MAR/ABR/MAI – 009 | | 1 Alcoa Um empreendimento no coração da Amazônia Turismo O que é que a Bahia tem Os planos da nova administração para manter clientes, atrair novos consumidores e aumentar vendas Shopping Panamby Jaraguá Shopping Panamby Jaraguá Os planos da nova administração para manter clientes, atrair novos consumidores e aumentar vendas Wilson Franciscão, gerente geral do Shopping Panamby Jaraguá
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Shopping Panamby Jaraguá Shopping Panamby Jaraguá · informação para eliminar erros de escrituração, reduzir custos e facilitar a fiscalização, a medida está orientada para
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MAR/ABR/MAI – �009 | | 1
AlcoaUm empreendimento no coração da Amazônia
TurismoO que é que a Bahia tem
Os planos da nova administração para manter clientes, atrair novos consumidores e aumentar vendas
Shopping Panamby JaraguáShopping Panamby Jaraguá Os planos da nova administração para manter clientes, atrair novos consumidores e aumentar vendas
Wilson Franciscão, gerente geral do Shopping Panamby Jaraguá
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MAR/ABR/MAI – �009 | | �
Orestes QuérciaPresidente da Panamby Empreendimentos e Participações Ltda.
Sob nova direçãoA mais recente novidade do Centro Empresarial de São Paulo fica por
conta da nova administração do Shopping Panamby Jaraguá, que passa
a estar sob responsabilidade da Lumine – Soluções em Shopping Centers,
empresa de consultoria, administração, planejamento e desenvolvimento
de shoppings centers.
Em seu currículo está a administração de empreendimentos em impor-
tantes cidades, particularmente no Estado de São Paulo, do interior e capi-
tal como o Shopping Jardim Sul, o Boulevard Tatuapé e o D&D – Decoração
e Design Center. Novas ações serão desenvolvidas pela nova administrado-
ra do Shopping Panamby Jaraguá no sentido de atender as necessidades
de consumidores, atrair o público em potencial da região e aumentar as
vendas para os lojistas.
Os detalhes estão na presente edição, que também apresenta uma
reportagem sobre o SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, que
substituirá os livros fiscais em papel por dados digitais. Considerada uma
grande mudança contábil em operação, através do uso da tecnologia da
informação para eliminar erros de escrituração, reduzir custos e facilitar a
fiscalização, a medida está orientada para as empresas sujeitas à tributa-
ção do Imposto de Renda com Base no Lucro Real, enquadradas no Acom-
panhamento Tributário Diferenciado, estimadas em aproximadamente 11
mil empresas.
Falando em grandes modificações, a descoberta de uma das maiores
reservas de bauxita do mundo, em Juriti, município localizado na margem
de direita do Amazonas provocou uma significativa alteração em termos de
desenvolvimento da região. A responsável pela exploração do minério é a
Alcoa. Nessa edição, você vai conhecer as ações da empresa para esclarecer
a população local, evitar danos ao meio ambiente e desenvolver esforços
conjuntos pelo desenvolvimento sustentável do município.
Nova também é a legislação sobre a contratação de estagiários, que a
princípio gerou dúvidas entre as empresas e foi responsável por uma redu-
ção significativa em termos de contratos desse tipo. Prova da importância
da comunicação no meio empresarial, uma cartilha de esclarecimento por
parte do Ministério do Trabalho ajudou as empresas a conhecer os detalhes
da nova lei, que trouxe mais segurança aos estagiários. Como se sabe, o
estágio representa uma fonte de renovação e de formação de profissionais
qualificados de que tanto o nosso mercado de trabalho necessita.
Espero que o leitor goste destes e de outros artigos que terão a opor-
colaboradores”, explica Vasconcellos. Ele acrescen-
ta ainda que “as companhias serão capazes de
superar as adversidades conjunturais à medida
que seus recursos humanos tiverem, em paralelo
ao conhecimento, muita disposição, criatividade,
serenidade e visão estratégica”.
Vasconcellos conta que, neste momento críti-
co, multinacionais européias e fundos de “private
equity” (capital de risco) batem à porta de sua
empresa em busca de profissionais brasileiros,
sem idade determinada, que saibam enfrentar
a crise e tenham disposição para trabalhar em
outros países. “O profissional brasileiro é flexível e
pode trabalhar em qualquer local do mundo”, diz
o executivo. Mas ele afirma, também, que, “por
outro lado, muitos executivos brasileiros que até
agora viviam na Europa e Estados Unidos estão
querendo voltar ao País”.
Para Arthur Vasconcelos, da CT- Partners, este é o
exato momento de resga-tar a criatividade, a ousadia responsável e a capacidade
de encontrar soluções
Profissionais procuram possibilidades múltiplas de desenvolvimento para atender o mercado
Arthur Vasconcellos, sócio da CT-Partners na América Latina
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Cautela ajuda a diminuir o risco do aplicador, porém, pode “cegar” o investidor e impedir que ele aproveite boas opor-tunidades de negócios, diz Cláudio José Carvajal Júnior
ECONOMIA |
Em 1� de setembro de �008, o mundo
mudou. Um grande banco norte-americano (o
Lehman Brothers) pediu concordata e se ins-
talou no mundo o pânico financeiro. Enquanto
as grandes economias mundiais caíam como
em um castelo de cartas, a população brasi-
leira acompanhava de perto a crise para saber
quando ela chegaria ao país. E crescia a incer-
teza em relação às alternativas para escolher
o melhor investimento pessoal nesse cenário
conturbado.
Para chegar à aplicação mais adequada
nesse momento de crise, foi necessário acom-
panhar os desdobramentos da turbulência. Não
demorou muito para que grandes empresas
globais, com operações no Brasil, começassem
a demitir e companhias nacionais, com fortes
operações exportadoras, a fazer cortes ou a dar
férias coletivas.
Diferente do que vem acontecendo em
economias mais desenvolvidas, as instituições
financeiras brasileiras estão protegidas contra
os solavancos da economia mundial, mas a cri-
se é geral e os investimentos pessoais ficam no
olho do furacão. Toda a expansão da economia
brasileira nos últimos anos estava ligada a esse
fenômeno mundial do dinheiro barato, crédito
maior, venda de automóvel, venda de TV de
tela plana, aumento do emprego. “Mas agora
há uma freada para arrumação, e muita gen-
te já está sofrendo”, avalia o especialista em
economia internacional, professor da Faculdade
de Economia e Administração da Universidade
de São Paulo (FEA-USP) e pesquisador da Fun-
dação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE),
Simão Davi Silber. Segundo ele, a cautela deve
prevalecer durante todo o ano de �009 e deve-
se evitar dívidas. “Vai ser um ano ruim para nós
também”, avalia o economista.
Os cuidados com osinvestimentos pessoaisEspecialistas explicam como chegar à aplicação mais adequada neste momento de crise
Para o coordenador dos cursos de Adminis-
tração da Faculdade Módulo e MBA Executivo
Internacional pela Universidade da Califórnia,
Cláudio José Carvajal Júnior, as crises econômi-
cas são fenômenos que se repetem ao longo
da história. “Com elas, podemos observar que
todas têm início, meio e fim”, afirma ele.
Para Carvajal, é nesta época de crise que
devemos rever os nossos investimentos pes-
soais. “É importante saber que a crise passa,
mas não sabemos quando ela acabará. As
grandes questões são como enfrentar os pe-
ríodos de oscilações, quais os melhores investi-
mentos para �009 e, principalmente, se é pos-
sível financiar os meus projetos ou é se melhor
esperar a crise passar”, afirma.
O primeiro passo é aumentar a cautela so-
bre os investimentos, ajudando a minimizar os
riscos das aplicações. Carvajal explica que, para
o investidor individual que não quer se arriscar
e prefere proteger seu capital das oscilações, os
fundos de renda fixa passam a ser uma opção
ainda mais atraente. Para quem pretende inves-
tir mais de �0 mil reais, existem opções de CDB
(Certificados de Depósito Bancário) com rentabi-
lidade interessante. Já para quem pode investir
uma quantia maior, os fundos de Depósito In-
terfinanceiro (DI) apresentam baixo risco e, se os
“Então, o ideal é que os estagiários contratados es-
tejam cursando o penúltimo ano da faculdade”, diz
Fernanda. Ao longo do período de estágio, eles rece-
bem treinamento adequado à formação acadIemica
de cada um e precisam concluir dois projetos.
O treinamento inclui cultura da empresa, gestão
de projetos, técnicas de apresentação e uma série
de conteúdos específicos da cada área.
No primeiro ano, há um projeto multideparta-
mental. Por exemplo, o lançamento de um produto
ou qualquer tema que envolva todas as áreas da
formação. No segundo ano, eles devem fazer um
projeto de responsabilidade social. E no final, esse
Boehringer Ingelheim: uma das melhores empresas para estagiarprojeto deve ser apresentado à diretoria.
Fernanda Coutinho explica que o programa de
formação sempre é acompanhado por uma pessoa
de recursos humanos e por um exponsor, responsá-
vel para dar suporte aos grupos de estagiários nos
projetos.
Na seleção de estagiários, diz a gerente de RH,
são importantes a boa formação, bom desempenho
no histórico escolar e domínio do inglês. As carac-
terísticas comportamentais também precisam estar
alinhadas à cultura da empresa: “gosto pelo trabalho
em equipe, ter energia e paixão pelo que faz, inte-
resse pelo aprendizado.”
O programa Geração BI é estratégico para em-
presa. Ele tem tanto o objetivo de formar e dar opor-
tunidade para futuros profissionais, quanto o de ali-
mentar os quadros da corporação. “Nós trabalhamos
para que o quadro integral das posições juniores
seja completado pelos estagiários que preparamos.
Em �008, ��% das posições juniores do Centro Em-
presarial e da fábrica foram preenchidas por nossos
estagiários”, afirma Fernanda.
A gerente de RH avalia positivamente a nova
legislação de estágios: “Somos muito a favor da
nova lei. A formação deve ser o principal objetivo
do estágio. Se o estagiário não tiver tempo para se
dedicar à faculdade, ele não fará um bom curso e,
consequentemente, não terá uma formação básica.
sólida. E nesse aspecto a lei é muito mais incisiva”.
Mas é importante ressaltar que boa parte
das empresas que participaram da pesquisa da
Mercer entendeu que a nova lei favorecerá o
amadurecimento dos programas de estágio. Uma
fatia de �9% das empresas que responderam
à pesquisa entendeu que o impacto da nova
lei será positivo, pois, com a redução da carga
horária, a formação educacional será valorizada,
com maior disponibilidade para o estudo. A nova
lei exigirá também maior organização e compro-
metimento com o programa, principalmente por
parte dos supervisores para cumprirem as avalia-
ções e relatórios obrigatórios. As empresas men-
cionaram a desvinculação entre cargo efetivo e
cargo de estagiário, em função da carga horária
e, para algumas empresas, a nova lei não implica
mudanças significativas, e sim reforça os princí-
pios das políticas existentes. “É bom lembrar que
muitas organizações estruturam os seus progra-
mas de estágio como uma fonte importante de
identificação e desenvolvimento de potenciais
profissionais”, diz William Bull.
Para o executivo da Mercer, a nova lei exigi-
rá maior organização e comprometimento com
o programa de estágio, principalmente por parte
dos supervisores para cumprirem as avaliações e
relatórios obrigatórios. “Neste sentido, cremos que
a legislação acarreta um avanço na medida em
que promove uma saudável discussão sobre a real
função dos programas de estágio”, diz Bull.
As empresas ouvidas são dos mais varia-
dos setores – bancos, indústria automobilística,
química, alimentação, comunicação, entre ou-
tras. “Há que se pensar nas estratégias de capi-
tal humano das empresas quando o assunto é
programa de estágio. Muitas empresas sabem
que estruturar este programa significa contar
com uma importante fonte de identificação e
desenvolvimento de potenciais profissionais”,
explica Ana Paula Henriques, consultora sênior
de capital humano da Mercer e uma das co-
ordenadoras da pesquisa. “Oferecer um pacote
atraente e disputar os melhores, inclusive na
fase de estágio, tornará a empresa competitiva
agora e no futuro”, finaliza.
Dados recentes do censo do Inep/MEC �007
apontam que no Brasil existem 8.�64.816 matri-
culados no ensino médio e 4.880.�81 no nível su-
perior. Somente 9% dos jovens entre 18 e �4 anos
ingressaram em uma faculdade. Mas desses 1�,1
milhões, somente 6,8% conseguem um estágio.
Empresarial14 | | MAR/ABR/MAI – �009
Fernanda Coutinho, gerente de RH da Boehringer Ingelheim
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A felicidade dos clientes é sua grande aliada no sucesso dos negócios
ATITUDE |
POR ROBERTO SHINYASHIKI
“
”
Pense bem. Todas as empresas vendem
mais ou menos os mesmos produtos e os mes-
mos serviços. Os médicos receitam os mesmos
remédios, os restaurantes oferecem a mesma pi-
canha maturada e creme de papaia com licor de
cassis na sobremesa. O que faz o cliente decidir
entre eles? Respondo num segundo: a capacida-
de de fazê-lo feliz.
Quando decidimos onde passar as férias,
na maioria das vezes meus filhos pedem para
ir a um hotel-fazenda no interior de São Paulo.
Não é sofisticado nem bonito. Poderíamos ir a
outro hotel ou à praia. Ao falar em férias, porém,
a turma prefere ir para lá. Meus filhos adoram
o hotel. Sentem-se felizes lá. Eu e minha espo-
sa também. Os funcionários nos chamam pelo
nome, procuram facilitar nossa diversão, nosso
conforto. Nos arredores, há um hotel cinco-estre-
las com instalações luxuosíssimas. É mais barato,
mas está sempre meio vazio. Pior: os olhos dos
clientes não brilham quando falam do hotel.
Quando um pediatra é um sucesso, pode
ter certeza de que ele faz as pessoas sentir-se
felizes. É competente como médico e como ser
humano. Atende as crianças de um jeito especial
e ajuda os pais a estar seguros de que os pimpo-
lhos ficam em boas mãos. Os olhos desses pais
brilham ao falar do médico. E é esse brilho que
leva os outros a procurá-lo.
Conheço médicos e dentistas que se preocu-
pam em telefonar para os clientes no dia seguin-
te à consulta para saber como estão passando,
se os remédios deram certo. Esses, com certeza,
terão sempre clientes fiéis, porque é muito bom
saber que o profissional se preocupa conosco.
Sei, por exemplo, que algumas equipes
médicas do Hospital das Clínicas de São Paulo
passam telegramas para os clientes quando eles
não aparecem nas consultas. Imagine um hospi-
tal público fazer isso! O paciente volta, com certe-
za, porque sente que o médico está preocupado
com ele, que é importante.
Talvez você seja um psicólogo e seu consul-
tório esteja vazio. Você, que é uma pessoa muito
legal e conhece muito bem a teoria do atendi-
mento psicológico, está sem clientes. O que será
que está faltando? Que o cliente sinta cumplici-
dade entre vocês, perceba que você realmente
se importa com ele. Isso fará brilhar os olhos dele
ao falar de você com os outros.
Profissionais que não se envolvem acabam
atuando como se quisessem apenas o dinheiro
da consulta e nada mais. Com qual deles você
ficaria? Qual deles faria brilhar seus olhos?
O que cria o sucesso não é o produto ou ser-
viço, e sim o brilho nos olhos dos clientes quando
falam da empresa ou do profissional.
Será que os olhos de seus clientes brilham
quando falam de você?
Será que os olhos de seus clientes brilham
quando saem de sua loja?
O brilho do olhar é um sinal definitivo de
que vocês estão jogando no mesmo time.
Roberto Shinyashiki é psiquiatra, palestran-
te e autor de 14 títulos, entre eles: Sempre em
Frente, Os Segredos dos Campeões, Tudo ou
Nada, Heróis de Verdade, Amar Pode Dar Certo,
O Sucesso é Ser Feliz e A Carícia Essencial (www.
clubedoscampeoes.com.br)
O que cria o sucesso não é o produto ou serviço, e sim o brilho nos olhos dos clientes quando falam da
empresa ou do profissional.
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Shopping Panamby Jaraguá tem nova administraçãoAs ideias dos novos administradores para incrementar os resultados dos lojistas
Por Fernando CaldasFotos: Paulo Bareta
SERVIÇOS |
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| SERVIÇOS O Centro Empresarial de São Paulo destaca-
se por ser um empreendimento corporativo que
possui seu próprio shopping. Espaço comum a to-
dos os blocos do complexo, o Shopping Panamby
Jaraguá oferece às empresas e ao público em ge-
ral uma grande variedade de lojas e de serviços.
A grande novidade deste ano é que o Shop-
ping Panamby Jaraguá está sob a administração
da Lumine – Soluções em Shopping Centers, em-
presa de consultoria, administração, planejamen-
to e desenvolvimento de shopping centers.
Com longa experiência em consultoria e
gestão em toda a cadeia da indústria de shop-
ping centers, a Lumine conta com profissionais
especializados nas áreas de gestão, engenharia,
arquitetura, comercial, recursos humanos, marke-
ting, tecnologia da informação, análise financeira
e controladoria.
Com passagens por diversos empreendimen-
tos em todo o Brasil, a Lumine marca presença
particularmente no Estado de São Paulo, em im-
portantes cidades do interior e na capital, onde
administra, entre outros, o Shoping Jardim Sul,
o Boulevard Tatuapé e um dos mais charmosos
centros de decoração e design da América Lati-
na, o D& D – Decoração e Design Center.
A nova administradora do Shopping Panam-
by Jaraguá desenvolve, implementa e acom-
panha os orçamentos de geração de caixa dos
empreendimentos, os planos e calendários de
marketing, bem como as rotinas, os planos e os
cronogramas de operação, explica o diretor da
Lumine Marcelo Nabih Sallum.
EstratégiasO Panamby Jaraguá é um shopping cen-
ter de uso misto que combina fatores como a
otimização de espaço, conveniência e conforto
para os usuários, redução de deslocamentos ur-
banos e sinergias no processo construtivo. Esse
conceito foi implementado de forma pioneira,
maximizando o aproveitamento dos fluxos in-
ternos e gerando valorização recíproca para to-
dos usuários.
A nova administração já traçou um plano
estratégico, que visa fidelizar o público fixo
através de ações inovadoras. “Implantar novas
operações que venham agregar ao mix do sho-
pping, atendendo as necessidades dos consu-
midores do Centro Empresarial, com vistas a in-
Shopping Panamby Jaraguá tem nova administração
crementar e otimizar os resultados dos lojistas,
são alguns dos objetivos desse plano”, segundo
Wilson Franciscão, gerente geral do Shopping
Panamby Jaraguá.
Público diferenciadoNo Centro Empresarial de São Paulo há uma
população fixa de aproximadamente 1� mil pes-
soas, além de um público circulante de cerca de
� mil pessoas/dia. Esse é um público fixo de con-
sumidores com bom poder aquisitivo, pois é for-
mado por funcionários, pela alta gerência e por
diretores de mais de �0 empresas que operam
no complexo empresarial.
Para esse público, estuda-se detalhadamente o
mix do shopping: cerca de 70 lojas, �0 restaurantes,
cafeterias e nove agências bancárias. O fluxo do
estacionamento é de cerca de 1� mil veículos/mês.
Franciscão destaca ainda o desenvolvimento
de ações de merchandising, exposições culturais e
lançamentos de produtos. No que diz respeito à
comunicação visual, o público pode aguardar al-
gumas novidades. Outros aspectos que merecerão
atenção especial da nova administração são o pai-
sagismo no mall e a sonorização ambiente.
Segundo o gerente do shopping, além da
dedicação e do cuidado com os detalhes nas ta-
refas operacionais do dia-a-dia, a interação com a
comunidade será objeto de permanente atenção
da nova administração.
Wilson Franciscão, gerente geral do Shopping Panamby Jaraguá
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Juruti está situada na margem direita do
rio Amazonas, no extremo Oeste do Estado do
Pará. Como na maioria das cidades ribeirinhas da
região amazônica, o foco da economia local sem-
pre esteve voltado para atividades tradicionais,
como o cultivo da mandioca, a pesca, a pecuária
e demais tipos de extrativismo.
Fatos recentes, entretanto, modificaram radi-
calmente este quadro. A descoberta de uma das
maiores reservas de bauxita do mundo (cerca de
700 milhões de toneladas métricas) em solo juru-
tiense transformou as perspectivas de sua popula-
ção, estimada em �8 mil habitantes pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desafio da comunicaçãoO projeto da Alcoa, maior produtora mundial
de alumínio, para operar a mina de Juruti teve ori-
gem em �000, quando começaram a ser feitos os
primeiros estudos de impacto ambiental. Em agos-
to de �00�, foram concedidas pelas autoridades
estaduais as licenças de instalação. E, em junho de
�006, tiveram início as atividades de construção
do empreendimento, que engloba a infraestrutura
para a lavra e beneficiamento do minério de bau-
xita, um terminal portuário e uma ferrovia.
Para implantar empreendimento desse porte
em uma região de difícil acesso, com forte incidên-
cia de chuva e restrições impostas pela legislação
ambiental, foi preciso mobilizar a comunidade local,
esclarecer aspectos do projeto e realizar entendi-
mentos para promover esforços conjuntos em prol
do desenvolvimento sustentável do município.
Várias reuniões preliminares e audiências
públicas foram realizadas com lideranças comu-
nitárias, instituições públicas e privadas e outras
partes interessadas. A Alcoa não só participou de
audiências públicas em Juruti, Belém e Santarém,
reunindo quase oito mil pessoas, como promoveu
dezenas de reuniões com grupos menores, man-
tendo permanente diálogo com representantes de
mais de cem comunidades de Juruti.
Por meio dessas audiências, a empresa le-
vou informações sobre o empreendimento para
os moradores, que assim puderam tirar suas
dúvidas e apresentar sugestões ao projeto. De
acordo com a companhia, a comunicação e o diá-
logo fazem parte da sustentabilidade. “Sempre
tratamos nossas informações, nossas notícias,
como tema de interesse público. Temos a obriga-
ção de dialogar com o morador jurutiense, pois
acreditamos na licença social que é conquistada
diariamente pelo nosso trabalho.”
A Alcoa comprometeu-se a utilizar ao menos
70% da mão-de-obra da região. Além disso, os
investimentos da companhia representam uma
forte alavanca para os empreendores locais. Es-
tima-se uma movimentação de cerca de R$ 1,7
bilhão na contratação de serviços e de fornece-
dores para a construção da unidade de Juruti.
As resistências iniciais de setores da comuni-
dade local ao projeto da mina de bauxita foram
gradualmente superadas em razão do reconheci-
mento dos benefícios do empreendimento para o
conjunto do município. Geração de empregos e au-
mento das oportunidades de trabalho para a po-
pulação local; capacitação dos empresários e dos
trabalhadores locais; melhoria da infraestrutura
urbana (asfalto, iluminação etc.) e dos serviços pú-
blicos de educação, saúde e segurança são alguns
benefícios da presença da Alcoa no município.
Pesquisa de opinião pública realizada pelo
IBOPE- Instituto Brasileiro de Opiniões e Pesquisa
em Juruti, de 19 de Janeiro a 1o de Fevereiro de
�008, demonstra que atualmente a quase totalida-
de (89%) da população do município encara de for-
ma positiva a instalação da mina de bauxita pela
Alcoa. A maioria absoluta (�4%) é expressamente
favorável à iniciativa e outros ��% a aceitam e não
manifestam restrições ao empreendimento.
SUSTENTABILIDADE |
Instalações da Alcoa em Juruti
PortoUm terminal portuário com capacidade para aco-
modar navios de 7� mil toneladas, localizado a dois
quilômetros do centro da município e à margem do
rio Amazonas.
BeneficiamentoAs instalações industriais da área de beneficiamento
de bauxita estão situadas a cerca de 60 quilômetros
da cidade, erguidas nas proximidades do platô Capi-
ranga, a primeira área a ser minerada.
Ferrovia e rodoviaA ferrovia com aproximadamente �0 quilômetros de
extensão operará com 40 vagões, cada um com ca-
pacidade de 80 toneladas. Para a Rodovia Estadual
PA ��7 são previstas melhorias como asfalto e ciclo-
vias, nos trechos que atravessam áreas habitadas.
Um pacto no coração da AmazôniaAlcoa e comunidade de Juruti (PA) firmam compromisso em favor do desenvolvimento sustentável
Instalações da Alcoa na área de beneficiamento de bauxita
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Relacionamento com a comunidadeO reconhecimento da população baseia-se
em diversas ações de relacionamento com a co-
munidade implementadas pela companhia para
envolver os agentes nas ações dos Planos de
Controle Ambiental (PCAs), da Agenda Positiva e
das próprias obras da Mina de Juruti.
A Alcoa está envolvida em �� programas
que integram os Planos de Controle Ambiental
(PCAs), abrangendo ações de monitoramentos do
clima, ar, ruídos, águas, conservação da flora e
fauna, produção de mudas, educação ambiental,
atendimento medicosanitário e educacional, se-
gurança pública, valorização e resgate da cultura
local e apoio à elaboração do Plano Diretor do
Município de Juruti, entre outras.
A Agenda Positiva – ações complementa-
res voluntárias da Companhia que beneficiam
diretamente a comunidade local – atende aos
principais anseios manifestados pelos próprios
jurutienses e assegura melhorias nas áreas de
saúde, educação, cultura, meio ambiente, infra-
estrutura urbana e rural, segurança, justiça e
assistência social.
Todas as iniciativas são implementadas
mediante parcerias com o poder público, orga-
nizações não-governamentais e a própria comu-
nidade. Parcerias institucionais que garantem o
desenvolvimento de projetos estratégicos como
a criação do Conselho Juruti Sustentável.
Participação comunitáriaEm agosto de �008, foi criado o Conselho
Juruti Sustentável (Conjus), órgão consultivo e
observador do conjunto de atividades promo-
vidas pelo poder público, movimentos sociais e
empresas para o desenvolvimento sustentável
do município. O colegiado do Conselho é forma-
do por representantes de três empresas, três
representantes do poder público e nove da so-
ciedade civil, além de dois suplentes para cada
representante.
No Conjus, oito câmaras técnicas captam e
debatem as demandas sociais para subsidiar o
conselho nas áreas de Saúde; Educação; Meio
Ambiente; Segurança; Infraestrutura e Sanea-
mento; Cultura e Turismo; Desenvolvimento Ru-
ral, Economia e Trabalho; e Cidadania, Criança e
Adolescentes.
Atualmente está em discussão a criação,
dentro do Conjus, de uma rede de bases comu-
nitárias, que será o braço forte do Conselho nas
demandas das comunidades rurais. Moradores de
várias comunidades rurais de Juruti manifestam
sua vontade de participar das discussões sobre
o futuro do município. A idéia da rede é que as
comunidades estejam organizadas em pólos, com
representantes eleitos pelos próprios moradores.
O principal desafio desses mecanismos de
participação é o engajamento das comunidades,
do poder público e das instituições nas discus-
sões em favor do desenvolvimento sustentável.
“Desenvolver um empreendimento de mine-
ração de bauxita na região amazônica seguindo
os mais elevados padrões de saúde, segurança
e meio ambiente e, acima de tudo, buscando
um novo paradigma de relacionamento com a
comunidade, tendo como base a sustentabilida-
de, foi o desafio que a Alcoa assumiu no municí-
pio de Juruti, Oeste do Estado do Pará”, sustenta
a direção da companhia.
Programas de controle ambientalA Alcoa atua em �� programas dos Planos
de Controle Ambiental (PCAs), disponibilizando
recursos da ordem de R$ �0 milhões. Várias
ações de caráter compensatório foram apre-
sentadas e discutidas junto às instituições, lide-
ranças e comunidades. Dessa maneira, diversas
comunidades rurais de Juruti estão participando
há cerca de um ano e três meses do programa
de criação de peixes em tanques-rede, batiza-
do de “Gaiolas Flutuantes”, mantido pela Alcoa
como forma de garantir o consumo e a comer-
cialização, gerando emprego e fonte de renda.
Em outras comunidades rurais os moradores
foram capacitados e trabalham no programa de
agricultura familiar para a produção de horti-
frutis, tanto para a subsistência quanto para a
comercialização.
Outra iniciativa de caráter compensatório é
a implantação de sistemas agroflorestais (SAFs),
que consiste em aplicar, junto aos moradores,
técnicas sustentáveis sobre o uso e manejo da
terra, onde plantas de ciclo longo (árvores frutí-
feras e de madeira de lei, arbustos, pupunha e
outros) são plantadas junto com o cultivo agríco-
la de ciclo anual, como feijão, milho, arroz, man-
dioca, melancia e hortaliças, entre outros.
Um pacto no coração da AmazôniaAlcoa e comunidade de Juruti (PA) firmam compromisso em favor do desenvolvimento sustentável
O Programa de Valorização e Revitalização do Patrimônio Cultural resgata antigas tradições e apoia o desenvolvimento econômico das comunidades engajadas.
Instalações da Alcoa na área de beneficiamento de bauxita
Por meio do projeto Gaiolas Flutuantes, comunidades ribeirinhas garantem a segurança alimentar e incremento na renda familiar: alguns produtores já comercializam os peixes
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Patrimônio culturalOutro trabalho importante desenvolvido junto
às comunidades tradicionais é o programa de va-
lorização e revitalização do patrimônio cultural, com
foco no artesanato. O objetivo é capacitar os arte-
sãos para o desenvolvimento de peças de cerâmica
e bijuterias com a utilização de recursos ambientais,
inclusive com a inclusão de jovens no trabalho. Pro-
gramas de coleta de frutos e sementes, de viveiros
e de criação de animais silvestres em cativeiro tam-
bém são oferecidos aos moradores.
Ainda, por meio do Programa de Desenvolvi-
mento Comunitário Solidário de Juruti – denomina-
do Pajiroba – o Instituto de Cidadania Empresarial
(ICE), em parceria com o Instituto Camargo Corrêa e a
Alcoa vêm incentivando a produção rural, bem como
a artesanal, em dez comunidades, capacitando cerca
de 100 famílias. A iniciativa visa estimular a cadeia
produtiva da mandioca, a diversificação de culturas,
a atividade artesanal e a formação da governança
local.
Diferentes populações antigas moraram em
Juruti. A descoberta foi possível por meio dos estu-
dos realizados a partir de �00� pela Alcoa. Foram
encontrados 8� sítios arqueológicos com a presença
de vestígios de antigos objetos, como fragmentos
de cerâmica e de pedra datados de cerca de dois
mil anos antes de Cristo. Os resgates e análises do
material encontrado ocorreram entre �006 e �007
durante salvamento dos sítios Terra Preta 1 e Terra
Preta �, região onde foi instalado o Porto da Alcoa
Mina de Juruti.
Por meio desse trabalho, a Scientia Consul-
toria, empresa que executa os Planos de Controle
Ambiental (PCAs) da Alcoa nas áreas de Prospecção
e Resgate Arqueológico, e Educação Patrimonial,
identificou um grupo ceramista antigo na região
chamado de Pocó, que está relacionado à região
tapajônica, extremamente importante pelo fato de
ser pouco conhecido na arqueologia. Trata-se de um
volume grande de material, aproximadamente 100
mil fragmentos cerâmicos em áreas escavadas.
A população local está sendo preparada para
lidar com a preservação do patrimônio cultural. Edu-
cadores da rede pública do município, artesãos e
oleiros participaram de cursos de Educação Patrimo-
nial. A idéia é que eles atuem como multiplicadores
do conhecimento sobre os sítios arqueológicos pre-
sentes na região de Juruti.
Responsabilidade socioambientalPesquisadores do Museu Paraense Emílio Goel-
di realizam o trabalho de monitoramento da fauna
e da flora no município, por conta dos Planos de
Controle Ambiental (PCAs). Esse trabalho avalia as
reais interferências do empreendimento da Alcoa
na região e o que pode ser feito para que sejam
minimizadas. A idéia é que se torne um projeto
modelo, um padrão de trabalho na Amazônia. O
salvamento de fauna e flora realizado pelos pes-
quisadores do museu vai possibilitar estudos apro-
fundados sobre os animais e plantas de Juruti.
Tracajás, pitiús, iaçás e tartarugas-da-amazônia
fazem parte do trabalho de manejo e conservação
desenvolvido com a participação voluntária de co-
munidades rurais de Juruti. A iniciativa e mais três
outros projetos ambientais compõem o Programa
de Manejo Integrado de Quelônios, uma parceria
da Alcoa com o Instituto Chico Mendes de Conserva-
ção da Biodiversidade (ICMBio) e Associação Brasilei-
ra para Conservação das Tartarugas (Pró-Tartaruga).
Em �008, o projeto fez o manejo de mais de 7.700
filhotes de quelônios, devolvendo-os às águas de
rios e lagos da região de Juruti.
A Alcoa atua no incentivo à manutenção de
unidades de conservação da região por meio do
Programa de Apoio à Conservação da Biodiversida-
de da Amazônia. O programa tem a duração de
cinco anos e receberá R$ � milhões das instituições
parceiras: Alcoa, Fundação Alcoa e a organização
ambientalista Conservação internacional (CI-Brasil).
Nesse período, o investimento será de R$ 400 mil
mensais, metade pela Fundação Alcoa e metade
pela CI-Brasil. A idéia é que, até �01�, seja criado
um fundo no valor estimado de R$ 60 milhões para
proteger as unidades de conservação da região.
Além disso, a Alcoa formalizou termo de
compromisso, até então inédito no Pará, e está
repassando, em parcelas, R$ �� milhões ao SNUC
- Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza. Criado pelo Conselho Nacional de Meio
Ambiente (Conama), o SNUC faz parte da mais re-
cente metodologia de compensação ambiental que
repassa recursos para manutenção de unidades de
conservação em todo o Brasil.
SUSTENTABILIDADE |
Em parceria com as comunidades ribeirinhas, o Projeto Quelônios da Amazônia promo-ve a conservação e manejo de tracajás, pitiús, iaçás e tartarugas-da-amazônia
MAR/ABR/MAI – �009 | | �1
Por Rita Gallo
Uma grande mudança contábil, que vai usar
a tecnologia da informação para eliminar erros de
escrituração, vai ganhar força e abrangência até o
final desde primeiro semestre: o SPED – Sistema
Público de Escrituração Digital será implantado em
um maior número de empresas. O sistema prevê a
substituição da emissão de livros contábeis em pa-
pel por dados digitais.
O SPED será adotado obrigatoriamente por em-
presas sujeitas à tributação do Imposto de Renda
com base no Lucro Real e que estiverem enquadra-
das no Acompanhamento Econômico-Tributário Di-
ferenciado. Estas empresas deverão entregar a ECD
(Escrituração Contábil Digital) em junho, referente ao
ano calendário de �008.
“Aproximadamente 11 mil empresas se enqua-
dram nessas exigências, principalmente aquelas que