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Key words: Communication technologies, terabytes, cloud
computing, social networks, Web 3.0, the Internet of
things.Descriptores: Information and communications tech-nologies,
Online social networks, Communication and technology.Recibido:
August 28th, 2011.Aceptado: October 5th, 2011.
A tecnocultura atuale suas tendncias futuras
Tem sido freqentemente lembrado que o ltimo quarto do sculo 20
no teve precedentes na escala, finalidade e velocidade de sua
transformao histrica, de modo que a nica certeza para o futuro que
ele ser bem dife-rente do que hoje, e que assim ser de maneira
muito mais rpida do que nunca. A razo disso tudo est na revoluo
tecnolgica, uma idia que se tornou rotineira e lugar comum, nestes
tempos de tecnocultura. , de fato, impressionante a acelerao das
transformaes dos meios tecnolgicos de produo de linguagens e de
comunicao. Desde a inveno da fotografia, j alcan-amos a quinta
gerao de tecnologias comunicacionais. Este trabalho tem por
objetivo apresentar brevemente essas cinco geraes tecnolgicas, a
saber, as Tecno-logias do reprodutvel, trazidas pela revoluo
eletro-eletrnica, as Tecnologias da difuso, introduzidas pela
revoluo eletro-eletrnica, as Tecnologias do disponvel, prprias da
cultura das mdias, as Tecnologias do acesso a partir da revoluo
digital, e, mais recentemente, as Tecnologias da conexo contnua
potencializadas pelos dispositivos mveis. Depois da apresentao de
cada uma dessas tecnologias comunicacionais e do modo como elas se
misturam na contemporaneidade, este trabalho estar voltado para a
discusso das principais linhas de frente das mdias digitais.
Current Affairs and Future Trends in Technoculture
We often remember the last quarter of the 20th cen-tury as a
period of unprecedented changes in terms of the extent, purpose and
pace of historical transforma-tion. Thus, the only certainty we
have about the future is that it will be very different from our
present and that it will run faster than ever. The reason behind
all of this is technological revolution, an idea that has become
commonplace in the so-called technoculture era. In fact, the
transformation speed experienced by technological means of language
and communication production is impressive. Since the invention of
pho-tography, we have already achieved the 5th generation of
communication technologies. This paper aims at introducing briefly
the five technological generations we know so far: replay and
webcasting technologies, both made possible by the
electric-electronic revolu-tion; the make-available technologies
that characterize media culture; access technologies developed from
the digital revolution; and more recently, the permanent connection
technologies made possible by mobile devices. After discussing
these and the way they are combined today, the article goes on to
discuss main research lines in digital media.
Palavras-chave: Tecnologias comunicacionais, tera-bytes,
computao em nuvem, redes sociais, Web 3.0, internet das
coisas.Search Tags: Informao e tecnologias de comunica-o, redes
sociais online, Comunicao e tecnologia.Recebido: Agosto 28,
2011.Aceito Date: Outubro 5, 2011.
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Palabras clave: Tecnologas comunicacionales, tera-bytes,
computacin en nube, redes sociales, Web 3.0, Internet de las
cosas.Descriptores: Tecnologas de la informacin y la comunicacin,
Redes sociales en lnea, Comunicacin y tecnologa.Recibido: Agosto 28
de 2011.Aceptado: Octubre 5 de 2011.
La tecnocultura actualy sus tendencias futuras
Los ltimos 25 aos del Siglo XX fueron un perodo sin precedentes
en cuanto a la magnitud, finalidad y velocidad de transformacin
histrica. As, nuestra nica certeza es que nuestro futuro ser muy
distinto de nuestro presente y que todo cambio ser aun ms rpido. La
razn es la revolucin tecnolgica, una idea que se ha vuelto comn en
esta era de la tecnocultura. La aceleracin de las transformaciones
experimen-tadas por los medios tecnolgicos de produccin de
lenguajes y de comunicacin es impresionante. Desde la invencin de
la fotografa, ya hemos alcanzado la quinta generacin de tecnologas
comunicacionales. Este trabajo tiene como objetivo presentar
brevemente esas cinco generaciones tecnolgicas: las tecnologas de
lo reproducible, marcadas por la revolucin elctrico-electrnica; las
tecnologas de la difusin, introducidas por ese mismo elemento
revolucionario; las tecnologas de lo disponible, propias de la
cultura de los medios; las tecnologas del acceso, desarrolladas a
partir de la revolucin digital; y ms recientemente las tecnologas
de la conectividad permanente, potencializadas por los dispositivos
mviles. Despus de presentar las tecnolo-gas comunicacionales y la
manera como se combinan en la contemporaneidad, el artculo pasa a
discutir las principales lneas de investigacin en medios
digitales.
Origen del artculoLa investigacin que sustenta la discusin sobre
el estado del arte de los medios digitales se desarrolla
actualmente en el seno del proyecto de productividad en
investigacin, patrocinado por el CNPq (2010-2015), So Paulo,
Brasil.
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Lucia Santaella*
* Lucia Santaella. Brasilea. Profesora titular de la PUCSP.
Doctora en Teora Literaria graduada de la misma universidad en
1973; recibi el ttulo de Doctora en Libre Docencia en Ciencias de
la Comunicacin de la ECA/USP en 1993. Coordi-nadora del Posgrado en
Tecnologas de la Inteligencia y Diseo Digital. Directora del CIMID
(Centro de Investigacin en Medios Digitales) y Coordinadora del
Centro de Estudios Peirceanos en la PUCSP. Presidenta honoraria de
la Federacin Latinoamericana de Semitica y miembro correspondiente
de la Academia Argentina de Bellas Artes. Vice-Presidenta
(1089-1999) de la Asociacin Internacional de Semitica y Presidenta
(2007) de la Charles S. Peirce Society, E.U.A. Re-cibi los premios
Jabuti (2002, 2009 y 2011), Sergio Motta (Lber, 2005) y Luiz Beltro
(2010). Ha editado 11 libros y, de su autora, ha publicado 35
libros y cerca de 300 artculos en libros y revistas especializadas
en Brasil y en el exterior. Correo electrnico: [email protected]
A histria, a economia, a poltica, a cultura, a percepo, a
memria, a identidade e a experincia esto todas elas hoje mediadas
pelas tecnologias digitais. Estas penetram em nosso presente no s
como um modo de participao, mas como um
A tecnocultura atuale suas tendncias futuras
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Lucia Santaella | A tecnocultura atual e suas tendncias
futuras
princpio operativo assimilado produo humana em todas as suas
reas.
Para se ter uma idia da assombrosa acele-rao do ritmo de
transformaes tecnolgicas, hoje voltadas intensamente para a produo
de linguagens, de cultura e de expanso da intelign-cia coletiva,
tenho repetidamente chamado ateno para o fato de que, desde a crise
da hegemonia da era de Gutenberg, no incio do sculo XIX, estamos
agora, em menos de dois sculos, em plena travessia da quinta gerao
de tecnologias de linguagem, conforme ser visto a seguir1.
Cinco geraes de tecnologias de linguagem
Tecnologias do reprodutvel
Produzidas com o auxlio de tecnologias eletro-mecnicas, as
linguagens da era da reprodutibili-dade tcnica -- jornal, foto e
cinema -- lanaram as sementes da cultura de massas cujo pblico
receptor aflorava nas metrpoles que despontavam como frutos da
exploso demogrfica.
Tais tecnologias introduziram o automatismo e a mecanizao da
vida, tanto nas fbricas em que respondiam com eficincia acelerao da
produo de mercadorias, quanto nas cidades cujo ritmo, sob a luz das
redes de eletricidade recm inauguradas, anunciava os novos tempos
em que os espetculos da novidade, da publicidade, da moda, da
sofisticao e do luxo passariam a alimentar os prazeres fugazes do
consumo.
Bem distintos so os modos de produo, transmisso e recepo das
linguagens que foram introduzidas pelas tecnologias
eletro-eletrnicas.
Tecnologias da difuso
Assim que entraram no mercado da indstria cul-tural, o rdio e a
televiso comearam a se alastrar a passos largos. O gigantismo de
sua penetrao adveio no apenas da sua expanso no espao, mas,
sobretudo, do seu poder de difuso, que respon-svel pela ascenso da
cultura de massas e que se tornou mais agudo com a transmisso via
satlite.
Tecnologias do disponvel
As tecnologias do disponvel, que fizeram emergir o que tenho
chamado de cultura das mdias, so tecnologias de pequeno porte, ou
mesmo gadgets, feitas para atender a pblicos especficos e at mesmo
para escolhas individuais, como nas redes de televiso a cabo, no
vdeo cassete, nas mquinas de xrox etc. Por isso, elas fazem
germinar uma ecologia cultural que se distingue da lgica que
comanda a comunicao de massa, assim como se distingue da cultura
digital atual.
Tecnologias do acesso
A histria da evoluo do computador envolve projeto, memria,
linguagem, circuito lgico, programas e alguns dispositivos, entre
os quais se destacam os que permitiram a convergncia dos
computadores com as telecomunicaes. O que caracteriza as
tecnologias do acesso o advento da internet, um universo de
informao que cresce ao infinito a passos largos e se coloca ao
alcance da ponta dos dedos. Acesso o trao mais marcante desse espao
virtual que nos traz um fluxo de linguagem multimdia incessante,
cujas principais caractersticas so a mutao e a multiplicidade.
Os sistemas da internet esto em constante mutao devido constante
atualizao dos dados. So, por isso, tecnologias da inteligncia que
alteram completamente as formas tradicionais de armazenamento,
manipulao e dilogo com as informaes.
Tecnologias da conexo contnua
Na medida em que a comunicao entre as pessoas e o acesso
internet comearam a se desprender dos filamentos de suas ncoras
geogrficas modems,
1. Uma verso mais detalhada dessas geraes tecnolgi-cas e
processos de comunicao que instauram pode ser encontrada em
Linguagens lquidas na era da mobilida-de, Santaella, Lucia, So
Paulo: Ed. Paulus, 2007.
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Signo y Pensamiento 60 Eje Temtico | pp 30 - 43 volumen XXX
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cabos e desktops espaos pblicos, ruas, parques e todo o ambiente
urbano foram adquirindo um novo desenho que resulta da conexo
internet enquanto a vida vai acontecendo. Assim, essa quinta gerao
de tecnologias comunicacionais, a da conexo contnua, constituda por
uma rede mvel de pessoas e de tecnologias nmades que operam em
espaos fsicos no contguos.
Importante lembrar que nenhuma tecnologia da comunicao borra ou
elimina as tecnologias anteriores. Elas se juntam na composio
intrin-cadssima de uma cultura hiperhbrida. A cultura, que
caracteriza o nosso tempo, nasce da mistura de todas as formas de
cultura, inclusive das formaes culturais (oral e escrita)
anteriores ao aparecimento dessas geraes tecnolgicas, de modo que
todas elas esto hoje interconectadas.
Tendo essa introduo como pano de fundo, o propsito deste artigo
colocar nfase no ponto de mutao em que a revoluo digital
encontra-se hoje para, ao final do artigo, apresentar algumas
tendncias que apontam para um futuro prximo.
Linhas de frente das mdias digitais
No estado atual da arte, so vrias as linhas de frente das mdias
digitais: o estgio dos terabytes e petabytes, a computao em nuvem,
a Web 3.0, a era da conexo onipresente e da mobilidade con-tnua, a
computao ubqua, pervasiva, sensiente.
O estgio dos petabytes
O crescimento do volume informacional das redes desmedido.
Estamos decididamente na era dos petabytes que, em grego, quer
dizer monstro.
At o final dos anos 1980, os computadores domsticos tinham um
nico disco rgido com uma capacidade de 20 megabytes (cada megabyte
tem um milho de bytes). Cinco anos depois, essa medida subiu para
80. Poucos anos depois, s o sis-tema operacional j exigia essa
medida. Em 2005, a capacidade do computador j alcanava centenas de
gigabytes, composto por mil megabytes. Com a chegada dos grficos,
videos, msicas, programas
para tratamento de imagens e aplicaes para editorao, visando
aumentar o desempenho da mquina ou para back up etc., usurios
comearam a instalar conjuntos de discos independentes, que
trabalham juntos como uma nica unidade de armazenamento. Esse
conjunto pode facilmente superar a capacidade de um terabyte. A
quantidade astronmica e tende a aumentar.
A computao em nuvem (cloud computing)
O princpio da Cloud Computing deriva da Computao em Grade (Grid
Computing), cuja proposta nos anos 90, estava alicerada na
utili-zao de recursos computacionais disponveis e no utilizados que
participavam de uma rede. No incio, para usufruir desses recursos
da rede, o ser-vidor precisava ser cadastrado para fazer parte do
grupo que, por sua vez, fazia parte da grade. Para isso, muitas
informaes deviam ser fornecidas e comprometidas com diversas regras
e protocolos. Isso tornava a utilizao desses recursos bastante
trabalhosa para os usurios domsticos. Embora algumas grandes
corporaes tivessem tentado impulsionar a Grid Computing, as
tentativas no foram amplamente aceitas.
Para alavancar a Grid Computing, algumas grandes empresas de
tecnologia tais como Google, IBM e Microsoft mudaram a forma de
utilizao
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Lucia Santaella | A tecnocultura atual e suas tendncias
futuras
da Grid, oferecendo servio de computao que pago apenas por
aquilo que se usa. Esse tipo de servio foi rapidamente aceito pelos
usurios domsticos e corporativos, uma iniciativa que transformou a
Grid Computing em Cloud Com-puting. Esta baseada na utilizao de
memria, armazenamento e clculos computacionais nos servidores por
meio do compartilhamento e da interligao da internet, acessvel
atravs de servi-os oferecidos na Web (Koo, 2011).
Assim, a expresso computao em nuvem indica que a computao,
voltada para servios prestados ao usurio, est mudando de rumo
devido possibilidade de utilizao de compu-tadores menos potentes
que podem se conectar Web e utilizar todas as ferramentas online,
como por exemplo, o Google Docs, Gmail e o Photoshop da Adobe na
verso Web. Com isso, o computa-dor passa a ser simplesmente uma
plataforma de acesso s aplicaes, que estariam em uma grande nuvem a
Internet.
O mundo empresarial j est migrando para a computao em nuvem,
pois esta permite o des-locamento da computao e do armazenamento,
de fora de uma empresa para dentro da nuvem. O usurio define os
requisitos de recurso (como necessidades de computao e rede de
longa distncia, ou WAN, ou de largura de banda), e o provedor de
nuvem monta virtualmente esses
componentes dentro de sua infraestrutura. No vai demorar muito
para que, das empresas, a computao em nuvem venha a fazer parte do
cotidiano de qualquer usurio.
Da Web 1.0 3.0
De acordo com Koo (2011), as caractersticas da Web 1.0 podem ser
resumidas nos seguintes itens:
a. O computador pessoal torna-se popular.b. Os aplicativos de
produtividade de usurios
so ferramentas de uso dirio.c. O Windows se firma como sistema
amigvel
para o usurio final.d. A computao grfica utilizada por leigos.e.
As redes de comunicao deixam de ser de
uso exclusivo de governos e empresas e o seu uso estende-se a
pessoas fsicas.
f. Inicia-se a migrao do analgico para o digital.
g. O comrcio eletrnico toma o primeiro impulso.
h. O comrcio eletrnico sofre um revs com o estouro da bolha do
e-Commerce.
i. A telefonia mvel ganha momentum.
Desse modo, a Web 1.0 caracterizava-se pela conexo das
informaes, cuja implementao tecno-lgica mais representativa era
indicada pelos portais corporativos, portais de contedo, mecanismos
de busca, websites, PIM (Personal Information Manager), PDAs, bases
de dados e servidores de arquivos.
Ainda segundo Koo (ibid.), enquanto a Web 1.0 centrou-se no
contedo fornecido por uma pequena populao que dominava as tcnicas
das pginas estticas, a Web 2.0 passou a ter o foco no usurio. Por
isso, suas aplicaes tm democrati-zado a web por meio da priorizao
dos contedos gerados e mantidos pela conectividade social. As
inovaes tecnolgicas e fatos que acompanharam e/ou viabilizaram a
Web 2.0 so:
a. Tecnolgicas de conexo Banda Larga Popular.
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Signo y Pensamiento 60 Eje Temtico | pp 30 - 43 volumen XXX
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b. Redes sociais.c. Aparelhos mveis Always On Conexo
Permanente.d. Convergncia digital.e. Decolagem do Comrcio
Eletrnico.f. Outras tecnologias agregadoras da Web,
enriquecedoras da experincia do usurio.g. cloud computing -
computao em nuvens.h. Aprendizagem digital.
a conectividade entre pessoas que carac-teriza a Web 2.0 cujas
tecnologias bsicas so o groupware, as Wikis, os Weblogs, os portais
de comunidades, o leilo eletrnico, a instant messaging e,
certamente, as redes sociais que so as meninas dos olhos da Web
2.0. Enquanto os verbos caractersticos da Web 1.0 eram
disponibi-lizar, buscar, ter acesso e ler, na Web 2.0, as novas
palavras de ordem so expor-se, trocar, colaborar em atividades de
interao que encontram suas bases em princpios de confiana e de
compar-tilhamento. Esses princpios expandiram-se
remarcavelmente com o desenvolvimento das redes sociais na
internet (ver Santaella, 2010; Santaella e Lemos, 2010). Estas so
uma categoria de softwares sociais com aplicao direta para a
comunicao mediada por computador. So elas: fotologs (Flickr e
Fotolog), ferramentas de micromessaging (Twitter e Plurk), sistemas
como o Orkut e o Facebook e outras menos populares.
Algumas delas tm caractersticas mais tpicas do que outras, no
entanto, todas tm um mesmo atributo: membros que so participantes
cadastra-dos por meio de um processo de fornecimento de informaes
pessoais, sendo que umas requerem aprovao para ingresso e outras
no. Em junho de 2011, o Google lanou a verso beta do Google+que uma
rede social com caractersticas bastante peculiares as quais sero
mencionadas mais frente.
Embora todas as redes sociais sejam programas que existem para
facilitar e mesmo encorajar a participao dos usurios, por meio de
interfaces dialogveis, podendo inclusive ser mantidos pelo sistema
e no necessariamente pelas interaes, o que preciso levar em conta
que as redes so constitudas pelos participantes que delas se
utili-zam, pois, sem eles, as redes no poderiam existir. Recuero
(2009) dividiu os sites de redes sociais em sistemas que
permitem:
a. a construo de uma persona atravs de um perfil ou pgina
pessoal,
b. a interao atravs de comentrios e c. a exposio pblica da rede
social de cada ator.
Essa diviso no excludente, pois h sites que incorporam mais do
que uma dessas propriedades. Quando aplicou o conceito de capital
social aos sites de redes sociais, Recuero (ibid., p. 109)
explicitou os valores que so construdos nesses ambientes. No que
diz respeito ao capital social relacional, esses sites constroem,
mantm e amplificam a visibilidade social das conexes e mais do que
a confiana, a reputao como valor implica no fato de que h informaes
sobre quem somos e o que pensamos, que auxiliam outros a construir,
por
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Lucia Santaella | A tecnocultura atual e suas tendncias
futuras
sua vez, suas impresses sobre ns. Outro valor o da popularidade.
No Twitter, por exemplo, ela pode ser medida pelo nmero de
seguidores. Nos Weblogs, ela se relaciona ao nmero de comentrios e
quantidade das visitas. Alm da popularidade, existe tambm o valor
da autoridade, relacionado reputao e ao capital social
conector.
O fervilhamento das redes sociais vem sendo acompanhado por uma
multiplicidade de dispositivos oferecidos ao mercado que tm acesso
internet, o que marginalizou a plataforma PC como o nico e
principal meio de navegar na Web. Os smartphones, tablets, TV s
inteligentes, automveis etc. tm conexes com o mundo Web por meio de
plugin ou driver (suporte especfico) para vrios tipos de
dispositivos. Os respons-veis pela substituio paulatina dos
desktops so tambm os navegadores atuais. Graas a eles, podemos
redigir um documento e compartilh-lo imediatamente com nossa
comunidade virtual, assim como podemos, em seguida ou
simulta-neamente, assistir a um vdeo para, logo depois, sem fechar
o navegador, acessar os e-mails e bater um papo na pgina da rede
social que est aberta ao lado. A convergncia dos dispositivos no
est apenas nas conexes entre si que eles estabelecem, como tambm
nas funcionalidades. Notebooks, tablets, smarphones e TV s digitais
passam a apresentar funes semelhantes: acesso Web, capacidade de
armazenamento, tratamento de imagens, aplicaes de conexo a rede
sociais etc. (Koo, 2011).
Em plena exploso das redes sociais, acom-panhada de todas essas
novidades que no cessam de aparecer, a Web 2.0 j comea a se
imiscuir com a 3.0, a Web semntica aliada inteligncia artificial
por meio da qual a rede deve organizar e fazer uso ainda mais
inteligente do conhecimento j disponibilizado online.
As pessoas no precisaro mais refinar os termos da pesquisa. A
Web 3.0 poder fazer isso sozinha, ou seja, o motor de busca ir
estreitar a pesquisa at o ponto de oferecer ao usurio o que ele
realmente quer. So motores de busca que no se limitam a recolher e
apresentar os
dados que andam dispersos pela Internet, mas antes so capazes de
processar essa informao, filtrando e interpretando os resultados
para produzir respostas concretas. Isso nos afastar das pesquisas
por palavras-chave, pois a Internet deixar de ser um mundo de
documentos para ser um mundo de dados que descrevem dados. Extrados
da Web, os dados sero apresentados de modo estruturado. Alm disso,
as pginas podero ser lidas no s por pessoas, mas tam-bm por
mquinas. Outro aspecto da Web 3.0 o uso de grficos animados, udio e
vdeos de alta definio, 3D, e muito mais, tudo isso dentro do
browser. Enfim, a Web 3.0 no uma mera promessa. J est batendo
porta.
O conceito de Web 3.0 formulado, por exemplo, por OReilly (2007)
Spivack (2007, 2009) e Wheeler (2010). As Webs 1.0 e 2.0 so Webs
sintticas, ou seja, as pginas so acessadas apenas pelo mecanismo de
que a linguagem dispe. Para achar a informao que buscamos, so
usadas apenas as palavras que constam nas pginas procuradas, sem se
recorrer a descries adicionais (por exemplo, tags2) que interpretam
os significados das palavras. J a Web 3.0 semntica porque as pginas
na Web so acessadas a partir do seu significado e no apenas pelas
palavras literais (Koo, 2011).
Segundo Morais e Soares (2006, p. 5), a arquitetura da Web
semntica estruturada em trs principais componentes: Esquema,
Ontolo-gia e Lgica. O componente Esquema define e estrutura os
dados e tem tambm a funo de descrev-los para expressar o seu
significado. Isso requer linguagens e tcnicas padronizadas para que
a descrio e o contedo sejam inteligveis para os outros componentes.
O componente
2. So marcaes nas palavras, figuras que adicionam sig-nificado
ou as categorizam.
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Signo y Pensamiento 60 Eje Temtico | pp 30 - 43 volumen XXX
enero - junio 2012
Ontologia tem a funo de definir formalmente termos e conceitos,
sendo semelhante s fun-es de um tesauro. As ontologias permitem
expressar regras permitindo a um programa deduzir significados da
informao guardados no documento, ou seja, permitem manipular os
termos de uma maneira mais til e eficiente. No componente Lgica,
realizada a inferncia do significado da informao a partir dos
docu-mentos e o mundo real em que foi feita a busca, tomando como
base os termos j consolidados no componente Ontologia.
Os estudiosos do tema convergem na consi-derao da Web 3.0
como:
a. Web semntica, b. crowdsourcing ou produo colaborativa
mediada pela Web, c. plataformas de redes sociais mais
sofisticadas, d. tecnologias de mobilidade e Cloud Computing e e.
Web como espao de mediao de servios.
Nessa medida, a Web semntica pode ser vista sob quatro
perspectivas diferentes:
a. um avano da internet de hoje (2.0), b. uma tecnologia de
metadados para software
de negcios,c. um movimento social pr dados open-source,d. uma
nova gerao de inteligncia artificial.
Para tornar essas abstraes mais palpveis, pensemos em uma
plataforma como o Google. Ela capaz de rastrear redes em cooperao
com servios de Cloud Computing, incluindo reconhe-cimento de voz,
aplicao de localizao (geo-posi-cionamento como GPS3) e os
subsistemas que so aperfeioados medida que so usados. Trata-se, sem
dvida, de uma rede que nitidamente ganhou inteligncia. Seu ltimo
lanamento, o Google+, pode ser usado como um exemplar da Web 3.0.
Seno, vejamos.
O Google coletou as experincias das redes sociais (incluindo o
seu produto Orkut) e projetou uma nova plataforma de rede social, o
Google+,
que, segundo a avaliao inicial dos analistas, est um degrau
acima das plataformas existentes (Facebook, Twitter, MySpace,
Orkut, dentre outras). Isso se d especialmente em funo da otimizao
dos mecanismos de busca, o que aproxima o Google+ da Web semntica.
Por ser um agregador de todos os servios debaixo do seu
guarda-chuva, Google Search, Google Docs, Google Maps, Google
Books, Gmail, Orkut, o Google enriquece em muito o perfil do
usurio, o Google Profile. Conforme Koo (2011), isso define,
claramente, a linha divisria entre a Web 2.0 e a Web 3.0, fazendo
do Google+ um produto 3.0, com um conjunto de funcionalidades mais
rico e, ao mesmo tempo, dotado de capacidade para criar as bases
slidas para serem usadas pelos agentes inteligentes da camada Lgica
da arquitetura da Web Semntica.
3. O sistema de posicionamento global (GPS) foi autori-zado pelo
Congresso dos Estados Unidos em 1973 e operado pelo departamento de
defesa dos Estados Uni-dos. Os instrumentos envolvidos nesse
sistema so um anel de 24 satlites que circundam a Terra de modo tal
que, pelo menos quatro deles, so visveis de qualquer ponto no globo
em qualquer momento. O sistema tem sido usado para a navegao de
veculos, mas encon-trou seu caminho tambm na internet mvel, quando
o grupo de satlites usado para localizar a posio de um usurio.
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Lucia Santaella | A tecnocultura atual e suas tendncias
futuras
Mdias mveis e a internet de lugares e coisas
Alm da Web 2.0 e 3.0, a cultura da mobilidade, baseada nos
dispositivos mveis, aliados ao sis-tema de posicionamento global
(GPS), j comea a render frutos. Antes mesmo da exploso dos
dispositivos mveis, Castells (1996, ver tambm 2003) j argumentava
que o universo digital parte integrante da organizao material,
econ-mica, poltica das sociedades, sendo inclusive determinante
nessa organizao e significativa de sua real existncia. Essa
integrao vem rece-bendo um novo impulso recentemente com os
aparelhos mveis que permitem encontros com a tecnologia em situaes
sociais distintas, que criam a necessidade de entender os contextos
e que nos do a habilidade de transformar o espao pela introduo da
tecnologia. Essas questes vm sendo incrementadas pelos projetos
variados de mdias locativas. Andr Lemos (2011, p. 130) nos fornece
uma definio clara de mdias locativas:
Um conjunto de processos e tecnologias [que]
se caracteriza por emisso de informao digital a
partir de lugares/objetos. Esta informao pro-
cessada por artefatos sem fio, como GPS, telefones
celulares, palms e laptops em redes Wi-Fi ou Wi-Max,
Bluetooth, ou etiquetas de identificao por meio de
rdio freqncia (RFID4). As mdias locativas so
utilizadas para agregar contedo digital a uma loca-
lidade, servindo para funes de monitoramento,
vigilncia, mapeamento, geoprocessamento (GIS),
localizao, anotao ou jogos. Dessa forma, os
lugares e objetos passam a dialogar com dispositivos
informacionais, enviando, coletando e processando
dados a partir de uma relao estreita entre infor-
mao digital, localizao e artefatos digitais mveis.
A computao mvel e pervasiva (compu-tadores em todos os lugares)
a chave para a compreenso das mdias locativas. No processo, o uso
de sistemas de informao geogrfica (GIS) espalhou-se das corporaes e
escritrios para as ruas e os campos, da administrao pblica e
ambiental para um largo espectro de usos sociais. Desse modo, um
dos mais profundos desafios das mdias locativas est em transmitir
informao geogrfica no mais nas tradicionais e pesadas janelas dos
desktops, mas nas tecnologias finas e leves dos sistemas mveis e
embarcados.
Alm dos sistemas de informao geogr-fica (GIS) e das tags de
identificao de rdio freqncia (RFID), a linguagem de marcao de
geografia (GML-geographic markup language5), e o sensoriamento
ambiental distribudo podem ser utilizados nas estratgias das mdias
locativas, tambm conhecidas como mdias tticas, na medida em que
tratam o contexto como meio dinmico de produo de atividades
engajadas e no meramente como um arranjo preexistente de
4. RFID um mtodo automtico identificador de rdio fre-qncia que
se baseia no arquivamento e recuperao de dados remotos utilizando
os recursos das tags. Uma tag de RFID uma etiqueta que pode ser
incorporada a um produto, animal ou pessoa.
5. Definida pelo Consrcio Geoespacial Livre, a GML utiliza XML
para exprimir caractersticas geogrficas. Pode servir de linguagem
de modelao para sistemas geogrficos e como um formato aberto para
troca de informao geogrfica. A marcao de dados um conceito recente
e envolve a codificao simples de seqncias de dados em um arquivo de
computador no formato texto-puro, ou seja, capaz de ser lido tanto
por pessoas quanto por mquinas. Para esse fim, a linguagem mais
utilizada atu-almente a XML e suas variantes.
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destinaes. So tticas porque buscam a produo do sentido, mesmo
quando uma posio estrat-gica negada.
De fato, as mdias locativas esto criando opor-tunidades para se
repensar e re-imaginar o espao cotidiano. Embora conectados
imaterialidade das redes virtuais de informao, no poderia haver
nada mais fsico do que GPS e sinais de Wi-Fi que trazem consigo
outras maneiras de pensar o espao e o que se pode fazer nele. Uma
nova espaciali-dade de acesso, presena e interao se anuncia:
espacialidades alternativas em que as extenses, as fronteiras, as
capacidades do espao se tornam legveis, compreensveis, prticas e
navegveis, possibilitando, sobretudo, prticas coletivas que
reconstituem os modos como nossos encontros com lugares especficos,
suas bordas e nossas respostas a eles esto fundadas social e
culturalmente.
Tanto quanto espao e lugar, outro conceito que as mdias
locativas esto trazendo para o topo das consideraes o conceito de
objeto que, na linguagem corrente, chamamos de coisas.
Em 2004, o relatrio da internet da Unio de Telecomunicao
Internacional6, com o ttulo de Internet das coisas e com toda a
seriedade, detectava um futuro para a internet que cada vez mais
est se consumando. O documento cita as palavras de Mark Weiser,
falecido ex-cientista chefe do Centro de Pesquisa da Xrox em Palo
Alto: as tecnologias mais profundas so aquelas que desaparecem.
Elas se entretecem no tecido da vida cotidiana at se tornarem
indistinguveis dele. Weiser estava ser refe-rindo a disponibilizao
crescente e visibilidade decrescente do poder de processamento. Por
meio de dispositivos dedicados, os computadores vo gradati-vamente
sumir da nossa vista, enquanto as habilida-
des de processamento de informao vo emergir por todo o ambiente
circundante. Com a capacidade de processamento de informao
integrada, os produtos vo possuir habilidades de inteligncia. Eles
podero tambm adquirir identidades eletrnicas que podem ser
pesquisadas remotamente ou serem equipados com sensores para
detectar mudanas fsicas no seu entorno. Objetos estticos e mudos
tornar-se-o seres dinmicos e comunicantes, incrustando inteligncia
nos ambientes. No momento em que os objetos se tornarem
inteligentes, o mundo das coisas e o mundo humano estaro se
comunicando sob condies inditas.
O documento preconiza que tecnologias como RFID e computadores
inteligentes prometem um mundo de dispositivos interconectados em
rede que fornecero contedo relevante e informao para qualquer lugar
em que o usurio esteja. Qualquer coisa, da escova de dentes ao pneu
do carro, entrar em faixas comunicacionais, anun-ciando o alvorecer
de uma era em que a internet de hoje, de dados e de pessoas,
conviver com a internet das coisas. Essa ser uma sociedade de redes
ubquas cujos dispositivos sero onipresentes. Germens dessa
sociedade j se fazem sentir nas aplicaes da terceira gerao de
telefones mveis que vem trazendo servios de internet para o bolso
dos usurios. O que dizer, entretanto, se muito mais do que isso
fosse conectado s redes: um carro, uma frigideira, uma xcara de ch?
conexo de pessoas em qualquer tempo e em qualquer lugar, somar-se-
a conexo de objetos
6. Ver
http://www.itu.int/osg/spu/publications/internetof-things/
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Lucia Santaella | A tecnocultura atual e suas tendncias
futuras
inanimados s redes de comunicao. O uso de tags eletrnicas (por
exemplo, RFID) e sensores serviro para estender o potencial
comunicacional e de monitoramento da rede das redes, assim como a
introduo de poder computacional em coisas cotidianas, como lminas,
sapatos e sacolas avisando, por exemplo, que a chave da casa foi
esquecida. Avanos na nanotecnologia (manipu-lao da matria em nvel
molecular) iro acelerar esses desenvolvimentos. Estes so os
prenncios do documento. Embora soe ficcional, o mundo que nele se
apresenta j comea a se insinuar nos projetos de mdias
locativas.
Colocar geotags nos objetos, de modo que esses objetos nos
contem suas histrias, leva-nos a conhecer sua genealogia, seu
enraizamento na matriz de produo. Estamos entrando, portanto, em um
mundo em que, por estarem ligados a chips inteligentes, os objetos
vo se tornar sen-cientes, quer dizer, conscientes das impresses dos
sentidos, o que nos trar a possibilidade de um engajamento mais
ativo entre o corpo, a cidade, os lugares e as coisas.
Evidentemente no se trata de proclamar aqui, sobre as
tecnologias mveis, uma segunda verso do evangelho salvacionista do
ciberespao que dominou nos anos 1990. Os projetos de mdias
locativas devem ser avaliados luz de contextos mais vastos da vida
cotidiana, dos espaos pblicos urbanos e, sobretudo, dos sistemas de
controle e vigilncia de que essas mdias fazem uso. De todo modo,
uma coisa certa. Vivemos em um mundo que nos coloca diante do
desafio e mesmo da obrigao de distendermos o arco da reflexo
analtica e crtica com ateno no olhar e muita energia mental.
Tendncias para um futuro prximo
A excelente prospeco elaborada por Koo (2011) ser aqui tomada
como base para o apontamento das tendncias futuras apresentadas a
seguir.
O territrio Web ver crescer cada vez mais a MetaWeb, rede de
inteligncias, sejam estas inteli-gncias humanas, artificiais,
pessoais, coletivas ou hbridas. Segundo Steve Wheeler, a rede ter
as seguintes caractersticas:
a. comunidades descentralizadasb. mercado inteligentec. mente
corporativad. mente grupale. rede de conhecimentof. Web de
relacionamentog. Lifelogsh. Weblogs semnticosi. crebro global
A essa lista, Koo (ibid.) acrescenta: (j) inte-ligncia aumentada
e (h) servios inteligentes, considerando tambm que, da Web
semntica, caminhamos para uma Web pragmtica. Nesta, as pginas no
sero acessadas somente por seu signi-ficado, mas tambm por sua
utilizao, como, por exemplo, pelas caractersticas dos grupos
sociais e polticos de que o usurio participa, ou pelo perfil de
pesquisa acadmica a que pertence etc. Alm disso, em uma perspectiva
de cinco anos, para Koo (ibid.) podem-se esperar as seguintes
tendncias:
A rede social ganhar um impulso maior com a adeso crescente de
todas as faixas sociais e et-rias. Com isso se discutiro muito mais
os aspectos ticos e os sistemas de controle. Os problemas de
privacidade e a liberdade de expresso ganharo destaques cada vez
maiores e os legisladores sero os protagonistas nesse cenrio.
Os dispositivos sero cada vez mais poderosos nos aspectos de
usabilidade (com aumento expo-nencial dos aplicativos). Em
especial, os aparelhos mveis sero ainda mais sofisticados do que
hoje. A convergncia das mdias estar presente na maioria dos
aparelhos celulares que, por sua vez, deixaro
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definitivamente de ser um mero telefone mvel para assumir o
papel de principal conector do indivduo com a sociedade. A tela
sensvel ao toque ser um item obrigatrio para os smartphones e os
aplicativos de rede social sempre estaro presentes.
A banda larga passar a ser uma das princi-pais mtricas da
qualidade de infraestrutura de um pas, porque, por meio dela, sero
viabilizadas as principais atividades da sociedade, como, edu-cao,
lazer, cultura, comrcio etc.
A tecno-sustentabilidade ser um dos temas mais exigidos tanto
para as empresas, setores publicos, como para as organizaes no
gover-namentais. O uso das tecnologias verdes ser pr-requisito dos
fabricantes assim como das compras pblicas.
A conscincia da necessidade de se usar a tec-nologia, estar
conectado, porm com desconexo consciente, passar a ser um item
obrigatrio para a garantia do equilbrio psquico e mesmo fsico.
Previses so sempre arriscadas no universo movedio das sociedades
lquidas (Bauman, 2000) em que vivemos. Alis, a imponderabilidade
uma das caractersticas mais marcantes da cultura miditica digital.
Seja qual for o impondervel, uma concluso parece estar bem prxima
da certeza: as tecnologias da inteligncia vieram para ficar,
crescer e se multiplicar, pois a inteligncia, como a vida, no pode
parar de crescer.
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