Bruna Silva Fernandes da Costa Farmacêutica Clínica pelo Instituto do Coração - HCFMUSP Especialista em Cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo Especializanda em Gestão Pública pela Universidade Aberta do SUS e Doutoranda em Ciências Médicas pela FMUSP Síndrome Metabólica
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Bruna Silva Fernandes da Costa
Farmacêutica Clínica pelo Instituto do Coração - HCFMUSP
Especialista em Cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo
Especializanda em Gestão Pública pela Universidade Aberta do SUS e
Doutoranda em Ciências Médicas pela FMUSP
Síndrome Metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Conceito
A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo,
sendo representado por um conjunto de fatores de riscos
cardiovasculares geralmente relacionados á deposição central
de gordura e a resistência a insulina. A SM associada a
doença cardiovascular existente, aumenta a mortalidade geral
em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em torno de 2,5
vezes.
SÍNDROME METABÓLICA - Conceito
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica
Arq Bras Cardiol 2006; 84(1 supl.1): 1-27
Conjunto de várias outras doenças classicamente bem
definidas que não apresentam sintomas característicos.
SÍNDROME METABÓLICA - Conceito
Traz comorbidades e múltiplas consequências como
resposta.
Fisiopatologia da Síndrome Metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Fisiopatologia
Obesidade visceral ou central;
Hipersensibilidade aos glicocorticóides;
Elevados níveis plasmáticos de glicose que induzem o
pâncreas a liberar excesso de insulina (hiperinsulinemia);
Aumento da secreção de angiotensina;
SÍNDROME METABÓLICA - Fisiopatologia
Aumento da secreção de interleucina-6 (IL-6), citocina
inflamatória.
Aumento de triglicerídeos (TG) que pode comprometer a
viscosidade sanguínea, aumentando o risco cardiovascular;
Redução do colesterol HDL, fundamental para realizar o
transporte reverso do colesterol e que apresenta também
efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e vasodilatadores
(aumenta a síntese de óxido nítrico).
Epidemiologia da Síndrome Metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Epidemiologia
Prevalência da Síndrome Metabólica em 8814 americanos.
Prevalência Mundial da Síndrome Metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Epidemiologia
Nível de proteína C reativa x componentes da síndrome metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Epidemiologia
Níveis circulantes de adiponectina e doença arterial coronariana
SÍNDROME METABÓLICA - Epidemiologia
Diagnóstico da Síndrome Metabólica
SÍNDROME METABÓLICA - Diagnóstico
SÍNDROME METABÓLICA - Diagnóstico
Síndrome dos Ovários Policísticos
Acanthosis Nigricans
Doença Hepática Gordurosa não
Alcoólica
Microalbuminúria Estados Pró Trombóticos
Estados Pró Inflamatórios
Disfunção Endotelial
Hiperuricemia
Condições clínicas e fisiopatológicas frequentemente associadas
SÍNDROME METABÓLICA
Diagnóstico clínico e avaliação laboratorial
1. História Clínica
Idade, tabagismo, prática de atividade física, história
pregressa de hipertensão, diabetes/diabetes gestacional,
HIPERTENSÃO ESTÁGIO III > OU IGUAL A 180 > OU IGUAL A 110
HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA > OU IGUAL A 140 > OU IGUAL A 90
Marques, 2013.
• Ocorre geralmente em consulta de rotina;
• Após aferir em diferentes situações;
• Sempre observar (stress, dor, uso de cafeína, estimulantes...)
• Considerar a Síndrome do jaleco branco
Diagnóstico da HAS
Medida da pressão arterial
A HAS é diagnosticada pela detecção de níveis
elevados e sustentados de PA pela medida casual. A
medida da PA deve ser realizada em toda avaliação por
médicos de qualquer especialidade e demais profissionais
da saúde.
➢ MAPA - auto medida da PA
➢ MRPA - medida residencial da PA
Diagnóstico da HASMedidas da Pressão Arterial
Diagnóstico da HASMedidas da Pressão Arterial
Diagnóstico da HASMedidas da Pressão Arterial
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
Aferindo a Pressão Arterial na Prática
❖ O diagnóstico é consequência dos achados de pressão arterial
sistematicamente acima dos valores de referência. A medida de PA
deve ser obrigatória em todo paciente no momento da consulta
médica, farmacêutica ou outras especialidades;
❖ Embora a HAS seja assintomática, alguns pacientes relatam:
palpitações, cefaléia, tonturas, diminuição da capacidade física e
escotomas;
Diagnóstico da HAS
Diagnóstico da HAS
❖ Devem ser considerados além dos valores de HAS, outros fatores
de risco cardiovasculares, determinando a presença de lesões em
órgãos alvos e identificando as comorbidades associadas;
❖ Essa abordagem deve ser realizada através de anamenese e
exame físico, associado a avaliação laboratorial: hematócrito,
glicose, potássio, cálcio, triglicerídeos, HDL e LDL colesterol, uréia e
creatinina, análise de urina e ECG.
Diagnóstico da HAS
❖ O diagnóstico da HAS primária, depende da exclusão de qualquer
doença que concorra para o aumento da pressão arterial com uma
de suas manifestações clínicas, incluindo nefropatias, hipertensão
renovascular e endocrinopatias;
❖ Pacientes que apresentem sistematicamente valores de pressão
arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg em pelo menos duas
medidas por consulta, em pelo menos duas ocasiões distintas,
deverão ser considerados hipertensos.
❖ Teste de esforço;
❖ Ultrassom renal/artérias renais;
❖ Tomografia renal/supra-renal;
❖ Arteriografia renal;
❖ Biópsia renal;
❖ Raio X de tórax;
❖ Renina plasmática;
❖ Catecolaminas urinárias;
❖ Cortisol;
Exames complementares
Não medicamentoso
Redução de peso: todos os pacientes com peso acima do ideal
(IMC), devem perder peso;
Consumo moderado de bebidas alcoólicas: não deve ultrapassar
30g para homens e 15g para mulheres (valor contido em 60 mL de
bebida destilada, 240 mL de vinho ou 720 mL de cerveja);
Atividade física: 30 minutos por dia na maioria dos dias de semana;
Tratamento da HAS
Tratamento da HASNão medicamentoso
Restrição de sal: a média de consumo de sal é em torno de 10g/dia
a 12g/dia. Aconselha-se um consumo não superior a 1Kg de sal ao
mês em uma família de cinco componentes adultos;
Suspensão do tabagismo: o tabagismo deve ser abolido;
Padrão alimentar ideal: o estudo DASH (Dietary Approachs to Stop
Hypertension), preconizou uma dieta com frutas, verduras,
derivados do leite desnatados, redução de gorduras saturadas e
colesterol;
Tratamento da HAS
Tratamento da HAS➢ Decisão para tratamento medicamentoso
Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial
Tratamento da HAS➢ Decisão para tratamento medicamentoso
Tratamento da HASPrincípios gerais para o tratamento medicamentoso:
➢ O medicamento deve ser eficaz por via oral;
➢ Deve ser bem tolerado;
➢ Administração do menor número possível de tomadas diárias
(dose única diária);
➢ Utilizar menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica,
podendo ser aumentada gradativamente e/ou associar a outro hipotensor de
classe farmacológica diferente (levando em conta que quanto maior a dose, maior
a possibilidade de efeitos indesejáveis);
➢ Instruir o paciente sobre a doença, sobre os efeitos colaterais dos
medicamentos utilizados e sobre a planificação e os objetivos terapêuticos;
➢ Considerar condições socioeconômicas;
Tratamento da HAS
Monoterapia Inicial
Diuréticos
Beta bloqueadores
IECA
Antagonistas de Ca++
Antagonistas da A-IIResposta Inadequada1. Aumentar a dose
2. Substituir a monoterapia
3. Adicionar segunda droga
Resposta InadequadaAdicionar terceira droga
DIURÉTICOS
Situações favoráveis à utilização dos DiuréticosPacientes idosos;
Pacientes da raça negra;
Pacientes obesos;
Relevância do baixo custo;
Ingestão elevada de sal;
Patologias renais com retenção de sódio;
Mecanismo Antihipertensivo➢ Reduzem as reservas corporais de sódio;
➢ Reduzem a volemia e débito cardíaco;
➢ A longo prazo, o débito normaliza;
➢ A longo prazo, reduzem a resistência vascular periférica;
DIURÉTICOS
Diuréticos Tiazídicos
➢ Hidroclorotiazida, Clortalidona
Mecanismo de açãoInibem o Co-transporte de Na+ e Cl- no túbulo contorcido distal;
Vantagens: baixo custo e efetivos e boa absorção por via oral;
DIURÉTICOS
Diuréticos de alça são reservados para situações de hipertensãoassociada a insuficiência renal com taxa de filtração glomerular abaixode 30 ml/min.
Diuréticos poupadores de potássio: apresentam pequena eficáciadiurética, mas, quando associados aos tiazídicos e aos diuréticos de alça,são úteis na prevenção e no tratamento de hipopotassemia.