DESENVOLVIMENTO
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCOESCOLA POLITCNICA DE
PERNAMBUCODESENVOLVIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E
ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE
GESSO, FORRO LISO EM PLACAS E REVESTIMENTO MANUAL.JULIANA DE
OLIVEIRA MELO0112454
ENGENHARIA CIVILTrabalho final da disciplina deEstgio Curricular
Supervisionado orientado pelo Prof. Carlos Welligton P. de A.
Sobrinho.Recife, maro de 2005UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCOESCOLA
POLITCNICA DE PERNAMBUCODESENVOLVIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE
CONTROLE E ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM ALVENARIA DE
BLOCOS DE GESSO, FORRO LISO EM PLACAS E REVESTIMENTO MANUAL.JULIANA
DE OLIVEIRA MELO0112454
ENGENHARIA CIVILTrabalho final da disciplina deEstgio Curricular
Supervisionado orientado pelo Prof. Carlos Welligton P. de A.
Sobrinho.Recife, maro de 2005
Orientador
Prof. Carlos Welligton Pires De Azevedo SobrinhoAGRADECIMENTOSA
Deus.
A minha me, Lcia, por anos de esforo e dedicao para realizao
deste sonho.
Ao Engenheiro Paulo Barbosa pela oportunidade e por grandes e
preciosas lies profissionais e de vida, as quais levarei sempre
comigo.
A meu querido mestre Rafael, pela pacincia, amizade e por ter
dividido comigo um pouco de sua grande experincia.
A minha supervisora, Fernanda, que o pouco tempo de convivncia
direta foi suficiente para transmitir sua honestidade e carter,
qualidades que a fazem uma pessoa especial.
E a todos os amigos e colegas de trabalho que no esto em
destaque, mas que, de alguma maneira, colaboraram para que este
relatrio se concretizasse.
RESUMODESENVOLVIMENTO DE PROCEDIMENTOS DE CONTROLE E
ACOMPANHAMENTO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS EM ALVENARIA DE BLOCOS DE
GESSO, FORRO LISO EM PLACAS E REVESTIMENTO MANUAL.Aluna: Melo, J.
O.Orientador: Sobrinho, Carlos Welligton Pires de AzevedoEscola
Politcnica de Pernambuco POLI/UPEA gipsita um mineral abundante na
natureza e como tal, existem jazidas espalhadas por muitos pases do
mundo. No Estado de Pernambuco uma das grandes riquezas minerais e
est concentrada na regio do serto do Araripe, e a partir dela que
se fabrica o gesso.
Tal material encontra a sua maior aplicao na indstria da
construo civil (revestimento de paredes, placas, blocos, painis,
etc) onde pode substituir outros materiais como a cal, o cimento, o
ao, a alvenaria e a madeira.
Os sistemas construtivos apresentados: Revestimento manual,
alvenaria de blocos e forro de gesso liso em placas esto detalhados
desde o recebimento do material no local de trabalho at sua execuo
propriamente dita.
So apresentados tambm todos os elementos necessrios para execuo
de cada um desses sistemas, detalhando em cada um sua
aplicabilidade e caractersticas tcnicas.Diante do exposto, notria a
grande produtividade e a praticidade dos sistemas construtivos,
aliado a isso o baixo custo que pesou na escolha dos construtores
por esta tecnologia e graas tambm a aceitao dos consumidores a esta
novidade que s tem a evoluir mais ainda.
Palavras-chaves: Gesso, sistemas construtivos, aceitao dos
consumidores.rea do conhecimento: Sistemas construtivos em
gesso
Visto do orientador: __________________________
SUMRIO1. Introduo
062. Objetivos
07
2.1 Objetivos gerais
07
2.2 Objetivos especficos
073. Cronograma de desenvolvimento das atividades
074. Reviso bibliogrfica
085. Desenvolvimento
09
Apresentao
09
Gipsita e gesso no Brasil
09
Produo de gipsita e gesso
12
Caractersticas e propriedades do gesso
16
A produo de pr-moldados de gesso
17
Meio ambiente
18
Sistemas construtivos
20
Forro gesso liso em placas
20
Alvenaria em blocos de gesso
28
Revestimento manual de gesso
33
Recebimento e estocagem dos materiais
39
Placas de gesso
39
Gesso de fundio
39
Blocos de gesso
40
Cola de gesso
41
Gesso de revestimento
41
6. Concluso
427. Recomendaes
438. Referncias bibliogrficas
44
Declarao da Empresa
1. INTRODUOAs aplicaes do gesso na construo civil vm crescendo
rapidamente nos empreendimentos, sejam de grandes ou pequenos
portes. O melhor que o mercado (construtores e consumidores) j
aceita sem preconceitos a insero deste elemento nos imveis, graas a
seu preo competitivo e sua versatilidade.
Dentre as vrias aplicaes do gesso, neste trabalho sero abordados
os sistemas construtivos mais usuais: Revestimento manual em pasta
de gesso, Forro de gesso liso em placas e alvenaria de blocos, onde
esto detalhados os procedimentos para recebimento de material e
execuo dos servios.
2. OBJETIVOS2.1 OBJETIVOS GERAISCapacitar o aluno no que se
refere ao recebimento do material gesso seja em forma de
revestimento, placas para forro lisas e blocos para alvenaria,
assim como, no acompanhamento da execuo dos servios.
2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS Procedimentos para recebimento e
estocagem do material na obra: fase inicial do processo, onde o
material chega na obra e deve ser recebido e armazenado
corretamente, para que suas caractersticas sejam mantidas at o
momento de sua aplicao. Acompanhamento dos sistemas construtivos:
no que se refere alvenaria em blocos, forro liso em placas e
revestimento manual, atentando para sua correta execuo e observao
de mo de obra.
3. CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADESAtividadesMs
010203040506
Reviso Bibliogrfica
Recebimento de material na obra
Acompanhamento de revestimento manual
Acompanhamento de forro de gesso liso em placas
Acompanhamento de alvenaria em blocos de gesso
Confeco dos relatrios parciais e finais
4. REVISO BIBLIOGRFICAA reviso bibliogrfica foi de grande valia,
at para analisar se a teoria est sendo aplicada na prtica.
Atravs do Manual do aplicador de gesso, que um material bem
prtico elaborado pelo SENAI/PE, foi possvel fazer essa
comparao.
Graas a esse embasamento de pesquisa pude avaliar e opinar
quanto ao correto procedimento executivo e quanto ao recebimento e
estocagem do material na obra. Os procedimentos de execuo dos
servios foram revisados, se adequando claro, realidade da obra.
importante salientar que toda a bibliografia consultada tem o
objetivo de fazer com que o construtor alcance em suas obras a
qualidade total, caracterstica diferenciadora fortemente exigida
pelo o mercado da construo civil.
Em vista disso, pode-se afirmar, que a consulta bibliogrfica
feita durante o perodo de estgio, bem como durante o curso
realizado na Universidade, foi fundamental para o aprendizado e o
entendimento dos diversos procedimentos utilizados nos servios de
construo.
5. DESENVOLVIMENTO
APRESENTAOA gipsita um mineral abundante na natureza e como tal,
existem jazidas espalhadas por muitos pases do mundo. No Estado de
Pernambuco uma das grandes riquezas minerais e est concentrada na
regio do serto do Araripe, e a partir dela que se fabrica o
gesso.
No seu estado natural a gipsita utilizada pela indstria
cimenteira e pela agricultura, embora para esta ltima receba a
denominao de "gesso agrcola".
Na fabricao de cimento portland a gipsita adicionada ao
clinquer, na proporo de 3 a 5 % em peso, com a finalidade de
retardar o tempo de pega. Na agricultura utilizada como corretivo
de solos alcalinos e tambm nos deficientes em enxofre.O gesso
encontra a sua maior aplicao na indstria da construo civil
(revestimento de paredes, placas, blocos, painis, etc) onde pode
substituir outros materiais como a cal, o cimento, o ao, a
alvenaria e a madeira. tambm muito utilizado na confeco de moldes
para a indstria cermica, metalrgica e de plsticos; em moldes
artsticos, ortopdicos e dentrios; como agente desidratante; como
aglomerante do giz e na briquetagem do carvo. Por sua resistncia ao
fogo empregado na confeco de portas corta fogo; na minerao de carvo
para vedar lmpadas, engrenagens e reas onde h perigo de exploso de
gases. Isolantes para cobertura de tubulaes e caldeiras so
confeccionados com uma mistura de gesso e amianto, enquanto
isolantes acsticos so produzidos com a adio de material poroso ao
gesso.GIPSITA E GESSO NO BRASILO Rio Grande do Norte foi o Estado
pioneiro no Brasil na produo de gipsita e gesso, e durante cerca de
20 anos, a partir de 1938, ocupou a posio de maior produtor
nacional, sendo as atividades conduzidas pelo Grupo Rosado. O
elevado capeamento, da ordem de 20 m, e a pequena espessura da
camada de gipsita, de apenas 5 m, inviabilizaram a continuidade da
atividade mineradora, especialmente aps a descoberta das jazidas de
Pernambuco, (DNPM, 1980). Na dcada de 1990 o DNPM tornou sem efeito
a concesso da qual era titular a empresa Gesso Mossor Ltda (Grupo
Rosado), e colocou a jazida em disponibilidade para lavra, porm a
mesma no atraiu nenhum investidor.
Desde os anos da dcada de 1960 que Pernambuco assumiu, e vem
mantendo, a posio de maior produtor nacional de gipsita. Isto pode
ser explicado pelo fato das suas minas apresentarem melhores
condies de lavra (menor razo de minerao e maior pureza do minrio);
mais adequada infra-estrutura (fcil acesso, vias de escoamento
asfaltadas e disponibilidade de energia eltrica); e ainda, uma
maior proximidade do mercado consumidor do que as da maioria dos
outros Estados produtores.
A regio produtora, que recebeu a denominao de Plo Gesseiro do
Araripe, situa-se no extremo oeste do Estado, a cerca de 700 km da
capital Recife, e abrange os Municpios de Araripina, Bodoc, Ex,
Ipubi, Ouricuri e Trindade, que representam 8,69% do territrio do
Estado e 2,98% da populao.A cadeia produtiva - composta por 28
minas de gipsita em atividade; 80 calcinadoras, cerca de 50% das
quais integradas verticalmente com fbricas de artefatos de gesso; e
30 unidades autnomas produtoras desses artefatos - gerou um
conjunto de atividades empresariais que exerce forte reflexo na
economia local e estadual, haja vista que o maior plo produtor
desses materiais no Pas. As minas e as instalaes de calcinao
existentes levaram Pernambuco condio de maior produtor nacional de
gipsita e gesso, com participao no perodo 1987-2000, sempre
superior a 94% e 96%, respectivamente, da produo nacional, segundo
estatsticas elaboradas pelo Departamento Nacional de Produo Mineral
- DNPM, a partir de informaes fornecidas pelas empresas do
setor.
As atividades seqenciais da cadeia produtiva constituem o mais
dinmico segmento da economia dos Municpios de Araripina, Trindade e
Ipubi. Estimativas do Sindusgesso indicam que em todo o Plo essas
atividades econmicas geram cerca de 12.000 empregos diretos, sendo
950 na minerao, 3.900 na calcinao e 7.150 na fabricao de
pr-moldados e 60.000 empregos indiretos.
A produo de gesso no Plo Gesseiro do Araripe teve incio graas ao
esprito empreendedor de alguns empresrios da regio que
identificaram no Sudeste do Pas, especialmente no Estado de So
Paulo, uma demanda reprimida pelo material e anteviram a
possibilidade de calcinar a gipsita utilizando os fornos das casas
de farinha de mandioca, atividade agro-industrial de grande tradio
na regio.Um outro fato que contribuiu muito para a consolidao do
parque produtor de gesso, ocorreu na segunda metade dos anos de
1970, quando o chamado gesso qumico ou fosfogesso, obtido como
subproduto na indstria de fertilizantes, por vantagem de preo,
substituiu a gipsita no parque cimenteiro do Estado de So Paulo, o
maior do pas, provocando uma grande reduo na demanda.
O crescimento do nmero de calcinadoras foi rpido, como tambm em
curto espao tempo perceberam os empresrios a convenincia e as
vantagens econmicas de no se restringirem produo e comercializao do
gesso, mas de buscarem a verticalizao dos seus empreendimentos
passando a produzir os pr-moldados, e outros derivados do
gesso.
Dentre estes produtos, as popularmente denominadas placas de
forro constituem hoje o que se pode chamar de mais democrtica
oportunidade de investimento da regio, haja vista a grande
proliferao de unidades produtoras, face ao pequeno volume de
capital necessrio para sua instalao. Estes empreendimentos, que
inicialmente se localizavam no permetro urbano, esto agora sendo
implantados, preferencialmente, na zona rural, seja por se
constituir em mais uma alternativa de renda para os pequenos, mdios
e at grandes proprietrios, seja em face das restries de ordem
ambiental impostas pelas Prefeituras, seja ainda atrados pelos
menores preos dos terrenos na zona rural.Como matria prima para a
construo civil, o gesso ainda pouco utilizado no Brasil. Outros
pases como Estados Unidos, Frana e Chile, utilizam at, pelo menos,
3,5 vezes mais. Os exemplos mostram como o uso do gesso pode ser
aumentado na construo civil no Brasil. Para isso duas condies so
necessrias:
A primeira que ele seja produzido com qualidade. Seja como gesso
de revestimento, argamassa para gesso projetado, placas para
forros, blocos para paredes, gesso de fundio ou qualquer outra
forma, as fbricas tm obrigao de produzi-los com qualidade. Elas
entenderam isso e esto cada vez mais aderindo ao Programa Setorial
da Qualidade do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do
Habitat PBQP-H.
A segunda condio ele ser bem aplicado. Sem desperdcios,
obedecendo ao procedimento de execuo e seguindo rigorosamente o
projeto.
PRODUO DE GIPSITA E GESSOO exame da srie histrica 1987 - 2000
(Tabela 1) evidencia uma tendncia contnua de crescimento da produo
de gipsita, muito embora apresentando a caracterstica peculiar de
alternar perodos de expanso com outros de retrao, especialmente
entre 1988 e 1994.
Neste perodo, a ampliao da produo/consumo de gesso possibilitou
aos mineradores superar os percalos enfrentados pela economia do
Pas e o aumento da utilizao do fosfogesso como substituto da
gipsita na indstria cimenteira, sobretudo em So Paulo.O perodo
compreendido entre 1994 a 1997 apresenta um crescimento anmalo da
produo de gipsita, mesmo quando se examina uma srie mais longa. A
anomalia se caracteriza, pelos nveis de crescimento alcanados, haja
vista que passou de cerca de 800.000 t em 1994, para 1.500.000 t em
1997, um aumento de 87,5%, em apenas trs anos. Este crescimento se
deveu tanto ampliao da produo de cimento quanto de gesso.
TABELA 1 PRODUO BRASILEIRA DE GIPSITA POR ESTADO
Ao final de 2000 existia no Pas um total de 65 minas, sendo 36
ativas e 29 paralisadas, assim distribudas: Pernambuco 47 minas,
das quais 28 ativas, Cear 4 minas (2 ativas); Maranho 8 minas
(apenas 1 ativa); Amazonas 1 mina (ativa); Tocantins 1 mina
(ativa); Bahia 3 minas (ativas); Piau 1 mina (paralisada). O nmero
relativamente elevado (45%) de minas paralisadas se deve,
sobretudo, existncia de dois grupamentos mineiros em Pernambuco
que, apesar de "agruparem" um total de 13 minas, somente duas so
produtivas, e tambm ao grande nmero de concesses paralisadas no
Maranho.Historicamente a produo nacional de gesso ocorre em cinco
Estados, sendo que nos ltimos anos esteve, praticamente, restrita a
Pernambuco e Cear. Ao longo do perodo em anlise, o Plo Gesseiro do
Araripe, especialmente os municpios de Trindade, Ipubi, Araripina e
Ouricuri, consolidou-se como principal produtor de gesso do Pas.
Levantamento realizado pelo DNPM em 2002 identificou a existncia de
cerca de 80 calcinadoras, que produzem cerca de 90% da produo
nacional de gesso, complementada pelas empresas Chaves S.A. Minerao
e Indstria atravs de sua coligada Stargesso Ltda (Cear), Gesso
Mossor (So Paulo), e Gessonorte (Tocantins).
TABELA 2 PRODUAO BRASILEIRA DE GESO POR ESTADO, 1987 - 2000
MINERAAOOs depsitos de gipsita do Araripe so os mais importantes
do pas porque apresentam uma reserva em cerca de 400 milhes de
toneladas, de alta pureza e grandes horizontes. A espessura do
corpo mineral e a relao minrio estril permitem uma extrao bastante
lucrativa.
A extrao do minrio na regio do Araripe realizada a cu aberto e
em forma de bancadas.
Na operao de desmonte, so normalmente utilizados marteletes para
perfurao, explosivos de mdia potncia, bombas dgua, caminhes, ps
carregadeiras, etc.
Aps o desmonte da bancada, os blocos maiores so fragmentados de
modo a ficar com o peso prximo a 40 Kg.
Esses fragmentos de minrio, mataces, so ento transportados para
o ptio de estocagem das calcinadoras onde sofrem o beneficiamento
de acordo com o processo de produo de cada uma.
CALCINAOO processo de calcinao da gipsita depende do tipo de
forno utilizado. De uma forma geral, os blocos de minrio passam por
diversas fases, a saber:
1. Britagem (britadores de mandbula e de martelos)
2. Calcinao
3. Moagem
4. Embalagem
So basicamente quatro os tipos de fornos utilizados pelas
indstrias gesseiras no Araripe:
Panela
Marmita
Rotativo tubular
Marmitas rotativos
FORNOS TIPO PANELAEsses fornos, em processo de extino do
Araripe, caracterizam-se pela forma de paneles de ao, so
circulares, abertos, de grande dimetro, e de pequena altura. Esses
equipamentos normalmente esto assentados sobre uma fornalha de
alvenaria, onde se utiliza lenha para combusto. Nos fornos panelas,
as ps agitadoras homogenezam a calcinao e, os controles de
temperatura e do tempo de residncia do material no forno so
realizados empiricamente, atravs da observao visual.
FORNOS TIPO MARMITAEsses equipamentos caracterizam-se pela forma
de paneles fechados (cubas), onde o calor gerado na parte inferior
conseguido com a queima de leo BPF ou de lenha.
Nestes fornos a temperatura pode ser controlada atravs de
pirmetros. Um sistema de palhetas internas, na cuba, garante a
homogeneidade do material.
FORNOS TIPO ROTATIVOEsses fornos caracterizam-se por terem a
forma de um tubo giratrio, so de ao e material refratrio, de grande
extenso e com uma grande extenso e pequena inclinao.
Nestes equipamentos, o minrio modo entra em contato direto com a
chama que sai de um maarico, no lado da alimentao. O minrio sendo
calcinado percorre, por gravidade, toda a extenso do forno e o
tempo de residncia controlado pela velocidade de rotao do tubo.
FORNOS TIPO MARMITA GIRATRIATm a forma de um tubo giratrio, so
de ao e material refratrio, com extenso dependendo do volume de
produo. Em alguns casos, tem seus controles automatizados que
seguem rigorosamente as instrues preestabelecidas atravs de
gerenciamento por computadores e em outros so operados
empiricamente.
Nestes equipamentos, o minrio modo no entra em contato direto
com a chama, em alguns casos o forno tem controle de tempo, de
temperatura e de perda de massa. Alguns destes fornos podem
apresentar controle da presso interna. O material permanece na cuba
e sua descarga intermitente.
Quando a calcinao realizada presso atmosfrica, o gesso obtido o
beta, e quando se d em equipamentos fechados, sob presso maior que
a atmosfrica, o gesso obtido o alfa, que um produto de aplicaes
mais nobres e que alcana preos mais elevados. No primeiro caso, o
processo realizado nos diferentes tipos de forno acima mencionados
e, no segundo, a calcinao se d num autoclave, com injeo de vapor,
ou por desidratao da gipsita em meio aquoso. Nesse ltimo processo,
a tecnologia empregada mais sofisticada e o controle de qualidade,
tanto a matria-prima quanto do produto final, bem mais rgido.A
variao da temperatura de calcinao permite que se obtenha gesso beta
com diferentes caractersticas diretamente relacionadas sua
utilizao: o gesso rpido ou de fundio e o gesso lento ou de
revestimento. Este, quando destinado aplicao manual no recebe
nenhum aditivo, porm para ser aplicado por mquinas de projetar
preparada uma argamassa base de gesso, com calcrio e cal. Existem
ainda os gessos cermicos, que uma variedade mais nobre do de
fundio, e o gesso filler, que corresponde frao de finos que se
recupera dos vapores que so lanados na atmosfera, durante a etapa
de calcinao.
CARACTERSTICAS E PROPRIEDADES DO GESSOAlgumas propriedades
especficas do gesso garantem um excelente desempenho quando este
material utilizado como aglomerante:
Elevada plasticidade da pasta
Pega e endurecimento rpido
Finura equivalente ao cimento
Pequeno poder de retrao
Estabilidade volumtrica
A propriedade de absorver e liberar umidade confere aos
revestimentos e paredes em gesso de uma elevada capacidade de
promover, no ambiente, um adequado equilbrio higroscpico, alm de
funcionar como inibidor de propagao de chamas, liberando molculas
dgua quando em contato com o fogo.
Por outro lado, devido a solubilidade do gesso e seus derivados
(1,80 g/L), a utilizao destes materiais ficam restritos a ambientes
interiores e onde no haja contato direto e constante com gua (reas
molhadas) e desde que se considere aspectos relevantes como:
Alto poder oxidante do gesso quando em contato com componentes
ferrosos;
Alto poder expansivo das molculas de etringita, formadas pela
associao do gesso com cimento em fase de hidratao;
Diminuio da resistncia, dos pr-moldados de gesso, com grau de
umidade absorvida;
A solubilidade e lixiviao com a percolao de gua constante.
A PRODUO DE PR-MOLDADOS DE GESSOOs pr-moldados de gesso como
blocos, placas e painis so produzidos a partir do gesso fundio e
gua.
Os pr-moldados so produzidos pelo processo de fundio da pasta de
gesso em matizes de ao inox e liga de alumnio. A pasta preparada a
partir de mistura de gesso com a gua em misturadores eletromecnicos
ou manualmente.
Aps a moldagem os pr-moldados so secados naturalmente e
estocados. A garantia de qualidade dos pr-moldados de gesso
conseguida pelo controle de qualidade do gesso, e da gua utilizadas
na preparao da pasta.
As operaes unitrias envolvidas no processo de produo dos
pr-moldados consistem basicamente em:
Preparao da pasta
Fundio
Secagem
Seleo
Estocagem
Os principais tipos de pr-moldados de gesso so as placas (60x60
e 65x65), nas quais alguns fabricantes agregam caractersticas
diferenciadas como hidrofugadas reforadas com fibra de vidro,
texturizadas e acsticas. Os blocos so elementos de vedao vertical,
empregados na construo de paredes e divisrias internas, no
portantes e utilizados em todos tipos de construo: residenciais,
comerciais e industriais.As chapas, ou painis, acartonados
consistem, em linhas gerais, de uma lmina de gesso entre duas de
papel carto.Existem as chapas standard (ST), preparadas apenas com
gesso, aditivos e carto, as chapas resistentes umidade (RU), que
recebem um tratamento com hidrofugantes e as chapas reforadas (RF),
nas quais o gesso recebe o reforo de fibra de vidro. Outros
produtos de gesso para construo civil so a massa corrida; massa
texturizada; a cola; e o contrapiso autonivelante.De menor
importncia econmica, porm, muito fabricados no Plo, so os
denominados bloquetes ou tijolos de gesso, com os quais esto sendo
construdas muitas residncias e galpes industriais.MEIO
AMBIENTEHistoricamente a principal fonte de energia calorfica para
os fornos de calcinao tem sido a lenha. Com o progressivo
fortalecimento dos princpios conservacionistas, as indstrias
passaram a enfrentar obstculos cada vez mais consistentes para
continuarem a utilizar a lenha como energtico. Haja vista que o
desmatamento tem provocado a diminuio gradativa da biodiversidade,
com extino de espcies animais e vegetais; o empobrecimentio do
solo; bem como contribudo fortemente para a diminuio da sua
capacidade de reteno de gua, o que leva acelerao do processo de
eroso. A exausto da caatinga est fazendo com que as fontes de
suprimento de lenha se situem cada vez mais distantes e os preos se
tornem cada vez mais elevados.A conscientizao do empresariado, sob
a influncia da ao fiscalizadora repressiva dos rgos ambientais,
ensejou que a maioria das empresas passasse a utilizar o leo pesado
tipo BPF, ou assemelhados. Todavia, o grande aumento de preo deste
derivado do petrleo a partir de 1999 fez com que um grande nmero de
empresas voltasse a consumir lenha. Em 2001 tiveram incio algumas
experincias de utilizao do gs GLP, cujas chances de sucesso foram
bastante reduzidas face poltica de preos adotada pelo Governo
Federal para produto.
Em 2002 esto em curso experincias com outro energtico - o coque
de petrleo e ocorreu uma forte retomada do consumo de lenha. A
curto e mdio prazo pouco provvel que seja viabilizada a oferta de
gs natural, o que exigiria a extenso de gasodutos por cerca de 600
km.O nvel de poluio no interior das unidades fabris bastante
elevado nas empresas menores; e bastante reduzido nas de maior
porte. Vale registrar, porm, que ainda grande a quantidade de
partculas lanadas na atmosfera com efeitos danosos ao meio
ambiente, bem como que existe pouca conscincia do perigo que
representam para a sade dos trabalhadores a poluio por essas
partculas e pelos gases de combusto.
A abertura das cavas das minas nos moldes em que realizada
atualmente, gera um forte impacto ambiental que pode ser mitigado
atravs da sua recomposio com o prprio material do capeamento
estril, semelhana do que j est sendo realizado com sucesso na lavra
de calcrio para cimento existente no lado cearense da Chapada do
Araripe.
SISTEMAS CONSTRUTIVOS FORRO DE GESSO EM PLACAS
um processo destinado s vedaes horizontais (rebaixamento de
tetos), aplicado internamente nas edificaes residenciais,
comerciais, indstrias, escolas e hospitais. Tem como componente de
gesso as placas, o gesso de fundio e a junta de dilatao.Trata-se de
um sistema fcil e prtico de montar, possibilitando desta forma uma
maior produtividade no processo de vedaes horizontais com baixo
custo.
COMPONENTES DO FORRO DE GESSOPara montagem do forro com placas
de gesso so necessrios os seguintes materiais e equipamentos:
Placa de gesso para forro
Gesso em p
gua;
Arame galvanizado;
Estopa de sisal;
Rgua de alumnio;
Desempenadeira de ao;
Serrote;
Linha de nilon;
Esptula;
Martelo
Perfis ou juntas de dilatao Furadeira com broca para furo em
concreto;
Rebitadeira;
Rebite;
Prego;
Mangueira de nvel;
Linha de algodo e p xadrez ou aparelho prprio para marcao com
linha;
Andaimes;
Escala ou trena;
Vassoura;
Placas de gessoAs placas so fabricadas por processo de moldagem,
apresentando superfcies lisas ou decoradas e encaixe tipo macho e
fmea.As placas devem atender as especificaes tcnicas devido a NBR
12.775.
Especificaes TcnicasDETERMINAES FSICAS/MECNICASUNIDADESEXIGNCIAS
DE NORMA
Dimensesmm600 2,0 ; 650 2,0
Largura do reforo lateralmm>25
Espessura do reforo lateralmm3,0 1,0
Espessura da regio centralmm12,0 2,0
Massa especificaKg/m>950
Resistncia flexoMpa>3,0
Resistncia do elemento de fixaoN>260
Deflexo diagonalmm