Socorros e Emergências 1 Socorros e Emergências Professor Douglas Figueiredo Cossote
Socorros e Emergências
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Sumário
PRIMEIROS SOCORROS 4
AvAlIAçãO dO PACIEntE 5
OBStRUçãO RESPIRAtÓRIA 7
PARAdA CARdIORRESPIRAtÓRIA 10
RCP – REAnIMAçãO CARdIOPUlMOnAR 10
HEMORRAGIA 12
QUEIMAdURAS 14
EMERGÊnCIAS AMBIEntAIS 17
EMERGÊnCIAS MÉdICAS 18
ACIdEntES COM AnIMAIS PEçOnHEntOS 21
FRAtURAS E lUXAçÕES 21
REFERÊnCIAS 22
Socorros e Emergências
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PrimEiroS SoCorroS
Fonte da imagem: http:// cedrosdolibanocotia.blogspot.com
Trata-se das medidas iniciais e imediatas aplicadas à
vítima fisicamente em perigo, executadas por qualquer
pessoa, para garantir as funções vitais e evitar agravamento
de suas condições até que receba assistência qualificada.
Geralmente prestado no próprio local da ocorrência.
O domínio das técnicas do Suporte Básico de Vida
permitirá que você identifique o que há de “errado” com a
vítima; levante ou movimente-a, quando isso for necessário,
sem causar lesões secundárias e, finalmente, transporte-a
e transmita informações sobre seu estado ao médico (ou
pessoa mais capacitada) que se responsabilizará pela
sequência do tratamento do paciente.
Biossegurança.A primeira preocupação quando se executa técnicas
de primeiros socorros, no local da emergência, é com a
sua segurança pessoal. O desejo de ajudar as pessoas
que têm necessidade de atendimento pode favorecer o
esquecimento dos riscos no local.
Desta forma, uma das preocupações com a segurança
pessoal está relacionada com a própria proteção contra as
doenças infectas contagiosas.
A pessoa que irá prestar os primeiros socorros,
avaliando ou prestando atendimento ao paciente, deverá
evitar contato direto com o sangue do paciente, fluídos
corpóreos, mucosas, ferimentos e queimaduras.
Doenças infecto-Contagiosas.São enfermidades causadas por microorganismos
(germes ou micróbios patogênicos), como por exemplo:
bactérias, vírus ou parasitas, que são transmitidas à outra
pessoa através da água, alimentos, ar, sangue, fezes,
fluídos corporais (saliva, muco ou vômito) ou ainda, pela
picada de insetos transmissores de doenças.
EquiPamEnto DE ProtEção inDiviDual
Os equipamentos de Proteção Individual (EPI) são
aqueles que se destinam à proteção da integridade física
das pessoas que irão executar os primeiros socorros,
durante a realização de atividades onde possam existir
riscos potenciais a sua pessoa.
Fonte da imagem: http://class.posot.com.br
Fonte da imagem: http://www.aptec.com.br
Fonte da imagem: http://www.bibliotecademedicina.com.br
Habilidades específicas ao prestar os primeiros socorros:
Identificar-se como pessoa qualificada para o
atendimento;
Avaliar e controlar o local de um acidente;
Avaliar a segurança do local;
Avaliar as causas do acidente;
Socorros e Emergências
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Obter informações do paciente e pessoas presentes no
local;
Utilizar equipamento de proteção individual;
Efetuar a avaliação do paciente;
Verificar sinais de alterações;
Explicar ao paciente porque determinados cuidados
são necessários;
Informar ao paciente quais procedimentos estão sendo
executados.
Perfil psicológico ao prestar os primeiros socorros:
AMÁVEL: inspira confiança e transmite calma ao
paciente;
INICIATIVA: mostra desembaraço para realizar algo
que deve ser feito sem depender de que alguém inicie
algum procedimento;
IMPROVISAÇÃO: ser capaz de improvisar uma
ferramenta ou técnica para solucionar uma situação
inesperada;
ESTABILIDADE EMOCIONAL: superar aspectos
desagradáveis em um acidente, para providenciar os
cuidados necessários e controlar quaisquer sentimentos
emocionais, logo após o atendimento ter sido realizado;
CAPACIDADE DE LIDERANÇA: tomar conta do caso, ou
seja, fazer o necessário para controlar o local, organizar
as pessoas para ajudar e quando necessário conduzir
totalmente a situação;
DISCRIÇÃO: em determinadas situações o paciente
irá confiar informações de cunho pessoal que deverá ser
utilizada com respeito e cuidado;
CONTROLAR O VOCABULÁRIO: comunicar-se
corretamente inspira confiança, evitar que gírias, palavras
de baixo calão e conversas impróprias venham a perturbar
ou aborrecer o paciente.
aspectos legais no atendimento de primeiros socorros:
OMISSÃO DE SOCORRO:
Artigo 135 – CP - “ Deixar de prestar assistência,
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida,
ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública ”
Imprudência: Não seguir adequadamente os padrões de atendimento
ou executá-lo sem o devido zelo, promovendo o
agravamento do problema existente.
Negligência:
Deixar de executar medidas de atendimento pré-
hospitalar previstas para a condição do paciente;
Imperícia: Executar procedimentos acima de seu nível de
treinamento – próprios da área médica ou de enfermagem
– ou para o qual não foi devidamente habilitado.
http://youtu.be/bZ_MDRtQbts
avaliação Do PaCiEntEÉ um procedimento que auxilia a identificação de
possíveis causas da doença ou do trauma, por meio de
entrevista e exames físicos, procurando identificar as
alterações que a coloquem em risco de morte e oferecendo
os cuidados de Primeiros socorros de modo a mantê-lo
estabilizado buscando sempre melhorar seu estado geral,
para isso, devemos obedecer a uma sequência padronizada
de procedimentos.
Essa sequência padronizada de procedimentos é
conhecida como exame do paciente, onde o paciente deve
ser atento e sumariamente examinado para que, com base
nas lesões sofridas e de seus sinais vitais, as prioridades
do atendimento sejam estabelecidas. O exame do paciente
leva em conta aspectos subjetivos, tais como:
O local da ocorrência - É seguro? Será necessário
movimentar o paciente? Há mais de uma vítima? Posso
dar conta de todos as vítimas?
O paciente - Está consciente? Tenta falar alguma coisa
para você ou aponta para qualquer parte do corpo.
As testemunhas. Elas estão tentando dar alguma
informação? Ouça o que elas dizem a respeito dos
momentos que antecederam o acidente.
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Mecanismos da lesão. Há algum objeto caído próximo
do paciente, como escada, andaime, bicicleta, etc...?
Deformidades e lesões. O paciente está caído em
posição estranha? Ele está queimado? Há sinais de
esmagamento de algum membro?
Sinais. Há sangue nas vestes ou ao redor do paciente?
Ele vomitou? Ele está tendo convulsões?
As informações obtidas por esse processo, não se
estendem por mais do que alguns segundos, e são
extremamente valiosas na sequência do exame, que é
subdividido em duas partes. A avaliação primária e secundária do paciente.
avaliação primária:É uma avaliação realizada necessariamente para se
detectar as condições que colocam em risco iminente
a vida do paciente. Ela se desenvolve obedecendo as
seguintes etapas:
Constatar inconsciência. Se inconsciente;
Posicione a pessoa em decúbito dorsal;
Libere suas vias aéreas;
Em caso de trauma: estabilize a coluna cervical.
Verifique a presença da respiração;
Pesquise e controle as hemorragias.
(30 SEGUNDOS)
Determinar Inconsciência
Um paciente consciente significa que a respiração e
a circulação estão presentes. Porém, se ele está caído
e imóvel, no local do acidente, você deve constatar
a inconsciência tocando-o gentilmente no ombro e
perguntando três vezes:
“Ei, você está me ouvindo?”
Fonte da imagem: Manual Técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
Seja cuidadoso não manipulando o paciente mais do
que o necessário. LEMBRE-SE: Um paciente inconsciente
resultante de acidente pode ser portador de trauma na
medula espinhal até prova em contrário.
Checar respiração
Você deve verificar se o paciente está respirando
espontaneamente. A presença de movimentos respiratórios
também significa que há batimentos cardíacos.
Fonte da imagem: http://www.pt.scribd.com
Checar grandes hemorragias
Após constatar a presença de respiração você deverá
procurar por grandes hemorragias e estancá-las, se houver,
utilizando um ou mais método de estancamento que serão
ensinados mais à frente.
Se o paciente estiver respirando adequadamente, e
não tem hemorragias ou estas estão sob controle, você
poderá partir para a procura de outras possíveis lesões.
Essa busca é chamada de Avaliação Secundária.
liberação das vias aéreas:
Elevação do mento: Em vítima de trauma ou encontrada inconsciente.
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Fonte da imagem: dc122.4shared.com http://dc122.4shared.com/doc/tY6T9cWP/preview.html
Elevação da mandíbula:dc122.4shared.com
Executada por pessoa que esteja auxiliando, posicionado
de joelhos de frente para a cabeça da vítima.
Fonte da imagem: dc122.4shared.com http://dc122.4shared.com/doc/tY6T9cWP/preview.html
Inclinação da cabeça e elevação do queixo: Indicada para vítimas sem suspeita de lesão cervical.
Fonte da imagem: http://socorrismo12d.blogspot.com.br
avaliação secundária:O principal propósito da avaliação secundária é
descobrir lesões ou problemas diversos que podem
ameaçar a sobrevivência do paciente se não forem tratados
convenientemente. É um processo sistemático de obter
informações que irão ajudar no diagnóstico e tratamento
do paciente.
A Avaliação Secundária não é um método fixo e
imutável, pelo contrário, ele é flexível e será conduzido de
acordo com as características do acidente e experiência
do socorrista. De modo geral você deverá, nessa fase,
conseguir informações como: o nome do paciente, sua
idade, se é alérgico, se toma algum medicamento, se tem
qualquer problema de saúde, qual sua principal queixa,
onde mora, o que aconteceu, onde estão seus pais ou
parentes se for uma criança, etc...
Os elementos que constituem a Avaliação Secundária,
são:
Entrevista - conseguir informações através da
observação do local, do mecanismo da lesão, questionando
o paciente, seus parentes e as testemunhas.
Exame da cabeça aos pés - realizar uma avaliação
pormenorizada do paciente utilizando os sentidos do tato,
visão, audição e olfato.
Sintomas - são as impressões transmitidas pelo
paciente, tais como: tontura, náusea, dores, etc...
Sinais - tudo o que você observa no paciente, como por
exemplo: cor de pele, diâmetro das pupilas, etc...
Sinais vitais - pulso e respiração.
Essa avaliação não deverá demorar mais do que 5
minutos. Durante a avaliação você deve tomar cuidado
em não movimentar desnecessariamente o paciente, pois
lesões de pescoço e de coluna, ainda não detectadas,
poderão ser agravadas. Tome cuidado para não contaminar
o ferimento e/ou agravar lesões.
oBStrução rESPiratÓriaÉ toda situação que impeça total ou parcialmente o
trânsito do ar ambiente até os alvéolos pulmonares. As vias
aéreas podem ser comprometidas direta ou indiretamente
por mecanismos distintos, como por exemplo:
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Obstrução causada pela inconsciência: provoca
o relaxamento da língua sobre a orofaringe facilitando
o refluxo do conteúdo gástrico predispondo à bronco
aspiração. Geralmente é ocasionada por situações clínicas
e traumatismo cranioencefálico;
Obstrução causada por trauma direto sobre as vias aéreas: por sangramento no interior das vias
aéreas, compressão externa da mesma por edema e/ou
hematomas;
Obstrução causada por queimaduras em vias aéreas: produzindo inflamação e edema de glote e de
vias aéreas inferiores;
Obstrução causada por meio fluido: água,
secreções, líquido proveniente do estômago;
Obstrução por corpos estranhos (OvACE): engasgamento por restos alimentares, corpos externos
introduzidos pela boca e/ou nariz, próteses quebradas,
etc.
Sinais de Obstrução Respiratória ParcialUma vítima está tendo obstrução parcial das vias
aéreas quando:
• sua respiração é muito dificultosa, com ruídos
incomuns;
• embora respire, a cor de sua pele está azulada
(cianótica), principalmente ao redor dos lábios, leito das
unhas, lóbulo das orelhas e língua;
• está tossindo.
Nestes casos, o paciente estará consciente e você
apenas irá encorajá-lo a tossir aguardando que o corpo
estranho que vem causando a obstrução seja expelido.
Transporte-a para um hospital sob constante vigilância
porque a obstrução parcial pode evoluir para uma
obstrução total.
Sinais de Obstrução Respiratória TotalAntes de qualquer atitude devemos confirmar a
obstrução avaliando o paciente e perguntando se ele
pode respirar ou falar. Se o paciente balança a cabeça
confirmando que não respira e não consegue produzir
nenhum som, ele está com obstrução completa das vias
aéreas, especialmente se for por restos de alimentos ou
pequenos objetos, a técnica adequada para desobstrução
das vias aéreas será a Manobra de Heimlich.
manobra de HeimlichConstate a obstrução completa das vias aéreas;
pergunte a vítima: você pode falar, incentive–a a tossir;
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
Se a vítima não puder falar ou a tosse for ineficiente,
posicione-se por trás da vítima e apoie ambas as mãos
entre o umbigo e o processo xifoide;
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
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Posição correta das mãos.
Fonte da imagem: Manual técnico do
Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
Comprima para dentro e em direção ao diafragma,
sucessivamente, até que ocorra a desobstrução ou a
vítima torne- se inconsciente;
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
http://youtu.be/uJnbrLGojB8
manobra de Heimlich em Gestantes ou obesos
Para as vítimas gestantes ou muito obesas, que estejam
conscientes, a desobstrução das vias aéreas deverá ser
realizada com a manobra de compressão torácica.
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
manobra de Heimlich em criançasAs compressões abdominais da Manobra de Heimlich
poderão ser realizadas com apenas uma das mãos.
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
manobra de desobstrução em bebês.posicione o bebê de bruços sobre o seu antebraço,
apoie sobre sua coxa e efetue 5 tapas nas costas do bebê.
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
não havendo efetividade, posicione o bebê de costas,
sobre seu antebraço.
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Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
apoie sobre sua coxa novamente e efetue 5 compressões
no esterno.
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
http://youtu.be/sOJX2BECt7U
Desobstrução das vias aéreas por corpo estranho em vítima inconsciente.
Para os pacientes inconscientes, sem respiração, o
socorrista iniciará a RCP para desobstrução das vias aéreas.
ParaDa CarDiorrESPiratÓriaQuando o coração para de bombear sangue para o
organismo as células deixam de receber oxigênio. Existem
órgãos que resistem vivos, até algumas horas, porém as
células do Sistema Nervoso Central não suportam mais
do que seis minutos sem serem oxigenados e entram em
processo de necrose. Desta forma, a identificação e a
recuperação cardíaca devem ser feitas de imediato. Caso
haja demora na recuperação cardíaca, o S.N.C. poderá
sofrer lesões graves e irreversíveis ou até mesmo a morte.
Identificação:Inconsciência;
Ausência de respiração, ou com respiração anormal
(gasping).
Fonte da imagem: http://www.detran.pa.gov.br
Definição de morte.Morte clínica: uma vítima está clinicamente morta,
quando cessa a respiração e o coração para de bater;
Morte biológica: uma vítima está biologicamente morta,
quando as células do cérebro morrem. Corresponde a
morte encefálica.
Corrente da sobrevivência.Conceito da American Hearth Association sobre
reanimação cardiopulmonar que estabelece uma
sequência de procedimentos realizados no menor tempo
possível viabilizando a sobrevida após uma parada
cardiorrespiratória. Mostra a importância da integração
dos diferentes elos, em especial a RCP e a desfibrilação
precoce.
Fonte da imagem: Cadeia de Sobrevivência de ACE Adulto da AHA/2010
rCP – rEanimação CarDioPulmonar
É o conjunto de procedimentos utilizados na vítima
de parada cardiopulmonar, na tentativa de manter
artificialmente a circulação e a respiração da vitima até
que haja um socorro médico adequado.
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É importante ressaltar o posicionamento da vítima e
do socorrista, a localização dos pontos de compressão e
avaliação, a permeabilidade das vias aéreas por meio da
manobra mais indicada, e a adequada intensidade dos
movimentos torácicos e das insuflações de ar.
Fonte da imagem: http://enfermagemaqui.blogspot.com.br
Procedimentos de rCP em adultos:Posicionar o paciente na horizontal (decúbito dorsal
horizontal) numa superfície rígida, posicionando-se
lateralmente a mesma, próximo do seu tórax;
Localizar o apêndice xifoide (extremidade inferior
do osso esterno), se existir dificuldade em localizá-
lo, escorregar os dedos pela última costela, seguindo o
rebordo costal até o centro do tórax onde se encontra o
apêndice xifoide;
Colocar as duas mãos a uma distância de dois dedos
acima do apêndice xifoide apoiando a região tênar e
hipotênar da mão no centro do esterno e a outra mão
sobre a primeira;
Manter os braços estendidos, num ângulo de 90º com
relação ao corpo da vítima, comprimindo o esterno no
mínimo de 5 centímetros, realizando as compressões com
o peso do seu corpo e não com a força de seus braços, no
ritmo de 100 compressões por minuto;
Fonte da imagem: Manual técnico do
Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
Para a realização da reanimação cardiopulmonar, é
essencial seguir uma sequência de passos conforme
estabelecido pela American Hearth Association:
Fonte da imagem: Cadeia de Sobrevivência de ACE Adulto da AHA/2010
http://youtu.be/LCYDh9GtvZchttp://youtu.be/Ngrjqe2Vu1U
Procedimentos de rCP em crianças:Os procedimentos de RCP na criança seguem a
mesma sequência que nos adultos, apenas alterando a
profundidade das compressões (cerca de 5 cm), mantendo
a mesma frequência de compressões (100 x minuto) e
utilizando apenas uma mão.
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Fonte da imagem: http://5gbcariri.blogspot.com.br
Procedimentos de rCP em bebes:Os procedimentos de RCP no bebe seguem a mesma
sequência que na criança, apenas alterando a profundidade
das compressões (cerca de 4 cm), mantendo a mesma
frequência de compressões (100 x minuto) e utilizando
apenas dois dedos.
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
HEmorraGiaÉ o extravasamento de sangue dos vasos sanguíneos
(artérias, veias ou capilares) através de ruptura nas suas
paredes.
Fonte da imagem: http://concursoparaenfermagem.blogspot.com.br
Uma hemorragia severa impede a distribuição de
oxigênio aos tecidos em consequência da perda de volume,
o reconhecimento precoce da hemorragia por meio da
visualização direta ou da suspeita da hemorragia interna
ao avaliar sinais e sintomas, bem como o mecanismo de
lesão pode ser uma etapa fundamental para a conduta
pré-hospitalar decisiva na sobrevivência do paciente.
http://youtu.be/iBPBJLF5EpQ
Hemorragia Externa.
Fonte da imagem: http://montillo.dominiotemporario.com/doc/Aulasocorrista2.pdf
Visível porque extravasa para o meio ambiente. Ex:
ferimentos em geral (cortes), fraturas abertas, epistaxe
(hemorragia nasal).
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Hemorragia interna.O sangue extravasa para o interior do próprio corpo,
dentro dos tecidos ou cavidades naturais. Ex: ruptura ou
laceração de órgãos de tórax e abdome.
Fonte da imagem: http://[email protected]
Sinais e Sintomas da Hemorragia.Tempo de enchimento capilar acima de dois segundos
(perfusão capilar);
Pulso fraco e rápido;
Pele fria e úmida (pegajosa);
Pupilas dilatadas com reação lenta à luz;
Queda da pressão arterial;
Vítima ansiosa, inquieta e com sede;
Náusea e vômito;
Respiração rápida e profunda;
Perda da consciência e parada respiratória;
Choque.
Controle da Hemorragia Externa.Expor o local da lesão:
Fonte da imagem: http://[email protected]
Verificar o tipo de ferimento e material a ser utilizado
no controle de sangramento.
Pressão direta:Com a mão enluvada diretamente sobre a
ferida;
Compressão com gaze ou pano limpo.
Fonte da imagem: http://www.vivasofia.org/misc/Download/Corso/2_viva_sofia_slides_001.pdf
Elevação da área afetada:
Pequenas hemorragias nos membros e outras partes
do corpo podem ser diminuídas ou mesmo estancadas,
elevando-se a parte atingida e consequentemente,
dificultando a chegada do fluxo sanguíneo. Não eleve o
segmento ferido se isto produzir dor ou se houver suspeita
de lesões internas.
Fonte da imagem: http://[email protected]
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Curativo fixado com atadura:Não remover compressas saturadas de sangue, aplicar
outra atadura no local;
Fonte da imagem: http://www.almatempora.it/corsi/primosoccorso/syllabus08_chirurgia_temperature.pdf
Pressão arterial:
Se os métodos anteriores falharem ou se não pudermos
comprimir diretamente o ferimento, deveremos comprimir
as grandes artérias para diminuir o fluxo sanguíneo.Fonte da imagem: http://[email protected]
http://youtu.be/qViD2G7nK-U
Sangramento nasal (Epistaxe):Posicione a vítima sentada com a cabeça levemente
inclinada para frente;
Comprima a narina que está sangrando por cerca de 5
minutos;
Utilize compressas umidificadas com água gelada sobre
a face para auxiliar no controle do sangramento.
Fonte da imagem: http://[email protected]
Controle da Hemorragia interna.Mantenha a vítima deitada e cabeça mais baixa que
o corpo, exceto quando haja uma suspeita de fratura de
crânio ou de derrame cerebral, quando a cabeça deve ser
mantida elevada;
Aplique compressas frias ou saco de gelo no ponto em
que a vítima foi atingida, possível local de hemorragia;
Afrouxar as roupas restritivas;
Não dê nada para a vítima beber ou comer
quEimaDuraSAs queimaduras são lesões frequentes e é a quarta
causa de morte por trauma. Mesmo quando não levam
a óbito, as queimaduras severas produzem grande
sofrimento físico e requerem tratamento que podem durar
meses ou mesmo anos.
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As queimaduras podem lesar a pele, os músculos, os
vasos sanguíneos, os nervos e os ossos.
Pessoas de todas as faixas etárias estão sujeitas
às queimaduras, mas são as crianças às vítimas mais
frequentes e, muitas vezes, por descuido dos pais ou
responsáveis.
Principais causas: Térmicas: são causadas pelo calor (fogo, vapores
quentes, objetos quentes) e por frio (objetos congelados,
gelo);
Químicas: são causadas por ácidos ou álcalis e podem
ser graves, necessitam de um correto atendimento pré-
hospitalar, pois dependendo da técnica utilizada pode
agravar as lesões;
Elétricas: na maioria das vezes são queimaduras
graves, na maioria das vezes, as lesões internas, no
percurso da corrente elétrica através do organismo, são
extensas, enquanto às lesões das áreas de entrada e saída
da corrente elétrica na superfície cutânea são pequenas;
Radiação: podem ser causadas pelos raios ultravioletas
(UV), pelos raios X ou por radiações ionizantes. As lesões
dos raios UV são as queimaduras solares e geralmente
superficiais e de pouca gravidade. As queimaduras por
radiações ionizantes (raio gama) são lesões raras. Neste
caso é importante saber que a sua segurança está em
risco se houver exposição a substâncias radioativas.
Classificações das Queimaduras:Elas podem ser classificadas de acordo com a sua
profundidade e extensão.
Profundidade As queimaduras, principalmente as térmicas, podem
ser classificadas de acordo com profundidade da lesão em
queimaduras de 1º, 2º e 3º grau.
Primeiro Grau (superficiais)
É uma queimadura superficial envolvendo somente a
camada externa da pele (epiderme). É caracterizada por
dor local, vermelhidão da área atingida. A sua cicatrização
é integral, sem deixar marcas.
Fonte da imagem: https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/~telma.souza/Hospedagem/Aulas/Queimaduras.pdf
Segundo Grau
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É uma queimadura na qual a camada externa da pele
está totalmente queimada e a segunda camada (derme) é
lesada. Caracterizada por dor intensa, grande vermelhidão
e bolhas. Nesta profundidade podem ou não haver
sequelas cicatriciais. Fonte da imagem: https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/~telma.souza/Hospedagem/Aulas/Queimaduras.pdf
Terceiro Grau
É uma queimadura profunda envolvendo todas as camadas da pele, apresenta áreas escuras, secas e brancas. Pode manifestar muita dor, produz marcas cicatriciais bem evidentes ou até deformantes. Também podem não referenciar dor alguma na área
queimada por ter havido a destruição dos terminais
sensitivos. De todo modo, ao redor de queimaduras de
3º grau, haverá queimaduras de 2º e de 1º graus, que
frequentemente serão motivo de fortes dores.
Fonte da imagem: https://intranet.ifs.ifsuldeminas.edu.br/~telma.souza/Hospedagem/Aulas/Queimaduras.pdf
Extensão
Para calcular a porcentagem aproximada de superfície
de pele queimada, tomamos em conta os seguintes dados
considerando as partes em relação ao todo, conhecida
como Regra dos Nove. A extensão ou a porcentagem da
área da superfície corporal total queimada é um dado
importante para se determinar a gravidade da lesão e
o tratamento a ser aplicado tanto no local do acidente
quanto no hospital.
Fonte da imagem: http://segurancaesaudeocupacional.blogspot.com.br/2014/04/curso-primeiros-socorros.html
queimaduras térmicas: Tratamento pré-hospitalar:
Retire parte da roupa que esteja em volta da área
queimada;
Retire anéis e pulseiras da vítima, para não
estrangularem as extremidades dos membros quando
incharem;
As queimaduras de 1º grau podem ser banhadas com
água fria para amenizar a dor;
Não perfure as bolhas em queimaduras de 2º grau;
Não aplique medicamentos ou qualquer outro produto
nas queimaduras;
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Cubra a área queimada com um plástico limpo
específico;
Evitar (ou tratar) o estado de choque;
Em queimaduras nos olhos, cubra-os com gaze
umedecida em água ou soro fisiológico;
Se a área afetada envolver mãos e pés, separar os
dedos com gaze umedecida em soro fisiológico antes de
cobri-los;
Transportar a vítima com urgência a hospital
especializado.
queimaduras químicas: Tratamento pré-hospitalar:
Retire a roupa da vítima impregnada com agente
químico;
Lave o local afetado com água corrente sem esfregar o
local - 5 minutos para ácidos, 15 minutos para álcalis e 20
minutos para cáusticos desconhecidos;
Se o agente agressor for cal virgem seco, não use
água; remova-o com escova macia;
Se a lesão for nos olhos, lateralizar a cabeça (para não
atingir o olho integro), irrigá-los por no mínimo 20 minutos
com água corrente ou soro fisiológico;
Nos demais caso proceda como nas queimaduras
térmicas.
EmErGÊnCiaS amBiEntaiS
Lesões provocadas pelo calor. Exaustão térmica
Colapso circulatório provocado pela exposição do corpo
humano ao calor durante atividade física intensa. Não há
suprimento de sangue suficiente para a manutenção de
toda a atividade corporal, devido ao mecanismo de perda
de calor (vasodilatação periférica), gerando fadiga física
e mal estar geral. Ocorrendo desta forma a desidratação,
que é provocada por suor intenso.
Sinais e Sintomas:
Respiração rápida e superficial;
Pele úmida, pegajosa, pálida;
Sudorese intensa;
Debilidade física generalizada (fraqueza muscular);
Falta de apetite, náusea;
Dor de cabeça.
Intermação ou InsolaçãoSituação grave que ocorre quando uma pessoa tem sua
temperatura corporal elevada por falha dos mecanismos
de regulação. A vítima deixa de suar, o mecanismo de
vasodilatação se torna ineficiente e sua temperatura sobe
demasiadamente lesionando as células cerebrais, podendo
ocasionar convulsões e até a morte.
Sinais e Sintomas:
Temperatura corporal de 40,5 a 43,3 º C;
Respirações profundas, seguidas de respirações
superficiais;
Pele seca e quente, às vezes, avermelhada;
Pupilas dilatadas;
Convulsões e/ou tremor muscular podem estar
presentes;
Perda da consciência;
Coma.
Tratamento de emergência para lesões provocadas pelo calor
Leve a vítima para um local fresco, retire o máximo de
roupas possível, aplique compressas mornas em sua pele;
Coloque a vítima deitada, levante seus pés cerca de
30 cm, para aumentar a circulação sanguínea no cérebro;
Não oferecer nada para a vítima ingerir;
Transportar a vítima o mais rápido possível caso seja
necessário para um hospital.
Hipotermia (resfriamento generalizado)É o resfriamento generalizado do organismo e ocorre
com exposição a temperaturas baixas (menor que 36,8º),
mas, ainda assim, acima do ponto de congelamento.
Pode ocorrer rapidamente, mas é mais comum o seu
desenvolvimento gradual. A transferência de calor corporal
é 25 vezes mais rápida em meio líquido do que o ar, daí
a hipotermia se desenvolve mais rapidamente em vítimas
dentro de ambientes líquidos, como um rio com água fria.
A severidade da hipotermia é proporcional ao tempo de
exposição ao frio. As crianças, principalmente os recém-
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nascidos, e os idosos são mais propensos a apresentar
hipotermia. Outras vítimas com facilidade de apresentar
hipotermia são aquelas alcoolizadas, as desagasalhadas,
as desnutridas, as queimadas e as com alterações da
consciência.
Sinais e Sintomas da hipotermia:
Pele fria e seca;
Calafrios;
Sensação de adormecimento nas extremidades;
Distúrbios visuais;
Sonolência;
Inconsciência;
Letargia;
Bradipnéia (frequência respiratória lenta) e bradicardia
(frequência cardíaca lenta);
Parada cardíaca e respiratória.
Tratamento pré-hospitalar:
Remover a vítima para um ambiente seguro e aquecido;
Remover as vestes molhadas, secar o corpo da vítima
com compressas de gaze algodoadas;
Aquecer passivamente a vítima com uso de cobertores
ou manta aluminizada, cobrindo especialmente a cabeça.
EmErGÊnCiaS mÉDiCaS
inFarto aGuDo Do mioCárDio (iam).
É definido como uma lesão tecidual isquêmica
irreversível, isto é, devido à falta de oxigênio e nutrientes,
geralmente associado a um defeito da perfusão sanguínea.
Tal situação leva à morte celular, a qual vai desencadear
uma reação inflamatória local. wgate.com.br wgate.com.
brwgate.com.br
Fonte da imagem: http://dpbheartdisease.homestead.com/What-I-learned-About-Heart-Disease.html
SInAIS E SIntOMAS dO IAM.Palidez;
Sudorese fria (transpiração);
Ansiedade;
Sensação de morte iminente;
Postura dolorosa, normalmente refletindo a imobilidade
postural.
Dor precordial, do tipo queimação, em peso (opressão),
ardência podendo irradiar para os membros superiores ou
áreas vizinhas;
Fonte da imagem: http://200.220.14.51/sbhci/aulas/xxx_cong_sbhci/19.06_15h00_NelsonRibeira.pdf
A dor também pode não ser precordial, podendo
localizar-se na região epigástrica, submentoniana (debaixo
do queixo), no pescoço, nos ombros, cotovelos, punho
(como se fosse uma pulseira).
Fonte da imagem: http://[email protected]
AtEndIMEntO PRÉ-HOSPItAlAR dO IAM.Manter a vítima em repouso absoluto na posição mais
confortável (em geral sentado ou semi-sentado);
Afrouxar as vestes;
Prestar apoio psicológico.
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aCiDEntE vaSCular CErEBral (avC).Dano no tecido cerebral produzido por falha na irrigação
sanguínea em razão de obstrução ou rompimento de
artéria cerebral. O efeito compressivo, ou seja, de aumento
da pressão intracraniana também manifestam sinais e
sintomas e podem causar situações de risco de morte.
Fonte da imagem: http://www.saudemedicina.com/acidente-vascular-cerebral-avc-sintomas/
tIPOS dE AvC.Isquêmico: produzido por obstrução parcial ou total da
circulação sanguínea cerebral, responsável por 80% dos
casos;
Fonte da imagem: http://omron-yte.com.vn/11903-dau-hieu-canh-bao-con-dot-quy/
Hemorrágico: produzido pela ruptura de artéria
cerebral, correspondendo a 20% dos casos.
Fonte da imagem: http://scielo.isciii.es/scielo.php?pid=S1135-76062005000300005&script=sci_arttext
SInAIS E SIntOMAS dE AvC.Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou
perna de um lado do corpo;
Alteração súbita da sensibilidade com sensação de
formigamento na face, braço ou perna de um lado do
corpo;
Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;
Alteração aguda da fala ou linguagem;
Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente;
Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio
associados a náuseas ou vômitos;
Convulsões;
Alteração do nível de consciência.
AtEndIMEntO PRÉ-HOSPItAlAR dO AvC.Manter a vítima em repouso, na posição de recuperação;
Proteger as extremidades paralisadas; Dar suporte emocional. Evitar conversação inapropriada
frente à vítima inconsciente; Transportar a vítima para o hospital monitorando os
sinais vitais. http://youtu.be/_znhGMoF9jI
DESmaio/SÍnCoPE.É a perda breve e repentina da consciência, geralmente
com rápida recuperação, pode ser devido a múltiplas
causas, desde um simples susto (ansiedade, tensão
emocional) até um quadro encefálico.
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CAUSAS dE dESMAIO/SÍnCOPE.Doença cerebrovascular, convulsões;
De origem cardíaca, tais como: arritmias, doença
cardíaca estrutural ou isquêmica;
Embolia Pulmonar, hipertensão pulmonar;
Metabólicas, tais como hipoglicemias, intoxicações;
Infecciosas;
Desconhecidas, ao redor de 40%.
SInAIS E SIntOMAS dE dESMAIO/SÍnCOPE.Náuseas;
Tonturas;
Suor moderado ou abundante;
Palidez;
Visão borrada, acinzentada;
Perda da consciência.
PREvEnçãO EM CASOS dE dESMAIO/SÍnCOPE.Se a pessoa acha que vai desmaiar, procure deitá-la
com as pernas mais elevadas que a cabeça;
Se não for possível deitá-la, sente-a e abaixe a cabeça
até o nível dos joelhos. Este procedimento aumenta o
fluxo de sangue para o cérebro;
Procure não levantar a pessoa bruscamente, faça-a
lentamente, para que sua frequência cardíaca e pressão
sanguínea tenham mais tempo para se ajustar à posição
vertical;
Em épocas de altas temperaturas, como verão, passar
por muito calor e umidade, ter sensação de abafamento,
ingerir pouco líquido, ficar em pé por um longo tempo,
fazer exercícios e desidratar-se são condições propícias
par ocorrer um desmaio.
ConvulSÕES.É uma descarga elétrica cerebral desorganizada que
se propaga para todas as regiões do cérebro, levando
a uma alteração de toda atividade cerebral. Pode se
manifestar como uma alteração comportamental, na qual
o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos
estereotipados de um membro, ou mesmo através de
episódios nos quais o paciente parecer ficar “fora do ar”,
no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato
com o ambiente.
CAUSAS (em adultos e crianças) Epilepsia;
Febre alta em crianças menores de 6 anos;
Traumatismo craniano;
Doenças infecciosas, inflamatórias ou tumores
cerebrais;
AVC;
Intoxicações;
Outras.
EPIlEPSIA É uma doença neurológica crônica, podendo ser
progressiva em muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequência e a gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.
SINAIS E SINTOMAS Perda da consciencia;
Contrações musculares irregulares e generalizadas;
Lábios arroxeados; Salivação abundante;
Respiração ruidosa, forte e irregular;
Eliminação involuntária de fezes e urina.
tRAtAMEntO dURAntE A COnvUlSãO Proteger a vítima da queda e de objetos que possam
feri-la;
Posicionar adequadamente a cabeça da vítima,
protegendo- a de possíveis pancadas no chão e facilitando
a drenagem de saliva (decúbito lateral, geralmente);
Não impedir os movimentos convulsivos;
Não introduzir nada entre os dentes;
Afrouxar as roupas;
Garantir privacidade e conforto após a crise;
Providenciar assistência médica.
http://youtu.be/c6InfcHX6-E
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aCiDEntES Com animaiS PEçonHEntoS
Animais peçonhentos são aqueles que possuem
glândulas de veneno que se comunicam com dentes
ocos, ou ferrões, ou aguilhões, por onde o veneno passa
ativamente, como as serpentes, aranhas, escorpiões,
lacraias, abelhas, marimbondos e arraias. Embora
“peçonha” significar veneno, animal peçonhento não
é o mesmo que venenoso. Existe animal que produz
veneno, mas não possui órgão inoculador, provocando
envenenamento passivo por contato, por compressão ou
por ingestão, como por exemplo, algumas espécies de
anfíbios.
SinaiS E SintomaS GEraiS.A vítima geralmente apresenta dor intensa no local
da picada ou mordida, além de edemas, vermelhidão,
hematoma e bolhas;
Outros sinais mostram alterações no sistema
respiratório, como a dificuldade respiratória e edema de
glote;
O sistema neurológico poderá ser afetado decorrendo
em queda da pálpebra, distúrbios visuais, alteração no
nível de consciência e até convulsões;
Poderão ocorrer sinais e sintomas de reação anafilática,
náuseas, vômitos e relato de alteração da cor (escura) e
quantidade (diminuída) da urina.
Necrose em Picada de aranha.
Bolhas em picada de cobra
Fonte da imagem: Manual técnico do Bombeiro: Resgate e Emergências Médicas
ConDuta DE EmErGÊnCia. A vítima tem que ficar em repouso absoluto e não
deixá-la locomover-se, removendo anéis, pulseiras,
braceletes, e outros adornos;
Lave o local da picada com água e sabão;
Não faça cortes, perfurações, torniquetes, nem coloque
outros produtos sobre a lesão;
Proteja o local da lesão com curativo com gaze ou pano
limpo e seco;
Transportar a vítima para um hospital, levando se
possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o
diagnóstico e a escolha do soro mais adequado.
FraturaS E luXaçÕES FraturaS
Fonte da imagem: http://www.uhull.com.br
É uma lesão óssea de origem traumática, produzida
por trauma direto ou indireto, de baixa ou alta energia,
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podendo provocar a perda total ou parcial da continuidade
de um osso.
Elas podem ser expostas / abertas ou fechadas.
SInAIS E SIntOMASDor e deformidade no local da fratura;
Edema e alteração de coloração;
Crepitação óssea;
Fragmentos expostos;
Incapacidade ou impotência funcional;
Mobilidade anormal. CUIdAdOS dE EMERGÊnCIA
Não movimente vítima com fraturas antes de imobilizá-
la adequadamente;
Em fraturas expostas, controlar o sangramento e
proteger o ferimento, ocluindo com curativos e bandagens
estéreis;
Não tentar alinhar o osso fraturado;
Não tentar reintroduzir um osso exposto;
Transportar a vítima de modo confortável e seguro para
o hospital;
O atendimento correto evita o agravamento das lesões,
reduzindo a dor e o sangramento.
luXaçÕES
Fonte da imagem: http://www.clifisio.com
É o deslocamento das extremidades ósseas que
formam uma articulação, permanecendo desalinhadas e
sem contato entre si. Os traumas indiretos, normalmente
produzidos por quedas com apoio nas extremidades,
fazem com que essas superfícies articulares saiam de sua
posição, produzindo perda da congruência articular e da
função da articulação correspondente.
SInAIS E SIntOMASDor intensa;
Deformidade na região;
Impotência Funcional;
Edema e alteração de coloração;
Encurtamento ou Alongamento.
CUIdAdOS dE EMERGÊnCIA Não manipular o local da luxação;
Manobras inadequadas podem agravar a lesão;
Imobilizar na posição da deformidade, mantendo o
máximo de conforto a vítima;
Ficar atento para sinais e sintomas de choque;
Transportar a vítima de modo confortável e seguro para
o hospital.
rEFErÊnCiaSADAMS, John Crawford. Manual de fraturas:
incluindo lesões articulares . 10. ed. São Paulo,
SP: Artes medicas, c1994. 309 p. ISBN (Broch.)
BERGERON, J. David; BIZJAK,
Gloria. Primeiros socorros. Sao Paulo:
Atheneu, 1999. 623p. ISBN 8574540056 (broch.)
CANAVAN, Paul K. Reabilitação em medicina
esportiva : um guia abrangente. São Paulo:
Manole, 2001. 408 p. ISBN 8520410510 (Enc.)
FLEGEL, Melinda J.,; BACURAU, Reury Frank Pereira.;
GHIROTTO, Flavia Maria Serra;
MELINDA,J.F. Primeiros Socorros no Esporte. Editora
Manole, São Paulo, 2002
NAVARRO, Francisco. Primeiros socorros
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Manole, 2002. 189 p. ISBN 8520413404 (broch.)
HAFEN, Brent Q; KARREN, Keith J.;
FRANDSEN, Kathryn J. Guia de primeiros
socorros para estudantes. 7. ed São Paulo:
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