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Semiologia
Farmacêutica
As Bases da Semiologia Farmacêutica
• WHO e FIP - Role of Pharmcist in the
Health Care System – 1994
– The Role of the Pharmacist in Self-Care and Self-Medication (1998) → Automedicação Responsável
• Symptoms in Pharmacy (1997)
– Alison Blenkinsopp
– Paul Paxton
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Contexto Histórico
O Estudante de Química e Farmácia
Karl Joseph Litschaur (1830-1871)
• Desenvolvimento
• Efeitos terapêuticos, efeitos tóxicos, síntese,
veículos etc
• Produção
• Qualidade, custos etc
• Pós-Comercialização
• Controle e Armazenamento
Evolução do Conhecimento
Farmacêutico no Século XX
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Medicamentos Industrializados
• Para lançar um novo produto
– 100 a 400 milhões de dólares
– 6 a 14 anos
– 1 sucesso em cada 1.000 a 10.000 moléculas
• Conseqüências sobre a saúde
– Necessidade de recuperar o investimento
– Produtos que se tornam mais seguros com o
tempo
Conseqüências sobre a saúde
• Consumo per capita progressivo desde
1983
• Lançamento de novos produtos com a
finalidade única de recuperar investimentos
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Cotação No de especialidades
farmacêuticas%
Bravo 7 0,24
Interessante 77 2,68
Traz algum benefício 217 7,56
Eventualmente útil 455 15,85
Nada de novo 1.913 66,63
Inaceitável 80 2,79
A comissão de redação
não pôde se pronunciar122 4,25
Total 2.871 100
Vinte e três anos de acompanhamento de novos
produtos pela Revue Prescrire (1981-2003)
Anos 1990
• Alternativa econômica: Fast Track – FDA
– 2 a 6 anos para lançar um produto
– Encolhimento de todas as fases de P & D
• Conseqüências, efeitos sobre a saúde
– Produtos menos seguros
– Fase clínica 4 cada vez mais decisiva
– Crescente número de medicamentos que
entram e saem do mercado
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Conseqüências
• 1ª causa mundial de intoxicação desde 1996
• Gastos anuais com problemas causados por
medicamentos nos EUA (US$): 37 a 50
bilhões
Fontes: WHO e estudo To Err is Human (2000)
Conseqüências
• Complicações provocadas pelo mau uso
de medicamentos: 15 a 20% dos gastos
hospitalares
– Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Parcerias para diminuir o mau uso de
medicamentos. Rev Saúde Pública 2006;
40(1):191-194.
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Conseqüências
• Ernst e Grizzle, 2000
– Gastos com PRM e
RAM são duas vezes
maiores que os gastos
com medicamentos.
• Desenvolvimento
• Efeitos terapêuticos, efeitos tóxicos, síntese,
veículos etc
• Produção
• Qualidade, custos etc
• Pós-Comercialização
• Controle e Armazenamento
• Uso
O Conhecimento Farmacêutico
no Século XXI
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Uso racional de medicamentos• 12 ações preconizadas pela OMS (2002)
– Formação de comitê nacional estabelecido de
forma multidisciplinar para coordenar as
políticas de uso racional;
– Estabelecimento de diretrizes clínicas;
– Elaboração de listas de medicamentos
essenciais;
Uso racional de medicamentos
• 12 ações preconizadas pela OMS (2002)
– Formação de Comitês de Farmácia e Terapêutica em
distritos e hospitais;
– Capacitação em Farmacoterapia baseada em
problemas nos cursos de graduação;
– Educação médica continuada em serviço como
requisito para registro profissional;
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Uso racional de medicamentos
• 12 ações preconizadas pela OMS (2002)
– Supervisão, auditoria e feedback;
– Informação fidedigna e isenta sobre
medicamentos;
– Educação dos usuários sobre medicamentos;
Uso racional de medicamentos
• 12 ações preconizadas pela OMS (2002)
– Não permissão a incentivos perversos;
– Regulamentação e fiscalização apropriadas;
– Gasto governamental suficiente para
assegurar disponibilidade de medicamentos e
infraestrutura.
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As Bases da Semiologia Farmacêutica
• WHO e FIP - Role of Pharmcist in the
Health Care System – 1994
– The Role of the Pharmacist in Self-Care and
Self-Medication (1998) → Automedicação Responsável
The Role of the Pharmacist in
Self-Care and Self-Medication
• Definições
• O Aumento da Importância do Auto-cuidado
• O Papel do Farmacêutico
• Avaliação da Performance Profissional
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Definições
• Auto-cuidado é o que as pessoas fazem
por si mesmas para estabelecer e manter
a saúde e para evitar e lidar com as
doenças.
Auto-Cuidado
• Higiene (geral e pessoal)
• Nutrição (tipo e qualidade da alimentação)
• Modo de vida (atividades esportivas, lazer)
• Fatores ambientais (condições de vida, hábitos sociais)
• Fatores sócio-econômicos (renda, crenças)
• Automedicação
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Definições
• Automedicação é a seleção e uso de
medicamentos por indivíduos para
tratamento de enfermidades ou sintomas
auto-reconhecidos.
Definições
• Automedicação Responsável é aquela
cujos produtos medicamentosos são
aprovados e de venda livre, sendo
seguros e eficazes quando usados como
indicado.
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Requisitos para Automedicação Responsável
• Conhecimento dos produtos OTC
• Reconhecimento dos sinais e sintomas
• Transmissão das seguintes informações:
• Modo de usar o medicamento, efeitos e possíveis
efeitos colaterais, monitoramento de efeitos
relevantes, possíveis interações, precauções e
cuidados,duração do tratamento, quando procurar
ajuda profissional
Aumento da Importância do
Auto-Cuidado Socieoconômicos
nível educacional, acesso à informação
Estilo de vida
tabagismo, cuidados com a dieta
Acessibilidade
facilidades do produto medicamentoso
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Aumento da Importância do
Auto-Cuidado
• Saúde pública e fatores ambientais
• Fatores demográficos e epidemiológicos
• Reformas na saúde
• Disponibilidade de novos produtos
(pressão OTC)
O Papel do farmacêutico na
automedicação• Como comunicador
– Obtenção de histórico e transmissão de
informações relevantes, objetivas e
compreensíveis
– Adequação e instrução para desempenhar papel
crítico sem interferir desnecessariamente na
autoridade da prescrição.
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• Como comunicador
─ Aptidão para interpretar fontes adicionais de
informação e satisfazer as necessidades do paciente
─ Educação e orientação do paciente
─ Assegurar, oportunamente, caráter confidencial
O Papel do Farmacêutico na Automedicação
• Como provedor de medicamentos de qualidade
– Fontes reputáveis e de qualidade reconhecida
– Adequada estocagem dos produtos
• Como capacitador e supervisor
– Educação contínua
– Estabelecer padrões de prática para a equipe de
apoio
O Papel do Farmacêutico na Automedicação
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• Como colaborador
─ Relação com outros profissionais de saúde e
indústria farmacêutica, órgãos governamentais
e comunidade
─ Participação em associações
O Papel do Farmacêutico na Automedicação
• Como agente promotor da saúde
─ Identificação de problemas e riscos relativos à
saúde na comunidade
─ Participação em campanhas de saúde (prevenção)
O Papel do Farmacêutico na Automedicação
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• Situações específicas
─ Proporção farmacêuticos/farmácia
─ Treinamento e orientação de outros
profissionais de saúde e agentes envolvidos
com a comunidade
O Papel do Farmacêutico na Automedicação
Avaliação da Performance Profissional
• Indicadores estruturais
– Nível de capacitação
– Documentação (registro de
acompanhamento, histórico de medicação)
– Programas, dispositivos e equipamentos
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Avaliação da Performance Profissional
• Indicadores processuais
– Métodos e papéis
– Protocolos e procedimentos padronizados
– Referências técnicas e científicas
Avaliação da Performance Profissional
• Indicadores baseados em resultados
– Satisfação do paciente
• atendimento; tratamento
– Compreensão da informação transmitida
– Indicadores de saúde
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Síntese dos esforços da WHO e da FIP
• Objetivo:
– Transformar danos (automedicação) em
benefícios (automedicação responsável)
• Meio:
– Valer-se da prática farmacêutica
• Instrumento:
– Indicação Farmacêutica
Síntese dos esforços da WHO e da FIP
• Competências, Conhecimentos e Habilidades
– Medicamento
• Farmacologia, Farmacotecnia, EUM
– Doença
• Fisiopatologia, epidemiologia
– Paciente
• Semiologia, Dispensação
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Semiologia
• Semeion = Signo, Sinal
• Origem formal: Inglaterra, Século XVII
• Área: Lingüística
• Século XX: Roland Barthes
Roland Barthes (1915-77)
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Penélope e Ulisses
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Semiologia Clínica
• Estudo de sinais e sintomas
• Origem formal: Inglaterra, Século XIX
• Área: Medicina
• Instrumentos: anamnese e exame físico
Anamnese
• Interrogatório do paciente
• Anamnesis = recordação, lembrança
• Coleta sistemática de dados
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Anamnese
• Analectos (Confúcio, 202 a.C)
– Qualidades para inspirar confiança no
paciente: Benevolência, Moderação,
Harmonia com a Natureza, Piedade e
Ajustamento de Nomes
Anamnese
• Condições
– Ambiente
– Atenção
– Condução
– Observação
– Postura e apresentação
– Escolha e modo de questionamento
– Não julgar
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Estrutura Formal da Anamnese
• Identificação do Paciente
• Queixa Principal
• Histórico da Doença Atual
• História patológica pregressa
• Antecedentes Familiares
• Aspectos Sociais
Identificação do Paciente
• Nome
• Idade
• Gênero
• Procedência
• Naturalidade
• Profissão
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Queixa Principal
• Motivo que leva o paciente a buscar ajuda
• Única, grafada com as próprias palavras
do paciente
• Ex.: “Diabetes descompensado” ou
“fraqueza, falta de ar, perna inchada, urina
solta”?
• Ex.: “Dispepsia” ou “queimação”?
Histórico da Doença Atual
• Terminologia técnica
• Início dos sintomas e seqüência temporal
• Qualidade e Intensidade
• Fatores agravantes e de alívio
• Sintomas associados
• Problemas médicos concomitantes
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História Patológica Pregressa
• Doenças comuns da infância
• Vacinas
• Procedimentos cirúrgicos e internações
• Uso significativo de medicamentos
• Alergias
• Traumatismos
Antecedentes Familiares
• Câncer
• Diabetes
• Hipertensão Arterial
• Problemas psiquiátricos
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Aspectos Sociais
• Nível Educacional
• História Ocupacional
• Estrutura e suporte familiar
• Hábitos
• Hobbies
• Atividade sexual
• Atividades de rotina
Anamnese
• “A doctor who cannot take a good history
and a patient who cannot give one are in
danger of giving and receiving bad
treatment.“PAUL DUDLEY WHITE (1886-1973)
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Exame Físico
• Dados iniciais
– Peso e altura
– Temperatura corporal
– Pulso
– Respiração
– Pressão Arterial
Exame Físico
• Procedimentos básicos
– Inspeção
– Palpação
– Percussão
– Ausculta
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Exame Físico
(Posso, 1999)
Inspeção
• Processo de observação
• Investiga-se: superfície corporal ou partes
dessa superfície
• Panorâmica/Localizada
• Referência: características normais da
área a ser examinada
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Inspeção
Aspectos relevantes
– Odor
– Higiene
– Hidratação/Alimentação
– Risco de infecção
– Percepção
– Auto-imagem
Palpação
• Fontes de informação:
– TATO (superficial)
– PRESSÃO (profunda)
• Avaliações delicadas e sensíveis:
– resistência, elasticidade, aspereza, textura e
mobilidade.
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Percussão• Pontas dos dedos
• Avaliação de tamanho, limites e
consistência de órgãos
• Detectação de líquidos em cavidades
• Determinação de local, tamanho e
densidade de estruturas subjacentes
Ausculta
• Monitoramento de sons produzidos pelo
corpo (uso comum de estetoscópio)
• Exame de pulmões, coração, abdome
• Análise do som: freqüência, volume,
qualidade e duração
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Elementos/fases da consulta
• Anamnese e exame físico
• Exames complementares
• Organização e análise das informações
anteriores
• Diagnóstico
• Tratamento
• Prognóstico
Semiologia Farmacêutica
• Identificação de sinais e sintomas de
agravos menores à saúde, que pode ou
não ser seguida de indicação de
medicamentos de venda livre para
tratamentos de curta duração
• Conjunto de ações sob os princípios da
atenção básica
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Elementos/fases do atendimento
• Escuta e questionamento
• Tomada de decisão
– TTO Medicamentoso
– TTO não-medicamentoso
– Encaminhamento ao médico
• Dispensação (medicamento + orientação)
Perguntas fundamentais
• Q – Quem é o paciente e qual a queixa?
• H – Há quanto tempo os sintomas
começaram?
• I – Idade
• A – Aparência
• M – Medicamentos e outros cuidados
• O – Outros sintomas
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ATENÇÃO
• O farmacêutico não substitui outros
profissionais de saúde; esta é uma prática
complementar, de amplo alcance e dentro
dos limites éticos e legais
Questões Éticas e Sociais
• Mais de 80 milhões de praticantes da
automedicação no Brasil (Ivannissevich,
1994)
• Aumento do consumo de OTCs em todas
as faixas etárias (Arrais et al, 1997)
• Medicamentos: causa no1 de intoxicação,
2ª causa de morte (Anvisa, 2007)
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Questões Éticas e Sociais
• Medicamentos que mais causam
intoxicação no país (FIOCRUZ, 2006):
– Benzodiazepínicos
– Medicamentos para tto sintomático da gripe
– Antidepressivos
– Antiinflamatórios
Questões Éticas e Sociais
• Causas da Automedicação Inapropriada
– Falha na Seleção de OTCs
– Falta de informações neutras e objetivas
– Super-exposição ao marketing farmacêutico
– Super-exposição aos medicamentos
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Questões Legais
• Regulamento técnico das Boas Práticas
de Farmácia, Resolução 357/2001, CFF
• Enquadramento na categoria de venda de
medicamentos, Resolução-RDC Nº
138/2003,
Questões Legais
• Art. 6° Todos os medicamentos novos são
de venda sob prescrição médica, sujeitos
a reavaliação do enquadramento na
categoria de venda no momento de sua
renovação, de acordo com dados de
farmacovigilância.
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• Parágrafo único. Os medicamentos novos com o tempo
mínimo de comercialização de cinco anos no mercado
americano ou europeu (desde que aprovados pelo FDA
ou EMEA), com grupos terapêuticos e indicações
descritas no GITE, com apresentação de dados de
farmacovigilância (PSUR) e comprovante de
enquadramento na categoria de venda sem prescrição
médica no país onde o produto é comercializado,
poderão requisitar enquadramento na categoria para
medicamento de venda sem prescrição médica, a
qualquer momento desde o início do processo de
registro
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Antiacnéicos
tópicos e
adstringentes
Acne, acne
vulgar, rosácea,
espinhas
Retinóides
Antiácidos,
Antieméticos
Acidez
estomacal,
azia,
desconforto
estomacal, dor
de estômago,
dispepsia
Metoclopramida,
Bromoprida,
Mebeverina,
Inibidor da
Bomba de
Próton
GITE - OTC
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Grupos Indicações Restrições
Eupépticos,
Enzimas
digestivas
Enjôo, náusea,
vômito,
epigastralgia,
má digestão,
queimação
Não há
Antibacterianos
tópicos
Infecções
bacterianas da
pele
Permitidos:
Bacitracina e
Neomicina
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Antidiarréicos Diarréia,
desinteria
Loperamida
infantil,
Opiáceos
Antiespasmódicos Cólica, cólica
menstrual,
dismenoréia,
desconforto pré-
menstrual, cólica
biliar, renal,
intestinal
Mebeverina
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
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Grupos Indicações Restrições
Anti-histamínicos Alergia, prurido,
rinorréia, rinite
alérgica, picada
de inseto,
ardência,
conjuntivite
alérgica, prurido
senil, prurido
ocular alérgico,
dermatite atópica
Adrenérgicos,
corticóides que
não a
hidrocortisona
de uso tópico
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Anti-seborréicos Caspa,
dermatite
seborréica,
seborréia,
oleosidade
Não há
Anti-sépticos
orais, anti-
sépticos buço-
faríngeos
Aftas, Dor de
garganta,
Profilaxia das
cáries
Não há
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
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Grupos Indicações Restrições
Anti-sépticos
nasais,
fluidificantes
nasais,
umectantes
nasais
Anti-sépticos
nasais,
fluidificantes
nasais,
umectantes
nasais
Não há
Anti-sépticos
oculares
Restrições:
Adrenérgicos,
(exceto nafazolina
com concentração
< 0,1%), corticóides
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Anti-sépticos da
pele
Assaduras,
dermatite de
fraldas,
dermatite de
contato
Não há
Anti-séptico
urinário
Disúria, dor,
ardor,
desconforto
para urinar
Não há
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
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Grupos Indicações Restrições
Anti-séptico
vaginal tópicos
Higiene íntima,
desodorizante Não há
Antiinflamatórios Mialgia, torcicolo,
dor articular,
artralgia,
Inflamação da
garganta, dor
muscular,
contusão,
hematomas,
entorses
Permitidos:
Naproxeno,
ibuprofeno,
cetoprofeno e
tópicos não-
esteroidais
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Antifiséticos,
antiflatulentos,
carminativos
Eructação,
flatulência,
aerofagia pós-
operatória,
gases,
meteorismo
Não há
Antiparasitários
Orais, anti-
helmínticos
Verminoses Permitidos:
Mebendazol,
Levamizol.
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
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Grupos Indicações Restrições
Antiparasitários
tópicos,
escabicidas,
ectoparasiticidas
Piolhos, sarna,
escabiose,
carrapatos,
pediculose,
lêndea
Não há
Antitabágicos Alívio dos
sintomas da
síndrome de
abstinência
Permitidos:
Mebendazol,
Levamizol.
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
Grupos Indicações Restrições
Analgésicos,
Antitérmicos,
Aintiíréticos
Dor, dor de dente,
dor de cabeça, dor
abdominal e
pélvica,
enxaqueca,
sintomas da gripe,
sintomas dos
resfriados, febre,
cefaléia, dores
reumáticas,
nevralgias, etc
Permitidos:
analgésicos
(exceto
narcóticos)
GITE - OTC
Grupos e Indicações Terapêuticas Especificadas
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Antifúngicos tópicos
Queratolíticos, Cicatrizantes
Descongenstionantes nasais tópicos
Fenilefrina (descongestionante sistêmico)
Emolientes e lubrificantes cutâneos e de mucosas
Expectorantes, Sedativos da tosse
Laxantes
Reidratante oral
Aminoácidos, Vitaminas, Minerais,
Outros Grupos Permitidos
Abordagens Temáticas da
Semiologia Farmacêutica
• Cefaléia, Migrânea e processos dolorosos
• Resfriado comum, rinite alérgica
• Ulcerações bucais leves
• Desconfortos gástricos, constipação, diarréia
• Ferimentos cutâneos leves, acne, dermatites,
infecções fúngicas da pele
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Abordagens Temáticas da
Semiologia Farmacêutica
• Dismenorréia primária
• Parasitoses
• Irritação Ocular
• Desabituação Tabágica
• Atenção básica: terapêutica medicamentosa
em geriatria
Agravos de saúde em pacientes que buscam OTCs
Fonte: Dias et al, 2008
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Metodologias de Ensino
• Exposição tradicional
• PBL
• Evidências clínicas
• Práticas simuladas
• Estudos de Utilização de Medicamentos
• Documentação audiovisual
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47
Caso Clínico• Homem de 53 anos, com história de enxaqueca desde a sua juventude,
tratada com ergotamínicos até o dia que antecedeu o seu
internamento. Acorreu com manifestações, com 7 dias de evolução,
com anestesia bilateral e simétrica dos dedos das mãos e sensação de
debilidade generalizada, associadas a dor intensa e cianose de
eminência tenar direita. No momento do seu internamento, não foi
possível medir a tensão arterial nas extremidades superiores os seus
pulsos periféricos encontravam-se diminuídos de maneira
generalizada. Foram descartadas etiologias de vasculite. Uma
angiografia mostrou estenose segmentar das artérias nas extremidades
superiores e inferiores. Foram suspensos os ergotamínicos, foi
indicada a nifedipina. A sintomatología desapareceu, a exploração
física foi normal e uma angiografia de controlo foi normal.
Cefaléia
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Aspectos Epidemiológicos
• 7 em cada 10 pessoas têm cefaléia ao menos uma vez por ano
• Estima-se perda de bilhões de dólares por ano decorrente de queda de produtividade de pessoas com crises recorrentes
• 45 milhões de americanos apresentam crises recorrentes
Causas
• Alimentos, bebidas, substâncias correlatas
– Cafeína, chocolate, queijos amarelos,
amendoim, lingüiça, salame, aspartame
• Estresse emocional
• Mudança de ambiente
• Atividade sexual
• Medicamentos
• Doenças
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Medicamentos sempre suspeitos
• Antianginosos
• Contraceptivos sistêmicos e hormônios
• Atenolol e Captopril
• Isotretinoína
• Metronidazol
• Ranitidina e Cimetidina (interações)
Classificações
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Quanto à etiologia
• Cefaléias primárias
– Desordens neuroquímicas (herdadas)
sensíveis a fatores ambientais
• Cefaléias secundárias
– Provocadas por doenças ou condições
demonstráveis por exames clínicos e
laboratoriais (ex.: meningite)
Quanto à evolução
• Cefaléias explosivas
– Ruptura de aneurisma arterial intracraniano,
cefaléia orgásmica (benigna)
• Cefaléias agudas
– Ápice em minutos ou poucas horas, comum a
todos os tipos
• Cefaléias sub-agudas
– Esp. secundárias
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Quanto à evolução
• Cefaléias crônicas (em geral, primárias)
– Recidivantes
– Persistentes
• Aparição diária ou quase
• Duração mínima de 4 horas
• Intensidade constante
• Maior causa de consultas
Quanto à sintomatologia• Tensional
– Tensão, pressão, constrição
– Circundando o crânio, na fronte ou têmporas
– Irradiação para pescoço e face
– Bilateral
– 30 minutos a 7 dias
– Leve a moderada
– Sem relação com esforço físico
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52
Quanto à sintomatologia• Em salvas
– Crise breve e recorrente em um dia
• 5 minutos a 2 horas; até 8 vezes ao dia
• Dura até 6 meses
– Freqüente ocorrência noturna
– Dor unilateral, intensa, na região periorbital
– Sintomas outros: congestão nasal, rinorréia,
sudorese facial, lacrimejamento
Quanto à sintomatologia
• Migrânea sem aura
– Início incerto, 4 a 72 horas (até semanas)
– Dor pulsátil, progressiva
– Moderada a grave
– Periorbital, frontal ou nas têmporas
– Náusea, vômito, fotofobia, fotofonia
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53
Quanto à sintomatologia
• Migrânea com aura
– Sintomas anteriores
– Aura: aumento do escotoma (região do
campo de visão com baixa ou nula acuidade
visual)
Quanto à sintomatologia
• Cefaléias diversas, não-associadas a
lesões estruturais
• Cefaléias associadas a traumatismo
craniano
• Cefaléia associada a distúrbios vasculares
• Cefaléia associada a distúrbio
intracraniano
• Ao todo, 13 tipos
Fonte: Sociedade Internacional de Cefaléia
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54
V
Relação de fatores
epidemiológicos com a cefaléia• Idade
– Baixa freqüência em idosos, baixíssima freqüência em crianças
– Início entre 10 e 29 anos
– Cefaléia crônica: inicio da vida adulta
– Cefaléia tensional: mesma distribuição em todas as idades
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Relação de fatores
epidemiológicos com a cefaléia• Gênero
– Enxaqueca: preferência por mulheres
– Cefaléia em salvas: homens (9:1)
• Hereditariedade
– Em todos os tipos de cefaléia
Prevenção
• Identificação de fatores desencadeantes
• Restrição ou plano de ação
• Condução cuidadosa em casos
desencadeados por medicamentos
prescritos
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Tratamento não-medicamentoso
• Repouso
• Silêncio
• Temperatura agradável
• Redução de claridade
• Alimentação moderada
• Resfriamento da região afetada
Quando encaminhar ao médico– Dor associada a trauma
– Dor severa, nunca sentida
– Dor após esforço
– Alteração psíquica
– Suspeita de RAM
– Crianças e idosos; Gestantes e lactantes
– Dor progressiva por dias ou semanas
– Rigidez na nuca
– Migrânea recorrente
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57
• Limite para o tratamento
– Resposta em até um dia
• Tratamento
– Dipirona, AAS, paracetamol e ibuprofeno
– Comprimidos, cápsulas, xaropes,
soluções, comprimidos solúveis e formas
de liberação prolongada
• Picos plasmáticos (30min a 2h)
– Enxaqueca: motilidade do TGI
Aspirina
• Análgésico, antipirético e antiinflamatório(em
doses diárias maiores que 4g)
• Profilaxia da enxaqueca: dias alternados
• Apresentações principais: comprimidos simples com 100 e 500mg de AAS, comprimidos revestidos (liberação entérica) e comprimidos tamponados.
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58
• Administração: copo cheio de água, após as refeições. Admitida a administração com leite e alimentos.
• Aspectos da administração oral(precauções)
– Irritação gástrica (indigestão, azia, náusea, vômitos) durante ou após as refeições
Contra-indicações
Alergia
Diclofenaco, ibuprofeno,
indometacina, cetoprofeno,
piroxicam, etc.
Asmáticos (hipersensibilidade em
4% da população)
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Menores de 12 anos (Síndrome de
Reye)
Em estados febris causados por
infecção viral
Uso local de AAS (dor de dente)
ulcerações
• Hemorragia gastrointestinal (pac. com
histórico de úlcera péptica), distúrbios
de coagulação, efeito anticoagulante
de outros fármacos.
• Álcool - efeito irritante do AAS e
prolongamento dos dist. de coagulação
• Gravidez
• Amamentação
• Gota
• Anemia
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• Efeitos colaterais
– Comuns: dor estomacal e abdominal,
dispepsia, indigestão, náuseas, vômitos
– Mais graves: perda de audição, sangue na
urina, confusão, convulsões, diarréia
(severa ou contínua), tontura, sonolência
ou sensação de fraqueza, nervosismo,
alucinações
• Interações
– Anticoagulantes
– Ácido valpróico (Depakene)
– Antidiabéticos
– Ciprofloxacina
– Itraconazol
– Norfloxacina
– Tetraciclinas
– Vancomicina
– Probenecide
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Paracetamol
• Efeito analgésico e antipirético
• Escolha para menores de 12 anos( 3
meses)
• Pouco irritante ao estômago
• Hepatotoxicidade (dano não aparente)
• Interações: carbamazepina (tegretol),
fenobarbital, fenitoína, rifampicina e
vitaminas
• Outros efeitos colaterais (raros)
– Rash
– Irritação estomacal
• Sintomas de overdose
– Diarréia
– Sudorese excessiva
– Perda de apetite
– Náusea ou vômito
– Cãibras estomacais
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Ibuprofeno
• Dose diária máxima: 1200mg
• Efeito anticoagulante reversível
• Hipersensibilidade cruzada
• Contra-indicações (retenção de Na e
água)
– Insuficiência cardíaca ou renal
– Gravidez (uso seguro na amamentação)
• Interações
– Toxicidade do Lítio(poliúria, letargia,
tremor)