SEQUESTRO CORNEANO EM FELINOS FELINE CORNEAL SEQUESTRUM Autor: João Alfredo KLEINER MV, Mestre em Ciências Veterinárias pela UFPR Especialização em Oftalmologia Veterinária pela Universidade de Madison – Wisconsin, EUA – 1998. E-mail: [email protected]Website: www.vetweb.com.br
12
Embed
SEQUESTRO CORNEANO EM FELINOS FELINE CORNEAL … · 2 SEQUESTRO CORNEANO EM FELINOS Resumo: O seqüestro corneano é uma patologia ocular mais comum em gatos e apresenta predileção
This document is posted to help you gain knowledge. Please leave a comment to let me know what you think about it! Share it to your friends and learn new things together.
Transcript
SEQUESTRO CORNEANO EM FELINOS
FELINE CORNEAL SEQUESTRUM
Autor:
João Alfredo KLEINER
MV, Mestre em Ciências Veterinárias pela UFPR
Especialização em Oftalmologia Veterinária pela Universidade de Madison –
Após a retirada dos pontos de tarsorrafia temporária observou-se que o tecido
conjuntival mobilizado encontrava-se aderido à região da ceratectomia e esta aderência
foi facilmente desfeita utilizando-se um cotonete.
A córnea apresentava uma excelente cicatrização com apenas uma discreta
opacidade (nébula) cicatricial central e sem sinais de neovascularização corneana
3 Propovan: Cristália.
4 Isoforine: Cristália.
5 Vicryl: Ethicon.
6 Clavulin: Smithkline Beecham.
8
importante. Iniciou-se a utilização de colírio de Prednisolona (Pred Mild7) BID associado
ao Dunason durante 21 dias e após este período observou-se uma excelente
transparência corneana e retorno da função visual normal.
7 Pred Mild: Allergan.
Foto 1: Felino da raça persa apresentando extensa área de pigmentação centro-corneana e neovascularização centrípeta.
Foto 2: aspecto da córnea após a realização de ceratectomia superficial lamelar com auxílio de um bisturi de safira de 3.2 mm. Nota-se que toda área pigmentada foi removida.
9
Foto 3: aspecto transoperatório após mobilização da conjuntiva bulbar peri-limbal 360
0 e realização de
um ponto central tipo wolf.
Foto 4: Tarsorrafia temporária para diminuir a tensão na linha de sutura do flap conjuntival.
Foto 5: Aspecto ocular 21 dias pós-operatório. Nota-se apenas uma discreta área de nébula centro-corneana e ausência de pigmentação e neovasculariação importantes.
10
RESULTADOS E DISCUSSSÃO
O seqüestro corneano felino é uma patologia ocular um tanto comum na clínica de
pequenos animais e alguns autores advogam o uso de tratamento terapêutico ao invés de
cirúrgico.
A associação do tratamento medicamentoso através de antiinflamatórios
esteroidais e com posterior utilização da ceratectomia lamelar superficial e flap conjuntival
360 0 demonstrou ser uma opção muito boa para os casos mais avançados de
pigmentação corneana.
O procedimento cirúrgico é de rápida execução e exige apenas material básico
para microcirurgia ocular (bisturi de safira e microscópio cirúrgico).
Comparativamente com o tratamento utilizando-se apenas medicação tópica, a
utilização da cirurgia acima descrita apresenta uma resposta muito boa e com uma rápida
recuperação dos padrões visuais normais nos animais afetados.
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ceratectomia lamelar superficial com subseqüente utilização de flap conjuntival
360 o demonstrou ser uma técnica cirúrgica eficaz para o tratamento do seqüestro
corneano em felinos. Este procedimento resulta em um excelente resultado cosmético e
funcionabilidade visual em um curto espaço de tempo e não se observaram recidivas nos
casos operados.
11
Referências Bibliográficas:
1) BOUHANNA, L.; LISCOËT, L.B.; RAYMOND-LETRON, I. Corneal stromal
sequestration in a dog. Veterinary Ophthalmology, v.11, n.4, p.211-214, 2008.
2) CULLEN, Cheryl L. et al. Ultrastructural findings in feline corneal sequestra.
Veterinary Ophthalmology. Vol 8 (5), p. 295 – 303, 2005.
3) EVANS, H.E.: Miller´s Anatomy of the Dog, 30 ed., Toronto: WB Saunders, p.1038-
1039, 1993.
4) FAWCETT, D.W. Bloom and Fawcett. A textbook of histology. 12th ed., New York,
Chapman Hall, p.916 - 917, 1994.
5) FEATHERSTONE, Heidi J., et al. Feline corneal sequestrum: Laboratory analysis of