UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA PATRIMÔNIO HISTÓRICO II João Guimarães Vieira: representação da imagem feminina no modernismo Alunos: Fabricio Teixeira Viana .Steves Peixoto Rocha Prof: Maraliz de Castro Vieira Christo Nov/2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
João Guimarães Vieira: representação da imagem feminina no modernismo
Alunos: Fabricio Teixeira Viana .Steves Peixoto Rocha
Prof: Maraliz de Castro Vieira Christo Nov/2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Nu, s.d. Óleo sobre tela 73x60
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
1. A pintura em Juiz de Fora;
2. João Guimarães Vieira : Guima;
3. Obra Nu;
4. Conclusão;
5. Referências.
PANORAMA:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
1. A pintura em Juiz de Fora:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
2. João Guimarães Vieira (Guima):
João Guimarães Vieira, o Guima, nasceu em São Sebastião do Rio Bonito, hoje Pentagna (RJ), aos 17 de outubro de 1920, e morreu em 1996. Estudou pintura com Édson Motta,
aprendendo a desenhar a partir de
modelos vivos, além de
paisagens e pintura afresco. Também estudou filosofia da arte, orientado pelo professor Henrique Hargreaves.
Guima: “sempre fui marcado pelo descaso de Juiz de Fora, com as atividades culturais” – (Tribuna de Minas, 1982)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Guima é autor de diversos trabalhos de pintura, mural, de ilustrações e capas de livros, inclusive desenhou duas para Carlos Drummond de Andrade.
Destacamos algumas algumas obras: painel a Ceia; Painel no salão de leitura da biblioteca Central UFJF, tela Duas Figuras, ilustrações femininas diversas e a obra Nu.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
(Site CEFET/MG)
Painel “Ceia”, 1958, instalado na Sala de Convivência dos Professores do Campus I do CEFT-MG
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Painel, instalado no Salão de Leituras da biblioteca Central da Universidade Federal de Juiz de Fora:
(Arquivo pessoal, 2011)
Detalhe central do painel – (Arquivo Pessoal, 2011.)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Tela Duas Figuras, 1947
(Amaral, 2004.)
Ilustrações diversas:
(Tribuna de minas, 1982)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Quadro Nu, óleo sobre tela, 73x60 – Museu Mariano Procópio
Catálago Banco Safra, 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Comparação das representações femininas de Guima:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
3. ‘Nu’ : A obra retrata uma mulher jovem, de cabelos longos e escuros. O rosto é representado em perfil, seu olho fechado trás o tom nostálgico do quadro. A cabeça se apóia no ombro direito, cujo braço escorado num objeto cúbico do cenário se estende deixando a mão pendente. Ela está nua, sentada no chão, e possui um tecido branco que junto com seu braço esquerdo lhe escondem o sexo. Um de seus seios, está a mostra, marcando a sutileza da obra.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
3. Nu:
“Serenidade cromática”; Uso de cores complementares básicas ; Os tons avermelhados e alaranjados direcionam o olhar do espectador para a mulher; Já o fundo em tons azuláceos, passa certa tranqüilidade, estado de estagnação, reflexão que compõem a imagem de “mulher melancólica”.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Jayme Soares Costa – Minha Esposa (1963)
Paisagens, natureza morta e retratos eram a produção mais comum dos artistas locais vinculados ao núcleo Antonio Parreiras, havendo pouca pintura de modelo vivo, que só veio acontecer com mais frequencia com a presença de Edson Motta.
João Guimarães Vieira – NU (s.d.))
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Nivia Bracher – Auto Retrato (1961)
As imagens femininas no núcleo Antonio Parreiras, são encontradas em retratos, diferenciando da obra de modelo vivo pintada por Guima.
João Guimarães Vieira – NU (s.d.))
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Cézar Turatti – Retrato de Wanda Turatti
A obra “Nu” se destaca ainda por não se tratar de nenhuma personalidade específica, não havendo a caracterização de sua face.
João Guimarães Vieira – NU (s.d.))
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Mas, dentro do acervo do Núcleo de Belas Artes Antonio Parreras, é identificado a obra de Biggi, feito a partir de um modelo vivo, sem abordar a arte do retrato, até então tão comumente produzida.
Angelo Bigi – Figura (1921) João Guimarães Vieira – NU (s.d.))
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
Tarsila do Amaral – A Negra (1923) João Guimarães Vieira – NU (s.d.))
Outra relação iconográfica que pode ser bem interessante seria confrontando a obra analisada “Nu”com o quadro “A Negra”. Apesar da enorme discrepância de formas do corpo feminino, já que a obra do Guima apresenta a mulher de maneira extremamente delicada e sutil e o quadro da Tarsila mostra a mulher mais brutalizada, ambos revelam a nudez feminina
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
4. Conclusão:
A obra Duas Figuras, bem como as ilustrações publicadas no Jornal Tribuna de Minas (1982) trazem grande semelhança física entre as personagens com a obra Nu, contrastando com A Negra, de Tarsila do Amaral, que se excluirmos o seu sentido de quadro-manifesto, nos resta uma representação monstruosa e brutalista da mulher. Analisar Nu de João Guimarães Vieira é, portanto verificar a sutileza da representação feminina na arte moderna.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I
5.Referências: AMARAL, Lucas do. A Parreira e seus artistas: crônica da Sociedade Belas Artes Antonio Parreiras e dicionário Biográfico de alguns de seus artistas – Juiz de Fora, MG: Funalfa edições, 2004. Catálago Exposição Artistas de Juiz de Fora: Sociedade de Belas Artes Antonio Parreiras – 07 a 22 de novembro de 1978. O Museu Mariano Procópio: São Paulo: Banco Safra: 2006 Tribuna de Minas, Caderno Dois, 02 de novembro de 1982.
http://www.revue-silene.com/images/30/extrait_111.pdf
http://www.ufjf.br/mamm/bibliotecas-do-mamm/guima/
http://www.cefetmg.br/noticias/2010/12/noticia0006.html
http://www.graudez.com.br/literatura/modernismo.html
Pesquisa na internet, acessado em 20/11/11, disponível em:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA P A T R I M Ô N I O H I S T Ó R I C O I I