TURBO 12 SEMANAS PARA CONCURSOS DE ENFERMAGEM RESUMO DA SEMANA 02 Saúde da Mulher SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO (SHEG) CONCEITO: As complicações hipertensivas na gravidez são a maior causa de morbidade-mortalidade materna e fetal, sendo, no Brasil, a causa número um, ocorrendo em cerca de 10% de todas as gestações. A característica que define as síndromes hipertensivas na gestação (SHEG) é a pressão arterial igual ou maior que 140/90mmHg baseada na média de pelo menos duas medidas. Edema e proteinúria deixaram de ser parâmetros determinantes para a SHEG. ➢ CLASSIFICAÇÃO DE SÍNDROME HIPERTENSIVA • Hipertensão Gestacional: Detectada após a 20ª semana de gestação ou no início do puerpério, em mulheres previamente normotensas. o Transitória: desaparece até 12 semanas pós-parto o Crônica: mantém-se após este período • Pré-eclâmpsia: Detectada após a 20ª semana de gestação (exceto na mola hidatiforme), acompanhada de proteinúria significante e/ou edema de mãos e face. o Leve o Grave • Eclâmpsia: Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer quadro hipertensivos, não causados por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Pode ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato. • Hipertensão Crônica de qualquer etiologia • Pré-eclâmpsia / Eclâmpsia superposta à Hipertensão Crônica ➢ CUIDADOS DE ENFERMAGEM: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA • Encaminhar amostra de sangue e urina para avaliação laboratorial; • Controle dos sinais vitais maternos o Aferir a PA em DLE o Aferir de 1/1h • Explicar todos os procedimentos antes de efetuá-los; • Avaliação fetal também deve ser rigorosa: o BCF de 1/1h ou conforme necessidade (cardiotocógrafo) o Gestação pré-termo: Corticoterapia para maturação pulmonar fetal • Terapêutica com medicações de ação rápida, e que reduzam a PA de forma controlada (Hidralazina); o Verificar a PA 20 minutos após a administração; o Orientar sobre possíveis efeitos colaterais • Terapia anticonvulsivante com Sulfato de Magnésio; • Manter o ambiente tranquilo e silencioso; • Grades de proteção no leito, cabeceira elevada a 30º e DLE; • Nos casos de Eclâmpsia: o As vias aéreas precisam estar livres, a cabeceira elevada e a cabeça lateralizada para facilitar a remoção de secreções nasofaríngeas ( se necessário, aspirar); o Oxigenoterapia com cateter nasal ou máscara com O2 úmido a 5L/min;
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TURBO 12 SEMANAS PARA CONCURSOS DE ENFERMAGEM
RESUMO DA SEMANA 02
Saúde da Mulher
SÍNDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO
(SHEG) CONCEITO:
As complicações hipertensivas na gravidez são a maior causa de morbidade-mortalidade
materna e fetal, sendo, no Brasil, a causa número um, ocorrendo em cerca de 10% de todas as gestações.
A característica que define as síndromes hipertensivas na gestação (SHEG) é a pressão arterial
igual ou maior que 140/90mmHg baseada na média de pelo menos duas medidas. Edema e proteinúria
deixaram de ser parâmetros determinantes para a SHEG.
➢ CLASSIFICAÇÃO DE SÍNDROME HIPERTENSIVA
• Hipertensão Gestacional: Detectada após a 20ª semana de gestação ou no início do puerpério, em
mulheres previamente normotensas.
o Transitória: desaparece até 12 semanas pós-parto
o Crônica: mantém-se após este período
• Pré-eclâmpsia: Detectada após a 20ª semana de gestação (exceto na mola hidatiforme),
acompanhada de proteinúria significante e/ou edema de mãos e face.
o Leve
o Grave
• Eclâmpsia: Presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas ou coma em mulher com qualquer
quadro hipertensivos, não causados por epilepsia ou qualquer outra doença convulsiva. Pode
ocorrer na gravidez, no parto e no puerpério imediato.
• Hipertensão Crônica de qualquer etiologia
• Pré-eclâmpsia / Eclâmpsia superposta à Hipertensão Crônica
➢ CUIDADOS DE ENFERMAGEM: URGÊNCIA E EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
• Encaminhar amostra de sangue e urina para avaliação laboratorial;
• Controle dos sinais vitais maternos
o Aferir a PA em DLE
o Aferir de 1/1h
• Explicar todos os procedimentos antes de efetuá-los;
• Avaliação fetal também deve ser rigorosa:
o BCF de 1/1h ou conforme necessidade (cardiotocógrafo)
o Gestação pré-termo: Corticoterapia para maturação pulmonar fetal
• Terapêutica com medicações de ação rápida, e que reduzam a PA de forma controlada (Hidralazina);
o Verificar a PA 20 minutos após a administração;
o Orientar sobre possíveis efeitos colaterais
• Terapia anticonvulsivante com Sulfato de Magnésio;
• Manter o ambiente tranquilo e silencioso;
• Grades de proteção no leito, cabeceira elevada a 30º e DLE;
• Nos casos de Eclâmpsia:
o As vias aéreas precisam estar livres, a cabeceira elevada e a cabeça lateralizada para facilitar
a remoção de secreções nasofaríngeas ( se necessário, aspirar);
o Oxigenoterapia com cateter nasal ou máscara com O2 úmido a 5L/min;
TURBO 12 SEMANAS PARA CONCURSOS DE ENFERMAGEM
o Cânula de Guedel – não forçar introdução!
o 2 acessos venosos;
o SVD
SÍNDROME HELLP CONCEITO:
É uma das complicações que agravam o prognóstico da pré-eclâmpsia/eclâmpsia.
➢ SIGNIFICADO DO ACRÓSTICO HELLP
• H – Hemólisys (Hemólise)
• EL – Elevated liver (Elevação das enzimas hepáticas)
• LP – Low platelet (Queda do número de plaquetas)
➢ CLASSIFICAÇÃO DA HELLP
• HELLP completa:
o < 100.000 plaquetas/mL
o DHL > 600UI/L e/ou Bilirrubina > 1,2mg/dL
o TGO ≥ 70UI/L
• HELLP incompleta: Apenas um ou dois acima presentes
➢ QUADRO CLÍNICO
• Mal-estar geral, inapetência, náuseas e vômitos
• Dor epigástrica ou no quadrante superior direito