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ENFERMIDADES TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
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Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

Jan 17, 2016

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AmadAmad

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MAPA
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ENFERMIDADES

TRANSMITIDAS POR

ALIMENTOS

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DOENÇAS DE ORIGEM

ALIMENTAR

• Os alimentos podem servir como veículos de agentes

patogênicos ao homem, através da:

– Multiplicação microbiana no alimento,

– Através de substâncias produzidas por esses agentes

(toxinas) ou ainda,

– Pela presença de substâncias nocivas ao homem como os

pesticidas, agrotóxicos entre outras.

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DOENÇAS DE ORIGEM

ALIMENTAR

•As doenças de origem alimentar, causadas por

microorganismos, se dividem em dois grupos principais:

•Intoxicações alimentares

• (ausência de febre)

•Consiste na ingestão de toxinas que foram pré- elaboradas

nos alimentos pelo crescimento de microorganismos

patogênicos.

•Os principais microorganismos responsáveis por este tipo de

gastroenterite são: Clostridium botulinum, Staphylococcus

aureus, Bacillus cereus e também alguns fungos produtores

de toxinas

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DOENÇAS DE ORIGEM

ALIMENTAR

• Infecções (presença de febre)

• Caracteriza-se pela ingestão do próprio

microorganismo presente no alimento, podendo

ocorrer das seguintes formas:

• Infecção – os microorganismos ingeridos,

aderem ao intestino(mucosa),colonizando-

o, podendo haver também a invasão dos

tecidos intestinais;

• Toxicoinfecção – a produção de toxinas dentro

do intestino.

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CARACTERIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR

ALIMENTOS

Agente

etiológico Período

de

incubaçã

o

Sinais e sintomas Principais alimentos

envolvidos Principais fatores que

contribuem para a ocorrência

de surtos

Bacillus cereus

(tipo emético)

30' a 5 hs Náuseas, vômitos,

ocasional- mente diarréia,

dores abdomi- nais

Arroz cozido ou frito, produtos ricos

em amido, molhos, pudins, sopas

Manutenção de alimentos prontos em

tem- po/temperatura inadequados

Bacillus cereus

(tipo diarréico)

8 a 16 hs Diarréia aquosa,dores abdo-

minais, náuseas, vômitos ra-

ramente

Carnes, leite, vegetais cozidos,

pro- dutos de cereais

Manutenção de alimentos prontos em

tem- po/temperatura inadequados,

reaquecimen- to insuficiente

Staphylococcus

aureus

1 a 8 hs nauseas, vômitos, dores ab-

dominais, diarréia, prostração

Produtos carneos, frango, produtos

de confeitaria, doces e salgados;

produ- tos muito manipulados

Contaminação do alimento por

manipulado- dores, equipamentos,

utensílios; manuten- ção de alimentos

prontos em tempo/tempe- ratura

inadequados

Clostridium

perfringens

8 a 22 hs dores abdominais intensas,

diarréia, gases

Carnes cozidas ou assadas,

molhos, sopas

Descongelamento em temperatura

inade- quada, resfriamento lento,

reaquecimento insuficiente

Salmonella spp 6 a 72 hs dores abdominais, diarréia,

calafrios, febre, nauseas,

vô- mitos, mal-estar, dores

mus- culares, cefaléia.

Carne bovina e de aves, produtos

à base de ovos crús (sem cocção)

Matéria-prima contaminada na origem,

contaminação cruzada de ingredientes

crús de origem animal, manutenção de

ali- mentos prontos em

tempo/temperatura ina- dequados.

Clostridium botulinum 2 hs a 8 dias vertigem, visão dupla ou

borra- da, boca seca,

dificuldade pa- ra deglutir,

falar, respirar; fra- queza

muscular, constipação,

dilatação das pupilas, parali-

sia respiratória, sintomas

gas- trintestinais podem

preceder os neurológicos.

Frequente-

Conservas (principalmente as

casei- ras) de vegetais, peixes,

carnes

Elaboração inadequada de alimentos

em conservas

mente evolui para óbito

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Agente etiológico Período

de

incubação

Sinais e sintomas Principais alimentos

envolvidos Principais fatores que

contribuem para a ocorrência

de surtos Vibrio

parahaemolyticus

2 a 48 hs dores abdominais, diarréia,

nauseas, vômitos, febre,

cala- frio, cefaléia

Pescados de origem marinha,

geral- mente ingeridos crús

Refrigeração inadequada, cozimento

insu- ficiente, contaminação cruzada

Listeria

monocytogenes

4 a 21 dias febre, cefaléia, náuseas,

vômi- tos, aborto, meningite,

ence- falite e sepsis

Leite, queijo fresco, patê, carnes

pro- cessadas

Cozimento inadequado; falhas na

pasteuri- zação do leite; refrigeração

prolongada

Campylobacter jejuni 2 a 7 dias dores abdominais, diarréia,

(frequentemente com muco e

sangue), cefaléia, mialgia, fe-

bre, anorexia, nauseas,

vômi- tos, seqüela da

sindrome de Guillan-Barré

Leite crú, fígado de boi,

mariscos crús, água

Ingestão de leite crú e carnes de aves

crua ou semicrua; pasteurização ou

cozimento inadequado; contaminação

cruzada; manu- seio de produtos crús

Escherichia coli

patogênica

5 a 48 hs dores abdominais, diarréia,

vômitos, náuseas, cefaléia,

mialgia

Diversos alimentos, água Contaminação por manipuladores,

refrigera- ção insuficiente, cocção

inadequada, lim- peza e desinfecção

deficiente de equipa- mentos.

Escherichia coli

enterohemorragica ou

verotoxigenica

1 a 10 dias diarréia aquosa, seguida de

diarréia sanguinolenta, dor

abdominal intensa, sangue

na urina, sindrome

hemolítico- urêmica

Hamburguer, leite crú,

embutidos, iogurte, alface, água

Hamburguer feito de carne de animais

in- fectados; consumo de carne e leite

crús; cozimento inadequado;

contaminação cru- zada; contaminação

por manipuladores

Escherichia coli

enteroinvasiva

1/2 a 03 dias dor abdominal intensa, febre,

diarréia aquosa (geralmente

com muco e sangue)

tenesmo

Saladas e outros alimentos não

higie- nizados, água

Cozimento inadequado; contaminação

por manipuladores; armazenamento de

alimen- to em temperaturas inadequadas;

reaqueci- mento insuficiente; resfriamento

lento.

Escherichia coli

enterotoxigênica

1/2 a 03 dias diarréia aquosa profusa

(sem muco ou sangue); dor

abdomi- nal intensa,

vômitos, prostra- ção,

desidratação, febre leve

Saladas e outros alimentos sem

tra- tamento adequado, queijos

frescos, água

Cozimento inadequado; contaminação

por manipuladores; armazenamento de

alimen- tos em temperaturas

inadequadas; reaque- cimento

insuficiente; resfriamento lento; queijos

fabricados com leite crú.

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ZOONOSES

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•• DefiniçãoDefinição::

•• ““ DoençasDoenças (agentes,(agentes, infecçõesinfecções)) queque podempodem

serser naturalmentenaturalmente transmitidastransmitidas entreentre (outros)(outros)

vertebradosvertebrados ee oo homem”homem”

•• (OMS)(OMS)..

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•• GeneralidadesGeneralidades

-- ~~ 8080%% dasdas infecçõesinfecções humanashumanas tiveram/temtiveram/tem origemorigem zoonóticazoonótica..

-- EstãoEstão entreentre asas principaisprincipais doençasdoenças emem SaúdeSaúde PúblicaPública

-- MuitasMuitas têmtêm importânciaimportância emem SaúdeSaúde PúblicaPública ee VeterináriaVeterinária

-- Vírus,Vírus, bactérias,bactérias, protozoários,protozoários, helmintos,helmintos, fungosfungos

-- HospedeirosHospedeiros:: animaisanimais dede produção,produção, pets,pets, animaisanimais silvestres,silvestres,

exóticos,exóticos, vertebradosvertebrados inferioresinferiores..

-- NovasNovas zoonoseszoonoses surgemsurgem continuamentecontinuamente

-- VirosesViroses:: morcegosmorcegos têmtêm sidosido seguidamenteseguidamente implicadosimplicados

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Classificações (de acordo):Classificações (de acordo):

•• Com sentido de transmissãoCom sentido de transmissão

•• Com o ciclo de manutenção do agenteCom o ciclo de manutenção do agente

•• Com o elo de transmissão/manutenção Com o elo de transmissão/manutenção

Page 11: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

•• Classificação das zoonoses de acordo com o Classificação das zoonoses de acordo com o

sentido de transmissão :sentido de transmissão :

•• AntropozoonosesAntropozoonoses (raiva, brucelose, (raiva, brucelose, etcetc))

•• ZooantroponosesZooantroponoses (TB, amebíase, (TB, amebíase, poxvíruspoxvírus, difteria) , difteria)

•• AmphixenosesAmphixenoses ((estafilococoseestafilococose, , streptococosestreptococose))

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•• De acordo com o ciclo de manutenção do De acordo com o ciclo de manutenção do

agente:agente:

•• Zoonoses diretasZoonoses diretas

•• CiclozoonosesCiclozoonoses

•• MetazoonosesMetazoonoses

•• SaprozoonosesSaprozoonoses

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DIRETADIRETA

CICLOZOONOSECICLOZOONOSE

METAZOONOSEMETAZOONOSE

SAPROZOONOSESAPROZOONOSE

Page 14: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

•• Classificação Classificação

•• de acordo com o elo de manutenção/transmissãode acordo com o elo de manutenção/transmissão

1.1. Zoonoses de animais de companhiaZoonoses de animais de companhia

2.2. Zoonoses de animais de produçãoZoonoses de animais de produção

3.3. ZoononesZoonones de animais domiciliados (de animais domiciliados (sinantrópicossinantrópicos))

4.4. Zoonoses de animais silvestresZoonoses de animais silvestres

5.5. Zoonoses transmitidas por alimentosZoonoses transmitidas por alimentos

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BRUCELOSE

Nomes populares

• Animais: Doença de Bang, Aborto Contagioso e Aborto

Infeccioso.

• Homem: Febre de Malta, Febre Ondulante, Febre de

Gibraltar.

• Agente causador

• Coco-bacilo Gram-negativo do Gênero Brucella.

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• Espécies acometidas

• Caprinos e ovinos: Brucella melitensis

• Bovinos e bubalinos: Brucella abor tus

• Suídeos, lebres, renas, roedores: Brucella suis

• Rato do deserto: Brucella neotomae

• Caninos: Brucella canis

• Ovinos: Brucella ovis

• Cetáceos: Brucella ceti

• Pinípedes: Brucella pinnipedialis

• Camundongo do campo: Brucella microti

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• Sintomas nos seres humanos

• Febre aguda ou insidiosa, suores noturnos, fadiga,

anorexia, perda de peso, dor de cabeça e ar tralgia.

• Sinais clínicos nos animais

• N a s f ê m e a s p r e n h e s p r o d u z p l a c e n t i t e s e a b o r t o, u s u a l m

e n t e d u r a n t e o t e r ç o f i n a l d a g e s t a ç ã o, e p i d i d i m it e e

o r q u i te n o s m a c hos .

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• Formas de transmissão

• Seres humanos: Po r c o n t ato d i re to c o m m ate r

i a i s c o n t a m i n a d o s (fe to s a b o r t a- d o s, re

s to s p l a c e n t á r i o s) o u i n d i re t a m e n te p o r i

n g e s t ã o d e p ro d u to s c o n t a m i n a - d o s ( l á

c te o s n ã o p a s te u r i z a d o s).

• Animais: Contato com a bactéria em restos placentários

(via oral, conjuntival, pele), inseminação ar tificial ou

monta natural.

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• Diagnóstico

• S e r e s h u m a n o s: D ireto ( is o l a m e nto b ac te

r i a n o, PC R, im u n o h isto q u í m i c a) o u In d

ireto (s o ro l o g i a)

• Animais: Direto (isolamento bacteriano, PCR,

imunohistoquímica) ou Indireto (sorologia).

• Notificação Obrigatória

• A brucelose bovina e bubalina é de notificação

obrigatória, de acordo com ar t. 5º do Decreto

5.741/2006, que regulamenta o PNCEBT e com a IN

30/2006, que disciplina a habilitação de Médicos

Veterinários.

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FEBRE MACULOSA

Nomes populares

• Pintada, Febre que Pinta, Febre Chitada, Tifo E

xantemático de São Paulo, Febre Paculosa das

Montanhas Rochosas ou Febre Maculosa do Novo

Mundo.

Agente causador

• Rickettsia rickettsii, da família Rickettsiaceae, parasito

intracelular obrigatório, com característica de bactéria

gram negativa.

Page 21: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Espécies acometidas

• O agente etiológico foi isolado em cães, gambás e

coelhos silvestres entre outros. Foi demonstrado que

muitas espécies de animais, em especial os roedores,

apresentam uma rickettsemia prolongada e de alto título.

• O homem é um hospedeiro acidental.

Page 22: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Sintomas nos seres humanos

• A sintomatologia clínica aparece de 2 a 14 dias depois da picada

do carrapato. A doença inicia-se de forma súbita e se caracteriza

por febre, calafrios, cefaléia, dores musculares, ar ticulares e

ósseas.

• Sinais clínicos nos animais

• Na maior ia dos hospe de iros naturais a infe cç ão não é a pa re

nte. Cãe s infe cta- dos ex pe r ime ntal ou naturalme nte pode m

a pre se nta r fe bre alta, dor a bdominal, de pre s s ão e a norex

ia.

• Sintomas clínicos adicionais tais como, letargia e nistagmo,

conjuntivite e petéquias na boca foram relatados.

Page 23: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Formas de transmissão

• Picada de carrapatos infectados. Pode ocorrer transmissão através

da contaminação de lesões na pele pelo esmagamento do

carrapato.

• Diagnóstico

• Clínico-epidemiológico associado a exames laboratoriais (sorologia

ou isolamento).

• Notificação Obrigatória

• É doença de notificação compulsória, devendo ser informada pelo

meio mais rápido disponível e de investigação epidemiológica com

busca ativa, para evitar a ocor- rência de novos casos e óbitos.

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INFLUENZA AVIÁRIA

Nomes populares

• Gripe Aviária, Gripe do Frango, Peste Aviária.

Agente causador

• A enfermidade é provocada por vírus da família Or thomixoviridae,

gênero Influenza- virus A, com genoma de RNA e envelopado.

• Existem três tipos de vírus (A, B e C), mas somente o tipo A afeta

as aves.

• Possui glicoproteínas na super fície do virion e as principais são as

16 hemaglutininas (HA) e as 9 neuraminidases (N).

• A proteína HA liga o virion à super fície da célula e tem capacidade

hemaglutinante e a N é a responsável pela liberação de novos vírus

da célula.

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• Espécies acometidas

• Ave s e m a m í fe ro s ( i n c l u s i ve o h o m e m).

• Sintomas nos seres humanos

• Problemas respiratórios graves e mor te.

• Sinais clínicos nos animais

• Problemas respiratórios graves, diarréia, problemas ner

vosos e mor te.

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• Formas de transmissão

• Seres humanos: através de secreções de animais doentes.

• Animais: através de animais doentes e locais de criação ou de sítios de

parada de aves migratórias.

• Diagnóstico

• Seres humanos: I s o l a m e n to v i r a l, P C R- R T, H A- H I, AG P

• Animais: I s o l a m e n to v i r a l, P C R- R T, H A- H I, AG P

• Notificação Obrigatória

• Sim.

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LARVA MIGRANS CUTÂNEA E

VISCERAL

Nomes populares

• Larva migrans cutânea (LMC) - dermatite serpiginosa, dermatite

linear serpiginosa e bicho geográfico.

Agente causador

• Larva migrans Visceral (LMC) - granulomatose larval

• Larva migrans cutânea - larvas de 3º estágio (L3) dos helmintos

Ancylostoma braziliense,

• A. caninum, Uncinaria stenocephala, Gnathostoma spinigerum, A.

duodenale, Necator

• americanus, Strongyloides stercoralis e formas imaturas de

Dirofilaria

• Larva migrans visceral (LMV) - larvas de 3º estágio (L3)

principalmente do gênero Toxocara

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Formas de transmissão

• Seres humanos:

• LMC: Solo contaminado com L3

• LMV: Ingestão de ovo com L3 (Toxacara)

Espécies acometidas

Seres humanos / Cães e Gatos

(hospedeiros def initivos)

Page 29: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Diagnóstico

• Seres humanos:

• LMC: Histórico (contato com locais fequentados por

cães e gatos), sinais clínicos e lesões dermatológicas

com prurido intenso.

• LMV: Histórico (exposição a solo contaminado com

fezes de caninos e/ou felinos);

• Métodos imunológicos (ELISA)

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• Sintomas nos seres humanos

• Larva migrans cutânea – prurido e lesões

dermatológicas com “traçado de mapa”

• Larva migrans visceral (LMV) – febre, hepatomegalia,

nefrose, manifestações pulmonares e cardíacas, e

lesões cerebrais e/ou oculares.

• Notificação Obrigatória

• Não

Page 31: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

Leishmanioses

• Leishmanioses representam um conjunto de

enfermidades diferentes entre si, que podem

comprometer pele, mucosas e vísceras, dependendo da

espécie do parasito e da resposta imune do hospedeiro.

• São produzidas por diferentes espécies de protozoário

per tencente ao gênero Leishmania, parasitas com ciclo

de vida heteroxênico, vivendo alternadamente em

hospedeiros ver tebrados (mamíferos) e insetos vetores

(flebotomíneos).

Page 32: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Os vetores são popularmente conhecidos, como

mosquito-palha, tatuquira, birigui, asa dura, asa branca,

cangalha, cangalhinha, ligeirinho, péla-égua, entre

outros.

• Geralmente não ultrapassam 0,5 cm de comprimento,

tendo pernas longas e delgadas, e o corpo densamente

piloso.

• Somente as fêmeas estão adaptadas com o respectivo

aparelho bucal para picar a pele de vertebrados e sugar

o sangue.

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LEISHMANIOSE TEGUMENTAR

AMERICANA - LTA

Nomes populares

• Úlcera de Bauru, Ferida Brava ou Nariz de Tapir.

Agente causador

• L. (V.) braziliensis, L.(V.) guyanensis, L.(L.)

amazonensis, L. (V.) lainsoni, L. (V.) naiffi ,L. (V.)

lindenberg, L. (V.) shawi, L.(L.) amazonensis

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• Espécies acometidas

• Homens, cães, equinos, asinios, gatos, roedores

domésticos ou sinantrópicos, preguiças, tamanduás,

raposas e marsupiais.

Sintomas nos seres humanos

• Lesões de pele e mucosa com apresentações distintas

dependente do agente causador e resposta imunológica

do hospedeiro.

• Leishmaniose Cutânea: úlcera cutânea, com fundo

granuloso e bordas infiltradas em moldura.

Page 35: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Sinais clínicos nos animais

• Semelhante a encontrada em humanos

• Formas de transmissão

• Pela picada de fêmeas de mosquitos

flebotomíneos infectados pelo agente,

tanto em humanos como nos animais.

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• Diagnóstico

• Seres humanos e animais – Clínico,

epidemiológico e laboratorial

(parasitológico direto, imunológicos – teste

intradérmico, sorológicos e moleculares)

Notificação Obrigatória

• Portaria Nº 1943, de 18 de outubro de

2001 – GM/MS

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LEISHMANIOSE VISCERAL

• Nomes populares

• Calazar, Barriga D’Agua, Febre Dumdun,

Doença do Cachorro.

• Agente causador

• Protozoário tripanosomatídeos do gênero

Leishmania, da espécie Leishmania

infantun/Leishmania chagasi

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• Espécies acometidas

• Homem, cão (Canis familiaris), raposas (Dusicyon

vetulus e Cerdocyon thus),marsupiais (Didelphis

albiventris).

• Sintomas nos seres humanos

• Após o período inicial de incubação os pacientes

apresentam sinais e sintomas de uma infecção

sistêmica que incluem, febre, fadiga, perda de apetite,

perda de peso,palidez cutâneo-mucosa e hepato-

esplenomegalia.

Page 39: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Sinais clínicos nos animais

• Classicamente os cães se apresentam com lesões

cutâneas, descamação e eczemas,em particular no

espelho nasal e orelhas.

• Nos estágios mais avançados os cães podemapresentar

onicogrifose, esplenomegalia, linfoadenopatia, alopecia,

dermatites, ceratoconjuntivite,coriza, apatia, diarréia,

hemorragia intestinal, edemas de patas e vômitos.

Page 40: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Formas de transmissão

• No Brasil a forma de transmissão da

enfermidade é através da picada de

fêmeas deinsetos fleblotomíneos das

espécies Lutzomyia longipalpis e

Lutzomyia cruzi infectados com as formas

promastigotas do agente.

Page 41: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Diagnóstico

• O diagnóstico é baseado nos aspectos

clínicos-epidemiológicos e laboratorial.

• Notificação Obrigatória

• Portaria Nº 1943, de 18 de outubro de

2001 – GM/MS

Page 42: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

LEPTOSPIROSE

• Nomes populares

• Doença de Weil, Icterícia Infecciosa

• Agente causador

• Bactérias patogênicas do gênero Leptospira

• Espécies acometidas

• Roedores sinantrópicos (pr ncipal reservatório natural).

• Ser humano, animais domésticos (caninos, suínos,

bovinos, equinos, ovinos e caprinos) e silvestres.

Page 43: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Sintomas nos seres humanos

• Mal estar, febre de início súbito, cefaléia, dores

musculares e, em casos graves, alterações hepáticas,

renais e vasculares.

• Sinais clínicos nos animais

• Cães podem apresentar uma infecção subclínica, na

dependência do sorovar infectante ou um quadro agudo

e febril, com complicações entéricas, hepáticas e

principalmente renais.

• Animais de produção manifestam problemas

reprodutivos.

Page 44: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Formas de transmissão

• A infecção humana resulta da exposição à água

contaminada por urina ou tecidos provenientes de

animais infectados.

• Nos animais, a infecção geralmente ocorre por ingestão

de água ou alimentos contaminados por urina de

animais doentes ou portadores.

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• Diagnóstico

• Sorológico (ELISA ou MAT), molecular (PCR) e

bacteriológico (isolamento).

• Coleta de materiais:

• ELISA e MAT - sangue total em EDTA

• PCR - soro

• Isolamento - sangue total com heparina

• Notificação Obrigatória

• Sim.

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RAIVA

• Nomes populares

• Doença do Cachorro Louco, Hidrofobia

• Agente causador

• Lyssavirus, da família Rhabdoviridae com oito genótipos

• Espécies acometidas

• Animais domésticos principalmente cães e gatos.

• Animais silvestres: macaco, lobo, gato do mato,

graxaim, guaxinim, raposa, gambá e todas as espécies

de morcegos.

Page 47: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Sintomas nos seres humanos

• Hiperestesia, paralisia muscular, hipersensibilidade aos

estímulo sensoriais, miofasciculações e dificuldade de

coordenação motora, seja voluntária ou involuntária.

• Sinais clínicos nos animais

• Inquietude, prurido no local da inoculação do vírus,

tendência a atacar objetos, pessoas e animais.

• Alterações da tonalidade do latido (latido bitonal) e dif

iculdade para engolir.

Page 48: Sgc Mapa 2014 Aisipoa Conhecimentos Especificos 45 a 47

• Formas de transmissão

• Através da inoculação do vírus presente na

saliva do animal infectado, em geral por

mordida, e mais raramente por arranhaduras ou

lambeduras de mucosas ou pele com solução

de continuidade.

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• Diagnóstico

• Imunofluorescência direta (IFD) + prova biológica

• Notificação Obrigatória

• Sim.

• É doença de notificação compulsória, devendo ser

informada pelo meio mais rápido disponível e de

investigação epidemiológica com busca ativa, para

evitar a ocorrência de novos casos e óbitos.

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TOXOPLASMOSE

• Nomes populares

• Doença do Gato

• Agente causador

• Protozoário do Filo Apicomplexa - Toxoplasma gondii

• Espécies acometidas

• Todos os vertebrados homeotérmicos (aves e

mamíferos).

• Sintomas nos seres humanos

• Abortos, natimortos, hidrocefalia, neuropatias,

oftalmopatias, cegueira.

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• Sinais clínicos nos animais

• Alterações neuromusculares, oculares, reprodutivas.

• Ovinos, caprinos - aborto ou natimortos

• Formas de transmissão

• Seres humanos – congênita, ingestão de cistos em

carnes mal cozidas e oocistos em água e alimentos.

• Animal – oocistos em água e alimentos, carnivorismo

em algumas espécies forma congênita.

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• Diagnóstico

• Seres humanos – Sorologia - HAI, RIFI, ELISA

• Animal – Sorologia HAI, RIFI, ELISA

• Notificação Obrigatória

• Sim (no estado do Rio Grande do Sul)

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TUBERCULOSE

• Nomes populares

• Animais: Tuberculose

• Homem: Tuberculose Zoonótica

• Sinais clínicos nos animais

• Os sinais clínicos mais frequentes são a caquexia progressiva e a

tosse seca, curta e repetitiva, mastite e infertilidade.

• Animais tuberculosos, quando submetidos à marcha forçada,

tendem a posicionar-se atrás dos demais, demonstrando cansaço e

baixa capacidade respiratória.

• Pode ocorrer linfadenomegalia localizada ou generalizada.

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• Agente causador

• As bactérias causadoras da tuberculose pertencem à

família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium.

• As micobactérias do complexo Mycobacterium

tuberculosis (M.tuberculosis, M.bovis e M.africanum) são

as principais causadoras da Tuberculose nos

mamíferos.

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• Formas de transmissão

• Seres humanos – por contato direto com materiais

contaminados (tratadores de animais e trabalhadores de

frigoríficos) ou indiretamente por ingestão de alimentos

contaminados (principalmente leite e derivados lácteos

não pasteurizados).

• Animais – principalmente pela via respiratória por meio

da inalação de aerossóis contaminados com o

microorganismo, água, pastagem e alimentos

contaminados.

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• Espécies acometidas

• Todos os mamíferos são suscetíveis.

• O bovino, o homem e as aves em geral

contribuíram para a perpetuação da

tuberculose através dos séculos.

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• Sintomas nos seres humanos

• Tosse, febre, escarro que em fase

adiantada da doença pode apresentar

sangue, dificuldade respiratória e

emagrecimento progressivo.

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Diagnóstico

• Seres humanos – direto (isolamento bacteriano,

baciloscopia, PCR, imunohistoquímica.

• Animais

• – direto (isolamento bacteriano, PCR,

polarização fluorescente)

• - indireto (teste alérgico= tuberculinização e g

interferon)

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• A Tuberculose Bovina e a Bubalina são de notificação

obrigatória, de acordo com art. 5º, do Decreto

5.741/2006 que regulamenta o PNCEBT (Programa

Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da

Tuberculose Animal) e com a Instrução Normativa

30/2006 do MAPA, que disciplina a habilitação de

Médicos Veterinários que atuam no setor privado para

participarem da execução do PNCEBT.

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Teníase e Cisticercose

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ASPECTOS GERAIS

• Classe: Cestoda;

• Ordem: Cyclophyllidea;

• Família: Teniidae – Taenia saginata (Goeze, 1782)

eTaenia solium (Linnaeus, 1758) – “solitárias”

• Doença Teníase: Taenia solium e Taenia saginata

• Doença: Cisticercose: larvas de T. solium

• Homem como hospedeiro definitivo e obrigatório

• Bovinos e suínos – hospedeiros intermediários

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ASPECTOS GERAIS

Taenia solium & Taenia saginata

3 milhões pessoas infectadas

(mundo) 80 milhões pessoas infectados

(mundo)

400 mil casos (Brasil)

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CICLO BIOLÓGICO

3-25 anos

10-30 anos

Sai junto com as fezes

Sai no intervalo das defecações

4 – 6 semanas

São fecundados dentro da proglote

http://www.dpd.cdc.gov/dpdx

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TRANSMISSÃO

• TENÍASE - Ingestão de carnes de bovinos e suínos

cruas ou mal-cozidas com cisticercos;

• CISTICERCOSE HUMANA – Ingestão acidental de ovos

viáveis ou proglotes (Taenia solium)

Auto-infecção externa

Auto-infecção interna

Heteroinfecção

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NEUROCISTICERCOSE

• Meninge e Córtex

• Cerebelo e Medula Espinhal (raro)

Morte dos cisticercos (calcificação) após processo inflamatório

Dores de cabeça com vômitos, ataques epileptiformes, desordem

mental (delírio), alucinações, hipertensão intracraniana

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CISTICERCOSE OCULAR

• Presença de cisticercos na retina

Deslocamento ou perfuração da retina

Reações inflamatórias exsudativas (opacificação): uveítes e

pantoftalmias

Perda parcial ou total da visão, desorganização intra-ocular, perda do

olho

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DIAGNÓSTICO - Teníase

• Imunológico – detecção de anticorpos

anti-cisticercos no soro, líquido

cefalorraquidiano e humor aquoso

(olho);

• Ultrassonografia, Tomografia,

Ressonância Magnética e Radiografia.

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DIAGNÓSTICO - Cisticercose

• Parasitológico – pesquisa de

proglotes/ovos nas fezes;

• Clínico – impossível em pacientes

assintomáticos e difícil nos

sintomáticos.

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PROFILAXIA

• Melhoria nas condições dos criadouros de

animais;

• Inspeção sanitária em matadouros e

frigoríficos;

• Incinerar as amostras positivas;

• Não ingerir carne mal passada;

• Tratamento do indivíduo infectado;

• Educação sanitária.