Os sentimentos diante do Natal Roberto Lúcio Vieira de Souza CRM: 14987 Saúde Mental e Espiritual O HEAL é uma instituição beneficente e referência no tratamento de sofrimento mental e drogadição. Com uma equipe clínica multidisciplinar completa, oferecemos tratamento humanizado com altos índices de recuperação. Em 50 anos de história e dedicação, já atendeu mais de 100 mil pacientes e 500 mil diárias gratuitas. Temos atendimento particular, por convênio e filantrópico. A aproximação dos festejos natalinos desperta uma avalanche de sentimentos nas pessoas, muitos deles contraditórios. Diante desses, é muito comum ouvir a seguinte questão: por que muitas pessoas dizem que não gostam e não se sentem bem no período do Natal? Se é um momento de festas, se é um tempo de reflexão sobre paz e espiritualidade, qual o motivo da raiva, tristeza e até a infelicidade de muitos? Primeiramente, é importante frisar que as respostas emocionais não têm regras fechadas e os indivíduos reagem aos estímulos não só movidos pelos instintos, mas principalmente por suas características pessoais, por suas vivências e por suas lembranças atávicas. Sendo que estas últimas, muito bem caracterizadas por Gustav Yung (um dos mais importantes estudiosos da mente humana), são explicadas por ele como herança cultural e familiar transmitida ao indivíduo e pode-se questionar aqui se não seriam vivências passadas destas criaturas, perante a crença da reencarnação. Muito embora o Natal seja lembrado por grande parte da humanidade, os sentimentos e a compreensão do seu significado diferem de cultura para cultura e de pessoa para pessoa. Para milhões de criaturas espalhadas pelo planeta, o Natal nada significa quanto a questão da vinda de um Messias prometido para salvação dos homens ou da encarnação do próprio Deus entre as criaturas. Para alguns, comemorá-lo é negar suas próprias crenças, como no caso do povo judeu. As pessoas que apresentam características introspectivas podem acentuar os seus sentimentos diante do convite diante do Natal, tornando-se mais fechadas, mais arredias e com tendência à depressão. Não são raras as experiências negativas com a comemoração : bebedeiras que terminam em discussões e agressões; condições precárias do ponto de vista financeiro, causando faltas das mais diversas, em especial, na infância carente; ausência de pessoas que são caras ,as quais partiram ou faleceram , entre tantas outras situações. Todas essas lembranças podem causar as emoções negativas diante do Natal. É fundamental que se busque entender e respeitar essas criaturas, auxiliando no que for possível, dentro do próprio espírito natalino. A psicoterapia pode auxiliar nos casos mais graves e em casos onde a depressão se instale, durando várias semanas, será fundamental buscar um médico psiquiatra para avaliar e prescrever o tratamento adequado. Nos casos traumáticos, dentro da minha experiência as terapias de vivências passadas são bastante eficientes. FELIZ NATAL! Graduado em Medicina (UFMG) com residência médica em Psiquiatria (FHEMIG); diretor técnico do HEAL; psiquiatra clínico e psicoterapeuta do Instituto de Assistência Psíquica da clínica Renascimento; palestrante nacional e internacional; professor convidado pelo Ministério da Saúde de Portugal; autor e coautor de diversos livros sobre saúde e espiritualidade; vice-presidente das associações Médico- Espírita do Brasil (AME) e de Minas Gerais (AMEMG)