Saúde Mental: Alternativas Para o Sistema de Saúde Debates GV Saúde Daniel Elia Consultor Nacional de Saúde Mental, Álcool e Drogas OPAS/OMS 2017
Saúde Mental:Alternativas Para o Sistema de Saúde
Debates GV Saúde
Daniel EliaConsultor Nacional de Saúde Mental, Álcool e Drogas
OPAS/OMS2017
OPAS/OMS
• A Organização Pan-americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) é o organismo especializado em saúde no Sistema Interamericano das Nações Unidas;
• Possui mais de 100 anos de experiência com cooperação técnica e mobilização de parcerias nas Américas.
• Conta com 35 Estados membros e atua como Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde.
Plano de Ação sobre Saúde Mental OPAS/OMS 2015-2020
Plano de Ação sobre Saúde Mental OPAS/OMS 2015-2020
Plano de Ação sobre Saúde Mental OPAS/OMS 2015-2020
Plano de Ação sobre Saúde Mental OPAS/OMS 2015-2020
Distribuição do Orçamento em Saúde Mental América Latina e Caribe
Em média, 2% do orçamento da saúde é gasto em saúde mental, a maior parte em hospitais psiquiátricos, onde se tratam apenas 5% a 10% dos usários de
saúde mental.
Depressão
• Depressão é um transtorno mental comum queafeta as pessoas de todas as idades, origens epaíses.
• Depressão produz sofrimento mental. Podeafetar a capacidade de executar atividadesdiárias e de participar da vida familiar ecomunitária.
• Depressão aumenta o risco das DCNT, como diabetes e doençascardiovasculares; por sua vez, estas condições aumentam o risco dedepressão.
• No pior dos casos, depressão pode levar ao suicídio.
• Depressão pode ser previnida e tem tratamento efetivo.
• Aumentar o investimento e o desenvolvimento de poíticas de saúde mentalajuda a reduzir as lacunas em saúde mental nas Américas.
Carga Regional Depressão
• Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviamcom depressão em 2015 (5% da população total).
• Houve um aumento de cerca de 17% do número total de pessoas com depressão entre 2005 e 2015.
• Depressão é a principal causa de discapacidade nasAméricas (8.8% dos anos vividos com discapacidade em2015).
WHO. (2017).Depression and Other Common Mental Disorders Global Health Estimates.
Prevalência (%) dos Transtornos Depressivosnas Américas, por idade e sexo, 2015
WHO. (2017).Depression and Other Common Mental Disorders Global Health Estimates.
No Brasil, a prevalência é de 5,8%
Impacto econômico da Depressão
• Existem consequências econômicas para osindivíduos, empregadores e governos:
• indivíduos – o absenteísmo no trabalho afeta a renda domiciliar;
• empregadores – além do absenteísmo, baixaprodutividade do trabalhador com depressão; e
• Governos - diminuição das receitas com impostos e aumento dos gastos com saúde.
Para cada US$ 1 investido no tratamento da depressão e ansiedadeganham-se US$ 4 em saúde e capacidade de trabalho.
Lidando com a Depressão
• Depressão é uma condição comum que pode afetara todos;
• Identificação precoce e o manejo apropriado sãoessenciais;
• Acesso a intervenções psicossociais devem estardisponíveis:
– Psicoeducação
– Redução do estresse e fortalecimento do suporte social
– Integração ativa entre as atividades diárias e a vida comunitária
– Tratamentos psicológicos
• Acesso a medicação psicotrópica
Depressão: Vamos FalarCampanha da OMS para o Dia Mundial da saúde em 2017
• Objetivo: que as pessoas com depressão, em todos os países, busquem
e consigam ajuda
Suicídio no Mundo
• 800 mil mortes por suicídio por ano• Taxa de 11,3/100mil hab.• Segunda maior causa de jovens entre 19 e 29
anos• Para cada suicídio, há cerca de 20 tentativas• O suicídio corresponde a 1,4% de todas as
mortes, sendo a 15ª causa de morte no mundo em 2012
Suicídio no Mundo
• Cerca de 65 mil suicídios por ano• Taxa de 7,3/100 mil hab. • Idade: 5 maiores causas de morte de
jovens e taxas muito altas em idosos• Gênero: Taxas 4 vezes maiores em
homens (11,5) do que em mulheres (3,0)
• Asfixia, armas de fogo e enforcamento correspondem a 90% dos casos
Suicídio nas Américas
América do Norte: 10,1
Caribe não hispânico: 7,4
América Central, Caribe Hispânico e México: 5,3
América do Sul: 5,2
Suicídio nas Américas
• Ter uma estratégia nacional• Fortalecer os sistemas de informação• Compreender as múltiplas determinações e os diferentes
contextos do suicídio• Combater o estigma• Difusão responsável de informações pelos meios de
comunicação• Diminuir o acesso aos meios de cometer o suicídio• Identificação precoce de situações de risco e oferta de
tratamento de qualidade
Recomendações OPAS/OMS para prevenção ao suicídio
Álcool e Drogas:Múltiplos determinantes
• Fatores sociais
• Fatores biológicos
• Fatores culturais
Drogas e Adolescência
O uso de drogas está associadoàs principais causas de morteentre adolescentes:
– Lesões
– Suicídio
– Homicídio
Consumo de álcool no Brasil e no Mundo
Álcool
Prevalência no último mês de consumo de álcool entre estudantes secundários, por sexo, segundo país e subregião
Fuente: Informe sobre uso de drogas en las Américas 2015; CICAD y OEA
Áreas de atuação política
10 AREAS DE ATUAÇÃO POLITICA DA ESTRATEGIA MUNDIAL OMS
• Liderança, conscientização e compromisso politico
• Resposta dos sistemas de saúde
• Ação comunitaria
• Medidas contra o beber e dirigir
• Disponibilidade do álcool
• Marketing das bebidas
• Politicas de preços
• Reduzir as consequencias negativas do consumo e intoxicação
• Reduzir o impacto do álcool não registrado (ilícito e informal)
• Monitoramento e vigilancia epidemiológica
MEDIDAS MAIS CUSTO EFETIVAS PARA PAÍSES DE BAIXO E MEDIO INGRESSO
Consumo nocivo
de álcool
(> 50m AVAD;
4.5% carga
mundial)
Restrição do
acesso ao álcool Efeito
combinado:
5-10 m
AVAD
evitados
(10-20% do
impacto do
álcool)
Proibir ou regular
o marketing
Aumentar os
impostos
Maconha
Prevalência no último ano de consumo de maconha em população escolar, por país, por subregião.
Fuente: Informe sobre uso de drogas en las Américas 2015; CICAD y OEA
Cocaína• Prevalência no último ano de consumo de cocaína em estudantes
secundários segundo sexo, por país, ordenados por subregião
Fuente: Informe sobre uso de drogas en las Américas 2015; CICAD y OEA
Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre Drogas
– (1) a abordagem deve ser multilateral, com enfoque integrado, equilibrado, amplo e baseado em evidências por meio da atenção adequada às pessoas e comunidades para proteger sua saúde;
– (2) no campo da saúde, é determinante que qualquer ação de saúde de saúde seja feita de forma voluntária e consentida por parte das pessoas que dela necessitam de forma a prevenir a estigmatização e exclusão social e;
– (3) respeitar, proteger e promover todos os direitos humanos, as liberdades fundamentais e a dignidade inerente a todas as pessoas.
Desafios e oportunidades
• Papel do serviço de saúde mental• Atenção primária e uso de álcool e drogas• Redução de riscos e danos: uma estratégia de acesso• Trabalho no território• Prevenção: valorização da vida X repressão• Intersetorialidade e proteção social• Estigma• Avaliação dos sistemas e serviços e monitoramento• Recursos humanos e formação• Violência urbana• Mercado: álcool X drogas
Documentos OPAS e OMS