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Case: sGD brasil
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reestruturao da linha de embalagens de vidro
A francesa SGD investiu mais de R$ 70 milhes para reestruturar
sua unidade brasileira de produo de embalagens de vidro, que conta
agora com 1.000 metros quadrados de rea ISO classe 8
luciana Fleury
P ara reforar sua atuao como empresa especializada no
for-necimento de embalagens de vidro para as indstrias farmacutica
e de perfumaria/cosmticos, a multi-nacional de origem francesa SGD
re-estruturou a produo de sua unidade brasileira, localizada na
cidade de So
Paulo. Dessa forma, a empresa am-pliou a capacidade produtiva e
passou a trabalhar com linhas exclusivas dire-cionadas para cada
unidade de neg-cio. A deciso demandou, entre outras necessidades, a
construo de uma rea ISO classe 8 de 1.000 metros quadrados para
garantir a esterilidade
das embalagens de vidro que sero incorporadas a cadeias
produtivas nas quais o controle da contaminao um ponto crucial.
Segundo a empresa, os mercados farmacutico e de perfumaria eram
atendidos por grandes grupos vidrei-ros que, muitas vezes, os
enxergavam
Nova rea de 1.000 metros quadrados ISO Classe 8 garante
esterilidade das embalagens de vidro produzidas
Foto
s: G
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apenas como pequenos negcios dentro de sua atuao. Desde a sua
criao, em 2007, a SGD se posicio-nou mundialmente como especialista
para esses segmentos. Boa notcia para as indstrias farmacuticas e
de cosmticos, que passaram a contar com um fornecedor especializado
e, portanto, mais sensvel s suas ne-cessidades especficas.
Para quem est com este foco, o crescimento da indstria
farmacutica nacional, impulsionada pelos genri-cos, pela consolidao
do Brasil como plataforma de produo regional e/ou mundial para
muitas multinacionais localizadas no Pas e pelo aumento do poder
aquisitivo das classes C e D, no poderia passar despercebido. A SGD
estava trabalhando com um forno para as duas unidades de negcio,
que pos-suem realidades e dinmicas diferen-tes. Em 2009, a empresa
se dedicou formatao de um plano de negcio que mostrou que havia
grandes opor-tunidades a partir de uma reestrutura-o da produo.
Desta forma, o novo desenho operacional da produo voltada ao
segmento farmacutico foi concebido para iniciar a operao de duas
linhas com capacidade total de produo de 150 milhes de frascos por
ano, porm com potencial de expanso para mais uma linha, aumentando
em 50% o vo-lume anual.
A aprovao dos R$ 70 milhes em investimentos, destinados a
reorgani-zar a produo e ampliar o servio de decorao de frascos de
perfumaria, comprovou o desejo da matriz e dos acionistas de
apostar no potencial do mercado brasileiro e das Amricas, alm de
preparar a unidade para even-tualmente atuar como backup de suas
plantas localizadas na Europa.
Analistas realizam ensaios por amostragem para validao dos
lotes
Unidades produzidas recebem embalagem primria dentro da rea
limpa
Processo de embalagem final para formao dos pallets
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Case: sGD brasil
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Nova linha de produo
A estratgia seguida pela SGD para implantao da nova linha de
pro-duo foi reativar o forno 3 da unidade, sem uso desde a aquisio
de planta, antes pertencente ao Grupo Saint--Gobain (veja box SGD:
foco em vidros especiais, pg. 32) Seguimos a determinao de ter uma
linha de pro-duo no mesmo nvel das existentes em nossas unidades na
Europa. Para isso, simulamos vrios cenrios de layout visando
atingir capacidade de produo desejada, e contamos com a experincia
dos servios de Engenha-ria de nossas unidades na Frana e na
Alemanha. Alm disso, escolhemos os equipamentos segundo
especifi-caes de padro internacional, tudo para termos uma unidade
de classe mundial, comenta Luc Deffontaines, gerente de Projetos da
SGD Brasil.
Na SGD, o processo de fabricao do vidro ocorre em trs grandes
reas: a de fuso (que abriga o forno que re-cebe e processa a
matria-prima, basi-
camente areia), de produo (chamada de rea quente, onde esto
localizadas as mquinas que modelam os frascos) e rea limpa (chamada
de rea fria, na qual so realizadas as inspees de qualidade e a
embalagem primria).
Entre maio de 2011 e janeiro de 2012, o cenrio foi se tornando
realida-de. Reformado, o forno que recebe e faz o processamento da
matria-prima a temperatura de 1.200 C recebeu
refratrios de alta qualidade e foram instaladas modernas mquinas
na rea quente. Essas mquinas rece-bem o vidro e o modelam no
formato de frascos, de acordo com as espe-
cificaes determinadas. Os frascos
seguem, por meio de esteiras, para um forno onde passam por um
tratamento trmico para o alvio de tenses.
rea limpa: inspeo e embalagem final
Passo seguinte, essas esteiras levam as embalagens de vidro para
a rea limpa. Concebida com o que h de mais atual em solues para
controle de contaminao de ambientes inter-nos, ela foi construda
para proteger as embalagens de impurezas enquan-to os vidros passam
por complexas inspees automticas de qualidades. A rea atende a
norma ABNT NBR 11819:2004, que trata dos requisitos e mtodos de
ensaio para a produo de frascos de vidro para produtos
farma-cuticos. A SGD realiza todo o traba-lho de inspeo e embalagem
primria das embalagens direcionadas para a indstria farmacutica
nesse ambiente classificado. A exigncia de operar
em um ambiente ISO classe 8. Muitos
Projeto seguiu os parmetros adotados
nas unidades europeias da empresa visando
manter o mesmo padro internacional
Esteiras automticas transportam as embalagens para as mquinas de
inspeo
-
frascos utilizados pelo segmento far-macutico so de volumetria
pequena, com bocal bastante reduzido, o que, naturalmente,
desfavorece a contami-nao, comenta Marco Assis, gerente de
Qualidade da SGD Brasil.
A primeira mquina de inspeo, dotada de mltiplas cmeras, realiza
uma completa anlise e exclui aquelas embalagens que apresentam
qualquer tipo de trinca ou fissura, bolhas, riscos
ou marcas importantes, em todo o cor-po do frasco. Tudo de forma
automtica.
Seguindo pelas esteiras, a embala-gem vistoriada passa por uma
segun-da mquina de inspeo, cuja funo avaliar especificamente o
bocal do
frasco e verificar sua correta dimen-so, o que garantir seu
perfeito fecha-mento e desempenho no momento do envase realizado
pelo cliente. Frascos
Mquinas realizam inspees automticas para excluir embalagens fora
do padro especificado
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Case: sGD brasil
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rejeitados em qualquer uma das etapas so direcionados para um
coletor e, posteriormente, levados novamente para o forno. O vidro
pode ser reciclado indefinidamente,
comenta Assis.Finda esta etapa, o processo poder ainda ter
mais
um momento, caso sua especificao assim preveja:
linhas especiais so submetidas ao cuidado extra de limpeza,
garantido pela Turn & Blow (nesse processo, a mquina realiza
uma limpeza extra do frasco produzido, posicionando-o de cabea para
baixo e emitindo um jato de ar e aspirao a vcuo em seu bocal),
antes de rece-ber a embalagem primria de filme plstico e sair da
sala
limpa pronta para a formao dos pallets, dependendo do arranjo
determinado.
Especificamente quanto ao processo Turn & Blow, ter o
equipamento disponvel para processos que demandem maior ndice de
limpeza em suas embalagens um ganho para o cliente, que no precisa
incorporar esta etapa em sua linha de produo. O argumento de gerar
esta econo-mia tem surtido efeito. De acordo com a SGD, clientes em
prospeco passam a enxergar este diferencial e analisar quais
economias e vantagens podem obter com o forne-cimento, sem
comprometer a qualidade e a confiabilidade
do processo produtivo interno.
rea foi planejada com potencial de expanso para mais uma linha
de produo
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dutos;Como mdulos independentes deinsuflamento de ar ultra-limpo
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e simplicidade;Flexibilidade na instalao;Cria presso positiva em
ambientes controlados;Manuteno simples e econmica.
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A SGD tem todo esse cuidado na produo das embalagens de vidro
para oferecer a seus clientes produtos com assepsia, visto que, de
certa for-ma, a produo dessas embalagens de vidro faz parte da
cadeia produtiva dos medicamentos e, portanto, devem seguir os
mesmos conceitos. Apesar de no respondermos diretamente a nenhuma
regulamentao especfica
da Anvisa, sofremos auditorias de praticamente todos os clientes
porque eles precisam demonstrar conheci-mento dos processos
adotados por seus fornecedores perante rgos fiscalizadores e
auditores, diz Assis.
Todas as etapas de produo da SGD possuem sistemas prprios de
qualidade. Desde o recebimento de matria-prima, passando pela rea
de fuso (com inmeros controles de ope-
rao do forno) e pelas inspees au-tomticas da produo, chegando ao
controle de qualidade, no qual analis-tas realizam ensaios por
amostragem para validao dos lotes produzidos.
Cada tipo de frasco tem a sua ficha de
especificao prpria onde so relata-dos todos os testes necessrios
para validar sua produo: testes dimen-sionais, fsicos, mecnicos e
inclusive
Na rea quente, mquinas modelam o vidro
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departamento de engenharia da matriz francesa da SGD.
Nossos objetivos eram que a rea, alm de atender s demandas para
obter classificao, tambm
proporcionasse conforto aos operado-res, afirma Luc
Deffontaines, gerente
de projeto da SGD. O cuidado que se justifica ao se levar em
considerao
o alto nvel de rudo das mquinas de moldagem, localizadas no
espao contguo. A sada foi a utilizao de forros acsticos apropriados
para sa-las classificadas.
Outro fator de impacto no conforto do operador a temperatura, j
que os vidros entram no ambiente controlado vindos da rea de produo
a uma temperatura prxima de 80 C. Para solucionar esta questo, o
sistema de ar-condicionado foi desenhado para que a temperatura do
vidro baixe para at 40 C aps percorrer apenas sete metros desde sua
entrada no ambiente classificado. A umidade do ambiente
permanece controlada entre 40% e 70% e a temperatura limitada a
25 C.
Para oferecer estas condies mesmo em caso de falhas dos
equi-
pamentos, o sistema foi dimensionado prevendo contar com duas
Unidades de Tratamento de Ar - UTAs e dois res-friadores, o que
possibilita, em caso de falha, manter o mnimo da eficincia
solicitada em parmetros aceitveis at que intervenes de manuteno
restabeleam os nveis ideais.
Dutos txteis ajudam a manter os sistemas de ventilao e de
ar-condi-cionado livres de micro-organismos e a rea toda opera em
presso positi-va, mantida em diferencial para o ves-tirio e para a
antecmara de sada dos materiais.
Pontos nevrlgicos da operao, as mquinas de inspeo possuem
A atual capacidade total de produo de 150 milhes de frascos por
ano
qumicos, para satisfazer os acordos com nossos clientes, diz
Assis.
A linha de produtos farmacuticos funciona de forma contnua, no
regime de 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. A
empresa trabalha com uma gama de produtos padroni-zados e tambm
atende solicitao de formatos especficos. No entanto, para
este segmento, todos os produtos so do tipo 3, de cor mbar.
Cuidados com os operadores
A execuo do projeto da rea limpa de 1.000 metros quadrados com
classificao ISO 8 na nova linha fi-cou a cargo da Isotherm, que
seguiu as especificaes determinadas pelo
a linha de produtos farmacuticos
funciona de forma contnua, no regime de 24 horas por dia, 7 dias
por semana, 365 dias
por ano
Seminrios
Grupos de trabalho
Participao em eventos e feiras
Informaes atualizadasdo setor
Revista SBCC
A SBCC Oferece:
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C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
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nvel de iluminncia de 1.000 lux, en-quanto o restante do
ambiente recebe 500 lux. A rea conta ainda com portas rpidas,
portas guilhotinas manuais e automticas, portas de emergncia com
alarmes para indicao de portas
abertas, iluminao de emergncia e armadilhas luminosas para
insetos.
A arquitetura da sala foi montada em painis em chapa de ao
pr--pintada com preenchimento em l de rocha, tendo um p direito de
3,5 me-tros mximo e 3,3 metros til (abaixo do forro acstico).
Grandes visores de vidro duplo temperado de 6 mm permi-tem plena
viso externa da produo, o que facilita o acompanhamento de toda a
produo sem a necessidade de entrada no ambiente.
Os sistemas eltricos e de automa-o tambm foram detalhados e esto
ligados ao grupo gerador da empresa. Diversos itens da operao so
geren-ciados por um painel central de auto-mao, que mantm o
conjunto sem-pre monitorado, permitindo o controle e possibilitando
eventuais alteraes,
quando necessrias. Deffontaines res-salta ainda que tudo foi
pensado de forma a obter a melhor condio de eficincia energtica,
como a utiliza-o de compressores eficientes, que
reduzem o consumo de energia.
Luc Deffontaines, gerente de Projetos da SGD Brasil
Marco Assis, gerente de Qualidade da SGD Brasil
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Case: sGD brasil
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Projeto inicial e acompanhamento da obra Equipes internas
SGD
Projeto e Engenharia Isotherm
Instalao da rea limpa Isodur
Divisrias e forros de rea limpa Isodur
Forro metlico Isodur
Forro acstico ECOPHON/Saint-Gobain
Luminrias Isodur
Portas automticas Rayflex
Gilhotinas manuais e automticas Isodur
Resfriadores Hitachi
Bombas de gua gelada KSB
Climatizadores UTAs Isodur
Umidificadores Carel
Dutos de ar txteis Montef
Automao Isotherm / Schneider
Ficha Tcnica rea limpa sGD brasil*
*Informaes cedidas pela SGD Brasil
A SGD um grupo multinacio-nal francs nascido com a sada do Grupo
Saint-Gobain do mercado de frascos de vidro especiais em 2007. A
nova empresa adquiriu plantas do grupo original, tornando-se
rapida-mente lder mundial de embalagens de vidro para a indstria
farmacutica e perfumaria/cosmtica. Possui onze unidades industriais
localizadas em seis pases: Alemanha, Brasil, China, Espanha,
Estados Unidos e Frana. No Brasil, a unidade est localizada no
mesmo terreno em que opera a unidade de vidros do Grupo
Saint--Gobain, no bairro da gua Branca, em So Paulo.
sGD: foco em vidros especiais
Precipitador eletrosttico, sistema de tratamento das emisses dos
gases dos fornos de fabricao de vidro
No segmento farmacutico, tem em sua carteira mais de 90 clientes
dos mais variados portes, desde pe-quenos laboratrios de manipulao
a grandes empresas nacionais, como Medley, Hypermarcas e Teuto, e
gru-pos farmacuticos multinacionais como Boehringer-Ingelheim,
Sanofi-Aventis,
Roche, Novartis e Pfizer.
No Brasil, apenas 15% do fatu-ramento oriundo do segmento
far-macutico, mas o objetivo ampliar esse percentual para 40% at
2014, aproximando-se da mdia do grupo, que de 50% do faturamento,
que em 2011 atingiu a marca de 550 milhes de euros (cerca de R$
1,32 bilho).
Zurich, SwitzerlandSeptember 3 - 7, 2012Swiss Federal Institute
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