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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza70
Em sua forma mais simples, uma fibra óptica consisteem um núcleo (core) cilíndrico envolto por uma casca(cladding) cujo índice de refração é ligeiramente menor que o do núcleo.
O núcleo transporta a luz. A casca mantém a luz
confinada no núcleo. O revestimento primário (buffer oucoating) protege o vidro.
Configuração
Fibra Óptica
Núcleo/Casca:
sílica/sílicasílica/plástico (PCS - Plastic
Clad Sil ica Fiber )
plástico/plástico (POF –Plastic Optical Fiber )
raio aíndice derefração
n1
índice de refração n2
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Fibra Óptica
Cabo de Fibra Óptica
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Multimodo (MM)
Monomodo (SM)
Índice Degrau (SI)Índice Gradual (GI)
Modos de propagação definem “caminhos” que a luzpode percorrer no núcleo da fibra (dependem de n
1, n
2,
a, ).
Classificação
Fibra Óptica
Distribuição ou perfil de índice de refração.
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Distribuição de Índice de Refração
Fibra Óptica
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Dimensões Relativas
Fibra Óptica
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Dimensões
Fibra Óptica
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Dimensões Relativas – Fibra SM
Fibra Óptica
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Padrões de Fibras Ópticas
Fibra Óptica
casca
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza78
Fibra Óptica
Multimodo x Monomodo
Fibra multimodo
Fibra monomodo
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Multimodo: Índice Degrau e Índice Gradual
Fibra Óptica
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Multimodo: Índice Degrau e Índice Gradual
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza81
Monomodo: Índice Degrau
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza82
A propagação da luz na fibra óptica pode ser estudadade acordo com duas teorias:
Teoria de raios ou óptica geométrica, que utiliza osconceitos de reflexão e refração da luz e permitedescrever o mecanismo de dispersão modal em
fibras multimodo.Aplicável quando o raio do núcleo da fibra for muito maior queo comprimento de onda.
Teoria de modos ou óptica física, útil na descriçãodos fenômenos de dispersão cromática e PMD emfibras monomodo.
Necessária quando o raio do núcleo da fibra for comparável ao
comprimento de onda.
Propagação da luz
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza83
Raios: usados para descrever geometricamente algunsfenômenos ópticos. Transportam o feixe luminoso.
Regras simples para os raios: No vácuo, raios viajam com a velocidade da luz (c).
Em outros meios, a velocidade é menor (v = c/n).
Valores aproximados de índices de refração:ar: n=1; água: n=1,33; vidro: n=1,5.
Raios percorrem “caminhos retos”, a menos que
haja alteração no meio. Em uma interface plana: ângulos de incidência e
reflexão são iguais. Lei de Snell determina a direção
do raio transmitido (refratado).
Óptica Geométrica
Fibra ÓpticaA relação c/v denota o “índice de refração” do meio, n.
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza84
A aproximação da óptica geométrica é válida quando ocomprimento de onda é muito menor que o raio do
núcleo da fibra:
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza
Considera-se que o índice de refração do meio 1 sejamaior que o do meio 2: n
1
> n2
.
n1 sin 1 = n2 sin 2
Ângulo crítico: 1 = c, tal que 2 = /2 : sin c = n2 / n1
1 c : REFLEXÃO INTERNA TOTAL. Raio 4.
Lei de Snell
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza86
Mecanismo básico de confinamento da luz na fibramonomodo. É responsável pelo guiamento da luz.
Reflexão Interna Total (1854)
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza87
Não é difícil imaginar que exista um ângulo máximo deincidência (com relação ao eixo da fibra) de modo que a
luz permaneça confinada no núcleo CONE DEACEITAÇÃO DE LUZ.
Abertura Numérica (NA)
Fibra Óptica
t
cI
Cone deaceitaçãoda fibra
PI
Perda
Casca (n2
) Núcleo (n1
)
n0I c
t
Perda
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza88
Fibra Óptica
Abertura Numérica (NA)
Cone de aceitação
http://www.launc.tased.edu.au/online/sciences/Physics/photonics/accang.swf
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza89
A abertura numérica representa a “capacidade” deaceitação ou captura (e portanto guiamento) de luz emuma fibra óptica.
NA = n0 sen c
Raios com ângulo de incidência fora do cone não sepropagarão na fibra. (c é o máximo ângulo deincidência). É menor que 300.
Fibra de baixa NA tem menor eficiência de acoplamento
fibra de vidro: 0,1 – 0,3 (típico 0,24)
fibra plástica: 0,4 – 0,5 (típico 0,48)
Abertura Numérica (NA)
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza90
É um parâmetro muito útil na especificação de fibrasmultimodo.
NA = n0 sen c = n1cos c
Mas, sin c
= n
2
/n
1
. Logo, cos
c
= [1 – n
2
/n
1
)
2
]
1/2
e
NA = [n12 - n22 ]1/2 = [(n1 + n2) (n1 - n2)]1/2
Na prática, n2 não é muito diferente de n1,
NA ≈ [2n1 (n1 - n2)]1/2
OuNA = n1 (2)1/2, com = (n1 - n2) / n1
Abertura Numérica (NA)
Fibra Óptica
Ó
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza91
: variação fracionária do índice de refração nainterface núcleo – casca.
Intuitivamente, quanto maior , maior a aberturanumérica (NA) e maior o acoplamento de luz.
Na prática, deve ser tomado muito pequeno (< 0,01)para evitar o fenômeno de dispersão modal, a ser analisado mais adiante.
Abertura Numérica (NA)
Fibra Óptica
Ó
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza92
Fibra MM - Índice Gradual (Fibra GRIN)
Fibra Óptica
O índice de refração do núcleo decresce gradualmentede seu valor máximo n1, no centro do núcleo, para seu
valor mínimo n2, na interface núcleo-casca. A maior parte das fibras índice gradual é projetada e
analisada usando o chamado perfil .
Ó
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza93
Alguns exemplos de perfil
Fibra Óptica
= 1 , perfil triangular (DSF)
= 2 , perfil parabólico (melhor desempenho!!)
>> 1 , perfil índice degrau (fibra padrão)
Ó
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza94
Modos de Propagação na Fibra
Fibra Óptica
A propagação de pulsos em fibra óptica é governadapelas equações de Maxwell, que, convenientemente
combinadas, permitem escrever a equação de onda. A eq. de onda é resolvida numericamente (no Sistema de
Coordenadas Cilíndricas) e admite inúmeras soluções.Fisicamente, cada solução corresponde a um modo(guiado, evanescente).
Os modos guiados, ou seja, aqueles que se propagam nonúcleo da fibra, são de particular interesse.
Na fibra óptica, usualmente as componentes axiais decampo elétrico e magnético, Ez e Hz, são não nulas (aocontrário do que ocorre em guias de onda de camadasdielétricas). Por esse motivo, os modos da fibra são
denominados híbridos.
Fib Ó ti
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza95
Fibra Óptica
Convenção: HEmn ou EHmn, dependendo se Hz ou Ezdomina.
Para fibras de índice degrau, no caso especial em quem=0, os modos híbridos correspondem aos modostransversais TE01 (Ez=0) e TM01 (Hz=0).
Um modo é caracterizado por sua constante depropagação ou índice de refração efetivo neff :
k2 < < k1 ou k0n2 < < k0n1 ou n2 < neff < n1
com ki = 1/2 = 1/2ni = koni e neff = k0. Um modo deixa de ser guiado quando neff = n2. Essa é a
chamada condição de corte.
Modos de Propagação na Fibra
Fib Ó ti
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza96
Fibra Óptica
Modos de Propagação na Fibra
Distribuição decampo elétrico
Fib Ó ti
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza97
Modos da Fibra
Fibra Óptica
O parâmetro V, também chamado de freqüêncianormalizada, é útil no estudo da condição de corte e é
definido como:
V = (2 /) a (n12 – n22 )1/2 ≈ (2 /) an1(2)1/2
Grande raio de núcleo, elevados valores de V, váriosmodos de propagação (situação indesejada).
Alguns números:
Fibra multimodo: a = 25m, V = 18 @ 1,3m, o quecorresponde a 162 modos. V = 5 reduz para 7 modos.
V > 10, N = V2 /2, sendo N o número de modos.
Fib Ó ti
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza98
Carta de Modos
Fibra Óptica
Regiãomonomodo
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza99
Fibra Monomodo
Fibra Óptica
A figura anterior mostra que, se V for menor que cercade 2,5, apenas o modo HE11 se propaga: monomodo.
Na verdade, a condição monomodo é satisfeita para V <2,405.
A fibra monomodo padrão é a que suporta um único
modo de propagação, chamado modo fundamental:HE11. A fibra é projetada de forma que os modos deordem superior estejam “cortados” no(s)comprimento(s) de onda de operação.
Condição de modo único (1,3-1,6m):
n1 = 1,45, = 5x10-3, a = 3,2m
= 3x10-3
, a = 4m (projetos práticos!)
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza100
Dispersão
Fibra Óptica
A propagação da luz através da fibra óptica sofre oefeito da dispersão: distorção e alargamento temporal
dos pulsos transmitidos.
Causas: existência de vários modos de propagação na fibra
óptica Dispersão modal ou intermodal; variação do índice de refração com o comprimento
de onda Dispersão cromática ou de velocidade de
grupo (intramodal); variação do estado ou modo de polarização do
campo óptico ao longo do comprimento da fibra Dispersão do modo de polarização.
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza101
Dispersão
Fibra Óptica
Conseqüência:
Interferência inter-simbólica (IIS), que limita a
máxima taxa de bits que a fibra suporta.
Tempo
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza102
Dispersão
Fibra Óptica
É, portanto, o parâmetro óptico que limita a quantidadede informação que pode ser transmitida por “unidade
de tempo”. A dispersão resulta no alargamentotemporal dos pulsos.
Formas de dispersão:
Modal Cromática Dispersão do modo de polarização (PMD)
Fibra multimodo dispersão modal, dispersãocromática e PMD
Fibra monomodo dispersão cromática e PMD
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza103
Dispersão Modal (multipercurso) – Fibra MM
Fibra Óptica
Em uma fibra multimodo, a energia do pulso incidente édistribuída entre os modos propagantes.
Modos A B C D D C B A
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza104
Dispersão Modal (multipercurso) – Fibra MM
Fibra Óptica
Cada modo é representado por um raio.
Cada raio “viaja” ao longo da fibra através de umpercurso diferente. Os diferentes raios se dispersam(temporalmente) na saída da fibra, ainda que tenham“viajado” com a mesma velocidade.
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza105
Dispersão Modal – Fibra MM-SI
Fibra Óptica
Uma estimativa do alargamento temporal pode ser obtida considerando-se os percursos mais curto (axial)
e mais longo (ângulo crítico). Percurso mais curto: comprimento L.
Percurso mais longo: comprimento L/sinc = L n1 /n2.
A velocidade dos raios é v = c/n1.O alargamento temporal T é, então, estimado como:
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza106
Fibra Óptica
Usando resultados anteriores,
Uma análise intuitiva sugere que T deve ser menor queo bit slot TB = 1/B (B: taxa de bits), ou seja:
Dispersão Modal – Fibra MM-SI
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza107
Fibra Óptica
Exemplo: fibra sem casca
n1= 1,5 (vidro) e n
2 = 1 (ar) BL < 0,4 (Mb/s – km).
Fibras ópticas utilizadas em comunicações, < 0,01.
Se: = 2 x 10-3
,BL < 100 (Mb/s – km)
Fibras multimodo índice degrauestão limitadas a aplicações de
curtíssima distância.
Dispersão Modal – Fibra MM-SI
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza108
Dispersão Modal – Fibra GRIN
Fibra Óptica
A dispersão modal é reduzida.
v = c / n1 Raio axial: menor percurso, menor velocidade. Raios oblíquos: percursos em regiões de índice de
refração mais baixo, maiores velocidades.
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza109
p
O emprego da óptica geométrica mostra que o mínimode dispersão modal ocorre quando = 2(1 – ).
Dispersão Modal – Fibra GRIN
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza110
p
Neste caso, o alargamento temporal de pulsos ao longode um comprimento L de fibra GRIN é calculado como:
A limitação sobre o produto BL é, então, estimada
como:
Dispersão Modal – Fibra GRIN
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza111
p
Uma comparação entre os alargamentos temporais depulsos ao longo de fibras GRIN e de índice degrau de
mesmo comprimento mostra que:
Como n2 n1, segue que
O efeito de dispersão modal é, portanto,consideravelmente menor em fibras GRIN, pois
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza112
p
Otimização de perfil: Taxas de 100 Mb/s por distânciasde até 100 km.
Sistemas de 1a geração!!!
Anos 90: Fibras plásticas de perfil gradual comcrescente utilização em transmissões de dados de
curtas distâncias e altas taxas. Maior diâmetro de núcleo, maior NA e maior
eficiência de acoplamento. Perdas muito elevadas(em torno de 50 dB/km);
Capacidade de 2 Gb/s-km, permitindo transmissõesem taxas superiores a 1 Gb/s por distâncias de 1 km,uma importante aplicação do padrão Ethernet.
Dispersão Modal – Fibra GRIN
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza113
Em uma fibra monomodo a dispersão modal não existe.Toda a informação é transportada apenas pelo modo
fundamental. Ainda assim, observa-se um alargamento temporal dos
pulsos, resultado da dependência entre a velocidade de
grupo (pulso) associada ao modo fundamental e ocomprimento de onda (ou freqüência): vg = vg ().
É também chamada de GVD (Group-VelocityDispersion).
Dispersão Cromática - Fibra Monomodo
Dispersão cromática !!!
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza114
Dispersão da luz branca A luz branca contém todas as cores do arco-íris. Cada
cor tem um comprimento de onda diferente.
As diferentes cores são refratadas (transmitidas) pelovidro através de diferentes ângulos.
Luz branca
Luzdispersada
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza115
Espectro de luz
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza116
Dispersão Cromática
Tempo
Pulso deentrada
Pulso desaída
Tempo
Componentesde frequência
Fibra óptica
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
48/76
Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza117
Dispersão é um efeito indesejado, pois pode causar erros de identificação de bits no receptor.
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza118
Em conseqüência da dispersão cromática, cadacomponente espectral do pulso viaja ao longo da fibra
com uma velocidade de grupo específica. Para viajar uma distância L ao longo de uma fibra
monomodo, cada componente espectral do pulso gastaum tempo
onde vg é a velocidade de grupo, é a constante depropagação e , a freqüência angular.
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza119
Assumindo que a largura espectral do pulso seja , oalargamento temporal sofrido pelo pulso é calculado
como:
2=d2 /d2 é o parâmetro de dispersão de velocidade degrupo, ou parâmetro de GVD, expresso em unidades deps2 /km.
Em geral, o alargamento espectral é determinadopela largura de linha (largura espectral) da fonte de luz.
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza120
Se a largura espectral da fonte for medida emcomprimento de onda, o alargamento temporal pode ser
reescrito como T = LD,com
D é chamado de parâmetro de dispersão e expresso emunidades de ps/(km-nm).
D indica o alargamento (ps) de um pulso gerado por umfonte com largura de linha de 1 nm, após percorrer 1 kmde fibra.
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza121
Considerando uma taxa de transmissão B, o efeito dadispersão cromática pode ser estimado usando o
critério
T < TB
onde TB = 1/B, representa a largura do bit slot.
Assim, BT < 1, ou
BL2 = BDL < 1
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza122
GVD tem duas componentes: dispersão material e
dispersão de guia de onda.O parâmetro de dispersão D pode ser escrito como:
D = DM + DWDM: dispersão material
DW: dispersão de guia de onda
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza123
A dispersão material resulta da variação do índice derefração do material (sílica) com o comprimento de
onda (ou freqüência) da luz. A fonte de luz não é monocromática!!
Distante de ressonâncias do meio:
j: ressonâncias; B j: intensidade de oscilação. Esta relação permite o cálculo do índice de refração degrupo, que é dado por:
ng = c/vg = n + (dn/d)
Dispersão Material
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza124
0.4 0.8 1.2 1.61.44
1.46
1.48
1.50
1.52
n
Í n d i c
e d e R e f r a ç ã o
Comprimento de onda (
m)
ng=n+(dn/d)=c/vg
Variação do índice de refração n e do índice de refraçãode grupo ng com o comprimento de onda na sílica pura.
Dispersão Material
dng /d > 0
Fibra Óptica
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza125
O parâmetro de dispersão material DM está relacionado
à inclinação de ng
DM = c1(dng /d)
Na sílica pura, dng /d = 0 em = 1,276 m. Este valor de é chamado de “comprimento de onda de
zero de dispersão”, ZD.
DM< 0 para 0 para > ZD.
Dispersão Material
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza126
Variação da velocidade de grupo vg com o comprimentode onda na sílica pura.
Dispersão normal Dispersão anômala
D < 0, ou
2 > 0: < 1,3 m D > 0, ou
2 < 0:
> 1,3
mFreqüências baixas na Freqüências altas na
frente do pulso frente do pulso
0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
0.678
0.679
0.680
0.681
0.682
0.683
0.684
0.685
Wavelength (m)
V g
/ c
ZD
Dispersão Material
Frente do pulso??
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza127
Dispersão Material
Dispersão normal:Freqüências baixasna frente do pulso.
Dispersão anômala:Freqüências altasna frente do pulso.
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza128
Mesmo na fibra monomodo, a distribuição da energiana seção reta da fibra varia com o comprimento deonda.
Nos comprimentos de onda mais curtos, a energia ficamais confinada no núcleo da fibra.
Nos comprimentos de onda mais longos, uma parcelaconsiderável da energia se espalha pela casca.
Dispersão de Guia de Onda
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza129
n1 ()n2 ()
Dispersão de Guia de Onda
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza130
A distribuição de energia entre núcleo e casca da fibra
óptica é medida pelo fator de confinamento:
Nas fibras monomodo empregadas em sistemas de
comunicações, 2 < V < 2,4, de modo que o fator deconfinamento de campo seja maior que 75%, garantindoque o campo fica principalmente confinado no núcleo.
Dispersão de Guia de Onda
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza131
Variação do fator de confinamento com a freqüência normalizada
em uma fibra monomodo
Dispersão de Guia de Onda
Fibra Óptica
8/17/2019 SCO_2 Fibra
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Sistemas de Comunicações Ópticas J. R. Souza132
Como o índice de refração do núcleo é maior que o dacasca, esta diferença na distribuição espacial daenergia causa uma alteração na velocidade depropagação, resultando em alargamento temporal dospulsos.
Este fenômeno é a dispersão de guia de onda. Dispersão de guia de onda existe mesmo que o índice
de refração não varie com o comprimento de onda.
Dispersão de Guia de Onda
Fibra Óptica
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A dispersão material DM é a contribuição dominante.
A contribuição de DW é pequena e praticamenteconstante na faixa 1,3-1,6 m.
DW é negativo na maioria dos casos de interesse, o que
contribui para aumentar o valor do comprimento deonda de zero de dispersão.
Efeitos: deslocamento de ZD de 30-40 nm e redução de
DM na faixa 1,3-1,6 m.
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
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GVD em uma fibra monomodo padrão
Fibra Óptica
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Em uma fibra monomodo padrão, D é relativamentepequeno (~1 ps/km-nm) para comprimentos de ondapróximos de 1,3 m.
Considerando uma fonte de largura de linha na faixade 2 - 4 nm, como um laser semicondutor, o produto BL
pode exceder 100 (Gb/s)-km.O produto BL pode ultrapassar 1 (Tb/s)-km com o
emprego de fontes de menor , como um laser
semicondutor monomodo ( < 1 nm).
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
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Como a dispersão de guia de onda depende deparâmetros da fibra, como raio do núcleo e diferença deíndice de refração entre núcleo e casca, é possívelcontrolar o valor de ZD.
Por exemplo, ZD pode ser deslocado para a região de
1,55 m, onde a perda na fibra é mínima. Tais fibras são conhecidas como fibras com dispersão
deslocada (DSF - Dispersion-Shifted Fiber ).
Zero de dispersão cromática: Fibra padrão: 1,3 m Fibra com dispersão deslocada (DSF): 1,55 m
Dispersão Cromática
Di ã C áti
Fibra Óptica
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Também é possível ajustar a contribuição da dispersãode guia de onda, de modo que a dispersão total D sejarelativamente pequena em uma dada faixa decomprimentos de onda.
Fibras com tal característica são chamadas de fibrascom dispersão plana (DFF - Dispersion-FlattenedFibers).
Dispersão Cromática
Fibra Óptica
GVD X Ti d Fib
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GVD X Tipo de Fibra
Di ã C áti
Fibra Óptica
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Dispersão Cromática
Fibra Óptica
GVD X Tipo de Fibra
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GVD X Tipo de Fibra
Outros tipos de fibra são disponíveis, que apresentamdispersão não nula, mas pequena, na terceira janela,para evitar o efeito de mistura de quatro ondas (FWM).
Fibra Monomodo
Fibra Óptica
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Fibra Monomodo
@1,3 m: D muito pequeno (1 ps/(km-nm))
Largura espectral de um laser típico (FP) : 2 a 4 nm.O produto BL pode exceder 100 (Gb/s-km);
Sistemas de 2a
geração !!!@1,55 m, fibra DSF ou laser DFB ( < 1 nm), produto
BL pode exceder 1 (Tb/s-km).
Sistemas de 3a e 4a gerações !!!
Fibras Comerciais
Fibra Óptica
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Fibras Comerciais
Fibra Óptica
Exercícios
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• #1:
Considere a incidência de uma onda luminosa em umainterface entre dois meios materiais, de índices de refração
n1 e n2, de modo que haja reflexão total, como ilustrado nafigura abaixo:
Use o princípio de Fermat e mostre que os ângulos deincidência (
i
) e de reflexão (r
) são iguais.
Exercícios
i
r
n
1
n
2
Fibra Óptica
Exercícios
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• #2:Sabendo que
= (0)1/2n,
onde é a constante de propagação, é a freqüênciaangular, 0 é a permeabilidade do vácuo, é apermissividade do vácuo e n, o índice de refração da
sílica que constitui a fibra óptica,mostre que o índice de refração de grupo, definidocomo ng = c/vg, é dado por:
ng = n + (dn/d),onde c é a velocidade da luz no vácuo e vg, a velocidadede grupo do sinal óptico.
Exercícios
Fibra Óptica
Exercícios
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• #3:Considere o alargamento temporal devido à dispersãode velocidade de grupo (GVD):
onde 2 é o parâmetro de GDV, L é o comprimento defibra e , a largura espectral da fonte óptica.
Mostre que t pode ser escrito como T = LD,
onde D é o parâmetro de dispersão.
Exercícios