18 de Abril 2012 Sistemas de Impermeabilização ‘Boas Práticas’
18 de Abril 2012
Sistemas de Impermeabilização
‘Boas Práticas’
ÁGUA
principal factor de desgaste nas construções, pelo seu enorme poder de penetração
IMPERMEABILIZAÇÃO
Proteção contra a ação das águas - deve ser uma das
maiores preocupações na construção
Consequências da Ausência ou Uso Inadequado da Impermeabilização:
• compromete a durabilidade das edificações;
• rápido desenvolvimento de anomalias - degradação dos materiais;
• gera prejuízos financeiros;
• danos à saúde.
Citações Bíblicas revelam a utilização de betume como
impermeabilizante na Arca de Noé. (Génesis 6:14)
Há registos da utilização de Betume como ligante nas
construções de Babilónia – Jardins Suspensos de Babilónia
As tentativas de impermeabilização, na construção, vêm desde a antiguidade
O betume natural, onde disponível, era
utilizado como impermeabilizante em
edifícios, à parte de outras aplicações.
No inicio do séc. XX com o desenvolvimento industrial surgem:
Membranas Betuminosas Pré-Fabricadas.
Na década de 70, surgem os polímeros sintéticos, desenvolvem-se novos
sistemas de impermeabilização:
Betumes Modificados com Polímeros
Após a Revolução Industrial e com o surgimento da Arquitectura
moderna aparecem as Coberturas Planas (Terraços)
Começa-se por garantir a impermeabilização destas com um processo
de derramamento de BETUME.
• Resistir às cargas estáticas e dinâmicas actuantes sobre a impermeabilização;
• Resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retracção do suporte e revestimentos;
• Resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas ou
biológicas;
• Apresentar aderência, flexibilidade, resistência e estabilidade físico-mecânica compatíveis
com as solicitações atuantes;
• Adequar-se no que respeita às deformações do suporte apresentando-se com capacidade
de absorve-las.
Base Betuminosa
Base Sintética
Base Cimentosa
Base de ResinasSistemas de Impermeabilização deve:
“QUALIDADE É ADEQUAÇÃO AO USO”
É portanto fundamental conhecer as características mais importantes dos produtos
de forma a utilizá-los adequadamente para cada situação assim como conhecer as
particularidades da obra.
Constituída em 1968, a Imperalum foi a primeira empresa a produzir membranas
betuminosas para impermeabilização de edifícios em Portugal .
IMPERALUM
A Imperalum, com quarenta anos de experiência,
desenvolveu um suporte técnico ao mercado,
através do apoio a projectistas, arquitectos,
construtores e instaladores.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE BETUMINOSA
Membranas Pré-Fabricadas de Betume com Armaduras
Quanto ao tipo de betume, podem ser:
• Betume OXIDADO
• Betume MODIFICADO com polímeros
(APP - polipropileno atáctico | SBS - Estireno - Butadieno - Estireno | ou outros).
Quanto às armaduras, estas podem ser:
• Fibras de vidro;
• Feltros de poliéster (ou outros);
Acabamento superior
Mistura betuminosa
Armadura
Acabamento Inferior
Betume Polímeros Armaduras Acabamentos Aditivos
APP, SBS ou Outros
(NEO)
Fibra de vidro;
Poliéster; Alumínio.
Filme plástico;
Ardósia; Areia;
Alumínio.
Aditivo
Anti Raiz.
Oxidado ou de
Destilação
MEMBRANAS BETUMINOSAS - Constituição e Matérias-primas Principais
Alta resistência às temperaturas elevadasResistência aos U.V.
FILME DE POLIETILENO
FIBRA DE VIDRO
BETUME APP
FILME DE POLIETILENO
BETUME APP
POLYPLAS 30 (3,0 Kg/m2)
FILME DE POLIETILENO
FELTRO DE POLIÉSTER
BETUME APP
FILME DE POLIETILENO
BETUME APP
POLYSTER 40 (4,0 Kg/m2)
GRANULADO DE XISTO
FELTRO DE POLIÉSTER
BETUME APP
FILME DE POLIETILENO
BETUME APP
POLYXIS R40 (4,0 Kg/m2)
MEMBRANAS BETUMINOSAS - Constituição e Matérias-primas Principais
1. Funcionalidade
Coberturas de Acessibilidade Limitada
(acessível apenas para acções de manutenção e reparação)
Coberturas Acessíveis a Pessoas
Coberturas Técnicas
Coberturas Multiusos
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
Coberturas Acessíveis a Veículos
Coberturas Metálicas
Coberturas - Sistema Deck
Coberturas Multiusos
Coberturas Especiais
Coberturas Ajardinadas
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
2. Existência de protecção da impermeabilização
• Coberturas sem protecção;
• Coberturas com protecção leve (Ex: Membranas auto protegidas - xisto / alumínio)
• Coberturas com protecção pesada (Ex: Betonilha / lajetas apoiadas / seixo rolado)
3. Localização da camada de isolamento térmico
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
ISOLAMENTO TÉRMICO
Protecção das edificações contra variações térmicas
extremas.
Reduz a passagem de calor através dos
elementos construtivos
Impermeabilização
Lã Rocha | Pir
Barreira ao vapor
Suporte
Migração de vapor
te = 10º C
ti = 20º C
Δt = te - ti = 10ºC
Impermeabilização
Poliestireno extrudido
Suporte
Geotêxtil
Proteção final
Migração de vapor
te = 10º C
ti = 20º CΔt = te - ti = 10ºC
COBERTURA
SISTEMA TRADICIONAL
COBERTURA
SISTEMA INVERTIDO
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
• Cobertura Tradicional - com o isolamento térmico SOB o sistema de impermeabilização;
• Cobertura Invertida - com o isolamento térmico SOBRE o sistema de impermeabilização.
ISOLAMENTOS TÉRMICOS
POLIESTIRENO EXTRUDIDO (XPS)
COBERTURA SISTEMA TRADICIONAL
COBERTURA
SISTEMA INVERTIDO
LÃ DE ROCHA
Cob. Acessíveis
a Veículos
Cob.
Especiais
Cob. Acessíveis
a Pessoas
Cob. Acessibilidade
Limitada
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
• Laje
• Camada de Forma
Executada em Betão Leve ou Betão Celular - sobre o suporte que conferirá o
DECLIVE – min. 2% - necessário para dirigir a água para os locais de escoamento.
• Camada de Regularização
Betonilha resistente para protecção mecânica da camada de forma e sobre a qual
será aplicado o sistema de impermeabilização. Superfície limpa, afagada e isenta
de ressaltos e asperezas.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
SUPORTE
• Primário - emulsão betuminosa de aderência
• Membranas Betuminosas
SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
• A aplicação de membranas betuminosas de
impermeabilização deverá ser feita através da soldadura
pela introdução de calor de maçarico, sobre primário de
aderência.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
BOAS PRATICAS - APLICAÇÃO DO SISTEMA
Aplicação de emulsão betuminosa sobre o suporte como primário de aderência para membranas de impermeabilização
Aplicação com maçarico | Juntas de sobreposição
• As membranas deverão ser aplicadas com juntas de
sobreposição de 8 a 10 cm, longitudinal e
transversalmente, respectivamente.
• Por razões de segurança e durabilidade sugerimos que se
dê sempre preferência, em coberturas planas, à aplicação
de sistemas bi-capa.
• Em sistemas bi-capa, a membrana superior deverá ser
sempre a que possua maior resistência mecânica.
• Em sistemas bi-capa as duas camadas deverão ser
aplicadas no mesmo sentido, com as juntas desencontradas
– contrafiadas.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
BOAS PRATICAS - APLICAÇÃO DO SISTEMA
Sistema BICAPA – Telas CRUZADAS
Sistema BICAPA - Telas CONTRAFIADAS
• Em sistemas bi-capa as duas camadas deverão ser
sempre totalmente aderidas entre si.
• Em coberturas sem acabamento pesado, dever-se-á
aplicar sempre um sistema de impermeabilização
totalmente aderido.
• A aplicação em sistema independente tem a
desvantagem de, em caso de infiltração, permitir a livre
circulação da água sob o sistema de impermeabilização.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
BOAS PRATICAS - APLICAÇÃO DO SISTEMA
• Todos os pontos singulares deverão ser rematados de forma cuidada, fazendo utilização de
peças de remate adequadas – nomeadamente bocais em tubos de queda.
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
BOAS PRATICAS - APLICAÇÃO DO SISTEMA
Tubo de Queda
COBERTURA DE ACESSIBILIDADE LIMITADA
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
COBERTURA ACESSÍVEL A PESSOAS
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
COBERTURA ACESSÍVEL A VEÍCULOS
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
COBERTURA METÁLICA
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
COBERTURA AJARDINADA
IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS PLANAS
• Tipo de Suporte
• Acessibilidade da Cobertura (Funcionalidade)
• Avaliação Térmica
• Normalização / Certificação (Sistemas Homologados;
Directivas UEATc; Normas Europeias)
ANÁLISE DE TODOS OS FACTORES CONDICIONANTES
FABRICANTES, PRODUTOS E SISTEMAS
• Sistema de gestão da qualidade ISO 9001
• Sistema de gestão ambiental ISO 14001
• Marcação CE de membranas betuminosas
• Homologações e Documentos de Aplicação
FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
• O rigoroso controlo da execução da impermeabilização é fundamental para o seu desempenho.
Elaboração de um ”PROJECTO DE IMPERMEABILIZAÇÃO”
• Documento que deverá analisar as opções, definir sistemas, detalhar todos os elementos
construtivos significativos e ainda definir metodologias adequadas de aplicação.
ESCOLHA ADEQUADA DO SISTEMA DE IMPERMEABILIZAÇÃO
• Escolha do conjunto de materiais que, uma vez aplicados, garantam uma impermeabilização
eficaz e durável.
PROJECTOMATERIAIS
EXECUÇÃO
QUALIDADE
ENSAIO DE ESTANQUICIDADE
10 cm de água
72 horas
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE ANOMALIAS
DURANTE A OBRA
Perfuração das membranas por trabalhos de
instalação de equipamentos
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE ANOMALIAS
DURANTE A OBRA
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE ANOMALIAS
DURANTE A OBRA
PLANO DE MANUTENÇÃO
Definição do Plano de Manutenção
• Prever inspecções periódicas sistemáticas e programadas - Periodicidade – semestral
• As inspecções devem seguir listas de pontos a verificar (listas elaboradas/adaptadas
obra a obra)
Acções de limpeza;
Acções de inspecção visual
(Caleiras | Tubos de queda | Estado das juntas – (quando visíveis) |
Soleiras | Juntas de dilatação )
CONCLUSÃO
Uma boa impermeabilização com vida da útil alargada depende de:
• Tipo de obra
• Existência ou não de protecção térmica
• Existência ou não de protecção mecânica
• Localização – Ambiente
• Escolha adequada do sistema de impermeabilização
• Cuidados de Aplicação
• Acções de Limpeza
• Cuidados de Manutenção