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SOLANÁCEAS TOMATE Prof. Vagner Amado Belo de Oliveira.
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SOLANÁCEAS TOMATE

Apr 23, 2023

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Page 1: SOLANÁCEAS  TOMATE

SOLANÁCEAS

TOMATE

Prof. Vagner Amado Belo de Oliveira.

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TOMATE Lycopersicon esculentum;

Origem: região dos Andes;

Planta herbácea (caule flexível);

Cultura anual: ciclo varia de 4 a 7 meses;

Floração e frutificação ocorrem junto crescimento vegetativo;

Planta: dois hábitos de crescimento (indeterminado e determinado).

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TOMATE Hábito indeterminado: cvs para frutos de mesa; são

tutoradas e podadas; crescimento vigoroso junto com produção de flores e frutos;

Hábito determinado: cvs com finalidade agroindustrial; cultura rasteira; as hastes têm um cacho de flores na ponta; crescimento vegetativo menos vigoroso.

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TOMATE Flores: hermafroditas; agrupam-se em cachos;

autopolinizada;

Frutos: bagas (simples, carnoso, indeiscente); tamanho e peso variáveis (25 a 400 gramas); cor vermelha (licopeno – anticancerígeno); têm de 2 a 10 lóculos; sementes pilosas, pequenas e com mucilagem;

Sistema radicular: semeadura direta (2m profundidade); cultura transplantada (60% das raízes estão nos 10 cm iniciais do solo).

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TOMATE – PRODUÇÃO NACIONAL

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CLIMA Termoperiodicidade diária: diferença de

temperaturas diurnas e noturnas entre 6 a 8°C; (21/28 °C diurna e 15/20 °C noturna);

Temperaturas excessivas (diurnas ou noturnas): prejudica a frutificação e o pegamento dos frutos; baixas temperaturas (retarda germinação e crescimento);

Pluviosidade excessiva: favorece doenças fúngicas e bacterianas.

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ÉPOCA DE PLANTIO Período seco (outono-inverno): temperaturas

propícias, pouca chuva (irrigação), menor exigência de defensivos, menor incidência de invasoras, menor custo de produção;

Período chuvoso (primavera-verão): umidade e temperatura elevadas (problemas fitossanitários), maior custo de produção.

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CULTIVARES GRUPO SANTA CRUZ

1. Resistência ao manuseio (embalagem), elevada produtividade, 2 ou 3 lóculos, peso entre 160/200 gramas;

2. Planta hábito indeterminado (podada e tutorada) conduzidas no campo; (estufa não compensa – alta rusticidade e menor cotação comercial);

3. Cultivares: Santa Clara, Débora Max, Bruna VF e Ataque.

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CULTIVARES GRUPO SALADA

1. Também denominado Caqui ou Maçã, apresenta frutos maiores (peso superior à 250 gramas); frutos mais delicados, de formato globular; 5 a 10 lóculos;

2. Planta de hábito indeterminado (tutorada – campo/estufa);

3. Cultivares: Carmen, EF-50, Monalisa, Duradouro.

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CULTIVARES GRUPO CEREJA

1. Cultivares para mesa: frutos pequenos (15/25 gramas); biloculares; cor vermelho brilhante (cereja);

2. Plantas de hábito indeterminado: são tutoradas (campo/estufa);

3. Cultivares: Sweet Million (cachos com 40 frutinhos).

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CULTIVARES GRUPO ITALIANO

1. Cultivares de mesa; frutos biloculares, alongados (comprimento 1,5/2,0 vezes o diâmetro), destinado para molhos;

2. Plantas de hábito indeterminado (tutoradas); campo/estufa;

3. Cultivares: Andréa, Katia.

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CULTIVARES GRUPO AGROINDUSTRIAL

1. Cultura rasteira (sem poda/tutoramento), sem tratos culturais sofisticados (baixo custo de produção), frutos resistentes ao transporte, coloração vermelha intensa, elevado teor de sólidos solúveis e ácido cítrico; peso de 70/110 gramas;

2. Planta hábito determinado: inflorescência terminal;

3. Cultivares: Roma VF, (Rio Grande, IPA5, IPA6 – mesa/indústria), Viradoro, Redenção.

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IMPLANTAÇÃO DA CULTURA Tomateiro: propagação feita por sementes;

Métodos:

1. Semeadura direta;2. Semeadura em sementeira;3. Semeadura e repicagem;4. Semeadura em recipientes;5. Semeadura em bandejas.

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SEMEADURA DIRETA NO CAMPO Culturas rasteiras: com finalidade

agroindustrial; semeadura em linha diretamente sobre o terreno (semeadeiras);

Gasto com sementes é maior; dificulta tratos culturais iniciais; desbaste;

Ausência de danos às raízes; dificulta e entrada de fitopatógenos de solo; economia de mão-de-obra (reduz o custo).

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SEMEADURA EM SEMENTEIRA

Pequenos tomaticultores: semeadura rala em sementeira (pequenos sulcos transversais - 1cm profundidade);

Mudas são transplantadas de raiz nua: com 4 a 5 folhas definitivas;

Em comparação com outros métodos: as mudas são bem menos vigorosas.

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REPICAGEM PARA VIVEIRO Semeadura em sementeira: mais densa, seguida pela

repicagem para viveiro (primeira folha definitiva) e posterior transplante para o campo (com torrão e 5/6 folhas definitivas);

Excessivo manuseio: danifica as raízes; favorece doenças; prolonga o tempo de formação da muda, e retarda a colheita; maior gasto com mão-de-obra;

Este método vem sendo abandonado pelos tomaticultores.

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SEMEADURA EM RECIPIENTES Copinhos de papel de jornal: diminui contaminação

das mudas (mãos/solo); ausência de danos às raízes (proteção do copo); precocidade nas mudas; menor gasto com sementes; transplante aos 20/30 dias da semeadura;

Saquinho plástico preto perfurado: retirado no transplante.

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SEMEADURA EM BANDEJA Bandejas de isopor: método muito utilizado,

(128, 288 células);

Semeia-se 2 a 3 sementes/célula (cobrindo com areia, vermiculita, substrato);

Local: casas de vegetação (favorece controle fitossanitário e do clima);

Transplante: com 4 folhas definitivas (16/20 dias após a semeadura).

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PLANTIO DAS MUDAS NO CAMPO Efetua-se seleção rigorosa das mudas: eliminar

mudas doentes e com anomalias fisiológicas;

Transplante: ao anoitecer com irrigação;

Sulco de transplante: feito após aração/gradagem, com 20cm de profundidade, com adubação organomineral;

Transplante mecânico: máquinas (sulcamento, adubação, plantio da muda); são alimentadas por operários; são usadas em extensas áreas com culturas rasteiras.

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ESPAÇAMENTO Cultura tutorada: 1. 100 a 120cm entre fileiras, por 40 a 70cm entre

plantas (conjunto de 2 mudas – deixar somente a haste principal); cvs Grupo Santa Cruz;

2. Grupo Salada: 100 x 50cm com uma planta e uma haste;

Cultura rasteira: semear em filete contínuo, em fileiras de 100cm; desbaste deixando 20cm entre cada conjunto de 2 plantas.

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ROTAÇÃO DE CULTURAS Rotação com poáceas (gramíneas): pastagens;

cana-de-açúcar; cereais (arroz, milho, sorgo, trigo, aveia, centeio, cevada);

Vantagens: controle fitossanitário, reduz a população de insetos, nematóides.

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TRATOS CULTURAIS IRRIGAÇÃO: produtividade, qualidade dos frutos;

Tipos: sulco, aspersão e gotejamento;

Cultura tutorada: 200 t/ha;

Cultura rasteira: 100t/ha.

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TRATOS CULTURAIS PODAS DIVERSAS: cultura tutorada (hábito

indeterminado) equilíbrio entre vegetação e frutificação, aumentam tamanho dos frutos e melhoram a qualidade dos mesmos;

1. Poda inicial: elimina-se toda a brotação lateral, deixando apenas a haste principal;

2. Desbrota: arranque frequente e sistemático dos brotos laterais;

3. Desponta ou capação: corte do broto terminal da haste diminui o número de cachos (frutos de maior tamanho).

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TRATOS CULTURAIS DESBASTE: remoção de plantas em excesso em

culturas rasteiras;

Trabalhoso e oneroso – tende a ser abandonado – semeadeiras de alta precisão ou transplantar mecanicamente.

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TRATOS CULTURAIS TUTORAMENTO: o caule flexível do tomateiro

somente se mantém na vertical se amarrado a um suporte;

TIPOS

1. Cerca cruzada

2. Arame de fios esticados (5 fios)

3. Tutores verticais

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TRATOS CULTURAIS

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SOLO E ADUBAÇÃO Solo: de preferência solos de textura média, alta

fertilidade (corrigidos), com bom teor de matéria orgânica;

Adubação: de acordo com a análise de solo;

Adubação pré-plantio: meses antes da semeadura aplicar fósforo junto com adubação orgânica no sulco de plantio;

Adubação de cobertura1. Cultura tutorada: até 6 vezes2. Cultura rasteira: apenas 2 adubações

Adubação foliar: macronutrientes (complementação) e micronutrientes.

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IMPLANTAÇÃO DA CULTURA Tomateiro: propagação feita por sementes;

Métodos:

1. Semeadura direta;2. Semeadura em sementeira;3. Semeadura e repicagem;4. Semeadura em recipientes;5. Semeadura em bandejas.

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TRATOS CULTURAIS AMONTOA: para cultura tutorada favorece a

emissão de raízes adventícias ao caule, quando realizada junto com a primeira adubação de cobertura;

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TRATOS CULTURAIS

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TRATOS CULTURAIS RALEAMENTO DE PENCAS: diminui o número de frutos

em favor da qualidade; indicado para tomate tipo salada (4 a 6 frutos/penca).

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TRATOS CULTURAIS COBERTURA MORTA DO SOLO: cobrir a superfície do

solo ao longo das fileiras com material palhoso;

Vantagens: economia de água, reduz flutuação térmica do solo, diminui a incidência de plantas daninhas.

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TRATOS CULTURAIS CONTROLE DE PLANTAS INVASORAS

Na fase inicial da cultura (após transplante ou emergência): capinas dentro das fileiras (enxada);

Entre fileiras: cultivadores, herbicidas.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS Anomalias fisiológicas: são de origem não

parasitária que afetam os frutos e as plantas.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS PODRIDÃO APICAL

Caracteriza-se por uma mancha negra, dura e seca na extremidade apical, visível desde a formação dos frutinhos;

Causa: carência localizada de Ca, desequilíbrio nutricional;

Controle: pulverização foliar com cloreto de cálcio.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS LÓCULO ABERTO

Esta anomalia se restringe aos frutos pluriloculares do grupo salada – quanto maior o número de lóculos, maior a incidência;

Causa: carência de B;

Controle: uso de cultivares resistentes, aplicar bórax no plantio.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS QUEDA DE FLORES E FRUTOS

Queda de flores e frutos ainda em formação;

Causa: temperatura noturna elevada, desequilíbrios nutricionais (excesso N), doenças e insetos;

Controle:coberturas nitrogenadas complementadas com K – para fixar o fruto à planta.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS FRUTOS AMARELADOS

Causa: alta temperatura reduz/impede a síntese do pigmento vermelho (licopeno) e favorece a formação do pigmento amarelo (caroteno);

Controle: cultivo em regiões de clima ameno.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS FRUTOS OCADOS

Formação de tomates com espaços no interior;

Causa: adubação desequilibrada (alto N/baixo K), temperaturas extremas (calor e frio), teores extremos de água no solo;

Controle: adubação equilibrada, controle da irrigação.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS FRUTOS RACHADOS

Causa: flutuações no teor de água do solo – variações na turgescência – provoca rachaduras;

Controle: cultivares menos suscetíveis, manutenção de um teor de água constante no solo, aplicações de Ca (fortalece o tecido).

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS FRUTOS COM ESCALDADURA

Ocorre quando o fruto é exposto à luz solar intensa (próximo à colheita) e a região afetada torna-se esbranquiçada e enrugada;

Causa: desfolha intensa (fitopatógenos, insetos);

Controle: fitossanitário adequado.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS AMARELO BAIXEIRO

Amarelecimento das folhas inferiores (clorose), com as nervuras verdes;

Causa: deficiência de Mg;

Controle: aplicação de materiais ricos em Mg (calcário dolomítico ou termofosfato magnesiano – antes do plantio); aplicação foliar.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS ENROLAMENTO DE FOLHAS BAIXEIRAS

É comum em tomatais tutorados e podados; incidência maior nas fileiras expostas à luz solar em relação aos mais sombreados;

Causa: quanto mais severa a poda, maior é a incidência;

Controle: tomate de mesa a poda não pode ser evitada; sugere-se manutenção adequada do teor de água no solo.

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ANOMALIAS FISIOLÓGICAS FITOTOXIDEZ POR RESÍDUO DE HERBICIDA

Plantas jovens: folhas torcidas e mal formadas no topo da planta; em adultas: margens dos folíolos anormais;

Causa: resíduo de herbicida presente no esterco usado na produção de mudas (gado alimentado em pasto pulverizado com herbicida); princípio se manteve ativo no tubo digestivo do animal e também após curtimento;

Controle: avaliar o uso destes herbicidas.

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CONTROLE FITOSSANITÁRIO Atualmente se recomenda: manejo integrado da

cultura; com aplicação de diversas medidas, como:

1. Plantar cultivares melhoradas;

2. Rotação de culturas;

3. Controlar a irrigação (favoreça a planta e desfavoreça a doença);

4. Evitar plantio próximo à outras solanáceas;

5. Queimar restos culturais após a colheita.

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COLHEITA E COMERCIALIZAÇÃO As operações efetuadas na colheita, pós-colheita

e comercialização são distintas, dependendo da finalidade do produto: mesa ou agroindústria;

Colheita manual;

Colheita mecânica;

Pós-colheita: packing-houses (selecionados, lavados, secados, lustrados, classificados, padronizados e embalados) – normas do MAPA.

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COLHEITA – TOMATE INDÚSTRIA

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COLHEITA MANUAL

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COLHEITA MECÂNICA