Os profissionais de educação da rede estadual farão uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (10/04); no mesmo dia, ocorrerá, às 14h, assembleia no Clube Municipal, na rua Haddock Lobo, 359. A categoria aprovou a luta por um reajuste salarial de 20% - mesmo índice da rede municipal do Rio. Desde o início do ano levo, as redes estadual e municipal do Rio de Janeiro estão mobilizadas na luta por reajuste salarial e o cumprimento por parte do ex-governador Cabral e com o então vice-governador, Pezão – que acabou de assumir o cargo - e do prefeito Paes de reivindicações acordadas durante a grande greve das duas redes, realizadas nos meses de agosto a outubro. No ano passado, os profissionais de educação foram responsáveis, pela realização de grandes mobi- lizações de rua, que envolveram dezenas de milhares de pessoas. No entanto, Cabral e agora Pezão continuam a atacar a educação pública. Em fevereiro, por exem- plo, o secretário estadual de Educação, o economista Wilson Risolia, ao invés de convocar os aprovados nos concursos de 2009, 2011 e 2013, abriu processo seletivo para contratar até 2.447 professores tempo- rários. Na verdade, a Seeduc sempre faz concursos com um número de vagas aquém da necessidade e nunca chama todos os aprovados. E existe também o problema com a questão pedagógica, tema muito debatido pela categoria na greve do ano passado: a contratação de professores temporários fere a continuidade do trabalho nas escolas e prejudica, gravemente, os alunos. Além disso, a Seeduc e a SME/RJ vêm descumprindo o acordo firmado no Supremo, para a realização de Grupos de Trabalhos. Ou seja, como ocorreu exemplar- mente ano passado, para dar um basta a todos esses ataques, teremos que nos mobilizar e levar para as nossas escolas e para as ruas de nossas cidades a pauta unificada de reivindicações da educação. Categoria realizou assembleia unificada dia 1/04 No dia 1 de abril, foi realizada uma assembleia unificada das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro. O dia da assembleia também foi marcado pela “descomemoração” dos 50 anos do golpe militar de 64; e os profissionais de educação presentes não esqueceram os militantes que foram assassinados e torturados pela ditadura. Por isso, na assembleia, foi feita uma homenagem a esses valorosos companheiros, com um minuto de silêncio. Logo após a assembleia, a categoria parcipou da passeata convocada por pardos e centrais sindicais para lembrar a resistência ao golpe de 64, com o mote: ditadura nunca mais! O Sepe parcipou da marcha, lem- brando a importância da defesa da educação pública de qualidade para os trabalhadores. Movimento unificado, em defesa da educação pública A assembleia unificada do dia 1 de abril foi a segunda que as duas redes fizeram este ano. A primeira ocorreu no dia 15 de fevereiro, quando a categoria decidiu por uma paralisação conjunta no dia 24 daquele mês. Neste dia, também foi realizado um ato vigília pela manhã, na frente da prefeitura, para acompanhar a reunião do GT do 1/3 de planejamento. Em seguida, as duas redes fizeram uma passeata da Candelária à Cinelândia. Ao final da passeata, na Cinelândia, a categoria pro- moveu uma aula pública na praça para denunciar à população as condições da educação pública no Rio de Janeiro. Calendário: Quinta-feira (10/4): paralisação de 24 horas; às 14h, assembleia no Clube Municipal, na Tijuca.
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sepe estado 04042014 - seperj.org.br · Sobre a rede estadual, o ... a saber: Pela reti rada dos nomes de torturadores nas ... Estupro é crime, cadeia para os estupradores! Contra
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Os profissionais de educação da rede estadual farão uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (10/04); no mesmo dia, ocorrerá, às 14h, assembleia no Clube Municipal, na rua Haddock Lobo, 359. A categoria aprovou a luta por um reajuste salarial de 20% - mesmo índice da rede municipal do Rio.
Desde o início do ano letivo, as redes estadual e municipal do Rio de Janeiro estão mobilizadas na luta por reajuste salarial e o cumprimento por parte do ex-governador Cabral e com o então vice-governador, Pezão – que acabou de assumir o cargo - e do prefeito Paes de reivindicações acordadas durante a grande greve das duas redes, realizadas nos meses de agosto a outubro. No ano passado, os profissionais de educação foram responsáveis, pela realização de grandes mobi-lizações de rua, que envolveram dezenas de milhares de pessoas.
No entanto, Cabral e agora Pezão continuam a atacar a educação pública. Em fevereiro, por exem-plo, o secretário estadual de Educação, o economista Wilson Risolia, ao invés de convocar os aprovados nos concursos de 2009, 2011 e 2013, abriu processo seletivo para contratar até 2.447 professores tempo-rários. Na verdade, a Seeduc sempre faz concursos com um número de vagas aquém da necessidade e nunca chama todos os aprovados. E existe também o problema com a questão pedagógica, tema muito debatido pela categoria na greve do ano passado:
a contratação de professores temporários fere a continuidade do trabalho nas escolas e prejudica, gravemente, os alunos.
Além disso, a Seeduc e a SME/RJ vêm descumprindo o acordo firmado no Supremo, para a realização de Grupos de Trabalhos. Ou seja, como ocorreu exemplar-mente ano passado, para dar um basta a todos esses ataques, teremos que nos mobilizar e levar para as nossas escolas e para as ruas de nossas cidades a pauta unificada de reivindicações da educação.
Categoria realizou assembleia unificada dia 1/04
No dia 1 de abril, foi realizada uma assembleia unificada das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro. O dia da assembleia também foi marcado pela “descomemoração” dos 50 anos do golpe militar de 64; e os profissionais de educação presentes não esqueceram os militantes que foram assassinados e torturados pela ditadura. Por isso, na assembleia, foi feita uma homenagem a esses valorosos companheiros, com um minuto de silêncio.
Logo após a assembleia, a categoria participou da passeata convocada por partidos e centrais sindicais para lembrar a resistência ao golpe de 64, com o mote: ditadura nunca mais! O Sepe participou da marcha, lem-brando a importância da defesa da educação pública de qualidade para os trabalhadores.
Movimento unificado, em defesa da
educação públicaA assembleia unificada do dia 1 de abril foi a
segunda que as duas redes fizeram este ano. A primeira ocorreu no dia 15 de fevereiro, quando a categoria decidiu por uma paralisação conjunta no dia 24 daquele mês. Neste dia, também foi realizado um ato vigília pela manhã, na frente da prefeitura, para acompanhar a reunião do GT do 1/3 de planejamento. Em seguida, as duas redes fizeram uma passeata da Candelária à Cinelândia. Ao final da passeata, na Cinelândia, a categoria pro-moveu uma aula pública na praça para denunciar à população as condições da educação pública no Rio de Janeiro.
Calendário:Quinta-feira (10/4): paralisação de
24 horas; às 14h, assembleia no Clube Municipal, na Tijuca.
Boleti m do Sepe - Rede Estadual é uma publicação do Sindicato Estadual dos Profi ssionais da Educação do Rio de Janeiro - Fundado em 16 de julho de 1977Sede central: Rua Evaristo da Veiga, 55, 7o/8o andaresCentro - Rio de Janeiro/RJCEP 20031-040Tel.: 2195-0450 - www.seperj.org.brRealização: Secretaria de Imprensa do Sepe/RJTiragem desta edição: 10.000
2014: ano de lutasEm 2013, a greve unifi cada do estado e da rede munici-
pal do Rio de Janeiro foi uma reação à políti ca de destruição das escolas públicas perpetradas pelo governador Cabral e o prefeito Paes. O movimento foi tão forte que atraiu a sociedade para a discussão sobre as políti cas educacionais meritocráti cas, implementadas por aqueles governantes.
Fomos às ruas, aos milhares e de modo pacífi co, enfren-tando a truculência da PM, mostrando à população nossas reivindicações unifi cadas; mostrando como os governantes fazem pouco caso com os serviços essenciais à população. Nosso movimento unifi cado ano passado foi tão forte que a Seeduc desisti u de aplicar a Certi fi cação Digital, o seu mais importante programa meritocráti co e contra o qual lutávamos desde o início do ano. Mas temos que avançar ainda mais, rumo à conquista da nossa pauta histórica de reivindicações.
Em 2014, o Sepe convoca a categoria para a luta pela conquista da pauta de reivindicações unifi cadas. Alguns
municípios inclusive já estão em greve, prati camente com a mesma pauta – São Gonçalo está em greve desde o dia 25 de março; Nova Friburgo entrou em greve no dia 12 de março. Mais dois municípios: Angra dos Reis e Cachoeiras de Macacu entraram em greve na últi ma semana.
Eis a nossa pauta unifi cada de reivindicações:1) Fim da privati zação das escolas e da políti ca merito-
cráti ca de Cabral/Pezão e Paes;2) Melhores condições de trabalho e salários dignos;
número máximo de alunos por turma, entre outras; 3) Plano de carreira unifi cado; 4) Autonomia pedagógica;5) Democracia nas escolas, com eleições diretas para a
direção;6) Paridade e integralidade para os aposentados;7) 30 horas para funcionários;8) Implementação do 1/3 de planejamento extraclasse já.
Governo descumpre acordo com o SepeNo início do ano, o Sepe denunciou ao Ministério Público o descumprimento do documento assi-nado ano passado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, que previa diversos compromissos por parte do governo do estado e prefeitura do Rio. O sindicato denunciou a situação nas 1ª e 2ª Pro-motorias de Justi ça e Tutela Coleti va de Proteção à Educação da capital. Sobre a rede estadual, o Sepe denunciou que ainda não houve a criação do grupo de trabalho e que a Seeduc insiste na parti cipação da Uppes no GT e até nas audiências com o Sepe. O Sepe também comunicou ao MP que, em assembleia, os profi ssionais de educa-ção da rede estadual repudiaram a parti cipação da Uppes nas reuniões com a Seeduc e GTs por não reconhecerem aquela enti dade como repre-sentante da categoria.
Campanhas pela reti rada dos nomes de torturadores nas escolasA assembleia de 01/4 aprovou campanhas políti cas, a saber: Pela reti rada dos nomes de torturadores nas escolas/creches de todo Estado e municípios - pela substi tuição do nome destas unidades; e a campanha: Estupro é crime, cadeia para os estupradores! Contra o machismo, racismo e homofobia. A primeira cam-panha, a exemplo do que já está ocorrendo em outros estados do país tem o objeti vo de se unir ao movimen-to que luta pela substi tuição nos nomes de militares envolvidos no golpe militar de 1964 dados à escolas públicas e creches em todo o estado do Rio de Janeiro.
14º Congresso do Sepe teve a participação de 1416 delegados credenciados
O 14º Congresso Ordinário do Sepe foi realizado de 26 a 29 de março, no Clube Municipal - durante quatro dias, 1416 delegados credenciados, entre professores, funcionários adminis-trati vos e aposentados, debateram e buscaram as melhores estratégias e alternati vas para a mobilização e resistência contra o desmonte da escola pública, gratuita e de qualidade que vem ocorrendo em nosso estado e nas redes municipais.