TITULO W'"uq ist ácr Me*se:h? / Que é o lfomem? Antropologia, Estética e Teleologia em Kant cooRDENAÇÃO Leonel Ribeiro dos Santos . Ubir{ara Rancan de Azevedo Marques Gregorio Piaia Marco Sgarbi Riccardo Pozzo COLECÇÃO Acta 13 EDITOR O Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2010. Este livro ou parte dele não poderão ser reproduzidos sob qualquer forrna, mesmo electrónica, sem explícita autorização do Editor e dos Autores. CAPA, PAGINAGO E ARTE FINAI FilipaAfonso APOIO F CT Fundaeão,Rfl1,f"Sfl:13,e a Te*cnoloeia IMPRESSÃO EACABAMENTO Tipografia Abreu Sousa & Braga, Lda. - Braga Depósito Legal: 321005 / l0 rsBN 978-972-8531€9-B ltiltfillttil|lLtt|[ilil
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TITULO
W'"uq ist ácr Me*se:h? / Que é o lfomem?Antropologia, Estética e Teleologia em Kant
cooRDENAÇÃO
Leonel Ribeiro dos Santos . Ubir{ara Rancan de Azevedo Marques Gregorio PiaiaMarco Sgarbi Riccardo Pozzo
COLECÇÃO
Acta 13
EDITOR
O Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2010.Este livro ou parte dele não poderão ser reproduzidos sob qualquer forrna,mesmo electrónica, sem explícita autorização do Editor e dos Autores.
CAPA, PAGINAGO E ARTE FINAI
FilipaAfonso
APOIO
F CT Fundaeão,Rfl1,f"Sfl:13,e a Te*cnoloeia
IMPRESSÃO EACABAMENTO
Tipografia Abreu Sousa & Braga, Lda. - Braga
Depósito Legal: 321005 / l0
rsBN 978-972-8531€9-B
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Sobre o significado antinómico do Prazer. em Kant
Diogo FerrerUniversidade de Coimbra
Resumo
Segundo Hegel, o prazer tem o signìficado teorético de uma demonstração de que a ideia se expõe
na"realidade sensível. O prazer, eà especial no domínio estético, é então não só a evidência sensível
de que é possível .,m .uú". absoluto e umã consequente unidade de todas as faculdades humanas,
teóiicas epráticas, como também um princípio crítico (ou meta-crítico) cle toda a filosofia em que
o dever-ser se opõe ao ser, como em Kant e Fichte'
Mais do que uma crítica à fllosofia de Kant, porém, esta concepção hegeliana deve ser entendida
como um comentario e continuação das teses da Crítica doJuízo, onde a faculdade do prazer é
indissoluvelmente ligada aojuízo e àrazão como consciência e vida. O prazeq segundo Kant, é um,.sentimento de intensificação de toda a vida do homem" e sustenta toda a actiüdade cognoscitiva,
como uma das faculdades originárias da alma hurnana sem a qual "não seria possível mesmo a
experiência mais comum". Assim, deverá examinar-se se o prazer pode ser expressão do verdadeiro
feËho antropológico, "ponte" unificadora do sistema da razão e antecipação de muitas teses próprias
dos sistemas Pós-kantianos.
1. Adefinição kantiana do Prazer
Por ocasião da redacção da Crítica d,a Razã'o Pura,I\ant não parece dispor ainda
de nenhuma teoria acerca do prazer como faculdade pura do espírito (Gemüt) '
Kant sublinha então que o prazer é um sentimento exclusivamente empírico.r
Esta caracte rizaçao do p.ure. parece ligar-se à concepção da tazào humana como
indiscernível, na sua essência, de uma razão frnita,, ao contrário da concepÇão darazão
apresentada na Crítica rto Juízo, onde a tazâo é especificamente hÌrmana' Na crítica
ía razâo teórica, a razâo é um sistema da razâo finita, com á consequente cisão das
I ,.[O]b-a, die obersten Grundsãtze der Moralitàt, und die Gr-undbegriffe derselben, Erkenntnisse a priori
sind, so gehôren sie doch nicht in die Tianszendental-Philosophie, weil sie die Begriffe der Lust und Unlust,
der Begiãrden und Neigungen, etc., die insgesamt empirischen Ursprungs sind, zr,var selbst nicht zum Gr-unde
ihrer úrschriftel lege n, aÈer doch im Begriffe de r Pflicht, als Hinde rnis, das über-wunde n, oder als Anreiz,
der nicht zum Bewegungsgrrrnde gemacht werden soìI, notwendig in die Abfassung des Systems der reinen
Sittlichkeit mit hineinziehãr müssãn." (AA, III, 45). É neste sentido da materialidade das leis morais, e não
da sua pur:r forrna, que se deve ler a passagem mais abaixo, onde o prazer esú na base dos conceitos molais:..Moralische Begriffe sind nicht gâ.rlict reine Vemunftbegriffe, weil ihnen etwas Empirisches (Lust oder
Unlust) zum Grunde lie gt." (AA, III, 384). Cf' tb. AA, III, 263-264) '
faculdades numa faculdade espontânea e noutra reccptiva. A receptir.idade resulta dafrnitude darazão, em contraposição às faculdades espontâneas do entendimento e darazão. Desta cisão entre faculdades deriva o carácter dialéctico e indeterminado dofuncionamento espontâneo da razão, quando não determinado pela intuição sensível.
Na C.rítica dn Razão Prritica, o prazer é entendido colno umA determinaçãosubjectiva e empírica da acção. No entanto, aparece aí a teorização de um caso único desentimento não ernpírico, nomeadamente o respeito (Achtung), como motivaçào paraa acção conf'onne à pura lei da razão.2 Contrariamente eo respeito, que igualmentemove a acção, o prazer não é, por sua vez, definíveÌ como sentimento puro, dcrivadoda espontaneidade darazão, mas como sentimento derivado do acordo de concliçõessomente empíricas do sujeito com objectos ou acçòes não rnenos ernpíricas. Assirn"o prazü é a representação da concordância do objecto ou da acção com as condiçõessubjectivas da vida, i.e., coll':l a faculdade da causalidade de urna representaçào ernrelação à realidade efectiva do seu objecto (ou em relação à determinação das forçasdo sujeito à acção de o produzir)": U- geral, desta definição deverá reter-se, por urnIado, que o prazer pressupòe a representaçào de uma concordância e, por outro, queo prazer é uma propriedade, ou estado que somente pode qualificar sujeitos. Umterceiro ponto parece ser aqui não menos importante, nomeadamente a referênciaà teleologia, ou seja, que se trata da "causalidade de uma representação em relação àrealidade efectiva do seu objecto". Mas o mais significativo na Crítica da Razão Prá,tica
para esta questão é a ligação da teleologia à üda no contexto da definição do prazer.
A üda é definida como subjectir.idade que não é ern primeiro lugar teórica,representativa e objectivante, mas telcológica e clesejante, não como razào puraprática, mas como teleologia que é dada como fonte de prazer. IJma vez admitida a
representação não só de uma causalidade final, como também da fonte da teleologiano sujeito como vivente, arazão humana não mais poderá ser somente uma razão finitadotada dafaculdade de representação objectiva, mas é razão viva. As representações são,
nestas condições, também representações do próprio estado, de acordo ou desacordo,
das faculdades do sujeito coln os seus objectos.Aüda é definida na Crítica da Razão hática como "a faculdade de um seç de agir
segundo as leis da faculdade de desejar,"a faculdade definida, é claro, teleologicamente.O resultado destas definições são, por conseguinte, os temas que vào aparecer na Crítica
doJuízo como determinantes para a questao da razâo humana como sistema, ou seja,
para uma tematização unificada das diferentes faculdades da razão. Esta concepção
? "AÌso istAclitung fiirs mor:rlische Ge setz ein Gefúhl, lvelches durch einen intellektuellen Grund gervirkt rvird,
und dieses Gefühl ist das einzige, welches wir r'ôllipç a priori erkennen, und dessen Notwendigkeit wir einsehen
kônnen." (AA,V 73). Cf.íb. I)id.,78.3 "Lust ist die Vorstellung der Úbereinsrimmung des Gegenstandes oder der Handlung mit den subiehtiut'tt
Bedingungen des Lebens, d.i. mit dem Vennógen der Kausaliuit einer Votstellung in Ansehung der
WirklichkeitiÌrres Objeka (oder der Bestimmungder Kràfte des Subjeks zur Handlung, es hen'orzubringen)."(AA,V e).
I "Le[rer. ist das Vennôgen eines Wescns, nach Gesetzen des Begehr-ungsvemtògens zu handeln." (.4,{, V 9).
muito geral dcrrma chave da <
Cntica doJtí:.0:rnanter em uttino conceiLo d€
üvo, de que se
mais ou meno:
2. O prazer
Kant adr'
generaÌizada a
unidade dasr-rt
o "sentimentoa fins lsubjektìtqualquer propprazer faz cotr
melhor, da r:r,princípio qr.re
da subjectiiiclrnarcísica- incmani{esta-se e
subjectiúsmo r
onde não se e:
do prazer conrequerer ulÌlacompatí\'el co
Formas r-iegat-
humana.Na razã,
"comprazitneique corn isso Í
O prazer é aq
5 ÉcorÌrecidaacgeração espon-;ZusatnmenÍÌuL:zu sein. ob -.ie :\tenrlrnft hatter
ô -D]as C,efuhì cì.
; 'Die Erle icìrur..s \\bhÌgelaÌÌe :r
Sobre o sigúficrtdo anti'nómicct do lrazer em Ka'nl
muito geral do acordo do subjectivo com o objectivo como teleologia e como prazer é
uma chave da difícil unidade da Crítica doJuízo. Na medida em que, simultaneamente, a
Crítica cloJuízo se apresenta como a pe dra de fecho do sistema, o ponto que recebe e faz
manter em unidade todas as forças e faculdades da razão humana pode ser encontrado
no conceito de vida, ou de uma razão que não é só razâo finitz,, r.rras razjlo como sistema
úvo, de que se encontram já traços fia Crítict, d'a Raztio Purd mas em especial, de modo
mais ou menos directo, também na Crítica doJuízo Teleológico'
2. O prazer como princípio generalizado da subjectiüdade
Kant admite uma definição tão geral do pfazer que justifica a sua aplicação
generalizada a toda a actiüdade da tazâo finita, como verdadeiro sinal distintivo da
inidade dasubjectiüdade. Segundo estadefinição, aParentemente amais geralpossível,
o "sentimento ão prazer [. . .] é o mesmo que a representação da conformidadz subjectiun'
a f,ns lsubjektiue iuechmrissigkeitl",6 e isto, é legítimo supor-se, porque "a obtenção de
q.ralq.,e. propósito está ligada ao sentimento de prazer".7 Uma definição tão geral do
pr*.t fai corn que ele apareça nos diversos níveis da actividade da razão finita, ou
melhoq da razão üvente. A subjectiüdade da razão transcendental faz do prazer uln
princípio que tem de ser generalizado a todos os níveis. A própria identidade reflexiva
ãu ,.,ú;..ti,rldade, conforïne se vcrá, é uma identidade -dir-se-ia de uma identidade
narcísica- indissociável de formas de prazer. Em todas as actiüdades do sujeito
manifesta-se explicitamente o prazer, sob denominações variár'eis. O reconhecido
subjectiüsm o dãrazâokantiana leva a encontrar um compraziment.o mesmo em níveis
onàe não se esperaria a referência explícita ao prazer. Esta situação irá impor a análise
do prazer como um sentimento puro, da merajudicação, por um lado e, por outro,
,"q.r"... uma espécie de dialéctica do prazer que torne esta generalidade do prazer
compatível com a soberana indiferença da lei moral Perante o prazer ou o desprazer'
Formas negativas e sublimadas do prazer terão, por isso, de caber à subjectiüdade
humana.Na razão prática, a determinação da vontade pela tazâo é fonte de um
,'compraziment; [...] na acção" e, por conseguinte, "fundamento do prazer",8 sem
q.r" .à* isso fique afectado o carácter puramente racional da determinação da acção.
ó p.ur". é aqui acompanhante, embora não o motivo. Por sua vez, toda a teoria do
5 É conhecida a compar:rção do sistema da razão punÌ com animais iÌlvertebrados nascidos alegadamente pÕr
ger-ação cspontânea: "Die Systeme scheinen, wie Gewúnne, durcÌr eine generatio aequivoca' aus dem bloBell
Z.,ror",.',r-,.rflrB vo1 aufgesarnmÌeten Begïiffen, anfangs verstúmmelt, mit der Zeitvollstzindig, gebildetrvorden
zu sei1, ob sie gleich allÈ insgesamt ihr Schema, als den ursprünglichen Keim, in der siclt blo8 ausückeÌnder-r
Vernunft hatten." (,\A', III,'1, 540)6 -U a. Cofünt der Lust [. . . ist] mit der Vorstellung der subjektiven ZweckmâBigkeit einerÌei." (AA, XX, 249) .
7 ..Die Erreichungjeder Absicht ist mit <ìem Gefúhle der Lust verbunden." (AA, V, 187) .
idade resulta daendimento e daleterminado dortuição sensível.r determinaçãorÌ caso único dernotivação paraque igualmentepuro, derivado
lo de condiçõesrnpíricas. Assirnrrn as condiçõesrresentação emLação clas forças'eter-se, por umpor outro, que
ar sujeitos. Umtte a referênciaio em reÌação à
'la Razao Praticct
rição do prazer.lugar teórica,
no razão puravez admitida a
te da teleologiauna razão fìnita'esentações são,
> ou desacordo,
um sel de agir:ologicamente.rrecer na Críticaistema, ou seja,
:sta concepção
ìmnd geu.irkt u'ird,ìigkeit wir einsehen
nrit den subjehtitrcn
in ;\nsehung derhen orzubringen) ."
leÌn." (-A,A,,V,9).
508 Diogo Fetrer
juízo estético é a tematização do prazer ao nível da faculdade de julgar. Mas já ao níveldarazão teórica o carácter subjectivo e activo da razão reclamam um prazer para toda a
actiüdade cognoscitiva. Assim, por excmplo, a "descoberta da possibilidade de unificarduas ou mais leis heterogéneas da natureza sob um princípio que as abrange às duas,
é o fundamento de um prazer muito notável. t.. ] tr certo que não mais percebemosnenhum prazer notável na apreensibiÌidade da natureza e na unidade da sua diüsãoem géneros e espécies, pela qual são possíveis todos os conceitos empíricos [...]: mas
este prazer certarnente existiu a seu tempo, e mesmo porque a mais simples experiêncianão seria possível sem ele, ele aos poucos misturou-se com o mero conhecimento e
deixou de ser especialmente notado."e Se acima encontrámos a teleologia e a üdacomo fecho do sistema, encontramos nestas passagens toda a actiüdade subjectiva,
tanto empírica quanto pura, associadas ao prazer. Na razão teórica, onde a teleologiase encontra inviabilizada pelarazão determinante, e a razão üvente apresentada comosimples razâo flnítaem geral, o prazer existe de modo não mais consciente. Este prazerinconsciente é um factor gradualmente esquecido na determinação da experiência nas
suas representações objectivas. Se Kant não afirma que o prazer é o próprio princípioúltimo e fundamento unificado da razâo, faz dele sem dúvida um acompanhantenecessário, ainda que inconsciente e sedimentado, dessa actividade originária da
subjectividade, tanto pura quanto empírica.
3. O prazer da identidade reflexiva
O juízo reflexivo traz à consciência a actiüdade fundamental da faculdade de
julgaa ao passo que no juízo determinante, de tipo cognoscitivo e objectivante, aactiüdade da faculdade de julgar não estájá explícita. A reflexão é condição de toda
a determinação, uma vez que o prazer que, consoante a última passagem citada,
explicitamente acompanhava a actividade subjectiva, passa a um estaclo de latência.
A subjectividade cancela-se na produção da representação da experiência objectiva.
Se atendermos às definições de Kant, poderá dizer-se que a representação
reflexiva da relação do objecto com as faculdades do sujeito é um traço essencialmente
comum tanto ao prazer quanto à reflexão transcendental -o próprio cerne da filosofia
crítica. A reflexão transcendental "não tem qÌÌe ver com os próprios objectos" mas é
a "consciência da relação de representações dadas com as nossas diversas fontes de
I "[n]ie entdeckteVereinbarkeitzlr'eierodermehrererempidschenlìeterogenenNaturgesetzeutrtereittemsie beicle befassenden Prinzip ist der Gr-und einer sehr merkÌichen Lust [...]. Zr.var spiiren úr an der
Fafilichkeit der Natur, und ihrer Einheit der Abreilung in Gattungen und Arten, n'odurch allein empirische
BegriÍfe môgÌich sind, [.. .] keiue merkliche Lust mehr: aber sie ist geu.iB zu ihrer Zeit gewesen, und nur rveil
die gemeinste Erfahmng ohne sie nicht móglich sein rvürde, ist sie allmâhlich mit dem bloBen Erkennttiisse
vennischt, und nicltt mehr besonders bemerkt worden." (,{A., 5, 187).
conhecimentcdo objecto as
reflexiva."Ìr Ocapacidade reÍfaculdades namais é urna ic
dialéctica e inO prazer
desejar. Mas cle
empírico ou prelação ao esu
como Kart o ci
corn r'ista a cor
chama o pÌ?z€da própria re
outro propósitfortaiece e rep
bom, análogoou conceptualhumano, serrprazer éjusuurO prazer é er'Kant corno ourna operacãoparticuÌar e r,ur
da razão corn,.-.
corresponcle a
1, Aaninor
-\sint. ,-
práticirs da r-;-:
'Dic L'lti.::-::\ e::r:.-:t::.;et ::
- ì-.:t a:ra,..i
Sobre o signifcad,o antin.ómìco d,o ltrazer em Kant
Verhãltpisses gegebenerVorstellungen zu unseren verschiedenen Erker-rnüisquellen." (,{\, III, 214)'
Ì 1 " ;U1rd clic Lust kann r.richs anders als die Angemessenheit clesselben zu den Erkenntr-risvernogen, die ir-r
der reflektierenden UrteiÌskraft irn Spiel sir-rd." (.4,{, V f 89-190) '
Ì2 ,,Das BemBtsein der Kausalitat einerVorstelÌung in Absicht auf den Zustand des Subjeks, es in demselbe u zu
erhalten, kann hier irn allgemeinen das bezeichnen, wils Ìnan Lust llellnt." (,A,\, V 220).
t3 ,,Sie har abe r doch Kausalitât in sich, nâmlich den Zustand der Vorstellung selbst und die Beschâftìgr.rng der
Erker-rntniskrâfte ohne weitere Absicht zu erhalten. Wir weilen bei der Betrachtung des Schònen, rveil diese
Betrachtung sich selbst starkt und reproduziert." (AA, V 222).Ia "GeÍühl der Befôrderung des Lebens." (AA' V 244).
509
\Iasjá ao ní\'eÌzer para toda a
Lde de uniÍìcarrange às duas.is percebemosda sua diüsãoicos [...]:rnases experiêncianhecimento e
Ìogia e a üdarde subjectiva,le a teleoÌogiasentada comote. Este prazer{periência nasprio princípiocompanhanteorisinária da
faculdade derbjectivante, adição de todasagem citada,o de latência.rcia objectir,a.-epresentação
isencialmentene da filosofiajectos" mas é:sas fontes de
etze Lrnter eineÌnrüren rvir an derallein ernpirischesen, uncl nur weilBen Erkenntnisse
conhecimento."ÌO O prazer, por suavez "nada mais pode exprimir a não ser a adequação
do objecto às faculdãdes de conhecimento que estão em jogo na faculdade de julgar
reflexìr,a."rr O prazer confirma, pois, a sua ligação essencial à subjectividade como
capacidade reflêxira de atende! a todos os níveis, ao seu próprio estado e às suas próprias
faiuldades na representação do seu objecto. E, por essa razão, a totaliclade darazâo nâo
mais é uma ideia de sistema projectada pela razão pura necessariamente de maneira
dialéctica e indeterminada, mas é antes o "Gemut", "ânimo", "espírito" ou "mente"'
O prazer define-se como realização de um fim, pelo que est:á Ìigado à faculdade de
desejar. il4as define-se também independentemente do desejo. Háum prazer sem desejo,
empírico ou puro, que se define, por conseguinte, não em relação ao objecto, mas em
relação ao estado pióprio do sujeito. trle é então acordo das faculdades do sujeito ou,
como Kant o define explicitamente: "a consciência da causalidade de uma rePresentação
com üsta a consenar ó rq"lto no mesmo estado pode designar aqui em geral o que se
chama o prazer."t2 O prazer é aquilo que "tem a causalidade em si de cotuermo estado
da própria representação e a actiüdade das faculdades cognoscitir'as sem nenhum
outio pìopó sílo. Demoram>-nos na contemplação do belo porque esta contemplação se
fortalece e ,.p.od.,, a si mesma."Ì3 Neste sentido, o Prazer é um fim em si, é algo de
bom, análogo ao bem, mas distinto deste por não ter qualquer traço de conhecimento
ou concepúahdade. Segundo Kant, o prazer é uma faculdade fundamental do espírito
humano, sem qualquer possibilidade de transição para o conhecimento. Ou antes' o
prazer éjustatnente o asPecto da representação quejamais se pode tornar conhecimento''O
p.ut.i é expressão da reflexão do sujeito e, como prazer puro, é caracterizado por
Kant como o puro pr?zer da reflexão. Este prazer da reflexão faz desta mais do que
uma operação somente lógica da faculdade de julgar, que diz resPeito à relaÇão entre
particuìar e universal e à formação de conceitos, mas requer uma definição da actividade
darazãocomo üvente. Esta reflexão é liwe actiüdade darazão e o prazer que ela envolve
corresponde ao "sentimento do favorecimento daüda'"14
4. A antinomia do prazer e o prazer negativo
Assim, o prazer acompanha fundamentalmente todas as actividades, teóricas e
práticas darazão humana, entendida agora como razão vivente. O prazer encontra-se
510 Diogo Ferrer
até mesmo mais além do que a sua máxima generalidade -pese embora o carácteraparentemente contraditório da afirmação. Asim, se é verdade que o sentimento queacompanha a submissão à lei moral "não encerra nenhum prazer, mas antes desprazerna acção em si",Ì5 é também verdade, como se disse, que a satisfação de qr.ralquerfinalidade, e também da finalidade puramente moral, é acompanhada de ptazer.O prazer tem de se dividir em si mesmo, de se reflectir e abranger tanto o prazer qlrantoo desprazer. Esta antinomia do prazer moral resolve-se, é claro, pela diüsão do próprioconceito de prazer segundo a diüsão das faculdades de representação do espírito ouânimo, em sensibilidade e razão. Ao desprazer sensíveÌ pode corresponder um prazerderivado de uma outra fonte. A faculdade de julgar é a faculdade capaz de fazer apassagem entre o teórico e o prático, entre o sensível e o racional -ainda que não possaexprimir essa passagem como conhecimento. Dada esta restrição, a faculdade de julgarresolve esta antinomia do prazer através da atribuição do predicado da sublimidade.Ojuízo do sublime unifica a antinomia pela definição de um "prazer negativo",r6dir-se-ia de um prazer além do próprio prazer. Por meio do "prazer negativo", o prazeré dado como ponto de referência e fundamento também do seu oposto.
O sublime representa o exercício de üolência sobre a sensibilidade e, por isso
significa um desprazer para a sensibiÌidade. Este desprazer, contudo é uma formade prazer que deriva a actiüdade supra-sensível do espírito. O sublime é a mediaçãodo prazer pelo seu oposto "um prazer que só é possível por meio do desprazer",representando por isso, por meio do sentimento, a unidade do espírito pela mediaçãoentre sentimentos opostos. A definição do sublime corresponde perfeitamente aocarácter reflexivo do prazeg pelo qual o praze\ pela sua reflexão, se coloca nÌÌmaposição além do prazer e do desprazer. Este prazer é o prazer racionaÌ, que não se
opõe, por isso, ao przer sensível, mas tem a faculdade de o superar numa perspectivamais geral, além do prazer e do desprazer. Na ordem mais geral do espírito ou ânimo,"Gemüt", o desprazer pode, sob certas circunstâncias, ser integrado como a mediaçãode um prazer mais abrangente.
Deparamo-nos, assim, com a possibilidade de qr,re a tematização do prazerconduza a razão pura finita em direcção a um terreno de determinação que muitopouco, ou nada parece ter em comum com o domínio de puros conceitos teóricos e
práticos, que delimitam a priori e objectir,amente o que se pode saber e como se deveagir. E este domínio que parece não mais caber na pura razão, o da üda, da totalidacleda razão não como ideia de sistema da razão pura, mas de um acordo do ânimo, oudo espírito consigo mesmo, ou até mesmo o da razão dotada de um coryo. Isto fazKant notar na Crítica do Juízo, "porquanto é incontestável", como aí se Iê, que "a úda,sem o sentimento do órgão corpóreo, é mera consciência da sua existência, mas não
li' "D* D^s Gefiihl, dzr-s aus clem Bewu8tsein dieser Ipraktischen] Notigung enspringt, [...] enthâlt also, als
Untenverfung uÌlter ein Gesetz, d.i. als Gebot (welches für das sinnlich-affizierte Subjekt Zrvang ankirndigt),ke ine Lrnt, sondem, so fern, vieÌmehr Unlust an der Handlung in sich." 14,1, y 361.
Ìiì " lNlegatiue Lust." (,A,A., V, 245).
um sentÌmentoforças ütais; pc
üda), e inibiçõentanto, no prõ
Na medidÊlosofia críticacomumfenóm,Não há, na razà
uma reflexão r-r
"Gemüt", no e
participe sem uligação necessá
intensiÊcado r(razão. Ou seja, r
"ânimo", ou "es
da crítica do jnrterminologia cc
5. O prazer r
A terminoteleologia-a co
de compreensium prazer prÌr(sublinha: "nãosentimento deTem, então. r-l
justificar este e!
e universaÌidaclda Crítica da R;.
fundam a consL
a experiência e
puro que fundre necessária. Es
't '[D]^ Leben oirdcs l\bhl- ocÌer Ifur sich aÌÌein :clemseÌben u:rcÌ
miissen." ({\. \'ls "[...] r'orn Erker
[...] statt fincle -:
)ora o caráctereÌltiÌnento queultes desprazero de qualquerrda de prazer.prazer quanto
são do próprioclo espírito ouder um prazerpaz de fazer aque não possaclade dejulgarr sublimidade.:r negativo",16tivo", o prazer
de e, por isso
é uma formaé a rnediaçãolo desprazer",rela rnediaçãoèitarnente aocoloca numa
LÌ, que não se
ìa perspectivaito ou ânimo,o a mediação
io do prazerio que muitotos teóricos e
corno se deveda totalidade1o ânimo, ourrpo. Isto faz
, que "a r.ida,rcia, mas não
enth:ilt :rlso, alsang ankiìndigt),
Soltre o signifiutdo antinómico do prazer ern Ka'nt 511
um sentimento de bem-estar ou de mal-estaç isto é, do favorecimento ou inibição das
forças r.itais; porque o ânimo é por si só inteiramente vida (o próprio princípio davida), e inibições ou favorecimentos der.'em ser procurados fora deste princípio e, noentanto, no próprio homem, ou seja, na ligação com o seu corpo."l7
Na medida em que pretende pronunciar-se acerca do fenómeno do prazet afilosofia crítica parece ser conduzida para além dos seus próprios horizontes e a lidarcom um fenómeno que, nos termos da crítica da razâoptrra, é exclusivamente empírico.Não há, na razão pura, lugar para algo de "misto", entre o sensível e o inteligível, parauma reflexão não-cognoscitiva e um sentimento nãoempírico. O conceito de ânimo,"Gemüt", no entanto, não se pode considerar algo de simplesmente misto, queparticipe sem mais de momentos empíricos e de outros puros. Nem a rnençào a umaIigação necessária com o corpo e a um "princípio de üda" que possa ser inibido ouintensificado responde à questão do prazer ao nível de exigência de uma crítica darazão. Ou seja, da perspectiva da crítica darazão pura teórica e prática, conceitos como"ânimo", ou "espírito", "intensificação", "ampliação" ou mesmo "üda" -termos típicosda crítica do juízo- não parecem mais do que metáforas que têm de ser traduzidas naterminologia conceptual da r azão.
5. O prazer dajudicação e os lirnites da filosofia cútica
A terminologia conceptuaÌ que permite enquadrar estes fenómenos centra-se nateleologia-a conformidade a fins-, na actiúdade dojuízo e na reflexão. Mas o princípiode compreensão crítica deste misto reside no conceito de um prazer não ernpírico,um prazer puro, da simples judicação. Enquanto prazer, é sem conceito, como Kantsublinha: "não há passagem, por meio de conceitos 1...], do conhecimento para osentimento de prazer e desprazer."Ì8 Mas enquanto puro não deriva da experiência.Tem, então, um estatuto puro mas não conceptual. Naturalmente, Kant procurajustificar este estatuto através do fenómeno do prazer estético, dotado de necessidacle
e universalidade sem conceito. É comparável às formas da sensibilidade da estéticada Crítica da Rnzão Pura, do mesmo modo puras e não conceptuais. Asim como estas
fundam a construção de conceitos matemáticos a partir da intuição pura, o prazerfundaa experiência estética. Análogo as formas puras da intuição, trata-se de um sentimentopuro que funda, não um conhecirnento, mas umajudicação a priori, porque universale necessária. Este é, em meu entender um dos resultados mais significativos da fìlosofia
tt " [D]^ Leben ohne cla.s C,efühl cles kôrpe rlichen Organs bloB Ben'u8tsein seiner Existenz, abcr kein Gefirhldcs Wohl- oder Ubelbefinclens, cl.i. der Befórclemng oder Hernrnung der Lebenskràfte sei; weil clas C,erniitfur sich allein ganz Leben (das Lebensprinzip selbst) ist, uld Flindernisse oder BeÍôrderungen zuBercÌemselben und doctr im Menschen selbst, rrithin in der Verbindung mit seinem Kórper, gesucht u,eldenmüssen." (A{, V 277).
Irl " ;. . .I vorn Erkelìn tÍìis zrur Gefirhl cÌer Lust und Unlust kein Úbelgang clu rch Bcgr-ìffe von Gegenstânclen
[...] statt finde[t]." (,A,A., )LX, 229).
512 Diogo Ferer
crítica. A abordagem crítica permite compreender o prazer estético simultaneamentecomo distinto do conhccimento conceptual ou da determinação objectiva daexperiência, por um lado, rnas também, por outro, distingui-lo do prazer empírico,enqlranto aquilo que é simplesrnente agradável. A actividade do juízo é então ligada a
um prazer puro. Porque o prazer é um sentirnento e escapa, na sua raiz, ao conceito,o prazer está ligado a uma actiúdade não conceptual. Por outro Ìado, porque o prazeré uma reflexão não conceptual acerca do estado do sujeito, pode falar-se de umaconsciência pura e não-conceptual do sujeito sobre o seu próprio estado enquantonão-conceptual, de uma faculdade que não é condição de possibilidade de nenhumconhecimento porque não é de todo condição cie experiência objectiva. Trata-se,além disso, de um acordo do sujeito simuÌtaneamente consigo mesmo e com o serÌ
objecto. O acordo entre faculdades não é um acordo apenas conceptual, cognoscitivoou com üsta à acção, mas um acordo reflexivo do sujeito consigo mesmo por via darepresentação do objecto. Tiata-se, aqui, do conhecido "liwe jogo" das faculdadescognoscitivas, corno que uma conceptualidade sem conceito, ou finalidade sem fim,cuja teoria não poderia aqui analisar com maior pormenor. Todos estes qualifrcativospermitem, contudo, pensar a ligação entre o prazer e a üda, e fornecem um quadroconceptual que Ìegitima criticamente o recurso a expressòes como "intensiÍìcação","ânimo" ou "princípio daüda".
Arazão pura como úda, entretanto, éarazâo pura especificamente antropológicaque, sem deixar de ser racional é essenciaÌmente mista. l'or isso, "o agradár'el é válidotarnbém para os animais irracionais; a beleza, somente para os hornens, i.e., seres
animais mas também racionais, embora tão.pouco meramcnte enquanto tal (porexemplo, como espíritos), mas simultaneamente como animais; o bem, contudo,é válido para quaÌquer ser racional em geral."re Nem a pura razão. que se presurneseja determinada unicamente por conceitos e pelo conhecimento, teórico e prático,nem a simples vida animal, destituída de todo o conceito, podem ser sujeitos de urnsentimento puro, como o prazer estético. O beÌo, e o correspondente pÍ:azer estéticoé um sent.imento quc mostra a razão pura como razão riva rnas, mais cspcciÊcamente.também como razão humana.
Deverá questionar-se então qual a característica específica do prazer estéticoque distingue a razão hurnana. O prazer estótico é dito o prazer do exercício puroe autónomo da faculdade de julgar (Beurteilung) . "Belo é o que agrada na merajudicação (ou seja, nem por rneio da scnsação empírica nem por meio de umconceito)."20 Que o prazer acompanha a judicação, e não juízos deterrninados indicaquc o que está em causa é a actividade, o exercício da faculdade, e não o seu resultadodeterminado. O resultado deterrninado gera conhecimento teórico ou princípios
Ìe "Annehmlichkeit gilt auch firr vernunftÌose Tiere; Schónheit nur firr Mensclten, d.i. tierische, aber docÌr
vcrnünftige Wesen, aber auch nicht blo8 als solche (2.8. Geister) sondem zugleich als tierische; das Gute
aber firrjedes venrúnftige Wesen iiberhaupt." (AA, V 210).20 "S.hò. ist clas, rvas in der trloíJcn Beurteilung (nicht in der Sinncnempfingung Sinnes noch durch eine:t
Begr iÍÍ) geÍãllt." (AA, V 306) . V tb. iltul.,267 .
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tieriscÌre, aber doclrls tierische; das Gure
es noch clurch einerr
Sobrc o sìgnificado antinóntico d,o prtner em Kant 513
para a acção, mas não prazer estético. Conforme se üì.r, a tese de Kant é quc o prazeracompanha, ou antes, acompanhou, num passado que poderíamos designar de passado
transcendental, a judicação que também é necessária para o juízo determinado c aconstituição determinante da experiência objectiva. Nojuízo estótico, por assim, dizetessa transcendentalidade -isto é, as condições de possibilidade dojuízo- são üvificadas,ou reactir'adas e, por isso, o prazer do exercício é novamente despertado. O prazcr puro,que não é nem sensível nem intelectual, sendo também os dois simultaneamente, é o
prazer do exercício da actividade própria do homcrn, a actiüdade da purajudicação,ou seja, a actividade de ligar singular e universal, sensível e inteligível. Esta ó exercícioautónomo, para o qual não estájá preüamente dado o universal a que se deve subsumiro particuÌar. Que a isto se cÌrama refÌexão Kant esclarcce ern duas passagens diversas.
"O prazer no belo não é nem o prazer do gozo, nerÌ o de uma actividade legaÌ, e
tão-pouco o da contemplação racional segundo as ideias, mas o da rnera reflexão."2l
O prazer da pura rcflexão é o especi{rcamente humano, que o distingue quer da sirnples
üda animal, quer da razâo pura indeterminada. Esta passagem deverá entretantoler-se à luz da muito conhecida definição, na introduçâo à Cntica doJuízo, da reflexãoao nível do juízo, isto é, do juízo reflexivo. "Se somente o particular é dado, para oqual a faculdade de julgar deve encontrar o universal, então a faculdade de julgar émerarnente reflexiva."22 Reflectir significa não só atender às faculdades do sujeito,como referi acima, ou também a actiüdade lógica de produzir o universal, mas é aactividade própria de procurar, numa actiüdade autónoma, o universal adequado ao
particulardado. O homem é, porconseguínte,arazão que liwementejudica, ou seja, naexperiência estética encontra-sc a ra'zào especificamente humana, cuja determinaçãomais própria parece ser, segundo Kant, a de "dever encontrar", ou procurar.
Poderá questionar-se se a teoria kantiana do prazer não representa uma instânciacrítica da própria filosofia transcendental, ou seja, da cisão entre o conceito e asensibilidade. O prazer aparece na Cntìca doJuízo, mas já de certo modo nos escritos
anteriores, conforme se üu, como a demonstração sensível da possibilidade de
um conhecimento onde a sensibilidade se encontra plenamente conceptualizada,sem deixar de ser sensibilidade ao particular e receptiüdade. A plenitude do prazerestético é como uma apresentação sensível do saber em sentido absoluto, marca da
sensibiÌização do conceito, ou seja, da exposição e fr"uição in concreto daideia.
"Dagegen ist die Lust arn Schónen u'eder eine Lust des Genusses, noch einer gesetzlichen Tâtigkeit, auchnicht der vernünftelnden KontemplatioÌr nach Ideen, sondern der bloBen ReÍÌexior-r." (44., Y 292).
"Ist aber nur das Besondere gegeberr, rvozu sie da.s Allgemeine Íìnden soÌI, so ist die Urteilskraft blo8reflektierend." (AA, V 179).