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SIGNIFICADO DA BA DEIRA DA EUROPA ARSENE HEITZ é um artista (morreu nonagenário em 2004(?)) que viveu e trabalho na cidade de Estrasburgo. Embora o seu nome não seja conhecido, pelo grande público uma das suas criações desfralda-se ao vento como símbolo de todos os europeus. De facto, em 1950 o CONSELHO DA EUROPA lançou um concurso de ideias para escolha do desenho da futura bandeira da recém-nascida COMUNIDADE EUROPEIA. Heitz - entre muitos outros artistas gráficos - concorreu com várias propostas (entre 1950 e 1955) das quais foi escolhida aquela que todos conhecemos: UM "SOL" DE DOZE ESTRELAS SOBRE FUNDO AZUL (foi assim no início com 7 países e continua hoje com 27 e amanhã com mais) Nos finais da década de oitenta, numa entrevista a uma revista francesa, Heitz revelou como surgira e tinha sido a génese da sua inspiração. Na altura do concurso - contou ele - eslava a ler a história das aparições na rua du Bac, em Paris, da Santíssima Virgem, hoje também conhecida como "Virgem da Medalha Milagrosa" ; foi assim - testemunhou o artista - que nasceu a concepção ganhadora de doze estrelas, em círculo, sobre fundo azul, tal como é representada na iconografia tradicional das imagens da Imaculada Conceição. No início, :Heitz aceitou esta "ide ia " como mais uma outra qualquer - entre as muitas que flúem na imaginação de um artista - porém ela despertou- lhe de tal forma o seu interesse que veio a tornar-se motivo de meditação durante toda a sua vida. Heitz não viveu como um beato "milagreiro", mas sim como alguém que passou a saber escutar Deus no seu íntimo, ou seja, rezava com o coração e a cabeça. Naquela entrevista declarou ser um homem profundamente religioso, devoto da Virgem, a quem - nem um dia - deixava de rezar o "Terço", acompanhado por sua mulher. Daí, concluiu ele. terem confluído - na sua inspiração - além da sensibilidade artística, aquelas vozes silenciosas que o céu sempre pronuncia sobre os homens que procuram Deus. Este artista gráfico, quase no final da vida e no zénite da sua carreira, pôde portanto confessar ao entrevistador - com a garantia da autenticidade que concede essa fase final da vida, quando as coisas que interessam são muito poucas e apenas as mais importantes - considerar-se um homem que amava todas as outras pessoas, mas especialmente a Santíssima Virgem. É verdade que nem as estrelas nem o azul da bandeira são propriamente símbolos religiosos, facto que permite respeitar as consciências de todos os europeus, quaisquer que sejam as suas crenças. Aliás quando Paul M. Lévy - primeiro director do Serviço de Imprensa e Informação do Conselho da Europa - teve que justificar aos Membros da Comunidade Europeia o significado do desenho escolhido fê-lo dizendo que o símbolo das doze estrelas era representativo do "número da plenitude", e não do número de países, pois na década de 50 nem sequer eram doze os membros do Conselho da Europa ou da Comunidade Europeia.
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Significado da Bandeira da Europa

Jun 12, 2015

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Joao Paulo Reis
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Page 1: Significado da Bandeira da Europa

SIGNIFICADO DA BA DEIRA DA EUROPA

ARSENE HEITZ é um artista (morreu nonagenário em 2004(?)) que viveu e trabalho na cidade

de Estrasburgo. Embora o seu nome não seja conhecido, pelo grande público uma das suas

criações desfralda-se ao vento como símbolo de todos os europeus.

De facto, em 1950 o CONSELHO DA EUROPA lançou um concurso de ideias para escolha do

desenho da futura bandeira da recém-nascida COMUNIDADE EUROPEIA.

Heitz - entre muitos outros artistas gráficos - concorreu com várias propostas (entre 1950 e 1955) das

quais foi escolhida aquela que todos conhecemos:

UM "SOL" DE DOZE ESTRELAS SOBRE FUNDO AZUL

(foi assim no início com 7 países e continua hoje com 27 e amanhã com mais)

Nos finais da década de oitenta, numa entrevista a uma revista francesa, Heitz revelou como surgira e

tinha sido a génese da sua inspiração. Na altura do concurso - contou ele - eslava a ler a história

das aparições na rua du Bac, em Paris, da Santíssima Virgem, hoje também conhecida como

"Virgem da Medalha Milagrosa" ; foi assim - testemunhou o artista - que nasceu a concepção

ganhadora de doze estrelas, em círculo, sobre fundo azul, tal como é representada na iconografia

tradicional das imagens da Imaculada Conceição. No início, :Heitz aceitou esta "ideia " como mais

uma outra qualquer - entre as muitas que flúem na imaginação de um artista - porém ela despertou­

lhe de tal forma o seu interesse que veio a tornar-se motivo de meditação durante toda a sua vida.

Heitz não viveu como um beato "milagreiro", mas sim como alguém que passou a saber escutar

Deus no seu íntimo, ou seja, rezava com o coração e a cabeça.

Naquela entrevista declarou ser um homem profundamente religioso, devoto da Virgem, a quem

- nem um só dia - deixava de rezar o "Terço", acompanhado por sua mulher.

Daí, concluiu ele. terem confluído - na sua inspiração - além da sensibilidade artística, aquelas

vozes silenciosas que o céu sempre pronuncia sobre os homens que procuram Deus.

Este artista gráfico, quase no final da vida e no zénite da sua carreira, pôde portanto confessar ao

entrevistador - com a garantia da autenticidade que concede essa fase final da vida, quando as coisas

que interessam são já muito poucas e apenas as mais importantes - considerar-se um homem que

amava todas as outras pessoas, mas especialmente a Santíssima Virgem.

É verdade que nem as estrelas nem o azul da bandeira são propriamente símbolos

religiosos, facto que permite respeitar as consciências de todos os europeus, quaisquer

que sejam as suas crenças. Aliás quando Paul M. Lévy - primeiro director do Serviço de

Imprensa e Informação do Conselho da Europa - teve que justificar aos Membros da

Comunidade Europeia o significado do desenho escolhido fê-lo dizendo que o símbolo das

doze estrelas era representativo do "número da plenitude", e não do número de países, pois

na década de 50 nem sequer eram doze os membros do Conselho da Europa ou da

Comunidade Europeia.

Page 2: Significado da Bandeira da Europa

Todavia na alma de Heitz tinham estado sempre presentes as palavras do Apocalipse de S. João:

"Apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, com a lua a Seus pés e uma

Coroa de doze estrelas na cabeça", símbolo que toda a tradição da igreja sempre o interpretou como

evocativo da figura da Virgem Maria e da Igreja escatológica.

Mas há mais "coincidências"! Sem disso talvez se darem conta, os delegados dos ministros

europeus adoptaram por unanimidade o símbolo proposto por Heitz- apenas após algumas

reticências iniciais - oficialmente, na reunião plenária realizada - imagine-se! - a 8 de

Dezembro de 1995. Este dia - como sabemos - é um dos mais importantes dias marianos em

que, na nossa Pátria e demais países católicos - e não só - se celebra a festa de NOSSA

SENHORA DA IMACULADA CONCEiÇÃO!

São muitos "acasos", que alegram os que têm "presença de Deus" e sabem ler os "sinais dos

tempos". Para nós, cristãos europeus, or1odoxos católicos, e demais Igrejas cristãs , não é difícil

descobrir a partir de agora entre as pregas ondulantes da bandeira da Europa o sorriso e o carinho da

"Nossa Mãe, Rainha da Europa", disposta dar-nos a Sua mão para vencermos o grande desafio

proposto pelos sucessores de Pedro, João Paulo 11 e Bento XVI:

RECRISTIANIZAR O VELHO CONTINENTE UNINDO À IGREJA CATÓLICA, AS

plFERENTES IGREJAS CRISTÃS, A COMEÇAR PELAS IGREJAS ORTODOXAS

Todos estes factos assumem para os portugueses especial significado, pois desde tempos muito

recuados a Virgem Maria - evocada como Nossa Senhora da Conceição - foi considerada

Padroeira e Raínha de Portugal. Aliás, a fé que caldeou a "civilização ocidental" e que constitui o

denominador comum mais significativo da história e cultura das nações europeias, espalhou-se por

todos os continentes graças também aos navegadores e missionários portugueses.

É por isso consolador podermos reconhecer na bandeira da União Europeia ­

expressão dos valores comuns dos povos europeus - o grande "Sinal Bíblico e

Mariano" evocativo da "Paz", "União" e "Vitória sobre o mal",

Para quê perdermos pois tempo a discutir sobre a necessidade ou a letra do

conteúdo de outros "preâmbulos" à Constituição Europeia, se podemos já - todos

os dias - ter presente aquele que é o seu mais simples e significativo símbolo

cristão, hasteado com solenidade e alegria nas ruas das nossas cidades?

Tradução comentada do artigo de Javier Paredes Alonso,

Publicado em 2411211989

Comentários J. Perloiro (1011212007)