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Jornal tem nova coluna.
É sobre Saúde Mental.
Nesta edição a vez é da
depressão
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Problemas estruturais em
prédio no Campus
assustam estudantes de
Biologia da UFF
ANO 36 • Nº 1.445 • R$ 1,00 • 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014 O JORNAL DE NITERÓI
No dia 2 de setembro de 1996,
surgia, em Niterói, um espaço que
passaria a ser símbolo da cidade,
conhecido internacionalmente. Um
museu que tem o desenho de uma
flor, mas para muitos lembra um
disco voador. Em setembro haverá
exposições especiais.
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MAC comemora
18o aniversário com
muitas atividades
culturais
Prefeito e secretário
estadual de Obras se
reúnem para agilizar
parcerias em andamento
Foto: J.C.Xavier
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SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 20142
NO PLANO ANUAL
Sócios R$ 50,00
Não sócios R$ 58,00
Academia de Ginástica – Musculação e Ergonometria
Praia de Icaraí, 335 – Niterói – RJ
Tels.: 2711-0899 ou 7780-6161
• O Teatro Municipal de Ni-
terói recebe de 05 a 14 de se-
tembro (sextas e sábados,
20h; domingos, 19h), a Cia
de Teatro Manual com espe-
táculo o ‘Hominus Brasilis’,
utilizando uma linguagem
cênica inédita no Brasil, com
a técnica da Plataforma. Qua-
tro atores como, Diogo Ca-
valcanti, Helena Marques,
Matheus Cavalcanti e Patrí-
‘Hominus Brasilis’ faz temporada na cidade
cia Ubeda, sobem em um palco
e conduzem o espectador atra-
vés de uma fantástica viagem
pela história da humanidade.
O espetáculo pincela momen-
tos marcantes da passagem do
homem na Terra, recriando em
cena uma seleção dos principais
eventos históricos do Brasil e do
mundo. Desde o Big Bang até
hoje em dia, a peça recria os
momentos mais marcantes da
história, com foco no Brasil
após a colonização. Vemos o
nascimento e extinção dos
dinossauros, o surgimento
das grandes civilizações, a
expansão marítima, as revo-
luções industriais, as gran-
des guerras e os mais recen-
tes avanços tecnológicos.
Momentos imperdíveis!
Rua Quinze de Novembro
35, Centro/Niterói.
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SANTA ROSA2a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014 3
CORRIDA PRESIDENCIAL
André Santa Rosa
• O prefeito de Niterói, Rodrigo
Neves, se reuniu nesta quinta-fei-
ra 28, com o secretário estadual
de Obras, José Iran Peixoto Juni-
or, para tratar de quatro projetos
prioritários em parceria entre o
município e o governo estadual,
que já estão em andamento. Um
dos assuntos foi sobre o progra-
ma de pavimentação e drenagem
de ruas da Região Oceânica. O
prefeito destacou que, em setem-
bro, serão entregues cerca de dez
ruas do Bairro Peixoto e que o tra-
balho nas vias da localidade de
Maravista será intensificado nos
próximos meses. A meta é que,
até o fim do ano, 140 ruas estejam
recuperadas.
"Esse programa é o maior in-
vestimento em infraestrutura e
pavimentação da história da RO.
Cerca de 40 ruas já foram entre-
gues em Piratininga e Camboi-
nhas. Esses investimentos me-
lhorarão muito a qualidade ur-
bana e de vida dos moradores",
disse o prefeito.
Rodrigo e José Iran também
conversaram sobre o novo Mer-
cado Municipal da cidade. De
acordo com o secretário, o proje-
to licitatório para a obra está
em andamento.
O empreendimento, com pre-
visão de conclusão em 2015,
ocupará uma área de 8.020 m².
As eleições já se avizi-
nham, mas o povo bra-
sileiro parece que ainda
não entrou no clima. Ao
que tudo indica, a Copa
do Mundo deixou um misto de
desesperança e indiferença. A
fragorosa derrota sofrida diante
da seleção alemã ainda não foi
devidamente digerida pelo cida-
dão que sonhava com o sexto
título mundial.
Porém, queiramos ou não, é
ano eleitoral e teremos demo-
cráticas eleições em outubro. É
tempo de começar a prestar
atenção nos candidatos que se
apresentam e pedem seu voto.
Nesta hora, devemos tentar
descobrir quais são as inten-
ções do ilustre pleiteante ao car-
go público. Sua história pessoal,
sua trajetória política até este mo-
mento, suas propostas em prol da
sociedade que deseja representar,
são passos significativos para que
o votante saiba a quem destinar
seu precioso voto.
Assim como a mulher, que entre-
ga sua virgindade àquele que lhe
parece ser merecedor de tal honra,
deve se portar o eleitor, ao entregar
a joia preciosa da democracia, o
voto, ao ávido postulante.
Sem desmerecer as candidatu-
ras menos prováveis, o Brasil pos-
sui três fortes candidatos ao cargo
de presidente do país. A atual pre-
sidente da República, Dilma Rous-
seff (PT) buscando a reeleição, o
senador Aécio Neves (PSDB), ex-
governador de Minas Gerais por
duas vezes, onde deixou o cargo
com aprovação superior a 90%,
tendo feito, portanto, excelentes
governos, lembrando que Aécio
Neves é neto do ex-presidente do
Brasil, Tancredo Neves, um dos
maiores políticos que esta nação já
produziu e, por fim, com a morte do
presidenciável Eduardo Campos, a
sua candidata a vice-presidente, a
ex-senadora Marina da Silva, assu-
me a cabeça de chapa e será a can-
didata do PSB à presidência da
República.
As pesquisas eleitorais, ainda
com Eduardo no páreo, indicavam
que Dilma e Aécio seriam os con-
tendores em um segundo turno elei-
toral. Com a saída traumática do
político pernambucano, e a entrada
de Marina da Silva na disputa, Aé-
cio sofre leve recuo e Marina, talvez
catapultada pelo apelo emocional
causado pelo ocorrido com Eduar-
do Campos, avança e ultrapassa
Aécio nas pesquisas.
Enquanto isto, Dilma perde im-
portantes pontos junto ao eleitorado
feminino, que agora tem mais uma
opção do gênero na disputa. Ocorre
que Marina se parece muito com
Dilma e dificilmente seria uma alter-
nativa que representasse mudança
real na forma de governar o país.
Sua origem petista não permite que
se escondam suas posições seme-
lhantes ao que pensa a atual presi-
dente. De fato, a candidata do PSB
não é opção para quem quer mudar
os rumos do Brasil.
A verdade deve ser dita, o Brasil
foi alçado à condição de país a ser
respeitado no conceito das grandes
nações, a partir do governo de Fer-
nando Henrique Cardoso (PSDB).
Os governos que se seguiram ao do
tucano (Lula e Dilma) se beneficia-
ram de políticas deixadas prontas
pelo antecessor. O ex-presidente
FHC, como era chamado pela im-
prensa, foi um grande estadista,
como há muito não se tinha no
Brasil e, depois dele, só nos
cabe lamentar os que tivemos.
Hodiernamente, observamos
um país descendo ladeira abai-
xo quando o assunto é credibi-
lidade internacional, governos
de contas maquiadas, saúde
pública que mata seus cida-
dãos, educação pífia (vide índi-
ces internacionais); há mais se-
gurança em viver no conflagra-
do Iraque do que nas cidades
brasileiras, onde morre mais
gente que nas guerras pelo
mundo afora.
Como mudar este quadro
cruel e desumano? Com mais
do mesmo? A decisão é sua,
caro leitor/eleitor.
André Santa Rosa é Ator e
Advogado
[email protected]
Prefeito se reúne com secretário estadual de
Obras para agilizar parcerias em andamentoRodrigo Neves e José Iran Peixoto conversaram sobre programa de pavimentação e drenagem na RO, RJ-100, Rio Imagem 2 e Mercado Municipal
Está prevista a recuperação da
estrutura metálica e restauração
da fachada, preservando o estilo
arquitetônico original da edifi-
cação, a implantação de 63 bo-
xes para a comercialização de
produtos, espaços para a instala-
ção de restaurantes, áreas inter-
nas de convivência, paisagismo
e estacionamento.
Outro projeto discutido foi o
Rio Imagem 2. Será realizada
uma reunião entre a prefeitura, as
secretarias estadual de Obras e
municipal de Saúde para agilizar
o desenvolvimento do projeto.
A obra já foi iniciada e já teve
concluída a primeira etapa de
terraplanagem e canteiros. O
Rio Imagem 2 ocupará uma área
total de cerca de 5 m² e contará
com três salas de raio-X, duas de
ressonância, duas de tomogra-
fia, cinco salas de ultrassonogra-
fia, quatro de eletrocardiograma
e duas de mamografia. Vai ofe-
recer à população exames gra-
tuitos, como tomografia compu-
tadorizada de artérias coronári-
as e ressonância de mama.
A recuperação da RJ-100 tam-
bém esteve em pauta. O prefeito
solicitou ao secretário apoio e
orientação junto ao Departamen-
to de Estradas e Rodagem do Rio
de Janeiro, para acompanhar a
obra, que deverá ser concluída
ainda este ano. Segundo Rodrigo,
a intervenção é muito importante
para a mobilidade e qualidade de
vida de moradores da região de
Pendotiba e de São Gonçalo.
"Essa integração entre a prefei-
tura e o governo estadual tem
sido decisiva para a retomada de
investimentos em infraestrutura
e qualidade urbana da cidade",
disse Neves. O secretário José
Iran afirmou que as parcerias
são firmes e duradouras.
CISP – Ainda na quinta-feira,
o prefeito acompanhou o anda-
mento das obras de construção
do Centro Integrado de Seguran-
ça Pública (CISP), na Estrada Fran-
cisco da Cruz Nunes, em Pirati-
ninga, na RO. Toda a parte de ter-
raplanagem e escavação já foi
concluída. Os operários estão tra-
balhando na colocação das 41 es-
tacas raízes que serão o suporte
para fase de implantação da laje e
início da estruturação do prédio
que terá quatro andares.
Com previsão de conclusão
em 2015, o local ocupará uma
área de 1.756 m² e contará com
500 câmeras, integrando todas
as forças de segurança da cidade
que terá os bairros monitorados
durante 24 horas.
O edifício abrigará também a
sede da Administração Regional
da RO e o Centro de Controle
Operacional, que vai monitorar
o trânsito na cidade.
Foto: Bruno Eduardo Alves
Rodrigo Neves e José Iran Peixoto acompanhados de técnicos do Estado e da Prefeitura de Niterói
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O JORNAL SANTA ROSA
FAZ A DIFERENÇA...
SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 20144
Editora Chefe: Maria Sílvia de Souza Tani (15428 MT)
Diretora: Maria Sílvia de Souza Tani
Assessoria Jurídica: Ennio Figueiredo Júnior
Diagramação: José Rosário (freelancer: 2710-3984)
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NOSSO GRUPO PUBLICIDADE E EDITORA LTDA.
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• Pendotiba • Santa Rosa • São Domingos • São Francisco • Região Oceânica • Vital Brazil etc...
[email protected]
[email protected]
Matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores
• O deputado Comte Bitten-
court (PPS), presidente da Co-
missão de Educação da Alerj,
anunciou que vai representar
o Ministério Público Estadual
contra o modelo de seleção
adotado pela Secretaria de Es-
tado de Educação para o in-
gresso nas escolas de Ensino
Médio Integrado. Segundo
Comte, o acesso a estes colégi-
os deveria ser por sorteio, o
que daria a oportunidade a
qualquer aluno da rede, oriun-
do de qualquer unidade e de
qualquer município a estas
poucas vagas.
— Educação é um direito da
criança e do adolescente, um
dever da família e uma obri-
gação do Estado, devendo ser
oferecida com qualidade para
todos. A partir do momento
em que se faz um processo de
seleção meritocrática para
onze unidades da rede de
educação estadual, faz-se
uma rede de excelência dentro
da própria rede – afirmou
Comte.
O parlamentar ainda lem-
brou que muitos alunos não
Felipe Peixoto, Comte, Bruno Lessa, Soraya e Alexandre Santos, unidos pela
educação de qualidade no Estado do Rio
Comte quer modificar processo de seleção
de escolas de ensino médio integrado
• Proporcionar oportunida-
des para quem deseja uma
posição no concorrido mun-
do do trabalho. Esse é o
objetivo da parceria entre a
Legião da Boa Vontade
(LBV) e o Serviço Nacional
de Aprendizagem Industri-
al (Senai), que oferece aos
jovens e adultos de baixa
renda cursos gratuitos de
qualificação profissional na
área de Construção Civil.
A iniciativa, desenvolvida
há dois anos no Centro
Comunitário de Assistên-
cia Social, da LBV, faz par-
te do programa ‘Capacita-
ção e Inclusão Produtiva’.
As aulas de Pedreiro e
Aplicador de revestimento
cerâmico são divididas em
prática e teoria. Nelas, o
participante aprende sobre
vão poder participar desta se-
leção, já que muitos ainda não
têm professor, estudam em es-
colas de estrutura precária ou
em unidades cujo histórico
não permite que ingressem
em uma unidade por meio de
prova de seleção meritocráti-
ca. Para o deputado, esse mo-
delo de seleção é uma forma
de burlar a Constituição Fede-
ral, já que não cabe concurso
público para ingresso em esco-
la pública de educação básica.
— É um erro, é uma incons-
titucionalidade gravíssima
frente ao direito do estudante
de se matricular em qualquer
uma das escolas do Estado -
concluiu Comte.
Parcerias capacitam
profissionais no ramo
da Construção Civil
segurança do trabalho,
preservação do Meio Am-
biente, redução de resídu-
os gerado durante a tare-
fa e a execução da profis-
são na prática. Além disso,
o Senai disponibiliza ao ins-
crito uniforme e todo o
material necessário.
De acordo como o instru-
tor do Senai, Paulo Rober-
to, o mercado estará aque-
cido para quem busca uma
vaga na área, já que o Rio
de Janeiro se prepara para
sediar as Olimpíadas de
2016. “A Construção Civil
está sempre em ascensão e
buscando profissionais qua-
lificados para atender sua
demanda”, comentou. Infor-
mações: (21) 3628-8660.
Alameda São Boaventu-
ra 474, Fonseca/Niterói.
• A Sociedade Fluminense de
Fotografia está com inscrições
abertas para o curso inédito de
Filmagem com Máquinas Digi-
tais, dirigido a profissionais e
estudantes que desejam atuar
na área de produção e filma-
gem de eventos e entrevistas.
O curso será dirigido pelo pro-
fessor e cineasta Paco Padilla,
formado pelo Centro de Estu-
dos Cinematográficos da Cata-
lunha, em Barcelona e será di-
vidido em 16 aulas com dura-
ção de dois meses.
“É mais um curso que pas-
samos a oferecer na SFF e que
Curso de Filmagem na Sociedade
Fluminense de Fotografia
tem o objetivo de ser um curso
técnico profissionalizante, mas
com um olhar artístico e dife-
renciado. Estamos confiantes
no sucesso desse novo curso,
que faz parte da nossa progra-
mação comemorativa do 70º
aniversário de fundação da
SFF”, explica Antonio Macha-
do, presidente da instituição.
O curso terá início nesta se-
gunda-feira, dia 1º de setembro,
com duas aulas semanais, as
segundas e quartas-feiras, cada
uma com três horas de dura-
ção. O objetivo é dar ao aluno as
noções exatas de como filmar
com máquinas digitais, tirando
o maior proveito possível do
equipamento. “As aulas terão
um forte viés prático e o aluno
terá a possibilidade de editar o
seu material de trabalho. Ao
término do curso ele terá total
noção de captação de imagens,
iluminação e edição do produ-
to específico para cada público
que ele irá trabalhar”, explica o
professor Padilla, radicado no
Brasil e acaba de concluir o seu
primeiro longa metragem, ‘Vida
Besta’. Informações: 2620-1848.
Rua Doutor Celestino 115 –
Centro/Niterói.
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SANTA ROSA 52a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014
O Museu de Arte Contem-
porânea de Niterói está
em festa! Completando 18
anos, nesta terça-feira, 02
de setembro as comemo-
rações tiveram início nos dias 30 e
31 de agosto sendo esta a 4ª edi-
ção do projeto MAC Como Obra
de Arte, com performances, proje-
ções de filmes, dança, mostras,
lançamentos de publicações, en-
tre outras atividades. As come-
morações continuarão durante
todo o mês de setembro.
No dia 2 de setembro de 1996,
surgia, em Niterói, um espaço
que passaria a ser símbolo da ci-
dade, conhecido internacional-
mente. Um museu, que tem o de-
senho de uma flor, mas para
muitos lembra um disco voador.
Em setembro, haverá exposições
especiais – reforçando a impor-
tância das Coleções João Sattami-
ni/MAC de Niterói, além de
apresentar a arquitetura de Oscar
Niemeyer como inspiração para
criações de artistas nacionais e in-
ternacionais.
O MAC como Obra de Arte tem a
proposta de transformar o museu
em um laboratório de experiênci-
as de metáforas da criação artísti-
ca participativa e aberta.
Fazem parte deste projeto o
Programa AtivAções, do Coletivo
Conectores Platônicos, formado
pela equipe de artistas e educado-
res do MAC; O lançamento do li-
vro ‘Sudário’, de Carlos Vergara;
A instalação do ‘Projeto Rede’, do
artista João Modé; A Oficina ‘Lati-
fúndios de Papel’, com o artista
Raimundo Rodriguez; O Progra-
ma de Projeções e Intervenções,
com Cineclube Cineolho, e com
o Coletivo Plus Ultra + Alexan-
dre Gwaz; Intervenções com ar-
tistas da exposição ‘Espaços Des-
locados – Futuros Suspensos: Re-
pensando Oscar Niemeyer’; e
lançamento do folder da exposi-
ção ‘Fique à Vontade’ (uma mos-
tra colaborativa com a participa-
ção de 429 artistas, que ficou em
cartaz em junho e julho deste
ano), do artista Ricardo Pimenta.
ALGUMAS ATIVIDADES:
�Sob a curadoria de Luiz Gui-
lherme Vergara (também Diretor
do MAC), Lula Wanderley e Gina
Ferreira, foi aberta a mostra ‘Es-
paços Deslocados – Futuros Sus-
pensos: Repensando Oscar Nie-
meyer’, uma colaboração interna-
cional do coletivo Suspended
Spaces, com a participação de ar-
tistas franceses, libaneses e brasi-
leiros; No dia 13 de setembro,
acontece a inauguração da mostra
‘Latifúndios’, do artista visual Ra-
imundo Rodriguez.
�O livro ‘Sudário’, do artista Car-
los Vergara, foi lançado no dia 30
de agosto, durante Chá das Cinco.
� Já o ‘Projeto Rede’, do artista
João Modé aconteceu entre os dias
30 e 31 de agosto. Composta de li-
nhas de diferentes materiais, esta
escultura orgânica e participativa
cresce para todas as direções como
uma planta trepadeira que acolhe
a contribuição espontânea de cada
visitante. O diálogo entre as cur-
vas da rampa e arquitetura do
MAC marca a força poética da
proposta colaborativa do artista.
�A Oficina ‘Latifúndios de Pa-
pel’, com o artista Raimundo Ro-
driguez, que esteve aberta ao pú-
blico no dia 30 de agosto, tem
como objetivo criar uma obra co-
laborativa a partir do manuseio
de papel, para a exposição ‘Lati-
fúndios’, que estará em cartaz, de
13 de setembro até 5 de outubro.
� Por sua vez, o Programa de
Projeções e Intervenções, com o
Cineclube Cineolho e com o Co-
letivo Plus Ultra + Alexandre
Gwaz foi apresentado no dia 30
de agosto, quando foram ofereci-
dos filmes e vídeo-intervenções
projetados na fachada do MAC.
�Quando da exposição ‘Espaços
Deslocados – Futuros Suspensos:
Repensando Oscar Niemeyer’,
ocorrido em 30 de agosto, os ar-
tistas participantes do Coletivo
Suspended Spaces (Françoise
Parfait, Eric Valette, Jan Kopp,
Lamia Joreige, Daniel Lê, Valérie
Jouve, Maïder Fortuné, Marcel
Dinahet) fizeram intervenções
onde foram criados diálogos com
a arquitetura de Oscar Niemeyer.
�A Instalação ‘Banho de Chuva -
Projeto Som da Maré’, exposta dos
dias 30 de agosto a 7 de setembro,
com curadoria de Pedro Rebelo,
compreende uma instalação sono-
ra interativa sendo parte de um
processo que iniciou-se na Maré
no início de 2014 e terá a participa-
ção de Alan da Silva Lira, Aline
Pereira Macário, Aline de Moura,
Artur Costa Lopes, Danilo Andra-
de, Everton Ramos, Geandra No-
bre, Jaqueline Alves, Jaqueline
Andrade, Jeferson Luciano Gaspar
Mesquita, Joyce Rodrigues de Oli-
veira, Larissa Paredes, Matheus
Frazão de Almeida Silva, Matilde
Meireles, Marco Aurélio Damace-
no, Mariluci Nascimento, Marina
Cortês, Natália Chaves Bruno,
Phellipe Azevedo, Priscilla Mon-
teiro, Raíza Barros Nascimento,
Rodrigo Furman, Rodrigo Souza,
Sebastian Wiedemann, Tullis Ren-
nie, Wagner Belo de Siqueira e
Wallace Lino.
A reflexão sobre as vivências
sonoras dos participantes sugeriu
vários temas que vão desde o pre-
gão de rua até as brincadeiras de
criança. O som da chuva foi uma
das sensações mais fortemente re-
latadas durante este processo de
re-pensar o cotidiano a partir do
som. Esta vivência sonora surge
na alegria de rua do banho de chu-
va no verão, mas também numa
vertente doméstica relacionada
aos telhados deixando cair gotas
de água dentro de casa.
�No dia 31 de agosto houve o
lançamento do folder da exposi-
ção ‘Fique à Vontade’, do artista
Ricardo Pimenta, com curadoria
de Luiz Guilherme Vergara, em
cartaz no museu entre junho a ju-
de Oscar Niemeyer em Trípoli,
com uma nova etapa de coopera-
ções internacionais incluindo ar-
tistas brasileiros em 2014. O pro-
jeto ‘Espaços Deslocados – Futu-
ros Suspensos’ traz como propo-
sição conceitual e crítica a vivên-
cia de artistas franceses, libaneses
e brasileiros com a realidade des-
sas fronteiras entre as visões mo-
dernistas de Niemeyer e os desa-
fios cotidianos da cidade de Nite-
rói. Estas cidades são confrontadas
por obras e utopias do legado e
processos de construção de espa-
ços visionários de Oscar Nie-
meyer. Trípoli, Famagusta e Nite-
rói são tomados como campos de
semelhanças e diferenças para o
desenvolvimento de 13 projetos
de residência artística conjugando
experiências de seis artistas fran-
ceses, uma libanesa, um ítalo-ger-
mânico e cinco brasileiros. Além
de investir em intercâmbios, en-
contros, debates e pesquisas em
processos e práticas artísticas em
realidades urbanas adversas, o
MAC acolherá a exposição, cru-
zando os resultados das investi-
gações em Trípoli e em Niterói.
�A mostra ‘Latifúndios’, do artis-
ta Raimundo Rodriguez – abrirá
no dia 13 de setembro, às 17h e a
exposição estará aberta ao públi-
co até 5 de outubro. A curadoria é
de Luiz Guilherme Vergara, apre-
sentando uma série que vem sen-
do desenvolvida pelo artista des-
de o ano 2000. São obras recortadas
de lata e tinta que compõem poe-
mas para serem decifrados e re-
contados. Em diversos veículos,
tais como Teatro, Carnaval, Cen-
tros Culturais, Vídeos e TV, as cri-
ações de Rodriguez ultrapassam
limites e preenchem lacunas de
expressão. O artista, acompanhado
por sua equipe, foi o responsável
pela estética final das construções
da novela Meu Pedacinho de Chão,
dirigida por Luiz Fernando Car-
valho. O visitante vai poder perce-
ber e explorar o traço do artista,
que deu vida à fantasia, e transfor-
mar sonhos reais e imaginários,
fazendo-os fundirem e confundi-
rem-se em novos latifúndios. A
exposição vai se estender pela pai-
sagem a caminho do Morro do
Palácio. A entrada é franca na aber-
tura das exposições dos dias 6 e 13
de setembro, às 17h. A visitação
pode ser feita de terça a domingo,
das 10h às 18h. A bilheteria fechará
15 minutos antes do término do
horário de visitação e o ingresso
custará R$ 10,00. Estudantes, pro-
fessores e pessoas acima de 60 anos
pagam meia. Entrada gratuita
para estudantes da rede pública
(ensino médio), crianças de até 7
anos, portadores de necessidades
especiais e moradores ou nascidos
em Niterói (com apresentação do
comprovante de residência). En-
trada gratuita também as quartas-
feiras. Informações: 2620-2400/
2620-2481 ou pelo endereço www.
macniteroi.com.br
lho deste ano, confraternizando
com os artistas participantes dessa
grande ação, que ocorreu na Va-
randa do MAC e contou com a
participação de vários artistas de
diferentes abordagens, meios ex-
pressivos e gerações.
�Outra belíssima exposição a ser
admirada é ‘Lygia Clark: Tudo
que é concreto se desmancha no
ar – obras da Coleção João Satta-
mini/MAC de Niterói’ – aberta
ao público a partir do dia 6 de se-
tembro, às 17h, até 30 de novem-
bro com curadoria de Luiz Gui-
lherme Vergara, Lula Wanderley
e Gina Ferreira.
�Imperdível também é a mostra
‘Espaços Deslocados – Futuros
Suspensos: Repensando Oscar Ni-
emeyer’, que também será aberta
no dia 06 de setembro, às 17h, es-
tendendo-se até 30 de novembro,
sob a curadoria de Luiz Guilher-
me Vergara e Coletivo Suspen-
ded Spaces, com os seguintes ar-
tistas: Françoise Parfait, Eric Va-
lette, Daniel Lê, Valérie Jouve,
Maïder Fortuné e Marcel Dinahet
(França); Jan Kopp (Alemanha-
Itália); Lamia Joreige (Líbano);
André Parente, Analu Cunha, Lu-
iza Baldan, Luciano Vinhosa e
João Modé (Brasil).
O MAC, em colaboração com o
coletivo de artistas e pesquisado-
res Suspended Spaces (Espaços
Suspensos), com base em Paris,
investe em Niterói como um
campo aberto de investigações
artísticas, contrapondo a experi-
ência libanesa das ruínas de obras
MAC: diversas atividades
marcam o 18º aniversário
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SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 20146
• O Grêmio Recreativo So-
cial e Comunitário ‘Põe pra
Fora’, que reúne semanal-
mente pessoas atendidas
na Policlínica Regional Sér-
gio Arouca, promoverá, no
dia 10 de setembro, às 9
horas, a Festa da Primave-
ra e da Solidariedade. O
evento acontecerá nos jar-
dins da unidade de Saúde,
situada na Praça Vital Bra-
zil, em Niterói. O médico
psiquiatra Daniel Chutori-
anscy, coordenador do pro-
‘Põe pra Fora’ promove
Festa da Primavera
jeto, atende no local, todas
as segundas e quartas,
pela manhã; apenas seis
pessoas são agendadas,
para que sejam ouvidas com
atenção e calma, já que a
queixa principal é que o
médico, o patrão, a socie-
dade não as ouvem sufici-
entemente, restando a
mágoa e frustração pelo
que não foi dito e ouvido.
Antes do atendimento in-
dividual, todos (incluindo
acompanhantes) são cha-
mados para formar um gru-
po, ocasião em que as
pessoas se conhecem, inte-
ragem, rompendo-se com o
modelo tradicional de se
esperar pacientemente,
sem nenhuma atividade. A
cada 45 dias, uma festa é
realizada com a participa-
ção de todos: pacientes,
acompanhantes, familiares,
funcionários e demais pes-
soas que queiram aderir ao
movimento.
Mais uma vez, Niterói
coloca-se na vanguarda da
promoção da Saúde, de uma
forma criativa e original.
Dr. Daniel Chutorianscy
Niterói Vacina contra Hepatite A
• A Fundação Municipal de Saúde de Niterói intensificou a
vacinação contra a Hepatite A, que agora faz parte do Ca-
lendário Nacional de Vacinação da Criança. Segundo os co-
ordenadores do Programa Municipal de Imunização, a
vacina está disponível nas unidades de saúde, de segunda
a sexta-feira, das 8h às 17h. De acordo com normas do Mi-
nistério da Saúde, é preciso agendar a imunização para ser
administrada em crianças com 12 meses, em dose única,
podendo ser aplicada até a idade de 23 meses e vinte e nove
dias. Todas as Policlínicas, Unidades Básicas e módulos do
Programa Médico de Família estão vacinando.
Imunização está disponível nos postos, mas
deve ser agendada previamente
• Diretores e editores de
Jornais Alternativos de
Niterói tomaram café da
manhã, no Hotel Solar
do Amanhecer, nesta
quinta-feira, dia 28 de
agosto, com Waldeck
Carneiro (PT), candidato
a deputado estadual e
com Chico D’Angelo
(PT), candidato a depu-
tado federal, intermedia-
do pelo Secretário de Re-
lações Institucionais e
Comunicação, André Fe-
lipe Gagliano.
Chico fez um breve re-
lato de sua trajetória pro-
fissional, lembrando que
seu primeiro emprego foi
no Hospital Santa Cruz. Sobre
sua gestão como Secretário de
Saúde destacou a abertura da
emergência do Getulinho e a
recuperação de outras unida-
des de saúde, principalmente o
Médico de Família.
Lembrou também de que na
condição de deputado federal
aprovou uma verba de um mi-
lhão para a área de segurança
e que de 20 unidades da saú-
Candidatos conversam com
diretores e editores de jornais
de recuperadas, cinco foram
através de suas emendas.
Já, Waldeck Carneiro, fez
um balanço de sua gestão
como Secretário de Educação,
ressaltando que das 86 esco-
las do município, 24 foram
inauguradas pelo prefeito Ro-
drigo Neves. Ao lembrar Bri-
zola, defendeu o retorno da
escola integral ressaltando
ainda que o Estado do Rio
vive sob um apagão de mão
de obra por falta de escolas
profissionalizantes.
Waldeck também destacou
que por sua iniciativa o Colégio
Dom Pedro II, a Faetec, a Cederj,
foram implantadas em Niterói e
que brevemente começarão as
obras do Instituto Tecnológico.
Na foto de Heber Salles: André
Felipe Gagliano, Waldeck Car-
neiro e Chico D’Angelo.
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SANTA ROSA 72a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014
• Candidato ao senado, o
ex-prefeito carioca, Cesar
Maia recebeu, na tarde des-
ta sexta-feira, o apoio de 10
vereadores e dois suplentes
para a sua campanha ao se-
nado federal, em Niterói. O
encontro aconteceu durante
almoço em uma churrasca-
ria da zona sul da cidade e
foi costurado pelo presiden-
te da Câmara, Paulo Baguei-
ra (SDD), que também é um
dos coordenadores da cam-
panha de reeleição do go-
vernador Luiz Fernando
Pezão, em Niterói. “Esse
grupo que está aqui reunido
vai trabalhar para que Cé-
sar Maia, assim como Pe-
zão, saiam vitoriosos de Ni-
terói na eleição de outubro.
Vejo o Cesar Maia como o
mais preparado, entre to-
dos para assumir a vaga
do senador Francisco Dor-
neles e vamos trabalhar
Seplag oferece
curso de Políticas
Públicas para os
servidores
• A Secretaria de Estado de
Planejamento e Gestão do Esta-
do do Rio de Janeiro (Seplag)
vai oferecer, nos meses de se-
tembro e outubro, uma capaci-
tação em Monitoramento e
Avaliação de Políticas Públicas.
O curso, gratuito, é voltado
para profissionais de secretari-
as de estado envolvidos com o
ciclo de gestão do Plano Pluria-
nual ou de políticas setoriais.
Com carga horária de 40h, a
capacitação terá duas turmas e
é fruto de uma parceria entre a
Subsecretaria de Planejamento
(SUBPL), da Seplag, e a Escola
Nacional de Administração
Pública (Enap), do Ministério
do Planejamento, Orçamento e
Gestão. A primeira turma será
realizada nos dias 9, 10, 11, 16 e
17 de setembro e a segunda,
nos dias 23, 24 e 25 de setem-
bro, e 1º e 2 de outubro. O cur-
so acontecerá das 9h às 18h, na
Seplag - Avenida Erasmo Braga
118, Centro. As vagas são limi-
tadas. Mais informações e ins-
crições pelo e-mail
[email protected] .
para isso”, disse Bagueira.
César Maia disse que o en-
contro dá o que um candidato
precisa para sair vitorioso em
uma eleição. “Esse apoio me
dá capilaridade, que é funda-
mental para um candidato. Sei
do peso político que este apoio
representa na cidade de Nite-
rói e sou muito grato a ele.
Agradeço a todos que aqui es-
tão”, disse Maia. Durante o al-
moço, Bagueira disse que é im-
portante para a cidade de Nite-
rói manter um forte e bom rela-
cionamento com outras esferas
do poder legislativo, como o
caso do Senado Federal. “Nos-
so apoio está acima de inte-
resses pessoais. Prova dis-
so é de que temos aqui vere-
adores de diferentes parti-
dos e de posições ideológi-
cas. O que queremos é
ampliar o espaço do legis-
lativo da cidade”.
Participaram do almoço
os vereadores Paulo Ba-
gueira, Emanuel Rocha e
Betinho, do Solidariedade;
Bruno Lessa, do PSDB; Pas-
tor Ronaldo e José Vicente
Filho, do PROS; Rodrigo
Farah e Beto da Pipa, do
PMDB; Paulo Henrique, do
PPS; Milton Cal, do PP e os
suplentes Carlos Magaldi e
João Gustavo, também do
Solidariedade. Cesar Maia
estava acompanhado do
seu colega da Câmara do
Rio de Janeiro, Carlo Caia-
do, um dos coordenadores
de sua campanha.
Fotos: Nathalia Félix
CESAR MAIA RECEBE APOIO DE VEREADORES DE NITERÓI
César Maia e Paulo Bagueira
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SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 20148
TOUR DOS SONHOS — O casal Lenita e Luiz Teixeira de Oliveira, em recente viagem
pelo norte da Europa, cheio de encantamento com seus castelos medievais, imponentes igre-
jas, museus, teatros e palácios reais. No roteiro, Rússia, Finlândia, Suécia, Estocolmo. Real-
mente, uma viagem de sonhos mágicos e maravilhosos!
Festejando Sávio
com estilo
• Será na Academia Fluminense de
Letras, presidida pelo acadêmico
Waldenir de Bragança, as comemo-
rações do 90º aniversário de Sávio
Soares de Sousa, no dia 18 deste
mês, quinta-feira, às 17h, em sessão
especial, na Biblioteca Pública de
Niterói (Praça da República, s/n° -
Centro). O aniversariante é jornalis-
ta, advogado, ensaísta, poeta e tro-
vador, e, desde o ano de 1963,
integra a Classe de Letras da insti-
tuição cultural, como titular da Ca-
deira n° 26, patronímica de Lúcio
de Mendonça. O imortal acadêmico
também é integrante da Academia
Niteroiense de Letras, da Associa-
ção Internacional de Escritores e
Artistas/IWA, além de fundador
dos "Escritores ao ar Livro".
• Para comemorar o
57º aniversário de
fundação do tradici-
onal Country Club
de Niterói, o presi-
dente Alfredo Ca-
margo e sua direto-
ria receberão sócios
e convidados com
elegância e em cli-
ma de total descon-
tração. A festa acon-
tecerá no dia 19 de setem-
bro, sexta-feira, às 22h, onde
serão oferecidos aos convi-
dados o excelente Buffet do
Lazary, Open Bar, sem fal-
tar a excelente música para
Alô, alô...
• A Avenida Amaral Peixoto, hoje quase corredor ju-
diciário, tem um calçadão de pedras portuguesas
que é um perigo. Há várias armadilhas para o pedes-
tre, especialmente os idosos, por falta das pedras.
Um casal de advogados (bem jovens, ainda) já beijou
o chão ao enfiar o pé em um desses buracos que bro-
tam pela inexistência de fiscalização.
• Em breve, a importante avenida no centro da cida-
de vai perder o quase para se transformar no pio-
neiro corredor judiciário, com a chegada do novo
fórum federal. Nela já se encontram os fóruns esta-
dual e trabalhista. Olho vivo, prefeitura...
Country Club de Niterói em festas
ouvir e lotar a pista de dan-
ça. A noite promete muita
animação até altas horas
da madrugada. Festa im-
perdível, onde sua presen-
ça é importante!
Festa deve superar o sucesso do ano passado
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SANTA ROSA92
a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014
[email protected]
• Glória Blauth
reuniu parentes
e amigos para
celebrar seu
65º aniversário.
O ambiente
aconchegante
em estilo
Hollywoodiano
encantava a
todos, onde a
aniversariante,
muito feliz,
brindava, agra-
decendo a pre-
sença dos con-
vidados. Duas
DJs animavam
a festa com
muita simpatia
durante todo o
tempo. A cantora Josileine
interpretou a música Sau-
dade, autoria de Claudio
Hutchmaker, emocionando
a todos. Já o cordelista
• Cerca de 200 pessoas, in-
tegrantes das famílias Abu-
nahman, Abirached, Abifa-
del, Abi Ramia e Matouk,
entre outras, estiveram reu-
nidas no último domingo
24, em almoço festivo em
comemoração ao 100º ani-
versário do dentista, Felipe
Jorge Abunahman, o último
dos homens de uma família
de oito irmãos. Casado com
dona Judith, em 1952, o ca-
sal tem dois filhos, Célia e
Jorge Francisco, três netos,
uma bisneta e outra que
Felipe Jorge Abunahman entre Renata e o Monsenhor Elídio Robaina
Felipe Jorge Abunahman:
em pleno centenário
Alegria, carinho e amor marcam festa de
aniversário que reuniu diferentes gerações
nascerá em outubro.
O Monsenhor Elídio Ro-
baina, da Igreja de São Do-
mingos, ministrou a Benção
de Aniversário e presen-
teou Felipe com um crucifi-
xo. Renata, uma das netas
e grávida de sete meses, leu
uma oração em homena-
gem ao avô e às famílias
presentes. Parabéns Dr. Fe-
lipe, que hoje tudo seja
amor, luz, emoção, com ca-
minhos repletos de flores
por onde passar...
O JORNAL SANTA ROSA
FAZ A DIFERENÇA...
Noite de glórias em Hollywood
João Batista Melo declamou
com alegria Glória
Blauth, 65 anos de glórias,
distribuindo o livreto com o
cordel aos convidados. No
finalzinho da festa, Glória
ofereceu a todos um botão
de rosa. Salve Glória! Sua
vida é marcada de bên-
çãos e felicidades.
Fotos: Belvedere Bruno
Glória e os filhos, André e Beatriz
Amigos da Cultura: Maurício Salkinni, Saddy Bianchin, Glória Blauth e Marcela Gianini
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SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 201410
CULTURA ALBERTO ARAÚJO
[email protected]
�Programação de Setem-
bro da Academia Niteroi-
ense de Letras: Dia 10: Ses-
são de reabertura da sede,
às 17h; Dia 17: Projeto ‘Mú-
sica na Academia’, com
apresentação de Lauro Go-
mes; ‘Panorâmica sobre a
História do Rádio’, com
Oswaldo Siqueira (voz e
violão) e Sandro Rebel;
Dia 24: Painel da Saudade,
em memória à acadêmica
titular Yara Vidal Fonseca. Ora-
dores: Apparecida Picanço e Re-
nato Augusto Farias de Carva-
lho. Os eventos acontecem as
quartas-feiras, às 17 horas.
�Os “Escritores ao ar Livro”
(Praça Getúlio Vargas, Icaraí),
convidam para o lançamento dos
livros de Cristiana Seixas e Car-
los Rosa Moreira, no domingo,
dia 14, a partir das 10h; e no dia
15, segunda-feira, às 18h30h, na
Cultura Inglesa-Icaraí (Rua Otá-
vio Carneiro 23, Icaraí).
�O Cineclube Brasileiro, que
acontece no Teatro Municipal de
Niterói, recebe nesta quarta-feira
03, às 19h, o filme Bye Bye Bra-
sil, do diretor Cacá Diegues. O
projeto, em parceria com a Nite-
rói Filmes, trará um filme nacio-
nal por mês, com a presença de
um convidado para conversar so-
bre a obra a ser exibida. A medi-
ação da conversa será feita pelo
cineasta Flávio Cândido. Ingres-
so: R$ 2,00. (Rua Quinze de No-
vembro 35, Centro).
�A Sociedade Fluminense de
Fotografia abre curso de foto-
grafia para pessoas com defici-
ência visual. A professora Shay-
ane Lima faz palestra neste dia
4, às 19h30, sobre o funciona-
mento do curso, que terá início
no no dia 10 de setembro, com
aulas semanais e duração de três
meses.
�O pediatra Clóvis Abrahim
Cavalcanti foi reeleito presi-
dente do Sindicato dos Médi-
cos de Niterói, São Gonçalo
e Região para o triênio
2014/2017. O pleito foi con-
duzido por Alcir Chacar,
presidente da Academia de
Medicina do Estado do RJ;
Gilberto Garrindo, presiden-
te da Unicred/Niterói e Jose-
mar dos Reis, diretor da Uni-
med Leste/Fluminense.
UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS... UMAS & OUTRAS...
Marianna Leporace e Sheila Zagury
no Teatro Municipal de Niterói
‘As Bodas de
Rapunzel’ na
cidade
• A Artecorpo Teatro e Cia entra
em cartaz no Teatro Municipal
de Niterói, nos dias 06, 07, 13 e
14 de setembro às 16h, com o
espetáculo infantil ‘As Bodas de
Rapunzel’. Numa versão adapta-
da por Rachel Palmeirim e Elia-
na Lugatti, Rapunzel e o Príncipe
Encantado estão comemorando
suas Bodas Encantadas de 200
anos de casamento.
Para surpresa do casal surge a
senhora Gothel, a mulher que
criou Rapunzel desde que nas-
ceu. Ela retorna para buscar sua
filha, pois em sua história não
existiam mais personagens. Ao
ser acusada de suas maldades,
Gothel resolve explicar o moti-
vo de todas as suas ações. Os
personagens então voltam no
tempo e a clássica história é re-
contada com música ao vivo,
intervenções sonoras e solos
instrumentais. No finalzinho da
história os espectadores poderão
entender até onde os exageros
do amor materno poderá nos
levar.
Rua Quinze de Novembro 35,
Centro/Niterói.
• Completando quinze anos do
primeiro encontro, Marianna
Leporace e Sheila Zagury reú-
nem-se novamente, para relan-
çar o ‘São Bonitas as Canções’,
que revisita a parceria musical
de Edu Lobo e Chico Buarque
para o teatro. O show acontece
nesta quinta-feira 04, às 19h, no
Teatro Municipal de Niterói.
O encontro de Marianna e
Sheila se deu em 1999, quando
juntas montaram o show, e de-
pois o CD, com as parcerias de
Edu Lobo e Chico Buarque.
Depois de vários trabalhos
realizados individualmente,
elas se reúnem para o relança-
Foto: Guilherme Leporace
Marianna Leporace e Sheila Zagury
mento deste projeto (agora
pelo selo Mills Records), reto-
mando a carreira de sucesso do
CD, que teve as bênçãos e as
participações dos autores - Edu
Lobo gravou com elas ‘Na Ilha
de Lia’, ‘No Barco de Rosa’ e
Chico Buarque ‘Tororó’, produ-
zido por Rodrigo Faour, em
2008.
‘São Bonitas as Canções’ faz
um belo passeio musical e tea-
tral pelas parcerias de Edu Lobo
e Chico Buarque compostas
para espetáculos de teatro e
dança.
Rua Quinze de Novembro 35
– Centro/Niterói.
Cuidando de Idosos
• A ABRAz, Associação Brasileira de Idosos, oferece Curso/Treina-
mento para Cuidadores de Idosos e Portadores do Mal de Alzheimer.
As aulas serão ministradas nos dias 05, 06, 18, 19, 26 e 27 de setembro; e
nos dias 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24, 25 e 31 de outubro, sempre no horário
das 8h às 19h, no PIGG da UFF, situado à Rua Jansen de Melo, no Cen-
tro. Informações: 2717-6093/2629-9606/2717-6868. Ótima oportunidade
para quem quer entrar neste mercado de trabalho!
Academia Niteroiense de Letras
• Estarão abertas, de 03 a 24 de setembro, as inscrições para a Ca-
deira nº 47, patronímica de Everardo Backheuser, em vaga decorren-
te do falecimento de José Inaldo Alves Alonso. Os interessados
deverão se inscrever mediante as seguintes exigências: envio de cor-
respondência candidatando-se à referida vaga, anexando currículo e
comprovantes de atuação literária (livros editados, artigos publica-
dos em jornais, revistas etc); pagamento de taxa no valor de R$
100,00. O candidato deve comprovar residência em Niterói ou, que
participe efetivamente do movimento literário da cidade.
Inscrições na sede da ANL (Rua Visconde do Uruguai 456) as quar-
tas-feiras, das 17 às 18 horas.
Wanderlino Teixeira Leite Netto (2º secretário da ANL)
• Com entrada franca, o Centro
Cultural Pascoal Carlos Magno
recebe a exposição de cultura
urbana ‘Mutant, O Verdadeiro
Dono da Vaca’, do artista Álvaro
Mutant, a partir do dia 11 de
setembro, quinta-feira, às 18h.
A mostra tem como temática o
não consumo de carne verme-
lha e traz telas com imagens de
vacas, além de fotografias do
artista em ação, produzindo sua
arte em diferentes pontos de
Grafite em telas e fotografias
no Carlos Magno
Niterói e também do Estado do
Rio de Janeiro. Com mais de 14
anos de carreira, Mutant é um
dos pioneiros do grafite no mu-
nicípio e há 11 anos tem como
marca registrada a imagem da
vaca, sempre estilizada. Visita-
ção: De 12 a 30 setembro, de
segunda a sexta, das 10h às 17h;
Sábados, domingos e feriados,
das 10h às 15h.
Rua Lopes Trovão s/nº, Cam-
po São Bento, Icaraí.
Álvaro Mutant
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SANTA ROSA 112a
QUINZENA DE AGOSTO • 2014
O JORNAL SANTA ROSA
FAZ A DIFERENÇA...• Bastou serem abertas as
inscrições, e já nos primei-
ros dias a campanha ‘Na-
tal Premiado de Niterói’
contabiliza a adesão de
quase sessenta estabeleci-
mentos comerciais: além
de literalmente todas as 53
lojas do Bay Market, garan-
tiram sua participação a
Átrio Presentes; Fan Para-
fusos; Agroquímica; Fiore-
lla Modas, Óticas Marinho
e PCR Mattos.
A campanha é uma inici-
ativa conjunta da Associa-
ção Comercial do Estado
(Acierj), da Câmara de Di-
rigentes Lojistas (CDL) Ni-
terói e do Sindilojas Nite-
Adesões de lojistas já apontam sucesso
da campanha ‘Natal Premiado em Niterói’
Consumidores concorrerão a carro zero, notebook, Iphone e bicicleta elétrica
rói, como forma de estimular
as vendas de final de ano na
cidade, fortalecendo o comér-
cio local e estimulando a
emissão de cupons fiscais.
Inédita no município, a
campanha prevê a distribui-
ção de mais de 520 prêmios,
que contemplarão consumi-
dores que fizerem compras
nas lojas participantes, além
de concurso de melhor orna-
mentação (nas categorias loja,
casa e edifício), com prêmios
de R$ 3 mil para cada primei-
ro colocado.
A campanha propriamente
dita ocorrerá de 14 de novem-
bro de 2014 a seis de janeiro
de 2015, quando serão sortea-
dos os prêmios. Os estabe-
lecimentos participantes da
campanha receberão um kit
com material para orna-
mentação da loja, cartazes,
480 raspadinhas premia-
das, cupons, uma urna e li-
vreto explicativo. Além dis-
to, haverá suporte publici-
tário, com veiculação de
anúncios em jornais, TVs
privadas e mídia urbana.
Para aderir ao projeto, o
comerciante pode ligar
para (21) 2711-6459/3617-
3334 e solicitar a visita de
um representante.
Contatos por e-mail: na-
tal@goldonicomunicacao.
com.br.
Os presidentes Fabiano Gonçalves (CDL/Niterói); Luiz Paulino Moreira Leite (Associação Comercial) e Charbel
Tauil (Sindilojas Niterói)
Foto: Divulgação
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“
“
SANTA ROSA 2a
QUINZENA DE AGOSTO • 201412
• Com cartazes espalhados
pelos espaços da Universi-
dade Federal Fluminense,
em Niterói, alunos de Bio-
logia querem respostas
acerca da construção dos
novos prédios. Assustados
com os últimos acontecimen-
tos, eles querem saber por-
que as construções no Cam-
pus Gragoatá estão lentas
e o novo ambiente de estu-
dos e pesquisas, que deve-
ria estar pronto em 2011,
ainda é sonho.
O Instituto de Biologia da
instituição, no Valonguinho,
foi interditado por problemas
estruturais. Rachaduras, in-
filtrações e divisórias de com-
pensado tortas – que fica-
ram mais visíveis após as
chuvas – fizeram com que
• Parar nos sinais de trânsito à
noite é motivo de preocupação
para os motoristas que são
obrigados a conviver com o
risco de assaltos. E, para tentar
reduzir essa incidência, o vere-
ador Bruno Lessa (PSDB) apre-
sentou o projeto de lei que im-
põe e restringe à NitTrans a
aplicação de penalidades de-
correntes da fiscalização ele-
trônica vinculada aos sinais de
trânsito e à velocidade, respec-
tivamente, no período compre-
endido entre às 23h e 6 horas.
Pela proposta, os motoristas
que avançarem os sinais nes-
se período não serão multa-
dos. As multas serão somente
aplicadas aos motoristas que
transitarem acima de 60 km/h,
ainda que o radar tenha limite
inferior. O radar ficará ligado
no período, respeitando o li-
mite de velocidade.
— Niterói tem tido um au-
mento na criminalidade nos
últimos meses e ficar parado
no sinal à noite é perigoso.
Problemas estruturais
em prédio no Campus
assustam alunos
de Biologia da UFF
uma engenheira da Superin-
tendência de Engenharia e
Arquitetura da própria UFF
declarasse, a partir de um
laudo técnico, risco de desa-
bamento. O prédio foi rea-
berto no último dia 21 deste
mês, quando um novo laudo
declarou que, com o remane-
jamento e retirada de alguns
móveis e aparelhos dos labo-
ratórios que eram mais pe-
sados, o local tem condições
para continuar funcionando.
Apesar disso, nem todas as
salas estão em funciona-
mento; alguns laboratórios
terão que encontrar outro
lugar para funcionar e os
alunos vão continuar pres-
sionando a reitoria, pois o
medo é o que os cercam to-
dos os dias.
Projeto de lei propõe desligamento
de radares à noite no município
Com o meu projeto, a prefeitu-
ra não poderá multar os car-
ros que avançarem o sinal no
horário previsto. Porém, para
que tal medida não se torne
um incentivo ao desrespeito
às leis de trânsito, os radares
de velocidades não serão des-
ligados, somente os dos semá-
foros – ressalta o vereador.
Vereador Bruno Lessa
Foto: Sergio Gomes
• A exposição ‘Carlos Ruas:
Fotos & Acervo’, aberta à visita-
ção pública desde o dia 11 de
agosto, será prorrogada por
mais uma semana e ficará até
o dia 5 de setembro no saguão
da Câmara de Vereadores de
Niterói, com entrada gratuita.
A mostra de fotografias tira-
das pelo jornalista durante as
décadas de 50, 60 e 70 faz par-
te das comemorações do 195º
aniversário do legislativo nite-
roiense e marca os 60 anos de
fotojornalismo do autor.
De seu acervo de mais de
duas mil fotos, Ruas apresen-
ta algumas inéditas para o to-
tal de 200 trazidas à exposi-
ção. Podem ser vistos de se-
gunda a sexta-feira a partir
das 9h, painéis sobre a vida
de políticos como o ex-gover-
nador Roberto Silveira, o co-
mandante Amaral Peixoto e
deputados estaduais já faleci-
dos. Os bailes de gala do Bal
Masqué no Clube Central, o
trampolim da Praia de Icaraí,
as mulheres com os famosos
maiôs Catalina, os desfiles da
Fábrica de Tecidos Bangu,
imortalizada nos versos de
Noel Rosa, e muito mais.
Avenida Amaral Peixoto
625, Centro.
• A poeta e atriz Eda Damá-
sio lança o livro ‘César de
Araújo – Memórias e Poe-
mas’, na segunda-feira 8, às
19h, no saguão da Câmara
dos Vereadores de Niterói,
numa edição da Nitpress.
César foi perseguido e preso
na época do período
ditatorial.
César teve 12 obras publi-
cadas, organizou duas anto-
logias, além de ter
participado de vários movi-
mentos culturais. Recebeu o
título de Cidadão Niteroiense
conferido pela Câmara Muni-
cipal de Niterói. Poeta capi-
xaba, sempre morou e se
dedicou à nossa cultura. Fa-
leceu em 2006.
Conhecido, também, por
sua arte de interpretar poe-
sia, Araújo influenciou uma
geração de escritores e artis-
tas. Como estudante de Direi-
to da UFF, foi atuante na luta
contra a ditadura usando a
poesia como arma de protes-
to, sendo conhecido como o
Poeta Universitário do Brasil,
Exposição com
acervo de
Carlos Ruas foi
prorrogada
A mostra de fotografias tiradas
pelo jornalista durante as
décadas de 50, 60 e 70 faz
parte das comemorações do
195º aniversário do legislativo
niteroiense e marca os 60 anos
de fotojornalismo do autor
Atriz lança livro sobre vida do
poeta César de Araújo
após publicação do poema
‘Canto de Morte’ e ‘Enterro
do Menino de Belém’, pelo
jornal A Tribuna da Impren-
sa, em homenagem a Edson
Luiz, estudante morto pela
polícia.
Escolhido para representar
o Estado do Rio de Janeiro no
1°Encontro Nacional de Poe-
tas em Fortaleza, foi preso ao
dizer seu poema ‘Da Liberda-
de’, que havia sido premiado
no I° Festival de Poesia Fala-
da em Niterói. Toda a edição
do livro editado na época foi
queimada. A anistia só lhe
foi concedida depois de sua
morte, pela perseguição
sofrida.
Foi diretor da Casa de Cul-
tura Euclides da Cunha, em
Cantagalo, tendo tido que
abandonar o trabalho devido
à perseguição política, foi
diretor Cultural da OAB, do
Centro Orcal de Cultura e
Arte, tendo dirigido também
a Casa Norival de Freitas, em
Niterói.
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QUINZENA DE AGOSTO • 2014 13
• Neste domingo, 07 de Setem-
bro, a União da Mocidade Espíri-
ta de Niterói – UMEN –, recebe-
rá amigos e companheiros para
• A resposta para esta per-
gunta é de extrema importân-
cia hoje porque a depressão se
transformou em uma epidemia
que atinge indistintamente to-
dos os países do mundo, le-
vando milhões de pessoas ao
suicídio, às drogas, à deses-
truturação de famílias e à ruína
de carreiras profissionais.
Dados fornecidos pela Or-
ganização Mundial da Saúde
indicam que a depressão é a
segunda maior causa de inca-
pacitação humana atualmente
e que pulará para o primeiro
lugar em 2030. Com base
nestes dados, podemos proje-
tar que cerca de 100.000
pessoas entre a população
atual de Niterói terão ao me-
nos um episódio depressivo
ao longo de suas vidas. Isto
explica a grande e crescente
procura por psicanalistas e
psiquiatras em nossa cidade.
A Depressão – doença
que afeta o cérebro, a mente
e o corpo – é causada por
uma combinação de fatores
genéticos, ambientais e psico-
lógicos. Caso haja algum caso
confirmado de depressão em
sua família, você tem a pre-
disposição de ter esta doença,
pois os genes têm um peso de
O que é Depressão?
cerca de 50% entre suas causas.
Se você for mulher, suas chances
são 200% maiores ainda.
Existem muitos mitos e precon-
ceitos que tornam a identificação
e o tratamento da depressão uma
árdua tarefa. É importante frisar
que a depressão afeta pessoas
de todas as idades, pois ainda há
quem acredite que criança não
tem depressão. Isto é um grave
erro, pois ela atinge pessoas cada
vez mais jovens. É comum tam-
bém vermos pessoas afirmarem
com forte convicção que não têm
depressão porque trabalham
muito e têm a “mente forte”. Esta
crença é fruto da desinformação,
pois hoje sabemos que a depres-
são pode surgir sem uma causa
aparente e nada tem a ver com a
atitude mental que possa ter.
O preconceito contra a depres-
são está tão arraigado que é co-
mum que o doente esconda a do-
ença de seus familiares e até dos
amigos. Isto contribui para o apro-
fundamento da doença, uma vez
que o isolamento afeta fortemen-
te sua autoestima. Alguns de
meus pacientes não querem que
suas famílias, principalmente
seus filhos, saibam que eles têm
depressão porque não querem
ser vistos como “pessoas fracas”.
Certa vez, uma paciente chegou
ao meu consultório chorando. Ha-
via acabado de comprar uma re-
vista sobre a doença em uma ban-
ca de jornal. Quando pediu a revis-
ta, a reação do jornaleiro foi cho-
cante. Ele perguntou se ela tinha
depressão e ela respondeu que
sim. ‘Que vergonha! Uma moça
tão jovem e tão bonita! Tire isto
da sua cabeça e você vai se sentir
melhor’! Esta foi a terrível reação
do jornaleiro mal informado.
É necessário que o profissional
da área de saúde mental tenha
paciência e que dê o necessário
acolhimento emocional ao doente
de depressão. É comum que eu
precise realizar algumas sessões
no consultório para que o pacien-
te se convença de que tem de-
pressão, embora já tenha vindo do
psiquiatra com este diagnóstico.
“Eu não posso melhorar só com
força de vontade?”. Ouço esta
pergunta com muita frequência.
A Federação Mundial para a
Saúde Mental recomenda que o
tratamento de pacientes com de-
pressão envolva quatro passos:
informações claras ao paciente e
à família, uma terapia como a psi-
canálise, a utilização de medica-
mentos prescritos por um médico
psiquiatra e a formação de uma
rede de apoio emocional compos-
ta por familiares e amigos do do-
ente. A eficaz combinação destes
quatro fatores aumenta a possibi-
lidade de que se tenha uma me-
lhor qualidade de vida com a re-
missão dos principais sintomas
SAÚDE MENTAL
que tanto afligem ao paciente.
Em tempo: O Jornal Santa
Rosa presta um grande serviço
à população com o lançamento
desta coluna em suas páginas.
A cada edição, trataremos de
um tema ligado à saúde men-
tal. Através do e-mail abaixo
você, caro leitor, poderá fazer
perguntas a respeito da de-
pressão, bipolaridade, ansie-
dade, stress, vícios, relaciona-
mentos afetivos, dificuldades
escolares, transtornos alimen-
tares, entre outros, ligados às
emoções humanas. Elas serão
respondidas, mesmo sem se
identificar. Caso queira, use
um pseudônimo. Boa Saúde
Mental a Todos!
Lenilson Ferreira
– Psicanalista
[email protected]
Bazar
Florescer na
UMEN
o seu tradicional Bazar Frater-
no, que recebeu o nome de Flo-
rescer.
— Assim como as flores se
abrem na natureza, com a inter-
rupção das privações do inverno,
sorrisos desabrocham, diaria-
mente, no nosso bazar, pela mi-
tigação das duras dores da vida,
resulta uma permanente e exube-
rante primavera espiritual, em
nossa instituição, será motivo de
alegria contar com a participação
de toda a família UMEN nas ati-
vidades planejadas para esse dia
com atrações e muita confrater-
nização – convidam os organiza-
dores do evento.
PROGRAMAÇÃO: Exposição
doutrinária com o tema "A Cari-
dade Material e a Caridade Mo-
ral", às 9h30, baseada na mensa-
gem da Irmã Rosália, contida
em ‘O Evangelho Segundo o Es-
piritismo’. Cap. XIII, item 9;
Abertura do Bazar, às 11h, per-
manecendo aberto até às 16h30.
Rua Princesa Isabel 55 - Bairro
de Fátima/Niterói.
Sala Carlos Couto recebe a exposição ‘Mandinga’
• A artista visual e performer, Christiane da Cunha mostra cartografias
da experiência interior e exterior da dança através de desenhos, pintu-
ras, vídeos e animações, na exposição ‘Mandinga’, que acontecerá a par-
tir desta quarta-feira 03, na Sala Carlos Couto, com entrada gratuita.
Os trabalhos resultam de um processo onde a criação visual vem a
ser origem e prolongamento de uma peça em Dança Contemporânea:
o dueto ‘Mandinga’ – que após turnê em Festivais na Holanda, Alema-
nha e África do Sul, será apresentado no Teatro Municipal de Niterói.
Horário: Terça a sexta-feira, das 10h às 18h; sábados e domingos, das
15h às 18h. Compareça, vale conferir!
Rua Quinze de Novembro 35, Centro.
• Informo que o Grupo de Apoio à Pessoa com De-
pressão (GAP) se reunirá no próximo dia 17 de setem-
bro, às 18h30, na Biblioteca Pública de Niterói. Nosso
objetivo é fornecer informação e orientação sobre o tra-
tamento da depressão. A participação é gratuita. Pra-
ça XV de Novembro s/nº (próximo à Câmara de Vere-
adores). Você é nosso convidado, compareça!!!
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A ERA DE ‘EROS’
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QUINZENA DE AGOSTO • 201414
H. Francisconi
P
ode-se imaginar no
Portugal do início do
século passado o
quanto de coragem
foi preciso para a
jovem Florbela d’Alma, filha
ilegítima, nascida em 1894 no
Alentejo, conseguir o nível de
ensino superior e tornar-se
poetisa, com méritos
reconhecidos?
Vamos tentar acompanhar
um pouco da trajetória dessa
mulher com M maiúsculo:
Em 1917, depois de forma-
da em Letras, ingressou na
faculdade de direito e, em
1919, quando cursava o ter-
ceiro ano, publicou o seu pri-
meiro título: Livro de Mágoas
(poesias). Quatro anos de-
pois, em 1923, veio a ser edi-
tado o Livro de Sóror
Saudade, também de
poesias.
Seriam esses os dois únicos
livros da escritora publicados
com ela ainda viva, embora
em seu acervo constassem,
além de suas Cartas, pelo
menos cinco outros títulos
(inclusive dois de contos) edi-
tados postumamente.
Mulher sensível, mas de
forte personalidade, Florbela
jamais foi ligada a qualquer
movimento literário, sofren-
do, apenas, alguma influência
de Antero de Quental na téc-
nica de escrever os sonetos
que a tornaram famosa.
A temática preferida de
seus versos é a do amor, da
solidão e da ternura, e a pas-
sionalidade deles faz com que
muitas vezes sejam conceitu-
D
esde que homem é homem e mulher é mulher que
homem é homem e mulher é mulher.
Antes que me julguem mal, não sou pessoa de
preconceitos (pré-conceito). Meus conceitos não
são prévios, são diretos e não passam por ne-
nhum “trailer”, sequer pelo “trailer” do Gúti, que ficava
estacionado na praia de Piratininga.
O que pretendo dizer é que sexo é um ato fricativo, en-
dossado (e adoçado) pelo fonema fricativo do vocábulo,
fonema esse que às vezes pode ser absurdamente sono-
ro, como em alguns atos sem vergonha, muito embora os
surdos também o exercitem.
O sexo pode ser praticado de várias maneiras, e por
vários maníacos, dependendo da mania de vê-lo sob di-
versas maneiras e da maneira de cada maníaco ao prati-
cá-lo à sua maneira: com pressa, devagar, em cima da
hora, embaixo da hora, do lado de dentro e até do lado
de fora. Esta última modalidade é muito conhecida entre
os ansiosos, o que resultou no “prazer precoce” – e que
nada tem a ver, obviamente, com essa prática desde cri-
ança. Mas já ouvi ou li em algum lugar que “se a pressa
fosse inimiga da perfeição ejaculação precoce não faria fi-
lhos bonitos”. E isso é uma grande verdade, tanto quanto
um mais um são dois e dois mais um é “suingue”.
Interessante mesmo é como a expressão “sexo oposto”
contradiz o seu significado, já que a outra parte jamais se
opõe. A não ser em caso forçado, lógico, mas aí seria por
força das circunstâncias, o que, sem dúvida, teria susci-
tado o sexo forte.
Também sou defensor de que o assunto envolvendo sexo
seja discutido somente no lar, entre os familiares, porque
o sexo na escola levaria o colégio à interdição.
Poderíamos ficar aqui a falar (está vendo? De falo!) so-
bre sexo ininterruptamente durante várias horas (várias
horas de sexo ininterruptamente? Que utopia, hein?). É
que este assunto é tão necessário quanto complexo, à par-
te, logicamente, os complexos de Édipo.
Então eu diria sobre o sexo como tradição passada atra-
vés das gerações, quando seus ensinamentos eram trans-
mitidos antes da invenção da escrita, época em que o sexo
era somente oral... Não sei, acho melhor encerrar este
assunto...
Hilário Francisconi é escritor
[email protected]
ados de sensuais, quase
eróticos.
Sua obra é marcada pro-
fundamente pelas frustrações
amorosas e pela morte do
irmão Apeles, ocorrida na
queda do avião que ele pilo-
tava em 1927.
Florbela Espanca é conside-
rada dona de uma técnica
primorosa e insuperável na
feitura do soneto, esse tipo
de poema tão difícil de ser
construído. Um belo
exemplo é:
VaidadeSonho que sou a poetisa
eleita/Aquela que diz tudo e
tudo sabe,/Que tem a
inspiração pura e perfeita,/
Que reúne num verso a
imensidade!
Sonho que um verso meu
tem claridade/Para encher o
mundo! E que deleita/Mesmo
aqueles que morrem de
saudade!/Mesmo os de alma
profunda e insatisfeita!/Sonho
que sou Alguém cá neste
mundo.../Aquela de saber
vasto e profundo,/Aos pés de
quem a Terra anda curvada!
E quando mais no céu eu
vou sonhando/E quando mais
no alto ando voando,/Acordo
do meu sonho... E não sou
nada!...
Em busca da felicidade, a
escritora casou-se, sucessiva-
mente, com Alberto Moutinho
(1913), Antonio Guimarães
(1921) e, finalmente, com o
médico Mário Laje (1925),
sem se importar com a socie-
dade altamente conservadora
da época e afrontando seus
valores preconceituosos.
Em 2 de dezembro de 1930
seu diário é encerrado com a
seguinte frase: ...e não haver
gestos novos, nem palavras
novas! Cinco dias depois, no
dia de seu aniversário, Flor-
bela d’Alma da Conceição
Espanca suicida-se em Mato-
sinhos, com uma dose exces-
siva de medicamentos.
Oficialmente, teria morrido de
problemas pulmonares. É sa-
bido, contudo, que sofria des-
de algum tempo de graves
problemas psicológicos.
Alberto Cohen é escritor
[email protected]
Flor Bela
AlbertoCohen
REGGAE NA PRAÇA DA CANTA-
REIRA — O projeto “Cultural Reg-
gae na Praça” agita a Praça Leoni
Ramos (Cantareira), em São Domin-
gos, no domingo, 7 de setembro, das
16h às 22h, com música, artesanato,
gastronomia, feira de troca de livros
e oficinas artísticas.
Idealizado e realizado pelo pro-
dutor cultural e compositor Gilber-
to Filho, o programa é uma inter-
venção cultural gratuita com apre-
sentações ligadas ao universo do
reggae e a cultura rastafári e tem
como objetivo implementar práticas
socioeducativas através de mensa-
gens positivas, reforçando atitudes
que envolvam saúde, bem estar, ar-
tes integradas, atividades lúdicas,
como cama elástica, oficina de sten-
cil e gastronomia integral; tudo
numa atmosfera alegre e descontra-
ída. Entre as atrações, haverá DJs,
MC’s e grande show com a banda
Plantae.
O evento tem o apoio da Prefei-
tura de Niterói, através da Secreta-
ria Municipal de Cultura e da
Fundação de Arte de Niterói.
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QUINZENA DE AGOSTO • 2014 15
JORNAL SANTA ROSA: Que tipo
de sentimentos ou cenários
costumam lhe inspirar?
HILÁRIO FRANCISCONI: Penso
que a ‘inspiração’ para a
arte criativa da escrita este-
ja no entorno de todos nós,
impregnada no ar que res-
piramos e solícita a qual-
quer pessoa predisposta a
aspirá-la. O importante é a
observação, o olhar atento
do cronista (todo escritor é,
em essência, um cronista);
a percepção da minúcia, a
elaboração ligeira da sínte-
se sobre um fato qualquer,
pois a ideia – a tal da ins-
piração – é fulminante-
mente passageira e escorre-
gadia. Daí para a frente,
resta-nos o trabalho árduo,
puramente intelectual,
para o garimpo das letras
que vieram com a ideia.
JSR: Teve influência de al-
guns autores no início de sua
carreira?
HF: Somos ‘bombardea-
dos’ por contingências da
vida desde o nosso nasci-
mento. Afinal, “o homem é
produto do meio”, não é
verdade? Contudo, há in-
fluências marcantes que
podem direcionar o sujeito
para uma vertente mais es-
pecífica. A principal delas,
acredito, seja a motivacio-
nal. Por isso, não citarei
autores. Prefiro enaltecer,
também sem citá-las, as
pessoas que, de uma forma
ou outra, contribuíram
para a formação da minha
visão do mundo. Com o
tempo, vamos nos moti-
vando, numa via crucis
progressiva, ampliando a
nossa visão geral, e acaba-
mos, durante o caminho,
selecionando as ‘influênci-
as’ que, na verdade, já es-
tavam em plena gestação
no nosso plano consciente.
É quando dá-se o salto – a
quebra do elo que nos liga-
va a tudo que nos influen-
ciava – e mergulhamos no
mar de coisas que vivem
em sintonia com o que pen-
samos. Então tudo flui con-
forme o nosso pensamento.
Já escreveu o poeta Mário
Quintana: Não há influênci-
as, mas, confluências.
JSR: O que o motivou a in-
gressar na vida literária?
HF : Um impulso natural.
Como disse, quando há moti-
vação direcionada o processo
– embora doloroso e longín-
quo – flui espontaneamente.
De uma forma geral, damos
início à aventura com alguns
versos. De quando em vez,
com algumas confissões. E fi-
cam lá, no caderno ultrasse-
creto (conforme a nova orto-
grafia!), e de onde, penso, ja-
mais deveriam sair! Faltam,
ainda, as ‘influências’ e, prin-
cipalmente, as confluências...
JSR: Quando teve certeza em re-
lação ao momento de publicação
de suas obras?
HF: Acho que não deva haver
um momento exato para pu-
blicações, como aquele de se
retirar um bolo do forno. É que
algumas receitas são falhas e
eu prefiro as naturais. Por
isso, assim como se colhem
do pé os frutos maduros, as-
sim devem ser retirados da
gaveta os textos quando ama-
durecidos e prontos para o
consumo.
JSR: Quais os seus métodos de
elaboração da escrita?
HF: Eu sempre invejei os metó-
dicos, aqueles que sabem divi-
dir às 24 horas de um dia em
setores claros entre o fazer isto
e aquilo. E cumprem. Também
admiro os que fazem planos e
elaboram esquemas para os
seus projetos, literários ou não.
De minha parte, não me res-
sinto de confessar ser uma
pessoa completamente desor-
ganizada. Posso inaugurar o
dia lendo ou escrevendo; pos-
so terminá-lo escrevendo ou
lendo. E no meio desse proces-
so sou impelido a interromper
uma leitura no seu clímax
para dar início a uma crônica
que, por sua vez, pode ter o seu
desenvolvimento negligencia-
do para retornar à leitura.
Mas, para não dizer que sou
isento de toda e qualquer re-
gra, jamais escrevo de forma
manuscrita. E não por tratar-se
de uma suposta mania ou pre-
conceito, mas, terminantemen-
te, por não entender, dez ou
quinze minutos depois, a mi-
nha própria letra. Há quem te-
nha desenvolvido uma invejá-
vel caligrafia; eu, sem dúvida,
carrego comigo uma indecifrá-
vel ‘cacografia’.
JSR: Que conselhos daria aos
que aspiram seguir essa arte?
HF: Que leiam. Muito e tudo.
Inclusive bulas de remédio.
JSR: Sente-se realizado com sua
produção literária?
HF : Penso que realizar-se é
aposentar-se da vida. Ainda te-
nho tudo para aprender. Tudo
para ler. E a cada dia chegam
novas bulas de remédio...
JSR: Quais as dificuldades que
observa no universo literário?
HF: A ênfase empreendida,
por parte de nossas editoras,
às traduções e produção de li-
vros estrangeiros em detri-
mento de lançamentos nacio-
nais de nossos novos e compe-
tentes autores.
JSR: Deixe uma mensagem aos
leitores.
HF: Dia desses estive pensan-
do seriamente sobre o que, de
fato, a vida espera de cada um
de nós. Agora, quero aprovei-
tar esta oportunidade para
expressar aquilo que, tal-
vez, considero ser de suma
importância: para a nature-
za não importa o homem,
enquanto matéria, e sim o
seu legado.
JSR: Poderia oferecer ao lei-
tor um pequeno texto de sua
autoria?
HF: Com prazer.
O menino e o mar
“Olha a praia, mãe!”
E foi só o que ouvi.
Na costumeira pressa mati-
nal, o garoto vinha arrastado
pelo bracinho por uma senho-
ra mais forte que o mundo, de-
fronte à Estação das Barcas,
em Niterói
— que a vida é um eterno
conflito e não pode parar.
“Olha a praia, mãe!”
Esse imperativo, por de-
mais pungente, não me saiu
da cabeça durante o dia intei-
ro. Pude notar, antes que os
dois se misturassem à multi-
dão, que aquela senhora não
atendeu à súplica infantil. Ela
não olhou o mar; não olhou o
menino.
Apenas seguiu em frente, como
todos os outros que nada olha-
vam naquela manhã invisível.
Embora o menino não con-
seguisse transmutar o seu
sentimento em código linguís-
tico, o seu espírito, que enten-
de tudo, processou:
“Será que mamãe olhou
para o mar quando me ouviu?
Será que mamãe olhou para
mim quando ouviu o mar?”
Tocado pelo cheiro da mare-
sia, uma versão da madeleine-
de Proust me fisgou e eu in-
corporei aquele menino. E vi o
mar da minha infância que me
invadia os poros com o seu
fluxo feiticeiro, e as suas va-
gas, belas e infinitas, iam que-
brar na encosta da minha alma;
vi abrir-se à minha frente a
imensidão azul, serena e enig-
mática, que me levava sobre as
suas águas para um outro
mundo, talvez o da fantasia,
talvez o da genuína realidade.
Mas ainda pude ouvir, por
um desses processos mágicos,
o espírito do menino pela últi-
ma vez:
“Esse mar, suplicante, é um
poema vivo que a mamãe não
leu...”
“Olha a praia, mãe!...”
“
”
Pude notar, antes
que os dois se
misturassem à
multidão, que
aquela senhora não
atendeu à súplica
infantil. Ela não
olhou o mar; não
olhou o menino.
Apenas seguiu em
frente, como todos
os outros que nada
olhavam naquela
manhã invisível.
H
ilário Francis-
coni é natural
da capital do
Estado de São
Paulo e radi-
cado em Niterói desde
os 10 anos de idade. Li-
cenciado em Língua Por-
tuguesa e Literatura
Brasileira pela FACEN,
sempre trabalhou em
áreas administrativas
do serviço público, até
aposentar-se, em 2009,
pelo Tribunal de Justi-
ça/RJ, onde exerceu o
cargo de Analista Judi-
ciário. É cronista, escri-
tor e roteirista.
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ENTREVISTA: Hilário Francisconi
Por Belvedere Bruno ••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••
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