, Elsa Maia, Soraia Moreira e Tânia Santos / 9ºE2º Lugar: Ana Isabel Cunha, Ana Laura Pereira e Cláudia Rute Barbosa / 9ºF3º lugar: Diana Pinto, Inês Nogueira, Jonas Aze-vedo e Mariana Rodrigues / 9ºF

Parabéns a todos! Professoras Júlia Santos e Délia Carvalho

Sim, o Clube de Línguas não quer deixar de prosseguir com a dinâmica a que desde sempre nos foi habituando!Por isso, basta apareceres por lá (no pavilhão A, na sala 25) e, connosco, trabalhar no âmbito das línguas, podes jogar com os teus colegas, ouvir músicas e ver filmes, desenvolver pesquisas, enfim … aparece!Este ano, resolvemos eleger uma língua para cada mês! Janeiro tem dedicado mais atenção ao espanhol (o “Dia dos Reis” assim o exigia!); em Outu-bro e Novembro, a língua inglesa esteve de parabéns (as bruxas e as abóboras foram o cenário que nos envolveram!); de Fevereiro até Março, “On parle français!” ( Lem-bra-te: no dia 10 de Fevereiro – Chandeleur – é obrigatório comer, no mínimo, um crepe! Ainda não tens a receita? Passa no Clube e saberás como fazer crepes); claro que em Abril cantaremos a liberdade … em português! e não deixaremos terminar o ano, sem nos despedirmos … em alemão! A propósito! … Está a chegar o “dia das línguas” – dia 10 de Fevereiro. Não deixes de te informar sobre todas as actividades que, nesse dia, se realizarão! São muitas e variadas…!Contamos sempre contigo!

acon

tece

u...

Page 16: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

16

O Clube Mais Sucesso Escolar desenvolveu durante o primeiro período várias actividades de angariação de fun-dos para proporcionar no final do ano uma viagem aos alunos das turmas “Mais Sucesso Escolar” que demonstrem um empenhamento, comportamento, as-siduidade e aproveitamento satisfatório. Foram feitas vendas de bolos no bufete da sala dos professores e de wafles na Barraquinha Verde para os alunos, uma feira de venda de artigos oferecidos e venderam-se rifas para um Cabaz que foi sorteado pela Lotaria dos Reis. O feliz contemplado com o prémio foi o aluno Damon Susana do 9ºB.Parabéns ao aluno premiado e agradecemos a todos os que colaboraram com estas iniciativas em prole dos nossos alunos.

acon

tece

u...

Page 17: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

17

acon

tece

u...

O Clube de Saúde tem dinamiza-do diversas actividades, entre as quais “A Sexualidade e os afec-tos”, em parceria com as disciplinas de Biologia e Psicologia B.Esta actividade teve como objectivos valorizar a interdisciplinaridade e mostrar que a sexualidade pode ser vista, estu-dada e compreendida nestas duas ver-tentes.Privilegiou-se o ensino-aprendizagem enquadrado num cruzamento de sa-beres como forma de transmitir aos alu-nos uma nova metodologia de trabalho. Participaram nesta actividade as turmas do 12º A/D/G que dinamizaram a transmissão de saberes sobre o tema em causa a turmas do 9º ano. Esti-veram envolvidas as professoras: Célia Fernandes, Ana Paula Freitas e Cândida Moreno.A afectividade e a sexualidade são di-mensões das mais profundas da nossa humanidade. Sem elas não existiríamos enquanto pessoas.Nascemos com a evidência de termos um sexo, de sermos meninos ou meninas, mas tornarmo-nos homens e mulheres é um processo evolutivo que nada tem de automático ou de definitivo.A realidade afectivo-sexual é uma di-mensão constitutiva da pessoa, estru-turante da sua identidade e determi-nante do seu desenvolvimento. Trata-se de uma “energia” que nos motiva a pro-curar contacto, afecto, prazer, bem--estar e que influencia pensamentos, acções e interacções.

Professora Cândida Moreno

“A Sexualidade e os afectos”

De 26 a 30 de Outubro, a nossa escola vivenciou, durante estes cinco dias, mo-mentos terrivelmente divertidos. A realiza-ção das diferentes actividades previstas no programa desta festividade contou com a participação activa de todas as turmas de 7º ano, bem como dos alunos da turma 11ºF que estiveram na linha da frente da organização da “Hallowe’en Party”. Ao longo dessa semana, toda a comu-nidade escolar foi convidada a visitar a exposição de trabalhos elaborados pelos alunos de 7ºano, na qual a criatividade e a originalidade foram os pontos fortes. Foi, igualmente, lançado o desafio às tur-mas do referido ano de escolaridade a construção de um objecto representativo da turma alusivo a esta temática. Sujeitos a uma votação, os dois trabalhos vence-dores foram “A Casa Assombrada” do 7ºC e “O Caixão do Drácula” do 7ºD. As doces partidas também não foram esquecidas, isto é, o tão afamado “Trick or treat”. Toda a escola foi presenteada com visitas inesperadas, proporcionando momentos bem divertidos a todos. A “Hora do Conto” integrou também o conjunto de actividades propostas, jun-tamente com as duas sessões de cinema que contaram com uma adesão massiva dos alunos de toda a escola.Para o ano, voltaremos!!!

Professoras Lúcia Teixeira e Raquel Lopes

O Hallowe’en regressa à Escola

Page 18: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

18

acon

tece

u...

No dia 11 de Dezembro de 2009, o grupo “Viva, há alternativa!” da Área de Projecto Vida, Saúde e Ambiente, realizou um evento dirigido a toda

a comunidade escolar relacionado com o seu tema de trabalho – “Medicinas Alternativas: o porquê da ignorância”. A actividade incluiu uma parte teórica (palestra no auditório da escola) e um workshop prático numa das salas do pavilhão D, desenrolados igualmente em duas sessões – manhã e tarde.Tendo em conta as perspectivas e objectivos iniciais do grupo, os alunos Ana Peixoto, Cátia Custódio, Lúcia Neves, Marta Monteiro, Tiago Bandeira, produziram a actividade com o intuito de divulgar a Massagem como uma forma de relaxamento, e ao mesmo tempo, de tratamento. No entanto, há que conhecer as suas contra-indicações, bem como todos os seus benefícios e aplicações, algo que, obviamente, não é do conhe-cimento geral da população.Para a elaboração da actividade, o grupo não fez magia! Teve de contar com o apoio de uma escola profissional – Escola de Massagem e Motricidade Apli-cada (EMMA) –, que foi, sem dúvida, imprescindível. Contou-se com o Prof. Marco Fonseca (licenciado em Fisioterapia, mestre em Alto Rendimento, e do-cente na Universidade Fernando Pessoa e Instituto Piaget) para dirigir as palestras, que, de uma forma interactiva e cativante, motivou todos os presentes. A EMMA contribuiu ainda com alunos da sua escola para ajudar no workshop.Em suma, o grupo ficou bastante satisfeito, não só com a actividade, mas também com a adesão da comunidade à mesma. Embora tenha sido um dia cansativo, foi deveras produtivo!

O grupo, “Viva, há alternativa!”

“Viva, há alternativa!”

DIA DAS LÍNGUAS

No dia 10 de Fevereiro, quarta-feira, a escola vai ter um dia diferente. Durante todo o dia, decorrerão actividades lúdi-co-pedagógicas para toda a comunidade escolar. Os alu-nos deverão vir à escola e cumprir o seu horário, podendo optar por ficar mais algum tempo, divertindo-se e apren-dendo. Os Encarregados de Educação estão convidados a comparecer na escola a fim de assistirem a múltiplas activi-dades executadas por docentes e alunos: teatro, concursos, karaoké, jogos desportivos, exposições, projecção de filmes e de trabalhos dos alunos, concertos e oficinas de trabalho. Finalmente, estarão disponíveis pequenos manjares típicos dos países originários das línguas que se leccionam na es-cola.

Professora Elisabete Oliveira

Page 19: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

19

acon

tece

u...

DELF en action!

Ensino Básico:1º PrémioEm Novembro celebra-mosO dia de S. Martinho.Muitas castanhas comemos,Mas cuidado com o vinho!(Sofia Ferreira, 9ºE)

2º PrémioCastanhas, castanhasQue boas que são!Quentinhas, assadinhas,Fazem bem ao coração.(Nuno Filipe Fernandes, 9ºD)

3º PrémioNo dia de S. MartinhoAbre-se um sol radiosoPara honrar um homen-zinhoQue ajudou um pobre idoso.(Ana Sofia Paiva, 8ºC)

Ensino Secundário:1º PrémioQuando começa o S. MartinhoFaz-se a festa no jardimVem a família do vizinhoCom castanhas para mim.(Cátia Sofia Costa, 10ºD)

S. MartinhoDurante o mês de Novembro, realizou-se o concurso de Quadras de S. Mar-tinho, tendo os alunos produzido quadras inéditas. O júri reuniu e decidiu:

2º PrémioVou à adega provar o vinhoNeste dia especial.Comemorar o S. MartinhoEm terras de Portugal. (Luís Vasquez, 12ºC)

3º PrémioNeste São Martinho tão quente,Nem as castanhas deixo estalar,Pois mais vale na boca, uma somente,Do que na fogueira, duas a assar!(Ana Vasconcelos, 12ºB)

DELF en action!No passado dia 16 de Dezembro de 2009, no auditório da Escola Secundária Carolina Mi-chaëlis, 13 alunos da nossa escola receberam das mãos do Dr. António Leite da DREN e do côn-sul francês, o Diplôme d’Études de Langue

Française (DELF). Os nossos alunos obtiveram excelentes classificações tanto no nível A2 - Alexandre, Ana Claúdia, Ana Inês, Claúdia Rute, Diogo, Inês, Edgar, João e Nuno ( 9ºF), Pedro e Sofia (10º)- como no nível B1 – Alice e Idelson (11º ano). Com este diploma, estes alunos podem matricular-se num curso superior ou de pós-graduação na maior parte das universidades dos países francófonos. Os alunos con-sideram que esta iniciativa foi muito proveitosa e pretendem inscrever-se no exame para o nível seguinte. Tanto os alunos como os professores de Francês destes alunos muito agradecem a preciosa colaboração da assistente francesa, Elsa Hémon, que no ano passado esteve colocada na nossa escola e de quem toda a gente tem muitas saudades. Bravo, les enfants!

Professora Elisabete Oliveira

Professor José Nuno Araújo

Page 20: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

20

acon

tece

u...

«Clube Europeu?»

«Europa em Ponto Pequeno» é um projecto pensado no âmbito da dis-ciplina de Área de Projecto de 12º ano, da Escola Secundária do Castêlo da Maia inserido no tema: «Da Língua Materna em Viagem pelas Terras da Maia». O surgimento do nosso projecto está intimamente relacionado com a formação da União Europeia associada à importância da Cidadania Europeia. Deste modo, entre outros aspectos salienta-se como objectivo primordial pro-mover e dinamizar o «Clube Europeu» como um dos elementos fulcrais para a Comu-nidade Escolar.Sim, Clube Europeu! Ainda não o conheces?Pois bem, existe mesmo um na nossa escola e nem tu imaginas a importância que ele mesmo pode ter!A criação dos Clubes Europeus é uma iniciativa já idealizada há alguns anos… Mesmo há alguns anos… Aliás, esta decorreu de uma idealização portuguesa que ocorreu em 1986… Vejam lá! 1986!É um facto! Os Clubes Europeus são mesmo um elemento fulcral, não só para a Co-munidade Local, mas também e, acima de tudo, para a Comunidade Escolar.Actualmente, os Clubes Europeus são um projecto integrado no Gabinete de Estatísti-ca e Planeamento da Educação (GEPE) do Ministério da Educação. Um projecto essencialmente vocacionado para o trabalho da dimensão europeia na educação e de ligação aos diferentes estabelecimentos escolares e às suas comunidades edu-cativas. É, realmente, neste âmbito que pretendemos trabalhar. Pretendemos que o nosso Clube Europeu crie entre os diferentes elementos da Comunidade Escolar e Local um verdadeiro espírito europeu e, mais importante, transmiti-lo, por todos os meios possíveis, aos restantes elementos, promovendo, com o apoio de várias entidades competentes, acções de dinamização tendentes a um melhor conhecimento da Eu-ropa. Em suma, convidamos-vos a assumirem um papel activo no nosso projecto europeu comum. Precisamos das vossas ideias, do vosso espírito crítico e do vosso empenho para construir este projecto. Um projecto estimulante, incitador e, acima de tudo, autêntico!,

O grupo: «Europa em Ponto Pequeno»

«A Europa Mora Aqui!»As pessoas no coração da UE

Hoje vimos aqui dar-vos a conhecer a mais recente actividade do Clube Eu-ropeu da nossa Escola. Ora, tendo em conta as nossas competências enquan-to responsáveis pelo mesmo, integramos neste período lectivo dois importantes concursos: «A Europa dos Resultados» e «A Europa Mora Aqui».O concurso: «A Europa Mora Aqui» foi--nos apresentado num período em que tínhamos muito trabalho para realizar pelo que tivemos as nossas dúvidas em avançar com o projecto. Mas decidimos arriscar! Assim, tal concurso foi elaborado, à

semelhança do concurso «Europa dos Resultados», pela Comissão Europeia, através do Centro de Informação Euro-peia Jacques Delors (CIEJD), Direcção Geral dos Assuntos Europeus – Ministério dos Negócios Estrangeiros, que lança, uma vez mais, um desafio no âmbito do seu plano de comunicação: promover os valores e a cultura da Europa nas es-colas de todo o país.Neste contexto, a LUDICOM apresen-tou o projecto «A Europa Mora Aqui» e convidou as escolas dos 2º e 3º Ciclos, Secundárias e Profissionais a participar. E, mais uma vez, o nosso grupo aceitou o desafio! Portanto, somos desafiadas a sairmos da escola e tornarmo-nos agen-tes activos na nossa comunidade, averi-

Page 21: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

21

acon

tece

u...

guando o que sabem as outras pessoas sobre a União Europeia e sensibilizando--as, em simultâneo, para o tema «A Eu-ropa dos Resultados».Desta forma, poderemos dizer que este concurso decorreu em duas distintas fases. Numa primeira fase, o grupo organizou-se entre si para a recolha de respostas aos questionários. Existem quatro questionári-os diferentes: um destinado aos alunos do 2º e 3º ciclo do ensino básico, outro des-tinado aos alunos do ensino secundário e profissional, um terceiro destinado às famílias, e um quarto para as empresas. Numa segunda e última fase, foi-nos sugerida a realização de um trabalho no âmbito de um Estudo Etnográfico.Após a conclusão da primeira fase deste projecto constatámos que, sem dúvida, «A Europa Mora Aqui», mas a generali-dade das pessoas não tem informação suficiente para sentir esta Europa, as suas iniciativas, os seus resultados e as soluções objectivas.Assim, para darmos início à segunda fase do concurso, decidimos, perante esta situação, dinamizar uma importante actividade para a realização do Estudo Etnográfico porque, acima de tudo, queríamos sensibilizar a Comunidade Es-colar e Local para o tema da UE e para toda a sua dinâmica envolvente.Para mostrarmos as marcas da União Eu-ropeia na Comunidade Escolar e Local utilizámos como ponto de partida, para a realização do nosso trabalho, a ideia de num pequeno quadro, escrever a giz a frase: «O que é que a UE faz por mim?». Pedimos autorização, fotografámos as pessoas e as suas respectivas frases e, posteriormente, enviámo-las.E assim foi! Tratando-se de uma activi-dade que se ajusta às iniciativas que os Clubes Europeus podem dinamizar nas escolas, nós utilizámos a sala E21 (já a foram visitar?!) para tudo o que fizemos no passado dia 12 de Janeiro de 2010, terça-feira. Durante toda a manhã e par-te da tarde, decorreu toda a actividade! Preparámos a sala, o quadro, a máquina fotográfica, e de seguida, começámos a falar com as pessoas, a falar do projecto, do Clube Europeu, da actividade que estávamos a realizar! E, assim, consegui-mos! Conseguimos aguçar a atenção e, principalmente, o interesse para a nossa União Europeia.Foi, sem dúvida, um desafio e uma opor-tunidade únicos! Um projecto muito origi-nal e espontâneo, muito educativo, que pretendeu dar a conhecer os resultados concretos da acção da União Europeia e a forma como estes influenciam a vida dos seus cidadãos.

Em conclusão, considerando imprescin-dível e fundamental que todos os ci-dadãos europeus se esforcem e se inte-ressem pelos temas que envolvem toda a dinâmica da UE, com este nosso pro-jecto: «Europa em Ponto Pequeno», que está intimamente relacionado com a sua formação e, principalmente, com o conceito de Cidadania Europeia, contri-buiremos para uma maior aproximação e envolvimento dos mesmos nas suas to-madas de decisão.

O grupo: «Europa em Ponto Pequeno»

Page 22: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

22

o N

atal

na

esco

la...

Nas aulas de edu-cação visual, os alunos das turmas do 7ºano começaram por consolidar alguns conhecimentos de geometria no plano e aprender a realizar os traçados dos polígo-nos regulares. Logo a seguir, aplicaram o que aprenderam na elabo-

ração de painéis e

de estrelas, reple-tas de incisões feitas a X-acto, que serviriam para “engalanar” o pavilhão A na épo-ca natalícia que se avizinhava. Deu muito trabalho e foi necessário grande esforço e empenho, mas valeu a pena porque ficou muito bonito! O resultado foi muito elogiado por todos, e os alunos estão de parabéns!Por fim, um grande “Obrigado” aos alunos do 8ºB que colaboraram nesta ac-tividade com umas estrelas em origami, que estavam soberbas! Professores de educação visual

Decoração de Natal

Page 23: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

23

o N

atal

na

esco

la...

As Mesas de Natal, tradicional actividade da nossa escola, realizaram-se este ano renovando o es-pírito de confraternização a que a comunidade edu-cativa já se habituou.O espírito da época foi visível na participação de to-dos, na solidariedade demonstrada e ampla adesão da escola.A alegria, o envolvimento e a cor emprestada à festa, foram reveladores desta ser uma actividade que cor-respondeu às expectativas dos envolvidos.

Departamento de Ciências Sociais e Humanas

Mesas de Natal

Page 24: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

24

o N

atal

na

esco

la...

Tudo começa em reunião de departamen-to. Sob o comando férreo da coordenadora Manuela Vale, os professores que se volunta-riaram para a organização da Ceia de Natal distribuem-se em pequenos grupos por tare-fas. Há que pensar no sítio, no menu, nos con-vites, nas prendas, na decoração do espaço, na distribuição de lugares, no programa de animação da noite. Tudo é criteriosamente distribuído, num ambiente descontraído e democrático, salvo algumas excepções. Por exemplo, o nosso artista do departamento, de seu nome Nuno Torres, fica logo com a incum-bência de fazer o convite e a nossa colega Cé-lia com a responsabilidade do coro. São bons, aguentam! Mais uma vez, brilharam. E este ano a Célia até conseguiu que cantássemos melhor, muito disfarçados pelo óptimo acom-panhamento musical. “Yes, we can” é muito mais que o lema do Obama. É uma convicção da Célia que acabou por nos contagiar. Até eu, uma descrente, cantei. Mas fiz mais que isso. Queria falar-vos agora doutra tarefa de que fui incumbida, juntamente com a Con-ceição Moutinho de Matemática e a Manuela Reis de Biologia: comprar as prendas (pacífico) e embrulhá-las (terrível). Muitas pessoas não valorizam a problemática do embrulho mas, quanto a mim, é uma grande injustiça. Embru- lhar à volta de cem prendas é uma autêntica empreitada e, com as peripécias do costume (falta papel, falta fita), torna-se um autêntico atentado à nossa paciência. Faço aqui um sentido apelo a todos os colegas: mesmo que não tenham gostado do anjinho que vos ca-lhou em sorte, ou que não apreciem a velinha ou o enfeite, dêem valor ao embrulho. Tiveram muita sorte de nada ter voado pela janela e aterrado na avenida Xanana Gusmão. E, por último, lá terei que abordar a minha aventura como “apresentadeira” de concursos. Faço aqui uma rectificação: minha não, nossa, dado que arrastei a minha colega e homóni-ma (Licínia Pranto) comigo. Para além de nós, uma vasta equipa se dedicou a congeminar o concurso e a tratar de todos os pormenores de cada prova. Mesmo o Carlos ou a Mónica que não puderam estar na ceia, se empenharam até à última. Eu desafiei e todos superaram as minhas expectativas. E correu tudo mais ou menos bem, tirando uns problemas logísticos e a queda do computador do Daniel Prata, o nosso informático de serviço. Durante alguns longos minutos o dito computador ficou em coma, deixando-nos preocupadíssimos. No entanto acabaria por ressuscitar e esteve no

Também foi bacalhau com broa em cama de grelos …

Page 25: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

25

seu melhor durante a festa. Quanto ao concur-so devo dizer que os convivas da ceia de Na-tal foram um público muito difícil. Nós, Licínia e Licínia, tivemos que improvisar e fugir ao guião estipulado e as nossas eficientes assistentes, Ana Paula e Carla, andaram numa autêntica roda viva. Lá conseguimos levar o concurso até ao final e esperamos ter garantido algum entretenimento. Falta-me fazer apenas uma referência. O concurso teve ajuda à produção da D. Júlia (mãe da professora Licínia Pranto) que, amavelmente, confeccionou as fatiotas das apresentadoras. Fica aqui um beijinho de simpatia para ela. E pronto. Estou desejosa de ver as fotografias que registaram este grande evento e que são testemunha dum facto pouco frequente: eu estava penteada nesse dia. Verdade, ver-dadinha, que sofri pressões de certas colegas nesse sentido e, pela primeira vez na vida, fui à cabeleireira duas vezes na mesma semana. Ficam desde já a saber que penteada nova-mente … só em Abril !!! Termina aqui este res-caldo da ceia de Natal.

Professora Licínia Martins

o N

atal

na

esco

la...

Page 26: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

26

o N

atal

na

esco

la...

Ora então, a minha estreia no jornal da escola é dedicada ao Jantar de Natal. Nem mais, nem menos! Para alguém que, como eu, tem ingerido algumas – só algumas! - calorias a mais nos últimos tempos, não podia vir mais a propósito.Descansem… Não vos vou fazer inveja com uma descrição detalhada das deliciosas iguarias com que o Departamento de Ciên-cias – com o alto patrocínio da Casa do Lagoa - nos brindou. Depois das Festas Natalícias, a mera menção de algo da família das rabana-das ou do bacalhau pode ser suficiente para um princípio de indigestão… para não falar do facto de o nível calórico de um jantar destes estar, provavelmente, mais próximo das ne-cessidades de um esquimó num dos piores In-vernos da sua vida. O que nos vale é que não estava lá ninguém do Clube de Saúde a ver…Não, vou falar-vos, antes, do serão divertido que passámos, graças ao trabalho, à imagi-nação e à criatividade dos nossos colegas “cientistas”. Houve um pouco de tudo: desde as brilhantes apresentadoras que, inesperada-mente, se descobriram como almas gémeas, até ao Grupo Coral devidamente ensaiado e afinado – dizem eles que só ensaiaram uma vez, mas fonte segura garantiu-me que o casting começou logo em Setembro e que já há convites para o novo espectáculo do La Feria. “Aqui há talento!”, como diriam alguns alunos de AP do 12º ano.O ponto alto da noite foi, como não podia deixar de ser, o Concurso entre mesas (aqui, hesito no nome; penso que algo como “Mul-tidisciplinar” ou “Transdisciplinar” ficaria muito bem em qualquer Ficha de Autoavaliação). Só alguém das Ciências, muito habituado a misturar ingredientes, reagentes, ou lá como essas “coisas” se chamam, se lembraria de juntar professores, pais e assistentes operacio-nais com mímica, cantoria, poesia popular, desenho, pintura, etc, etc, cada qual na justa medida, de forma a obter um serão bem pas-sado, em boa companhia, com umas boas gargalhadas. Até para o ano!

Professora Luísa Pinho

Uma espreitadela ao Jantar de Natal

Page 27: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

27

assi

m fa

zia

a m

inha

avó

...

Docinho de côco da “Simone”

Ingredientes:9 colheres de sopa de coco ralado3 colheres de sopa de manteiga1 lata de leite condensadoPreparação:Coloque o coco ralado numa panela e leve-o ao lume até ficar dourado. Junte os restantes ingredientes e mexa até ficar descolado do fundo da panela.Unte um prato com manteiga e coloque aqui a massa. Deixe arrefecer e depois forme bolas com as mãos untadas com manteiga, passando-as de seguida num pra-to com coco ralado. Coloque-as em forminhas de papel.

Brigadeiros da “Simone”

Ingredientes:3 colheres de sopa de chocolate em pó (nesquik)3 colheres de sopa de manteiga1 lata de leite condensadoGranulado de chocolate q.b.

Preparação:Coloque todos os ingredientes numa panela e leve ao lume, misturando sempre até despregar do fundo da panela.Unte um prato com manteiga e coloque aqui a massa. Deixe arrefecer e depois forme bolas com as mãos untadas com manteiga, passando-as de seguida num prato com granula-do de chocolate. Coloque-as em forminhas de papel.

D. Simone - Funcionária

Alguns truques para tirar nódoas difíceis da roupa:

Para tirar manchas de caneta esferográfica de tecidos, primeiro humedeça o local manchado com um pano embebido em vinagre. Depois, enxugue sem esfregar.

Para retirar pastilha elástica de tecidos, coloque sobre ela uma folha de papel e passe o ferro bem quente. Ou então coloque a peça de tecido no congelador es-pere que endureça e retire facilmente.

Para tirar facilmente manchas de gordura de tecidos retire primeiro o excesso com um pano absorvente, ou em alternativa use pó de talco e espere que a gordura seja absorvida para o escovar em seguida.Esfregue a nódoa com sabão humedecido em água morna (se já tiver secado deixe de molho numa solução de água morna e sabão durante 1 hora) e depois lave como habitualmente.As nódoas difíceis devem ser tratadas com benzina (um solvente gordo), antes da lavagem normal.Outro processo para retirar gordura dos tecidos: coloque, nos locais manchados, uma gema dissolvida num pouco de água. O mesmo truque serve para clarear manchas de mercúrio nas roupas.

Para tirar manchas de café na roupa, passe rapidamente sobre o local uma pedra de gelo. Depois, enxugue com uma toalha.

Para tirar manchas de fruta coloque sobre a mancha leite a ferver.

Para tirar manchas de chocolate em tecidos, primeiro retire o excesso, depois es-fregue com uma solução de água morna e sabão e lave de seguida normalmente.Se o chocolate for muito gordo (com uma grande percentagem de manteiga de ca-cau) ou mousse de chocolate, esfregue a nódoa com água morna e sabão e antes de lavar aplique álcool ou água oxigenada.

Para tirar manchas de vinho em tecidos, aplique água morna imediatamente.

recolha SomosRevista

Page 28: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

28

vale

a p

ena

Para quem viu o primeiro filme e ficou ansioso por uma sequela, os seus desejos vão concretizar-se em Maio deste ano. A Marvel Studios está a desenvolver um segundo filme que promete surpreender os que viram o êxito que foi o filme original.O enredo baseia-se em alguém que copiou a fonte de energia que Tony Stark, o empresário de sucesso em armamento, está agora a ameaçar derrotá-lo, mas, desta vez, Tony vai ter um parceiro com um fato semelhante ao seu, para o ajudar. Para além disso, o governo americano quer a tecnologia de Stark para os seus soldados formarem um exército imbatível. Será que Tony aceita?O trailer já disponível na Internet, mostra que o filme vai ser tal e qual o primeiro: repleto de acção e comédia.Agora só resta uma coisa, esperar até Maio e que a equipa da Marvel faça um bom trabalho!

André Lago 9ºE

Comentário sobre o livro “Parabéns, Rita”

O livro de que vos vou falar é da autora Maria Teresa Maia Gon-zalez, que nasceu em 1958 em Lisboa. Licenciou-se em línguas e foi professora de Língua Portuguesa durante 15 anos. Maia Gonzalez escreveu várias obras das quais se destaca “A Lua de Joana” e a colecção” Profissão Adolescente” que conta com 26 livros, dos quais eu li ”Parabéns, Rita”.O livro fala sobre uma jovem de 14 anos que recebia uma edu-cação muito rigorosa por parte dos pais.Quando chegou o dia dos seus anos, Rita recebeu como presente de um homem que não conhecia a fotografia dele próprio com uma bebé ao colo. A partir daí, a Rita estava sempre a perguntar aos pais se conheciam aquele homem, e estes fica-vam muito perturbados com o assunto. Mais tarde, tal senhor abordou a Rita e quis conversar com ela acerca do presente que lhe dera. O homem contou-lhe que na realidade era o seu pai e que não lhe pôde contar mais cedo porque, em tempos, num acidente de viação da sua responsabilidade, sob o efeito do álcool, causou a morte da sua mãe. Por isso, foi preso durante muito tempo e os tios, que ela pensava serem os seus verdadeiros pais, adoptaram-na. Os 15 anos de Rita dividiram-se entre a mentira e a realidade.

(Selma Micaela Martins da Silva, 10º D, nº 24)

IronMan 2

Page 29: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

29

Existem muitas situações na vida que podem levar-nos à po-breza extrema.

Mas a doença, a desonestidade, a de-pendência e a apatia apresentam-se como as principais causas.Em relação à doença, quando uma co-munidade tem uma elevada taxa de doenças, a produtividade é baixa, crian-do-se menos riqueza. Para além da mi-séria criada pela doença, o desconforto e morte que resultam da doença são factores importantes para o aumento da pobreza numa comunidade. Quanto à desonestidade, por vezes os re-cursos que se destinam a ser usados para serviços e infra-estruturas da comuni-dade, são desviados para outros fins por muitos responsáveis, facto este que con-tribui em grande parte para o aumento da pobreza.Falando agora da dependência da cari-dade por parte de quem a ela recorre, podemos considerar que a caridade pode ser essencial para a sobrevivên-cia, num curto espaço de tempo, após um desastre. Mas pode também contri-buir para a desgraça das pessoas se for

o único apoio durante muito tempo. Pois as pessoas podem acomodar-se à cari-dade entrando num estado de apatia, estado este que não as deixa lutar por melhores condições de vida.Todo este aumento de pobreza vai tra-zer-nos graves consequências, principal-mente a elevada taxa de mortalidade e o aumento da criminalidade. A falta de emprego gera problemas económicos graves, o que origina nas pessoas pro-blemas de saúde graves, não só a nível físico, mas também psicológico e social. Perante esta situação, muitas pessoas tornam-se dependentes do álcool e dro-gas. Com isto, recorrem por vezes à cri-minalidade para a obtenção de dinheiro para um curto bem-estar.Por fim, ficam-nos os números: a pobreza mundial tem vindo a aumentar de ano para ano. A ONU (Organização das Na-ções Unidas) afirma que ainda em 2009, mais 90 milhões de pessoas vão per-tencer ao grupo dos que passam fome no mundo, registando assim um aumento de 6%, considerando os dados actuais. Esta organização revelou também que a actual recessão económica fará aumen-tar a extrema pobreza a nível mundial.

Ana Inês Santos 9ºF

pont

os d

e vi

sta

Já olhaste em redor, hoje? Já viste o mundo com olhos de ver? Às vezes, dizemos que temos fome (por uns minutos), dizemos que já não gostamos da nossa roupa ou que não temos um telemó-vel recente. Nem pensamos que tantas pessoas não comem du-rante dias e dias, mal têm o que vestir e nem de um telemóvel ouviram falar. Muitos dos generosos são aqueles que já por lá passaram e sabem o sacrifício de cada dia. Vejamos o exemplo do Senhor Palha: apesar de ter enriquecido, continuou a dar arroz aos que precisavam.Em alguns dos casos em que nos pedem para comer, ignoramos. Julgamos que nun-ca iremos estar naquele papel. Quantas oportunidades de vida não foram conseguidas por estas pessoas? Quantas portas foram fechadas levando às situações que vamos observando? Nem pensa-

Pobreza Extrema

texto elaborado a partir da história «O Senhor Palha», (divulgada pelo Clube de leitores)

texto elaborado a partir da história «O Senhor Palha», (divulgada pelo Clube de leitores)

Page 30: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

30

pont

os d

e vi

sta

A passagem dos dias de hoje, na Escola, confunde-se com a das semanas e a dos meses!

Não fora a Natureza, ainda que por vezes algo “baralhada” (também ela!) a marcar fatalmente a cadeia sazonal, já não reconheceria, no Tempo da escola, os diversos matizes e os dife-rentes ritmos de que a multiplicidade de afazeres, que lhe são característicos, sempre se revestiram!Recordo momentos (tantos!) que nos faziam sentar em redor de uma vontade, de uma ideia, de um projecto e que … subita-mente, nos compeliam a levantar e a concretizar! … E a Escola

ia-se fazendo… Pelo caminho, todos “apreciávamos a paisagem”! E conseguíamos fazê-lo porque, naturalmente, sabíamos que o prazer de construir só seria pleno se o resultado fosse saboreado. E, por isso, a grandes etapas de trabalho vigoroso, em-penhado e, sobretudo, dedicado, sucediam sempre momentos, não direi de pausa, pois uma escola nunca poderá parar, mas de abrandamento, isso sim …! E que ne-cessários sempre foram esses momentos! Permitiam reencontrarmo-nos, nós e a nossa Escola!Ora, hoje na escola vivemos todos em desafio constante connosco próprios; somos todos envolvidos numa luta que sabemos que, sendo diária, persiste exaustivamente pelas semanas, pelos meses, …! É uma incessante realidade que, por não abrandar, se torna desprovida de sentido, reflectindo pouco a nossa real imagem! “Fazemos”, “agilizamos”, “mobilizamos”, “empreendemos”… (e nunca usufruímos, não há tem-po!) ... é preciso “prosseguir”, “concretizar”, “rentabilizar”, “optimizar” … Felizmente ainda preservamos o hábito de apelidar de “nossas” a algumas das in-finitas tarefas que o horário real de cada um inclui: são as nossas aulas, as nossas turmas, a nossa Direcção de Turma. Talvez por isso ainda me permito a mim mesma retirar delas momentos de “desaceleração”, em que realmente me reencontro, me reconheço, porque consigo dar conta do outro, sejam os meus alunos ou os meus colegas…Como professora, cedo aprendi que a responsabilidade de ser artífice do ser humano implica necessariamente estar atenta à grandeza de cada um! E esta realidade exige serenidade, tempo… Vivemos na era da distracção. Mas um dos maiores paradoxos desta nossa vida ac-tual é que a possibilidade de termos um futuro brilhante está directamente relacio-nada com a nossa capacidade de prestar atenção ao presente.Não me retirem o prazer do deslumbramento perante os momentos, … e as pessoas! É deles que conseguimos a seiva para nos ultrapassarmos … e sermos melhores pro-fessores!

Professora Margarida Miranda

mos que tipo de sujeito esconde o rosto desesperado: são em alguns casos, quem mais luta pela vida, na esperança de que um dia “a luz brilhe no fundo do túnel”. Lutam pelo seu próprio sustento e pelo sustento da família. Bom exemplo desta situação é o Senhor Palha, sem mulher, sem filhos, apenas com a roupa do corpo, pedia todos os dias à Deusa da Fortuna uma melhoria da sua sorte.Os “ditos” ricos não são aqueles que possuem muitas riquezas, casas e carros caros e que apenas guardam e exibem o que têm.Ricos são aqueles que, independentemente das posses, ajudam com o que podem tendo compaixão do próximo. A nossa personagem identifica-se com esta situação: ao longo da história, mesmo sendo pobre, vai dando o que tem para a felicidade dos outros.No fim virá a recompensa, a sorte irá mudar. Ou, simplesmente, receberemos a grati-ficação interior por termos ajudado quem nos estendeu a mão.

Inês Nogueira, 9ºF

Page 31: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

31

Nas pedagogias contemporâneas, tudo parece orbi-tar em torno desta pergunta: “De que modo devemos ensinar?”, ou seja, ela incide prefe-

rencialmente nas estratégias e metodo-logias a adoptar nas diversas situações que se nos deparam na prática educa-tiva. Reconheço, obviamente, que os meios a utilizar, por parte de quem en-sina, constituem um inevitável (e sem dú-vida útil) assunto a ser tratado, no intuito de melhorar a leccionação de um deter-minado ramo do saber. Não obstante, a questão frequentemente descurada, reside não no «como?», mas no «para quê?», isto é, não no caminho mas na meta.Lembrarei a este propósito que toda a metodologia tem apenas uma só e úni-ca razão de ser: atingir um fim. É precisa-mente este fim que importa identificar, tanto a respeito da Filosofia como relati-vamente ao conjunto do saber humano.Para que existem as disciplinas curricula-res? Serão elas um fim em si mesmo, ou serão elas um caminho possível, embora sinuoso e repleto de escolhos para atingir fins superiores? São os objectivos que se têm em vista que conferem toda a le-gitimidade aos mais variados modos de actuar, dentro e fora da sala de aulas. A decisão acerca do que devemos ensinar prima em absoluto sobre a deliberação acerca do como se poderá chegar ao resultado pretendido. Porém, em bom rigor, o ensinar – função que investia o professor de identidade – é, hoje, um acessório. No futuro, uma vaga recordação. É justamente esta mu-tilação ontológica que permite os mais variados delírios pedagógicos, mormente elevar à categoria do “normal” o que é “patológico”: a transição de milhares de alunos com classificações virtuais. E te-mos uma geração inteiramente liquida-da. E o pedagogo apregoa, então (esse inquisidor da educação), com o dedo indicativo, firme na sua sabedoria im-piedosa “É impossível crer ainda que há professores que dormem bem após não terem aprovado todo e qualquer aluno”. Escola Inclusa, Democratização do En-sino: legiões de iletrados.Questão filosófica fundamental: “O que é?”. E especificamente: “O que é o pro-fessor?” Nada e tudo por carência de ser. Nada porque o ensino é virtual o que cristaliza automaticamente o professor

no grau zero ontológico; tudo porque, nada sendo, indeterminação absoluta, podem-lhe ser atribuídas várias tarefas: elaboração de grelhas em que se quan-tificam atitudes e valores, como se fosse perfeitamente normal e científico quan-tificar de zero a vinte a participação (ao quilo), o empenho (ao litro), a pontuali-dade (ao segundo) e por aí fora…; tor-na-se psicólogo que encaminha alunos ao…psicólogo, porque o aluno, sendo ele também virtual, está desmotivado. Preenche pilhas de relatórios até à minú-cia e esforça-se para que o destinatário – outro professor – incapaz de tanto la-bor hermenêutico, aprove. Aprovar seja o que for, porque se aprova a forma e os pruridos de linguagem. O conteúdo é mais um acessório. Depois temos as inúmeras fichas, relatórios individuais do aluno, estratégias de recuperação. Mas recuperar o quê de quê, pois se é quase um normativo transitar o aluno virtual de modo a que o professor não tenha uma insónia real? As tutorias, os planos de ac-tividades anuais, as visitas de estudo. E mais relatórios. Tudo no ‘ralatório’, nada fora dele!Estaline afirmou sadicamente que “a morte de um chegado é uma tragédia; a morte de milhões é estatística”. Apli-cando este aforismo a esta natureza in-determinada esse u-thopos, o professor, direi que a sua morte profissional é uma tragédia; os números que fazem os Rank-ings, o aumento do capital numérico, dito de literacia, são estatísticos. A Es-tatística triunfa por fim e começa a sua Dinastia!Ainda não tendo perdido a nostalgia do ser em falta, o professor deveria revisitar o modelo educacional tradicional, ape-nas aproveitando os novos e incontáveis recursos para fins metodológicos, dei-xando intacta a essência, o miolo da educação. Utensílios novos para princípios antigos: os mais recentes ma-teriais didácticos devem merecer o nosso beneplácito, de modo a que possamos dispor das mesmas armas dos que pele-jam por outra concepção de educação. Com efeito, nunca as escolas estiveram tão bem munidas de Novas Tecnologias e, sem precedentes históricos, nunca o ensino esteve tão maltratado.No entanto, uma das críticas apontadas ao ensino tradicional era a relevância que este conferia aos conteúdos, e é exactamente por essa razão que o en-sino se centrava no professor, ou, mais verdadeiramente, no saber. O ensino não servia a infantocracia, e o aluno era

pont

os d

e vi

sta

A ONTOLOGIA DO PROFESSOR

Page 32: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

32

o receptáculo de um determinado corpo de conhecimentos que ele de-via assimilar e reproduzir, conhecimen-tos esses que, tal como hoje, resistiram ao crivo do tempo. Considerava-se mais segura a memorização (aliada à compreensão), do que a imagina-ção e a criatividade que galopam por caminhos que vão dar a nenhures. Daí o aparecimento de neologismos na língua portuguesa por parte do aluno: pregunta e não pergunta; tioria e não teoria; crexer e não crescer; a ver e não haver. Os casos abundam. Daí o contar pelos dedos, definir uma parábola como «aquilo que é como uma alheira», daí a incapacidade de compreensão e interpretação, do saber ler, decifrar e calcular. Simples-mente porque se prescindiu do ensino e rigor na prática pedagógica. Daí a redução ontológica que, por arrasto, diminuiu dramaticamente a imagem social do professor. Não tem prestígio ou autoridade o que não é!...Assim, a autoridade científica usufruía, antes, de um prestígio que radicava em valores que hoje são motejados. O nosso ego, que o isco da liberdade e o engôdo lisonjeiam, autoproclamou--se apto para discernir o verdadeiro do falso, não reconhecendo nenhum anzol dissimulado. Não há referências deontológicas no Ensino. Como atri-buir um código deontológico a algo que já não possui identidade?Pelo que hoje sussurra-nos o relati-vismo: “Vai pelos teus pés. Não corres perigo, pois as verdades morreram”. Todos os esforços de uma civilização de dois mil e seiscentos anos podem agora sucumbir numa tranquila entro-pia, em que conhecimento, veículo de conhecimento e receptor de co-nhecimento se uniformizaram, demo-cratizando-se ao nível subterrâneo das toupeiras.Nova consequência da carência de ser: Assistimos ao triunfo do subjecti-vismo no ensino. Cada qual é, dora-vante, o portador da sua verdade. O processo de ensino-aprendizagem foca-se no aluno, no que aprende porque, no fundo, nada há a trans-mitir em termos de verdade objectiva, estigmatizada e banida pelo odioso epíteto de “dogma”. Precisamente, só há opiniões neste processo, quando o conhecimento deveria ser o único ob-

jecto de avaliação, dado que as opi-niões, quando muito, respeitam-se. E a morte do professor constata-se tam-bém, e sobretudo, nas famigeradas aulas de substituição: neste quadro paradigmático, qualquer um pode substituir qualquer um porque, e mais uma vez, a identidade científica de um professor, agora desvitalizada, ins-taura um comércio de salas de aula, não de efectivas aulas.Neste limbo, o último discurso é o ver-dadeiro. Mas tão-só por ser o último. Tal como na moda, é a novidade, sempre inconstante, que se institui como crité-rio de verdade.O pensamento único gerou, “mutatis mutandis”, outro, não menos único. Rei morto, rei posto! Façam-se as vé-nias!Poderá haver (ainda) quem pergunte: que vale o que aprendi na escola? Eis a espinha dorsal sem a qual não se sustém nenhum sistema de ensino. Com efeito, não tem sentido discutir-mos sobre as mil maneiras de ensinar, ou seja, não tem significado mudar a espingarda de ombro, a fim de melhor disparar, se não se tiver, previamente, um alvo em mira.Mas esvaziou-se o ensino do seu caroço. O formalismo tudo invade: a par de uma “enorme” riqueza de meios, a missão a que se propõem os professores nem é rica nem é pobre. Não existe, propriamente, missão. Sim, dir-me-ão: preparar os jovens adoles-centes para a vida. Com quê pergun-to eu: munidos de que bússola? Eis o que explica o desdobramento do professor em papéis que não lhe cabem: o burocrata, uma vez que já não possui brio profissional intrínseco, é um estorvo porque ninguém sabe ao certo o que é e para que serve. Tenta proteger-se acta após acta, justifica-ção após justificação, é desautoriza-do nas suas propostas de classificação (propostas…ainda pasmo), isto porque já não pode assumir a regência da sua disciplina, porquanto, novamente, ele já não é, não sendo mais o protago-nista na transmissão dos conteúdos inerentes ao seu ramo do saber. O seu rasto de ser é a recordação do seu sonho. Não a sua promessa.

Professor Xavier Calicis

pont

os d

e vi

sta

Page 33: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

33

pala

vras

à s

olta

Não Funciona Assim

Força! Despeja cada pedaço teu: de dor, angústia...Estilhaça cada momento, quebra todas as regras...Grita e liberta-te de todos esses nós... nós no estômago, nós nas amarras da alma!Insinua-te perante as meras palavras, pronunciando as poderosas num tom d’além!Não perdoes...Cria um mundo egocêntrico: tudo é teu e todos te querem bem pela crueldade in-tensa que aplicas nos teus actos!

E depois...Acorda e percebe que esse pensamento não passa de um sonho longe do mundo real, e ainda bem!

Amigos

Um olhar,um abraço,um aperto de mão,um carinho,um beijo,uma brincadeira,até uma simples asneira,desde que seja feita com um amigo,é o mundo num segundo, para sempre.Estar aqui com vocês, meus amigos,é ir ao céu e lá ficar,é mergulhar no sonho,é beijar uma flor,é apreciar uma manhã,é estar na praia mesmo ao pôr-do-sol.Amar um amigoe sentir que somos amados também por elesé o sonho que temos de dia,e o maravilhoso pensamento da noite.Ter amigos é muito bom,é como ter um sol a brilhar só para nós.

Inês Nogueira, nº 18, 9º F

Pedestrianismo

Uma das formas de passear, conhecer e admirar as gentes e ter-ras de qualquer país, passa pela prática de uma cultura pedes-trianista. Trata-se de uma modalidade desportiva simples, para a qual basta seguir os percursos sinalizados que possibilitam uma maior independência e segurança aos praticantes. Nesta acti-vidade ao ar livre existem dois tipos de percurso: Pequena Rota (PR), cuja distância a percorrer não ultrapassa um dia, e Grande Rota (GR) de duração superior a um dia, cada um marcado com

cores diferentes e que servem de orientação aos pedestrianistas.É uma actividade que não requer grandes gastos, pois o investimento inicial é feito para durar muitos anos. É sempre aconselhável um bom par de botas, um impermeá-vel, uma mochila e um par de bastões. Este material é indispensável. Estando este capítulo mais ou menos operacional, a caminho que se faz tarde! Feliz-mente, hoje temos muitos percursos sinalizados e cuidados. Cada vez mais as Câmaras Municipais estão a investir nesta actividade. Basta irmos à internet e temos sempre notícias de caminhadas organizadas não só pelas próprias Câmaras como também por diversos grupos independentes, e que nos recebem sempre tão bem.Desafio os jovens e os menos jovens a calcorrear estas serras e caminhos rurais tradi-cionais do nosso país, e com certeza ficarão apaixonados por esta salutar actividade.

Augusta Santos - Funcionária

Inês Nogueira, nº 18, 9º F

Page 34: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

34

pala

vras

à s

olta

Canção para Ela

Desculpem-me o desabafo, mas sinto a lucidez a esvair-se.Repito-o: a minha lucidez está a esvair-se por causa d’Ela!De tal modo que a vejo em todo o lado e até sonho com Ela. Vejo-a passar airosamente, como quem finge não dar conta da presença de quem a olha à distância. Passa a direito, como se nada a afec-tasse, com um desnudado ar de superioridade nos seus gestos propositadamente exagerados de fin-gida coquetterie.

Veste encarnado ou veste cinza de rosto, veste de negro ou veste de verde, mas é sempre Ela própria mesmo quando um deslize de distracção se lhe escapa; sempre ela própria na sua previsibilidade inimitável e inconfundível…Vejo-a, vejo-a dia após dia, vaidosa de si, pavoneando-se, alegre e indiferente, por entre os escombros mortais de quem não lhe chega a ser. Ela desdenha quem a re-conhece e desdenha mesmo quem a conhece; desdenha quem sabe e desdenha quem procura saber; desdenha quem a inveja e desdenha quem sofre por causa dela. Desdenha. Desdenha porque sim, mas também porque não. E uma outra vez porque sim – pois, e porque não? Só para contrariar…No fundo, Deusa ou ave de asas quebradas, tanto se lhe dá como se lhe deu a presença de uns ou de outros, sejam eles ilustres doutores, honrados padeiros ou pe-dreiros, pois todos lhe são iguais e irrelevantes. E partilham da sua indiferença, equita-tivamente a todos distribuída; aos seus olhos todos eles valem o que valem, a saber: de pouco valem… vá lá: de nada valem.Cada vez mais só a vejo a Ela…e nada mais do que Ela. Capaz de transformar tudo o que vejo, o que ouço, o que me vejo, o que me ouço que me torno n’Ela…Eu tam-bém. Os céus Ela promete para no Tártaro nos lançar. E eu sei. E Ela sabe. E volta a desdenhar.Tantos são os lugares e situações em que se mostra, no café ou na repartição de finanças, na televisão e fora dela, na elevada retórica política, no oportuno golpe jornalístico; e nos carros que comigo se cruzam, entre os peões, nos peões, lá vai Ela.E suspiro. Aperta-se-me a respiração, o coração bate descompassadamente ao vê--la passar, tão segura de si, senhora da toda a circunstância, o seu aroma perfumado faz perder a lucidez ao mais avisado e prudente. Ela! Ela tornou guerreiros intrépidos em poetas munidos apenas de letra e música. Mas que música. E que letra…Tão in-tensa é a dor que me julgo desfalecer – sim, porque sabemos bem o que nos pode fazer desfalecer.Perguntais então quem é Ela, se tem nome, rosto, essa tal, que me tolhe o pensar e me enche a visão, pois então é quem eu vejo e é quem tu vês também, aqui e ali, ontem e hoje e amanhã, em toda a parte; essa pois, ela mesma, a……estupidez humana!...

Professor Xavier Calicis.

Haverá sempre um Norte

“...e vinha a luze guardava-te e eu guardava-tetambém em lugares mais segurosque fotografiasou poemas”... (Sophia de Mello)e um dia dizias:...o sol terá a cor para que tenhas sempre um norte ao qual voltar...então todos os dias te amarro numa palavra e quando me olho, na esgotante lou-cura dos dias, encontro a escuridão mas... talvez tenhas razão: ...existe algures a luz de um coração…

Professora Maria Clara do Vale (2007)

Page 35: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

35

pala

vras

à s

olta

As Palavras

Gosto de dizer….dizer escrevendo. As palavras são para mim corpos tocáveis, sensu-alidades incorporadas. O desejo mudou-se para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de ou-tros. Estremeço se dizem bem…. E tu talvez digas bem mesmo sem formas verbais…Como todos os que se movimentam através de emoções, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escre-vo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas. São frases muitas vezes sem sentido, decorrendo numa fluidez de água sentida, esquecendo-me do ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de ex-pressão, passam por mim muitas vezes esbatidas, onde um luar de ideias aparece com medo, matizado e confuso.

Professora Maria Clara do Vale (2007)

“Uma pestana, outra pestanaPara tecer uma cortinaCom que o sono vai taparO olhar desta meninaQue, enrolado no meu colo,Parece tão pequenina.”

(“Versos de fazer ó – ó”, José J. Letria)

O seu nome é Inês mas, para mim, será sempre a minha “Pequena”. É uma menina muito simpática, que adora um bom piropo. Tem olhos azuis e cabelo en-caracolado, tudo em tamanho pequeno. Apesar de todos os problemas que tenho, todos eles desaparecem quando estou com ela. É ela, a minha pequena, que me faz ter vontade de viver, é ela que me dá força para levantar todas as manhãs, quando me dá aquele abraço apertado, é ela que me faz parar de chorar, quando sorri para mim… Esta Pequena, tem apenas um ano, e eu tenho 18. Fui mãe com 17 e apesar de todas as dificuldades, amo cada momento que ela me proporciona, fui mãe ado-lescente e não me arrependo, e como ainda se pensa, não estraguei o meu futuro, mas sim melhorei-o, estudo e a minha filha é feliz… Nada mais me importa.

Catarina Tedim, 11ºD, nº 3

O porquê de muitas pessoas adoptarem crianças.

Muitas pessoas adoptam crianças porque muitas destas vivem em instituições, tendo sido retiradas às famílias, as quais não tinham condições para as criar. Como existem casais que por infertilidade não podem ter filhos, logo adoptam; muitos parentes de certas crianças como avós, padrinhos, irmãos, tios adoptam-nas pela causa de mortes dos pais ou abandono destes.

Na minha opinião quando uma criança é adoptada, o casal que a adopta deve ir preparando a criança desde pequena, para que o choque não seja tanto quando ela já tiver crescido e souber que foi adoptada. Se os pais adoptivos contam à cri-ança quando esta já for mais velha, ela vai sentir-se revoltada com o mundo e isso não é justo para com ela. Selma Micaela Martins da Silva, 10º D, nº 24

Page 36: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

36

pala

vras

à s

olta

MULHER

A luta da mulher pela conquista do direito a voto, iniciou--se no séc. XIX, quando as mulheres norte americanas se comprometeram na abolição da escravatura nos Esta-dos Unidos. A ideia inicial de Susan era que também fosse aprovada a emenda que desse direito de voto às mulheres, mas devido a muitas dificuldades encontradas, apenas foi conseguida a libertação dos escravos e posteriormente em 1870, foi aprovada a emenda 15 que garantia o direito ao voto aos homens de qualquer raça, cor e condição social. Só depois se iniciou uma nova luta pelo voto feminino que levaria o nome da sua mentora Susan Antony, e que durou um longo percurso para ser aprovado.

Os esforços para estabelecer a igualdade entre os homens e as mulheres, nem sempre são os mais eficazes. Existem locais em que as mulheres são submetidas à mutilação genital e outras.

Em Portugal, o Estado Novo esforçou-se para conservar a Mulher no seu posto tradicional, como mãe, dona-de-casa e, em quase tudo, submissa ao marido. A Constituição de 1933 estabeleceu o princípio da igualdade entre os cidadãos pe-rante a lei, mas com algumas excepções. A mulher via-se, assim, relegada para um plano secundário na família e na sociedade em geral. A lei Portuguesa designava o marido como chefe de família, resultando daí uma série de incapacidades para a mulher casada, contrariamente à mulher solteira, que era considerada uma ci-dadã de plenos direitos. Nessa altura, a mulher não tinha direito a voto, não tinha a possibilidade de exercer nenhum cargo político, e em termos de família, a mulher, não tinha os mesmos direitos na educação dos filhos.

A lei atribuía à mulher casada uma função específica: o governo doméstico como obrigação. Os poderes em relação aos filhos resultavam na sobrevalorização do pai e na subalternidade da mãe que, como a lei recomendava, apenas devia ser “ouvida”.

Actualmente a mulher foi conquistando lugares de chefia. No campo profissional, intelectual e familiar, a mulher conseguiu provar que é capaz de agir, pensar e resolver problemas. A mulher conseguiu mostrar ter igual competência nas áreas que eram abrangidas apenas pelos homens, lugares de muita responsabilidade. Hoje já é possível à mulher seguir a carreira militar (se esse for o seu desejo), exprimir as suas opiniões, havendo ainda discriminações. Se analisarmos os salários entre o homem e a mulher exercendo o mesmo cargo, reparamos que o homem tem uma remuneração mais elevada. No entanto hoje podemos votar, ter deputadas na As-sembleia, diplomatas e defendermo-nos dos maus tratos.A mulher tem voz activa !!!

Helena Osório - Funcionária

Poema visual escrito por Mariana, 8ºC

Page 37: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

37

“… bem poderíamos afirmar que o livro, (…), nos revela tanto quanto nos rebela. (…) Num primeiro momento, faz-nos ver, ilumina uma situação (…) Uma vez iluminado o panorama, sacode-nos, estimula-nos…” Claudio Garcia Pintos, A Logoterapia em contos

Este foi o breve excerto que serviu de pretexto a um trabalho de expressão escrita, no âmbito da disciplina de Português, em turmas de 10º ano …Confesso que se tornou, para mim, complicado proceder a uma selecção dos textos redigidos pelos nossos alunos! Deixo-vos apenas uma pequena amostra … Profª Margarida Miranda

Os livros são grandes companheiros de jornada, que estão sempre “lá”, quando deles necessitamos, com as personagens, as aventuras, os títulos, os momentos… Revelam-nos mais do que o que mostram revelar! Revelam-nos as palavras escondidas, ou o penar da nossa consciência, em cada capítulo, ou, por vezes, só no fim do livro. São também os livros que nos elevam ou rebaixam perante uma realidade, … a nossa! Fazem-nos acreditar, sentir e sonhar, por entre aquilo que não somos. De um modo inconsciente, levam-nos a ver as coisas de outra forma… Há, por outro lado, um desejo de algo… Cujas palavras não encontro… Um desejo, um ideal…Mas, deparamo-nos, descontroladamente, connosco mesmos. (E questionamos, pen-samos, e voltamos a pensar. Ganhamos vontade de agir. Revoltamo-nos. Paramos no tempo. Queremos agir.) E, no fim, morremos, porque, o livro…., acaba. (Revoltamo-nos, de novo.)

Sara Filipa – 10º C, nº 26

O livro revela-nos (…) tira-nos da escuridão que é a ignorância e dá-nos a luz da sa-bedoria! Com ele, compreendemos melhor o que se passa à nossa volta e, uma vez que isto acontece, é impossível voltar atrás. É tudo mais vivo, mais nítido e a nossa per-cepção nunca mais será a mesma! … Até o caminho familiar que liga a nossa escola a casa pode revelar-se como sendo um mundo cheio de pequenos mistérios ocultos! Graças aos livros, o que era turvo torna-se límpido!O livro rebela-nos (…) “abana-nos” de modo a provocar uma reacção! A partir do instante em que compreendemos a situação, temos de agir. Não podemos estar condicionados à dormência do conforto! Os livros induzem-nos a tomar uma decisão e a fazer algo nunca antes feito por nós, despertando-nos de uma maneira permanente, como nunca nada nos despertara! O que os livros têm de extraordinário é que nos mostram que o que tomávamos como garantido, pode ser muito mais frágil do que imagináramos…

Ana Cláudia – 10º C, nº2

pala

vras

à s

olta

A naturalidade

Há muita coisa que a sociedade precisa mas nem todos conseguem fazê-lo.Aquilo que alguns indivíduos conseguem fazer sem grande esforço nem sempre o fa-zem em benefício dos outros. Quer seja com esforço ou com naturalidade, as coisas têm que ser feitas. Em muitos casos é preciso fazer esforço e, para inverter a situação, as coisas deveriam ser feitas com naturalidade. Quem pode atingir as coisas dessa maneira deveria com isso beneficiar os seus semelhantes, ou seja, os seres hu-manos.Se todos pusessem as suas grandes capacidades ina-tas ao serviço dos outros e não só deles próprios, to-dos beneficiariam e o mundo tornava-se melhor para viver.

Pedro Miguel Cunha, 10.º H

Page 38: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

38

Um minuto de sabedoria

A minha experiência pessoal mostra-me que mudar de país, actualmente, é uma das aventuras mais enriquece-doras e aliciantes que uma pessoa pode fazer, principal-mente se for na juventude. É um risco que vale a pena cor-rer, pois contribui para expandirmos a consciência sobre o papel que cada um de nós desempenha na sociedade e para descobrirmos a nossa verdadeira vocação. Nascemos e crescemos numa pequena terrinha a pensar que o mundo deveria acabar por ali, como se estivéssemos encerrados dentro de um aquário sem nos darmos conta que há um infindável oceano para além das nossas fron-teiras. Mas, quando decidimos navegar por mares desco-nhecidos, aprendemos a valorizar e a respeitar muito mais a nossa identidade (o pequeno aquário em que antes

vivíamos). Por outras palavras, já temos uma resposta na ponta da língua para al-gumas questões que antes nos perturbavam, como por exemplo, “quem somos?”, “onde estamos?”, “de onde viemos?”,“para onde queremos ir?”,”qual é o melhor caminho a seguir, norte ou sul?”, entre outras.Por isso, o acto de conhecer novas culturas e compartilhar, com quem esteja ao nosso redor, o que de melhor nós trazemos da nossa, é uma excelente oportuni-dade para quem queira ganhar mais um minuto de sabedoria. Esta actividade permite-nos reflectir não só sobre a importância de sermos todos diferentes uns dos outros e de termos uma visão única e integradora da realidade, mas também nos ajuda a reconhecer os direitos e deveres dos seres humanos para com o planeta e os seus semelhantes.

Bruna Corrêa Volpini / aluna da Escola Secundária do Castêlo da MaiaImigrante brasileira que vive há três anos em Portugal

pala

vras

à s

olta

“ Um Olhar sobre Mim”

Quem sou eu? Até que ponto estarei verdadeiramente viva? Será que algum dia fui capaz de superar a minha mera existência? Muitas vezes fiquei sozinha mas nunca só, perdi-me em devaneios acerca de mim, deparando-me, constantemente, com o meu “eu” – pois ele engloba bem mais do que a minha dimensão individual …Num momento de revelação, é o meu reflexo no es-pelho que revela o que de mais autêntico e puro re-side na minha alma, mostrando-me aquilo que real-mente sou.E é, assim, num processo de auto-conhecimento que me descubro e me vou sentindo Viva!Porque sim, eu Vivo! Não será algo suficientemente maravilhoso para proclamar a todos aqueles que ainda se contentam com uma banal existência?!Lamentavelmente, aqueles que existem não me querem escutar e não desejam conhecer-se, julgando que tudo sabem e tudo têm. Aqueles são mais uns como to-dos os outros, cheios de Nada e vazios de Tudo…!Enfim, resta-me apenas suspirar e ansiar pela minha libertação, a capacidade de reger a minha vida por aquilo que sinto, transcendendo tudo o que alguma vez tinha sido estipulado… De um modo cada vez mais profundo, torna-se imperativo que exista um processo de aperfeiçoamento e, desta forma, eu possa libertar-me de tudo aquilo que, ou-trora, me foi imposto e só nesse momento me realizar plenamente enquanto “eu”!Um Olhar sobre ti… É o que te espera! Vive…!

Área de Projecto de 12º Ano (Comunicação, Eventos e Empreendedoris-mo), o grupo “Tudo de Nada” / Carina Aguiar, Sofia Ramos, Joel Castro, Susana Martins 12ºF

Page 39: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

39

Música

Já pensaste como seria viver num mundo sem músi-ca?A música resulta da expressão de sentimentos e sensações através da criatividade, imaginação, es-pontaneidade e experiência. Ao realizarmos tarefas simples do nosso dia-a-dia como tomar banho, co-zinhar, etc.… produzimos sons acidentais, isto reflecte a influência da música na nossa vida, e a necessidade de transmitir uma ideia, um sentimento ou um desejo de uma forma mais original. Assim nasceram inúmeros e variados estilos musicais adaptados à cultura e socie-dade.Um estilo musical tipicamente português é o Fado. O fado nasceu nas ruas de Lisboa por volta de 1850 (séc. XIX). A palavra fado significa destino, isto é, aquilo que há-de acontecer, assim, as letras tanto podem contar histórias simples de amor e de tragé-dia, como serem apelos a Deus por uma vida/futuro melhor. O fado é geralmente cantado por uma pessoa, o fadista, acompanhado por uma guitarra portuguesa, e uma guitarra clássica.A Pop e o Rock são dois estilos musicais aos quais a população jovem geralmente adere com alguma facilidade.Estes dois estilos nasceram no final da segunda guerra mundial (1939-1945), com o sentimento de revolta dos jovens a situações político-sociais e económicos do pós-guerra, nascendo assim novas artes, novas formas de estar e de pensar da popula-ção juvenil.A Pop music (musica popular) apareceu juntamente com o desenvolvimento da rá-dio, da televisão e do cinema e trouxe novos hábitos de vestir, de dançar e de viver aos jovens. A Música pop é um género musical que não apresenta um ritmo especí-fico, mas um sistema de valores que envolve espectáculo no palco, moda visual e empatia entre o público juvenil. Os artistas que se dedicam a compor canções no estilo pop têm como principal objectivo a sua audiência e o seu sucesso comercial, muitas vezes cantando em diversos géneros musicais. Quanto ao Rock tudo começa com um grito: “o grito do negro”, que veio para a América como escravo e influenciou a sociedade norte-americana com a sua mu-sicalidade. O primeiro grito negro cortou os céus americanos como uma espécie de sonar, talvez a única maneira de fazer o reconhecimento do ambiente novo e hostil que o cercava. À medida que o escravo afundava na cultura local - representada, no plano musical, pela tradição europeia – o grito ia-se alterando, assumia novas formas. Os instrumentos mais comuns no rock and roll são uma ou duas guitarras eléc-tricas (uma base e outra solo), um baixo eléctrico e uma bateria. A música é uma arte de combinar sons, há músicas calmas, outras que nos fazem rir e também algumas que nos fazem chorar, mas todas elas tornam as nossas vidas mais alegres mais vivas.Um mundo com música, é um mundo com mais cor!

Catarina Martins Nº 29 11ºB

pala

vras

à s

olta

Page 40: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

40

Como não podia deixar de ser, a História da Língua Portuguesa e a sua evolução ao longo dos séculos é um dos conteúdos do programa da disciplina de Língua Portuguesa, no 9º ano. Este assunto foi abordado logo nas aulas iniciais do primeiro período, e suscitou um especial interesse nalguns alunos. Tendo sido confrontados com uma tarefa em que se propunha “Olhar a Língua”, redigiram então breves textos de análise pessoal. Apresentamos aqui alguns, de entre muitos que, apesar de simples, nos pareceram interessantes, sobretudo pela reflexão a que nos conduzem sobre a velha questão: “reinventar a nossa língua, dignificando a sua identidade!” “A língua Portuguesa, como todos nós sabemos, tem a sua origem no Latim e da jun-ção deste com os falares autóctones. Estes vocábulos latinos foram sofrendo muitas alterações, pois a língua, essencialmente falada pelo povo, ficou exposta a muitas modificações ao longo de tantos séculos! Mas, por outro lado, os escritores, os eruditos e as pessoas mais cultas, também rein-troduziram no português, mais tardiamente, vocábulos latinos que não estiveram tão expostos e, por isso, são hoje tão parecidos com o seu étimo (palavra latina de onde proveio cada palavra portuguesa).No dia-a-dia, nós maltratamos frequentemente as nossas palavras pois, talvez pela lei do “menor esforço”, muitas vezes não verbalizamos os fonemas de pronúncia mais difícil! Penso, no entanto, que os livros, os tratados e os escritos são uma forma de dignificar a nossa língua!”

Soraia Sousa - 9ºE, nº26

“A Língua Portuguesa é uma língua em constante mutação! Através dos eruditos e escritores antigos, chegou-nos o português erudito! Do povo, chegou-nos o português popular! É muito engraçado, nas aulas de Português, es-tudarmos estas palavras antigas! A nossa língua é muito divertida pois permite brincar com as palavras!Ao mesmo tempo, na língua portuguesa, estão constantemente a entrar palavras estrangeiras. Devemos adoptar estas palavras mas, por outro lado, ao utilizá-las exa-geradamente estamos a esquecer a nossa língua!Todos nós devíamos ter orgulho porque temos uma língua com uma história muito rica e interessante! As gerações futuras também vão gostar de conhecer a riqueza da nossa língua; por isso, temos de a preservar! “ Sofia Ferreira - 9ºE, nº 25

“… E aproveitando este tema e o momento de viragem de década, deixamos um conjunto de 10 palavras novas que passámos a usar (extraídas da revista ÚNICA de 31 de Dezembro 2009 ) e, já agora, mais 10 palavras, daquelas que estão a necessitar que as usemos para que não “se acomodem”!

Vernáculo – Que conserva a pureza da linguagemEspadaúdo – Que é largo de ombrosEstigma – Marca, sinalIndelével - IndestrutívelRetrógrado – Contrário ao progressoHomérico – Extraordinário; fora do comum (relat. a Homero)Déspota - TiranoApologia – Louvor, elogioCervo - Veado Ademanes – Gestos afectados Profª Margarida Miranda

Dahhh! – És parvo ou quê?Tuitar – Escrever mensagem no TwitterGooglar – Procurar no GooglePostar – Publicar um texto num blogue Fashion - Na modaGourmet – Comida de excepção (e + cara)Bio – Biológico (e + caro)Hot spot – Ponto com Net gratuitaDownload – Descarregar da NetEsmiuçar – Aprofundar à Gato Fedorento

pala

vras

à s

olta

Page 41: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

41

Ao desenhar as palavras no papelEm que eu escrevo, penso no eternoE na efemeridade de um pincel A deslizar na tela, no Inverno.

Outra letra surge ao lado da anterior,Assemelhando-se agora a uma palavraQue é tão bela, doce e posteriorÀquela que fora outrora endiabrada.

De novo, deparo-me com uma florQue não é mais do que uma letra

Bonita, desenhada com amorEsvoaçante como uma borboleta.

Sentir a brevidade de um momentoE poder tocar ao de leve o eternoQuando os meus dedos no tempoPassam e desenham no meu terno

Bloco de notas que é a vida.

Ana Sofia Ramos 12ºF Nº4

Solidarity

Solidarity Is being there when it is needed,Knowing how to smile,It’s helping without expecting to receive.SolidarityIs being by your sideEven when everything seems to be over,And we think that the world is going to melt.

Inês Moreira 8ºB

Desenhar as palavras

Page 42: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

O Red Nose Day é um dia dedicado à angariação de fundos para ajudar as pessoas pobres e vulneráveis. Este dia, que se comemora no Reino Unido e na Austrália, não tem data fixa. Este ano, comemora-se a 13 de Março no Reino Unido e a 29 de Junho na Austrália. Começou a ser comemorado no Reino Unido em 1988 e, com o dinheiro angariado, já permitiu a vacinação de crianças em África contra algumas doenças e ainda algum investimento na educação em países africanos.

Mas afinal, o que é que acontece neste dia no Reino Unido?

Todas as pessoas usam um nariz vermelho, incluindo os polícias, os vendedores das lojas, os professores e os alunos. As pessoas, especialmente nas escolas, organizam actividades divertidas para angariar fundos.Na nossa escola, os alunos do 8ºano, no âmbito das discipli-nas de Inglês e de Educação Artística, têm vindo a organizar uma actividade baseada neste conceito do Red Nose Day, tendo adquirido narizes vermelhos e promovendo uma activi-dade no Dia das Línguas que consiste na venda de mar-cadores de livros produzidos por si próprios, sob o tema “Solidariedade”. Os fundos angariados irão reverter a favor de uma instituição de solidariedade social de apoio a crianças.

Professora Alice Silva

Red Nose Day

sabi

as q

ue...

Page 43: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

43

Hola a todos.Los alumnos de 1.º de ESO de los grupos B e C han empezado a estudiar Español en septiembre de 2009. Hasta ahora han presentado algunos trabajos en castellano sobre la cultura española a toda la comunidad escolar.Día de la Hispanidad

La Hispanidad es la comunidad formada por todas las gentes y naciones que com-parten una lengua y cultura hispánicas. Las 23 naciones que en ella se incluyen son todas hispanohablantes salvo Filipinas, pudiendo clasificarse en cuatro áreas geográ-ficas: España, Latinoamérica hispánica (Hispanoamérica), África hispánica y, por úl-timo, se podría incluir la hispano pacífica. Cada 12 de octubre se celebra el Día de la Hispanidad conmemorando el descubrimiento de América por parte de Cristóbal Colón. Es la fiesta nacional de España y es celebrado en otros países hispanos.

Para el periódico del Instituto (Para o Jornal da Escola)

El día de la Hispanidad con-memora la efeméride histórica del Descubrimiento de América por par-te de España y el nacimiento del Im-perio Español. La celebración tiene lugar cada doce de octubre, donde se celebra un desfile militar en la Plaza de Colón de Madrid en el que asisten Su Majestad el Rey junto a la Familia Real y los rep-resentantes más importantes de to-dos los poderes del Estado, además de la mayoría de los presidentes de las autonomias españolas.El descubrimiento de América en 1492 fue trascendental y el doce de octubre se ha considerado como un día memorable, porque a partir de entonces se inicio el contacto entre Europa y América, que culmino con el llamado “encuentro de dos mundos” (…), iniciando un periodo de imposición linguística y cultural en América. (…) Con la llegada de Cristóbal Colón a América habrá un período de conquistas las cu-ales darán fruto al nacimiento del Imperio Español, império que duraria desde el año 1492 hasta el año 1898.

Veronika Somova, 7.º B

sabi

as q

ue...

Em 1987 morreu José Afonso. Filho de um Magistrado e de uma Professora do Primeiro ciclo foi um dos mentores da canção de intervenção em Portugal e um compositor notável de baladas. Soube conciliar a música popular portuguesa e os temas tradicio-nais, com a palavra de protesto que se impunha na época da sua vida. José Afonso demonstrou sempre um percurso de coerência. Na recusa permanente do caminho mais fácil, da acomodação, no combate ao regime político de ditadura salazarista, na denúncia dos oportunistas, no canto da cidade sem mu-ros nem ameias, na defesa da utopia do socialismo.Foi injustiçado por estar contra a corrente, morreu pobre e abandonado pelas instituições. Mas não há dúvidas, a voz de “Grândola” perdurará para lá da nossa memória.

Professores Clara do Vale e Ilídio Teixeira

Pequeno apontamento sobre José Afonso 23 anos da sua morte (23 de Fevereiro de 1987)

Page 44: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

44

SR -Quando e com que objec-tivo apareceu a Liga dos Amigos do Hospital de Matosinhos (Pedro

Hispano)?A Liga dos Amigos do Hospital de Matosi-nhos (Pedro Hispano) nasceu em 1990. É uma organização de solidariedade social vocacionada para acções de humani-dade fundamentais ao bom desempe-nho e qualidade no acolhimento dos ci-dadãos doentes nas instituições de saúde do Hospital Pedro Hispano (Unidade Local de Saúde de Matosinhos), e tem como principal objectivo a melhoria do nível de saúde e o bem-estar dos doentes, que a ele recorrem. Pretende-se ainda, em es-treita colaboração com o serviço de Vo-luntariado, desenvolver uma acção hu-manitária e de solidariedade, minorando o sofrimento das pessoas doentes.

SR – Em que consiste o trabalho da Liga?Dispensa esta Liga cuidadosa atenção aos mais carenciados que, na doença, procuram o Hospital e não têm possibi-lidades económicas para adquirirem os meios e bens complementares que tal procura implica.

SR – Como minimiza a Liga essas carên-cias?A Liga paga, a quem necessite, senhas de transporte para deslocações aos tratamentos, fraldas, vestuário, medica-mentos, próteses, camas articuladas, ca-deiras de rodas, aparelhos de saúde. Foi através desta Liga que se instalaram nos serviços com internamento televisores em cada área de internamento, e se respondem às necessidades dos ser-viços na aquisição dos equipamentos necessários à humanização dos referidos

espaços. Não esquecemos ainda a comemo-ração das Festas de maior simbolismo, como o Natal, o Dia do Doente e outras, apoiando a entrega de prendas e outro tipo de lembranças, além do arranjo sim-bólico dos diversos Serviços Hospitalares; continuamos a disponibilizar livros, jornais e revistas.

SR – Como adquire a Liga fundo de ma-neio para realizar esse trabalho? A Liga, através de uma pequena quota anual (15 Euros), a juntar a algumas ac-tividades levadas a efeito sobretudo em períodos de Festas, e a donativos prove-nientes da generosidade de algumas pessoas e empresas, tem conseguido mi-norar o sofrimento de alguns doentes.Apesar das naturais dificuldades que vão surgindo, vamos continuar com o mesmo carinho e boa vontade a encon-trar soluções mais adequadas para servir aqueles que são o objectivo final da nos-sa actividade: os doentes.

SR – Por fim o que gostaria de dizer aos que vão ler esta entrevista?Gostaria de fazer um pequeno apelo: Ajudar a liga, os Amigos do Hospital de Matosinhos (Pedro Hispano) é, também, precaver o futuro. Inscreva-se como só-cio. Ajude a ajudar, é o apelo que fica.

SR – O nosso Jornal agradece a sua dis-ponibilidade.Eu também agradeço a oportunidade de poder expor o nosso trabalho na me-dida em que só conhecendo o que se faz se pode contribuir para minimizar o sofri-mento de tantas pessoas.

fora

de

port

as

à conversa com a Professora Fátima Fradinho2ª Secretário da Direcção da Liga dos Amigos do Hospital de Matosinhos (Pedro His-pano):

Equipa SomosRevista

Page 45: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

45

à conversa com D. Simone

Brasileira em Portugal, Portuguesa no Brasil, Simone Fernandes, funcionária da nossa escola, mostra-se Fora de Portas!

Foi neste jardim à beira mar plantado onde D. Simone, desde 1988, construiu a sua vida. Define Portugal como um país tranquilo, estável; onde é possível pensar no amanhã, fazer planos para o futuro. «Só não gosto do frio!!!»À pergunta «Conhecia Portugal antes de cá chegar?» respondeu «Não fazia ideia onde ficava Portugal! Até pensava que ficava mais perto do Brasil. Era muito nova e só vim por amor ao meu namorado da altura, que é hoje o meu marido e pai dos meus dois filhos (lindos)!!!»

Trabalha na ESCM há 10 anos e confessa, sorrindo, «Adoro o que faço! Tenho uma óptima relação tanto com os meu colegas, como com os alunos e professores. Só saio daqui se for despedida!!!»

Estando separada do seu país e, principalmente, da sua família por um oceano, diz sentir-se mais próxima do seu país «Enquanto cá esteve uma amiga minha, também brasileira – que já voltou ao Brasil – ou quando existem grandes eventos desportivos como Mundiais de Futebol ou como o Rock in Rio, por exemplo… Lembro-me da grande festa que vi aqui em Portugal quando o Brasil foi penta campeão mundial de futebol…»

Consigo trouxe as práticas gastronómicas tradicionais do Brasil: «Apesar de gostar muito de pratos portugueses, como o Arroz de Cabidela, o bacalhau ou a Feijoada à Transmontana, continuo comendo o nosso feijão preto com quase tudo o que cozinho… Arroz, feijão preto e bife é um prato que adoro! E uma coisa que notei é que a carne no Brasil, mais barata ou mais cara, é mais tenra do que a de Portugal. Mas, em relação ao peixe, em Portugal existe mais variedade».

Uma outra forma de se sentir mais perto da sua terra natal/família é precisamente através da cozinha! Relembra emocionada «aprendi com a minha mãe a fazer brigadeiros… e é sem dúvida uma forma que tenho de estar perto dela e de toda a família, do país. Como não posso ir lá sempre que quero, porque somos quatro e a viagem acaba por ficar muito dispendiosa – só vou ao Brasil de seis em seis anos, mais ou menos. São estas pequenas coisas de que já falámos que fazem matar um pouquinho as muitas saudades que tenho». E, limpando as lágrimas, dá-nos a valiosa receita do doce brasileiro! Que podes consultar na secção “assim fazia a minha avó” e já sabes, se precisares é só pedir ajuda á D. Simone.

Ângela Campos 12ºG

fora

de

port

as

Page 46: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

46

fora

de

port

as

SR – Quando e porquê sen-tiu necessidade de se en-volver em actividades de voluntariado?Antes de mais, manifesto a minha alegria pelo vosso interesse por este assunto.Desde cedo, senti vontade de fazer algo pelos outros.

Mas não foi fácil perceber logo o que procurava. Lembro-me que foi na Escola Preparatória Gomes Teixeira quando nos ofereceram uma assinatura da revista in-fanto-juvenil “Audácia” e eu gostei. Passei a devorar a revista todos os meses. Falava sobre “jovens em missão”…Mais tarde passei para a revista que era a continuação da “Audácia”, mas para adultos: a “Além-Mar”. Como fazia parte de um grupo de jovens que realizava en-contros de reflexão e convívio muito inter-essantes, fui percebendo melhor por onde caminhava. Nesse grupo, que cheguei a dirigir, debatíamos imensos temas de in-teresse. Um dia falou-se do voluntariado a sério, daquele que nos leva mais longe. Foi o que mais se aproximou de mim. Não se pergunta porquê. Imaginem que vos per-guntam por que é que gostam dos vossos pais. A resposta é porque sim. Não há explicação. É algo que vem de dentro para fora e não de fora para dentro.

SR – Onde exerceu essas actividades?Bem, podemos exercer sempre e em qualquer lado, mas digamos que de uma forma mais pensada e organizada, foi no mês de Agosto de 1998, numa acção missionária organizada pelas Irmãs Doro-teias em Penafiel e novamente em Agosto de 2000 em São Tomé e Príncipe. Foi um convite/ desafio feito pela minha querida catequista Maria Adelaide e não podia recusar. Por isso, abdiquei das minhas férias para dar um pouco do que sou aos outros numa experiência única. O pro-jecto chamava-se Jovens Ao Serviço da Vida - Missão 2000. E diz-se que quando se vai em Missão nunca mais se regressa…está-se em Missão para sempre nas nossas vidas.

SR – Em que consistiram e o que mais a marcou durante esse período?Em resumo posso dizer que o objectivo era acompanhar as crianças, os jovens e as mulheres, no sentido de dar continuidade ao trabalho iniciado pelas Irmãs Doroteias já no terreno: educação infantil, psicolo-gia, promoção e valorização da mulher e do seu trabalho doméstico no seio da famí-

lia. Neste caso, era voluntariado católico e cristão, pelo que evangelizar era o lema principal, dando testemunho dos valores cristãos como o amor, amizade, a frater-nidade, o perdão, o conceito de família, a paz, a alegria, a justiça… Mas há gru-pos de voluntários leigos. O que mais me marcou foi ver a alegria das crianças des-calças, que não queriam nada mais do que um sorriso, um colo ou uma caneta para escrever. Estamos a falar de uma cul-tura que não é nem melhor nem pior do que a nossa, mas diferente. Marcou-me a minha adaptação ao lugar (imensos tons de verde e castanho), às pessoas, à vida em grupo durante um mês que pareceu um ano, tal foi a intensidade da vivência. A partir desta experiência vejo e vivo a vida de maneira diferente.

SR – Acha que os jovens de hoje estão vocacionados para esse tipo de activi-dades?Sim. Felizmente continuo em contacto com jovens que exercem actividades deste tipo e de outros que gostariam, mas por diversas razões não realizaram ainda esse desejo. Hoje os jovens estão extrema-mente motivados para o voluntariado, porque finalmente perceberam que o mundo é maior do que aquilo que cada um conhece… e que às vezes mal co-nhece. Eu falo por mim, pois devemos estar sempre atentos ao que se passa à nossa volta.

SR – O que se poderia fazer nas escolas no sentido do despertar desses valores? Primeiro, dar testemunho. Falar de valores não é o mesmo que experimentá-los. Mais do que falar sobre as coisas devemos le-var o outro a experimentar. Ora nada melhor do que começar por uma breve acção de formação talvez sobre o volun-tariado para todos os jovens interessados. Acredito que haja mais pessoas que já fizeram voluntariado e que gostariam de partilhar as suas experiências. A partir daí nasceriam debates, dis-cussões, ideias e quem sabe projectos de ajuda humanitária, voluntariado hospi-talar, visitas a idosos, e muitos outros. Nes-ta escola há pessoas muito especiais que certamente ainda não encontraram o que procuram e a Escola é também lugar de descoberta e de encontro. Para quem quiser saber mais, a Biblioteca recebe a revista “Além-Mar” que é o espelho vivo do que se passa com os missionários com-bonianos que partem em missão. Obrigada pela oportunidade.

à conversa com a Professora Carla Lopes

Equipa SomosRevista

Page 47: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

47

à conversa com os escuteiros do 9ºF

fora

de

port

as

Na turma do 9ºF, existem 5 escuteiros: O Alexandre, nº1; Cláudia Silva, nº3; Nuno Sea-bra, nº 24; Sara Torres, nº26; Sílvia Torres, nº 27. O SomosJornal, através da “jornalista” Mariana Rodrigues, aluna da mesma turma, foi saber um pouco mais sobre essa activi-dade:

MR: Para além de estudantes do 9ºAno na nossa escola têm outra actividade, a de escuteiros. Que grupo de escuteiros frequentam?Nuno e Cláudia: Agrupamento 902, Moreira Maia.Sílvia, Sara e Alexandre: Agrupamento 95, Maia.

MR: Com que idade entraram para os escuteiros?Sara e Sílvia: 10 anos.Alexandre: 8 anosCláudia e Nuno: 11 anos

MR: Gostam de frequentar os escuteiros? Porquê?Cláudia: Sim, porque é divertido e lá temos boas amizades que não são destruídas, também passamos alguns dos melhores momentos da nossa vida.Sílvia: Sim, porque gosto das actividades.

MR: Quais as actividades de que gostam mais?Alexandre: Socorrismo, pioneirismo, acampamentos. Nuno: Noites em equipa.

MR: Em que secção estão?Todos: Pioneiros.

MR: Pretendem continuar? Porquê?Alexandre: Sim, por duas razões: namorada e actividades. Cláudia: Sim, porque estão lá os meus melhores amigos.Nuno: Sim, porque gosto muito dos meus amigos.Sara: Sim, porque tenho lá amigos novos e velhos.Sílvia: Sim, porque os chefes são fixes, as pessoas são simpáticas e gosto das activi-dades.

MR: Querem deixar alguma mensagem para que outros alunos se juntem aos escu-teiros?Nuno: Não se deixem iludir pelas aparências.Alexandre: Escuteiros não são uma “seca” como todos pensam, é bem fixe.Cláudia: Não pensem que são os uniformes que nos definem.

Mariana Rodrigues 9ºF

Page 48: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

48

à conversa com o Professor Pedro CarvalhoSR - Para além de exercer as funções de professor na nossa escola tem outra actividade, a de arquitecto.

SR - Há quanto tempo a exerce?Comecei a exercer arquitectura ainda durante a facul-dade, no último ano. No 6º ano temos que fazer um estágio curricular. É o primeiro contacto com a vida real, já lá vão oito anos.

SR - O que o levou a escolhê-la?Tenho um tio, que quando eu era mais pequeno fazia arquitectura, era desenha-dor, e eu gostava imenso de ir para o seu ateliê. Ficava encantado com as grandes mesas de desenho e os lápis de cor, com o papel vegetal e as canetas de tinta--da-china.Começou aí o meu encanto pelas artes e em particular pela arquitectura. Desde muito cedo, 10/11 anos, já sabia que queria ser arquitecto. Depois tive que traba-lhar e estudar arduamente para alcançar esse meu sonho.

SR - Tem um(a) arquitecto(a) preferido(a)? Quem? Porquê?Tenho vários, portugueses e estrangeiros, cujo trabalho sigo atentamente e que constantemente me surpreendem. A sua inquietação e procura resultam em obras magníficas que marcam a arquitectura contemporânea e com as quais aprendo diariamente.No entanto, por ser indissociável da minha formação, por ser português e por ser uma das maiores referências mundiais, não posso deixar de referir o arquitecto Ál-varo Siza, cuja dimensão nacional e internacional é enorme, dado o valor da sua obra.A sua obra esteve, desde o início da minha formação como arquitecto, muito pre-sente no meu dia-a-dia. O projecto da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde me formei, é da sua autoria. É uma arquitectura fascinante pela sua plasticidade formal, pela diversidade de emoções provocadas ao percorrer as suas obras. A genialidade está presente no mais pequeno pormenor.

SR - Não se conhecem muitos nomes de arquitectas (portuguesas ou estrangeiras). Por que razão isso acontece? Este é um mundo ainda exclusivo dos homens? Não, não é. Cada vez mais se vêm mulheres na arquitectura. Tudo passa por uma mudança sócio-cultural que a nossa sociedade vem sofrendo desde o 25 de Abril. Até lá, a sociedade era muito conservadora, assim como a maioria das demais sociedades europeias, mas também pouco instruída. Não nos podemos esquecer que o número de arquitectos, homens, também era reduzido.Com o fim da ditadura, o acesso à educação mais facilitado, a abertura das portas à Europa e ao mundo ao nível cultural, a sociedade portuguesa é bombardeada e consequentemente influenciada por um sem fim de acontecimentos que pro-movem uma modernização desta. É neste contexto que, saudavelmente, as mu-lheres vão assumindo um papel importante, na sociedade assim como na arquitec-tura.

SR - Que obra arquitectónica moderna elege como preferida em Portugal? Porquê? E no estrangeiro?A obra que mais me encanta, deslumbra e surpreende de cada vez que a visito, é a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira, do arquitecto Álvaro Siza.É uma das suas primeiras obras, feita nos anos cinquenta, mas que é de uma con-temporaneidade total.Os percursos definidos intencionalmente até se descobrir a entrada por entre as rochas, a sua articulação com estas e com o mar, a sucessão e interligação de espaços, o detalhe cuidado numa materialidade confortável, fazem desta obra uma obra magnífica.De cada vez que a visito um novo pormenor me salta à vista e me prende na sua interpretação interpelada por aquela imensidão que nos acalma e nos faz viajar.Lá fora, há muitas obras que conheço, por as ter estudado, e que acho magníficas,

fora

de

port

as

Page 49: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

49

mas nunca as visitei pessoalmente. Uma que já visitei e que me impres-sionou foi o museu Guggenheim de Bilbau.A importância deste edifício na ci-dade é fundamental, colmata uma zona da cidade que estava degra-dada e que rejuvenesceu depois da sua construção. É um edifício que tem uma expressividade formal fora do comum e que se integra harmoniosamente no sítio, valorizando-o. Este edifício só poderia ser construído ali.

SR - Que grandes diferenças encontra entre a arquitectura moderna e a do passado?Penso que a grande e principal diferença entre a arquitectura do passado, antes da revolução industrial, e a arquitectura moderna, é o grande avanço técnico ao nível construtivo, que nos permite ter hoje em dia casas e edifícios cada vez mais con-fortáveis. Ao nível da essência da arquitectura, do modo como esta era pensada, julgo que há uma continuidade evolutiva, no sentido em que estes avanços técnicos, permitem a nós arquitectos, uma formalização de conceitos, mais arrojada do que antigamente.

SR - Qual é então a finalidade da arquitectura? O que procura atingir?A finalidade da arquitectura, no seu lado mais prático, é e sempre foi a de organizar espaços, habitáveis ou não, de uma forma racional para o homem. No entanto eu penso que a arquitectura é uma arte e como qualquer arte tem um lado subjectivo e emocional. Procura uma interacção entre a funcionalidade dos espaços, vividos pelo homem, e as emoções provocadas, por aqueles.

SR - Que obra gostaria de vir a fazer e que ficasse representativa do seu trabalho?Não consigo especificar nem particularizar uma obra ou um tipo de obra. Gostaria sim que o conjunto da minha obra, abrangesse o maior número programático dis-tinto, enquanto diversificação dos problemas funcionais da arquitectura, mas que seguisse um fio condutor evolutivo, reflexivo, questionador que evidenciasse uma coerência identificativa do meu trabalho.

SR - Para um jovem que queira seguir esta área o que aconselha?Da minha experiência pessoal posso afirmar que é um longo caminho de sangue, suor e lágrimas. Não é um caminho que não se faça, mas é um caminho árduo. É preciso, antes de mais, ter uma grande paixão pela arquitectura. Isto é meio caminho, para aguentar seis anos de muito trabalho e muito estudo. Estudo este que desenvolverá uma consciência crítica fundamental para percebermos e questionarmos, não só a arquitectura, como a sociedade em que vivemos e da qual fazemos parte.

fora

de

port

as

Equipa SomosRevista

Page 50: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

50

fora

de

port

asSR - Nos seus tem-pos livres escreve romances e poe-sia. O que o impul-sionou a escrever e por que razão es-creve?Escrevo poesia porque gosto. Gos-

to de experimentar com a forma e com o conteúdo. Ainda mal tinha entrado para a escola (ou ainda nem isso, não garan-to) e já o meu pai trazia na carteira um par de poemas meus, próprios da idade, naturalmente, que mostrava ocasional-mente a amigos. Durante muito tempo, dediquei-me mais à música, cheguei a frequentar a Escola de Música do Porto e o Conservatório durante alguns anos e tive uma série de bandas. Aí, claro, além de músicas escrevia letras. O que é dife-rente de escrever poemas, mas sempre tem alguma relação. Entretanto, fui sem-pre escrevendo poesia. Por vezes, em maior quantidade. Por vezes, menos. Em 2005, iniciei um blog de poesia, primeira-mente com um heterónimo, e por aí me tenho mantido desde então. É uma ópti-ma maneira simultaneamente de divulgar e de evoluir.

SR - Deixou, então, a música, para se dedicar inteiramente à escrita?De momento, pode afirmar-se que sim. Cansei-me de fazer música para pouca gente e, de certo modo, passei o prazo de validade geralmente exigido a um músi-co. Também não tenho tempo. A escola, actualmente, consome muito tempo psi-cológico. É por isso, também, que não me sobra tempo para escrever romances. Já o fiz. Mas trata-se de algo muito trabalho-so e que exige uma disponibilidade men-tal que não tenho. Tenho ideias mas não tenho tempo. Já no que respeita à poe-sia, tendo em conta o facto de se tratar de textos pequenos e somada a prática que levo, é-me muito mais fácil, muito mais factível. E ainda, de algum modo, compensador, porque um blog com mais de quatro anos, o Google seja louvado, me garante um fluxo de leitores.

SR - De que tratam os seus escritos, tem alguma temática que o inquieta mais?Acho que depende do momento, quer

num sentido mais largo, quer no sentido do momento preciso. Quem escreve pin-ta uma mancha transformada de sensa-ções, experiências e conhecimentos dele mesmo e alheias, numa amálgama que não representa ninguém mas representa cada um. Chama-se polissemia. E cha-ma-se trabalhar a estética.

SR - Tem obras publicadas. Quais?Em 1998 publiquei um livro de short stories, Ghost Dance – histórias do surreal ameri-cano (o subtítulo só surgiu na sequência da sugestão de que, se não existisse, o livro poderia parecer escrito em inglês), que vendeu muito bem na FNAC e me-nos bem em Bertrands e quejandas, por mera questão de atitude na exposição das obras e modernidade ou falta dela. Publiquei ainda poemas ocasionais em re-vistas e colectâneas. E, recentemente, um romance, O Rodopio do Escorpião, espé-cie de ficção científico-político-social que decorre na Europa da segunda metade do corrente século num blog, à velha ma-neira dos folhetins, em episódios. Estava escrito desde 2000, salvo algumas cor-recções posteriores. E vai deixar de estar disponível em breve, assim que eu consi-derar que passou o seu tempo de net.

SR - O que diria aos jovens para os incen-tivar a escrever?Leiam. Observem. Pratiquem. Aprendam a ser contidos e a fugir à tentação confes-sional. Façam-no com gosto. E acreditem que vale sempre a pena… A fama, que normalmente inunda as mentes, não pas-sa de uma consequência possível, não do fim em si.

SR - Sei que tem um blogue com tex-tos seus. Pode divulgá-lo para os nossos leitores?Claro. Chama-se Poesia para quem quiser e tem, neste momento, quase 500 entra-das, incluindo alguns textos de carácter mais teórico, umas poucas brincadeiras de autor e uma maioria de poemas para diversos gostos. O outro, o que ainda ex-iste mas por pouco tempo, já sabem, é O Rodopio do Escorpião.

à conversa com o Professor Jorge Simões

Equipa SomosRevista

Page 51: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

51

Trabalhos realizados pelos alunos dos 7º, 8º e 9º anos nas aulas de Educação Visual

gale

ria

Page 52: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

52

gale

ria

Page 53: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

53

Som

os R

evis

ta in

vest

igou

O ano de 2010 comemora o centenário da implantação da República, de 5 de Outubro de 1910. É uma data muito re-levante da nossa História e inovadora na Europa na medida em que a nossa foi a terceira República europeia, depois da França e da Suíça. No início do século XX imperavam os sistemas políticos monar-quia e império, com a excepção das Américas, nomeadamente a do Norte, em que havia a República a qual serviu de exemplo a todas as outras ibero--americanas.Por tudo isto algumas iniciativas irão ocor-rer, durante todo este ano, entre as quais: exposições sobre a história da implanta-ção da República; ciclos de debates re-lacionados com o evento; sessões de ci-nema; mostras de fotografia; exposições temáticas sobre a importância do en-sino na I República; uma exposição de arte no Museu Nacional de Arte Antiga; dois ciclos de colóquios na Fundação Gulbenkian e em Serralves para debater, respectivamente, a “questão da identi-dade” e “República e laicidade”.Trata-se de um vasto e significativo pro-jecto, cujas actividades começam, ofi-cial e significativamente, com uma ses-são comemorativa relativa à revolta republicana (frustrada) de 31 de Janeiro de 1891, que constituiu o arranque do movimento revolucionário antimonárqui-co, após a vergonhosa abdicação real perante o ultimato inglês. Haverá uma grande exposição na an-tiga Cadeia da Relação do Porto - onde Camilo esteve preso e escreveu o livro intitulado Amor de Perdição, sobre a resistência e a luta pela liberdade - e encerrar-se-á em Agosto de 2011, data em que se celebrará o centenário da Constituição de 1911, que instituiu um re-gime de democracia parlamentar, que durou apenas 15 anos e, mesmo assim, entrecortados por duas ditaduras - Pi-menta de Castro e Sidónio Pais - e várias tentativas revolucionárias, conflitos e a-tentados violentos e pela participação portuguesa na I Guerra Mundial, ao lado dos Aliados França e Inglaterra.A República só se compreende com

liberdade, democracia e respeito pelos direitos humanos. Foi, assim, que foi vi-vida a I República. Depois vivemos uma longa ditadura militar (1926-1932), que não foi república nem monarquia, em-bora no início fosse apoiada por muitos monárquicos. Foi uma ditadura, pura e simples, que conduziu Portugal à beira da bancarrota. Foi depois que Salazar, ditador das Finanças, desde 1928, foi no-meado pelo general Carmona, Presiden-te do Conselho, instituiu o chamado Es-tado Novo, copiado do fascismo italiano, o Acto Colonial, o Corporativismo e, mais tarde, a Mocidade Portuguesa, a Legião e a Concordata com a Igreja. Sem es-quecer a Polícia Política e a Censura, as suas mais poderosas armas.Salazar um dia afirmou não ser “monárqui-co nem republicano” o que é verdade. Ele foi sempre e só um ditador, como o regime que instituiu. Marcelo Caetano, que o substituiu, por designação do presi-dente Américo Tomás, nomeado por Salazar, limitou-se a mudar o nome às coisas e deixar tudo na mesma: Polícia Política, Censura, partido único.É por isso que a longa ditadura que nos oprimiu e bloqueou Portugal - entre 1926 e 1974 - não pode ser considerada República. O regime saído da Revolução dos Cravos, que realizou as primeiras eleições livres desde a I República em 28 de Abril de 1975 - 48 anos depois - e a Assembleia Constituinte, que daí resul-tou, elaborou uma Constituição, em Abril de 1976, que foi a expressão genuína da vontade popular. Criou um Estado de direito e intitulou-se - e aí muito bem - II República, visto que o interregno, que entre ambas ocorreu, foi realmente uma longa e cruel ditadura.As comemorações que irão ter lugar ocupam-se fundamentalmente das duas Repúblicas e também dos movimentos de resistência à ditadura, tanto no plano civil como militar. Mas também pode-riam ocupar-se em debater uma visão da República para o futuro. Ou seja: o que deve ser, no plano político, social, económico e cultural, uma República moderna, num mundo globalizado, em crise e em acelerada mudança.

Professores Maria Clara do Vale e Ilídio Machado

Centenário da implantação da República Portuguesa

Page 54: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

54

já to

cou!

Pequenas (GRANDES) calinadas da Língua Portuguesa.Ai, ai, ai estas palavras...

Alevantar - O acto de levantar com convicção, com o ar de “a mim ninguém me come por parvo!... Alevantei-me e fui-me embora!”

Amandar - O acto de atirar com força: “O guarda-redes amandou a bola para bem longe da baliza”.

Assentar - O acto de sentar, só que com muita força, como se fosse um tijolo a cair no cimento.

Defícil - O contrário de fácil, muito utilizado por políticos e intelectuais.

Falastes, dissestes... - Articulação na 4ª pessoa do singular. Ex.: eu falei, tu falaste, ele falou, TU FALASTES.

Fracturação - O resultado da soma do consumo de clientes em qualquer casa comercial. Casa que não fractura... não predura.

Inclusiver - Forma de expressar que percebemos de um assunto. E digo mais: eu inclusiver acho esta palavra muita gira. Também existe a variante ‘Inclusivel’.

Númaro - Também com a variante “númbaro”. Já está na Assembleia da República uma proposta de lei para se deixar de utilizar a palavra NÚMERO, a qual está em claro desuso. Por mim, acho um bom númaro!

Parteleira - Local ideal para guardar os livros de “Protuguês” do tempo da escola.

Prutantos - Excelente para iniciar qualquer explicação mais complexa dando a entender que se sabe o que se vai dizer. Ex: Prutantos, aquilo funciona assim e tal... precebestes?

Prontus - Usar o mais possível. É só dar vontade e podemos sempre soltar um “prontus”! Fica sempre bem.

Prutugal - País ao lado da Espanha. Não é a Francia.

Inês Nogueira, nº18, 9ºF

1Uma casa com doze meninas.Cada uma com quatro quartos,todas elas usam meias,nenhuma rompe sapatos.O que é?

2Tem barbas e não tem queixo,Este bicho montanhês;Tem dentes mas não tem boca,Tem cabeça e não tem pés.Sabes o que é?

3Sou frio,também sou quente,sou fraco,também sou forte.Nunca posso estar parado,vejam lá a minha sorte!

4Altos palácios, lindas janelas; abrem-se e fecham-se, ninguém mora nelas. O que é?

5Por detrás de um muro branco, há uma flor amarela que se pode apresentar ao próprio rei de Castela. Adivinha!

6Andam dois navios no mar,o carneirinho do monte: mé,a menina do piano: lá,e o pobre à porta: dá. Descobre!

7Cavalheira tem cem ramos, cada ramo tem cem ninhos, cada ninho tem cem ovos. Quantos são os passarinhos?

Vamos lá adivinhar

Soluções no próximo número

Page 55: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TASO

MO

S REV

ISTA

55

já to

cou!

4Um homem andava pela estrada a caminho da Aldeia Onde Todas as Pessoas Falam Verdade, que é vizinha da Aldeia Onde Todas as Pessoas Mentem. Nunca tinha ido a nenhuma das aldeias, por isso não conhecia o caminho. Não lhe interessava, de ma-neira nenhuma, visitar uma aldeia onde as pessoas não conseguem responder com a verdade a qualquer pergunta que lhes seja posta (como é o caso da Aldeia Onde To-das as Pessoas Mentem). A dada altura há uma bifurcação na estrada e ele sabe que para um lado está a aldeia para onde quer ir e para o outro a aldeia que quer evitar a todo o custo. Não sabendo se deve dirigir-se para a direita ou para a esquerda, fica confuso. Repara então, que mesmo na bifurcação se encontra uma mulher. Não sabe de qual das aldeias esta é proveniente e tem apenas uma pergunta para lhe colocar. Se ela pertencer à Aldeia Onde Todas as Pessoas Falam Verdade, vai responder-lhe de forma verdadeira. Se pertencer, pelo contrário, à Aldeia Onde Todas as Pessoas Mentem vai mentir-lhe certamente. Qual a pergunta que o pobre senhor deve colocar à mulher para saber para que lado se deve dirigir?

Que tal tentarmos resolver alguns enigmas?

1Um guarda nocturno sonhou que o avião do seu patrão se despenhou. No dia seguinte, de manhã, disse ao seu patrão para não voar. Os noticiários desse dia anunciaram a queda do avião ... O patrão agradeceu ao seu empregado mas decidiu que tinha de o despedir ... Porquê?

3Um caracol quer subir um muro de 20 metros de altura. Durante o dia sobe 5 m mas à noite volta a escorregar 4m Ao fim de quantos dias atinge o topo do muro?

2Estão 8 convivas para comer um bolo.... Todos querem comer a mesma quantidade e fatias exactamente iguais !!..... Só podes fazer três cortes no bolo Como fazer para ter as 8 partes exactamente iguais ?

Sopa de Freguesias

Barca;Moreira; Gueifães; Nogueira; Folgosa; Vermoim; Milheirós; Gondim; Pedrouços, Gemunde.

Soluções no próximo número

Soluções no próximo número

Page 56: SomosRevista 01

SOM

OS R

EVIS

TA

SOM

OS R

EVIS

TA

56Correio dos leitores…

Caríssimos leitores:A vossa opinião interessa-nos. Envie o seu comentário (positivo ou não) sobre esta edição ou sugestões para o próximo número para: [email protected]

A equipa do “Somos Revista” aceitou, com muito entusiasmo, o desafio lançado pela Direcção da nossa escola de dar continuidade ao projecto do jornal escolar. Pretendemos, antes de mais, respeitar e honrar a história desta publicação, mas tendo a preocupação de refrescar a sua imagem, tornando-a mais moderna e apelativa.Propusemo-nos também a envolver na sua construção o maior número possível de pessoas e dos mais diversos segmentos da comunidade educativa (os alunos, as suas famílias, os professores, os funcionários). Quisemos dar a conhecer facetas menos conhecidas de alguns, revelar talentos escondidos, partilhar histórias interessantes e divulgar o que de melhor foi acontecendo (na escola e fora dela). Quisemos também provocar reflexões, suscitar reacções e acordar os mais adormecidos. Quisemos, acima de tudo, registar momentos, instantes em que tudo pareceu dar certo e que, por isso, provam que viver é estar atento e disponível para aprender sempre com o Mundo que nos rodeia. O nosso obrigada a todos os que colaboraram na concretização desta edição do “Somos Revista”. Desejamos sinceramente que o resultado final revele o empenho e o cuidado que todos imprimimos nesta primeira edição de 2010.

equipa “SomosRevista”

SomosRevista - ficha técnicaJornal Nª11 / fevereiro 2010Escola Secundária Castêlo da MaiaCoordenadora: Délia CarvalhoGrafismo e Paginação: Júlia SantosPublicidade: Maria Clara do ValeRedacção / Revisão: Alice Sousa; Ana Maria Silva; Carla Ferreira; Délia Carvalho; Júlia San-tos; Maria Clara do Vale; Rita Gonçalves; Xavier Calicis.colaboraram nesta edição: Professor Abílio Calheiras; Alexandre Nunes – 9ºF; Professora Alice Silva; Professora Alice Sousa; Ana Cláudia – 10ºC; Ana Inês Santos – 9ºF; Ana Sofia Paiva - 8ºC; Ana Vasconcelos – 12ºB; André Lago – 9ºE; Anita Marante Teixeira – 8ºB; Augusta Santos – Fun-cionária; Bruna Corrêa Volpini – (aluna); Professora Cândida Moreno; Carina Aguiar - 12ºF; Professora Carla Lopes; Catarina Martins – 11ºB; Catarina Tedim – 11ºD; Cátia Sofia Costa – 10ºD; Cláudia Silva – 9ºF; Cube mais sucesso Escolar; D. Simone - Funcionária; Professora Délia de Carvalho; Departamento Ciências Sociais e Humanas; Professora Elisabete Oliveira; Professora Esmeralda Pinto; Professora Fátima Fradinho; Grupo “Europa em Ponto Pequeno”; Grupo “Viva há alternativa!”;Hélder Barbosa -12ºG; Helena Osório – funcionária; Professor Ilídio Machado; Isabel Filipa – 10ºG; Isabel Silva – 12ºA; Joel Castro – 12ºF; Professor Jorge Simões; Professor José Nuno Araújo; Professora Júlia Santos; Professora Licínia Martins; Profes-sora Lúcia Teixeira; Luís Vasquez – 12ºC; Professora Luísa Pinto; Professora Margarida Miranda; Professora Maria Clara do Vale; Maria Inês Moreira – 8ºB; Mariana – 8ºC; Mariana Rodrigues – 9ºF; Nuno Filipe Fernandes – 9ºD; Nuno Seabra – 9ºF; Professora Paula Romão; Pedro Miguel cunha – 10ºH; Professor Pedro Silva Carvalho; Professora Raquel Lopes; Sara Filipa – 10ºC; Sara Torres – 9ºF; Selma Micaela Martins da Silva – 10ºD; Sílvia Torres – 9ºF; Professora Silvina Pais; Sofia Ferreira – 9ºE; Sofia Ramos - 12ºF; Sofia S. Morais – 12ºA; Soraia Sousa – 9ºE; Susana Martins – 12ºF; Professora Teresa Barbosa; Tiago Oliveira - 12ºG; Tiago Rocha - 12ºG; Veronika Somova – 7ºB; Victor Hugo Machado – 12ºA; Professor Xavier CalicisImpressão: tipografia Lessa - www.tipografialessa.pt / [email protected]: 400 exemplaresSomosRevista, Escola Secundária Castêlo da MaiaRua Professora Idalina Quelhas4475-640 STª Maria Aviosotelef. 22 9820641 / 22 9825088 [email protected]ínio: