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Rua Miguel Couto Foto de Andre Durao •£' IISBF^ *"***** *' Ternunado o trabalho da sexta-feira, o carioca estica o expediente nos bares do Centra Os irrruios Paranhos contam com a Sudene para levar alta tecnologia aos seiis 84 mil hectares tut Bahia PCB realizou pre-converucao no Paldcio Tiradentes. (Pdgina 8) Wmm t<&0Ú Sudene favorece impérios e cria poucos empregos Á sombra da Sudene, empresários nordestinos montaram verdadeiros im- périos: na Bahia o grupo pernambuca- no Paranhos tem 9 fazendas com 84 mil hectares, onde podem caber 4 cidades do tamanho de Recife. O empreendimento monumental, com incentivos fiscais der- ramados pelo Finor, gerou 86 empregos. Muitos deles, de salário mínimo. No Maranhão, o ex-dono de tá- xi e atual Deputado Ricardo Fiú- za (PDS-PE) tem fazenda comprada ao grupo paulista Novo Mundo. Ago- ra a Sudene da Nova República, de- pois de inspecionar de avião e jipe 3 mil 500 km, da Bahia ao Maranhão, concluiu que não se pode manter o sistema de apoio público aos agropccua- ristasnordestinos. (Página 18) Greves ameaçam deixar Rio sem médicos amanhã Com os previdcnciários cm greve e o início do movimento grevista dos servidores estaduais e municipais da área de saúde, o Rio pode acordar amanhã sem assistência médica. No Hospital Geral de Bonsueesso os previdcnciários ontem levaram muito a sério sua greve: fecharam a entrada da emergência, na Avenida Roma. e a da Avenida Londres. Em Belo Horizonte, anun- ciou-se para quinta-feira o início de greve geral do INAMPS, INPS e IAPAS cm 13 Estados. Francisco Javicr Fernando Caiccdo infor- mou que processará o Estado e equipe médica do Hospital Jesus pela morte de sua filha Erika. de 6 anos. Internada em 21 de janeiro para cirurgia de alongamento do femur, ela fez nova operação na segunda e morreu na terça-feira, com hemorragias por todo o corpo. (Página 23) Executivos viram empresas e tornam descontos menores Executivos que ganham acima de CrS 1(1 milhões mensais podem reduzir a mordida do Leão. Uma das formas é diluir o salário entre várias subsidiárias da empresa empre- gadora, reduzindo o desconto na fonte. A empresa também se beneficia, pois pode deduzir como despesa salários de diretores ate CrS 4 milhões 550 mil. E mais vantajoso para uni executivo se transformar num microcmpresário que ser assalariado. No primeiro caso, todas as despesas são dedutíveis do Imposto de Renda e a incidência na lonte é de ape- nas 6%. Outro expediente é o chama- do "diretor de cartão", que se parece em tudo com um diretor comum, mas não recebe salário e sim comissão. (Página 29) PM patrulha rua com pouco mais de metade do efetivo Oficialmente quem o reconhece é o Relatório Reservado da Polícia Militar, em seu último número ha um policial para cada grupo ile 3(õ habitantes do Estado do Rio. mas existem cidadãos mais felizardos, com até dois PMs a vigiar-lhes casas e vidas Dos 7 mil 065 utilizados em serviços externos. I mil cuidam apenas da proteção as agências do Banerj. ao preço mensal de ( rS H)0 milhões. De todo o efetivo da PM 2() nul 302 homens pouco mais da metade se encarrega da segurança da população no 1 si,ido mk im < natuie paite do contin- gente cst.i sempre a disposição de órgãos governam^ ntais temporariamente afasta dos de ser\iei> mi em luncoes Iniroeiatieas I iitrc os alastados tempoianos existem ah 'U oi ki. íis que ,i guaulam rei oi ma (I' agi na 2 I I ©JORNAL DO BRASIL LTDA. 1985 Rio de Janeiro -- Domingo, 7 de julho de 1985 Ano XCV 90 Preço: CrS 2 000 Sertão da Bahia Fo:o EBN Tempo Parcialmente nubla- do a nublado com chuvas esparsas. Temperatura está- vel no início e decli- nando após. Tempo no mundo e foto do satélite na página 22. Loteria Extração 2.173 da Loteria Federal. Io prêmio, 67.059 (Cr$ 250 milhões); 2o prê- mio, 06.592 (Cr$ 25 milhões); 3o prêmio, 60.632 (CrS 10 mi- 4o prêmio, (Cr$ 8 mi- 5o prêmio, (Cr$ 5 mi- lhões); 48.819 lhões); 74.436 lhões). Endividamento O Chanceler britâni- co, Sig Geoffrey Ho- we, recomenda aos países devedores co- mo o Brasil buscar o restabelecimento da confiança de credo- res e investidores e insistir na negocia- ção caso por caso. Ele chega amanhã. (Página 25) Luta por terra Posseiros mataram a golpes de foice, ma- chado e faca um fa- zendeiro e seu capa- taz, na luta pela terra de Bonsueesso, no município baiano da Paratinga. Eleva- se a 10 o número de mortes ocorridas na Bahia somente nesta semana, por questões fundiárias. (Página 14) DOPS reaberto As celas da extinta DPPS (Delegacia de Policia Política e So- ciai), mais conheci- da por DOPS, na Rua da Relação, serão reativadas pela Se- cretaria de Polícia Civil, que passará a enviar para ali os policiais fluminen- ses que respondem a inquéritos crimi- nais. (Página 20) Caso Delfin Comissão de Inqué- rito do Banco Cen- trai descobre que1 Ronald Guimarães Levinsohn, antigo> dono do Grupo Del- fln. transferia depó- sitos de poupança do público diretamente para sua conta pes- soai na Delfin-Rio. (Página 30) Cerco a favela A Polícia Militar re- petiu o cerco aos morros do Pavão e Pavãozinho, voltan- do à casa de Antônio José Pereira, o To- nho, acusado de trá- fico de drogas e ho- micídio, e apreen- deu 60 quilos de ma- conha, 18 papelotes de cocaína, dezenas de armas, aparelhos eletrônicos, máqui- nas fotográficas e lentes. (Página 21) Divórcio Uma decisão de di- võrcio rouba oito anos de vida ao ho- mem e cinco à mu- lher. segundo o ge- riatra Yukio Morigu- chi, ao fim de demo- rada pesquisa para a PUC do Rio Grande do Sul sobre a longe- vidade dos casais. (Pagina 16) Esportes Ayrton Senna. se- gundo tempo, larga hoje ao lado de Keke Rosberg. no GP da França de Fórmula- 1. (Página 35) Flamengo joga com o Bahia, na Fonte Nova. às 17 horas. (Página 39) Vasco, de técnico novo. enfrenta o In- ternacional. no Ma- raeanã. as 17 horas (Pagina 40) Os irmãos Paranhos contam com a Sudene para levar alta tecnologia aos seus 84 mil hectares na Bahia PMDB escolhe os diretórios nas Capitais Dividido em duas tendências e três candidatos à Prefeitura Artur da Távola, Sérgio Cabral e Jorge Leite o PMDB do Rio elege hoje, pelo voto de quase 72 mil militantes, os novos integrantes dos 26 dire- tórios zonais do partido. Os escolhidos 1 mil 300 pessoas indicarão, dia 11 de agosto, o candidato pemedebista às eleições de 15 de novembro. Convenções municipais serão realizadas também em todo o país. Em várias Capitais chegou-se ao consenso entre as correntes e à chapa única, mas na maioria a disputa está acirrada, como a envolvendo Mário Kertesz e o Deputado Marcelo Cordeiro em Salva- dor, e os deputados federais Jarbas Vascon- celos e Sérgio Murilo, em Recife. Maceió, onde a convocação foi feita de forma irregu- lar, não fará convenção. (Páginas 7 e 8) Foto de Carlos Mesquita Rua Miguel Couto Foto de André Durão Terminado o trabalho da sexta-feira, o carioca estica o expediente nos bares do Centro DOMINGO CADERNO B Bicicleta é moda e tem seu clube Pedala-se cada \cy mais no Rio. Cedi- nho a orla marítima está tomada de ciclistas e 12 anos depois do choque do petróleo cresce o hábito cie usar bicicletas como meio dc transporte para distâncias curtas. O clube Vacilou-Pedalou tem 8(1 sócios e organiza nos fins de semana excursões dc bicicle- ta para Angra dos Reis. Saquarema ou Pe- trópolis. O maior cantor brasileiro mede 1.12m e passa a maior parte do tempo fora do Brasil. Os 14 LPs de Nelson Ned venderam 13 milhões de cópias mas seus maiores consumidores são america- nos. porto-riquenho1-, mexicanos e outros latinos Ned diz que não guarda magoa do país "Penso como Napnlcão: antes de recordarmos uma miuria que recebemos, deixemos que passe pelo menos uma noite". Centro vira festa toda sexta-feira É um carnaval por semana. Tem ma- gia entre as mesas do Amarelinho, sar- dinha frita no meio da Rua Miguel Couto, sinuca na Praça Tiradentes e uma mistura de uísque escocês, bolinho de bacalhau e gente de cinema na região boêmia que ficou conhecida como Baixo Vargas. Toda sexta-feira, depois dc seis da tarde, o Centro do Rio vira uma festa. Diretora dos espetáculos da Blitz e roteirista do seriado Armação Ilimi- tada, a atriz. Patrícia Travassos conta como a juventude é tratada pela tele\i- são. Comandando pela terceira voz a TV Educativa. Fernando Barbosa li ma ensina como deve ser uma emissora democrática. Ringo Starr. o baterista brincalhão dos Beatles, está comemoran- do seu 45" aimcrsano Domingo aprowi- ta c testa a beatlemania de seus leitores. ESPECIAL Reitor promete reerguer a UFRJ Primeiro Reitor da história da UFRJ a chegar ao cargo pelo voto dire- to, o físieo-químico Horácio Macedo, carioca, 58 anos, eslá disposto "a traba- lhar até 24 horas por dia. para mudar a universidade" herdada do governo mili- tar. Admitiu que a autonomia tem riscos políticos e a universidade morrerá sem a garantia financeira do Estado, mas para ser autônoma, "ela tem obrigação de ser eficiente e útil". Antigas e apertadas salas de zelado- res de velhos prédios são agora substitui- das por modernos centros de controle, onde painéis luminosos, sensores e mo- nitores de circuito interno de televisão dirigem as ati\idades essenciais dos edifícios inteligentes do ano 2.000. MERCADO DE ARTE! LEONE AVALIA ; ERNANI GALERIA OUVIA KANN ; GAL IRLANDINI Cr na Anuncie nUu suds me>hc.;res orertds :.*!»<• ' '• •>-- Guia Interna cionaí das Artes O: Fco Otaviano 132 286 !246 COMPRAMOS EBERGAMIN AVALIAMOS PECAS LIACÒES AVA- GALERIA BASILIO BOLSA DF ARTE DO GALERIA RIO DE JANEIRO QHESE BOR "1 GALERIA BAHIAR1 S h o p p Atlanti 27 4 3245 MD1
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Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Apr 28, 2023

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Page 1: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao•£ ' IISBF^

*"***** *'

Ternunado o trabalho da sexta-feira, o carioca estica o expediente nos bares do Centra

Os irrruios Paranhos contam com a Sudene para levar alta tecnologia aos seiis 84 mil hectares tut Bahia

PCB realizou pre-converucao no Paldcio Tiradentes. (Pdgina 8)

Wmm

t<&0Ú

Sudene favorece

impérios e cria

poucos empregos

Á sombra da Sudene, empresáriosnordestinos montaram verdadeiros im-

périos: só na Bahia o grupo pernambuca-no Paranhos tem 9 fazendas com 84 milhectares, onde podem caber 4 cidades dotamanho de Recife. O empreendimentomonumental, com incentivos fiscais der-ramados pelo Finor, gerou 86 empregos.Muitos deles, de salário mínimo.

No Maranhão, o ex-dono de tá-xi e atual Deputado Ricardo Fiú-za (PDS-PE) tem fazenda compradaao grupo paulista Novo Mundo. Ago-ra a Sudene da Nova República, de-

pois de inspecionar de avião e jipe 3mil 500 km, da Bahia ao Maranhão,concluiu que não se pode manter osistema de apoio público aos agropccua-ristas nordestinos. (Página 18)

Greves ameaçam

deixar Rio sem

médicos amanhã

Com os previdcnciários cm greve e o iníciodo movimento grevista dos servidores estaduais emunicipais da área de saúde, o Rio pode acordaramanhã sem assistência médica. No HospitalGeral de Bonsueesso os previdcnciários ontemlevaram muito a sério sua greve: fecharam aentrada da emergência, na Avenida Roma. e a daAvenida Londres. Em Belo Horizonte, anun-ciou-se para quinta-feira o início de greve geraldo INAMPS, INPS e IAPAS cm 13 Estados.

Francisco Javicr Fernando Caiccdo infor-mou que processará o Estado e equipe médicado Hospital Jesus pela morte de sua filha Erika.de 6 anos. Internada em 21 de janeiro paracirurgia de alongamento do femur, ela fez novaoperação na segunda e morreu na terça-feira,com hemorragias por todo o corpo. (Página 23)

Executivos viram

empresas e tornam

descontos menores

Executivos que ganham acima de CrS 1(1milhões mensais podem reduzir a mordidado Leão. Uma das formas é diluir o salárioentre várias subsidiárias da empresa empre-gadora, reduzindo o desconto na fonte. Aempresa também se beneficia, pois podededuzir como despesa salários de diretoresate CrS 4 milhões 550 mil.

E mais vantajoso para uni executivose transformar num microcmpresário queser assalariado. No primeiro caso, todasas despesas são dedutíveis do Impostode Renda e a incidência na lonte é de ape-nas 6%. Outro expediente é o chama-do "diretor de cartão", que se parece emtudo com um diretor comum, mas nãorecebe salário e sim comissão. (Página 29)

PM patrulha rua

com pouco mais de

metade do efetivo

Oficialmente — quem o reconhece é oRelatório Reservado da Polícia Militar, em seuúltimo número — ha um policial para cadagrupo ile 3(õ habitantes do Estado do Rio. masexistem cidadãos mais felizardos, com até doisPMs a vigiar-lhes casas e vidas Dos 7 mil 065utilizados em serviços externos. I mil cuidamapenas da proteção as agências do Banerj. aopreço mensal de ( rS H)0 milhões.

De todo o efetivo da PM — 2() nul302 homens — só pouco mais da metadese encarrega da segurança da populaçãono 1 si,ido mk im < natuie paite do contin-gente cst.i sempre a disposição de órgãosgovernam^ ntais temporariamente afastados de ser\iei> mi em luncoes IniroeiatieasI iitrc os alastados tempoianos existem ah'U oi ki. íis que ,i guaulam rei oi ma (I' agi na 2 I I

©JORNAL DO BRASIL LTDA. 1985 Rio de Janeiro -- Domingo, 7 de julho de 1985 Ano XCV — N° 90 Preço: CrS 2 000

Sertão da Bahia — Fo:o EBN

Tempo

Parcialmente nubla-do a nublado comchuvas esparsas.Temperatura está-vel no início e decli-nando após. Tempono mundo e foto dosatélite na página 22.

LoteriaExtração 2.173 daLoteria Federal. Ioprêmio, 67.059 (Cr$250 milhões); 2o prê-mio, 06.592 (Cr$ 25milhões); 3o prêmio,60.632 (CrS 10 mi-

4o prêmio,(Cr$ 8 mi-

5o prêmio,(Cr$ 5 mi-

lhões);48.819lhões);74.436lhões).

EndividamentoO Chanceler britâni-co, Sig Geoffrey Ho-we, recomenda aospaíses devedores co-mo o Brasil buscar orestabelecimento daconfiança de credo-res e investidores einsistir na negocia-ção caso por caso.Ele chega amanhã.(Página 25)

Luta por terraPosseiros mataram agolpes de foice, ma-chado e faca um fa-zendeiro e seu capa-taz, na luta pelaterra de Bonsueesso,no município baianoda Paratinga. Eleva-se a 10 o númerode mortes ocorridasna Bahia somentenesta semana, porquestões fundiárias.(Página 14)

DOPS reabertoAs celas da extintaDPPS (Delegacia dePolicia Política e So-ciai), mais conheci-da por DOPS, na Ruada Relação, serãoreativadas pela Se-cretaria de PolíciaCivil, que passará aenviar para ali ospoliciais fluminen-ses que respondem ainquéritos crimi-nais. (Página 20)

Caso DelfinComissão de Inqué-rito do Banco Cen-trai descobre que1Ronald GuimarãesLevinsohn, antigo>dono do Grupo Del-fln. transferia depó-sitos de poupança dopúblico diretamentepara sua conta pes-soai na Delfin-Rio.(Página 30)

Cerco a favelaA Polícia Militar re-petiu o cerco aosmorros do Pavão ePavãozinho, voltan-do à casa de AntônioJosé Pereira, o To-nho, acusado de trá-fico de drogas e ho-micídio, e lá apreen-deu 60 quilos de ma-conha, 18 papelotesde cocaína, dezenasde armas, aparelhoseletrônicos, máqui-nas fotográficas elentes. (Página 21)

DivórcioUma decisão de di-võrcio rouba oitoanos de vida ao ho-mem e cinco à mu-lher. segundo o ge-riatra Yukio Morigu-chi, ao fim de demo-rada pesquisa para aPUC do Rio Grandedo Sul sobre a longe-vidade dos casais.(Pagina 16)

EsportesAyrton Senna. se-gundo tempo, largahoje ao lado de KekeRosberg. no GP daFrança de Fórmula-1. (Página 35)Flamengo joga como Bahia, na FonteNova. às 17 horas.(Página 39)Vasco, de técniconovo. enfrenta o In-ternacional. no Ma-raeanã. as 17 horas(Pagina 40)

Os irmãos Paranhos contam com a Sudene para levar alta tecnologia aos seus 84 mil hectares na Bahia

PMDB escolhe

os diretórios

nas Capitais

Dividido em duas tendências e trêscandidatos à Prefeitura — Artur da Távola,Sérgio Cabral e Jorge Leite — o PMDB doRio elege hoje, pelo voto de quase 72 milmilitantes, os novos integrantes dos 26 dire-tórios zonais do partido. Os escolhidos — 1mil 300 pessoas — indicarão, dia 11 deagosto, o candidato pemedebista às eleiçõesde 15 de novembro.

Convenções municipais serão realizadastambém em todo o país. Em várias Capitaischegou-se ao consenso entre as correntes e àchapa única, mas na maioria a disputa estáacirrada, como a envolvendo Mário Kertesze o Deputado Marcelo Cordeiro em Salva-dor, e os deputados federais Jarbas Vascon-celos e Sérgio Murilo, em Recife. Maceió,onde a convocação foi feita de forma irregu-lar, não fará convenção. (Páginas 7 e 8)

Foto de Carlos Mesquita

Rua Miguel Couto — Foto de André Durão

Terminado o trabalho da sexta-feira, o carioca estica o expediente nos bares do Centro

DOMINGOCADERNO B

Bicicleta é modae já tem seu clube

Pedala-se cada \cy mais no Rio. Cedi-nho a orla marítima está tomada de ciclistase 12 anos depois do choque do petróleocresce o hábito cie usar bicicletas como meiodc transporte para distâncias curtas. O clubeVacilou-Pedalou tem 8(1 sócios e organizanos fins de semana excursões dc bicicle-ta para Angra dos Reis. Saquarema ou Pe-trópolis.

O maior cantor brasileiro mede 1.12me passa a maior parte do tempo forado Brasil. Os 14 LPs de Nelson Nedjá venderam 13 milhões de cópias masseus maiores consumidores são america-nos. porto-riquenho1-, mexicanos e outroslatinos Ned diz que não guarda magoado país

"Penso como Napnlcão: antes derecordarmos uma miuria que recebemos,deixemos que passe pelo menos uma noite".

Centro vira festatoda sexta-feira

É um carnaval por semana. Tem ma-gia entre as mesas do Amarelinho, sar-dinha frita no meio da Rua Miguel Couto,sinuca na Praça Tiradentes e uma misturade uísque escocês, bolinho de bacalhau egente de cinema na região boêmia que jáficou conhecida como Baixo Vargas. Todasexta-feira, depois dc seis da tarde, oCentro do Rio vira uma festa.

Diretora dos espetáculos da Blitze roteirista do seriado Armação Ilimi-tada, a atriz. Patrícia Travassos contacomo a juventude é tratada pela tele\i-são. Comandando pela terceira voz aTV Educativa. Fernando Barbosa lima ensina como deve ser uma emissorademocrática. Ringo Starr. o bateristabrincalhão dos Beatles, está comemoran-do seu 45" aimcrsano Domingo aprowi-ta c testa a beatlemania de seus leitores.

ESPECIAL

Reitor prometereerguer a UFRJ

Primeiro Reitor da história daUFRJ a chegar ao cargo pelo voto dire-to, o físieo-químico Horácio Macedo,carioca, 58 anos, eslá disposto "a traba-lhar até 24 horas por dia. para mudar auniversidade" herdada do governo mili-tar. Admitiu que a autonomia tem riscospolíticos e a universidade morrerá sem agarantia financeira do Estado, mas paraser autônoma, "ela tem obrigação de sereficiente e útil".

Antigas e apertadas salas de zelado-res de velhos prédios são agora substitui-das por modernos centros de controle,onde painéis luminosos, sensores e mo-nitores de circuito interno de televisãodirigem as ati\idades essenciais dosedifícios inteligentes do ano 2.000.

MERCADO DE ARTE! LEONE AVALIA ; ERNANI GALERIA OUVIA KANN ; GAL IRLANDINICr

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Presidente Janio Quadros, que ter^oioto, por • • Bura52o: 08 -13-17-22e 26 Olas V\|i -—"1 Iexemplo, do seu antigo competidor em 1962, -A—- -^0* it™ JSr Jo* Bonifacio Coutinho Noguc-ra e ^ip LSJnljpreferencia dos 6rgaos que expressam habi- %^Sj t£—.. ^-1 .®>^^ol8S ^,cO ^"So^l0,tualmente o pensamento do empresanado ..,. Saidas da Brasil no Xmagmsersss^^mmi kws- tajdas classes liberals da capital. A candida.ura [E^^l

«S,.<{W»Sa&V*»l»do Senador Fernando Henrique Cardoso 6 J Ouiubio - 06.13. n. 29 Novembro -10 c 17 \V 203*s33'WmW tones: 262-12GG/causa dessa busca de um apoio & direita, / ATRADIC10NAL EXCURSAO We*' J J 262-4812 PBX) 1l^za5§o

das es" uerdas com reflexo^a^mposT S/ICOM AS^EGUWn VANTfteEHS: K \ filial volta rcdonda, rj I

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doso ultrapassaria o candidato do PTB por | RIO - (iUARAPARI - ILHA DO B0I-S. MATEUS - PORTO SEGURO - COROA VERMELHA | i| \imenos de 1% das preferencias, o que mostra ¦ SANTA CRUZ DE CABRALIA - MONTE PASC0AL - VITORIA - RIO R '|l- I \X >igualdade de condigoes. O eleitorado que opta g DUBAgAO: 07 DIAS - SAIDAS: 21 -24 Jul; 11 A0o; 08, 22 Sot; 13,20 Out; 10,16 g If roooviArias

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pela lideranga do Ministro Olavo Setubal ainda ¦ gj-———- H * . fabuioso sul do brasil --11 ous vinhoe folclohe -o8h«s 1^1 *pre fere (por 54 contra 35) a manuten^ao do ¦ BARILOCHE -ri.,Cu, niba, Joinviiio, vai. iiajai, rones. Po,.o ¦ I fozdoiguaquroooaerea

—07 das J#* *acordo com O PMDB, mas O PFE deseja H BS^^I Atsgn, Chul, Monlevidio, Punla del Esle, Buonos Aires, BARILOCHE, Neuquem, H iriinni rnM cm firiii n<;n irhlic " nA,IIA ROOOAtREA-- 06 rtwsneutralidadc do Ministro para (acilitar o apoio ¦ -WgM u •».»|

J . S^SSSS,'™ -

»„««, »do partido ao Sr Quadros I M Duracio'a dias Soia.s:' 11,13 Jul. 09 set! 09 out. 09 nov. I » '

SSSs.i'S ^*1.™" 1?. *A muninniil Hp> Pnnln Hpfiniria Hi mmmmmmmm || (BRASH • URUGUAI • ARGENTINA PARAGUAI) • N0R0ESIE f.M SOL MAI0R — I2(1«s ^_ A eieigao municipal ue aao rauiu ut-iminci ^^^^^^^¦tvniiDcncc

dediuiamemtcv J • Brasiliaecaioasnovas-ond«s • manausem sol maior - obobs +assim o provavel candidato paulista a sucessao fcXuUnoUbo rtnlYiANtN I fco ^ . bahia. hisiOriae beleza — loans - eccot oisnly ipouisaus *presidencial. Mas em Minas a elei^ao tem ¦ ^ NAVEGANDO PELO AMAZONAS IDA de onibus - volta de AVl&o n » » ferias no nqrqesie - irnns • mexicq amk;o - iqums *importancia, por envolver o prestigio e FASCINANTEWIAGEMDENAVIO Dura5a° "s^aidVs-

08aao 05 12 H »lll tiltf 1 RHSTURISMO I amra~ar°™a- |B aires - o-„i«5/bar,i.oche + r »lideranga do Ministro Aureliano Chaves, a! PELO MISTERI0S0 RIO AMA- set. lOout. 07nov. 05,12d'ez.85. H * I 111 ¦ ItH r saij™ go-s-an aires - ogo.i ioo.,is *qual, defendendo a preserva^ao da Alian^a, d^ H?-0NAS. H 4. JsnKalsl 224-9455 • europa magica - ioivfhsos roteiros para sua melhor *r^r^fprAnr-ia an rnnHiHatn rin PF1 Denutado ¦ \£sL-l.V£?*))J Rio, o». Vil.dir.», F.ir. d. Sinlant. MkiM. 0«- IDA E VOLTA DE AVlAO -12 dias vlsltan- M » .fMBRATUR 00197-W4I 8. ^COLHAI »preterencia ao canaiaato ao rrL, uepuiaao ¦ ,.nnu..c.«pin.o...d.,joi.p...».«.ui,M... do - sso luu. Bei6m Manaus. ¦ ******?**?**??***?******????**?****************MauriClO Campos. O rMDB esta CllVlQldO ^ J0f6, Fortaitia, Iingui. Cimocln, Pirmibi. Tsrs- Saidas: Hentre oito candidatos que dificilmente se com- ¦ ^§5=^^ ^0^'..!'^'

"""""""""" U I ^BBHHBHBBBHHBBIBHBBHBBflBBOHnH^porao entre eles. O candidato qiie poder^ estar ¦ H ^ ^~\jr §§_no p^reo contra o Sr Campos e o Sr Jorge ¦ F0Z7DIAS ARGENTINA,para- VIAGEM AOSUL-Am.i.c.mpi.- N0RDESTE MARAVILHOSOB fJffflfSS/lBANCiR MCarone, lancado pelo P131. Ele pode nao GUAI - Rio. fUgistro, Curltiba, VIU Vtlha, (jaicursloaotul do pais abrin(jando SANTA . jQA q£ oy/t]US • VOLTA DE H |B *¦ ^9cnhctonrial nnf ¦ Pwila Grotia. Guarapuava, Calaratai do Igut- CATARINA". PARANA. RIO GRANDE DO SUL - 4win ». ¦ RHganhar, mas tcna votaqao sunstancial que H (u P„igial(P,t,p,„.simanwr).Arganu- REGiOEsooviNHo.uvASEoocAFt.idapa- J™®I"TnlnS»nin «»wi H ™consolidaria a penetragao do Sr Leonel Brizola ¦ u (Pu.rto iguam. Mia.ionaai. cumiba. s. iowor»i. niu pan s«ra. sio curnma. P„„JbMa d0 ¦ Sno Estado, a qual vem sendo pressentida pelas I SuragSo 07 du» - saidas: [tTu^i^uo^'rcruciL^.^o'l'.t.'p.a^I- Dwiclo'iifVia"110'

"**",ibu"' I wjliderangas locais. ¦ 21.22,2v 26 |ui. 11. u Ago.'07.' W\ |ul 06%*£o 05 % \3B £^20 B "

MSe controlar Minas, o Sr Aureliano Cha- ¦ 15,22set.06,12.17.21 out.»s uSaa.vmv.ih.,i>o*uG<oaa«.Lolidrina,sio 07 15 21'Moi.oi, 1 ?Del?85 H TSITKITBA COM CHIIVA 3

ves ser& uma altemativa importante para H R0TEIR0 GUARANI - (iNtoi- Sunicao H dlai - Saidas: .1 H A comblnacfio da nossu consagrada Saida unica: S dc agoslo. 28 mi ^1 ^sucessao presidencial, mas em Minas faz-se toi **aiun^o. paraguai. Atoantina. Foado 12. tsjui. TRANSBRASIL - c/MiVOf'H Hi "China Confucio" com a promocao dias. Japfio, ( liina, Hong Kong, Tai-nrevis'io de aue serao tres OS C1UC disputarao iguaQu.mipu, Gtuiri, Paattio Fluvial. Sulda 07ago.0C, 12.17sBt.08,15out.05, CIRCUITOBFIASILEIRO¦ Rio. b Horiion- H dc tanto succsso "Tsttkuba". landla, Singypttra c EI'A. Hr ' . " . I J J I- H B,,si1 . , IS nov. 05, 1» del. W. u. Braillla, AnApolii. Goiinla, Curai, Rio lo- W iaPresiddncia, em funijao dos resultados da elei- ¦ DURAg*012DIAS-SAl0AS: untlnt. ImparatrU, B.ltm, Manana I0PCI0- ¦ ruivt K IVItl 1 VIA rrROI'A 1r-5^ Hp nnv-mhrr. — o novo PrefeitO de Sao ¦ ' i0'. 5 MATO GROSSO - PANTANAL nal DE AVIiOI. Ca.larhal, Capanama. Sanu ¦ LIIIAA ft UHIIA flA tlRWl il M930 de novemoro on AGO. 07, USET. OS, 16 0UT. OS, 13 PCNTA PORA S EST. BOLIVIA-ConM- lna<. sio Lull. Grut* da Ub*|ari. Tarailna. So- H Uma cxcclcntc oport tttlldadc para lo futliro cm I sttkuba. }!3Paulo, O Sr Aureliano Chaves e O Sr Leonel NOV. 06l)EZ. 85. ^imallmUterk»«oE»ud0doBr»»Ji, RIO.s. brii. fmijIwi. Mouof6,NIUI, JoloPassu, sc conhccer a China, a India c o Ja- Partidas cm agosto, setcinbro c ou- jjjrlBrizola, cujo partido dever^ eleger OS Prefeitos ¦ roteiRO 00 OURO mint- ^^mSrMflic^P?G,U.ll,0c«um^ I ¦ pflo, via Europa, caindapasscarpc- tubro. |do Rio, de Porto Alegre, de Cunt.ba e de ¦ T0).PRAlAS_SEf,MS.T[RUAS.[5. ££¦ XSUKITBA EXPO 85- PROMOTIONALOUtraS Capitals nas quais O rML)D nao se yaNCIAS" s»oPwlo, Rto. DuragSo 25 dias - Saidas: fil Pmncilie internamente Ri0- curwiii, JwnviH#, Biumemu, itapama, ouracfio 15dias-Saidas: 16Jul.04, Bfg H Dois roteiros: s6 Estados Unidos e Id c 31 dc agoslo. I rc<,*o rotciroba- ¦

a • rtriAn^;-. nlnltn rin nm;pmhrn pct^ ¦ Fiofi»n6poii$. Sinto Amaro(Caidw da impera- 10,12,15,17, IB ago. 06. 16 set. 08. 16 out. 05, 16 M Japao; ou incluindo JlonC Kong. Sc- sico: aCrco I 'S^ 1.875 tcrrcstre kA importancia UO pleito ae novemoro esta ¦¦ trio Toms. Port# Atoara, Ettlncla SanU l»a- 1B, , 07 15aao 05 no 13 1C 19 nov. 06 dez. 85. Hi 4 , 1 ' it r> « j 1 1 o lied 70c ftsendo dcSamcnte avaliada pelos rcsponsH- |5".T»httW KMSKK" ¦ ' 1

vcis pela condutao politica do Pais nao sO no j ZSS!Sr"^'m' l".r.'„"" "n

gUgffijaSSgB I OS TRES 6IGAWTES DO ORIENTE: |que se refere ?i Constitui^ao, para cujo projeto ¦ Saida,. v Gramado. can.ia, ca-acoi.»«Hamburgo, ¦ r'llliv % .I4Plfl I? R f T®€11A nn PrpQidpntp Sarnev nretende ter O seu Pacto ¦ 0B. 15.20 Jul. 05. 12, IB ago. OS, 16 ¦ 5 DIAS NA POUSADA ¦ Rio. Sio ca.lai do Sul, Porlo Alagra. Palotai, Chul. ¦¦ WA* WO rresiatnte aarney preienue ili scu h 21, out. 03, IB, 20 nov. 02, Paulo.Rib.Pi,to. CaidaiNo»ai|HoiaiPouiada Montevideo, puniadel este. buenos ai- B Bif n ,1 . .,i„ _ SIdo Planalto como na sua projecao mais remo- H OS. 16drz. 85. c/Pnialc c»mpl«ui, Cimplnu, RH. res (5 dlaii. Ilgro a Daiia dal Parana. Ptaia. U H Pattida Ma Europa: <29 'lc HLiistn. atntc IHIU) + UtTLSlrc di^dc a fa

• I I ,-,ut;^o c;„ B Durapflo: 07 dias - Saidas: Mar dsi Plata. Buanoi Aires. Moniavidao. P. n wa (liiis. Incluindo o litmoso vim Europa I Ji!b 4 .(ion. Mta na sucessao presidencial da Repu H BRASILC/FQZ 13,20|ui. i7aso. ue Aiagra,curiuba,bio. ^ W® Transibcriimo. AOrco I'SS l.fiftfi »Paulo toma posicao em funcao desses dois ¦¦ DHAolLb/rUt 21 sat. 05 e 19 out. 16 nov. 85. Durapaoigdlas-Saldas: 12 « PI 1alvos. H BRASILIA - caldas novas ¦ ,ul" ,0 so,. 10 out. ,0 no,. ,2 dez. ¦

^IxM OiVIA ^ORDICA E ORIENTAL ||BH Rw, Cunlib.i, Piranigul. Joinvillo, BlumeniM, ARAXA ¦ TRIANGULO MINEIRO, 5 CHILE 00ATLANTICOAOPAClH Sal Ms , , , „ ,. . ... . ... R0jOs loteamentos irregulares B vaK " ^ ^0.10 ¦ Fto,!a*«P<ilis, CHI- OAS MA POUSADA ¦ RIO. B«bK.m. im. CO . n». Citib.. f«. «.SWCJ0. su. F.. B B ;,s 'I" Escandluftv a, a Icliccosl(i\af|tiia l Attsliid. I rfiti- gC5 ra ciuma Tocai, Os6fio. P^rlo AMgro. Novo Horizonta. TrA* Marias. Crittalini, Brasilia, CI- Cftrdoba (Trawessia dos Andas). Santiago, VI- M Efl K USSia C o ( imiito at raves cia ! I Ull- (In: <i8 (k jtllll(). dias. AcTLO I SJ5 SIric Brasilia 29 Hamburgo. Gra.-nado. Can«la. Cascata do Ca- dida Liwra. Cididas SaldlllBS. Anipoils. Goii- d4< Mar, RsaUo das Lagos Chilmcs. Bariio- Sxl S3 Mrla, I'oloilia, Alcniaillui Oriental, 2. 180 teri'CSt rc l*S8 1 450. ^

^9 raeol Casus do Sul, Lagas, Rio Hagro. Curltl- nia, Caldas N6vai (Pousada do Rio Uoante Hi>- cj,# BaU fllanca Mar dal Plata Busnos Alras mm ^O Govemador Jose Aparecido est^ im- S-SSmS:' m^. Punla d.i e,,. pm,o A.gr,. curi-1 M

MARAVJUJAS DOS MARES DO SIX 1pressionado com a extensao da gnlagem de B ^

L.c»o „ dias-saidas: ou«,»o 25. »dia^-^d..= |

B ADSTRAM.A-XOVA ZEEA.\tDI A*TAIIITI 1areas rurais do Distrito Federal, na qual se raj Duragao 17 dias - saidas: 12.16.20. nov. 85. ^1 S3 wimninritnram irrpoularmpntp 1 ")I1 lotf-nmpntoe HI 11. 13.15. 17Jul. 24 |u|. 04, 15. 22 aflo. 05, 12. 19. 23 >)3| \'<">< i ti tinx>Iar via Piiln Sul.(iuias faland<i cspanhnl 2tS (lias dc viagem egimplantaram irregularmente IJU ^teamen os. R 0s .go. cs. 11. u. zoset. oe. 12.17 set.03.10.17«2*out.07,14,21.25 ^ gl punidHs mcnsais £Os fraudadores do projeto da cidade envolve- H om. o». '5nov. 05. isdez. 85. nov.05.12.dez.85. FShlANClAMENTO O Mram generais. almirantes e brigadeiros, que B rqteiRO DAS MISSOES BAHIA -caminho00OESCOBfr EM 2 0U 3 VEZF.S ^ || CHEVA AJVTIGA E MODERIVAfiguram como compradores de lotes, talvez B AAGfmVA. PARAGUM- BRAStL • UCNT°-Govarn.doav.iada. S/JIJR0S 0U ATE |§ H I'urtida: 4 dc sctcmbm. M) dias. Incluln.l.. 1 1 (lias 11a China c mais a illia lleles destinados gratuitamcnte pelos trapa- BRl0. s h„i.. Cum,ba. 1-.1 imrma.), s.nt. 12 PAGAMEN'fOS COM M ffl encatttuda dc Hall. i|CeirOS fiB Angelo Ruinas da Sio Migutl, SSo Borja, San- na llhaus, Porlo Seguro, MonU r'ascoal. San- PEQUENA ENTRAQA. »B raS w» ir^ki rr « a

I . . _ , 1 I fifl lo Tome. Pousadas. Minas da San Ignaci*. Ml- ta Cruz da Cabraiia, Vrtorla, Guaraparl, Rb de , *3 A Jf 5 R. i ft. 3 ^ \ «/LlA i^M *Como lotes irregulares estao sendo vendl- ¦ni-Encjmacon. Aiunclon, Fo; do Iguitu, Jjnura. nigrum cpcloml da a^iio. da cidada h| - . ..... .... ,. n ,1 A I t ,1 ^Hoc frtra rip Rrn^tlia i> rafivormrlnr arivrrtr ns ¦Goaua. Manrja. Londnna. s. Paulo. Hlo. d, Salvador no 8.' |oltavo| dia da aicurslo l,,OD, rT nDG>l MA RA3RA 9 K ' |al'''" l,lllu 111 ia. lunula 4 <u sniuti . •. m

aos rora UC nrasllia. ooxcrnauor aavene OS ¦ DuraqSo I3dlas-Saidas: Ourapao 10 dias - Saidan: LjRBI tT unbl NA bAnnA ft|| (lias) Hung Kong Bali. Singapursi. Vtr»iio rciluzttlii via I.aaraapji: frjincautos para que nao comprem, ao mv^s de B ia.13.16 lBjuLllago °7, OS. 10. U. IS. 19.21.22 A». OAS AMUMCAS Hf »790 a U lailandia, Nepal. In. I.a c Inalatcr- *7 (lia» «l« vSatSc-m. plotes, uma demanda com o Governo da capital. Bbs^ ou ' nov' 9Z-

Slli#m'u°no*"os'mdo/ss'9,24 GflUP0 W2 tel.: i25-si«7. B B —::—.—— ; j j— fiEssa sera a scgunda grande batalha de Apare- B

' ' ' (ed.c«troprofimionaldabahraH | Em todos ,.s pn,gramas, acomodayncs en,1 h,.u is dc 1. c apt,., duplo. |

cido. A primeira foi a da identificagao dos | ff 1 1 JWT°*°BA"n"SH°H 1 S-.llcitc nossos follietos dctalhudos. 0assassinos de Mario Eugenio. H MATRIZ - RUA SAO JOSE. 90 flr. 2003 Tels.: 252-6156 (PA8X) 242-0447 M 1 fin 222-7579 242-8300 embratur00017-00-41.1 $3 BS *»********** ..As Pioneiras Sociais B FILI&IS - COPACABANA - Av. N.S. Copacabana, 749 gr. 705 Tel.: 236-0107

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passou para a do Ministro da Satide. O Dr h NITEROI - Aw. Amaral Peixoto, 36 Sobra|pla 111 (Galeria Paz).-Tel.: 718-4090 Q Rio (021) 340-8040 e S. Paulo (011) '<£31-1922Campos da Paz, que entende estar. como disse Q embratur 000617-8^41-9- .... h| ra r. m«zicu, 111 - is^ - RJ - K. <!h Consola^ao, 331 coat. 201 2 - SP.o Ministro Alui'sio Aives. resgatando o servico B IPANEMA - PAXTUR - Rua Vise. Piraji, 330 Loja 105 Tel . 287-0999 H f..mi<uaitkihmumwhh s|publico contra o espirito cartor&rio, nao pre- Hi BAHRA-Av,Jas Africa*. 4790 -Sala 422 Tel '¦325-9487 embratur "M" 0209 B 1 9tende readmit,, os quatn. funcionarios que i SAO PAULO-Aw Mo Luiz. 187 2? Sobrelo,a Sala 30 (Gal. Mctropole) Tel 2 t-2983

J| Hi €'«n»..U«-« .l« Vl«rt«n». ||

demitiu. segundo ele. por justa causa. O pro-blema ir^ para a Justi^a Mas nao punira quernvoltar ao trabalho.

Quanto ct eficiencia e & utilidadc do Hospi- . / ] .y/v atal Sarah Kubitschek, recebi carta do mcdico I /tij IftfTr* a >•, a t ± /iiJJbMarcio Palis Horta. que ressumirei proxima- | \jw* V". 1 .,ihv V tfs P>.)L> JORNAL DO BRASIL |

Carlo, Casu-Uo llrana, \ * V* HMfflBBMHBBMBgB

Qualidade de alto á^akoem liagen» dc lon^o <?Hrso

Coluna do Castello

Preliminar

da sucessão MARAVILHOSA*^^»"™

USA - CANADÁ -MÉXICO W

r~ o

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cambio para 1986

J. CarneiroPioneiro em TurismoFerroviário ^A

eleição para prefeito das capitais esboça-se a esta altura como preliminar da suces-

são presidencial, precedida por uma divisãoideológica das forças que medirão seu poten-ciai em novembro próximo. Esta é a avaliaçãode importantes políticos de São Paulo e deMinas Gerais, entre os quais pelo menos doisMinistros de Estado, os quais partem do examedo quadro nos seus respectivos Estados.

A disputa em São Paulo oferece duasperspectivas. A primeira, a concentração an-tiesqtierdista em torno da candidatura do ex-Presidente Jânio Quadros, que terá o voto, porexemplo, do seu antigo competidor em 1962,Sr José Bonifácio Coutinho Nogueira, e apreferência dos órgãos que expressam habi-tualmente o pensamento do empresariado edas classes liberais da capital. A candidaturado Senador Fernando Henrique Cardoso é acausa dessa busca de um apoio à direita,temendo-se que o Senador promova uma pola-rização das esquerdas com reflexo na composi-ção da Constituinte, na elaboração da Consti-tuição na sucessão presidencial de 1988.

Se vitorioso, o Senador Cardoso, pelo seutalento, pela sua idade e pela imagem queprojeta junto às classes intelectuais, seria ocandidato óbvio de São Paulo à sucessãopresidencial, suplantando as aspirações do Pre-sidente do PMDB, Sr Ulysses Guimarães, e doGovernador Franco Montoro. Ao mesmo tem-po ele arrebataria o comando da política esta-dual, tornando-se o pólo de uma políticareformista cuja profundidade põe na defensivapreventivamente o empresariado paulista.

Quanto ao Sr Jânio Quadros, alegam seusnovos correligionários, ostensivos ou ocultos,que o passado deve ser deixado para trás porele oferecer no momento a melhor perspectivapolítica para o futuro. Ele começaria porprestar o serviço, ajudado pelo sectarismo doPT, que manteria seu candidato em qualquercircunstância, de barrar um processo de sociali-zação do País mediante o uso do potencial deSão Paulo em favor das formulações de esquer-da. Há quem admita até que o ex-Presidentevolte a disputar a Presidência em 1988, hipóte-se que o candidato tem afastado.

Pesquisas de opinião feitas pela USP apedido de políticos do Estado colocam à frenteo nome do Sr Jânio Quadros, salvo numconfronto direto, com a eliminação das demaiscandidaturas. Nesta hipótese, o Senador Car-doso ultrapassaria o candidato do PTB pormenos de 1% das preferências, o que mostraigualdade de condições. O eleitorado que optapela liderança do Ministro Olavo Setúbal aindaprefere (por 54 contra 35) a manutenção doacordo com o PMDB, mas o PFL deseja aneutralidade do Ministro para facilitar o apoiodo partido ao Sr Quadros.

A eleição municipal de São Paulo definiriaassim o provável candidato paulista à sucessãopresidencial. Mas em Minas a eleição temimportância, por envolver o prestígio e aliderança do Ministro Aureliano Chaves, oqual, defendendo a preservação da Aliança, dápreferência ao candidato do PFL, DeputadoMaurício Campos. O PMDB está divididoentre oito candidatos que dificilmente se com-porão entre eles. O candidato que poderá estarno páreo contra o Sr Campos é o Sr JorgeCarone, lançado pelo PDT. Ele pode nãoganhar, mas teria votação substancial queconsolidaria a penetração do Sr Leonel Brizolano Estado, a qual vem sendo pressentida pelaslideranças locais.

Se controlar Minas, o Sr Aureliano Cha-ves será uma alternativa importante para asucessão presidencial, mas em Minas faz-se aprevisão de que serão três os que disputarão aPresidência, em função dos resultados da elei-ção de novembro — o novo Prefeito de SãoPaulo, o Sr Aureliano Chaves e o Sr LeonelBrizola, cujo partido deverá eleger os Prefeitosdo Rio, de Porto Alegre, de Curitiba e deoutras capitais nas quais o PMDB não seconcilie internamente.

A importância do pleito de novembro estásendo devidamente avaliada pelos responsá-veis pela condução política do País não só noque se refere à Constituição, para cujo projetoo Presidente Sarney pretende ter o seu Pactodo Planalto, como na sua projeção mais remo-ta na sucessão presidencial da República. SãoPaulo toma posição em função desses doisalvos.

Os loteamentos irregularesde Brasília

O Governador Josc Aparecido está im-pressionado com a extensão da grilagem deáreas rurais do Distrito Federal, na qual seimplantaram irregularmente 120 loteamentos.Os fraudadores do projeto da cidade envolve-ram generais, almirantes e brigadeiros, quefiguram como compradores de lotes, talvez aeles destinados gratuitamente pelos trapa-ceiros.

Como lotes irregulares estão sendo vendi-dos fora de Brasília, o Governador adverte osincautos para que não comprem, ao invés delotes, uma demanda com o Governo da capital.Essa será a segunda grande batalha de Apare-cido. A primeira foi a da identificação dosassassinos de Mário Eugênio.

As Pioneiras SociaisA greve nos hospitais das Pioneiras Sociais

saiu da esfera do Ministro do Trabalho cpassou para a do Ministro da Saúde. O DrCampos da Paz, que entende estar, como disseo Ministro Aluísio Alves, resgatando o serviçopúblico contra o espiritei cartorário, não pre-tende readmitir os quatro funcionários quedemitiu, segundo ele, por jusia causa. O pro-blema irá para a Justiça. Mas não punirá quemvoltar ao trabalho.

Quanto à eficiência e à utilidade do Hospi-tal Sarah Kuhitschek, recebi carta do médicoMárcio Palis Horta, que ressumirei próxima-mente

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Page 3: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL IX) RRASIL Política domingo. 7 7 85 lr' caderno

arney ouve cinco conselheiros para

tomar decisões

Brasília O Presidente .losc Sarnev ilcci-diii despachai com scüs cinco assessores espe-ciais ilutanto um tlia il.i semana. a contai dapróxima scüuihIíi leira. O culcuiatlo. criado cescolhido pelo Presidente, e formado poloprofessor ilc direito constitucional Celio lior-ja. o embaixador Rubens Ricúpero, o eeono-mista l.ui/ Paulo Rosemberg, o acadêmicoMaicos Vilaça e o genro de Sarnev. JorgeMurad. A decisão do Presidente poderá ilaruma ordem lógica a missão do grupo, ateagora trabalhando com uma divisão informalde áreas, em missões separadas.

— Não podemos falhar — e usando oplural i]ue Sarnev. segundo o economista Ro-sonhem. se dirige aos assessores especiais. Afrase loi a que ele mais ouviu, desde queassumiu o cargo há um mês. Cl grupo, mesmosem a presença do Presidente, busca mntrabalho integrado — de segunda a quintaIodos se encontram — e já começa a ampliarsua a^ão.

Sem cerimôniaF no Presidente Sarnev. porém, que todos

concentram a atenção. Um dos assessoresrevelou que ele sofre alterações bruscas deestado de espírito — oscila da euforia ádepressão — e quem lida com ele leva emconta esse dado para apresentar-lhe notíciasou problemas. Quando há estranhos por per-to. todos tratam o Presidente como manda oprotocolo, mas a sos o chamam pelo nome, emclima de intimidade.

A aproximação maior é com o genroMurad. com Vilaça e ( clio Borja. Cls trêsdespacham, isoladamente, todos os dias com oPresidente. Iodos os assessores, porém, temuni.i poderosa força na máquina governamen-tal l.lcs so não superam, no poder de influèn-cia imito a Sarnev, os Ministros Ivan de SouzaMendes, do SN I. Rubens Bayma Dcnys doCiahineie Militar e Leônidas Gonçalves, do! xército.

As decisões de um ministério que nãonomeou so são adotadas pelo Presidente de-

Arquivo 36'85

Cfilio liorja

Célio Borja, o

jurista da equipeFoi para verificar possíveis inconstitucio-

nalidades nos atos da Presidência que Sarnevconvocou o jurista carioca Célio Borja parasua assessoria especial. Ex-líder do GovernoCieisel. cx Presidente da Câmara c e.x-Deputado, não tem "aptidão para a articula-çáo política", como acusava o ex-MinistroGolhcrv do Couto e Silva.

Golbcrv considerava-o excessivamente pu-ritano e adequado a elaboração legislativa queexigisse perfeição. Borja é hoje o auxiliar maiscriticado no Congresso por causa do texto daemenda mais importante do Executivo esteano — a que convoca a Assembléia NacionalConstituinte. Fie não solicitou preferênciapara a emenda e o Governo acabou tendo queenviar outra, para evitar a fila.

l'm di". méritos de Bor|a foi ter lutado,como Presidente da Câmara, pela devoluçãodas prerrogativas parlamentares. Assim queele assumiu, o Senador Jorge Bornhausen,presidente do PFL. afirmou que "a assessoriado Presidente Sarnev. sem qualquer dúvida, éde nível ministerial". Borja despacha cm umdos gabinetes mais próximos a Sarnev.

pois de examinadas pelos assessores <) eeono-mista Rosemberg explica que eles não temqualquei poder de velo. mas receberam "odever" de propoi alternativas e mostrar osvários aspectos de uma medida proposta.

() Jorge e um radai — define Rosem-berg. explicando o papel do marido de Rosca-na. que nunca deixa de advertir o sogro para asrepercussões políticas de suas atitudes. JáV ilaça "e o alívio de tensão; tem sempre umabem humorada observação, que proporcionamomentos descontraídos na pesada jornada detrabalho do grupo. Rosemberg di/ que vemtrabalhando I5h horas diarias.

Péssimos hábitosNo último sábado, quando participava das

negociações do pacote econômico, Rosembergfoi para a Fazenda São Josc de Pericumá. Suamulher teve tempo de ler todo um livro deficção enquanto aguardava o término da ex-tensa reunião. O economista, o novato daequipe ele assessores — ha um mês está no1'alacio — concluiu que ir para a fazendatrabalhar nos fins de semana "e um péssimohábito tio Presidente.

Vilaça, amigo de Sarnev desde 1%5,ocupa um gabinete que so não e o maisprocurado do terceiro andar do Palacio doPlanalto porque concorre com o de CélioBorja. Cl ex-Deputado carioca costuma repe-tir. em tom de brincadeira, uma frase dohumorista Jô Soares: "Assessor não fala. maserra". Ele pretendia com isto justificar a falhana emenda tle Sarnev propondo a Constituiu-te, redigida por Borja, que errou a data tleinstalação.

Com ciúmes das fortes relações de Sarnevcom seu Colegiado. o presidente do Senado.José Fragclli. demonstrou duvida quanto áeficiência da assessoria.

Olha, eu riáo sei dos assessores doPresidente porque prefiro os canais tradicio-nais. Quando tive dúvidas se devia incluir umaemenda que envolvia problemas com a União,telefonei ao Ministro José Hugo Castelo Bran-co, do Gabinete Civil, e ele me instruiu semequívocos — afirmou.

Política externa

Arquivo — 07 02 85 Arquivo ?3 4 85

e area de RicuperoAos 4N anos, o embaixador Rubens Ricú-

pero tem sólida liderança no Itamarati ondechefiava o Departamento para as Américas. Ocargo lhe propiciou o convite para acompa-nhar o falecido Presidente Tancredo Neves cmsua viagem no exterior. O embaixador é. hoje,assessor técnico para assuntos internacionaisdo Presidente José Sarnev. Ele não conheciaTancredo, nem Sarnev até o ano passado.

Tancredo, porém, determinara, após suaviagem ao exterior logo depois de eleito, queJosé Hugo Castelo Branco, que depois seria ochefe do Gabinete Civil, nomeasse Ricúpero"para tê-lo sempre por perto". Sarnev cn-curtou ainda mais a distância dando-lhe ocargo de assessor técnico. Do quarto andar doPlanalto, o embaixador passou a despachar noterceiro, onde fica o gabinete presidencial.

A função de Ricúpero é assessorar Sarncyem questões de política externa. O MinistroOlavo Setúbal envia a ele toda a documenta-çáo do setor. O embaixador também discutecom os ministros da área econômica do Gover-no a principal questão do pais: as negociaçõesda dívida externa. Contudo, ele afirma que acriação de uma assessoria para área diplomati-ca é apenas um sintoma de modernização daburocracia oficial.

Economia é com

Luiz RosembergO terceiro dos quatro filhos de dona

Concepción, Luiz Paulo Rosemberg. paulistade 41 anos, depois de participar de 41) confe-rências no Brasil e exterior, exercer 33 ativida-des profissionais, publicar nove trabalhos eapresentar seis projetos técnicos, conquistou apoderosa assessoria econômica do Presidente

Corintiano — "O que eu projetei mesmopara a minha vida foi assistir aos jogos doCorinthians com meus três filhos" — o eeono-mista enfrenta, no momento, um delicadoproblema de Governo, porque deve proporalternativas as sugestões tle dois Ministros cmconflito: Francisco Dornclles. tia Fazenda, eJoáo Savad. tio Planejamento.

— Acho que eles não têm queixas demim. nem eu percebi arestas entre eles —afirma, mineiramente, quando solicitado arevelar sua atuação na última crise da áreaeconômica, na qual Dornclles colocou o cargoâ disposição.

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Vi5aça exerce

tarefa múltiplaAos 25 anos — hoje tem 45 — Vilaça já era

chefe do Gabinete Civil do Governador PauloGuerra, de Pernambuco. A carreira no serviçopúblico se prolonga até hoje. apesar tle Vilaçadedicar parte do seu tempo a literatura. Imortal tiaAcademia Brasileira de Letras, está mergulhadoagora em problemas das arcas econômica c social.

Sobre sua mesa de trabalho estão três dossiêsque lhe foram confiados pelo Presidente solicitandosugestões: um. tia situação pré-falimentar tio Jornalrio Comércio de Pernambuco: outro, tios problemasconseqüentes a laiéncia dos Diários Associados eum terceiro sobre a falência de uma empresaconstrutora com projetos de irrigação no Rio Gran-de tio Norte.

Suas obrigações se confundem com as de JorgeMurad —¦ divide, por sinal, com eles, as duassecretarias particulares da Presidência. A ação deVilaça, porém, engloba também seu conceito deintelectual. O acadêmico faz a triagem da corres-pondência c dos livros enviados ao Presidente. Fieconta que os assessores têm exercitado a troca deidéias tia busca de opiniões convergentes.

Jorup Murad

Murad planeja a

agenda do TortoAdministrador de empresas, assustado com a

desorganização que encontrou no Palácio, Muradfoi o organizador dos encontros do Presidente comempresários, sindicalistas c economistas na Granjado Torto.

Quase engenheiro — abandonou o curso noquarto ano da faculdade — exerce o cargo commuita discrição. Casado com Roseana. pai deRafacla. é aparentemente calmo, mesmo em situa-ções difíceis, segundo seus colaboradores. Agora,muitos deles estão no Palácio trabalhando com ele,requisitados da Caixa Econômica Federal.

Murad era diretor da Caixa em Brasília mas foiafastado pelos malufistas quando Sarnev deixou apresidência do PDS, no ano passado. O sogro otrata como filho e fez isto de público na sua primeiraentrevista coletiva.

— O Jorge Murad. meu genro e filho, foidemitido do Governo anterior por minha causa.Agora exerce um cargo de confiança comigo. Seráque ele esta proibido de trabalhar por minha causa?— defendeu-o o Presidente.

Presidente adotará

neutralidade na

campanha eleitoralO Presidente José Sarnev não irá além dos

conselhos aos líderes do PMDB e tio PI 1 para que seunam em torno tias eleições tle preteitos tias capitais, enão usara nenhum instrumento de poder com o objeti-vo de privilegiar este ou aquele candidato A informa-çáo foi dada no Rio por um Ministro de EstadoSegundo ele. fora São Luís. no Maranhão, onde ocandidato sairá do consenso da Aliança Democrática.Sarnev não se envolvera diretamente em nenhumasucessão municipal.

Dois assessores tio Palácio do Planalto revelaram,por sua vez. que. ao convidar o Governador LeonelBrizola. na última quarta-feira, para integrar o pactopolítico nacional que resolveu construir a partii deconversas com líderes e dirigentes partidarios, empre-sários. trabalhadores e representantes tia sociedade, oPresidente quis demonstrar que não atenderá a petlidosdo PMDB ou do PFL no sentido de sitiar o Rio com aforça que a administração federal lhe confere.

NeutralidadeUm político do Rio, pelo menos, pediu aberta-

mente ao Presidente da República para atuar nacampanha pela sucessão do Prefeito Marcelo Alencar:o ex-Deputado Rafael de Almeida Magalhães. Sarnevrecebeu Rafael, há uma semana, aproximadamente, eirritou-se, depois, com as informações que o antigolíder lacerdisla deu a imprensa sobre o encontro.

Cl Presidente tem afirmado para os seus assessoresde casa — aqueles que não estão nos cargos porindicação de Tancredo Neves — que não pode assumirposições dúbias na campanha eleitoral deste ano.Demonstra irritação com os que querem arrasta-lo parao que convencionou chamar de "estreitas veredas",desabafando, sempre que possível, que para continuara ser acreditado como o Presidente de todos osbrasileiros terá de contemplar a campanha eleitoralcom total neutralidade.

Depois dos políticos fluminenses, os paulistas sãoos que cobram, com maior insistência, a participaçãode Sarncy na campanha eleitoral para ajudar a candida-tura do Senador Fernando Henrique Cardoso. OMinistro de Estado, consultado pelo JORNAL DOBRASIL, informou que o próprio Governador FrancoMontoro tem exigido, com bastante constância, essesacrifício a Sarncy.

Tanto no caso do Rio como no de São Paulo,justificam os informantes, as pressões sobre Sarnev sãomaiores da parte do PMDB do que do PFL. Oscuidados do Presidente, no caso do Rio. têm. além tiasua decisão tle permanecer neutro na campanha desteano. razões sentimentais: o Governador Brizola foi oprimeiro político, fora do chamado arco tia AliançaDemocrática, a anunciar publicamente que daria apoiointensivo às suas medidas de transformações sociais.

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mais o- Sáo Pauln — É grave o estado de saúde do líder do PMDB no

Senado, Humberto Lucena (PB), informou às 16h de ontem ocirurgião Silvano Raia. que na noite de sexta-feira submeteu-o auma laparotomia exploratória, sem encontrar nenhum coágulo emcirculação no sangue (tombo), nas artérias do intestino."

O Senador já havia sido operado na noite de quinta-feirapara remoção de um coágulo na biturcaçáo da aorta na regiãoabdominal.

Agora, seu estado é critico porque ele está envolvido portrês grandes problemas: o cardíaco, o renal e o pulmonar —explicou o médico.

Lucena continua internado na UTI do HC, recebendooxigênio através de um tubo, tomando medicação vasodilatadorae com perspectiva de ser submetido a uma hemodiáüse.Os problemas estão num grau que permitem perfeitamen-te uma regressão, mas como sào três os órgãos insuficientes

(coração, pulmão e rins), o prognóstico deve aguardar umaevolução — alertou Silvano Raia.

Segundo explicaram os médicos Edgar Puech Leão e SilvanoRaia, depois de sofrer a primeira operação para remover ocoágulo que se situava na bifurcaçáo da aorta, pouco abaixo doumbigo, o Senador apresentou um quadro abdominal agudo.

Houve consenso entre os médicos pela cirurgia explorató-ria (laparotomia) quando verifiquei que não havia sofrimento dealça, mas somente sinais de isquemia na porção alta do intestino.Com a simples introdução do medicamento Papaverina, umvasodilatador. conseguimos um bom resultado — contou SilvanoRaia.

Entretanto, Lucena teve sua situação complicada na madru-gada de ontem, pois os músculos da parte inferior do corpoficaram muito tempo sem circulação quando o coágulo impediu apassagem do sangue na bifurcaçáo da aorta. A massa musculardesta região liberou então grande quantidade de mioglobina, umasubstância tóxica, que comprometeu as funções renais do pacien-te. Seguiu-se, de acordo com os médicos, retenção de água nospulmões e insuficiência respiratória.

Para se ter idéia da quantidade de mioglobina liberadadurante as duas horas que durou a obstrução, é bom lembrar queoíndice normal desta substância é 50 unidades e no organismo doSenador foram medidas duas mil unidades. A insuficiência renalagrava o quadro pulmonar — explicou Silvano Raia.

Sogro de Rose impede

ação da PM 11a véspera

de convenção em VitóriaVitória — O presidente da Assembléia Legislativa do

Espírito Santo, Hugo Borges, foi obrigado a intervir para que aPolícia Militar não impedisse que partidários da chapa PMDB deTancrcdn Neves, encabeçada por sua nora. Deputada estadualRose de Freitas, instalassem uma aparelhagem de som pararetransmissão da convenção municipal do partido hoje.

Nem com Newton Cruz se viu coisa assim — afirmouBorges, quando, por volta das lOh de ontem, foi chamado pelopresidente do Diretório Municipal, Ruy Crespo, para afastar dasproximidades da Assembléia os militares da PM que, jâ pelamadrugada, haviam proibido a instalação de um palanque damesma chapa em dependências da Assembléia.

A chapa de Rose de Freitas, postulante à Prefeitura deVitória pelo PMDB, enfrenta a PMDB autêntico, encabeçada porRita Camata, mulher do Governador Gérson Camata, e por trásda disputa pelo Diretório Municipal está a luta pela supremaciaque definirá a candidatura de Prefeito.

Em Recife, depois de ter ganhado o apoio do ex-Governador Miguel Arraes, do ex-Prefeiio Pelópidas da Silveira edo ex-Senador Marcos Freire — três das quatro maiores lideran-ças do PMDB pernambucano — o Deputado Jarbas Vasconcelosconseguiu ontem a promessa de neutralidade do Senador CidSampaio. Jarbas disputa com o Deputado federal Sérgio Murilo aindicação do PMDB para a Prefeitura da Capital.

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Mevis agem e tarefas do PMDB

Franco Monturo"L

preciso icr uniu mensagem paraanunciar a iodos os brasileiras. E preci-so propor um grande objetivo. As pes-soas sofrem quando sai> convidadas a pe-nas para o medíocre".

C) PMDB é hoje o movimento políticode maiores responsabilidades na vida públicabrasileira. Ele tem história, tem mensagem etem tarefas que precisam ser assumidas.

Os que pretendem redu/i-lo a umafrente heterogênea, fisiológica e sem rumodefinido estão enganados. Não percebem arealidade ou não querem vê-la.

Lutando há 2(1 anos, em todas as re-gióes do país e em iodos os setores da vidanacional, contra o autoritarismo, a centrali-zaçào do poder, o arbítrio, a injustiça, aopressão e a violência, o PMDB foi cons-truindo, na prática e na ação, um corpo devalores que constituem hoje seu patrimônioe sua mensagem. Eles se sintetizam na lutapela democracia brasileira.

L'ma parte desse objetivo foi alvança-da. O regime autoritário foi derrotado, gra-ças á extraordinária mobilização popularpelas eleições diretas e a vitória de TancredoNeves e José Sarney.

Trata-se agora de prosseguir na luta,para constgução de nossa democracia. Mas,diante de nova conjuntura e o surgimento denovos partidos, impõe-se a clara definição dorumo a seguir. É preciso explicitar os valorese a direção de nosso movimento. E, paraisso, não precisamos recorrer ou imitar mo-delos políticos inspirados na ótica européiaou norte-americana. Nada de "ismos" im-portados. Temos o nosso valor-síntese, ademocracia brasileira, que precisa ser cons-t ruída.

Contra todas as formas de autoritaris-mo e opressão, só há um remédio adequado:ele se chama democracia. E nossa tarefa é ade aprofundar o tema e prosseguir na cons-trução de uma autêntica ideologia democrá-tica. Somos o Partido do Movimento Demo-crático Brasileiro.

Mas é preciso evitar ambigüidades. Nãose trata de voltar ao passado e defender umademocracia apenas formal e decorativa. Tra-ta-se de explicitar os pontos básicos de umademocracia real, capaz de unir os brasileiros,na luta comum contra a injustiça, o arbítrio ea violência. E de promover a inadiáveltransformação da sociedade no plano econó-mico, social e cultural.

Decálogo da democraciabrasileira

Como contribuição a esse trabalho deexplicitação dor, valores básicos de uma de-mocracia brasileira, a ser construída pornosso esforço comum, podemos indicar osseguintes pontos básicos:

— Respeito aos direitos humanosfundamentais, definidos na Declaração Uni-versai de 1948, aprovada pelas NaçõesUnidas.

— Eleições livres, diretas e realmenterepresentativas no plano federal, estadual emunicipal.

— Existência de um Poder Legislativoe de um Poder Judiciário independentes.

— Liberdade de impgensa e acessoaos meios de comunicação.

— Distribuição equitativa dos benssociais.

— Liberdade sindical e de associação.1 — Pluralismo, representado pelo res-

peito à diversidade de opiniões e de grupossociais.— Participação dos diversos setores

da sociedade na solução de seus problemas.— Não-violência e moderação trans-formadora.

10 — Defesa da soberania nacional ecombate a todas as formas de colonialismo edependência.

Esses pontos nada têm de utópicos.Pelo contrário, constituem os valores e ob|e-tivos concretos reclamados pelo povo brasi-leiro para uma ação comum e permanente.Em torno deles, pode e deve travar-se a lutapela construção de um regime democrátivo,que não seja apenas formal e representativo,mas que alcance todas as dimensões de umademocracia moderna: pluralista, participati-va, aberta e transformadora. E. por isso,democracia não apenas política mas tambémsocial, econômica e cultural.

— Em primeiro lugar, o respeito aosdireitos humanos, definidos na DeclaraçãoUniversal de l^W, constitui o pressuposto dequalquer regime que se pretende demoernti-co. Na base da democracia está a valorizaçãoda pessoa humana e não do Estado, da classeou do partido. É o homem e cada homemque tem personalidade. Ele é o sujeito dedireitos e deveres, que devem ser respeita-dos. Ou, como afirma o preâmbulo da pró-pria Declaração Universal: "O reconheci-mento da dignidade, inerente a todos osmembros da família humana, é o fundamen-to da liberdade, da justiça e da paz nomundo".

— Da mesma forma, a exigência deeleições diretas e livres dos governantes, emtodos os níveis, assume, na transição doautoritarismo para a democracia, um sentidocrucial. Dal o sucesso impressionante dacampanha nacional pelas eleições diretas, emque o PMDB foi a principal alavanca. Aseleições livres constituem o único instrumen-to capaz de quebrar o monopólio do poder,consolidado e agravado durante o períodoautoritário.

As eleições traduzem, ainda, outro pre-ceito de maior importância: a necessidade dese alargarem os canais de mobilização eparticipação política dos cibadáos. Uma de-mocracia moderna não pode linutar-se à

vontade p.-i:¦ i-. a de um ou [smci* estratossuperiores Não podemos oioci.-.niar. empalavras, a idéia de dcmocneia e. de fato,exercitar um regime de margi:ial::'açào dopovo.

— A existência e independência doPober I eeHativo e ,1o Ju iid.ino constituembases insubstituíveis dc qualquer redime de-mocrático. Essa e a razão por que. em resra.o primeiro ato dos Estado e dasditaduras é o íeetiairen o I csislstivo e asujeição ahena ou velada do Judiciário. Aindependência dos tres poderes na democra-cia e uma conquista de importância funda-mental para a d.-fesa da liberdade e dosdireitos da população.

—- A liberdade de imprensa constituioutro valor básico da democracia. O conhe-cimento da realidade nacional e da atuaçãodos poderes deve estar acessível ao cidadãocomum. Na sociedade democranca não podehaver decisões que escapem ao conhecimen-to da população. E a imprensa é o instru-memto normal para assegurar essa informa-çáo. É importante lembrar que a liberdadede imprensa, em primeiro lugar, e de interes-se da população e não apenas dos veículos decomunicação. Os própnos governantes po-dem e devem se beneficiar da critica e dafiscalização de seus atos, vorrie.indo os desa-certos e esclarecendo a opinião pública.— Justiça e eqüidade na distribuiçãodos bens sociais constituem exigências funda-mentais de qualquer regime democrático. Ocontgaste entre a riqueza de uma pequenaminoria privilegiada e a miséria de grandesmassas é uma afronta à Justiça e a negaçãoda democracia. Desenvolvimento de um paísé a elevação da vida dc seu povo. Um país sóse desenvolve realmente quando sua produ-çáo está voltada ao progresso de sua popula-çào: "Populomm progressio", na frase lapi-dar de Pauio VI. Esse não e apenas umconceito ético, mas também econômico epolítico. Por isso, a democracia requer quese dê prioridade à aplicação de gecursos naprodução e distribuição dos bens sociaisbásicos dc interesse da popidaçáo. represen-tados pela saúde, alimemaçã >, segurança,transporte, habitação, educação, cultura edefesa do meio-ambiente.

A — Consta, também, da própria De-claraçáo Univegsal, a liberdade sindical, co-mo um dos pressupostos da vida democráti-ca. Eis os seus termos: "Toda pessoa temdireito de organizar sindicatos e neles mures-sar para proteção de seus interesses". (Arti-go XXIII, A. 4). As restrições e violações daautonomia do sindicato e do direito deassociação representam grave violação dosprincípios democráticos.

— O pluralismo constitui uma notaindissoluvelmente unida ao moderno concei-to de democracia. A pluralidade dc grupossociais e a diversidade de opiniões c pcrspec-tivas. impõe aos governantes o exercício datolerância e o respeito às posições alheias. Sóos ditadores e os pretensiosos se consideramdonos da verdade. Democracia significaabertura ao diálogo. E optar pelo diálogo érecusar a violência.

— A participação é talvez a maiorexigência e a melhor característica da demo-cracia contemporânea. A centralização e opaternalismo constituem a grande tentaçãodos regimes autoritários e personalistas. E a"participação" é exigencia fundamental dosregimes democráticos. O homem eontempo-ráneo começa a tomar consciência de quenão é apenas um "espectador" passivo dahistória, mas seu "agente". Essa consciêncianão se limita aos detentores do poder, mas seamplia progressivamente a todos os mem-bros da comunidade e não permite que se|amtratados simplesmente como "objeto" passi-vo das atenções rios grupos dirigentes, comose fossem mercadoria, ficha ou peça na vidasocial. Sua dignidade de pessoa exige outrotratamento. E através de comunidades inter-médias, entre o indivíduo e o Estado, queessa participação se realiza normalmente.Nenhum homem é uma ilha. Ele vive no seiode uma família. F: empregado de uma empre-sa. Estuda numa escola Mora num bairro. Éassociado de uma cooperativa. É membro deum sindicato, de uma associação, de umpartido ou de um clube. E dentro das comu-nidades reais que ele vive e se desenvolve.Nas comunidades ele ama e através dascomunidades pode participar da vida de todaa sociedade.

— A não-violência e a moderaçãoconstituem um valor característico da socie-dade brasileira. O iompressionante apoio detodos os setores de nossa população a figurae â mensagem de Tanrredo Neves revelou oseniimen-.o anti-radicai do nosso povo. Talsentimento não signific i conformismo e acei-tação do atua! quadro social, Nosso povo foias praças. Manifestou stu inconformismocom o regime autoritário e o derrotou. Mas,sem um tiro. sem violência, apoiando o líderque encarnava a luta pela mudança, commoderação.

10 — Ponto essencial da luta pelademocracia brasileira é a defesa da soberanianacional e o combate a todas as formas decolonialismo. A nação toma consciência,cada dia mais claramente, dc que a depen-déncia do campo f;r. mceiro. econômico eculturai constitui obstáculo ao autentico de-senvolvimento do pais. Esse é um dos senti-mentos mais profundos de nossa população,A luta por um desenvolvimento independemte exige soluções próprias e tdequadas anossa realidade Nossa deniocr icia deve sero regime do povo para o povo e com o povobrasileiro

A luta por es-.es valores n -rcou a vidade nosso partido du ante 20 •- .. Por isso opo\o o apoiou. Nossa causa comum e ademocracia brasileira \ amos construi-la.

F-anco Montoro e Governador de Sáo Paulo

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Page 5: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Política domingo, 7 7 85 l" caderno

Eduardo Supliey, o Matarazzo

no PT, busca voto na periferia

Luiz Maciel Filho

Sào Paulo — Considerado ainda um coad-juvantc na disputa pela Prefeitura de SãoPaulo — onde despontam como favoritos o ex-Presidente Jânio Quadros, do PTB. e o Sena-dor Fernando Henrique Cardoso, do PMDB— o Deputado federa! Eduardo MatarazzoSupliey. -14 anos. candidato do Partido dosTrabalhadores, pretende surpreender. Detemperamento tímido, voz de timbre baixo,ele se atirou a um curso de oratória, vai apragas públicas, improvisa comícios e até ma-druea nos pontos de ônibus da periferia.

Confia na conquista do eleitorado atravésdos programas de televisão, do trabalho volun-táno dos militantes do PT. e da sua inesgotávelpaciência para conversar com as pessoas, naspraças, nos pontos de ônibus — ou qualquerlocal para onde for convidado.

lissa paciência já permitiu a Suplicv o queparecia impossível para muita gente na funda-ção do PT. cinco anos atrás: a sua efetivainscrição no partido, vencendo as resistênciasde alguns setores contra o seu nome — ousobrenome — identificado com um impérioindustrial paulista, as Indústrias ReunidasFrancisco Matarazzo.

Eduardo Matarazzo Supliey é, de fato,descendente direto do Conde Francisco Mata-razzo. o fundador do império de indústrias.Seu avô Andréa, o segundo mais velho dos 13filhos do Conde, chegou a ser preterido natransferência do controle familiar do grupo:com a morte de Ermelino. o filho mais velho,Francisco Matarazzo elegeu para sucedê-lojustamente o caçula. Chiquinho. pai de MariaPia Matarazzo, atual administradora do con-glomerado de empresas.

Nome de consensoAlheio às preocupações com a sucessão

dentro do clã Matarazzo, Supliey preparou-separa uma brilhante carreira como professoruniversitário e, através dela. chegou à política.Doutor em Economia pela Universidade deMichigan, Estados Unidos. Supliey era profes-sor titular e chefe do Departamento de Plane-jamento e Análise Econômica da escola deAdministração de Empresas da Fundação Ge-túlio Vargas, quando decidiu disputar seuprimeiro mandato, de deputado estadual peloentão MDB, em 1978.

Com a reforma partidária, xoi fundar o PTconvicto de que era o melhor partido paradefender as suas idéias. Na época, até suamulher, a sexóloga Marta Supliey, duvidavaque ele pudesse se adaptar tão bem ao partido.

Para um partido que tem no município deSão Paulo a sua base mais forte e se vinhapreparando para disputar a Prefeitura compelo menos cinco pretendentes — a Deputadafederal Irma Passoni. o jurista Hélio Bicudo, aVereadora Luiza Erundina e o suplente deDeputado Plínio de Arruda Sampaio, além dopróprio Supliey — a escolha do vandidatoocorreu de maneira bastante tranqüila. "Nosdebates nos diretórios, o meu nome surgiucomo o preferido das bases e os companheirosque disputavam a indicação resolveramapoiar-se mesmo antes da vonvenção do parti-do. marcada para os dias 19, 20 e 21 deste mês.Por isso. a prévia que eu havia propostotornou-se desnecessária" — explica Suplicv.

O candidato do PT à Prefeitura de SãoPaulo alcançou essa unanimibade dentro dopartido sem mudar nenhum dos seus hábitostipicamente burgueses. Sua elegante residén-cia no Jardim Europa, bairro aristocrático deSáo Paulo, não impressiona mais nenhummilitante petista, tantas foram as reuniõespolíticas realizadas ali.

— Claro que quem vem aqui pela primei-ra vez se surpreende um pouco. Foi assim,recentemente, com o José de Fátima, líder dosbóias-frias de Guariba, que veio almoçar co-nosco. Mas eles logo se acostumam e ficam àvontade — diz Marta. Ela lembra que uma dasprimeiras reuniões do partido foi feita ali etodos comeram e beberam do melhor, porqueela achou que seria artificial servir para os

companheiros do PT "uma- coisa mais sim-pies".

Chegou a ser engraçabo: havia uísque evodea importados nas bandejas, mas os convi-dados insistiam em pedir pinga — que nãoexistia na casa. Depois disso, nunca maisfaltou cachaça na residência dos Suplicv.

Esquerda chiquePara disputar a sua primeira eleição majo-

ritária. o Deputado Eduardo Matarrazo Supli-cy — cujos dois mandatos foram conquistadoscom os votos da "esquerda rica e chique" —sabe que precisa do apoio das faixas maispobres da população, tanto quanto os concor-rentes, mas procuça conquistá-las com umpersistente programa de visitas à periferia,onde ouve e anota atentamente a lista intermi-nável de problemas dos moradores.

Supliey também sai à rua para um contatodireto com o povo. Há uma semana, começoua freqüentar a barraca do PT no centro dacidade, onde passam diariamente cerca de 2milhões de pedestres, e puxar conversa com apopulação.

Chega invariavelmente incógnito, com umpunhado de livros de sua autoria para distri-buir, e vai aos poucos vencendo a timidez, atéassumir um tom palanqueiro.

Da primeira vez, os plaqueiros (homensque seguram placas com propaganda em trocade um cachê) da praça Ramos estranharam asua presença: "O que um homem rico dessesvem fazer na barraca do PT?", perguntou umdeles.

Mas logo Suplicv passou a fazer parte docenário, atraindo para o seu discurso umapequena multidão. "O senhor é um homemhonesto?", pergunta-lhe um eleitor. "É o queprocuro ser o tempo todo", responde umSupliey surpreso. "Assim náo serve: honesto agente é ou não é", insiste o outro. "Pois sou",define o candidato, que então é puxado paraum abraço.

Incentivado por militantes do PT, sobenum banco e começa a falar sobre os proble-mas da cidade, sendo interrompido por pedi-dos de emprego, que ele axasta com delicade-za. "Sou contra as nomeações políticas, não éassim que resolvemos o desemprego", afirma.

O candidato do PT tem se submetidoainda a viagens de ônibus para a periferia, noshorários de maior movimento. A primeiraexperiência foi na última terça-feira, às 6h damanhã, num ponto da distante Vila Diva.Supliey destoava com seu elegante blazer azul-escuro e teve sorte de encontrar um lugarvago. Mas a viagem foi curta para o volume dereclamações que recolheu.

São Paulo tem 55% dos seus 10 mi-Ihões de habitantes vivendo em favelas, corti-ços ou construções irregulares. É para essaspessoas que precisamos dar prioridade, abrin-do postos de saúde e creches, urbanizanbo asáreas carentes e criando um programa dealfabetização em massa — defende Supliey.

Planos e orçamentoComo economista, ele sabe que o ogça-

mento do município para este ano, de Cr$ 4trilhões 430 bilhões (podendo chegar a CrS 7trilhões, já que foi projetado para uma infla-ção de 130%), embora seja maior que os damaioria dos estados brasileiros, oferece umamargem para investimentos de apenas 10% —que corresponde exatamente ao déficit cober-to com empréstimos extermos. Mas Suplicv serecusa a admitir que isso torne os prefeitosmuito parecidos uns com os outros.

De 1979 para cá, em apenas duasgestões, a prefeitura dobrou o númego deservidores de 55 mil para 110 mil. Sabemosque esse aumento de funcionários não foiacompanhado por uma melhoria correspon-dente na prestação dos serviços públicos ecompromete boa parte do orçamento. A nossaidéia é remanejar esses funcionários, de ma-neira que todos passem a ter uma funçãorelevante — afirma Suolicv.

Entre as funções que criaria está, porexemplo, a de médico visitador, que levaria àsfavelas um atendimento elementar de saúde enoções de higiene.

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ecológicoA Fundação Pcdroso Horta,

ligada ao PMDB do Rio. vailançar dia 7 de agosto o Movi-mento Verde — Move —. quepretende desenvolver uma po-lítica ecológica para o Estado eatrair políticos, militantes esimpatizantes dos vários gruposvoltados à preservação ambien-tal nara o PMDB.

A coordenação do Move foientreeue ao ex-vereador de Ni-terói Ricardo Oherlaender —ele liderou o movimento pelapreservação das lagoas de Pira-tininga e Itaipu. em 1977 e éautor da lei que instituiu adisciplina Educação Ecológicano Io grau das escolas munici-pais.

Aureliano

é lançado

em MinasLeopoldina, MG — "Quem

comanda pacto político é o Pre-sidente da República. Mas éimportante que os governado-res manifestem apoio ao Presi-dente", declarou o Ministrodas Minas e Energia, Aurelia-no Chaves, ao ter lançada a suacandidatura à sucessão de JoséSarney, durante a festa deinauguração do Museu da Ele-tricidade Cataguazes-Leopoldina, que foi transfor-mada num comício do Partidoda Frente Liberal.

Sarney começa exercícios e dieta

Brasília —O Presidente .lose Sarney jácomeçou os exercícios e a dieta alimentarprescritos pelo Coronel Messias de AraújoDias. chefe do Serviço Médico da Presi-dència e passou quase 12 horas (das8h25min as ?.0) com o aparelho de Holterna cintura e colado ao tórax por trêseletrodos, fazendo exame de eletrocardio-grafia dinâmica (acompanhamento do sivtema circulatório)."Muito bem disposto e bem-humorado", de acordo com o coronel, ecom o aparelho ligado, o Presidente cami-

nhou 2.5 quilômetros durante 25 minutosnos jardins do Palácio da Alvorada e reagiubem ao novo regime alimentar, sem gordu-ras e condimentos "para não sobrecarregaro finado".

A eletrocardiografia dinâmica faz parteda primeira bateria de testes a que está•sendo submetido o Presidente para verifi-cação de seus batimentos cardíacos. Elapossibilita detectar problemas como arrit-mia (coração fora do ritmo), palpitaçóes oucrises de taquicardia. O aparelho de Hol-

ter. que se parece com um de walkie-maa,pode registrar ainda outras anormalidade,como a isqtiemia das coronárias.

O aparelho funciona como um grava-dor. registrando em uma fita as reações docoração. Esta fita é reproduzida na unida-de de leitura (outro equipamento do siste-ma) e conferida com anotações feitas pelopróprio paciente, encarregado de observarqualquer alteração que sentiu durante operíodo de uso. Em seguida, é feita aanálise dos dados obtidos.

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6 " ln caderno r" domingo, 7 7 85 Política JORNAL DO BRASIL

Informe JB

Sol jenitsynO escritor c dissidente russo

Aleksandr Sol jenitsyn promete com-por com nada menos de 20 volumes,à razão de mil páginas por volume,seu afresco consagrado à Rússiaentre 1914 e 1917, A roda vermelha.

O primeiro volume foi publicadono inicio da década passada e rees-crito no inicio desta: Agosto 14.

O segundo volume, Novembro16. acaba de ter sua edição francesapublicada.

Virão depois Março 17 e Abril'7-

Críticas às pretensões historio-gráficas de Soljenitsyn tem sido fei-tas nos países onde a obra está sendopublicada.

Nos Estados Unidos e na Françahá um ponto em comum nessascríticas: a carga de anti-semitismocontida cm Agosto 14 e em Novem-bro 16.Operação socorro

A Vibasa — Villares Indústrias deBase S. A. — está batendo mais umavez às portas do BNDES em busca derecursos que permitam promover o sa-neamento financeiro da empresa.

Dessa vez o pedido é de CrS 150bilhões.A batalha do Rio

Alguns políticos do PMDB e doPFL estão articulando o lançamento deum candidato de consenso da AliançaDemocrática para disputar a eleiçãocarioca.

Hélio Beltrão. Celio Borja e Morei-ra Franco são alguns dos nomes lem-brados.Burocracia

O professor Edmar Bacha. do blocodos economistas que defendem em al-guns setores a participação do Estadona economia, desde que assumiu a pre-sidéncia do IBGE é acometido de mo-mentos de frustração com a máquinaenferrujada e burocratizada do órgão:

— Tem hora que eu tenho medo desair daqui mais privatizante que o Ro-berto Campos — desabafa.

Balão mágicoO cartunista Ziraldo. presidente da

Funarte. resolveu bater as portas dosprincipais centros de pesquisa do País.

Ele quer que os cientista brasileirosdesenvolvam um tipo de balão não-inflamável.

Ziraldo quer encher o céu do Brasilde balões nas noite de São João semtocar fogo nas cidades.

Mais dia. menos dia, inventa-se odirigível.

A batalha de São PauloAo contrário do que se dizia, o ex-

Presidente Jânio Quadros não faz acabeça dos jovens e sim de pessoas commais de 40 anos.

A constatação foi feita em recentepesquisa de opinião pública realizadano município de São Paulo, onde oSenador Fernando Henrique Cardosodetém a preferencia do eleitorado jo-vem e das mulheres.

¦De qualquer maneira, os poucos

jo\ens que apoiam Jânio Quadros estãoarregaçando as mangas e inclusive jáinstalaram um comitê eleitoral.

A sede do comitê da JuventudeJanista fica nos fundos de um antiquá-rio, o que não deixa de ser um localadequado às idéias do ex-Presidente.

Temporada européiaA atriz Dina Sfat está fazendo as

malas para passar cerca de oito mesesna Europa.

Dina embarca dia 19 para Portugal,onde estrelará Antônio José, o judeu,sob a direção de Jom Tob Azuiay.

Em seguida, convidada pelos res-pectivos governos, vai a França e àAlemanha lazer pesquisas na área doteatro.A batalha de Recife

Uma pesquisa feita pelo InstitutoHarrop constatou que (Hv da popula-ção de Recife apoiam as atitudes políti-cas e administrativas do GovernadorRoberto Magalhães.

O PMDB que se cuide.Cascas e cascos

O Instituto Bio-Manguinhos produzanualmente 14 milhões de doses davacina contra o sarampo — tudo o que oPaís consome — comprando semanal-mente 600 ovos. dos quais aproveita 450na produção de vírus.

Os 30 cavalos que o ex-PresidenteJoão Figueiredo hospedava nas magnífi-cas baias da Granja do Torto consu-miam um total semanal de 1.260 cascasde ovos. E, ao que se saiba, o conteúdonão era usado para fazer nenhuma vaci-na antimordomia.

Troca-TrocaO Deputado Roberto Jcfferson. da

bancada do PTB Cobal, vai mesmomigrar para o PDT.

Santa TeresaOs bondes de Santa Teresa deverão

ser beneficiados por uma operação derevitalização.

Trata-se de uma ação conjunta daSecretaria de Transportes do Rio deJaneiro, da EBTU e do Pró-Memória.Restaurando todo o sistema dos bondes— os carros, os trilhos, a rede aérea e asoficinas — e recolocando alguns ramaisem funcionamento, as autoridades es-peram garantir a preservação do pró-prio bairro.Com todo o respeito

O teatrólogo Augusto Boal contahoje no programa Persona, da TV Man-chete, que vai ao ar às 22h, uma históriado tempo em que foi preso e torturado.

Ele estava no pau-de-arara e a horastantas perguntou por que estava sendotorturado. Responderam-lhe que eraporque

"difamava o Brasil no exterior",dizendo entre outras coisas que aquihavia tortura.

Boal não conseguiu deixar de fazer apergunta óbvia: "E isto que vocês estãofazendo comigo é o quê?"

Resposta:— Nós estamos torturando você,

sim, mas com todo o respeito.

Falta dinheiroAs greves nas fábricas de automó-

veis do ABC paulista fizeram dispararos preços dos carros novos e usados.Agora, com a produção normalizada,há outro problema: apareceram os car-ros, mas desapareceram os compra-dores.

Na Lola Automóveis, de Botafogo,que vende carros usados, a procura caiu30% nesta semana, em relação às duassemanas anteriores.

CinemaO cineasta Joaquim Pedro de An-

drade quer levar para a tela a obra maisimportante de Gilberto Freyre, CasaGrande & Senzala.

Leon Hirshman estuda como filmara epopéia de Canudos.

Como todos os outros cineastas bra-sileiros de maior renome, eles se movi-mentam com extrema cautela, à esperada definição da lei de incentivos fiscaispara aplicação em atividades culturais.

TouradaO ex-Deputado Genival Tourinho,

candidato do PTB à Prefeito de BeloHorizonte, encaminhou ao TribunalRegional Eleitoral um requerimento emque anuncia que pretende,

"em qual-quer oportunidade," valer-se, comosímbolo de identificação, "de um dese-nho de um tourinho, diminutivo detouro."

LANCE-LIVRE-A 37" Reunião Anual da Sociedade Brasi-

leira para o Progresso da Ciência, que come-ça dia 10 em Belo Horizonte, terá como temaCiência e Tecnologia para um Brasil Demo-crático. Pela primeira vez, ministros vãocomparecer para dar explicações. Será umpor dia. durante os oito dias da reunião, nahora do almoço.

O Senado mantém uma guarda de 58homens somente para dar segurança aos doisedifícios onde residem os senadores, na Su-perquadra 309 Sul, em Brasília. O que nãoimpediu que, nos últimos fins de semana,vários veículos tenham sido arrombados empleno estacionamento dos senadores.

O Deputado Alencar Furtado (PMDB-PR) terá "inteiro apoio" do líder do Gover-no. Deputado Pimenta da Veiga (PMDB-MG), quando apresentar sua proposta paraque o Congresso instale uma comissão cons-tttucional de parlamentares, paralelamente acomissão formada pelo Executivo e entreguea presidência do jurista Afonso Annos.

A Câmara Municipal de Rio Grande (RSiaprovou requerimento do Vereador KdesCunha (Pi)Sl solicitando que a cantora Kafáde Belém doe os direitos autorais de suagravação do Hino Nacional para entidadesassistenciais do Norte e do Nordeste do Pais.

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Na próxima quinta-feira será anunciado oregulamento para o Prêmio Esso de Jornalis-mo de 1^85, que já atinge sua terceira décadade existência ininterrupta.

Poucos dos 23 senadores eleitos cm 1982— com mandato até 1990 — admitem ficarfora da Constituinte. Há. porém, um grupoque quer legitimar-se na Constituinte, comuma idéia inovadora: concorrer à Câmarados Deputados.» O Partido Cooperativista Ecológico mar-cou rnais uma reunião na rua, hoje emRamos. No sábado passado, a reunião ao arli' re que o PCE fez no Parque da Cidadequase terminou com a intervenção da polícia.Por via das dúvidas, a próxima será na RuaProfessor Lace, reduto da família da criadorado partido, Helô Lacè. O PMDB tambémcriou o seu Move — Movimento Verde —coordenado pelo ex-Vereador Ricardo Ober-laender.

Roberto Carlos já está com temporadagarantida no Scala a partir de 1" de no-vembro.

O Instituto do Patrimônio do Estado estánegociando com a Rede Ferroviária Federal otombamento de todo o conjunto arquitetônicoda estação ferroviária desativada de Riogran-dina, distrito do município de Nova Frihurgo.

O lane imento de A polaquinha marca naoso ,i estreia de Dalton Trevisan no romance,n as ! imbém os wi anos de idade do escritorp.f.icnsi. e seus .inos de catreira liteiatiao Futebol Com Pacto narrado pelo PlanetaI1 i! f. "Bola para Sarne>. que mata nobigode e passa rapidinho para Ulysses. l lys-ses devolve para Sarney. Sarnej atrasa adevolução do lni|xisto de Renda."

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riu-, de SaK.uliT ti ib.ilh.tramontem a plena carga no ptocessamento de fichas de inscnvaopartidária para permitir que osmais de 50 mi! novos filiados aoPMDB possam votar. hoje. nasconvenções zonais polarizadasentre as chapas dos dois princi-pais postulantes a Prefeitura.Deputado federal MarceloCordeiro e o ex-Preleito MarioKertesz.

A prorrogação do prazo deprocessamento das fichas deinscrição dos novos filiados aoPMDB em Salvador foi deter-minada pelo Tribunal SuperiorEleitoral, atendendo a pedidodos adeptos da candidaturaMário Kertesz.

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Page 7: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO RRASIL Política dominp;o, 7 7 85 1° caderno

Convengoes do PMDB antecipam nomes para

Prefeitura

() I'MOH d,i lioic i'1-pnmi'irns passns rnl.iv pur Mnntoro. pclo ScikhIoi K'i- ch.ip;i »l»> parlanicnlar. quo conta com Foto de Gildo de Lima Foto de Arquivo

cs^ Ii ^ ^ P^M *^

mcsc^u-nunfvmhiIizar sua i™i,d« vencLdor'"a'cShf n^iSd's'i'1 •' flad:,s tliT^mtc o prcccs"" d"es'^lhTck. Cordeiro jiliou militates em Salvador Jarbas conseguiu o apoio da cupulaP~*' - —' dc

I'1'": Wto embora no p'rin^' mt^oSOt-

sTdc 1cm ^r.c^d^mido. ie^tadioPfc£|de|«^' R^T'lt ,an«°. ha dois candidates no partido para MaCei6 llSO Vai CSCoilier delegaciescu tenho dois icrcos dos filiates mie 7 u : , a Prefeitura da capital. 0 medico Pedro ~lcn,l>: S IIII.UK S que abandonar 0 barco a deriva. Isto nao I iiomvi lenfi lorrvir irrevem'vrl un-i nn ft f ¦¦ n D\<rsQ - l ri , . | ... IIvotam -- alirma. descartando a posstbili- 1>mhnra r.lrri,.n i.ininr Luti.n.1 ten.a totn.it irrtvtrsivei sua can- Maceio — O PMDB nao vat reahzar Davmo. em carta ao presidente re- pelo presidente. Dai a invmlnhzacaodade de abandonar o PMDB casoperca a , i ' iu- i ' '

, •' / didatura. mas o nome prelerido da ciipu- convencao em Maceio porque a convoca- uional do PMDB. ex-Deputado federal O PMDB aizoia esta analisando aconventual).

' tenha escolhido set. eompanheiro de cha- ,a panidana e o do Deputado estadual foi feita de forma indevida pelo Jose Costa, mantfesta sua insatislagao ultima hipotese de consent den.ro doDos diversos concorrentes a Prefeitu- Pa I'ara . e no\em ro.

Garibaldi Filho, sobrinho do Ministro da secretario do Diretdrio Municipal, sem com o rumo que tomou a disputa e. partido: o lancamento da candidatura dora de Belo I lorizonte sobraram nove djreok^de"^') dneti^riormmliamis At)n»nistracao,

Aluisio Alves. autorizatjao da presidente, Denise Agra. embora sem citar o PC do B. observa que Deputado federal Dialma l alcao para adepois do dcsligamcnlo do Deputado ch llnjca ^ uma eons|.,nt(! e a Em Sao Luis, defrontam-se, de urn N:t sexta-feira passada, a dire<;ao do par- os partidos anteriormente na clandestini- Prefeitura de Maceio. tendo o presidentefederal Jorge Carone. que migrou para o disnuta se'trava pela d'ecisao'de fa/er lado. o Ministro da Ciencia e Tecnologia, tido analisou a sugestao de uma Candida- dade deveriam agora buscar sua propria regional do partido. Jose Costa, comoPDT. Os nove decidiram formar chapa coliuacao ou nao com' o PFl'e o PI Renato Archer, e o Deputado federal tura de consenso a Prefeitura da Capital. identidade. 0 PC do B e responsabiliza- vice. Hsse acordo loi possivel com ounica nds oito diretdrios zonais, propor-

' C'id Carvalho. apoiando o Deputado es- utlindo os dois grupos que disputam a do pela divisrio dentro do PMDB por nao compromise de que Costa saira nova-

cional ao peso elcitoral de cada um. No Para, tadiial Haroldo Saboia; de outro, indicaqao e alijando o Deputado estadual aceitar lan<;ar candidato prdprio e insisiir menIe. em I Wo. candidalo do PMDB aDentro do partido. nao ha favoritos, PMDB inchou Deputado federal Epitacio Cafcteira, que Ronaldo Lessa, lantjado candidato na na candidatura do Deputado federal Re- SUecssao estadual. mas amda lalta setembora as pesquisas de opiniao deem aos S(i demro dc t|uas ou trgs semanas apoia o Deputado estadual Carlos Cuter- convengao antecipada do dia Kipassado. nan Calheiros. anunciado olicialniente.deputados lederais Junia Marise e Sergio apds a conventjao municipal, o PMDB do rcs- Assim dividido, o PMDB tara sua Devido a disputa apos esta conven- A medica Denise Agra assumiu A briga interna esta distanciando oletraia uma certa projet;ao. Para escolherii seu candidato a Prefeitura convencao. Ha um ligeiro tavoritismo de ^ao (anulada pela Jusiica por ter sido presidency do Diretdrio Municipal do PMDB de uma\itoria consnlerada cert a

Mas. se depender do (iovcrnador de Belem entre os nomes do Deputado Saboia que, se lanqado candidato a Pre- convocada antes de o Congresso regula- partido, mas foi surpreendida com em Maceio. Na eleicao de <X2. o partidoHelm Garcia, os lavoritos sao dois de federal Vicente Oueiroz. do estadual Ro- leitura de Sao Luis, esvaziar.i as chances rnentar a eleigfio municipal), o presidente convoca^ao para a convencao, assinada obteve 7(1 '"< dos votos na Capital, massens secretarios: os tambem deputados mero Ximenes e do Vereador Emanuel l'c Cafcteira no proximo ano para j0 Oiret6rio Municipal, Liluardn Davi- pelo secretano-geral, Glauco Ciouveia. auora tera de disputai esta latia com nIfderais I ins Octavio Valadares e Alvaro 0 de Almeida. Govcrno do Estado. no. renunciou e se desligou do partido. Por lei, a convocacao tem que set leita PDT. PI e I'TB.Antonio, lambem estao na disputa os 0 (iovcrnador Jader Barbalho ja l ambem em .loao Pessoa duas cc>r-depulados lederais .loao Pinto Ribeiro. avisou que seu candidato tera. em primei- rentes disputam a convenijao: a do Depu- 4 1'- I * • IT "I'aulo Ferraz. Manuel Costa c Jose Maria * ro lugar, que ser pemedebista incondieio- tado estadual Marcus Odilon e a do _/\g (jPClSOCS (10 intCriOl' 1111111111611S0Magalhaes. sem chances. Roberto Mar- nal e gozar de sua total eonfianca, o que Vereador Antonio Augusto Arroxelas.tins. levari! a uma luta surda entre os novos este apoiado pelo grupo do Senador Nao e so na Capital do Lstado do Rio p»i> se pudesse concorrer as elci<;6es do gc de sua popular.,lade (em I'll,J. gran-

filiadose os pemcdebistas lustoncos. Humberto Lucena, Lider do partido no dc Janeiro que as convenes dc ho|e que proximo dia b dc noveinbro tcna lh.7'r gcou tania simpatia na cidadc como essaBaianos promoveram Isto ocorre porque apds o Colegio Senado. Pelas pesquisas, Odilon c qucm 0 PMDB realiza assumem caraler de dos votos. que a pcsquisa do Ibope creditou ao

gUCrra de filiacoes Elcitoral. o PMDB do Parii inchou e as tem mais chances, mas a tendencia e que decisao. Em Duque de (. axias. Volta A pesquisa levou os eleitores a res- I reteito llidekel de heitas l.ima Uue e.convcncbes de ho|c serao realizadas cm ha ja uma composiqau de liltima hora e Rcdonda e Angra dos Keis. as coirentcs ponderem a seguintc pergunta: "Em poi smal. genro dc lenouo.

s dois principals postulantes a Pre- diretdrios municipals c em cinco co- novo Diretorio lenha integrantes d;is 1UU conquistarcm o comaiulo dos ties qucm votaria se as elcicoes para prcleito j„j;| „() sJil!leitura de Salvador — ex-l releito Mario missdes provisdrias. O mimero de Prefei- duas chapas. Diretdrios Municipals estarao pratica- fossem lut|C?" Os entrevistadores do Ibo-Kerlesz c Deputado lederal Marcelo ( oi- ,(Mi do partido ilustra bent este proeesso a j dci mente antccipando a cscolha dos candi- pe nao suceriam nomes e acaharam vota- No Snl I lumincnse. sao importantes.deiro — nao ehegaram a um acordo e dc ¦¦inc|,;u;ao" cm |t^-> cram apenas V ACOrdO com 1 r datos as Prefcituras das tres cidades que dos. tambem, mats dots politicals peine- P"r sua uv- as coincncoes de \ oltamscreverain chapas prtiprias para as II „s ti|ia[|os a0 partld0. Hoje, sao mais de leva ao consenso cram, ate hem pouco tempo, considera- debistas: Deputado Messias Soares (2'V Rcdonda e Angta dos Rcis. I que. comoconveneocs zonais. Kertesz tem o apoio s(i. Com a candidatura do Deputado fe- das dc interesse da seguran^a nacional. c ex-Deputado Jose Carlos Lacerda Duque dc ( axias. esses dois nnmicipiosaberto da corrcnte liderada pelo ex- No Espirito Santo, as viirias corren- deral Jackson Barrcto a Prefeitura de Em Duque de Cavias. municipio de (O./'V ). Os votos de Messias c Lacerda tambem deixaram. iccenlemenie. a con-(iovcrnador Roberto Santos e do grupo (es c„|e disputa vam o diretdrio cm Vitdria Aracaju ja consul idada pelo acordo com cerca de (i(KI mil habi tunics e com 3( >5 mil somailos aos dc I'oubel e Silverio tola It- dicao dc areas tie seguranca <1 cmpicsa-dc csquerda lendcncia Popular, que en- terminaram se coinpondo em duas cha- ° m- do Ciovernador Joao Alves, 5(ld eleitores, segundo o TRE. a conven- /am 10.0'V . o que le\aria Hidekel, com rio Ary Cabral e o Vereador Julio F'errei-uloba o P( do B e politicos ligados ao .1;ls pc um |.R|0 a jj)eputada estadual PMDB de Sergipe rcaliza conveneocs em Ca° do PMDB cnvolvera as correntes do sens |«>.?'; a dcrrotar lodo o PMDB. ra sa0 os nomes mais lories com que oDeputado lederal Francisco Pinto. Cor- Rose de Freitiis. nora do Presidente da (l" clos 74 municipios do Estado. Na Deputado Silverio do Espirito Santo e do 0 candidato do PDT. Deputado Ju- PMDB conta para as elcicoes de prcleitodeiro. que e tambem presidente regional Asscmblcia Legislativa do Estado. Do capital, nao havera disputa pois foi regis- advogado Ruytcr I'oubel. Se a disputa berlan dc Oliveua. nao passou de 0."'} l'c ^ Rcdonda. Oucm vencei a condo PMDB. conta apenas com o apoio de outro, a chapa encahei;ada por Rita Ca- trada apenas uma chapa. representando passasse pela socieiliidc. o candidalo se- Descmpenho pouca coisa supcrioi ao do vencao, put isso mesmo, estara perto daseu proprio grupo. o Novos lempos. mata. mulher do (iovcrnador Gerson consenso dos grupos comandados pelo ria I'oubel l ilt pesquisa tie opiniao. na Senador Fernando Henrique Cardoso. candidatura

Os dois promoveram uma guerra dc Camilla. Deputados lederais Jackson Barrcto ultima sentana de junlio. o ll'OI'F apu- lambem votado em Duque dc Caxias ' m Villa Rcdonda. o I'DI estaliliacoes que resultou no envio de cerca Se a corrcnte que apoia Rose pcrder, Jose Carlos Teixeira. rou que elc Icria 5,.V» dos votos. se a tcna II.V'; —. embora seja candidato lanlando sc torlaleccr |iinio aos sindicailc 75 mil novas inscricoes ao IRE nos n,-)0 cs(j| descartada a hipotese de sens O (iovcrnador do Mato Grosso do clei^ao fc e Itoje. Silverio licaria em pelo I'M!)!'. « Prefeitura de Sao Paulo. 1,,s- ^as " aculente que o Deputadoullimos dias do prazo. Alem de Kertes/e integrantes abandonarem o PMDB Sul. Wilson Barnosa Martins, hem que se segundo com C.VV . Dos nomes IilhuIos a llidekel. o do Depu- Federal .liulio ( aruso sotreu elc estaCordeiro. ha quatro outros postulantes a PD f |a fcz um C0llv,le deputada: esta eslon,ou mas o I'MDB comparcccra "ra- q

comD|jcador lado Icdcial I a/aro de Carvalho c o do ™ cslall° dc coma ha cinco mcses e aPreleitura dc Salvador. Rcconhecendo t|c |1r;K.os abcrtos para lancii-la como chado" a convencao municipal cm Cam- Deputaiio estadual Ampliato Cabral nao iranslercncia do Deputado estadual Ro-sua incapacidade de disputar as conven- eandidata unica do partido P° (irande. Coneorrcm as chapas I an- A pesquisa do IBOI'E nao deve del- loram mencionados. \ ni ou outro devera berto Pire> para o I'MDB ahalaratn bas-coes com uma chapa altcrnativa. so res- O Govemador (icrsun Cantata cm- credo Neves, liderada pclo Deputado xar. contudo. o PMDB miiilo eulotico c a icccber. no ciilanto. o apoio do prcleito lanlc a cstruiura pedclisia na cidadc.ion ao Deputado lederal Virgildasio Se- hora do PMDB nao quer Rose na Prefei- federal Harrv Amorim Costa. Nova Re- razaoc bastante simples: ela revel,i que a o medico Moacvi do ( anno, ultimo "ndc a grandc toi\a clciloral. rcprcscntana. ao estadual Jorge l-lage. ao Vereador tura jc Vitdria e seu candidalo seria publica. vinculada a candidatura do Se- grandc fortja polilico-eleitoral da cidadc preleito elcito da cidadc. em |%h. mi da pclo ex-Preleiio Nelson (loncabcs.Fernando Schmidt e ao ex-Prefcito I d- Secretario da Induslna c Comcrcio. Her- cretario dc Justi^a. Juarez Marques Ba- cominua a ser o Prcleito llidekel I rcitas ten i. numa eicn;ao ho |e, 11.3'r das pi etc- acabou no I'ai tido d;i li elite I ibeial.valdo Bnlo denunciar a guerra dc filia- ntes I arailia tista. e Novos Rumos. do Deputado esta- Lima. Nomcado pelo cx-Prcsulcntc Joao rcncias elcitorais. An-Ia ,l,,s c llm ll,A poucos(joes. Com excecao dc Edvaldo Brito, dual

Walter Pereira. O rcsultado c unpre- Figueiredo. elc lutou bastante para que ()s t(lle acompanham a polinca na municipios com clcicdcs este ano onde oque pode migrai para o PDT. elcs nao Goias rompe com visivcl. os aluais preleitos das capitais. arnicas Raixada Fliimincnse — a reciaoc Duque PMDB lem uma candulaluia pionia epensam porem cm deixar o partido. tradicao de coesao C om " rcg|s,r0 dc chapa unica, areas dc segurantja on cstancias ludronti- de Caxias. cm particular, vivcram tempos acabada. sem pass.ir pelo desgaste das

A partir da realizacao das conven- s< ,d' PMDB dc Teresina dcvcrii consagrar ncrals pudessem Icitlar a reafiimacao. agilatlos nas decadas dc 40 e 5(1 e ale grandes lutas intemas () presidente daijocs para renovacao dos 5(i diretdrios do Era tradicao no PMDB dc Goias candidatura do Deputado federal Wall por via das urnas. dc mandalos nhtulos imcio dos anos ml-, atestam que so Camara dc \ercadoies do municipio,PMDB na capital de Sao I'aulo a Candida- chcgar as conveneocs cocso. Nas de hoje Ferraz a Prefeitura da capital. O proble- scm delcgaijao popular. f-Mava certo. e\ Deputado l enorio ( a\alcanti, no au- Arluf lordao, ia c-ta em campanltatura do Senador l-crnando Henrique Car- isto nao oeorrera. apesar dos esfortjos do ma esta na cscolha do candidato a Vice- ——doso a Preleitura devera se lortalecer. (iovcrnador Iris Rezeiide. Duas chapas I'rclcilo. pois duas correntes partidiirias ^ convencao do Rio esta na pagina 8Mas. a grandc disputa que contcca a ser disputant a convencao: a Mutirao. que disputam o direito dc fazcr a indicaijao: a Iravada hoje diz respcilo a sucessao do tent no Deputado Moises Abrao sen composta por 15 vereadores e suplcntes c(iovcrnador Franco Monloro. candidalo a Prcleito. chapa Daniel outra. por membros do antigo MDB eNo interior, o \ ice-(iovcrnador Antonio, com o proprio deputado dispu- bancada estadual. Como nao ha disputa tjOrestes Ouercia. candidato ao Govcrno tando a Preleitura dc Cioiania. Iris nao para a composkjao do Diretdrio. o confli- TP A R A f TP A \TTPM N PT?RCT A PT Y PORT A T1 A Odo F-slado. podcra perdcr a tranquila simpatiza com a candidatura de Daniel. to sii scrii resolvido na conventjao que lv-'Axv/"VI, llfilNHj1V1/\, 1 ulUjln HiA.1 C Uli VV^/rtW,ntaioria que detent pois a tendencia e ha seis alios em campanlta. mas esta homologara os nomes dos candidatos as NYLONCRYL, BRISTOL, H TR1NYLON, SHIRAZ, 1duniLiitar .1 mflucncia das corrcntcs lulc- dificil cnlracjuecc-la. Por isso mcsnio a clci^ocs dc 15 dc novemhro. X'^E^RZVl'ONT ^

ISfOR^DlCO LE BI OIM"

11 MAGNSFICAS EXCURSOES —reno, Austin, | oregqn, florenqa,

rants™ II EXTRANYLON, HUDSON, a DANUB10, ARIZONA.W.ll! AVIIHOSA , I'JIINIIM ftlMJNANTK ISSIX^I^I, OCIUKXTK KHCUPKS l-KSTK EllltOPEII PAT VDQA ^35DI3S 10 PRISTS ! 24 DIRS 9 PRISTS 21 DIRS 8 PRIS€S 28 CHRS 6 PRISTS 2A D^RS K) PfllS€S JL JL UvJj

PORTUGAL ESPAhMA fUANQA 'TAt IA ITALIA AUSTRIA SUlQA. ALfHANHA. ITALIA AUSTRIA SUIQA. ALtVANHA PORTUGAL tSPANHA BRANCA ITALIA GRECIA IUGOSIAVIA HUNGRIA | MlAUSTRIA SUICA HOLA\DA HOLAUDA BELGlCA INGi ATERRA HOLANOA SELGlCA INGLATERRA SUICA UNGIATERRA AUSTRIA CHECOSlOVAOUIA ¦BElGlCA r iNGLATERRA HAHCA • ESPA*HA FRANCA *lEUASHA HCLANDA BELGlCA V\Julho Jul 9 16 73 .30 Aoo 13 20 S«l V\ JTte. 18. 4. 11. 18. 2S j Jul 22 Ago S. 26 \\ SAflo i 8 2? S«l 1 8 IS 22. 29 Out 16 71. 28 Ago « 11. 18. 26 S*1 S-d 9 Oul 7 \\S«l 29 Out ¦

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Convenções cio PMDB antecipam nomes para

Prefeitura

chapa ilo parlamentar, que conta com oapoio do Senador Mauro Borges, c afavorita hoje.

O autor da emenda das Diretas-já.Deputado federal Dantc de Oliveira, capoiado pela corrente favorita para ven-ccr a convenção no Diretório Municipalde Cuiahá. o que levará à escolha dc seunome como candidato do partido à Prc-feitura em nova convenção. Seu oponen-le e o Deputado estadual Rodrigues Pai-ma. que já ameaçou "cruzar os braços"caso perca hoje.

lambem no Acre a disputa pelaPrefeitura de Rio Branco levou a umaguerra de filiações entre os integrantesdas duas chapas que disputam a conven-çáo. Os dois postulantes — Secretário dcIndústria e Comercio, Adalberto Aragãoda Silva (apoiado pela cúpula do parti-do), e Deputado estadual Manoel Paeífi-co da Costa — fizeram cada um cerca de

I ntil e 500 filiados e afirmam que vence-rão com uma margem de 70% dos votos.

Em Florianópolis, as forças estãoequilibradas e ninguém se arrisca a prc-ver se a vitória caberá ao Deputadofederal Nelson Wedekin, apoiado pelacúpula partidária, ou ao Deputado esta-dual Edson Andnno de Oliveira, queuniu suas forças às do Senador JaisonBarreto. Se perder. Andrino poderá saircandidato pelo PDT com o apoio deJaison e do próprio Governador Esperi-dião Antin. que c do PDS, mas interessa-do ent impedir o crescimento da AliançaDemocrática em Santa Catarina.

Chapa únicaoculta disputa

As divisões internas do PMDB doRio Cirande do Norte continuarão camu-fiadas durante o processo de escolha donovo Diretório Municipal de Natal, ondeapenas uma chapa se apresentou. Entre-tanto, há dois candidatos no partido paraa Prefeitura da capital. O médico PedroLucena tenta tornar irreversível sua can-didatura, mas o nome preferido da cúpu-Ia partidária é o do Deputado estadualGaribaldi Filho, sobrinho do Ministro daAdministração, Aluísio Alves.

Ent São Luís, defrontam-se, dc umlado. o Ministro da Ciência e Tecnologia,Renato Archer, c o Deputado federalCid Carvalho, apoiando o Deputado es-tadual Haroldo Sahdia; de outro, oDeputado federai Epitácio Cafeteira, queapoia o Deputado estadual Carlos Guter-res. Assim dividido, o PMDB fará suaconvenção. Há um ligeiro favoritismo deSabóia que. se lançado candidato li Prc-feitura dc São Luís. esvaziará as chancesde Cafeteira no próximo ano para oGoverno do Estado.

Também em João Pessoa duas cor-rentes disputam a convenção: a do Depu-lado estadual Marcus Odilon e a doVereador Antonio Augusto Arroxclas,este apoiado pelo grupo do SenadorHumberto Lucena, Líder do partido noSenado. Pelas pesquisas, Odilon é quemtem mais chances, mas a tendência c quehaja uma composição de última hora e onovo Diretório tenha integrantes dasduas chapas.

Acordo com PFLleva ao consenso

Com a candidatura do Deputado fe-deral .lackson Barreto à Prefeitura dcAracaju já consolidada pelo acordo como PFL. do Governador João Alves, oPMDB de Sergipe realiza convenções em60 dos 74 municípios do Estado. Nacapital, não haverá disputa pois foi regis-trada apenas uma chapa, representando oconsenso dos grupos comandados peloDeputados federais Jackson Barreto cJosé Carlos I eixeira.

O Governador do Mato Grosso doSul. Wilson Bargosa Martins, bem que seesforçou mas o PMDB comparecerá "ta-chado" a convenção municipal em Cam-po Grande. Concorrem as chapas Tan-credo Neves, liderada pelo Deputadofederal llarry Amorint Costa. Nova Re-pública, vinculada a candidatura do Se-cretário de Justiça. Juarcz Marques Ba-tista. e Nineis Rumos, do Deputado esta-dual Waltcr Pereira. O resultado é uttprc-visível.

Com o registro dc chapa única, oPMDB de Teresina deverá consagrar acandidatura do Deputado federal WallFerraz a Prefeitura da capital. O proble-ma esta na escolha do candidato a Vice-Prefeito, pois ditas correntes partidáriasdisputam o direito dc fazer a indicação: acomposta por 15 vereadores e suplentes ca outra, por membros do antigo MDB e abancada estadual. Como não há disputapara a composição do Diretório, o confli-to só será resolvido na convenção quehomologara os nomes dos candidatos áseleições de 15 de novembro.

iad.is pni Montoro. pelo Scnailoi I ei -liando Henrique e pelo aluai Prelcito deSão Paulo. Marin Cov as.

Apcsai de perdei para Ouércia nointerior, Montoro ficará como "pênduloda balança" ent IMSo: se decidir apoiarseu Vice-Ciovcrnador. este será iinhati-vel. o mesmo ocorrendo sc optar pelapostura dc neutralidade. Sc. porém, sesomar a Fernando Henrique e a Covas, oresultado e imprevisível.

Unidade do partidocorre risco no Paraná

Para enfrentar o franco favorito naspesquisas de opinião, ex-Prcteito JaimeL.crner. candidato do PDT. o PMDB doParaná está rachado: duas correntesdisputam a convenção hoje cm Curitiba.Uma. comandada pelo deputado estadualRoberto Requião (o segundo mais vota-do nas eleições de 82); a outra, diluídaentre os grupos do Deputado federalAmadeu Geara e do Senador Eneas Fa-rias, este remanescente do antigo PP.

Quando o atual Prefeito dc CuritibaMaurício Fruet foi impedido de sc candi-datar, o Governador José Riclta sc viufrente a dezenas de prováveis substitutos,ntas nenhum suficientemente forte paraenfrentar Lerner ou o ex-GovernadorPaulo Pimentel pelo PDS. Da indecisãode Richa, aproveitou-se Requião, o can-didalo com maior base partidária nacapital, mas sua escolha pode colocar cmrisco a unidade do partido, por nãocontar com a adesão incondicional dogrupo de Jaime Canet.

Ha 15 dias, o PMDB gaúcho realizouprévia para a escolha de seu candidato aPrefeitura de Porto Alegre, e o Deputadoestadual Francisco Carrion Júnior loi ovencedor. A escolha não gerou desagre-gaçáo, embora no primeiro momentodesse a impressão de que os adeptos doDeputado federal José Fogaça iriam"abandonar o barco" a deriva. Isto nãocorreu, embora Carrion Júnior ainda nãolenha escolhido seu companheiro dc cita-pa para 15 de novembro.

No interior, onde serão renovadas asdireções de 230 diretórios municipais, achapa única é quase uma constante, e adisputa se trava pela decisão de fazercoligação ou não com o PFL e o PT.

No Pará, oPMDB inchou

Só dentro de duas ou três semanasapós a convenção municipal, o PMDB doPará escolherá seu candidato á Prefeituradc Belém entre os nomes do Deputadofederal Vicente Queiroz, do estadual Ro-mero Ximcnes e do Vereador EmanuelO' dc Almeida.

O Governador .lader Barbalho jáavisou que seu candidato terá. cm primei-' ro lugar, que ser pemedebista incondicio-nal c gozar dc sua lol.il confiança, o quelevará a uma luta surda entre os novosfiliados e os pemedebistas históricos.

Isto ocorre porque após o ColégioEleitoral, o PMDB do Pará inchou c asconvenções dc hoje serão realizadas cm82 diretórios municipais e em cinco co-missões provisórias. 0 número de Prc l ei-tos do partido ilustra bem este processode "incitação": em ll)82, eram apenas 32os filiados ao partido, Hoje. são mais dc

l) PMDB ila lioic os piimenos passosda caminhada que so terminara ,i ls Jenovembro quando seus candidatos ásPrefeituras das capitais, estâncias hidro-minerais c municípios descaracterizadoscomo dc segurança nacional disputarãonas urnas a preferência do eleitorado.Em todo o Pais. filiados ao partido screunirão cm convenção para escolher osnovos integrantes dos diretórios munici-pais e. portanto, os delegados que indica-rão os candidatos do partido.

Dependendo tios resultados já se po-dera antecipar quais serão os vitoriososnas convenções do partido, dc onde sai-i.io os concorrentes do PMDB as Prefei-taras. Lm varias capitais, alcançou-se achapa única entre as correntes qticapoiam este ou aquele postulante. Fmoutras, a disputa será acirrada, pois auleia da prévia so vingou cm uma. PortoAlegre Maceió, onde a convocação foileita de forma indevida, não realizaráconvenção.

Foto cie ArquivoFoto de Gildo de Lima

Dante de Oliveira, favorito em Cuiabá

Foto de Arquivo

Jarhas não uniu, masainda é o favorito

Ent Recite, duas correntes disputama convenção: a liderada pelo Deputadofederal .larbas Vasconcelos (que tem oapoio do Deputado Miguel Arracs. doex-Prefeito 1'elópidas da Silveira e dopresidente da Caixa Econômica Federal,Marcos Freire) e a encabeçada pelo iam-bem deputado federal Sérgio Murilo, querepresenta a ala moderada.

A assessoria de .larbas garante queele tem maior representatividade poisconta com o apoio de nove dos 12 depu-lados federais. 1-1 tios 20 estaduais c 12dos 22 vereadores do PMDB em Recife.Mas Sérgio Murilo — que nos últimosmeses tentou viabilizar sua candidatura,patrocinando um numero maciço dc filia-çoes, despreza os números do oponente:

— Sc ele tem dois terços do partido,eu tenho dois terços tios filiados quevotam — afirma, descartando a possihili-dade dc abandonar o PMDB caso perca aconvenção.

Dos diversos concorrentes á Prefeitu-ra de Belo Horizonte sobraram novedepois do desligamento do Deputadofederal Jorge Carone. que migrou para oPDT. Os nove decidiram formar chapaúnica nos oito diretórios zonais, propor-cional ao peso eleitoral de cada um.Dentro tio partido, não Itá favoritos,embora as pesquisas de opinião dêem aosdeputados federais Júnia Marise e SérgioFerrara uma certa projeção.

Mas, se depender do GovernadorHélio Garcia, os favoritos são tlois dcseus secretários: os também deputadosfulcrais I iiís Octávio Valadares e ÁlvaroAntonio. lambem estão na disputa osdeputados federais João Pinto Ribeiro.Paulo Ferraz. Manoel Costa c José MariaMagalhães, sem chances. Roberto Mar-tins.

As decisões do interior fluminensege tlc sua popularidade (em 1%2). uran-geou tanta simpatia na cidade como essaque a pesquisa do Ibope creditou aoPrefeito llidekel tlc l icitas Lima Que e.por sinal, genro de Icnono,

A luta no SulNo Sul Fluminense, são importantes,

por sua vez. as convenções de VoltaRedonda e Angia tios Reis. I que. comoDuque de Caxias, esses dois municípioslambem deixaram, recentemente, a con-ilição de arcas tlc segurança < I empresa-no Arv Cabral e o Vereadoi Júlio Ferrei-ra são os nomes mais lorles com que oPMDB conta para as eleições de prefeitode Volta Redonda. Quem vencei a convençao. poi isso mesmo, estara perto dacandidatura

Lm Volta Redonda, o PD I estaImitando se lortalecer |tinlo aos sindicatos. Mas o acidente que o DeputadoFederal .luilio ( artiso solreti ele estaem estado de coma lia cinco meses e atransferencia tio Deputado estadual Ro-berto Pires para o PMDB abalaram bas-tante a estrutura pedelisia na cidade,onde a grande lorça eleitoral, representada pelo ex-Pielciiii Nelson Gonçalves,acabou no Partido da Frente I ibctal.

Angra dos Reis c um elos poucosmunicípios com eleições este ano onde oPMDB tem uma candiilatuia pionta eacabada, sem passar pelo desgaste dasgrandes lutas internas O presidente daCâmara dc Vereadoics iio município,Artur lonláo. ia esta cm campanha

Não é só na ('apitai do Estado do Riotlc Janeiro que as convenções tlc hiqc queo PMDB realiza assumem caráter dedecisão. Em Duque tle Caxias. VoltaRedonda e Angra dos Reis. as correntesque conquistarem o comando dos trêsDiretórios Municipais estarão pratica-ntente antecipando a escolha dos candi-tlatos ás Prefeituras das três cidades quecrant. até bem pouco tempo, considera-das tlc interesse da segurança nacional.

Lm Duque tle Caxias, município tlecerca de fiOO mil habitantes e com 305 mil506 eleitores, segundo o TRE. a conven-çáo do PMDB envolvera as correntes doDeputado Silvério tio Espírito Santo e doadvogado Ruyter Pouhel. Se a disputapassasse pela sociedade, o candidato se-ria Pouhel Em pesquisa dc opinião, naultima semana tlc junho, o IBOPF apu-rou que cie teria 5.5', ijos votos. >e aeleição fr. e hoje. Silvério ficaria cmsegundo com 5 ,VV .

O complicadorA pesquisa do IBOPF. não deve dei-

xar. contudo, o PMDB muito eulórico e arazão é bastante simples: ela revela que agrande força polílieo-eleitoral da cidadecontinua a ser o Prefeito Hidckcl licitasLima. Nomeado pelo cx-Prcsidcnte JoãoFigueiredo, ele lutou bastante para queos aluais prefeitos das capitais, amigasáreas de segurança ou estâncias liidromi-nerais pudessem tentar a realitmaçào.por via tias urnas tlc mandatos obtidossent delegação popular. Listava certo.

pois se pudesse concorrer ás eleições dopróximo dia 15 dc novembro teria |h.7'rdos votos.

A pesquisa levou os eleitores a res-ponderem a seguinte pergunta: "Fmquem votaria se as eleições para prefeitofossem Itoie'.'" ()s enlrevistadores do lho-pe não sugeriam nomes e acabaram vota-dos. também, mais dois políticos peme-debistas: Deputado Messias Soares (2ri )c ex-IDepulado José Carlos Lacerda(0.5'í ). Os \ oi os tlc Messias c Lacerdasomados aos de Pouhel e Silvério totali-zani l'l.l)'V. o que levaria Hitlekel, comseus a derrotar todo o PMDB.

(1 candidato do PDT. Deputado Ju-bcrian tlc Oliveira, não passou tlc 0."' ,:Desempenho pouca coisa supcrioi ao doSenador Fernando Henrique Cardoso,lambem votado em Duque tle Caxias —icna 0.5"; —. embora seja candidatopelo PMDB á Prefeitura dc São Paulo.Dos ii;unes hnados a I iulekel. o do Depu-lado fcilcial I a/aro tle Carvalho c o doDeputado estadual Ampliam Cabral naoloram mencionados. I in ou outro deverarecebei. no entanto, o apoio tio prelcito'1 médico Moacvi do Carmo, ultimoprelcito eleito da cidade, em l%h. miteria, numa eic içao lio |c. 11.5' r das pi etc-réitcias eleitorais.

Os que acompanham a política naBaixatla Fluminense - a região e Duquede Caxias, cm particular, viveram temposagitados nas décadas tle 40 c 50 e ale oinicio ilos anos ml —, atestam que so oex-Deputado Icnono Cavalcanti, lio au-

Baianos promoveramguerra de filiações

Os dois principais postulantes á Pre-leitura de Salvador — ex-Prefeito MárioKertesz c Deputado federal Marcelo Cor-dtno — não chegaram a um acordo einscreveram chapas próprias para as 11convenções zonais. Kertesz tem o apoioaberto tia corrente liderada pelo ex-Governador Roberto Santos e do grupotle esquerda Tendência Popular, que en-uloba o PC do B e políticos ligados aoDeputado federal Francisco Pinto. Cor-deiro. que e também presidente regionaltio PMDB. conta apenas com o apoio deseu proprio grupo, o Novos Tempos.

Os dois promoveram uma guerra dcliliaçóes que resultou no envio de cercade 75 mil novas inscrições ao TRE nosúltimos dias do prazo. Além de Kertesz eCordeiro, há quatro outros postulantes aPreleitura de Salvador. Reconhecendosua incapacidade de disputar as conven-cóes com uma chapa alternativa, so res-lou ao Deputado federal Virgildasio Se-na. ao estadual Jorge Hage. ao VereadorFernando Sclimidt e ao ex-Prefeito F.d-valdo Brito denunciar a guerra de filia-çoes. ( oni exceção de Etlvaldo Brito,que pode migrar para o PDT, eles nãopensam porem em deixar o partido.

A partir da realização das conven-çoes para renovação dos 5(i diretórios doPMDB na capital tle São Paulo a candida-tura do Senador Fernando Henrique Car-doso a Prefeitura deverá sc fortalecer.Mas. a grande disputa que começa a sertravada hoje diz respeito a sucessão doGovernador Franco Montoro.

No interior, o V ice-GovernadorOrcstes Quercia. candidato ao Governodo Estado, poderá perder a tranqüilamaioria que delem pois a tendência eaumentar a influência tias correntes lide-

No Espírito Santo, as várias corren-tes que disputav am o diretório cm Vitóriaterminaram se compondo ent duas clia-pas. De um lado. a Deputada estadualRose tlc Freitas, nora do Presidente daAssembléia Legislativa tio Estado. Dooutro, a chapa encabeçada por Rita Ca-mata. mulher do Governador GersonCamata.

Se a corrente que apoia Rose perder,não esta descartada a hipótese de seusintegrantes abandonarem o PMDB. OPDT já fez um convite a deputada: estátlc braços abertos para lançá-la comocandidata única do partido.O Governador Gerson Camata. cm-hora do PMDB. não quer Rose na Prefei-tura dc Vitória c seu candidato seria oSecretario da Industria e Comércio. Her-ntes Laranja.

Goiás rompe com atradição de coesão

Era tradição no PMDB de Goiáschegar as convenções coeso. Nas tle hojeisto não ocorrera, apesar dos esforços doGovernador Iris Rezende. Duas chapasdisputam a convenção: a Mutirão, quetem 110 Deputado Moisés Abrão seucandidato a Prelcito. e a chapa DanielAntonio. com o proprio deputado dispu-tando a Prefeitura de Goiânia. íris nãosimpatiza com a candidatura de Daniel,há seis anos em campanha, mas estadifícil enlraquecé-la. Por isso mesmo a

A convenção do Rio está na página 8

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Page 8: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

8 ? Io caderno ? domingo, 7/7/85 Eleições no Rio JORNAL DO BRASIL

PMDB elege hoje lideranças locais nos bair ros do RioArquivo

Quase 72 mil militantes do PMDB, filiados aos seus 26diretórios zonais espalhados por diferentes bairros cariocas, dePaquetá a Santa Cruz, elegerão hoje as suas novas liderançaslocais, num total de 1 mil 300 pessoas que participarão a 11 deagosto próximo da convenção do partido que indicará o candidatopemedebista a prefeito do Rio.

Fragmentado numa disputa interna entre quatro candidatos(agora três. pois Heloneida Studart desistiu), mas na realidadedividido em duas correntes distintas — a chamada "esquerdaindependente", atravé do jornalista Artur da Távola e do verea-dor Sérgio Cabral, e o grupo liderado pelo Deputado chaguistaJorge Leite — o PMDB do Rio estará, na prática, decidindo a suasobrevivência regional, hoje.

Um "vale-tudo"

Sentindo a preocupação dos militantes com a atual divisão dopartido, o Deputado Jorge Leite, maliciosamente, deu um nomede última hora às suas chapas registradas nos diretórios zonais:"Unidade". A já fragmentada corrente da "esquerda independen-te" se apresenta sob dois nomes: "Nova República" e "TancredoNeves".

Cada chapa tem de três a 11 delegados e 44 membros.;Amédia, nos 26 diretórios zonais, é de 51 integrantes com direito avoto no colégio eleitoral do partido, em agosto. Quem fizer maiornúmero de convencionais, acaba indicado candidato a prefeitopelo partido. Por isso a disputa foi dura e valeu tudo: comoimpugnação de filiações que não viessem através do DeputadoJorge Leite, como aconteceu em dois diretórios: na 24' ZonaEleitoral (de Bangu) e na 12* (Madureira), onde foi necessária aintervenção da comissão executiva regional do PMDB.

Valeu também o manifesto de 60 ex-parlamentares suplentesdo partido, políticos especialmente da Lcopoldina e da Central ecom força local, exigindo uma definição que unisse o Partido eameaçando com uma quinta candidatura de união, caso osconcorrentes atuais não superassem suas divergências.

Uma tentativa até válida, e feita publicamente, no churrascode confraternização do PMDB, ironicamente denominado de"Unidade" e realizado há uma semana atrás. Recurso válido nãofossem os "independentes" menos independentes do que osuposto. Pois a grande maioria já está alinhada com os atuais trêsconcorrentes — e, o que é pior, eles acabaram também revelandosuas preferências em público no decorrer da semana. O PMDBlavou muita roupa suja na avenida nestes últimos dias, paradesesperança dos seus eleitores.

Por causa disso, entre os militantes começaram a correr osmurmúrios de uma explicável ordem de recuar. Alguns adeptos dacandidatura do jornalista Artur da Távola, por exemplo, já nãoescondem a intensão de até deixar o partido caso o DeputadoJorge Leite seja indicado para candidato a prefeito na convençãode agosto. Houve quem lamentasse a divisão da "esquerdaindependente" ainda entre dois pretendentes — Távola e Cabral— como o Deputado federal Márcio Braga, membro da comissãoexecutiva nacional do partido e também com direito a voto noColégio Eleitoral do PMDB do Rio, porque tem domicílioeleitoral aqui. O lamento de Braga irritou o Vereador SérgioCabral, que respondeu: "O Márcio Braga tem várias qualidades,mas a inteligência não é uma delas".

Ocorreu ainda uma espécie de rompimento da líder feministaHeloneida Studart com duas integrantes da Comissão de Mulheresdo PMDB, a advogada Comba Marques e lldete Pereira. Estas, aose alinharem com Távola, passaram a cobrar agressivamente etambém cm público a renúncia da candidata. Por causa disso,Heloneida encurtou a reta da sua campanha com muita mágoa,anunciando apoio a Artur da Távola.

Contas e conflitosO Deputado Jorge Leite, com 40 anos de militância política,

formado nas fileiras do ex-Governador Chagas Freitas, garanteque vencerá as convenções zonais e fará a maioria dos convencio-nais — "pelo menos 70%" — entre seus partidários. Seu braçodireito, o advogado Romão de Lima, coordenador político da suacampanha, orientou a montagem das chapas ao lado do deputado,nome por nome, enquanto as alianças eram tramadas no terrenodo adversário.

Aliás, em nome da sua experiência, o deputado tem umafrase para resumir o que pensa dos seus "adversários": o VereadorSérgio Cabral, eleito pela primeira vez em 1982, e Artur daTávola, que perdeu como candidato a Senador na chapa de MiroTeixeira para Governador do Rio pelo PMDB. Leite acha queTávola se descuidou da vida partidária depois da derrota de 82,apesar de ter um passado político respeitável (foi deputado ecassado pela Revolução). Agora, porém, Jorge Leite acha que elenão trabalhou para se tornar candidato a prefeito, merecendo poristo a frase-recado:

Em Partido político ninguém entra pela janela e muitomenos como marechal — disse. Ao mesmo tempo, Leite justificouassim porque garante que vai ganhar: "Sou vietcongue. Sobrevivià bomba brizolista, tenho liderança e trabalho organizado. Soucandidato a prefeito desde 16 de novembro de 1982 e, por isso,estou certo da vitória".

Já para o economista Henrique Brandão, este trabalhandonos cálculos dos delegados dos diretórios que são aliados de Arturda Távola, a "esquerda" pode confiar na vitória porque hoje. noPMDB, já está predominando o voto de qualidade, depois dacampanha das diretas e da eleição de Tancredo Neves. Távola eCabral fizeram inclusive um acordo para falar a mesma linguagempublicamente, se apresentar sob um mesmo programa e demons-trar assim que a "esquerda independente" está unida.

Mas na hora das preferências fica difícil apostar nessa uniáo,como aconteceu há cerca de 10 dias, quando o ex-Deputadopemedebista Rafael de Almeida Magalhães foi a Brasília conver-sar com o Presidente José Sarney e manifestou-lhe a opinião deque o PFL e o PMDB deveriam formar a mesma AliançaDemocrática que elegeu Tancredo Neves para as eleições munici-pais aqui no Rio. O candidato de união, no caso, seria Artur daTávola, segundo a preferência de Magalhães. Cabral não gostou erespondeu:

Ele sugeriu o Artur da Távola porque é o candidato dele.Mas eu, por exemplo, acho que tenho mais chance de vitória doque o Artur — conforme rebateu.

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Entre Sérgio Cabral (E), Jorge Leite e Artur da Távola, a convenção do PMDB terá de escolher o seu candidato à Prefeitura do RioFoto de Carlos Mesquita

Político soma 2 mais 2 e não acha 4

Em política tudo é possível, segundo ensina o DeputadoJorge Leite com sua farta experiência. Mas não é possível queduas correntes políticas distintas — como a "esquerda indepen-dente" e a que apóia Leite — afirmem publicamente que têm asmesmas alianças. Está claro que alguém está mentindo.

Pois no balanço da confusão que se generalizou na disputadas convenções zonais do PMDB — com votação das 9h às 17hhoje — líderes locais são disputados pelas duas correntes,ambas jurando que o apoio é seu, e não do outro, em nadamenos do que quatro diretórios de zonas eleitorais.

Na 2a zona, de Santo Cristo, a "esquerda independente"diz que houve composição numa só chapa e que o líder localJonas Rodrigues está com eles. Já o Deputado Jorge Leiteinforma a quem interessar possa que "a chapa da 2a zona é todanossa, sendo que o nosso líder lá é o Jonas Rodrigues, ex-presidente da Federação das Favelas".

Em São Cristóvão, no diretório da 9a Zona, a cabeça doex-Vereador Tobias Luiz, que foi chaguista e hoje se denomi-na"independente", sendo uma força política na área, vemsendo disputada avidamente pelas duas correntes, que conside-ram o apoio dele nas suas contas.

Na 22a Zona, de Irajá, tanto o Deputado Leite quantoTávola e Cabral garantem que o ex-Deputado Pedro Fernandes,que lidera ali a chpa de composição das duas concorrentes, évoto deles. Távola espera 80% de apoio lá por causa disto, eLeite, mais modesto, prevê 40%, também graças a Fernandes.

Na Ilha do Governador (11? Zona, desmembrada da 1"Zona eleitoral, do Centro do Rio), a situação é mais curiosaainda. Lá são duas chapas, e a turma de Artur da Távolareconhece que há muita gente indefinida, mas que a chapafavorita (denominada informalmente de chapão) "está conoscoatravés do Rauüno Lobo. Por causa disto devemos fazer 60%lá", conforme calculou um assessor de Távola. Jorge Leiteprevê 70% no mesmo diretório; "Porque temos lá o RaulinoLobo".

Este esquisito jogo matemático-político ainda se complicamais quando analisadas as chapas nos 26 diretórios zonais. Porexemplo, Jorge Leite jura que está em chapa única em 10 zonas:na Ia Zona (no Centro da cidade, onde Miro Teixeira trabalhapor Jorge Leite e faz parte da Chapa); na 2a Zona (de SantoCristo), na 6a (do Rio Comprido), na 7a (da Tijuca), na 8a (doRiachuelo — informação confirmada pelo Vereador chaguistaGelson Ortiz Sampaio, que apóia Leite e diz que formou achapa pessoalmente); na 9a Zona (de São Cristóvão); na 12aZona (de Madureira); na 14a (Del Castilho) e na 25a (CampoGrande).

Além desses nove diretórios. Leite também teria chapaúnica na IIIa Zona Eleitoral, de Quintino, seu reduto eleitoral eonde mantém um verdadeiro quartel-general. Por julgar queestá cm chapa única, detendo 100% dos votos nesses 10diretórios, o deputado acredita que já partirá de no mínimo 500votos no Colégio Eleitoral do PMDB que vai eleger o prefeitoem agosto.

Távola tenta visitar

14 zonas eleitorais

Artur da Távola vai tentar percorrer — provavelmente aolado de Sérgio Cabral — 14 das 26 zonas eleitorais que escolhemhoje os delegados do PMDB à convenção de agosto. Por voltadas lOh, ele vai a sua zona, a 18a, na Escola Penedo, à Rua RaulPompéia. Depois visita outras zonas, mesmo aquelas em quesua chapa não é vitoriosa. E sem medo de ser mal recebido."Afinal, é apenas uma disputa dentro do partido, náo umfaroeste".

Na análise de Artur da Távola, pela eleição de hoje náo sepode fazer uma previsão de quem vai ser indicado na conven-ção. "Cada zona tem uma realidade própria e a elaboração daschapas não é feita em função dos candidatos a candidatos àPrefeitura, mas sim em função das lideranças locais. Assim, umpolítico de bairro pode fazer uma composição de chapa com umcandidato, mas isso não significa que ele vá manter o voto naconvenção".

Artur da Távola acredita ainda que, na convenção, oPMDB escolherá o candidato com melhores chances de vitórianas eleições de 15 de novembro, que melhor se colocar naspesquisas de opinião pública, que melhor se apresentar nosdebates pela televisão com Saturnino Braga e Rubem Medina eque conseguir mais alianças com as lideranças que serãoescolhidas hoje.

Isso diz ele. Pois os seus concorrentes garantem que chapaúnica sem composição ele só fez mesmo na 10a, a zona dele, eSérgio Cabral ainda informou com indisfarçãvel prazer: "Mes-mo assim eu coloquei 25% de submarinos (aliados do vereador)na chapa dele lá, sem que ele saiba disto. Ele vai ver o que ébom para a tosse \ Tanto lávola quanto Cabral afirmam quenas demais nove Zonas onde Jorge Leite reivindica chapasúnicas suas, houve "composições com lideranças locais que sãonossas".

Mas, conforme Jorge Leite, "acordo para não brigar ebater chapa a gente só fez mesmo em cinco Zonas": na 3a (doFlamengo), onde a esquerda afirma ter 70% na chapa e Leite,40%; na 11" (de Bonsucesso), em que Sérgio Cabral calcula95% e Leite 50%; na 13a (de Jacarepaguá), com Távolaprevendo 50% e Leite, 80%, na 21a (em Inhaúma), em que aesquerda independente calcula 40% e Leite, 60%; e na 22a (deIrajá), com previsão de 80% pela esquerda e 40%, pelodeputado. Este conflito de previsões também é espantoso, pois,ao fecharem acordos, as correntes políticas já acertam a partede cada um nas chapas.

Mas há outros 11 diretórios zonais em que duas chapas,definidas cada uma por uma corrente, concorrerão hoje. Neles,os partidários de Jorge Leite estarão abrigados sob a denomina-ção de Unidade, e os da "esquerda independente", de NovaRepública e Tancredo Neves. E justamente neles será possívelavaliar as tendências do PMDB entre os seus atuais concorren-tes a prefeito. A maioria desses 11 fica na Zona Sul do Rio,onde haveria mais espaço para os candidatos da esquerda. JorgeLeite conta, porém, com a vitória até no terreno dos adversá-rios: "Vou ter prazer em bater chapa com o Artur da Távola na18a Zona (onde o jornalista vota), pois todo mundo estápensando que em Ipanema só mora rico. Mas vou surpreen-der". Leite prevê que fará 40% lá.

Já na 5a Zona, de Copacabana e sediada no Leme, área defiliação de Sérgio Cabral e onde seu próprio filho concorre a Iodelegado, Leite não faz por menos: garante que sua chapaganhará por 60% (e Cabral calcula 70%).

Os outros diretórios que batem chapas e os prognósticos daUnidade (U) e da Tancredo Neves ou Nova República (NR), sáoos seguintes: 4a Zona (Botafogo) — U (80%) NR (30%); 15aZona (em Realengo) — U (70%) NR (sem prognóstico); 16aZona (Laranjeiras) — U (60%) e NR (30%); 17' Zona (Leblon)— U (40%) e NR (65 a 75%); 19a Zona (Vila Isabel) — U(60%) e NR (60 a 70%); 20a (Méier) - U (75%) e NR (40%);na 21a Zona (Inhaúma) — U (60%) e NR (40%); 23a Zona (deAcari) — U (60%) e NR (30%); 24a (de Bangu) - U (70%) eNR (45%); e finalmente 117a (da Ilha do Governador), aUnidade de Leite prevê 70% e a "esquerda independente",60%.

Como é possível verificar, nesta aritmética dois mais doisquase nunca dão quatro. E, embora as duas correntes digam empúblico que, seja qual for o ganhador, quem ganha é o partido,

resultado desta soma vai ser a divisão. E quem já estáperdendo é o PMDB do Rio.

Gama informa TRE quereceia brigas na 24a

O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Olavo Tos-tes, foi avisado ontem pelo presidente regional do PMDB. JorgeGama, de que podem ocorrer brigas violentas na 24a ZonaEleitoral do partido, em Bangu. durante as eleições de hoje dos

mil 300 delegados e convencionais que formarão o ColégioEleitoral para a escolha do candidato do partido ã Prefeitura doRio.

— Qualquer perturbação da ordem será imediatamentecomunicada ao TRE e os responsáveis por ela punidos eprejudicados explicou Jorge Gama, que lamentou o clima emBangu, onde o presidente da zona, Ubaldo de Oliveira, tentouimpugnar 1 mil 600 assinaturas da chapa de Artur da Távola."Sáo duas chapas registradas, não houve nenhuma impug-nação".

Gama, que prometeu chamar a polícia no caso de umaconfusão mais séria durante a votação, não comentou oproblema surgido na 12a Zona, em Madureira. onde o presiden-te Valdemar Fizman náo aceitara o registro de 500 assinaturaspara a chapa de Artur da Távola levadas pelo Vereador PauloCésar de Almeida. "O diretório aceitou o registro", disseGama, que prevê uma votação tranqüila, apesar do clima derivalidade entre duas correntes do PMDB. "Mas estamossatisfeitos, esta disputa trouxe um bom retorno na imprensa".

Saturnino acha que

chaguista

vence se convenção for livre

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— Se houver liberdade de escolha na convenção doPMDB, o deputado Jorge Leite deverá ganhar. Mas pode haveruma interferência do Palácio do Planalto, muito interessado nacandidatura Artur da Távola. para desestabilizar Jorge Leitedentro do PMDB e o PDT no Rio — advertiu o SenadorRoberto Saturnino Braga, que pretende disputar a Prefeiturapelo PDT, durante uma feijoada com lideranças de movimentosnegros.

Para o Senador, pouco importa quem seja seu adversário:"Os dois são concorrentes respeitáveis e, enquanto .lorge Leiteé forte na área popular, Artur da Távola tem mais capacidadede agregação e de ampliaç-ao de sua candidatura". disse.Durante o almoço, o Secretário de Trabalho e Habitação doEstado. Carlos Alberto de Oliveira, o Caó — preferido pelacomunidade negra para disputar a Vice-Prefeitura pelo PDT —foi ovacionado pelas cerca de 51*) pessoas presentes ao salão doClube Renascença, no Andaraí.

Os organizadores da feijoada lembraram que este foi oprimeiro encontro com políticos que pretendem disputar aPrefeitura. Paulo Alberto Santos, do Centro de Estudos Afro-Asiáticos, disse que as lideranças dos cerca de -tO movimentos,comunidades e entidades negras decidiram pelo ipoio a Caó"porque ele vem atuando em espaços onde vivem os negros .mas querem ouvir outros candidatos negros. como Benedita daSilva, do PT. e ló Resende.

Paulo Alberto Santos considera que esta eleição será umaespécie de piloto em relação aos votos da comunidade negra,segundo expltcouporque não ha estati-ticas de voto por raça'.

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Disse ainda que o trabalho dos movimentos negros serájustamente o de conscientizar a raça negra sobre a importânciade apoiar o mesmo nome e, quando as candidaturas estiveremdefinidas, vào se reunir para estabelecer reivindicações objeti-vas e compromissos a serem assumidos pelos políticos.

Acompanhado do Prefeito Marcelo Alencar, de Caó. deSecretários dos Governos do Estado e do Município. SaturninoBraga afirmou que seu compromisso é de "dar todo apoio aomovimento negro, que está muito ligado ao nosso partido, oprimeiro a assumir de frente a luta contra a discriminação".Depois lembrou que a defesa da comunidade negra e a lutacontra a discriminação fazem parte do programa do PDT. Elereafirmou que o vice-prefeito da chapa do PDT de suapreferencia é Jo Resende, mas aguardará a decisão da conven-ção. "já que muitos companheiros preferem o Caó

O Secretário de Trabalho e Habitação do Estado, aplaudi-do todas as \i/cs em que seu nome era citado nos discursos,afirmou não ser candidato "apenas da comunidade negra, mastambém dos movimentos sindicais e associações de moradoresDisse entretanto, que so se engajará na campanha nela vice-preleitura. "depois de o partido demonstr tt que me quer e deser liberado pelo Governador Leonel Brizola".

i) Prefeito Marcelo Alencar cm longo discurso itamouque o tempo me cortou a oportunidade cie realizações - •res" Disseque no momento em que Saturnino decidiu d;sr it.tra convenção, ganhou "ânimo novo e a certeza de que teiem.os omelhor'. Ele concluiu seu discurso retermdo-se a Satu:ninocomo invulnerável e invencível'.

Depois das teses, comunistas dizem no pé

PCB samba no Palácio

Tiradentes e elege seu

diretório no EstadoDepois de quase 40 anos na ilegalidade, o Partidáo —

agora legal — continua o mesmo: esperançoso, animado eburocrático. Isso foi o que refletiu a pré-convenção do PCBfluminense — a primeira, publicamente, nessas últimas quatrodécadas — realizada no Palácio Tiradentes, que mesclou tesessobre o posicionamento do partido e carnaval, sob a animaçãoda Banda do Arquimedes ("Aquela que está em todas").

Como era esperado, o ex-Deputado Hércules Corrêa foieleito presidente regional da agremiação. Ele, no entanto, sofrealgumas restrições internas por se colocar às vezes pessoalmenteâ frente do partido. Por isso. a tendência do PCB é de fortalecera sua Comissão Executiva Regional, o que privilegiará asdecisões coletivas em detrimento do espírito personalista. Odiretório eleito tem mandato até a convenção oficial do Partidáono Estado.

A maior parte da pré-convenção foi dedicada a discussãodas teses do partido. I res documentos foram apresentados aos85 delegados comunistas, que representavam 22 municípios:Anteprojeto de política eleitoral, Política para o movimentosindical e Construir o PCB de massas, democrático e renovado.

Durante a discussão dos temas, os delegados se mostraramatentos e participantes, e alguns faziam questão de ressaltar oaspecto burocrático que sempre caracterizou a agremiação. Porexemplo, definir o PDS fluminense como um partido "com

grande peso de extrema direita" — conforme sugeria um dosdocumentos — ou "predominantemente de extrema direita" —como desejava um militante —, levou os trabalhos a seremsusper ,os. por três minutos, ate que a celeuma fosse resolvida.Por fim, prevaleceu a sugestão do partido.

Mas não só de burocracia vive o partido. De festa,também. E essa não faltou. Animados por shouw de João doVale, Vanja Orico e Xangó da Mangueira, os comunistasesqueceram suas críticas ao Governador Leonel Brizola —segundo eles. o principal fator de desagregação das forçasdemocráticas —, bateram os pezinhos e sambaram no plenárioda Assembléia Legislativa, ao som de uma música cujo refrãodizia: "Eormiguinha pequenina vai morder meu pé". Queanimação! Depois, foi a vez da Banda do Arquimedes esquentaro ambiente, com velhas e novas canções de carnaval, para aalegria dos comunistas legalizados, que gritavam:"Força. Ação.Aqui é o Partidáo.

Políticos do PMDB. PDT e PTB prestigiaram a pre-convenção do PCB. que se encerrou com um discurso dopresidente nacional do partido. Giocondo Dias. O diretórioregional ficou assim constituído: presidente, Hércules Corrêa;I" vice-presidente, Carlos Alberto Muníz. 2" vice. AntônioGranja; secretário-gcral. Ivan Pinheiro: 1" secretário. LuísCarlos Azedo; tesoureiro. Alves de Brito; vogais. Antônio lvo,Flávio Araújo e Ghaldo Rodrigues; suplentes. Osmundo Bezer-ra e Israel Teodósio.

Carvalho avalia Brizola

para saber de chance do

PTB para a PrefeituraGraças a cédulas com as perguntas "Você votou em

Bn/ola em S2'" e "Você votaria de nov > agora'1", o eleitorcarioca vai poder revel.tr -nas preferencias na primeira pesquisaque a equipe do Deputado Fernando Carvalho, candidato doPTB à Prefeitura do Rio. iniciou onterr pela cidade. Essascédulas podem ser encontradas em quatro barracas equipadascom urnas que serão deslocadas diariamente pau pontosestratégicos.

As n icr H .* funcionar io ,!•; % is 17h e ficar io a dispor smodo» eleitoras «é sevt i-te:r.: .;ur'-> is irias serão iherta* noomite Fcrnandl l Bair-\ i Rw.t Ja Ajuda andarDurante a votação o eleitores poderão <s-:srir a shnws Jorept it.Ma i íson tiaucno, aie cantara quadras e sextiinav

-\s r> o- n is e ' i:.io bo e 11» prai.i- d; ip.riema i Pi Mo')) c( op.K ibana iPosio r na Praça sacro Pena e no (.alçadào daAvenida Edtai Romero, em Mauureira

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JORNAL DO BRASIL

Fundado cm 1891M F. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Presidente

BERNARD DA COSTA CAMPOS — Diretor

J A. DO NASCIMENTO BRITO — Diretor Etecutivo•

MAURO GUIMARÃES - DiretorA

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MARCOS SÁ CORRÊA — Editor

JOSÉ SILVEIRA — Secretário Executivo

Lan

Caminho Paralelo

CONCRETIZADO na prática em função do episó-

dio sucessório, o pacto nacional logo hibernaria sobos efeitos das perplexidades e incertezas que envolveramo país em conseqüência da morte de Tancredo Neves. Aprópria Aliança Democrática, seu núcleo político, en-trou em processo de desintegração, trazendo como umresultado indesejável o esgarçamento da retaguardalegislativa que deveria cobrir a ação do novo Governo.

Esforçou-se então o Presidente José Sarney emdescongelar a idéia, agora com a intenção de dar-lhe anatureza de um instrumento compensatório de sua meiaorfandade no Congresso. Lentos, porém, têm sido ospassos nessa direção; e nem seria de esperar o contrário,dado o tamanho e a complexidade do mecanismo imagi-nado. Um caminho paralelo, entretanto, acaba de abrir-se ao Presidente, permitindo-lhe avançar com desemba-raço para os seus objetivos de urgência.

A alternativa apresentada — por iniciativa do SrFranco Montoro, que revive antiga proposta do Sr JoséRicha — é a de um pacto de governadores para oferecerao Presidente o apoio que o Congresso reluta em lhe dar.Não se desenha a articulação como algo capaz de levar aum acordo nem formal, nem ilimitado, nem incondicio-nal — o que é bom e consentâneo com a realidadepolítica do momento.

Por paradoxal que pareça, o elemento que desman-tela a aliança partidária construída para assegurar aascensão de Tancredo Neves — a eleição municipal denovembro e a da Constituinte no ano que vem — é omesmo que viabilizará e dará sentido prático ao apoiodos governadores. Mais do que em qualquer outraépoca, em um ano eleitoral os interesses dos parlamenta-res passam pela instância do poder regional. Da conve-

niência de não atritar-se com este poderá resultar, pelomenos em parte, a ação coordenada que as lideranças doLegislativo até agora não conseguiram por si mesmas.

Não menos significativo é o fato de que o apoiocondicionado dos governadores ao Presidente contribui-rá para dar a pincelada de autenticidade que estáfaltando à política nacional. Independentemente daslegendas sob as quais se abrigam, os governadores, emsua maioria, são políticos de orientação moderada,levados ao poder pelos votos de um eleitorado que acada pleito reafirma a sua preferência pelo equilíbrio. Osuporte oferecido ao Presidente se pautará, portanto,pelas aspirações dos amplos setores da população querepresentam.

Irão esforçar-se os governadores para que tenhamlivre curso aquelas medidas já consensualmente aprova-das pela sociedade: o combate à inflação, a criteriosadestinação dos recursos públicos, a negociação realistada dívida externa, a cuidadosa preparação da Assem-bléia Constituinte. Nenhum respaldo a movimentosabruptos, patrocinados por minorias desejosas de imporseus pontos de vista à maioria.

Assim configurada, uma política de governadoresnão teria hoje a conotação negativa que teve no passado,quando se fazia privilegiando o oficialismo e aprisionan-do os Estados numa teia de obrigações que na prática,tornava-os menos que satélites do centro. Nas atuaiscondições os resultados seriam outros. Por ser circuns-tancial e limitado nos objetivos, o apoio dos governado-res ao Presidente da República, longe de enfraquecer aFederação, fortalecerá o poder regional e dará nitidez aoprojeto democrático brasileiro.

Relógio Atrasado

PASSOU por Brasília o Vice-Presidente da Nicará-

gua e foi fotografado ao lado do Presidente JoséSarney. Circulam notícias excitadas a respeito dessepequeno país da América Central; e de São Paulo, ooposicionista Pedro Joaquín Chamorro considera "cadavez mais provável" uma intervenção direta dos EstadosUnidos, relacionada a uma hipotética agressão da Nica-rágua à Co^ta Rica.

Um pouco menos de excitação certamente facilita-ria a análise do que anda ocorrendo na América Central.A "invasão americana" poderia até mesmo acontecer;até agora, entretanto, o que se vê é um exercício defustigamento em que Washington procura criar ummáximo de dificuldades a um regime por trás do qual vêa sombra da União Soviética (que, por sua vez, tambémfará tudo o que puder para incomodar os norte-americanos na sua área específica de influência).

Podem-se fazer os mais variados julgamentos arespeito da sensatez dessa estratégia escolhida peloGoverno Reagan; não se deveria perder de vista, entre-tanto, o fato de que este é um problema que os EUAconsideram vital para a sua própria segurança; e quegostam, portanto, de resolver segundo os seus própriosparâmetros.

O Brasil apóia os esforços do Grupo de Contadora— como acaba de dizer aos correspondentes estrangeiroso Presidente Sarney. Tem tido o cuidado, entretanto, denão envolver-se demasiadamente com uma questão vir-tualmente insolúvel, que é fruto da própria condição deartificialidade dos pequenos países que compõem aAmérica Central, e de um relacionamento deturpadoentre esses países e os Estados Unidos.

Mas o assunto é dos que se prestam a desdobramen-tos políticos. Mais do que a independência da Nicarágua,parece estar em jogo, no jogo de cena alimentado porGovernos como o do Estado do Rio, o destino do"socialismo" na Nicarágua. Pelo mesmo preconceitopolítico, deixou de causar interesse o problema de paísescomo a Polônia ou a Tcheco-Eslováquia; pois, ali, foi-sea independência mas garantiu-se o "socialismo".

Valeria a pena quebrar tantas lanças por espécies desocialismo que não são o socialismo democrático de umGoverno como o da França? Décadas como a de 60

acreditaram ardentemente que sim; e, num continentepoliticamente jovem como a África, assistiu-se a umaverdadeira corrida na direção de experiências socializan-tes dos mais diversos matizes.

O que está acontecendo na África de hoje deveriabastar, se não houvesse outros exemplos, para repensartoda essa questão. Assim como acontece na Nicaráguasandinista, as nações jovens da África calcaram suaexperiência de socialismo numa centralização da econo-mia cujo objetivo declarado era coordenar recursosescassos numa arrancada para o desenvolvimento.

Mesmo nos países em que esta centralização nãoconduziu ao totalitarismo e ao culto da personalidade, acentralização custou um preço exorbitante: produziuburocracias corruptas e companhias estatais dirigidas porfuncionários incompetentes que tinham pouca ou nenhu-ma noção das verdadeiras prioridades do país (e atragédia da fome, na África de hoje, tanto é resultado daseca como — talvez em maior proporção—do abandonode estruturas agrícolas tradicionais em favor de preten-siosas experiências"coletivistas").

Os resultados foram tão dramáticos que a maioriadesses países começa agora a percorrer o caminhoinverso. Há cerca de um mês, um dos patriarcas dosocialismo à africana — Julius Nyerere, da Tanzânia —levantou uma proibição que já durava 14 anos referenteà propriedade de imóveis para aluguel e anunciou umprojeto de venda de numerosas fazendas coletivas paraparticulares.

Moçambique, completando 10 anos de "libertação"num cenário de virtual ruína econômica, abandona aretórica revolucionária e anuncia medidas que vão namesma direção: um novo código de investimentos priva-dos, redução de impostos e diminuição dos controles àimportação e exportação, num esforço para atrair invés-timentos externos. Este é um dos vários Estados africa-nos hoje interessados na presença das multinacionais queeram descritas, até há algum tempo, como a personifica-ção do mal.

Seria hora de rever em profundidade a retóricasocializante. Mas essa importante discussão, ao queparece, ainda não aportou nos territórios do "socialismomoreno".

Necessidade do Óbvio

AS questões econômicas e os problemas nos quaiseste país mergulhou têm sido apresentados dentro

de um figurino extremamente complicado. A entrevistado economista Paulo Rabello de Castro ao JORNALDO BRASIL teve o mérito de apresentar os nossosproblemas e uma coleção de idéias para sua abordagem esolução.

A questão da inflação tem sido bordejada de muitasformas e com inumeráveis explicações teóricas, masraramente vai-se direto ao ponto. A inflação decorre, dizRabello de Castro, do fato elementar de que existemdesequilíbrios orçamentários, de que na base dessedesequilíbrio está a atuação do Governo e essa açãoreflete-se no endividamento interno, pois o Governo éum grande tomador de empréstimos: "O desafio é mexernas funções produtivas do Governo, melhorando dediversas maneiras sua produtividade."

Nisto, exatamente, é onde se emaranharam oseconomistas da Nova República que participam da atualadministração. E por que se emaranham? Porque aburocracia brasileira continua trabalhando de formaperversa, enquanto discute decisões dentro do Estadovoltadas contra o cidadão comum.

A verdade é que a classe média cortou na suaprópria carne, os trabalhadores perderam renda — emalguns segmentos essa perda de renda chegou a 30— e

as empresas privadas foram obrigadas a enormes exerci-cios de aumento da produtividade, mas do Estado poucoou nada se cobrou. Como cobrar a quem tinha as rédeasdo poder nas mãos, dentro de um regime autoritário?

Ninguém questiona a que preços produz-se umaunidade de qualquer coisa no setor público, nem se asempresas geradas no enorme parto dos projetos faraôni-cos consumiram mais unidades de capital por unidade deproduto que seria desejável, para seguir, apenas, osparâmetros mais modestos em nível internacional. Re-corremos sempre a subsídios e mexemos à vontade com ataxa cambial para compensar a capacidade de concorrerem muitas linhas industriais ou de serviços.

Vivemos e continuamos convivendo com fantas-mas, como o medo de cortar na carne ou na gordura dogoverno, porque isso geraria desemprego, esquecidos deque o setor privado aí está. com enorme capacidadeinstalada, com enorme apetite para impulsionar nova-mente o desenvolvimento nacional, seguramente embases de preços muito mais competitivas que aquelasdependentes da atividade estatal direta ou indireta.

Razão também assiste ao economista, quando dizque o Brasil ficou bem como pagador, para discutir a suadívida externa. O país não está dando calotes, e a atitudedos bancos estrangeiros, neste aspecto, acabará sendomais flexível.

ContrabandosNão é só para lamentar o fato.

revelado em recente pe-..i.>. de que ,imaioria dos brasileiros ignora o quevem a ser uma Constituição. L. istosim. uma fonte a mais de preocupaçãopara aqueles que pensam a sério nofuturo deste ar.-

Tópico

Já é visível a articulação de nume-rosos grupos com o objetivo de levar aC onstituinte ou propostas de cunhor idical ou sugestões de natureza estapa-fúrdia. Convém advertir, portanto, quea ignorância pode ser mortalmente pe-rigosa para uma naçào que escolha ascegas os seus delegados. Nesse chãovazio 1'orescerão absurdos e.por íle

passarão livremente os piores contra-bandos de ide:,-.-

Do voto inconsciente poderão saircom mandatos muitos daqueles que nãoescondem o propósito de fazer da tutu-ra Constituição uma fórmula explosiva;ou então uma reles colagem de porta-rias administrativas de repartição dequinta cjtecona.

'w/ÊMtím/;. ¦

Cartas

Injustiça salarialGostaria de sugerir ao honrado brasi-

leiro Hélio Beltrão, quando for tratar dereduzir salários de brasileiros que traba-lham para a Petrobrás lá nos EstadosUnidos e que estariam ganhando CrS 18milhões por mês (JB, 28/6/85), que aquinas nossas plagas existem patrícios ga-nhando três dólares por més (CrS 20 mil),como Antônio Madeiro, que trabalha hámais de 20 anos como coveiro em Calum-bi—Pernambuco. Wilson Ferreira Nunes- Rio de Janeiro.

Causa InternacionalLamento que o JORNAL DO BRA-

SIL contribua para a campanha de desin-formação, ao noticiar, a 3/7/85, que areunião da Causa Internacional nestacidade mobilizou "400 adeptos da seitaMoon". Não sou adepto da seita Moon.Nem eu nem cerca de 20 sacerdotes deigrejas cristãs presentes, inclusive umbispo católico e outro ortodoxo. Nemvários deputados brasileiros e altas auto-ridades latino-americanas e norte-americanas. Nem tampouco o embaixa-dor Sanchez, a mais importante persona-lidade hispânica na vida política dosEUA. Nem o jornalista nicaragüensePedro Chamorro, perseguido pelo gover-no sandinista. Nem a grande maioria dosoutros participantes brasileiros e estran-geiros. A Causa que nos une é a lutacontra o imperialismo soviético e a dezin-formatslya marxista que o acompanha. J.O. de Meira Penna, Embaixador — Bra-sflia.

Esperança

Quero servir-me sesse jornal comoleitora sua e católica à part entière, pararogar publicamente ao respeitado mongee poeta Dom Marcos que tanto me temcomovido, como à minha família, comseus belíssimos poemas — verdadeirasobras-primas da lírica religiosa atual —que não leve avante sua iniciativa.

A prosa realística de Frei Boff e sualhana vida, iluminadas à rubra luz daregra de São Francisco de Assis, nos sãotão caras quanto os versos livres de DomMarcos, inspirados certamente na prodi-galidade das pálidas aléias do outeiro deSão Bento ou, quiçá, nas reminiscênciasdas brisas montanhescas das Minas Ge-rais.

O monge nos consola, o frade nosestimula e, assim, creio, ambos nos ensi-nam o caminho da Salvação e da Liberta-ção. Por que negar a palavra ao francisca-no que imortal já se tornou da academiados medianeiros dos derrelitos e abando-nados? Não, Dom Marcos. Com muita

SP

Desde muito tempo não se lê emjornais e nem mesmo se ouvem notíciaselogiosas à dignidade e à justa reaçãomotivada na indignação sincera contra afalta de seriedade no trato da coisa públi-ca. A notícia publicada na edição do dia26/6/85, com o título Assessores da Cã-mara se demitem, traz a nós, públicoatento e leitor, um sopro de esperança!Podemos ainda acreditar em que hajapessoas com a dignidade e o caráter aindafortes, ainda suficientes para, mesmo emdetrimento de sua posição, protestaremcontra a falta de seriedade e o tráfego deinfluência. Parabéns à fibra e à coragemmanifestada, mesmo na certeza da perdado posto.

Aqui temos cinco pessoas que man-têm a sua coluna vertebral ereta, e não adobraram ao peso da conveniência econivência silenciosas e degradantes! Fa-tos e notícias como estes deveriam mere-cer destaque de primeira página, ocupadana propagação de desserviços que nostem prestado os chamados representantesdo povo. A título de denúncia, se prorr.o-ve e propala a boa e tranqüila posiçãoque hoje é prêmio à desonestidade e aomau serviço.

Lembra-me, essa notícia, que em dé-cada passada, nos idos dos anos 50, aentão casal real inglesa desafiou a im-prensa britânica a publicar notícias ereportagens nas quais se dignificasse apessoa humana.": a mostrasse como umaboa razão para acreditar na honestidade ena probidade, com elogio de bons feitos.Do resultado, não me recordo, mas ocorrer dos anos, na leitura de jornais erevistas, muito poucas vezes me trouxeuma imagem dignificante. e mesmo boadas pessoas e de seus atos.

Respondam-me. por favor: por que éque as notícias boas, de demonstração deseriedade etc, não podem ou não sãopublicadas? Há alguma censura ao desta-que de boas notícias? José C. AlmeidaCunha — Belo Horizonte.

BoffSou professora primária, aposentada,

mãe de dois filhos e avó de três netos,viúva, nascida, batizada, educada e casa-da com a égide da Santa Igreja Católica,freqüentando assiduamente a Santa Mis-sa aos domingos e festas de guarda,sempre participando da Santa Ceia doSenhor.

Vez por outra, tenho a alegria de verchegar as minhas mãos o JORNAL DOBRASIL que tanto prezo, pelo conteúdodas notícias que publica e, também, porser tradição da família sua leitura.

Qual não foi a minha surpresa aodeparar-me dia 26 6/85 com um artigo docorrespondente Araújo Netto — acercado recurso que recentemente foi impetra-do junto ao Sumo Pontífice, por doisadvogados paulistas, contra o silêncioimposto ao Frei Dr. Leonardo Boff,contando inclusive com a adesão de -1(1associações e entidades leigas brasileitas— e. no verso da página, uma crônica deDom Marcos Barbosa, promovendo umabaixo-assinado a ser igualmente encami-nhado ao Papa. como demonstração desolidariedade a punição de Frei Rott

deferência a V. Revma., permite-mealertar que sacerdotes como Frei Leonar-do não podem emudecer. Urge que osilêncio que lhe foi imposto pelo SantoPadre seja retirado o mais depressa possí-vel. É imprescindível que aos homens deDeus com o quilate de Frei Boff nuncalhes baldem o direito inalienável à pala-vra pois,"se estes calarem, as pedrasclamarão!" Lucas 19,40. Isabel de AraújoPimenta Alves de Freitas, Vicessa de Ser-gy — Rio de Janeiro.

PrejulgamentoA matéria do Informe Econômico do

JB de 30/6/85 deixa muito confuso o leitorjá de mediana capacidade de análise e decompreensão. O leviano articulista men-ciona "os casos brasileiros" do chamado"crime do colarinho branco", e com omaior desplante cita pretensos indiciadosdentro daquela onda de sensacionalismotão ao gosto de uma legião de emprenha-dos pelos ouvidos ou pela vista — asconhecidíssimas "Maria vai com as ou-tras"... Pois cita pretensos indiciados,sim, admitindo-os no contexto em men-ção, e de repente refere que "os inquéri-tos estão em andamento" e por isso"ainda não se defrontaram com acusa-ções criminais na Justiça".

Então, se as coisas estão nesse pé,nessa fase em processamento, por que oarticulista já admite culpas caracterizadase culpados definidos? Quem lhe facultouo direito de julgar? Não se trata de umleviano e detestável prejulgamento? Eessa imputação (sem trocadilho) atende aque tipo de liberdade, e visa que formade interesses? Numa palavra — a quepreço? Giusepe Forghini — Porto Alegre.

Jornada de trabalhoHá muito, tenho escrito sobre a in-

conveniência da atual jornada de traba-lho de oito horas diárias, estabelecida emChicago no século passado. E um períodode trabalho estudado para outras épocasquando a técnica se encontrava em faseincipiente. Hoje. os métodos de produ-ção são desempenhados com auxílio demodernos aparelhos; por isto não sejustifica jornada de oito hotas para seproduzir o mesmo do passado.

Daí o surgimento de desempregadosem todo mundo; situação verdadeira-mente lastimável para a sociedade emgeral. Agora estuda-se no país. horáriocorrido para o funcionalismo. Tal estudodeveria ser feito para todo e qualquertrabalhador. Acompanhando o horáriocorrido, podia-se estudar também umanova jornada de trabalho para os temposmodernos. A pessoa em menos tempo,descansadamente. poderia produzir maisdo que cumprindo a jornada em vigor.

As empresas tradicionais de iníciorecusam estudar a possibilidade de semodernizar a jornada atual, alegandoque paralelamente diminuiria a produ-ção. Considero que a produção não terianada a perder em se diminuir o horárioda jornada atual de oito hotas. pois ela ianão condiz com a movimentada vida dostempos atuais, quando os funcionáriospúblicos e os trabalhadores privados tan-to se sobrecarregam fisicamente parapreencher o horário exigido pela atualLei Trabalhista

Diminuincio-se a jornada, o emproca-do len ) tempo para ~.iiis!.i/li is exiiicn-

cias do seu organismo, praticando espor-tes e sobrando-lhe tempo necessário parao lazer. "Mens sana in córpore sano".

Hoje já está em vigor jornadas meno-res para determinadas profissões comojornalismo, algumas organizações bancá-rias, certos trabalhos profissionais etc.;citamos como exemplo a Prefeitura deBelo Horizonte onde há jornadas dequatro horas diárias e o 1PSEMG onde aclasse profissional cumpre cinco horas.(...). Oldemar Santos — Belo Horizonte.

SaudadesO então Presidente da República Fe-

derativa do Brasil, General João BatistaFigueiredo, em um de seus pronuncia-mentos pela imprensa falada e escrita,disse que muitos brasileiros sentiriam,muito em breve, saudades suas. Puraverdade. A Nova República, nem inspi-ração para plagiar a Velha Repúblicatem. pois as principais soluções prometi-das nas campanhas políticas, tais comosalários dignos, menor reajuste da casaprópria etc.. tudo, como estamos vendo eassistindo, não passou de papagaiada, éum embuste. Quede as soluções políti-eas? E as promessas? O povo continuapagando para manter o grupo econômicoque, nesta Nova República, continua,sim, mais forte. (...). Bartholomeu Ban-deira — Brasília.

DesrespeitoConcordo, plenamente, com a Sra.

Maria Amélia Ribeiro, em sua cartapublicada no dia 27/6/85, sobre a Bandei-ra Nacional. O desrespeito é tão grande,que, no sábado dia 29/6/85, na festajunina que ocorreu no Clube de Regatasdo Flamengo, em um concurso de quadri-lhas da roça, a quadrilha Amizada deRamos, no meio da sua evolução, abreuma Bandeira do Brasil imensa e, sim-plesmente, faz o chamado túnel no qualas damas passam por debaixo da Bandei-ra Nacional!!! Fiquei indignada! E. maisainda, quando a Comissão Julgadora(que quase aplaudiu de pé) ao invés dedesclassificar a quadrilha por este desres-peito com a nossa Bandeira, a classificaem primeiro lugar. Só falta, agora, serporta-bandeira de escola de samba com aBandeira Nacional!!! Sueli da Motta Nas-cimento — Rio de Janeiro.Liberdade de expressão

Li. assoberbado, a carta publicada noJORNAL DO BRASIL, do dia 2/7/1985,escrita pelo Sr. Caio A. Domingues.Terrível. Esse senhor demonstrou umacapacidade rara de radicalizar e se desin-formar acerca da juventude. Quando merefiro a ele por "senhor", é por respeito(acredite Sr. Caio, os jovens sabem res-peitar), e por acreditar que ele seja deidade avançada.

Isso explicaria (em parte, claro, por-que nem todas as pessoas de idade avan-çada possuem idéias tão vitorianas assim)a linha de pensamento pré-histórica queesse Sr. teve a infelicidade de expor.

Temos que esperar até os 18 ou 21anos para podermos ter o direito dedesfrutar um pouco mais das coisas quenos parecem agradáveis, assim como"aquela gafieira de nome idiota", como oSr. Caio se referiu ao lugar em que aMônica se encontrou com o imbecil doRicardo?

Tenho certeza, Sr. Caio, que se naépoca dos seus 14 (como a Mônica) anos.o Sr. tivesse tido libeidade de expressão,de gostos e de diálogo com os pais (assimcomo a Mônica demonstrava ter com amãe), o Sr. seria menos recalcado, desin-formado e radical. Ah. e por último, Sr.Caio: A Mamão Com Açúcar (desculpe-me por ter citado esse nome ridículo),não é gafieira: é danceteria. O "SenhorExpert em Assuntos de Juventude" sabeo que é isso? Cláudio Faria Lopes —Niterói (RJ).

AssaltosSmto-me á vontade para comentar a

nota do Informe JB de 17/6/85 que dizque os assaltos na Rua Alherfo de Cam-pos aumentaram apos o início da constru-ção do Brizolão. Tal informação nãoacredito esteja baseada em estatísticasfornecidas pelo distrito policial a que estásujeito o logradouro. Como morador darua há cinco anos tenho constatado queos assaltos diurnos diminuíram sensível-mente. Diariamente dezenas de opera-rios com. çam a dirigir-se par i as obras apartir das bh da manhã o que. conseqüen-temente, torna a rua mais movimentadado que era antes, dificultando assim aaçao dos ladrões. Marcílio Rodrigues(ionesives — Rio de Janeiro.As cartas seção selecionadas para pubii-cação no todo ou em port6 entre as quetiverem assinatura, nome completo o leqi-vel e endereço que permita confirmação

Page 11: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Opinião domingo, 7/7/85 Io caderno n 11

O Reino Encantado

Marcos Sá Corrêa

Coisas da política

DE pai para filho

desde o regimepassado, a família Caistrabalha para fundar napolítica brasileira umatradição de continuís-mo. Na antiga Repúbli-ca dos militares, o pai,coronel César Cais,brigou nos gabinetespara prorrogar o man-dato do Presidente João Figueiredo. Na NovaRepública dos paisanos, o filho, César Cais Neto,luta nos tribunais para prorrogar seu mandato naprefeitura de Fortaleza.

A troca de geração, como se vê, tornou-osmais práticos. Os Cais deixaram a mania de seocupar com prorrogações alheias, para cuidar daspróprias. A mudança de regime contagiou-os coma moda da legalidade. Agora seu prorrogacionismotramita pelo Judiciário, um tributo à independèn-cia dos Poderes. No mais, se os métodos mudaram,a causa é a mesma: a vitaliciedade dos mandatosconquistados sem voto.

César Cais Neto, prefeito nomeado, seria arigor demissível à vontade pelo Governador — ouad nutum, para quem prefere demitir em latim.Mas ele pelo visto acredita que as nomeações, emgeral, gozam de uma espécie de superioridadepolítica sobre as demissões e são imunes a elas.Não é para menos: segundo denúncias de seusadversários, saíram da caneta de Cais Neto, nosdois anos de prefeitura, 25 mil nomeações defuncionários.

Um número portentoso. Pode passar por mo-desto no Ceará, onde o funcionalismo é. tão viçosoque toda a arrecadação do Estado não chega acobrir a folha do serviço público. Para ser admira-do em toda a sua majestade, deve ser tirado dapaisagem cearense e posto, por exemplo, no valedo Reno — onde 25 mil pessoas é gente que bastapara fazer um país inteiro, como Liechtenstein.

O prefeito César Cais Neto, talvez sem se darconta, derramando apenas tinta nos papéis daPrefeitura, fundou sozinho o que noutras terras sederrama sangue para criar — um principado. Compouco mais de 25 mil cidadãos, Liechtenstein,mesmo invisível no mapa do mundo, tem tudo oque precisa ter um país adulto: parlamento, gover-no estável, comércio exterior e uma renda percapita várias vezes maior que a brasileira. CésarCais Neto deu o primeiro passo para fazer umanação semelhante. E Liechtenstein é um pequenopasso para a Humanidade, mas um grande passopara um homem.

Se o prefeito de Fortaleza, na onda separatistaque no momento lidera contra o Governo do

Ceará, levasse seus 25 mil servidores para umafazendola de quatro alqueires na serra do Cariri,faria um Liechtenstein privativo e poderia lidarcom o príncipe Franz Josef II de igual para igual.Com direito a Primeiro-Ministroo pai, César Cais.encarregado de mandar anualmente ao Legislativoa proposta de prorrogação de mandato do filho. Dequebra, livraria os contribuintes de pagar a farra eficaria livre ele próprio dos riscos de viver numregime onde há "decretos inábeis" querendo fazerreforma agrária à revelia do ministro Nelson Ribei-ro — como quase aconteceu com o município deLondrina na semana passada.

Aparentemente, o qüiproquó na Prefeitura eas confusões com o ministro Nelson Ribeiro, emBrasília, são histórias que nada têm em comumfora o ridículo e a circunstância de acontecerem aomesmo tempo nas páginas do noticiário. Ledoengano. Há entre os dois casos um íntimo parentes-co e o laço de sangue é a ilusão de que um governopode fazer coisas no papel — só no papel. As 25mil nomeações de Cais Neto, embora paroquiais,têm a universalidade do artificialismo. Um prefeitoesculpido a caneta pega por sua vez da pena econcebe com ela milhares de funcionários fantas-mas, aos quais o município de Fortaleza não temserviço a pedir, nem dinheiro a dar. Ou seja:criam-se gastos numa prefeitura pelo mesmo pro-cesso usado no governo federal esta semana paraanunciar cortes de 56 trilhões de cruzeiros numorçamento meio fictício, controlado por uma admi-nistração que tem na cúpula um ministério disso-nante sobre o assunto e embaixo um funcionalismoalérgico a economias.

Para achar que coisas assim funcionam umpaís precisa ter uma crença inabalável na noção deque os papéis têm existência autárquica na vidapública. Só uma fé como essa pode sustentar, sempiada, o desagravo do assessor de imprensa daPresidência da República, Fernando César Mes-quita, ao ministro Nelson Ribeiro, depois dacomé-dia da desapropriação de Londrina. Mesquita cha-mou o ministro de "inábil" — quer dizer, incompe-tente — por induzir o Presidente José Sarney aassinar um disparate. Era originalmente uma atitu-de imprópria para um assessor de imprensa mas,pelo menos, era verdade. Ao retificar-se, em nomedos melindres de PJbeiro, Mesquita agrediu osenso comum da opinião pública — declarando queinábil não era o ministro, mas o decreto.

Decreto inábil — a Nova República pode tirarpatente da última fórmula para garantir que oserros de um Governo são impessoais e, portanto,os ministérios não erram através de seus ministros,mas de seus decretos. Se a doutrina pega, quandovier a hora de reformar a administração, o Presi-dente Sarney — quem sabe — poderá demitirdecretos e revogar ministros. Daí a revogar oprincipado de César Cais Neto, pela jurisprudén-cia, é um pulo.

O Crime (Também)

Fernando Pedreira

O patrono da Polícia Federal, noBrasil, é Tiradentes. Tomei co-

nhecimento deste fato, um tanto acontragosto, há muitos anos, no pró-prio gabinete do chefe de polícia,general Lima Câmara, em compa-nhia de Afonso Arinos de MelloFranco, então brilhante deputadopela UDN mineira.

Lá estava, por trás da mesa dogeneral, o retrato do protomártir,embora com a legenda trocada. Emvez de "Libertas

quae sera tamen-"."Brasília quae sera tamen". Em

vez de liberdade, Brasil ainda quetarde.

Eu era, na época, um simplesestudante de direito e a imagem doTiradentes com o lema da Inconfi-dência adulterado (no próprio gabi-nete do chefe de polícia) surpreen-deu-me duplamente. Estranhei a es-colha do patrono e estranhei o des-respeito da legenda histórica. A fal-sificação é crime e, no caso, a falsi-dade (ideológica) pareceu-me dobra-da. Pensando melhor, entretanto,com o auxílio de meus colegas deFaculdade, logo encontrei para ocabeludo crime ao menos duas ate-nuantes.

Em primeiro lugar, o desconfor-to policial diante da palavra liberda-de era compreensível. Em segundolugar, é muito provável que, na ca-beça do próprio protomártir, asidéias de liberdade e de Brasil sesobrepusessem e até se confundis-sem. Os tempos de Tiradentes foramtempos não só libertários, mas revo-lucionários: tempos da RevoluçãoAmericana e da grande RevoluçãoFrancesa. E a verdade é que, entrenós (assim como na própria Américado Norte) a idéia de liberdade con-fundia-se então com a de Indepen-déncia, isto é, com a instauração deum Brasil novo, livre dos chamadosgrilhões coloniais.

Ora pois. Ainda que com o lemaadulterado, nossa polícia tem por-tanto um patrono ilustre. Hoje. po-rém. duzentos anos depois da Incon-fidência, qualquer brasileiro que leiacom alguma atenção o seu jornalmatutino logo se dará conta de que oTiradentes não hasta. A polícia bra-sileira, as autoridades públicas emgeral le o ministério da Justiça, emparticular) dão claros sinais de queprecisam de um reforço urgente na

sua inspiração e na sua imagem de,marca.

Na verdade, é como se o pobreTiradentes estivesse sendo enforca-do e esquartejado outra vez. Osescândalos policiais assaltaram asmanchetes dos jornais mais respeita-dos e enchem hoje páginas inteirasque normalmente deviam dedicar-seao noticiário político, administrativoou económico-financeiro.

E o pior é que esses escândalossão duplamente policiais. São poli-ciais porque são casos de polícia; esão outra vez policiais porque a suafonte inspiradora e os seus autoresmateriais são quase sempre agentesda própria polícia e altas autoridadespúblicas.

Segundo o professor EugênioGudin (que está completando osseus admiráveis 99 anos) o crédito noBrasil está 80% estatizado. Pois po-de-se dizer que o crime também. Enão só o crime miúdo e marginal dasdelegacias suburbanas, mas o crimepara valer, aquele que dá manchetee sacode a já tão sacudida consciên-cia nacional.

Basta ver o cardápio jornalísticodestas últimas semanas. Em Brasília,o assassínio do jornalista Mário Eu-gênio envolve desde um coronel,então secretário de Segurança, atécabos e agentes da polícia do Exerci-to e da polícia civil. No Pará, umaclamorosa negociata e uma tentativade extorsão envolvem o próprio go-vernador do Estado, o ministro daReforma Agrária, um juiz e advoga-dos diversos. Em Pernambuco, de-mite-se o secretário de Segurançaporque seu irmão é chefe de umaquadrilha de assaltantes. Não é pre-ciso nem falar do caso Baumgarten,dos escândalos do INAMPS ou dosescândalos financeiros patrocinadosou protegidos por autoridades di-versas.

O crime, como o petróleo, é

Sir Ney envia mensagemao Congresso pra convocaçãode uma Assembléia Consti-tuinte.Sir Ney altera a mensagem(errada) pra convocação daAssembléia Constituinte.Sir Ney estipula as novas pres-tações do BNH.Sir Ney manda rerererererere-rereestudar as prestações doBNH.Sir Ney divulga o primeiropacote econômico da NovaRepública ("O governo atacaa gordura, não o esqueleto dotrabalhador.") sem alteração-nas alíquotas do imposto derenda.Sir Ney aumenta as alíquotasdo imposto de renda.Sir Ney nomeia como seu as-sessor junto ao Congresso umdeputado pianista.Sir Ney desnomeia o deputadopianista.Sir Ney assina decreto (refor-ma agrária) para desapropria-ção do Município de Lon-drina.Sir Ney corrige o decreto:"Onde se lê Município deLondrina leia-se fazenda Apu-caraninha."

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Cadeira de barbeiro

Wilson Figueiredo,

nosso — ou, melhor ainda: é doEstado e envolve em graus diversosos Três Poderes da República (velhae nova), embora com uma participa-ção sempre mais destacada e diretadas várias polícias, isto é, dos váriosórgãos e instituições oficiais nomi-nalmente incumbidos de apanhar oscriminosos e pô-los na cadeia.

De todos os maiores e mais re-centes escândalos, apenas um (o damenina Mônica, atirada pela janelade um apartamento carioca) podeser atribuído propriamente à iniciati-va privada. Tudo indica que o acusa-do não agiu, no caso, a serviço oupor instigação de nenhuma autorida-de pública. Embora um tanto ama-doristicamente, o defenestradormostrou que o crime, neste país,mesmo o crime de repercussão na-cional, pode ainda ser obra exclusi-vãmente particular. E, só por isso,ele mereceria o reconhecimento dasautoridades policiais — talvez nãoum retrato na parede, como o heróiTiradentes, mas quando menos ahomenagem singela e íntima que sepresta entre companheiros.

Mas, a exceção confirma a regra.O crime estatizado, organizado, im-pune, pago pelos cofres públicos eposto a ser/iço de quadrilhas deburocratas e dos seus cúmplices eclientes da área privada: marginais,contraventores, aproveitadores, em-preiteiros corruptos, traficantes detóxicos e de influências.

Era preciso que o que o governa-dor José Aparecido começa a fazeragora em Brasília fosse feito emtodos os níveis e setores da adminis-tração, desde a fiscalização do BancoCentral até as delegacias de polícia,desde as grandes concorrências doministério dos Transportes e dasgrandes estatais até a contravenção eo bicho, que hoje governam o Rio deJaneiro e elegem seus políticos. To-lerar o bicho é uma coisa: aproveitarse dele é outra.

Acima de tudo. é preciso trans-parência. Em outros tempos, a Igre-ja exigia dos pecadores confissõespúblicas, antes de perdoá-los de suasculpas. A no»»a República só selivrará dos seus males se tiver cora-gem bastante para desentranhá-losda malha burocrática, expó-los ecastigá-los à vista de todos. Demo-cracia é isso.

Animo, senhores. Animo e (co-mo dizia o Capistrano) vergonha nacara.

C OM que então é isto a Nova República. Dito assim, em tomconclusivo, o desalento traduz mais fielmente o estado de

ânimo do eleitor que não votou. Não tem do que se arrepender.Usava-se, porém, a ênfase lusitana carregada na forma interroga-tiva: o impertinente sentido de cobrança sustentava a prosódiaportuguesa no teatro brasileiro dos anos 20.

Com que então a Nova República é isto? É mais contunden-te, porém injusto. O uso excessivo do com que então, a propósitode tudo ou por falta de propósito, caracterizou nos palcos operíodo que chegou a ser conhecido no Rio como o do teatrocunquintão. O excesso empurrou a prosódia brasileira a subir aopalco.

Abarrotada das leis e dos maus hábitos da anterior, a NovaRepública se embaraça com o excesso de poder à sua disposição.O Presidente Sarney renuncia à emissão de decretos-leis mas asua assinatura apareceu num decreto secreto que lhe burlou suavigilância. Pensaria que decretos secretos são assinados com tintainvisível? Não assina outros, mas também não revoga os que estãosigilosamente em vigor.

A Nova República nasceu de desentendimento doméstico.Não se puseram ainda de acordo, em reiação ao passado e aofuturo, os que a providenciaram e já há a separá-los uma eleiçãovindo por aí, além da outra a caminho para o ano. Para uma boaeleição não bastam farto eleitorado e muitos partidos. Como, noentanto, será possível manter juntos tantos candidatos a tãopoucas vagas disputadas em tão curto prazo?

tbfiando os bigodes à lusitana, o Presidente Sarney pode,no máximo, se permitir alguma hesitação entre os pontos deexclamação e de interrogação ao cometer o galicismo de consta-tar: Cunquintão o doutor Ulisses Guimarães se nega a coordenarum acordo de cavalheiros? Nem o pacto contra a inflação?

Não poderá é ficar de tesoura na mão, com o risco de acabaraparando os próprios bigodes. E muito menos confiá-la às mãosdo Ministro Francisco Donieiles, que só pensa em cortar oscabelos do Estado ou, na impossibilidade, raspar a barbicha doMinistro João Sayad. Nas mãos deste também não, porque,completamente cega por falta de uso, a tesoura acabará tosandoapenas as ralas mudas de cabelo do seu colega de barbearia.

O Estado, esse grande hirsuto, é que precisa passar por umadepilação completa para ficar apresentável à Nova República,

mas se recusa a assentar-se na cadeira giratóiia e espichar-se napose de bandido em filme de far west, enquanto cir.ematografica-mente — de olhos semicerrados — veria pelo espelho aproximar-se o mocinho liberal. Não é bobo o Estado.

Serviço completo? Perguntam Dornelles e Sayad, a unavoce, enquanto molham de água quente as toalhas, preparam aespuma, afiam a navalha e fazem retinir no ar a tesoura. Qualdeles se dispõe a começar? Só tirando par-ou-ímpar. O diretor dofilme — A Nova República —, enquanto os dois fígaros divergem,vai recuando a câmera e passa à cena seguinte, no bar, onde opresidente Ulisses Guimarães manda servir doses por conta dacasa. As apostas sobem de cotação: cortam ou náo cortam?

Falta dinheiro? Despache-se o leão para providenciar algum.Mais fácil do que fazer o cabelo, raspar a barba e aparar osbigodes do Estado é perguntar ao contribuinte escanifrado se poracaso ele sabe com quem está se fazendo de desentendido: é como leáo mesmo. Passe a carteira para cá e me adiante algum, diráesse felbí tax que é o cruzamento, para efeito tributário, daespécie de xácara com o felix leo. Depois acertamos. Foi sempreassim.

No exato momento em que o leão ia dar o bote. o PresidenteSarney entrou em cena e, com energia de domador, mandou-ovoltar para a jaula, e arrancou da parede o cartaz que a direção dozoológico mandou afixar na praça com o retrato do contribuinte,sob o qual se lia, devidamente traduzido: "Procuram-se contri-buintes compulsórios. Sem qualquer recompensa".

Ainda bem que as eleições estão chegando pelo primeirotrem, a tempo de salvar o contribuinte. A Aliança entre o PMDBe o PDS liberal, para fazer realmente deste país uma democracia,deveria repartir democraticamente os ministérios, que ainda sãograndes repartições eleitorais. A herança da Velha Repúblicamostrou-se, porém, insuficiente para atender às necessidades danova. Todas as dificuldades insolúveis foram então promovidas aministérios, para resolver não necessariamente os problemasbrasileiros, mas os da Aliança que sem aqueles não teria o quefazer.

Se fosse para abreviar a chegada do parlamentarismo aindase compreenderia. Com que então a Nova República — pronun-ciando-se escancaradamente à lusitana — é presidencialista? Pois,pois. Sarney está certíssimo, como estadista, em pensar primeirona eleição e, só secundariamente, na inflação que nem oseconomistas sabem onde se escondeu. Nos salários já se viu quenão foi. Nos subsídios também não. Na eleição é que náo será.

Dominação e suas conseqüências

Barbosa Lima Sobrinho

NUN estudo em que expunha a Nocividade do rigor excessivo

na cobrança de créditos, o autor, o advogado Bastian Pinto,numa série de estudos em homenagem ao Professor Edgardo deCastro Rebelo, depois de acentuar a resistência oposta, nopagamento da dívida externa brasileira, pelo então Ministro daFazenda José Maria Whitaker, detinha-se no exame da atitude doMinistro Osvaldo Aranha, que o substituíra como titular daquelapasta. Ao verificar que não havia condições para cumprir oscompromissos assumidos, não teve dúvidas em adotar a mesmaorientação, de quem não sabe como vencer os limites do possível.Já existia, naquela ocasião, sentença da Corte Internacional deHaia, favorável às reivindicações dos portadores franceses detítulos das dívidas brasileiras. Nem se discutia o direito doscredores. Apenas estava em jogo. nas condições econômicas efinanceiras do momento, o saber se se estava, ou não. diante deuma impossibilidade absoluta, pois que se não fabricam divisas.Osvaldo Aranha lutou, e venceu, para conseguir a redução, náosomente do valor das dívidas, como também dos juros devidos,completados pela dilatação dos prazos de pagamento.

Em fevereiro de 193-t. dois anos depois do acordo que JoséMaria Whitaker havia conseguido. Osvaldo Aranha obteve novoajustamento de interesses. Não foi necessário impor, ou exigir. Opróprio credor se torna razoável, quando sente a firmeza dosdevedores. Tanto mais quando, nessas horas, a situação maisdifícil não é a dos devedores, certos da impossibilidade de pagar.Limitam-se a dizer, como fizera José Maria Whitaker, que nãopodia pagar, se náo podia contava com as divisas necessárias asatisfação dos compromissos. O perigo maior estava do lado doscredores. E se antes os bancos eram apenas representantes dosportadores de títulos, agora estão diretamente envolvidos nonegócio, como responsáveis pelos empréstimos concluídos. Ja seimaginou o que seria a situação desses bancos, em face de tantoscréditos vencidos e não resgatados? Náo resultaria daí um crackde proporções imprevisíveis?

Nem se poderia falar em calote, que só existe, na realidade,quando o devedor tem condições de pagar, e náo o faz. Aimpossibilidade assume proporções de força maio;. que os jurisUtssabem que exclui a responsabilidade do devedor, e não se podedeixar de considerar o choque do petróleo, e suas conseqüências,como fator ponderável e. sobretudo, imprevisível, associado anecessidade, para os bancos, de emprego urgente dos petrodoia-res aue enchiam as casas-íortes de suas matrizes. Tanto maisquando se tratava de empréstimos para pagar empréstimosanteriores, no desdobramento de um mesmo problema que soencontrava fórmuia dilatórias e nunca uma solução definitiva,conveniente a todos os interessados. Oue fizeram esses bancoscredores, para resolver os problemas de tantos países devedores?Tão-somente fornecer neve. para o crescimento da bola dosernpre»i;mos t xternos. Veta-sc o ca>o brasileiro Devia ipena» >bilhões cie do!a:e>. nos tempos de João Goulart O clioque dopetioleo o encontrou ainda com uma dfv ¦! i de ! 2 bilhões e meio,em IV"'- Como explu >r os cem bilhões atuai». sem recorrer

àquele acontecimento imprevisível? Que fizeram os banqueiros,para aliviar ou resolver a situação de tantos países de economiafrágil ou deficitária0 Nada mais senão emprestar dinheiro a jurosescorchantes e, ainda pior, oscilantes, para estabilidade e cresci-mento dos lucros dos banqueiros.

F. não somente não fizeram nada que valesse de alívio, ousolução, como ficaram indiferentes, se náo colaboraram, para oêxito de medidas que se traduziam na deterioração dos termos docomércio internacional. Como os países subdesenvolvidos pode-riam saldar suas dívidas, se crescia sempre o preço dos produtosque importavam, e caia o das mercadorias que exportavam? OMinistro da Indústria do governo do sr. João Figueiredo reclama-va. em altos brados, contra essa situação vexatória. Que fizeramos banqueiros? Sorriram, decerto, indiferentes e irônicos. Naverdade, o credor nada fazia para que os devedores tivessem ascondições de pagar. Mais grave do que tudo é o que o notáveleconomista francês, François Perroux. classifica como o predomí-nio dos mercados dominantes, impondo os preços que desejam,enquanto forçam a queda dos preços que interessam aos paísesdevedores. Ajudados sempre com a notória eficiência dos mono-pólios e das multinacionais vigilantes.

Na sua análise lúcida. Perroux reconhece que "escolhendo onível de seus investimentos, de seu emprego, de sua rendanacional, a economia dominante, pela proporção dada à importa-ção. fixa o montante máximo das importações que o "resto domundo" poderá pagar pelas exportações fornecidas as economiasdominantes. Se o "resto do mundo" importa mais do que exporta,a diferença não pode ser coberta, visando um equilíbrio de longrun. senão por meio de créditos a longo prazo, outorgados pelaeconomia dominante". (L'Economia du XXI èmt' Siècle, p;ig. 61).A limitação das quantidades não chega a ter importância, em faceda desproporção dos preços fixados pelos mercados dominantes.Daí os empréstimos que vão crescendo, e que acabam constituin-do um tributo do subdesenvolvimento aos n^cados dominantes.

Será que alguém se admira diante desse quadro-' Chega asurgir com o rótulo da eternidade. Já nos tempos dos romanos,um historiador de alta competência. Leon Homo, registrava, nosistema resultante de tantas conquistas das legiões vitoriosas, queRoma se preocupava em pagar impostos reduzidos, uma vez queo "equilíbrio orçamentário rtpousava, na sua quase totalidade,sobre a exploração metódica dos povos vencidos ' (L-es Institu-tinns Publiques Romaines, 177) Sem precisar aludir às pilhagenscom que se compunhim os iriunlos. que desliLo im pelas ruas daCidade Eterna, sob os aplausos de uma população deslumbiada

Sera que tudo isso constitui .urpresa ' Estado-, dominantes elistado» dominados explicam a presença de tributos que concor-rem para a riqueza de uns. e a exploração de outros, que nada seenfeitam com diplomas e títulos de indepen,;énc>a. 1. aindasuficientemente ingênuos para aca-.lit.irem ne»»a independência,num mundo em que pai ;ce que a única oixà • t da mudança dedonos, i >mo se a independência não passa»-e de um sonho e,quando nw'to. de im • simples 1.muleta, para a ilente doseJüruos. ou pa: i : ict: í de b:nos nacional-. capt ido-. ipesar detudo. com entusiasmo e fervor. olhando riai» paia o céu do quepara a terra, em que »c desenrolam o- dramas da dcpendénc t.

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Page 14: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

14 O l° caderno ? domingo, 7/7/85 Reforma agrária JORNAL DO BRASIL

Maranhão assume liderança de lutas

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Área de tensàosocial no campo

Lúcio Brlgido

Os 272 focos de tensão cobrem dois terços do Estado

Foto de J. Diniz

Famílias participantes de uma invasão em Areinha

Nordeste acumula ági

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Jaguaribe 78.750 jApodi 13.750 jPiranhas 45.312 jParaiba 19.375 |

BACIAS10 Capibaribe11 Vaza-barris12 Itapiaru13 Paraguaçu14 Contas15 Pardo16 Jequitinhonh

117 S.Francisco

KM»

Com estudos completo»de recursos naturais

nCom estudos Drogramados

Com estudos de sócioeconomia

Poucos açudes são mais do que simples obras técnicas

por posse da terra

Posseiros matam fazendeiro

e capataz no São Francisco

Sjm Luís — Os registros existentes noINCRA (Instituto Nacional de Coloniza-ção é" Reforma Agrária) e na Fetaema(Federação dos Trabalhadores na Agri-cultufà) demonstrara haver, no Mara-nhãOj 172 focos de tensão nos seus 132municípios, índice que representa a ocor-renda de mais de um caso por município.Este ^no, quatro lavradores já foramassassinados e, no ano passado, 15 mor-rerara por causa dos conflitos de terra.Esses, dados fazem com que o Maranhãoseja considerado o Estado com maiornúmero de conflitos de terra do Brasil."A posse da terra, no Maranhão, éextremamente concentrada. Os latifún-dios ocupam a maior parte da área agrí-cola do Maranhão: 87,1% da área total,ou seja, mais de 26,5 milhões de hectares;os minifúndios, que representam mais dametade dos imóveis (53,7%), ocupamapenas 6,6% da área total, pouco mais de2 milhões de hectares". Esses dados per-tencespi ao diagnóstico elaborado peloSecretário de Planejamento do Estado,Orlando Medeiros, para servir de base aoprojeto Nordeste.

- EscaladaPOr causa da tensão no campo, no

ano passado foram efetuadas 37 prisõesde lavradores e líderes sindicais e onúmero de famílias ameaçadas de expul-são, $egundo o presidente da Fetaema,Francisco Sales de Oliveira, é superior a10 mil. O trabalho da Secretaria dePlanejamento ressalta, ainda, o alto índi-ce de-tensào social no interior maranhen-se e aponta como causas a grande concen-tração de grileiros "que, na lei da força eda violência, promovem a expulsão dosposseiros, e o sistema escravagista im-plantado pelos latifúndios em busca doenriquecimento ilícito, cobrando dos pos-seiros:altas taxas de foros".

A- escalada da violência no Mara-nhão," no mês de maio, fez duas novasvítimfis: em Brejo do Araripe, no municí-pio àe Santa Luzia, onde os conflitos deterra ocorreram há quase uma década,foram, assassinados a tiros de revólver ede espingarda os lavradores Valentim eJosé Carlos. Por trás do problema está amultinacional Merck, proprietária da Fa-zenda>Faisa, acusada pelo presidente daFaeníã, como responsável pelos conflitosque envolvem mais de 10 mil pessoasnumafárea de 200 hectares.

Também em Grajaú, no Arame, noúltimo dia 20, pistoleiros conhecidos co-mo Z# Tito, Zeca Dias e Gordo armaramuma emboscada para matar o padre LuigiPinotá e o delegado sindical FranciscoVieira de Souza, o que só não ocorreudevido ao fato de eles não se encontra-rem flo povoado. Ainda em Santa Luzia,os geleiros fazem novas ameaças e háuma'-lista com 30 nomes de lavradoresmarcados para morrer.

Também o município de Turiaçu éoutrojocal de constantes conflitos agrá-rios. ; Ali, o grupo mineiro Cincop man-tém fazenda Ceres numa área de 17 mil500 hectares, onde estão os povoados deSanta Helena, Pilões, Guajará, Centroda Rfta, Boca da Mata, Centro do Juca,

Açude no

Recife — Os açudes do Nordeste,em sua grande maioria, foram cons-traídos sem prévio estudo das baciashidrográficas que os alimentam, desti-nandb-se muito mais a cumular águado qiie a controlar inundações. Mesmoos que resistiram às últimas cheiasestão, assim expostos a ser destruídos aqualquer momento, tão logo haja chu-vas torrenciais na região.

$estinada em especial aos técnicosdas entidades que participarão de umprograma de recuperação de mais de 5mil âçudes destruídos pelas águas, aadvertência parte do chefe da Divisãode Recursos Renováveis da Sudene,Isaíafe-Vasconcelos, para quem seráperda de tempo e recursos apenasreconstruir barragens, sem um levanta-mento metódico do regime dos rios.I

Visão ecológicaVasconcelos acredita que o plane-

jamçpto e construção de açudes sãomaiSído que um simples problema deengetiharia, pois depende antes de tu-do de uma visão ecológica que permitaumá^integração perfeita com as pró-prias-forças da natureza que atuem naregião. Aspectos econômicos e socioló-gicoç- têm também de ser levados emconta, mas o mais importante, a seuver, 'i que os açudes surjam sem vio-lentár a ordem da terra, transfonman-do-sS assim em "sínteses da natureza".

A ausência de um estudo hidrográ-fico integrado já teve graves conse-qüêilçias na Bacia do Moxotó, emPernambuco, onde as últimas enchen-tes .causaram a destruição de 53açudes: 16 em Ibimirim, 10 em Inajá e27 em Tacaratu. E nessa bacia a situa-ção t particularmente inquietante, poisnela"se encontra o maior açude per-namÔucano, o Poço da Cruz. comcapacidade para armazenar 540 mi-Ihões de metros cúbicos de água.

Vasconcelos insiste que o melhorcaminho para enfrentar o problema daseca é cuidar racionalmente do proble-ma das enchentes. Entre 1%1 e 1965. oatual chefe da Divisão de RecursosRenováveis da Sudene foi o coordena-dor ida missão franco-brasileira queempreendeu o Estudo de Base do Valedo fíiguaribe, no Ceará.

t- Naquela época — lembra —analisamos todos os aspectos da Baciado Jaguaribe, o social, o econômico e ohidróíógico Com os dados levantados,ficamos em condições de ^ber onde ecomo construir açudes e barragens, etambém de fixar suas finalidades, co-mo armazenar água. controlar enchen-tes ou permitir atividade^ pesqueiras eJ:. irrigação.

Mas o técnico diz que todo essetrabalho foi deixado de lado e o açudede Orós, já então existente na Bacia doJaguaribe. continuou sevindo apenas àarmazenagem de água e à irrigação deum pequeno trecho, entre Icó e LimaCampos. A utilidade adicional para acontenção de cheias, prevista no Estu-do da Base, nunca se tornou realidade,como aconteceu também nas Bacias doItapecuru e Mearim, no Maranháo;Paraíba, no Piauí; Apodi, no RioGrande do Norte: Paraguaçu, naBahia: e Capibaribe, em Pernambuco.

— Os açudes nordestinos — dizVasconcelos — não obedecem a umavisão ampla. As duas grandes barra-gens cearenses do Vale do Jaguaribe.Orós (2 bilhões 200 milhões de metroscúbicos) e Banabuiú (! bilhão 500milhões), nunca ruíram. mas fi-; lá c,ulassistimos ao maior drama humano,reprc-entado pela inundação de circo

cidades. Tudo isso por se descuidar dahidrologia, pensando-se apenas em ar-mazenar água e irrigar lavouras.

Como exemplo oposto ele cita ocaso do Capibaripe, que em 1970 inun-dou mais de 60% da área urbana doRecife. O Governo federal, na emer-gência. desengavetou um estudo daSudene e construiu ao longo do riovárias barragens de finalidades múlti-pias — irrigação, abastecimento, con-trole de enchentes — que deram tran-qüilidade ã capital pernambucana.— De nada adianta aproveitargargantas ou depressões para construiraçudes, porque a maior preocupaçãodeve ser sempre garantir a manutençãoda harmonia entre o controle das en-clientes e a valorização da agua repre-sada, e nunca apenas manter um gran-Je volume em estoque, que não sin a afinalidades concretas — conclui o téc-nico.

João Veloso, Vila da Paz e Nova Caxias,e 250 famílias já foram expulsas ós suasterras. Nesses conflitos, que daum de1981, morreram até agora três lavrídorese dois jagunços.

Regiões tensasSegundo levantamento feito peli Fa-

taema, a escalada da violência no ca-npoocorre em maiores proporções nas re-giões do Mearim. do Pindaré e do litoralNorte. As características dos conflitos esuas causas são sempre as mesmas: expul-são da terra, destruição das lavouras,queima de casas, prisões arbitrárias. :s-pancamentos, torturas e assassinatos.

Ao fazer uma avaliação da ação fun-diária no Maranhão, o advogado José dosSantos Costa, da Comissão Pastoral caTerra, disse que, enquanto a áreacultivada no Estado é de 2 milhões dehectares, "temos 18 milhões de hectaresde terras inexploradas no Maranhão, sen-do 1 milhão 540 mil só nas maiorespropriedades". Afirma também que. em1983. "tínhamos 92% das terras do Esta-do nas mãos de proprietários e posseiroscom área de 100 e acima de 10 milhectares, representando apenas 40% dosimóveis cadastrados e sendo que apenasos imóveis com mais de 5 mil hectaresocupavam 30% de todas as terras cadas-tradas".

De acordo com o documento doadvogado, os órgãos fundiários do Esta-do preocuparam-se mais "em atrair gran-des grupos econômicos e latifundiáriospara a região de expansão das pequenasunidades de produção, a denominada"Pré-Amazônia maranhense", num mo-delo fracassado de desenvolvimento daagricultura maranhense através de gran-des unidades de produção e perfeita con-sonància com o modelo agrário e agrícolado regime militar para a Amazônia".Segundo ele, entre 1972 e 1975 a entãocompanhia maranhense de colonizaçãovendeu 1 bilhão 238 milhões 410 milhectares para 61 empresas em nove muni-cípios maranhenses, com áreas médias de20 hectares. Nos últimos três anos foramtitulados 36 grandes posseiros em seismunicípios, totalizando 84 milhões 600mil hectares, com áreas médias de 2 mil350 hectares.

Lembra ainda o advogado da CPTque, embora podendo desapropriar porinteresse social os latifúndios, principal-mente por dimensão, o INCRA, de 1970até 1984, só desapropriou 14 imóveisrurais, totalizando uma área de 310 milhectares onde a tensão social chegou aoextremo, inclusive com prisões, casasdestruídas e até mortes de lavradores.

Não se pode pensar também que os25 mil 992 títulos expedidos pelo INCRAdurante estes 13 anos tenham beneficiadoigual número de famílias. Entre os títulosexpedidos estão incluídas as autorizaçõesde ocupações, qe precedem a titulaçãodefinitiva, e os títulos definitivos urba-nos, que são expedidos nas áreas dascasas e quintais. Na verdade, somente 13mil 772 famílias receberam a titulaçãodefinitiva de suas posses de terra.

ia e erros

Projetos de

irrigação são

um fracassoPetrolina, PE — Erros cometidos no

passado tornam hoje difícil a situação dosprojetos de irrigação que circundam estacidade, a maior de Pernambuco no cursosubmédio do São Francisco. A 40 quilô-metros, a tiririca e outras ervas daninhastomam conta das terras mal preparadas-do Projeto Bebedouro, o mais antigo e oprimeiro de grandes dimensões do Nor-deste, com 2 mil 400 hectares.

A 20 quilômetros de Petrolina, omaior projeto público de irrigação doBrasil, o Nilo Coelho (ex-Massangano).com 24 mil hectares, tem colonos quevivem como retirantes da seca, morandoem casas inacabadas e sem recursos paracomeçar a plantar: "Todo mundo estácom as mãos na cabeça, como macacodentro d'água', sitentiza um colono desteprojeto, José Severino, o Pajaraca.

A nâo conclusão do preparo da terra,a proliferação de ervas daninhas e pragas,a falta de treinamento técnico e de orga-nização administrativa são os principaiserros apontados, no prjmeiro, projeto,pelo presidente da Cooperativa Mista doProjeto de Irrigação Bebedouro ÍCAM-PIB), Omar Torres, que anuncia que"está tudo um caos" e informa que 32 dos104 associados da cooperativa estão emsituação de inadimplência.

O diretor regional da Companhia deDesenvolvimento do Vale do São Fran-cisco, Antônio Simões, rebate as críticase diz que "o Bebedouro só vai malporque o pessoal não tem capital de giroe ninguém lá se interessou pela adminis-tração".

Para Omar Torres, não é bem isso,pois quando os colonos assumiram agerência do projeto, em abril de 1983. jáhavia um débito de CrS 150 milhões juntoa fornecedores e bancos, e os colonosforam postos para administrar uma coo-perativa sem receber nenhum preparoprévio.

No Projeto Nilo Coelho, que sesiun-do o diretor da Codesasf custará aoGoverno l-iil milhões de dólares, destina-dos à criacào dc uma infra-estrutura paraa instalação de 1 mil 5in colonos e lOempresas, as principais queixas partemde Valdemar Canuto. líder dos colonos járadicados no Núcleo 3. que abrange asáreas menos nobres

Canuto se considera enganado pelaCodevasf. pois chegou ao local em no-vembro do ano pas->ado. atraído pelapromessa de une em "5 dias ctariaplantando, e hí há cerca de um mês pôdecomeçar a fazé-lo

Salvador — O fazendeiro Elói Lago deAguiar e um capaiaz. identificado apenas comoJurandir, foram mortos a golpes de foice,machados e facões, durante uma briga composseiros em disputa das terras da FazendaBonsucesso. localizada no município de Para-tinga, região do Além-São Francisco, a 750 kmda capital baiana.

Este foi o segundo confronto sangrentopor motivos fundiários ocorrido na Bahia estasemana. No primeiro, na chamada área doSarampo, no município de Canavieiras, extre-rno-sul baiano, oito pessoas morreram em umchoque armado envolvendo posseiros e pisto-leiros profissionais a soldo dos grileiros daregião.

O advogado da família do fazendeiro ElóiAguiar. Edvaldo Ramos de Araújo, disse, emBom Jesus da Lapa. que o proprietário rural eo capataz Jurandir "foram colhidos de surpresapor mais de NI posseiros portando armas bran-cas e trucidados sem chances de reagir".

De acordo com a denúncia apresentada apolícia pelo advogado. Elói Lago de Aguiar eraproprietário de XX) hectares da Fazenda Bon-sucesso, "invadida por posseiros insufladospelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais e pelopároco de Paratinga, padre Getúlio Tambara,que em todos os seus sermões aconselha osposseiros a tomarem a fazenda à força".

O bispo de Bom Jesus da Lapa, Dom JoséNicomedes Grossi, negou que o padre de suadiocesse tenha qualquer responsabilidade noconflito ocorrido em Paratinga: "o que há éuma disputa antiga por uma área das terras daFazenda Bonsucesso, de propriedade contesta-da judicialmente, que infelizmente chegou aessa triste conseqüência violenta que a Igrejanão apóia nem estimula".

Ação do GovernoO Governador da Bahia, João Durvai

Carneiro afirmou, durante a solenidade deassinatura de convênios da Organização deCooperativas Agrícolas Baianas com váriosórgãos estaduais, que "a ação nefasta de grilei-

Brasília — Seiscentos colonos do PACAL(Projeto Agro-industrial Canavieiro AbrahamLincoln), chegam amanhã de ônibus e cami-nhão à Capital Federal dispostos a acampar naPraça dos Três Poderes até receberem indeni-zações que totalizam Cr$ 26 bilhões pela perdadc duas salras em conseqüência da paralisaçãoda usina construída por Governos anterioresnas proximidades de Altatnira, na Transamazô-nica.

O problema dos canavieiros arrasta-se hádois anos, embora eles tenham ganho na Justi-ça uma ação ordinária contra o Instituto doAçúcar e do Álcool (1AA) e a Construtora eIncorporadora Carneiro da Cunha Nóbrega(CONAN). Pela sentença de 5 de fevereiro, daJuiza Federal da 14" Vara do Rio de Janeiro,Maria Helena Cisne Cid. o IAA foi compelidoa intervir no PACAL e condenado em perdas edanos.

O Instituto deverá pagar a cada colono ovalor equivalente à mesma quantidade de canafornecida à usina para a safra de 1982/83,conforme mapas de fornecimento de cana,multiplicado pelo preço da tonelada fixado pelopróprio IAA para as satras de 1983/84 e asscguinles, sucessivamente, alé o ano de 1986,inclusive, valores esses corrigidos monetaria-mente desde a data em que seriam devidos,caso a usina estivesse operando normalmente,até seu efetivo pagamento.

Porto Velho — A previsão do ex-coordenador adjunto do INCRA (Institu-to Nacional de Colonização e ReformaAgrária) em Rondônia. Nei Carvalho, deque o asfaltamcnto da BR-364 acenderiaum estopim, tornando inevitáveis novosfocos dc tensão social, já se confirma. Emconseqüência da invasão do Estado porfazendeiros sulistas, vão se agregandocentenas de lotes e as terras atingem umasupervalorizaçáo jamais vista.

Em menos de um mês, o Governoestadual enfrentou dois desafios: famíliasdespejadas da Fazenda Santa Júlia, umlatifúndio de 50 mil hectares, às margensda rodovia, e os sem-terra da área deUrupá — entre os municípios de OuroPreto do Oeste e Jiparaná — concentra-ram-se nas sede do INCRA, ocupando-ase até fazendo reféns.

ValorizaçãoO protesto é geral: as 27 escolas de

Urupá não funcionam por falta de profes-sores e material didático, não há saúdenem transporte, apesar das verbas despe-jadas pelo Polonoroeste em Rondônia, eos impostos são pagos sobre 50 hectares,enquanto os lotes medem 25. Só existemestradas em 25% das linhas, o que obrigaos trabalhadores a carregar nas costas asua produção. O mais grave, segundodenuncia a Comissão Pastoral da Terra, éque os imóveis possuem documentaçãoprovisória (autorizações de ocupação),impedindo u financiamento agrícola, jáinviável em vista da altíssima taxa dejuros.

Levantamento feito pela Secretariada Agricultura na ultima semana consta-tou que os preços das terras crescem evariam conforme a região: nas áreaspróximas a Caçoai, a 480 quilômetros dePorto Velho, por exemplo, o hectarecusta CrS 1.5 milhão. l'm pouco afastadodali. entre o município de Rolim deMoura e o Projeto Abaitará i PimentaBuenoi. são encontrados lotes a CrS 1milhão, a maior parte não desmaiados.Mas existem lotes mais baratos no pró-prio Corumbiara. considerado o maiorprojeto fundiário do v.ji do Estado: 2 milhectares sem benfeitorias, por cifras quevariam entre l rS *<«» mil e «aw mil.

O cobiçado Proieto Burarciro. ondese encontram as terras mais férteis dessaparte da Amazônia, bateu iodos os recor-des Hoie. um hectare ali não sai pormenos que CrS 3 milhões. Em outrasareas do município de Ariquemes (sededeNse proieto do INCRA . o hectarecum t ("rS 1milhão

Segundo o previdente d<» Sindicatodov ! • ib,i :\iJo>; K r.. • 1 ( : rc>

ros tem que acabar, na Bahia e neste País. coma Reforma Agrária".

Um amplo documento, apontando a ne-cessidade imediata de soluções para garantir apaz social no Sul da Bahia e apresentandoavaliação completa do incidente que resultouem oito mortos na região do Sarampo, emCanavieiras. será encaminhado à Presidênciada República e ao Governo da Bahia, no prazode uma semana pela comissão interministerialque percorreu o Sul da Bahia, levando de lá"uma visão aterradora".

Os integrantes da comissão tiveram umareunião de quase duas horas com o Bispo deItabuna. Dom Paulo Lopes Faria, que lhesentregou formalmente um documento pedindointervenção da Polícia Federal na área "para odesarme de posseiros, grileiros e seus jagun-ços" e"a realização imediata de um programade reforma agrária na região".

O Governador de Mato Grosso do Sul.Wilson Barbosa Martins, que receberá amanhãdo Ministério da Reforma Agrária CrS 3 bi-lhôes para alojar mil famílias de colonos brasi-leiros provenientes do Paraguai — conhecidoscomo brasiguaios — conclamou o Governo adar "provas concretas de que a Reforma Agrá-ria caminha nos atos e não apenas em dis-cursos.

No Rio Grande do Sul. a Sociedade, oConselho e o Sindicato dos Economistas gaú-chos manifestaram total apoio ao Plano Nacio-nal de Reforma Agrária do Governo e conside-ram que não pode haver recuo do Governo emrelação ao objetivo da sua implantação imedia-ta, apesar da pressão em contrário de setoresdas classes conservadoras.

Os economistas gaúchos reforçam a de-núncia de que "estão sendo cometidos assassi-natos de trabalhadores rurais por ordem degrandes proprietários de terras e que devem serjulgados e punidos pela Justiça". Visando aoaperfeiçoamento do Plano Nacional de Reíor-ma Agrária, os economistas sugerem algunspontos que consideram importantes para aimplantação da reforma agrária no país.

A Juíza também condena o IAA à reem-bolsar os agricultores autores da ação ordináriadas custas processuais e a pagar honoráriosadvocatícios. A segunda ré, a Coman, foicondenada a entregar a posse e administraçãoda usina ao IAA e a suportar as despesasdecorrentes do ato interventivo.

Na semana passada, a pedido do IAA. oINCRA nomeou como interventor da área otécnico Roberto Flores, mas. como o ConselhoDeliberativo do IAA ainda não homologou aportaria de intervenção do INCRA. Florescontinua em Brasília. Ele informou que oMinistro da Reforma e Desenvolvimento Agrá-rio. Nélson Ribeiro, está articulando com oMinistro da Indústria e Comércio. RobertoGusmão, uma composição que atenda os piei-tos dos colonos do PACAL.

Nessa composição, o INCRA se encarre-garia dos custos da recuperação da usina,calculados em CrS 30 bilhões — a seremreembolsados pelo Conan — e o Ministério deIndústria e Comefcio da indenização, conformeestabeleceu a sentença da Justiça Federal.Flores informou que a alternativa de desapro-priação imediata da área não é interessante, jáque de posse da usina sob intervenção oINCRA terá ampla cobertura do IAA e condi-ção de apresentar a conta de quem de direito,ou seja, À empresa responsável.

do Oeste, Agmar de Souza, o Piau, 32anos, "é assombroso" o processo detransformação de pequenos sítios emgrandes propriedades rurais. Ele citaexemplos: "Percorra as linhas 8 e 12 doprojeto c converse com aquele pessoal. Amaioria vendeu a terra por bagatela,porque todos estavam pendurados nobanco".

O raciocínio de Agmar coincide como do Secretário da Agricultura de Rondó-nia, Gabriel Ferreira, 30 anos, que játrabalhou nessa região: "Há três anos.um hectare de terra custava CrS 100 milem Ouro Preto, e já existia o plantio decacau. Hoje, o mesmo hectare está cota-do a CrS 1,5 milhão. A colonização naAmazônia é encarada como reformaagrária."

Ameaça do êxodoO asfaltamento da Cuiabá-Porto Ve-

lho, um pouco antes do advento da atualreforma agrária, acabou com o aspectobucólico do pioneirismo, aproximandomuito as regiões mais desenvolvidas dopaís — e que, por isso mesmo, sofrerammais com a crise — com as antigas frentespioneiras de expansão da fronteira agrí-cola.

A Igreja e o Governo estão preocu-pados com o fenômeno. Segundo o Se-cretário da Agricultura, Gabriel Ferreira,"é preciso repensar a política de ocupa-çáo para que o Programa de Desenvolvi-mento Integrado no Noroeste Brasileiro(Polonoroeste) privilegie mais a produ-ção. do contrário, crescerá o êxodorural".

Reunidos em Guajará-Mirim. nafronteira com a Bolívia, a 362 quilôme-tros daqui, os Bispos D Geraldo Verdier(Guajará-Mirim), D Moacyr Grechi(Acre-Purus) e D Antônio Possamai (Ji-paraná), auxiliados por D Luiz Fernan-des (Campina Grande-PB). denunciaramque "a terra, aqui como noutros Estados,torna-se cada vez mais difícil para quemdela precisa, para morar ou trabalhar".

Com a agregação dos lotes — queoriginaram grandes fazendas — em Pi-menta Bueno e Ouro Preto do Oeste,teve início o mais temido êxodo mral dahistoria amazônica. Prova disso e PortoVelho, a capital rondomense. que k m : :mil famílias sem terra, todas cadastradasna Secretaria de Promoção Social daPrefeitura, a fim de obter um lote urba-no. O processo de favelamento lesou oGovernador Ângelo Angelin (PMDB) aoiudar uma maneira de criar (.id.tdt-s-satélite para poder assentar os mitíranievprocedentes, em sua maioria, dn ppipn»'interior

Colonos do PACAL fazem cobrança

Rodovia acende estopim da

tensão social em Rondônia

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JORNAL DO BRASIL domingo, 7/7/85 a i° caderno D 15

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Centro » Rua do Rosário, 174Centro * Rua da Carioca, 12

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Page 16: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

16 ? Io caderno o domingo, 7/7/85 Nacional JORNAL DO BRASIL

Divórcio faz homem

viver menos 8 anos

e mulher, menos 5Porto Alegre — "Um homem divorciado perde

oito anos de vida e a mulher descasada, cerca decinco", assim o diretor do Instituto de Geriatria daPontifícia Universidade Católica do Rio Grande doSul, professor Yukio Moriguchi. Ele fez uma longapesquisa entre casais separados, constatando que osconflitos decorrentes de desquites ou divórcios provo-cam a redução da longevidade dos indivíduos."As razões dessa diminuição no tempo de vidasão os problemas que normalmente ocorrem com oex-cônjuge, a preocupação com os filhos e as dificul-dades sócio-econômicas". garante Muriguchi. Aforaesse fator, até então inédito em qualquer estudosobre causas de abreviação da vida, ele aponta ostradicionais prejuízos à saúde causados pelo tabagis-mo, o sedentarismo ou a alimentação inadequada.

Nascido no Japão e naturalizado brasileiro, oprofessor Yukio Moriguchi vem desenvolvendo vá-rios estudos sobre a velhice e as maneiras de prolon-gar um pouco mais a juventude. Na sua opinião, umaboa dose de exercícios físicos metódicos, atividadesao ar livre e a eliminação do cigarro já são providên-cias bastante convenientes a uma vida saudável.

Sua tese de que também as crises entre descasa-dos concorrem em muito para diminuir a vida baseia-se em análises e entrevistas. Mas não dá sugestõessobre como evitar seqüelas de relacionamento doscasais que, depois da separação mantenham presen-tes os conflitos que os casais tinham quando juntos."O certo é que isso é um dos fatores negativos nalongevidade", observou.

Ele também constatou que a população dafronteira sul e sudoeste do Estado, região de pecuá-ria, tem maior propensão a contrair doenças cardía-cas e câncer em conseqüência de maus hábitosalimentares. Observou ainda que o costume gaúchode comer excessivamente carne (mais ainda carnesgordurosas) reduz seu tempo de vida. Segundo ele, omau comportamento alimentar pode reduzir em até14 anos a vida de uma pessoa.

Brasil organiza

expedição naval a

inverno antárticoBrasília — A quarta expedição brasileira à

Antártida, se se concretizar na data prevista, deveráenfrentar pela primeira vez o inverno polar, entremarço e dezembro de 86. A primeira parte daviagem, marcada em princípio para começar emnovembro deste ano, servirá sobretudo para reativara Estação Comandante Ferraz, preparando-a para aspesquisas planejadas para o inverno na região.

A realização da expedição depende porém deuma verba ainda não liberada — de Cr$ 13 bilhões —e indispensável para que todas as metas previstassejam cumpridas. A questão premente dos recursosassusta mais os cientistas brasileiros que há três anosse dedicam à exploração da Antártida do que osventos gelados do continente, que sopram a 80 km/h,ou o frio de até 70 graus negativos que o caracteriza.

EntusiasmoApesar dessa indagação em suspenso sobre a

concessão do dinheiro, a Comissão Interministerialpara os Recursos do Mar (CIRM) trabalha comgrande entusiasmo no preparo da quarta expedição.Os estudos planejados, que englobam 26 projetos emandamento, foram enquadrados em três áreas —ciências da vida, da atmosfera e da terra — e estãoapoiados por programas específicos de treinamentode técnicos.

Ressaltando que as condições atmosféricas daAntártida têm grande influência sobre a agricultura ea pesca brasileiras, através das massas polares ecorrentes marítimas, o Comandante Ernane Araújo,da ÇIRM, disse que os estudos feitos nas trêsexpedições anteriores já permitem montar um quadrocom base no qual será possível, muito em breve,antecipar os fenômenos meteorológicos que atingemde quando em quando o Brasil.

Desde que o Brasil tenha uma base permanentena Antártida — para isso já há até o projeto de umapista de pouso para aviões tipo C-130 —será possível,segundo o comandante, prever fenômenos como asondas de frio intenso no Sul ou as temporadas de secano Nordeste.

Ao lado dos estudos meteorológicos, destacam-se os projetos referentes às ciências da vida, que porsinal são os mais numerosos. Os levantamentos dafauna deverão continuar centralizados no krill, cujoalto valor protéico o converte em fonte preciosa dealimento.

— Nossos cientistas estão mergulhados no estu-do desse crustáceo, do qual poderemos pescar de 70 a100 milhões de toneladas por ano, sem perigo dedesequilíbrio ecológico — disse o ComandanteAraújo.

A intenção, por trás do plano, é colocar o Brasilem pé de igualdade com a União Soviética, o Japão ea Polônia, levando-o a aumentar sua renda, atravésda pesca na região antártica, e a obter um significati-vo aumento na produção de alimentos para o consu-mo interno.

Se o dinheiro sair a tempo, os pesquisadores quepartirem em novembro próximo para o continente dogelo deverão dar um passo definitivo para que oBrasil se lance, de forma agora mais conseqüente, àocupação da Antártida. A travessia do inverno polar,de acordo com as previsões em curso, seria um testede suprema importância para a resistência dos cientis-tas e técnicos, dando margem a que essa ocupaçãofosse feita através de operações rotineiras.

Mulher paulista

silencia sobre

agressão sexualSão Paulo — Apenas 10% das mulhe-

res que sofrem atentados sexuais (5 mil108 registros no ano passado na GrandeSão Paulo) dão queixas nas delegacias,para fugir ao constrangimento de contaros detalhes das agressões. Preocupadacom o silêncio das vítimas, que deixa oscriminosos na impunidade, a polícia pau-lista vai criar a primeira delegacia do paísdedicada exclusivamente à defesa dosdireitos da mulher.

Nela, vão trabalhar apenas mulheres— delegadas, investigadoras e escrivãs —que se presume tenham mais sensibilida-de para registrar, com detalhes, as quei-xas de estrupro, atentados ao pudor ouseduções. A nova delegacia, que devecomeçar a funcionar em agosto, temrecebido elogios e críticas dos policiaispaulistas e restrições de líderes feminis-tas, que, embora apoiem a iniciativa,advertem para a necessidade de habilita-ção especial das delegadas.

— As pessoas que atenderem às mu-lheres deverão compreender os proble-mas morais das vítimas de atentadossexuais e ser solidárias com elas, poismuitas mulheres são tão machistas quan--to os homens — observou a Deputada'estadual Ruth Escobar, presidente doConselho Nacional dos Direitos da Mu-lher. que deverá ser instituído, pelo Con-gresso, também em agosto.

Integrante de uma corrente contráriaà criação da Delegacia de Defesa daMulher, a Delegada Irene Dias Luque,da 5a DP. no bairro da Aclimação (ZonaSul da Capital), considera que a novidade"será discriminatória, muito feminista.Tanto faz um policial ser homem comomulher. O juiz, por acaso, será mulher?"Irene garante que os delegados não ridi-cularizam as mulheres vítimas de crimessexuais.

A idéia de criação da delegacia espe-cializada partiu do Secretário de Seguran-ça Pública de São Paulo, Michel Tem-mer, preocupado com o aumento donúmero de crimes sexuais, especialmentecontra a mulher. O levantamento dasdelegadas, escrivãs e investigadoras quetrabalham na Capital de São Paulo (cercade 1 mil) já está sendo feito pelo Depar-tamento de Planejamento da Polícia Ci-vil, para escolher as que serão lotadas naDelegacia de Defesa da Mulher. No iní-cio, a delegacia terá apenas uma unidadeno centro da cidade, no Parque DomPedro II, mas as queixas ali registradaspoderão ser investigadas, mais tarde, poroutras unidades.

Há 22 anos na polícia, a DelegadaMaria Aparecida Ribeiro Nascimento,que assumiu recentemente o Setor deCartas Precatórias, apóia a criação danova delegacia. Para ela, além da liberda-de que a mulher terá ao contar a violênciasexual que sofreu, a importância da dele-gacia especializada está no fato "de aAdministração Pública haver se preocu-pado com o problema". Ela é candidata atrabalhar na nova delegacia.

O diretor do Degran (Departamentodas Delegacias da Grande São Paulo),Delegado Newton Fernandes, acha que acriação da Delegacia de Defesa da Mu-lher poderá contribuir para a diminuiçãodos crimes sexuais: "Sem o constrangi-mento moral de relatar a homens asagressões sofridas, as mulheres serão esti-muladas a apresentar queixa, possibili-tando à polícia prender os criminosos,que não serão mais protegidos pelo silên-cio das vítimas.

O diretor do Instituto de Classifica-ção e Triagem, da Secretaria de Justiça, otambém psiquiatra Nélson Candelária,acha que a nova delegacia "favorecerá otrânsito das vítimas dentro dos distritos,mas não diminuirá a criminalidade, nemamenizará seu trauma psicológico. A mu-lher vítima de violência sexual pratica-mente é condenada à prisão perpétua,dentro de consultórios psiquiátricos, e àcompra de tranqüilizantes. O trauma psi-cológico é grande demais".

Na nova delegacia, a mulher agredi-da vai se sentir protegida — disse aDeputada Ruth Escobar — e terá incenti-vo para levar sua queixa até o fim: "Nascidades do interior, a mulher não dáqueixa de estupro, porque sabe que odelegado rirá dela e toda a comunidadesaberá. Ela passará então a ser discrimi-nada pela sociedade. E nos grandes cen-tros, a mulher não recorre à polícia porachar inútil e também por não querer serridicularizada em delegacia. Por isso,acho que essa delegacia deverá ter aindaoutra missão: irradiar nova ideologia pa-ra as demais delegacias".

Assim que for estruturado, o Conse-lho Nacional dos Direitos da Mulher daráinício a campanhas de esclarecimento,para tentar mudar a mentalidade de mu-lheres e homens.

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pirarucu serve de lixa

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Tuma examina o dossie endereqado a

São Paulo — Foto de Fernando Pereira

Governo muda

política sobre

porte de arma

Brasília — A questão do controle das "rarmas em uso e à venda no País nãofigura no projeto do Mutirão da Violên-cia, a ser entregue ao Presidente JoséSarney no dia 5 de agosto pelo Ministroda Justiça. Fernando Lvra, porque, sen-do um dos pontos cruciais do problemada segurança, exigiu estudos específicosde oito Ministérios e o trabalho aindáestá por concluir.

O controle de armas ocupou, inicial-mente, o Ministério da Justiça e o Conse-lho de Segurança Nacional, tendo à fren-te o Ministro Lyra e o General RubensBayma Denys. que em maio submeteramao Presidente Sarney proposta de altera-ção de toda a política de comercialização,produção e fiscalização de armas, após oque entrou em funcionamento a comissãointerministerial.

Representantes dos Ministérios daMarinha, Exército, Aeronáutica, Fazen-da, Relações Exteriores, Transportes, In-dústria e do Comércio e Justiça tratamagora de estabelecer um novo e eficaz .sistema de fiscalização, controle do mer-cado interno e propaganda de armas,assim como nova política com relação àsua propriedade e porte.

Falta confiançaO armamento da população — tanto

o autorizado como o clandestino — éconsiderado conseqüência da falta deconfiança da população na Polícia, dalimitação do sistema de fiscalização e daimpunidade que as falhas da lei propi-ciam.

A repressão ao porte ilegal e aomercado clandestino é da responsabilida- ...de da Polícia, cabendo ao Exército, desdeo Decreto 24.602, de 1934, fiscalizar ocomércio legal. Em 1983, entretanto, aLei 7.102 gerou conflito de competênciaentre os Ministérios da Justiça e doExército. A lei transferiu do Exércitopara a Justiça a fiscalização das armas emunições destinadas às empresas de vigi-lância e transporte bancário. Como aJustiça não tem condições de fiscalizar as800 empresas existentes, algumas com até4 mil vigilantes trabalhando em turnos,ela tenta devolver a tarefa ao Exército. Eenquanto isto não ocorre, as autorizaçõespara compra de armas e munições pelasempresas é concedida. Mas a existênciade um mercado clandestino de armaspermite concluir que essas empresas têmsempre onde se suprir.

Até agora, a proposta do Ministério •da Justiça e do Conselho de SegurançaNacional para o controle de armas envol-ve a limitação da produção de armas aomercado interno legal, para reduzir omovimento do comércio ilegal; garantiade que a exportação de armas para paísesde fronteira se destine exclusivamente àscapitais ou cidades distantes da fronteira;exigência de que as armas com numera- ,ção acima de determinada produção se-jem exclusivamente para exportação;proibição a que essas armas (com inseri-ção — Made in Brazil) sejam comerciali-zadas em território nacional e que seusdetentores sejam processados criminal-mente e proibição a que as armas apreen-didas permaneçam nas delegacias poli-ciais.

LimitesAlém dessas medidas, a comissão vai

estudar o porte de armas dos vigilantesfora do trabalho, e impor critérios maisrestritivos à sua concessão.

As causas da proliferação de aquisi-ção legal ou clandestina de armas darão osentido da atuação do Mutirão Contra a *Violência no controle de armas de fogo emunição. E as principais causas aponta-das pelos Ministros da Justiça e do Gabi-' ' 'nete Militar (também secretário-geral doCSN), são: atuação de receptadores;, 'r ,atuação do mau policial favorecendo atransferência ilegal de propriedade dearmas; o mercado de tóxicos; a falênciado sistema penitenciário, incapaz de re-cuperar o delinqüente ou de segregar osirrecuperáveis; a morosidade da Justiça;a propaganda da violência pelos meios decomunicação; a questão fundiária; a mi-gração desordenada: o desemprego e su*bemprego ; e o abandono ao menor.

Polícia aponta

os 7 ladrões do

Museu de SabaráBelo Horizonte — O delegado de

Furtos e Roubos desta capital. AntônioAlves, confirmou ontem que são sete osladrões que roubaram 48 peças do Museudo Ouro, em Sabará. há seis dias, masdesmentiu que um deles. Gelbas Pinto daSilva, já esteja preso. A polícia aindasuspeita que eles estavam a mando deterceiros, possivelmente colecionadoresde arte.

A polícia mineira já divulgou os no-mes de quatro ladrões envolvidos noroubo: além de Gelbas. Josias José deAlmeida e Marco Antônio de Souza(foragidos da Penitenciária de Neves).Geraldo César Mendes Vieira, que levouos companheiros de carro até Barbacena,de onde seguiram de ônibus para o Rio.Entre os outros três envolvidos, esta umamulher chamada Valéria.

Segundo a Polícia Civil, os ladrões iáchegaram ao Rio. onde se hospedaramnum apartamento no Lebion. pagando oaluguel de CrS 180 mil por dia Aosaírem, deixaram na garagem do prédiouma moto sem placa, que se acreditatenh.i sido roubada em Belo HorizonteOs colecionadores de arte que estariampor trás do avilto seriam estrangeirosde acordo com ,i policia.

Lm inglês e uma japonesa se ter. >-ihospedado, no fim de semar,.i que ante-cedeu o roubo, em Belo Horizonte evisitaram o .Museu de Sabara Algunsfuncionários do Museu do Ouro confir-maram a presença de utna pponesa nolocal, em visita A roln rmou aindaque um dos iad'ões conhece b.tsupteSabará. inclusive os funconai. >s do mu-seti. aos quais chaipoi' p> •. - n->niv% non «mt: to do assalto sem -cr • t.í ec .!.>por estar encapu/.adr-

Tuma vai à Alemanha com

laudo final de legistas

sobre ossada de MengeleSão Paulo — Ao fim de um mês de investigações sobre o

médico nazista Josef Mengele, o Instituto Médico-Legal de SãoPaulo entregou ontem à Polícia Federal o laudo final sobre aossada enterrada sob o nome de Wolfgang Gehrard, concluindoque "a somatória das coincidências verificadas neste exameantropológico indicam que é altamente provável que o esquele-to exumado seja de Josef Mengele".

Segundo um delegado da Polícia Federal, somente Lisello-te Bossert responderá criminalmente pelo caso, porque foiresponsabilizada pelo enterro do médico sob o nome falso deWolfgang Gherard no dia 8 de fevereiro de 1979. Liselloteresponderá por crime de falsidade ideológica (artigo 299) e usode documentos faltos (Artigo 304), com penas cumulativas deaté cinco anos de prisão.

O laudo, 27 páginas datilografadas, 94 fotografias colori-das da ossada e de superposição de imagens do crânio comretratos de Mengele e um relatório dos legislatas estrangeiros —será levado hoje à noite para Frankfurt, na Alemanha, pelosuperintendente regional do DPF, delegado Romeu Tuma.

O policial, que atende a um convite do Procurador Geralde Frankfurt, leva também dois dentes com obturações deamálgama, dois ossos da mão esquerda e um tufo de cabelos daossada exumada há um mês no Cemitério do Embu, identificadacomo sendo do ex-Capitão SS Josef Mengele. Essas peças serãoexaminadas por peritos alemães, e o delegado Romeu Tumapretende acompanhar os trabalhos, cujos resultados poderãoser anexados ao inquérito aberto pela Polícia Federal.

— Os laudos do IML deverão contribuir muito para aconclusão dos processos de crimes de guerra nos quais JosefMengele é acusado pelo Procurador de Frankfurt — adiantou odelegado Romeu Tuma.

A entrega do laudo final do IML foi feita formalmentepelo delegado-chefe do Departamento estadual de PolíciaCientífica, Airton Martini, ao delegado federal Marco AntônioVeronezzi, que preside o inquérito sobre o caso Mengele.Veronezzi deverá agora concluir o inquérito e enviá-lo à Justiçafederal.,' ''

Congresso de cientistas

pede em Campinas que

Continente se desarmeCampinas (SP) — Cientistas internacionais organizados no

Movimento Pugwash divulgam amanhã em Campinas um do-cumento manifestando preocupações quanto à militarização doAtlântico Sul e, particularmente, a perspectiva de uma corridanuclear entre o Brasil e a Argentina, na qual o Chile tambémenvolver-se-ia.

Os 137 integrantes do movimento estão reunidos desdeterça-feira discutindo o desarmamento da América Latina,destacando-se entre eles o cientista social americano StephenNeil MacFarlane. da Universidade de Virgínia, que alerta que,se não houver uma solução negociada para as Malvinas e o Sulda África, o Atlântico Sul viverá em pré-beligerãncia naval.

Stephen Mac Farlane não antecipa as conclusões do grupoque discutiu o problema da militarização do Atlântico Sul, masrecomenda que o Brasil e a Argentina estudem a celebração deum acordo comprometendo-se mutuamente a não fabricaremarmas nucleares. Os governos da Argentina e da Grã-Bretanha,auxiliados por organizações internacionais, deveriam discutirum acordo de desmilitarização das Malvinas.

Ele recomenda também que as nações sul-americanasprocurem se manter em posição de nào-alinhamento com asgrandes potências, como forma de não serem envolvidas noseventuais conflitos gerados pelos interesses estratégicos dassuperpotências.

Salientou que os cientistas do Pugwash não pretendem queo Brasil ou a Argentina se jam alijados das conquistas nucleares,mas entendem que a proliferação de armas atômicas é sempreum fator intranqüilizador para todo o mundo.

— Ouanto mais países tenham essas armas, tanto maior orisco — disse ele. comentando que ninguém pode garantir queum país deixe de usá-las se num conflito armado estiver eminferioridade e prestes a ser destruído

O americano considera "bem melhor para esses países doAtlântico Sul que não tenham arsenais atômicos, porque issoevita a tentação do uso".

De acordo com o coordenador da 35* Reunião do Movi-mento Pugwash. Ubiratan D Ambrosio. da Unicamp. as discus-sôes. que se encerram amanhã, permitiram à entidade "avançarbastante" com relação aos temas da pauta. Os relatórios "vãoservir de bom subsidio para as futuras negociações internacio-nais, e principalmente pnra os esforços desenvolvidos pelaOrganização das Nações Unidas pelo desarmamento e pela pazmundial".

Criado, em 1955, na cidadezinha canadense de Pugwash —que deu origem à sua denominação — o movimento, aíualmen-te presidido pela norte-americana Dorothv Hodgkin. prêmioNobel de Biologia C eiular de 1%4. e o único grupo independen-te admitido em todas as principais reuniões da ONl sobredesarmamento, cjuestâo nuclear e fatore> de risco de conflagra-ção mundial

IBDF no Amazonas

só pode cuidar de

ovos de tartaruga

Manaus — Não fosse o trabalho na ReservaBiológica do Abufari, no rio Jaú. onde pôde cuidardos ovos e recolher, ano passado. 82 mil 500 filhotesde tartaruga, uma espécie ameaçada de extinção, oIBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Fio-restai) teria presença apenas simbólica no Amazonas,que dispõe dos dois maiores parques nacionais doBrasil.

Há mais de 24 meses a Delegacia Regional estáimpedida, por falta de recursos financeiros, de desen-volver pesquisas e fiscalização nos parques nacionaise reservas bilógicas. O delegado Regional AntônioHummel, diz que se faz "o estritamente necessáriopara não haver abandono da área".

O estritamente necessário significa visita àsáreas uma vez por ano. "A escassez de recursos" —afirma o engenheiro florestal Vivaldo Campbell,técnico do IBDF —, "não permite aumentar opessoal; a conseqüência disso é não podermos aesen-volver todo o trabalho de que necessitam as re-servas".

O Parque Nacional do Jaú, na região do Jutaí,tem 2 milhões 200 mil hectares e o da Neblina,também 2 milhões 200 mil.

A Reserva Biológica do Abufari, no Rio Jaú.com 228 mil hectares, é a melhor (talvez única)referência do IBDF para não assumir a condição decrise generalizada. E no Abufari que está o maiortabuleiro — superfície arenosa e sem arbusto, onde astartarugas fazem ninhos — da região e de onde ostécnicos têm as respostas mais gratificantes ao traba-lho que desenvolvem.

Progressivamente, a preservação dos quelônios,com cuidado especial para a tartaruga, espécie amea-çada de extinção, dá sinais positivos. Ano passado,foi possível proteger 825 covas e, com isso, assegurara vida de 82 mil 500 filhotes de tartaruga. Logo após onascimento das tartaruguinhas, os pesquisadores astransportam para um berçário, onde permanecem porperíodo de 30 dias; depois são distribuídas pordiferentes pontos dos rios.

Campbell lembra que havia várias áreas depreservação de quelônios nos rios Solimões, Purus,Negro, Juruá, Uatuma e Branco. A drástica reduçãodos recursos financeiros, a que foi submetida aDelegacia Regional, obrigou-a a limitar as atividades:hoje, apenas três tabuleiros têm assistência do IBDF— dois no rio Juruá e um no Purus.

O IBDF enfrenta, ainda, outras dificuldadespara o desenvolvimento de seus projetos na região. Adepredação existe e controlá-la é tarefa praticamenteimpossível com visitas anuais; a extração de madeirae borracha e a caça ocorrem com certa facilidade e aextensão da área e o número reduzido de fiscaisinviabilizam o trabalho. Os únicos meios de transpor-tes para se chegar aos parques e reservas são o fluvial,com viagens que levam até cinco dias, e o aéreo que,além de ser investimento grande demais para institui-ção sem verbas, nem sempre funciona devido àspeculiaridades regionais.

Brasil exporta as

escamas para lixaManaus — As escamas de pirarucu, usadas

como lixas de unha pelos índios da região amazônica,são agora exportadas, com a mesma finalidade, paravários países, principalmente os Estados Unidos. Aidéia partiu do americano Richard Melnik, que viveno Amazonas há 17 anos e já exportou mais de 30toneladas — o equivalente a 10 milhões de escamas.

Classificadas pelo tamanho e a qualidade, asescamas medem de 3 a 10 centímetros, e as que nãotêm manchas nem imperfeições são muito valoriza-das. As maiores, com mais de 5 centímetros, sãoembaladas para exportação em sacos plásticos, con-tendo três unidades, enquanto as menores têm em-prego na criação de peças de artesanato.

O pirarucu é o maior peixe da Amazônia —chega a medir 3 metros de comprimento — e suaescama foi adotada como símbolo do turismo regionalpela Emantur (Empresa Amazonense de Turismo).

A exportação de escamas como lixas de unha éum bom negócio, pois está isenta de impostos, por serconsiderada pela Cacex exportação de artesanato.Tiradas de peixes recém-pescados, antes de apodre-cerem, as escamas são postas para secar ao sol, edepois disso basta apará-las com uma tesoura edestiná-las ao uso.

Satisfeito com os lucros, Melnik já está tratandode estocar em sua loja de artesanato de Manaus, aCasa do Beija-Flor. mais 50 toneladas de escamas,para garantir as próximas remessas para o exterior.

Manaus — Fotos de Mabel Arthou

Escama de pirarucu serve de lixa

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Tuma examina o dossiê endereçado àAlemanha

Page 17: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASEL Universidades domingo, 7/7'85 ? Io caderno n 17

Falta de verba pára

pesquisas pioneiras

sobre energia solar,!oào Pessoa — A crise das universidades brasileiras atingiu

em cheio o Laboratório de Energia Solar da UFPB. pioneiro nopaís e até pouco tempo um modelo 11a área de pesquisa dealternativas energéticas, mas exibindo hoje um aspecto degalpão de despejo. Cercadas de capim alto, suas várias salas,algumas com o piso solto, guardam equipamentos abandonadose um grande coletor solar virou enorme casa de marimbondos.

orçamento pedido de crS 65 milhões foi reduzido este ano acrS 17 milhões.

Engenheiro e bolsista de pós-graduação. José MaurícioGurgel queixava-se esta semana de náo poder dar seqüência aum projeto de bomba de irrigação porque lhe faltam doismetros quadrados de chapa de aço. "Com o que sobrou doorçamento, não temos condições de comprar nem um parafuso,imagine chapa de aço", di/ Rogério Pinheiro Kluppel, ex-coordenador de pesquisas.

Volta ao realMas quando começou a funcionar, em 1973. o laboratório

parecia ter outro destino. A crise energética levava o país abuscar fontes alternativas ao petróleo. E o sol, marca doNordeste, convidava a explorar um novo campo. "Partimos dozero e fomos buscar a experiência de fora", conta Kluppel."Naquela época, pesquisadores foram mandados ao exterior enossa produção de fato aumentou, mas depois voltamos àrealidade".

A realidade chegou de diversas formas. Quando a direçãodo laboratório verificou que era impossível conservar equipa-mentos em um muro de proteção, não encontrou recursos.Após 30 dias de muita insistência, apareceu algum dinheiro,mas ó muro só pôde ser erguido com a doação de cimento.

Continuou difícil, porém, a situação do pessoal do labora-tório: náo há pesquisadores em tempo integral. Os 12 integran-tes do núcleo ganham uma média de CrS 2 milhões mensais mastêm outros trabalhos. No momento, o laboratório é utilizadopor alunos para o desenvolvimento de teses de pós-graduaçáoem energia mecânica.

Um desses alunos é o engenheiro Marcelo Grillo, que temuma bolsa de CrS 700 mil por mês. Para complementar osrendimentos (tem mulher e filho) faz uma maratona: desloca-seaté o Recife, a 120 quilômetros de João Pessoa, para ensinaremduas universidades, ganhando CrS 20 mil por hora/aula.

Embora enviem projetos regularmente para as instituiçõesde apoio, os pesquisadores do laboratório quase náo têmrespostas. E o ritmo das pesquisas está condenado a diminuircada vez mais, embora mais e mais alunos de pós-graduaçáobusquem o laboratório para orientação de teses.

InventivaSem apoio e recursos, os pesquisadores não param. Fazem

exercícios de inventiva, reaproveitando sucata e os mais diver-sos materiais improvisados para os seus projetos. O bolsistaJosc Maurício Gurgel testa um bebedouro para parques eescolas públicas, feito com uma caixa d'água comum acoplada aum coletor solar e condensador, que resfria a água até 7 graus,mas que "pode melhorar", garante.Pensei nesse bebedouro com dois objetivos: economi-zar energia elétrica nas escolas e parques e, ao mesmo tempo,dar consciência às crianças que o utilizarem de que existemformas alternativas de energia — diz Gurgel.

O protótipo desse bebedouro está pronto para a industria-iizaçáo e foi montado com parte do material usado pelosengenheiros Rogério Kluppel e Paulo Vodianitskaia na constru-ção de uma geladeira solar para áreas rurais náo servidas porenergia elétrica. Desmontado para pequenos ajustes, o sistemade refrigeração já teve sua patente requerida.

O funcionamento do sistema se baseia na variação dacapacidade de adsorção de um sólido com variações de tempera-tura e pressão. Durante a noite, a água acumulada se evaporaparcialmente e. com a redução da temperatura no interior dageladeira, o vapor d'água é adsorvido no coletor, que mantém abaixa pressão e rejeita calor.

¦— No dia seguinte — explica Kluppel — dá-se primeiro aelevação da temperatura do leito adsorvente, ao iniciar-se aexposição do coletor à radiação solar. Em seguida, eleva-se apressão no interior do coletor e procede-se à regeneração doadsorvente, com a liberação do adsorbato gasoso, que écondensado antes de voltar ao interior do evaporador.

Essa geladeira ficou pronta no final de 1983 e os primeirostestes foram feitos com bebidas. "Nossa expectativa foi grandequando colocamos garrafas de vinho e cerveja", diz Kluppel."E a satisfação foi ainda maior quando vimos o projetovitorioso: tomamos vinho e cerveja bem gelados". Foramobtidas temperaturas entre 3, 4 e 5 graus centígrados.

UNB volta a respirar

liberdade após 20 anos

de sufoco autoritárioBrasília — Duas vitórias da comunidade acadêmica — a

escolha direta do futuro reitor, prof. Cristóvão Buarque, há 10dias. e a renúncia forçada do reitor-relâmpago, prof. GeraldoÁvila, seis dias após a posse, em março — anunciam o fim doregime de repressão ideológica e intelectual a que estevesubmetida a Universidade de Brasília (UNB) em 20 anos detutela militar.

Vinte e três anos depois de criada, por decreto do entãoPrimeiro-Ministro Tancredo Neves, para ser um centro pioneirode produção e transmissão de conhecimento, concebido comoum sonho por um grupo de intelectuais, a UNB, ainda umpesadelo, é hoje uma instituição esvaziada, a universidade"mais castigada e abalada pelo autoritarismo imposto peloregime militar, e se ressente disso", como diz o Decano deAssuntos Comunitários, Prof. Élbio Gonzalez.

Aqui se implantou uma anti-universidade — admite,como um epitáfio, o reitor em exercício desde 20 de março, LuísOtávio de Sousa Carmo, que, de 80 a 85, foi vice do reitor eCapitão-de-Mar-e-Guerra José Carlos Azevedo, com quemrompeu em 81 por discordar de sua administração, "contráriaaos interesses e à ideologia progresistas" da comunidade.

A demissão de 205 professores, cientistas e intelectuais em1%5'deu início à série de golpes que sufocou o espírito dauniversidade, entre os quais três invasões militares do campus,em 68, 69 e 77; a prisão e a expulsão de dezenas de professores ealunos, a repressão ostensiva aos cursos de Sociologia, Antro-pologia e Comunicações, inspirados em idéias liberais, e oprogressivo achatamento salarial dos professores.

Em 79, a UNB estava em segundo lugar no ranking salarialdas 16 universidades funcionais do país; hoje, ocupa a penúlti-ma colocação."Foi uma ação deliberada", afirma o reitor emexercício Luís Otávio. O desestimulo do salário concorria com odesinteresse da administração pela pesquisa científica, de quedá exemplo a luta que o prof. Munir Katar. titular de Zoologia eParasitologia, vem travando há três anos.

Para dar um curso de Biologia Marinha, o Prof. Katar temtentado inutilmente obter da Universidade uma verba para aconstrução de dois aquários e o treinamento dos estudantes,mas até hoje prevalece o argumento da antiga Administraçãopara negá-la: "Brasília está longe do mar e náo precisa de umcurso de biologia marinha".

O professor e cineasta Geraldo Moraes, da rarefeitaFaculdade de Comunicações — onde o curso de Televisãofunciona com equipamento em preto e branco, precário eobsoleto — teve mais sorte: há pouco tempo conseguiu, da

NB e de empresas privadas, a promessa de uma verba de CrS3 Hilhóes e 20(1 milhões, para execução do Projeto Macuco. demapeamento cultural da Região Centro-Oeste.

Este |á é um sinal de que a UNB começa a livrar-se daherança autoritária, graças a resistência da comunidade acadé-mica a partir de 1978. que culminou na mobilização de protestocontra a indicação do matemático Geraldo Ávila, em substitui-çâo ao reitor José C arlos Azevedo, pelo Presidente Figueiredo.1* dias antes de deixai o Governo.

Professores, alunos e funcionários da UNB se insurgiramcontra a indicação, e Ávila mal esquentou o lugar em seis diasrt minciou Percebendo que os tempos mudaram ("É o renascerd.i alegria ' di/ o reitor em exercício.

João Pessoa — Fotos de Antônio David

Ò bebedouro solar está sendo desmontado para novos ajustes e adaptações

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Marco conseguiu reproduzir o judeu em cativeiro

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Impenos se erguem no NordesteGraiaú MA — Foto EBN

Eduardo FerreiraRecife — Depois de percorrer quase 3.500

quilômetros de avião e de jipe (perto de oitovezes a distância entre Rio e São Paulo), daBahia ao Maranhão, o superintendente adjun-¦to de Operações da Sudene, Antonio de PáduaRamos, concluiu que não há condições demanter o atual sistema de apoio público aosempreendimentos privados dos agropecuaris-tas nordestinos.

Eles construíram, em terras desabitadas daregião, com ajuda substancial (75%) do Fundode Investimento do Nordeste (Finor), sob orótulo sedutor de "novas fronteiras agrícolas"

'verdadeiros impérios de que são grão-senhores, concentrando ainda mais a renda e apropriedade das terras.

Objetivos frustradosO sistema de incentivos fiscais, apoiado' numa legislação que beneficia os participantes

dos fundos de investimento, desvirtuou a poli-ticã de desenvolvimento regional, que previaum aumento da área cultivável, com doisobjetivos: produção de alimentos para consu-mo das populações urbanas, a preços baixos, eocupação dos vazios demográficos por em-preendimentos que favorecessem a elevação derenda das populações rurais.

Em vez disso, Pádua Ramos constatou, emcompanhia de jornalistas, que, em várias re-giões do Nordeste, os benefícios do sistema se

aglutinaram em torno de poucas pessoas ePgrupos. No Oeste da Bahia, por exemplo.

entre os Municípios de Brejolàndia e Barra, ogrupo pernambucano Paranhos tem nove em-presas, que se estendem por 84 mil hectares;quer dizer, nas fazendas dos Paranhos, cabemquatro cidades do tamanho de Recife.

Nos nove empreendimentos o grupo man-têm, em caráter fixo, apenas 86 empregados,alguns recebendo um salário mínimo (CrS333.120) e vivendo longe da família, como é o' caso de Sebastião Correia, 33 anos, natural deSanta Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernam-

, buco. Sebastião trabalha a 1.500 quilômetrosda família.Na realidade, os projetos agropecuários

' nordestinos foram incentivados também pelos1 "Governos da Bahia, do Piauí e do Maranhão,

Ique venderam a preços baixos as terras devolu-t tas. O grupo Paranhos comprou, em 1972, cada, hectare por CrS 32 no município de Barra. Da; mesma maneira, outros empresários pernam-tucanos, que se dedicavam em Recife a ativi-

';'dades hoteleiras e revenda de veículos ou«•exerciam profissões liberais; como analistas de

projetos, médicos e economistas, compraram. terras na Bahia.

— Não há seriedade, vêem-se pessoas sema menor experiência, profissionais de outros

' ramos de atividade metidos em agricultura,i como se ela fosse um bico, vêem-se projeteiros

visitarem sua fazenda a cada 15 dias, a cadamês, ou nunca. Como podem produzir? Agri-cultura e pecuária em lugar nenhum do mundorendem quando o olho do dono não estáplóximo e alerta — diz José Alexandre FelizolaDiniz, numa pesquisa feita para a Sudene entre1980 e 1982. O trabalho, publicado há quasedois anos. faz parte do acervo da BibliotecaCentral da Sudene.

Influência políticaOs agropecuaristas que ocuparam extensas

áreas do Centro-Ocidental do Nordeste sãor pessoas com influência junto ao poder político.• Por exemplo, no Oeste da Bahia, na região do. Vale do Muquém (onde o grupo Paranhos tem: as nove empresas), estão instalados o Secreta-

rio de Trabalho de Pernambuco, Sávio Vieira,: e o ex-analista de projetos da Sudene e presi-

dente da Agropene (Associação das EmpresasAgropecuárias do Nordeste), Ismar Amorim.

— Venho aqui na fazenda a cada 15 dias,»tenho pessoas de confiança que dirigem as"empresas. Já meu irmão, Fernando, vem duas"vezes

por mês, ele se dedica mais ao campo —comenta Sérgio Paranhos, dizendo que é ne-cessário ter aptidão para a agricultura e sentido

pioneirismo para agüentar a falta de con-.«-forto.

E explica a razão por que vários empresa-rios pernambucanos abandonaram os projetos,comprados por outros grupos, também dePernambuco. O próprio Sérgio adquiriu cincoprojetos que estavam povoados, como o daVale do Rio Grande, que pertencia ao grupoMeira Lins, de Pernambuco, o qual, segundo a

' Folha de São Paulo, estaria paralisado.Sérgio Paranhos, orgulhoso de possuir uma

i área de 84 mil hectares na Bahia, relembra as. aquisições de terras e a transferência de proje-

tos, frisando que algumas áreas chegaram a sercompradas duas vezes: a primeira, de umposseiro, e a segunda, do grupo Coelho (do ex-Senador Nilo Coelho), que detinha a escritura.

— Com Nilo e Osvaldo fiz um acerto. Deiem troca das terras, aqui no Vale do Muquém,uma área perto do campo do Sport. em REcife,onde eles construíram suas casas — comentaSérgio Paranhos.

Os desbravadores dos sertões, como gos-tam de ser chamados, têm poder sobre seustrabalhadores. Não só fornecem eletricidadepara as casas dos empregados (na maioria doscasos, a energia elétrica ainda não foi estendida

1 aos empreendimentos situados nas fronteirasagrícolas), como transportam os doentes emseus aviões e mantêm escolas e ambulatóriosnas fazendas.

Não gostam de ser chamados de "os novoscoronéis nordestinos" e se irritam quando sãocomparados aos oligarcas sertanejos.

As novas fronteiras— Estamos aqui atendendo aos apelos de

! abertura de novas fronteiras. Somos, na maio-ria. profissionais liberais, não herdamos terras

, -.de ninguém. Estamos em outra época. Nãoimpomos nada a ninguém. Estamos aqui para

- ganhar dinheiro, como qualquer empresário.' em qualquer ramo de atividade — rebate lsmarAmorim. presidente da Agropene. numa con-versa com os técnicos da Sudene e os jornalis-tas no alpendre da casa grande da fazenda Vale•Rico. pertencente ao grupo Paranhos.

Os empresários pernambucanos respon-dem as criticas de desvio de recursos, mostran-do pareceres da Sudene. relatórios de audito-~ rias e prestações de contas O grupo Paranhostem um volumoso dossiê, encadernado em

; y a/ul. sobre ,is atividades das cinco empresaspostas sob suspeiçáo pela Folha de Sao Paulo.

'** —O Baixadao Agropecuária S A. adqui-rido no ano passado a outro grupo que parali-sara o projeto, lá absorveu CrS ! bilhão 200

sobre incentivos fiscais

Empregados querem reavaliar

questão elétrica no Brasil

Ricardo Fiúza, ex-dono de táxi que se tornou deputado federal, tam-bém é pecuarista no Nordeste, com apoio dos incentivos da Sudene

milhões de recursos próprios e só recebeu CrS730 milhões do Finor. Já implantamos 200hectares de pastagens e derrubamos 5 milhectares de mata para plantio de capim. Fize-mos 10 quilômetros de cercas e 46 quilômetrosde estradas — comenta Sérgio Paranhos, tra-duzindo alguns quadros do relatório.

Com 25 mil cabeças distribuídas nos 84 milhectares, o grupo Paranhos reconhece quealguns projetos estão atrasados, porque, aoadquiri-los, estavam praticamente paralisados.Mas nega que esteja aplicando mal os recursos.

Nós nos preocupamos em atingir o pontoótimo. Nossos serviços são racionalizados paraque o investimento apresente retorno imediato— diz Sérgio Paranhos. embora admita quemuitos projetos ainda não deram dividendos,para distribuição aos acionistas do Finor.

A obsessão do controleOs agropecuaristas e até os industriais que

se utilizam dos incentivos públicos não semostram interessados em distribuir dividendos,nem manter a sociedade por ações. Eles fazemo possível para que, logo que esteja concluídoo projeto, as ações pertencentes ao Finorpassem para suas mãos, transformando o em-preendimento numa empresa limitada, ou seja,só com os sócios da família.

É assim que pensa o empresário Guilher-me de Pontes, proprietário de cinco fazendas etrês hotéis, em Pernambuco e no Maranhão.

— Tem um gaiato lá no Recife que estácomprando as ações do Mar Hotel, um em-preendimento meu financiado pela Sudene.Daqui a pouco, vou ser empregado dele — dizGuilherme, no terraço da fazenda Empresa, depropriedade do Deputado federal Ricardo Fiú-za (PDS-PE), no município de Grajaú, noMaranhão.

A obsessão pelo controle das empresascomeça a preocupar a Sudene, que estuda umasérie de medidas para democratizar o capitaldos empreendimentos apoiados pelo Finor.permitindo o acesso de outras pessoas e avenda de ações no mercado de capitais.

Mas a reação a qualquer alteração é ime-diata. O Deputado Ricardo Fiúza, que adqui-riu a fazenda Empresa ao grupo Novo Mundo,de São Paulo, diz que os agropecuaristas nor-destinos estão fazendo um trabalho de ocupa-ção de fronteiras e transferindo tecnologia parao campo; por isso, não há razões para fazermudanças.

— Qual é o programa que não é concen-trador? Nenhum. Pala desenvolver a agrope-cuária em terras isoladas, é preciso o aparte decapital e o apoio do Governo. Fora disso,ninguém se interessa. Isso é uma nova frontei-ra; se essas terras fossem de fácil acesso,haveria muitos posseiros aqui. Então, entren-tando um empreendimento desse, não soulouco para perder o controle acionário doprojeto — diz. em tom de discurso, o Depu-tado Ricardo Fiúza.

Tanto a fazenda de Fiúza quanto o projetode Guilherme de Pontes, a Soberana, ambosno município de Grajaú. distante 530 quilóme-tros de São Luís por péssimas estradas debarro, pertenceram ao grupo Novo Mundo, deSão Paulo.

— Para comprar esta fazenda, esperei trêsmeses — diz Guilherme de Pontes, no belíssi-mo chalé construído no alto de uma colina, deonde sc descortinam os 17 mil hectares do seuprojeto. "Até o Ministro Delfim Neto teve quepedir aos paulistas para me receberem Oprojeto estava paralisado, mas. mesmo assim,eles não queriam se desfazer do empreendi-mento."

Guilherme de Pontes pagou mais de OS150 milhões ha três anos pelos 17 mil hectares.Ricardo Fiu/a. ex-dono de táxi no Recite,gastou CrS 115 milhões para ter o controle da

empresa, uma fazenda com 12 mil hectares,onde existem agora 3.700 cabeças, incluindomatrizes e reprodutores.

Os empresários pernambucanos, usandoinstrumentos legais e facilidades governamen-tais, estão provocando alterações na zona ru-ral. A natureza, que causa temor ao homem docampo, serve aos novos coronéis. Exemplodisso é o de Sérgio Paranhos, que mandou umcaminhão ao Agreste de Pernambuco comprarmilhares de guinés (galinhas d'angola), porqueelas atacam as cigarrinhas, inseto que acabacom o capim colonião nas fazendas do Oestebaiano.

A sofisticação tecnológica na agriculturachegou a tal ponto que o deputado RicardoFiúza estabelece prazos para reprodução dogado, a fim de que as crias não nasçam noperíodo invernoso, quando proliferam as infec-ções. E ele não fica nisso: contratou umbiólogo para preparar uma espécie de fungoque combata a cigarrinha em sua fazenda noMaranhão.

Caso dos búfalosHá casos em que os recursos do Finor,

destinados a empreendimentos agropecuários,são evidentemente mal empregados. E o queocorre na fazenda Bubása, no município deArari, distante 130 quilômetros de São Luís.Lá, os sócios Henrique Schalcher e ManuelFernandes Ribeiro conceberam um projetopara criar búfalos e bois, mas, por falta deconhecimentos técnicos e atraso na instalaçãodo empreendimento, o capim tomou conta daspastagens.

E os búfalos, que deveriam estar em áreaspróximas da fazenda, não eram visíveis no diada visita da equipe da Sudene e dos jornalistas.Segundo os proprietários da fazenda, tinhamsido levados para uma região menos atingidapelas águas, contrariando a norma técnica deque búfaio deve viver em regiões alagadas. OFinor entrou com mais de CrS 400 milhõesnesse projeto.

Os donos da Bubasa feriram uma regra dosagropecuaristas: a de fazer um empreendimen-to gerar um segundo e. daí. partir para umterceiro, até atingir quase uma dezena, comotem feito o grupo Paranhos.

Para isso, a fórmula foi a criação de umaempresa de prestação de serviços, isenta deimposto de renda, que funciona como umaespécie de multiplicadora do capital destinadopela Sudene. Com uma empresa desse tipo. aexemplo da Cisa. de Guilherme de Pontes, oempresário desmata. gradeia e capina suasterras e de outros empresários, cobrando poresses serviços. Resultado: a empresa prestado-ra de serviços exerce uma forma de pressãopara que a Sudene. diante dos gastos dosempresários com serviços de desmatamento elimpa, aplique recursos do Finor. Os 30 maio-res grupos nordestinos possuem 250 tratores deesteira, mais do que sificientes para desmatartoda a área da represa de Tucuruí.

Para resolver esses problemas, a atualadministração da Sudene pretende regionalizare setorizar os programas de investimentos doFinor. evitando que determinados setores(agropecuária. n<> caso) sejam mais bem aqui-nhoados e que alguns Estados recebam maisincentivos do que outros.

A Sudene quer que. de agora em diante, oscapitalistas, em condições de tocar os projetoscom recursos próprios, laçam investimentossem recorrer ao Finor. Com isso, a Sudeneespera reverter um processo — no dizer dePádua Ramos — iniciado nos governos dosgenerais-presidentcs de apoiar apenas o ..ipí-tal. em detrimento J.> trabalho 1 .te pode >er omodo de ext nguit o atual vMima em que

"V >dos recursos dos projetos agrope..u mos sao Jogoverno e apenas 2?'' do empresário

Repensar a atividade elétrica brasileira, seumodelo econômico financeiro, o papel da Eletro-brás e a própria economia do país — é o que pregaAssociação dos Empregados da Eletrobrás em cartaque dirigiu ao Presidente Tancredo Neves a 13 demarço deste ano.

Diz do documento, subscrito por Luiz AlbertoMachado Fortunato, Fred Laubenbacher Sampaio eRenato Feliciano Dias, que "as soluções para essesproblemas podem ser muitas e variam em função doque for estabelecido como prioritário e dc acordocom interesses legítimos".

Debate amploA carta dos empregados da Eletrobrás ao

Presidente Tancredo afirma que "estabelece priori-dades que tem o poder e a sociedade brasileira nãoaceita mais ficar à margem do poder, para não scdesencantar novamente com soluções que pouco ounada têm a ver com seus interesses".

E acrescenta:"Nós, como parcela organizada da sociedade,queremos compartilhar das decisões. Por isso faze-mos questão de debate amplo. Jogo aberto. Se osetor elétrico tiver de ser escalado para pagar aconta-petróleo e este for considerado como umobjetivo nacional, que isso seja tornado claro paraque todos saibam qual é o objetivo do seu trabalho.Não que se esteja defendendo este como o objetivoda Eletrobrás e do setor elétrico brasileiro. Antespelo contrário. Mas, se este for o objetivo, que sejao resultado do amplo debate proposto, pois nestecaso, temos certeza, os empregados da Eletrobrás ede suas controladas saberão até abdicar dos objeti-vos básicos que nortearam a sua criação, paraparticipar do que for defendido como objetivonacional. Então, essa participação não será maissubliminar e subterrânea, mas simplesmente assu-mida pelos empregados e pela sociedade que sepretende seja democrática, aberta e plural".

OrganizaçãoOs empregados da Eletrobrás salientam no

documento: "Embora os processos repressivos ecoercitivos que se praticaram possa dar a impressãoàs autoridades de que tudo se desenvolve na maisperfeita ordem, esses não fazem desaparecer asnecessidades e os interesses das pessoas envol-vidas".

— Por isso, prosseguem, nós, empregados daEletrobrás, nos organizamos em 1983 na Associa-ção dos Empregados da Eletrobrás, com dois obje-tivos principais: coordenar a ação sindical dentro daempresa para melhor defender os interesses dosempregados nas questões salariais e de suas condi-ções de trabalho; defender e recuperar os objetivosque inspiraram a criação da Eletrobrás como em-presa controladora e coordenadora do sistema elé-tricô brasileiro.

A seguir o documento apresenta os principaispontos sobre os quais os empregados esperam ter danova administração do país uma atenção especial.No setor elétrico, os empregados focalizamquestões, entre elas:

29

A necessidade de reafirmar as atribuiçõesda Eletrobrás como órgão implementador da políti-ca do Governo federai para o setor elétrico brasi-leito;

Inserção do Planejamento do Setor Elétri-co na política energética nacional, estabelecida apartir de uma participação do poder legislativo,enquanto representante dos diversos segmentos dasociedade, consoante com as prioridades do desen-volvimento econômico;

Atendimento às reais necessidades do de-senvolvimento do setor no estabelecimento de prio-ridades e gerenciamento das obras, eliminandoinfluências indevidas, inclusive das grandes empre-sas de construção civil;

As perniciosas utilizações feitas da Eletro-brás para captar recursos no exterior comprometen-do o planejamento realizado para os planos deexpansão do Sistema Elétrico Brasileiro e abalandoseriamente a saúde financeira da empresa e dogrupo, pelo excessivo endividamento alcançado:10% da dívida externa brasileira para a Eletrobrás;20% dessa dívida se considerando o setor como umtodo;

O pesado ônus imposto à Eletrobrás e seugrupo por decisões políticas equivocadas fora daesfera de competência da empresa, como, porexemplo, a utilização do setor elétrico para acaptação de recursos destinados à chamada contapetróleo que não estaria tão combalida se o governotivesse dado ênfase à sua pesquisa e exploraçãodesde o momento do primeiro choque do petróleo,perdendo com isso anos de pesquisas, o que permi-tiria certamente antecipar níveis de produção queteriam minimizado em muito o estágio atual dadívida externa brasileira.

Estrutura e pessoalNo capítulo da estrutura da Eletrobrás são

apresentadas cinco questões, e outras quatro naPolítica de Recursos Humanos, de onde se desta-cam os seguintes:

A criação de uma Diretoria de RecursosHumanos, partindo da premissa que o principalrecurso com que conta a Eletrobrás e o setorelétrico é o seu pessoal. Tal diretoria implicanecessariamente repensar as atuais atividades daDiretoria de Gestão Empresarial e da CoordenaçãoGeral da Presidência;

A formulação de uma política de informáti-ca e a criação de um sistema centralizado delevantamento da demanda de serviços de compu-tação com a criação de um comitê de informática,composto de representantes de cada uma das dire-torias da Eletrobrás, de modo a propiciar a raciona-lização da utilização dos serviços e equipamentos daempresa.

Elaborar um novo Plano de Cargos eSalários já que o atual data de 1972, ocasionandodistorções revoltantes.

Suíço cria no quintal 120

espécies raras de macacosr.iiritiha — Foto de Luiz F

Curitiba — No tranqüiloBairro das Mercês, a menos deum quilômetro do centro de Curi-tiba, o primatólogo suíço MarcoSchwarz, 38 anos, mantém umverdadeiro santuário ecológico.Numa área de apenas 1 mil 500metros quadrados, nos fundos doquintal de sua casa, vivem 120macacos, todos originários dasflorestas brasileiras, entre elesanimais raros e em extinção, co-mo o coxio-reto ou judeu, do Suldo Pará, e o mono-carvoeiro, deSão Paulo e Minas, únicos daespécie a viver em cativeiro emtodo o mundo.

Marco Schwarz chegou aoBrasil com sua mulher Rita háoito anos, depois de cursar doisanos de primatologia na Suíça.Seu objetivo era estudar as espé-cies dos primatas brasileiros, ain-da pouco conhecidos no exterior eaté mesmo no Brasil. Montou umrestaurante para manter a famíliae começou a contatar zoológicos,universidades e centros de pesqui-sas sobre macacos. Descobriu en-táo que poucas entidades se preo-cupavam com isso e que váriasespécies de animais poderiam de-saparecer sem que se soubessequase nada sobre elas devido aorápido desmatamento das flores-tas. principalmente na Amazônia.

Mesmo sem o registro oficial do IBDF(Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Fio-restai) como criador científico, ele montou umpequeno zoológico no quintal de casa que chamade criadouro. "Nunca fiz nada escondido. OIBDF sabia que eu criava os macacos e muitasvezes chegou a mandar alguns animais paraminhas pesquisas", afirma Marco. No final doano passado, depois de uma batalha burocráticade oito anos. Marco conseguiu o registro. Nessaépoca já conseguira manter em cativeiro 30 das100 subespécies de macacos existentes na faunabrasileira. E muitas vitórias na preservação degrupos de animais raros.

A maior delas foi o nascimento de umfilhote de coxio-preto. ou judeu, como ê conhe-cido popularmente por lembrar a imagem dosjudeus ortodoxos. Esse macaco, originário dasselvas do Sul do Pará. está em franco processode extinção devido ao desmatamento rápido daregião. Seu nome já faz parte da primeira listada Convenção Internacional de Proteção aosAnimais, dos Estados 1'nidos, que tem treslistas: 11 animais em extinção: 21 em perigo, e ?)sem ameaças. Marco conseguiu a fêmea docoxio através de um particular. Ela tinha de trêsa quatro anos. e o maeho foi enviado peloZoológico de São Paulo, com três anos. tmmaio do ano passado nasceu o primeiro filhote

M nirfíor Jes.tl;o para a criação de primatasem cativcro e o comportamento tio nau saoin-t:t!\.K e >.> sobrevivem com base na experien-cia do crupo. No caso do coxio-preto. porexemplo, o cuvil que *>0 lormou unha umapequena experiência Je cr;;;»»» A teme.! iiav an.irtic.n.uio Je um r.rn no gro et-, uue vivia

rucaco> só sobrevivem porque em seus

Marco conseguiu reproduzir o judeu em cativeiro

bandos, nos quais há sempre um grande númerode jovens e velhos, as experiências são repassa-das. No cativeiro, para onde são levados geral-mente ainda filhotes, assumem mais o compor-tamento humano. E não se reproduzem", obser-va Marco Schwarz. Com o nascimento do coxio,Marco tomou o cuidado de não alimentá-lo,nem cuidar dele. A mãe conseguiu criá-lo atéagora. Está com um ano e dois meses. "Esse

grupo está salvo e poderá se reproduzir emcativeiro", garante o cientista.

Marco gasta mensalmente CrS I milhão 200mil para alimentar 120 animais que mantém emsua casa. Não tem nenhuma ajuda oficial e nãomais trabalha hoje no restaurante, atuandocomo intermediário de uma empresa para ex-portaçáo de plásticos. As instalações do peque-no zoológico são limpas, bem cuidadas e chegamao requinte de ter chapas aquecidas por eletrici-dade. que mantém o calor para os animais nasbaixas temperaturas curitibanas. Pelo menosduas vezes por semana ele vai a Serra do Marbuscar folhas e frutas silvestres. E não permite,sob hipótese nenhuma, que mais de ;rés pessoaslimtas entrem em seu quintal."Os bichos preci-sam de sosseeo Isso não e um zoológico abertoa visitação publica", diz

Seu trabalho é reconhecido por várias enti-dades brasileiras, como o Centro de Primatolo-gia do Rio Je Janeiro — um dos únicos institutosa tentar a criação em cativeiro do pais e uneconseguiu criar o mico-leão-dourado —. o Zoo-logico de São Paulo e varias universidades Elesmantém, também, correspondência permanentecom o Instituto de AiVronoloeia da Suiç i emZurique, e a L niversidade de Bielteld. da Ale-r mh ! í troca experiencias com um dos m t,.>-res primatologocos do mundo, o também. sui<,oPetei Lipp

Page 19: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Nacional

Não há escola no Rio, pública "ou

privada, que nãotenha problema de piolhos entre o£. alunos. Algumas,como a Escola Parque, na Gávea, chegam a adotar ummétodo de combate simultâneo à praga: todos os 420alunos, os professores e os funcionários passam remédiosno mesmo dia. durante três semanas. Outras, como a BabyGarden, na Tijuca, preferem pedir aos pais que nãomandem os filhos com piolho para ás aulas.

Os ácaros (nome científico dos piolhos), tão combati-dos e temidos, não transmitem doença, ao contrário dapulga. Não há como evitá-los e, segundo a SecretariaEstadual de Saúde, não se deve usar na cabeça dascrianças qualquer produto tóxico ou farmacêutico: ospiolhos já estão resistentes, e os remédios, absorvidos pelapele, provocam graves intoxicações. A receita caseira é amelhor: vinagre, água morna e pente fino.

Receita caseiraO diretor do Departamento de Epidemiologia da

Secretaria Estadual de Saúde, Dr. Cláudio Amaral, expli-ca os riscos de aplicação de produtos tóxicos ou mesmo

" farmacêuticos contra os piolhos:— Muitas mães põem BHC e inseticidas na cabeçadas crianças. Isso é um absurdo. Esses produtos, inclusiveos farmacêuticos e os homeopáticos, são absorvidos pela' pele, caem nos olhos ou são inalados e, na maioria dasvezes, causam reações alérgicas e até coma toxicológico.No final do ano passado, tivemos duas crianças em coma eum sem-número de casos de intoxicações graves. E tudoisso para nada. Os piolhos estão resistentes a essesprodutos.

Segundo o Dr Cláudio Amaral, não há tratamentopreventivo contra os piolhos. O primeiro sintoma dapresença deles é uma coceirinha, que vai aumentando atéser possível enxergar os pequenos pontos brancos nacabeça. Os piolhos não distinguem louros de morenos,

... ricos de pobres, crianças de adultos. Ter piolho não é• - conseqüência de falta de higiene, mantê-los sin^

Para evitar a infestação e acabar com piolhos elêndeas (ovos de piolhos que se agarram à base do fio de

cabelo), a Secretaria Estadual de Saúde recomenda umtratamento caseiro: aplicar três vezes ao dia, por 15minutos, uma solução morna de ácido acético (vinagre);passar um pente fino para tirar as lêndeas; enrolar umatoalha na cabeça. Essa operação deve ser repetida durantetrês dias consecutivos e, segundo o Dr. Cláudio Amaral,"tem a grande vantagem de ser um tratamento de belezapara os cabelos, que. ficam fortes e brilhantes".

Piolhos na escolaPara diretores de escola e pais de alunos, a existência

de piolhos nas salas de aula é problema de rotina. Quandoo número de crianças portadoras aumenta, diretorasperdem o sono e muitas mães reclamam. Para manter asturmas funcionando e evitar que outros alunos peguem apraga, algumas escolas formam esquemas de profilaxiacada vez que aparece piolho.

A Escola Parque (Rua Marquês de São Vicente, naGávea) abandonou o velho sistema de pedir aos pais quenão levem os filhos com piolhos para as aulas ou queprocurem especialistas: resolveu tratar os alunos na pró-pria escola. Quem explica é a diretora Patrícia Lins e Silva:

— No segundo semestre do ano passado, muitascrianças apareceram com piolhos e o sistema de avisar aosresponsáveis mostrava-se pouco eficaz. Nós não impedi-mos que a criança com piolho venha assistir às aulas. Acada caso de piolho, fazemos uma cartinha a todos os pais,pedindo que, em determinado dia da semana, eles tratema cabeça das crianças e da família. Não aconselhamosnenhum produto, deixando a escolha por conta dos pais.

Patrícia Lins e Silva contou que as crianças que nãovão à escola com a cabeça tratada recebem os remédiosnas salas de aula: "Todos passam remédio. As 420 criançase professores e funçionários passam a medicação um nasoutras", garante Patrícia. O problema dos piolhos éencarado tão seriamente nos colégios que até são assuntode trabalho escolar. Na Feira de Ciências realizada no anopassado no Circo Voador, uma turma da Escola Parquemostrou desenhos, maquetes e muitos cartazes sobre ospiolhos.

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Malária reage no

Acre e volta a ser

principal endemia

Rio Branco — Ouando se julgava que a malária estava,pelo menos, controlada no Acre, de repente ela recrudesce:atualmente, de acordo com o Secretário de Saúde do Estado,médico José Alberto de Sousa Lima, "é a principal doençaendêmica da região", capaz ainda de matar, como aconteceuhá 10 dias com o agricultor Julião Ferreira de Lima, 58 anos.no Hospital de Base.

A Sucam (Superintendência de Campanhas de SaúdePública) tem registrado a média de 10 mil casos de malária porano, número bastante elevado, se se considera que o Acre temapenas 300 mil habitantes. Diz o secretário que esse recrudes-cimento se deu a partir da década de 80, com a vinda demigrantes do Centro-Sul para os projetos de assentamentodirigido, do INCRA.

Vingança da naturezaO que mais preocupa, acrescenta o secretário, é que a

malária alastra-se em outros Estados onde havia sido quaseerradicada, certamente levada por viajantes (camioneiros, namaioria das vezes) que vêm para a Amazônia, aqui sãoinoculados pelo mosquito transmissor, o anofelino, e voltamcontaminados a seus- Estados de origem.

A doença aumentou com a vinda desses migrantes paraos projetos de colonização—confirma o secretário. Ele revelaque 80% dos casos se concentram nos municípios de RioBranco, Senador Guiomard e Plácido de Castro. Nos doisúltimos estão instalados os maiores projetos de assentamentosdo INCRA — Projetos Humaitá e Pedro Peixoto — os quais,nos últimos três anos, receberam 20 mil agricultores doCentro-SuL

Par~o secretário, a malária, como outras doençasendêmicas típicas da Amazônia, incluída a leishmaniose, sãoespécie de "vingança da natureza": ao sentir-se agredida pelohomem, ela reage de forma sui generis. Por exemplo, nestaépoca do ano, em que começa o período da estiagem e com eleas grandes derrubadas, o mosquito transmissor, aninhado nascopas das árvores, é desalojado e ataca o depredador, no casoo colono. Esté; por sua vez, quanto mais estiver concentradoem projetos de assentamento, vilas etc, mais facilmente ficasujeito a contrair a doença.

Além disso, continua o secretário, observou-se que omosquito transmissor torna-se cada vez mais resistente à açãodos agentes químicos usados para combatê-lo, como o DDT.A borrifação feita pelos guardas da Sucam torna-se difícil eprecária, porque as casas construídas pelos colonos do Incra emesmo as dos seringueiros não têm paredes, onde geralmenteo mosquito-pousa.

Campos de extermínioEmbora, a rigor, ninguém esteja a salvo da doença, o

que se observou nos últimos anos foi que a malária tem feitosuas vítimas preferencialmente entre os migrantes que vieramdo Paraná, Santa Catarina, Rio grande do Sul e outrosEstados do Sul. O secretário denunciou que, até há poucotempo, os projetos de assentamento do Incra mais pareciam"campos de extermínio", onde as famílias de migrantes eramjogadas de qualquer jeito e ficavam expostas a toda sorte dedoenças.

Na última quarta-feira, estavam internados no Hospitalde Base de Rio Branco, com malária, o catarinense deChapecó Franklin Góis Sparta, 36 anos, parceleiro do ProjetoHumaitá; o paranaense Teófilo Almeida Tarto, 45 anos, doProjeto Pedro Peixoto; e o gaúcho Luís Afonso Toledo Sales,38 anos.

Há dois anos no mato, Franklin Sparta conta que é aprimeira vez que contrai a doença, diz que cftmeçou a ter"febre e moleza" e- quando veio para o hospital já se "sentiamuito mal".

Completamente desinformados sobre cuidados que de-vem tomar, para prevenir-se contra a malária, e sobretudosem resistência para suportá-la, os colonos sulistas sofrembastante. O paranaense Teófilo Almeida contou que suamulher ficou dois meses acamada: "A malária ia e vinha;quase deixou minha mulher louca".

Gaúchos aproveitam área

verde e criam biblioteca

ecológica para crianças

Porto Alegre — Com a ajuda da comunidade e deempresários do bairro, uma biblioteca ecológica infantilcomeçou a ser construída esta semana no Parque Moinhos deVento, uma das áreas verdes mais freqüentadas da capitalgaúcha. Toda em madeira e em estilo germânico, a bibliotecareunirá seu acervo com doações e será inaugurada em 12 deoutubro, Dia da Criança.

— Queremos que as crianças identifiquem a idéia denatureza às vivências no parque, sentindo-o como um organis-mo vivo —, disse a administradora do Moinhos de Vento,engenheira-agrônoma Maria Angélica Bellini, para quem osrudimentos de uma consciência ecológica são fundamentaispara as crianças que vivem no ambiente urbano.

Tanto o projeto, da firma Cabral e Bopp, quanto aexecução da biblioteca, a cargo da Albren Engenharia eConstruções, foram doados pelos donos das empresas, quesão antigos freqüentadores do parque. Eles estão dispostos apagar também os operários, se os Cr$ 12 milhões necessáriosa isso não forem conseguidos por outras doações em dinheiro.

A administração do Parque Moinhos de Vento, que ficano bairro do mesmo nome e é conhecido pelos porto-alegrenses apenas como pareão, sempre se preocupou emfazer do local, além de área de lazer, um pólo de conscientiza-ção sobre a importância da natureza. Dentro dessa perspecti-va, criou até uma Patrulha do Verde, que é integrada porcrianças que ajudam a garantir a preservação da área.

A criação da biblioteca ecológica infantil é vista comomais um avanço dos gaúchos em suas múltiplas campanhas deorientação análoga. Eles já conseguiram acabar com apoluição e o mau cheiro provenientes da fábrica de pepelBorregaard (hoje Riocel), que instalou um moderno sistemade proteção ambiental após ceder à pressão dos ecologistas.Outra grande conquista dos ecologistas gaúchos foi a legisla-çáo estadual sobre o uso de agrotóxicos, a primeira a surgir nopaís.

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Piolho ataca em todo o Brasil

mas não é considerado epidemia

Entre as epidemias e problemas queafetam o Brasil, certamente a mais demo-crática é a pediculose, nome çientíficodado aos conhecidos piolhos, que hojepreocupam as famílias brasileiras de to-das as rendas e regiões. Sem discriminafraça, classe social e meio-ambieflte, elesestão atacando em todo o país. Mas se jáestá longe o tempo em que as mães daclasse média se assustavam quando seusbem-cuidados filhos chegavam em casacoçando desesperadamente as Cabeças,também não há qualquer indício de que oproblema esteja para ser solucionado.

Para a grande maioria das Secretariasdè Saúde, o piolho ainda nâo é um casoprioritário de saúde pública. Sem campa-nhas de tratamento a nível geral, a doen-ça acaba ficando aos cuidados das famí-lias e das escolas. E a única diferençagritante, de região para região, é o perío-do em que o surto se manifesta com maisintensidade. "O piolho nãoé uma priori-dade da Secretaria", explica Lauro Fer-reira Pinto, do Departamento de AçõesBásicas da Secretaria de Saúde do Espíri-to Santo. Na semana passada, foi justa-mente em Vitória que inúmeras escolascomeçaram a exigir uma atuação do Go-vemo ante o problema, já que ele setornara incontrolável.

Pesquisa

Vitória — Foto de Jonas Reis

- Mas em meio ao descaso das secreta-rias em relação à doença, existem tam-bém as exceções, como o inédito estudoque a Secretaria de Saúde de Belo Hori-zonte está financiando. Preocupado como assustador crescimento do piolho nosúltimos 15 anos, Pedro Marcos Linardi,professor de parasitologia do Instituto deCiências Biológicas da Universidade Fe-deral de Minas Gerais, iniciou em outu-bro passado um estudo sobre a doença. Apesquisa examinou, em sua primeira eta-

ripa, 35 quilos de cabelos, cortados em 475salões de todos os bairros da capitalmineira. Sua conclusão é de que o piolhoinfesta hoje 60% das crianças da redemunicipal de ensino e 70% da rede esta-dual, o equivalente a 223 mil^500 alunos.

Segundo Pedro Linardi, quando oé estúdo tiver terminado, em agosto, será

entregue à Secretaria para que esta iniciecampanhas municipais de combate àdoença. A parte a pesquisa, a Secretariadê Saúde de Belo Horizonte já começoua testar produtos caseiros, como sabõesfeitos com ervas em escolas da periferia.' Também entre as exceções está aSecretaria Municipal de Educação eCultura de Porto Velho que decidiu lan-çar uma campanha para combater o pio-lho nas escolas. A temporada de prolife-

. ração do inseto no Estado é de julho aagosto e a Secretaria vai assistir 43 esco-ias" da zona urbana e 126 na zona rural,utilizando basicamente • remédios casei-ros. O melhor processo, segundo a Secre-taria, é um xampu feito a base de coco e' suco de limão usado durante três dias.Existe também uma preocupação em

, educar a população para não usar inseti-cidas como Neocid, que pode provocardanos nas crianças.

Apesar de não de desenvolver umacampanha específica, a Secretaria de Saú-

> dt- do Paraná orientou a Secretaria deEducação sobre a necessidade de manterem cada escola uma professora especiali-zada em saúde. Esta professora também

f é treinada no atendimento aos casos depiolho, que são tratados com produtosnaturais: óleo no couro cabeludo e, emseguida, o uso de pente fino. Mais tarde,para combater as lêndeas, a cabeça élavada com vinagre.

Em Vitória, a campanha é iniciativa

Há também o caso de Rio Branco,onde a Secretaria de Saúde desencadeouuma campanha de combate aòs pilhos em1983, mas devido aos parcos resultados,acabou desistindo. Para o Secretário deSaúde do Acre, José Alberto de SouzaLima, o problema é cultural. Segundoele, a população local encara o piolho deuma forma "natural" e a prática de"catar" — o mais usado no combate àdoença — faz parte do seu cotidiano. Amãe sentada na soleira da porta, no finalda tarde, com o filho ao colo "catandopiolho" é uma cena típica da região.

Nas comunidades indígenas do AltoRio Negro, onde o piolho é uma presençacomum, algumas nações, como a Maku,têm hábitos ainda mais interessantes, seolhados do ponto de vista da classe médiaurbana. As meninas índias não apenas selimitam a catar os bichinhos, mas tam-bém os comem naturalmente. E quaseuma brincadeira, na qual as criançaspassam um bom tempo de seus dias.

No resto do país, no entanto, onde aepidemia se alastra sem que seja encara-da como parte de alguma brincadeira,não existe qualquer planejamento de pos-síveis campanhas contra a doença. E háinclusive três cidades — Salvador, JoãoPessoa e Goiânia — onde as autoridadessanitárias e educacionais disseram quetudo está sob controle.

Pelotão de saúdeEnquanto não se realiza um planeja-

mento em termos municipais ou esta-duais, algumas escolas começam a criarmecanismos para o combate à doença.Na Escola Saltimbancos, em Olinda, fre-qüentada por filhos dos intelectuais epolíticos, foi criada uma Comissão Per-manente de Saúde, formada por paismédicos. A Comissão faz várias vezes aoano tratamento coletivo, aplicando algumxampu ou sabonete para acabar com ospiolhos. Também em Brasília, em umaescola

"da Superquadra 302 Norte, fre-

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h íwffit mmaKqüentada por filhos de funcionários pú-blicos e crianças que moram no LagoNorte, da alta classe média, foi formadoum pelotão de saúde. Mas, ao contráriodo colégio pernambucano, o pelotão éconstituído pelas próprias crianças daescola, que são integradas na campanhade combate aos piolhos.

Mas mesmo estas experiências sãofenômenos isolados. A maioria das esco-Ias em todo o Brasil se limita a mandarcirculares pedindo aos pais dos alunosprovidências. E estes, depois de algumastrágicas experiências, estão partindo parao combate à base de produtos naturais.Usados repetidas vezes, muitos dos medi-camentos começaram a provocar reaçõesalérgicas.

Luiza Moraes, mãe de duas alunas doInstituto Helena Lubienska, localizadoem um bairro de alta classe média doRecife, conta que usou, a conselho daescola, sabão de puritrate. Uma de suasfilhas teve uma reação alérgica que adeixou imobilizada, sem condições se-quer de abrir os olhos, por uma semana.

No Rio, em todas as escolas

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Page 20: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

20 ? Io caderno ? domingo, 7/7/85 Cidade JORNAL DO BRASIL

Motoristas de Policial indiciado fica . Cresce roubo

táxi exigem , 1 nAnn ®e carros

mais segurança pi*6S0 IlciS CCiclS U.0 IJOx O

Ouase uma centena de motoristas detáxi da Zona Oeste ocupou o pátio e ruaspróximas ao Hospital Rocha Faria, emCampo Grande, para protestar contra afalta de policiamento e os constantesassaltos a que estão sujeitos. Quinta-feiraà noite, Paulo José Rodrigues, de 33anos. ao deixar dois passageiros no bairroVila Flor. foi cercado por quatro ladrõese, recusando-se a entregar-lhes seu carro— o Corcel TM 21Ü2 — foi baleado notórax.

Informados do assalto, seus colegasforam para o hospital e iniciaram o movi-mento de protesto. Dizem que os assaltosestão se tornando freqüentes e, só esteano, cinco motoristas foram assassinados,doze feridos a tiros ou facadas e outrosficaram sem seus carros, dinheiro e obje-tos. O movimento foi pacífico, mas, pormedida de segurança, a direção do hospi-tal pediu reforço de policiamento.

Polícia prende

motorista que

atacava alunasA estudante de Psicologia da Facul-

dade Santa Úrsula, M.V., 19 anos, foiatacada sexualmente pelo motorista detáxi João Jorge do Nascimento, 35 anos,na passarela subterrânea da Praia deBotafogo, há uma semana. Ontem, quan-do em companhia de uma amiga saía dafaculdade, avistou o motorista. Apavora-da, pediu que a amiga o seguisse, en-quanto chamava a polícia. Joáo Jorge foipreso em flagrante uma hora depois,quando atacava pela segunda vez outraestudante, M.T.C, no mesmo local.

M.V. mostrou ao delegado Santos,da 10a DP, as marcas de lanhos feitos emseu corpo por um alicate com o qual JoãoJorge a ameaçou para que o seguisse até apassarela. Lá, no meio da água — M.V.disse que a água alcança quase doismetros — o motorista marcou seu pesco-ço è pernas antes de atacá-la.

A outra estudante, M.T.C, contou aodelegado que o motorista a abordou naRua Farani, ameaçando-a com um objetode dentes pontiagudos. Ela foi levada àpassarela e, quando o homem tentavatirar suas roupas, escutou vozes. Eleordenou que ela dissesse ser sua namora-da, senão a mataria. E saiu da passarelaabraçado com M.T. Na rua, porém, já oaguardavam a polícia e M.V, que oreconheceu. O delegado Santos acreditaque o motorista tenha feito mais algumasvítimas entre as alunas da Santa Ursula,que deveriam se apresentar à 10a DP edenunciar o estuprador.

Os xadrezes da extinta DPPS (De-legacia de Polícia Política e Social),mais conhecida por DOPS, na Rua daRelação, que ganharam notoriedadepela concentração de presos políticosdurante o regime militar, serão reati-vados pela Secretaria de Polícia Civil,que já decidiu-seu novo uso, tambémpeculiar: ali ficarão presos, agora, ospoliciais fluminenses que respondem ainquéritos criminais.

A decisão da Secretaria inclui, ain-da, a reativação do antigo cartório daDPPS, exclusivo para depoimentos de

Eresos políticos, a fim de garantir a

>ivin (Divisão de Investigações), ór-gão do DIE (Departamento de Investi-gações Especiais), que fará os inquéri-tos contra policiais, um trabalho com-pleto, desde as investigações até ainstrução final do processo que seráencaminhado ao exame da Justiça.

Tem dois presosA reativação da extinta DPPS,

com novas funções, foi publicada noDiário Oficial de ontem e o artigo 3o daResolução 37 do Secretário ArnaldoCampana estabelece o seguinte: "aSeção de Expediente Cartorário e oSetor de Carceragem Especial, da De-legacia de Polícia Política e Social,presentemente desativada, com as res-pectivas competências, cargos em co-missão, recursos humanos e materiais,ficam transferidos para a Divisão deInvestigações, passando a integrar suaestrutura organizacional". A resoluçãojá entrou em vigor.

Ontem, havia dois presos nos xa-drezes da Rua da Relação. O chefe daDivin, delegado Jorge Gomes Sobri-nho, informou que são dois integrantesda polícia mineira que atua na BaixadaFluminense — grupos que alugam ser-viços, como se fossem policiais, e sãoresponsáveis, muitas vezes, por elimi-nações sumárias.

Gomes Sobrinho estava satisfeitocom a resolução do Secretário devido àsua abrangência. E deu suas razões: aDivin, que sempre recebe casos com-plicados do DIE, não tinha cartóriopara tomar depoimentos — "eu sótenho escrivães" —e era obrigada, atéagora, a recorrer a outras delegacias, afim de complementar inquéritos. Ago-ra, com força legal para fazer o inqué-rito completo, o delegado chega asorrir, satisfeito, e comenta que irãoacabar as facilidades e tempo que osadvogados encontravam para instruir ocliente para os depoimentos.

Os videocassetesA resolução do Secretário de Poli-

cia Civil não dá atribuições ao DIEpara tomar a iniciativa dos inquéritos;eles só serão abertos por determinaçãodo próprio Secretário. O delegado Go-mes Sobrinho informou que já recebeu

determinação para a primeira investi-gação, dentro das novas funções: oroubo de 19 videocassetes e uma filma-dora, de três comerciantes, em maio.Os videocassetes e a filmadora apare-ceram, de repente, abandonados emterreno baldio no Recreio dos Bandei-rantes.

Duas das vítimas, os comerciantesEuristácio Moura Oliveira e FranciscoMoreira Filho, contaram que os apare-lhos foram retirados de uma loja emCopacabana — juntamente com 973dólares, em dinheiro — por um grupode policiais, entre os quais o delegadoJaime de Lima. Gomes Sobrinho infor-mou que já designou o delegado PedroLuís, da Divin, para essa apuração — aprimeira, dentro das novas atribuiçõesda divisão.

O delegado Gomes Sobrinho acre-dita que tudo poderá funcionar embreve, uma vez que já tem todo opessoal (é só redistribuir e ontem àtarde ele cuidava de escolher um chefede carceragem), os xadrezes estão emordem e a reativação do cartório é,agora, apenas uma questão burocrá-tica.

Algumas críticasA resolução do Secretário Arnaldo

Campana, concentrando na Divin asinvestigações de casos de extorsão,assassinatos, seqüestras e assaltos queenvolvam policiais civis, sofre críticasde delegados experientes, que duvi-dam de sua eficácia plena para conter epunir os abusos policiais. Um delega-do, que pediu para não ser identifica-do, mostrou o artigo 25 do estatuto queregula a atividade dos funcionárioscivis policiais, para reforçar seu argu-mento.

O artigo estabelece que a investiga-ção sumária inicial sera sempre feitapelo chefe imediato do policial, quetem prazo de 10 dias para apresentarsuas conclusões, com poder para arqui-var a queixa. O artigo não definequando começa a correr esse prazo e odelegado tem 10 dias a partir do mo-mento em que decidiu investigar. Odelegado faz, então, a pergunta: comoé que um chefe imediato, muitas vezesenvolvido na acusação ou por simplesrazões de amizade e convivência, podeapurar uma acusação, quando trabalhopolicial é sobretudo rapidez?

À Divin caberá, pela resolução doSecretário, apenas os inquéritos pe-nais: os administrativos continuarãopelo mesmo processo atual, considera-do muito lento, através da Corregedo-ria Geral de Polícia. A previsão dedelegados mais experientes é de que adecisão da Secretaria de Polícia Civilpoderá surtir efeitos nos casos maisrumorosos, que provoquem reações daopinião pública.

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Policiais da 10a DP, res-ponsável pela segurança deBotafogo, Humaitá e Urca,estão alarmados com a faltade policiamento ostensivo do2o BPM, que está deixandoabandonadas as ruas dosbairros, permitindo que, nosúltimos meses, os roubos decarros aumentassem assusta-doramente, com uma médiadiária de quatro a cinco.

Foram registrados ontem,na 10a DP, seis roubos deautomóveis. As vítimas disse-ram, em sua maioria, que osladrões agiram em dupla eeram jovens morenos, ma-gros e altos. Segundo os poli-ciais, os assaltantes estãoagindo nas ruas "marcadas",como a 19 de Fevereiro, aAvenida Pasteur, a MunizBarreto e a Pinheiro Ma-chado.Carlos Alberto Pinheiro, mé-dico, 47 anos, mora em Bota-fogo. Teve seu carro, umCorcel ano 1979, placa OV1429, furtado na Rua PaulinoFernandes, em frente ao nú-mero 67.José Godinho Barreto, co-merciante, português. Dei-xou seu Passat 80 WT 9626estacionado na Rua ÁlvaroRamos, 319, e quando voltouo carro havia desaparecido.Jacyr Reinaldo Gatto, 24anos, churrasqueira, trabalhaem Botafogo. Deixou suaBrasília 75, WS 1944 estacio-nada na Rua Arnaldo Quin-tela e o carro desapareceu.Henrique Delfim LisboaAraújo, 62 anos, mora emIpanema. Registrou na 10aDP que foi assaltado por doishomens na Rua PinheiroGuimarães. Eles levaram ocarro de Henrique, um Gol,placa YV 8896.Oscar Manoel Pinho, estu-dante, 24 anos, mora naPraia de Botafogo. Levaramseu carro, a Brasília branca79 TN 4135, que estava esta-cionada em frente ao seuprédio.Marco Antônio Rocha Capei-li, estudante, mora em Bota-fogo. No sinal da Rua Soro-caba com Voluntários da Pá-tria, quatro homens armadoso renderam no seu Passat YT4175 e o obrigaram a seguircom eles no carro, até a Ave-nida Perimetral, onde o dei-xaram a pé.Antônio Cláudio Monteiro deSouza, 52 anos, funcionáriomunicipal, mora em Niterói.Foi atacado por dois homensno Campo de São Bento eficou sem documentos e Cr$495 mil. Registro na 72a DP,de Niterói.Lívia Maria Gonçalves Ribei-ro, mora no Ingá, em Nite-rói. Ontem passava pela RuaPedro Alves e um menor decabelos encaracolados e comum canivete a assaltou, le-vando seu relógio de pulso.Lívio Arcanjo Vasconcelos,segundo-sargento reformadoda PM. Registrou na 74a DP,em São Gonçalo, que foi as-saltado por dois homens eperdeu um revólver calibre38 e CrS 50 mil.Francisco Carlos Fernandes,28 anos. Foi assaltado pordois homens na Rua AlfredoBacker, em São Gonçalo. Osladrões levaram o seu EscortAZ 9191 e Cr$ 500 mil.Miguel Couto dos Santos, re-gistrou na 54a DP, em Bel-ford Roxo, que dois homensarmados assaltaram o cami-nhào de entregas de lingüiçaque ele dirigia, placa RJ VW5831, na Rua Plínio Casado.Foi obrigado a dirigir até umlocal descampado, onde osladrões arrombaram o cofredo veículo e retiraram Cr$ 2milhões 685 mil 814, além demercadorias avaliadas emCrS 3 milhões.Jairo Alberto da Silveira, mo-torista de caminhão. Regis-trou na 54a DP o assalto quesofreu na Rua Nair, em SãoJoão de Meriti. Dois homenslevaram produtos avaliadosem CrS 2 milhões da suacarga de cosméticos.Dulce Maria de Oliveira, 58anos. professora, mora emBotafogo. Registrou na 10aDP. o arrombamento de seuapartamento, na Rua Volun-tários da Pátria, de onde fo-ram levadas jóias — uma pul-seira, um cordão e quatroanéis, todos de ouro — e umrádio-relógio digital, avalia-dos em CrS 2 milhões.Benny Pinhas Kobudi. moraem Coacabana. Um homemarrancou sua bolsa num õni-bus da linha 522 (Vidigal-Mourisco) e fugiu. Ela ficousem um relógio e duas cami-sas. A 10a DP registrou.

O JORNAL DO BRASIL póe otelefone 264-4-122 (ramais 415 e4S5i a disposição das vítimas deassalto. Confirmada sua vtraci-dade. a informação stra publi-cada sem ônus.

Menor entra na Funabem por

abandono e sai delinqüente

Glória O. CastroRecolhido pela Fundação Romáo

Duarte com dias de vida. Aos 9 anos foitransferido para a Funabem — FundaçãoNacional do Bem-Estar do Menor — deonde só saiu aos 18 anos. Conseguiu umemprego por cinco meses. A cabeça-de-porco onde alugava uma vaga foi derru-bada. Morou debaixo do Coreto de Quin-tino. Conseguiu outro emprego. Foi pre-so por descuidar um bolo em supermerca-do. Não procurava mais emprego: vive deganhos e assaltos morando numa casaabandonada.

A história de Vicente, de 22 anos, é oretrato da maioria dos ex-alunos da Funa-bem que ao entrarem na instituição ofizeram por abandono e, ao saírem, sótém a delinqüência como opção. Segundoestatísticas da própria Funabem, somente34% dos seus alunos são classificadoscomo menores infratores. Sessenta e seispor cento são crianças que nunca delin-qüiram e têm a tênue distinção entrecarentes e abandonados: os primeiroscom famílias que não podem sustentá-lose os segundos de pais desconhecidos.

Alunos ou presos?Criada por lei em Io de dezembro de

1964, a Funabem só veio a funcionar noano seguinte tendo como objetivo "for-mular e implantar a política nacional dobem-estar ao menor, mediante estudo doproblema e planejamento das soluções, aorientação, coordenação e fiscalizaçãodas entidades que executam essa políti-ca". Substituiu o malfadado SAM —Serviço de Assistência ao Menor — querecebia definições como "sucursal do in-ferno", "escola do crime" e "fábrica demonstros". É verdade que a Funabemnão é mais assim mas, nas palavras doatual presidente, Nélson Aguiar, "conti-nua sendo um depósito insalubre de me-ninos".

Superlotadas como as cadeias, comum sistema de transferência das unidadesnão permitindo que se criem amizadessólidas, a Funabem não evita nem dimi-nui a marginalização de seus alunos quese consideram internos como nos presí-dios, dividem suas vidas em "a lá dedentro" e "a aqui de fora". Todos pare-cem concordar com a máxima que diz:"A internação está para a Justiça deMenor como a condenação para o CódigoCivil. Sobre a criança interna recai aculpa de ser mal nascida e mal amada".

Ao completar 18 anos. os alunos daFunabem recebem documentos, um en-choval (roupa de cama. banho, pessoal ematerial de higiene). Tiveram uma vidadura mas são ainda crianças:

— Saí de Quintino com os docurnen-tos e uma enorme trouxa com o enchoval.Morria de vergonha no trem. Todo mun-do me olhava com aquela trouxa gigantee sabia que eu estava saindo da Funabem.Não sou disso, mas dei muito calote naCentral do Brasil. Sentava numa lancho-nete, pedia comida e quando acabavasaia correndo. Um negão, com esse tama-nho todo, se pedir comida leva desaforodo português que diz:"vai carregar ci-mento numa obra. Com tanto trabalhopor aí!", conta Gilberto dos Santos, de 2(1anos.

Como a maioria, Gilberto foi aban-donado ainda bebê. entrou na Funabemcom cinco anos. peregrinou de escola emescola até sair aos 18 anos. E um dospoucos que foge à regra: nunca foi preso,"apesar de ter feito meus ganhos", e estáempregado como servente de um hospitalonde dorme e come. além de ganhar CrS4(ib mil por mês. No emprego não sabemque ele já esteve na Funabem. Mentiupara conseguir o lugar.

Negar sua passagem pela Funabempara conseguir um emprego c o quefazem os ex-alunos mais persistentes.Depois de trabalhar por pouco em poucotempo em lugares "onde os patrõesacham que podem gritar com a gente, só

porque somos da Funabem e não temosfamília", eles são despedidos e logoaprendem a mentir sobre sua origem eformação.

Antônio Santos, de 24 anos, é um dospoucos que está empregado desde suasaída de Quintino. Primeiro foi o serviçomilitar na Brigada de Pára-quedistas,depois o cargo de servente numa cader-neta de poupança. Demitido com maisfuncionários em 1984, ele hoje trabalhano restaurante de uma grande instituição'financeira por CrS 400 mil mensais. PagaCrS 100 mil pelo aluguel de um quartonuma pensão no Rocha. Também mentiusobre sua passagem na Funabem. Cala-do, não demonstra ter mais sorte queseus companheiros, tem um irmão casado— que também cresceu na Funabem queé segurança de uma firma.

FamíliaMesmo trabalhando, com emprego e*

moradia certos, os ex-alunos da Funabem.não se separam. A falta de família e osentimento de rejeição fazem com quenas horas de folga e finais de semanatodos se reunam para dormir em casasabandonadas ou na Associação dos Ex-*alunos da Funabem. na Rua 24 de Maio,43, no Rocha.

Ninguém passou muitos anos junto.O sistema de transferências das escolasjogou-os em Quintino, Ilha do Governa-dor, Duque de Caxias, e nas cidadesmineiras de Viçosa, Caxambu e Carmode Minas, além de São Paulo. Mas emalgum período eles "se cruzaram" e, aosaírem, ficaram mais do que amigos —são companheiros e dependentes.

Gilberto dos Santos, que está empre-gado no hospital como servente comdireito a casa e comida, é uma demons-tração desse laço afetivo que une os ex-alunos. Dizem os colegas que ele "guarda

quase CrS 9 milhões na poupança por nãoprecisar pagar aluguel". Sem negar, Gií-berto responde que

"não vou deixar orico mais rico" e explica o fato de estarsempre junto dos seus companheiros daFunabem:

— Não conheço ninguém da minhafamília. A família que eu tenho é opessoal. Hoje eu estou empregado, mastem tanta gente formada desempregadaque nunca se sabe. Acho o pessoal dotrabalho legal; eles gostam de mim, masnão me sinto à vontade com eles parasair. Eles não sabem da minha história.

Crianças maioresFazendo pose de bandido, contando

como faz para vender os produtos de seusfurtos "esconde azeite, óleo Johnsonn. ematerial mais caro. e vendo para umadona que revende depois", garantindoque a jaqueta nova de náilon — menorque seu tamanho — "ganhei de umpla.vboy", Vicente tem 22 anos não é maiscriança mas continua menor. Quandoquer conseguir favor de alguém, fala comvoz infantil. Ouando quer chamar aten-ção. assume jeito de malandro.

São esses ex-alunos da Funabem queesperam a saída de colegas das ceias dedelegacias e presídios. A lista de presos équase tão grande quanto a de desempre-gados. E o Tiáo (Sebastião Mario dosSantos) preso por roubar um cordão earrombar um salão de cabeleireiros ametros da delegacia; Walmir Trindade,condenado por assalto; Sérgio Gomes. OBaixinho, cumprindo pena por assalto eextorsão: Evandro Mesquita de Oliveira,o Vaca, e muitos outros.

Existem também os que morreram esão lembrados com alguma saudade. OJoão (não se sabe o sobrenome) levou umtiro durante um assalto a ônibus. e 1 uísda Costa, de _2 anos. m<irreu em maio doano passado. Ele saiu da Associação doshv-Alunos da Funagem e pegou o trempara o Meier. Para não na^ar a passa-gem. como iodos seus c>leua\. pulou omuro — e foi atropelado por unia cunipo-MÇáO

Foto de Gilson Barre^

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Feijao, um dos que invadiram a casa, descansa no colchonete

Foto de Gilson Barreto

invadiram a casa, descansa no coíchonete

Page 21: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Cidade domingo, 7/7/85 ? Io caderno o 21

Tóxico leva PM a cercar de novo Pavão e Pavãozinho

J. Paulo da Silva

Os morros do Pavão e Pavãozinhoforam novamente cercados ontem pelaPM, que voltou à casa de três comodos deAntônio José Pereira, O Tonho (acusadode tráfico de drogas e homicídio), eapreendeu 60 quilos de maconha, 18papelotes de cocaína, dezenas de armas,máquinas fotográficas e lentes e váriosaparelhos eletrônicos. Sexta-feira, Tonhofoi preso numa operação que mobilizoumuitos policiais, sob protestos de mais demil moradores que o consideram umprotetor e tentaram invadir a 13a. DP(Copacabana) para libertá-lo.

Os dois morros estavam ontem api-nhados de policiais-militares fortementearmados que tentaram também prenderos cúmplices de Tonho. Mas nenhummorador deu informações e, ao contrá-rio, exigiam a imediata liberação de To-nho, pois o Pavão e Pavãozinho estavamameaçados pelo pessoal do Morro doCantagalo, principal rival de um conflitoque dura anos.

A apreensão da droga e do materialfoi feita pelos policiais do Serviço deOperações Especiais da PM, sob 6 co-mando do Major Paulo César, mas criti-cada pelo perito Gilson Timponeo, do

Instituto Carlos Éboli. O delegado Her-mano Rocha, da 13a.DP. havia convoca-do Timponeo para fazer perícia na casade Tonho, sobretudo do material láapreendido. Mas a PM se adiantou elevou tudo para a delegacia.

De acordo com os militares, foramapreendidos, além do tóxico, oito carabi-nas, cinco revólveres, uma balança deprecisão, 18 relógios de pulso, quatrovideocassetes, três binóculos, cinco wal-kie-talkies e muitas caixas de munição. Omaterial estava no subterrâneo da casa efoi encontrado depois de uma vistoria.

Segundo ainda os policiais, "a casade Tonho é melhor do que muitas daclasse média". Os móveis são do estilocolonial e há também uma aparelhagemde som bastante sofisticada. "Tonho era oprincipal fornecedor de droga da ZonaSul e dava proteção aos moradores doPavão e Pavãozinho", afirmaram poli-ciais da 13a. DP.

O Prefeito Marcelo Alencar revelouontem que partiu dele a ordem para aPolícia Militar acabar com o tráfico deentorpecentes no Morro do Pavãozinho,em Copacabana: '"Havia confronto entrequadrilhas pela disputa do tráfico, comrisco para moradores e operários quetrabalham na urbanização do morro, queinclusive queriam parar".

Nos últimos dias, a situação no morro— adiantou o Prefeito — "ficou incontro-lável. Quinta-feira, rajada de metralha-dora chegou a atingir a porta do prédioda coordenadoria das obras do Pavão,Pavãozinho e Cantagalo". O Secretáriode Trabalho e Habitação do Governoestadual, Carlos Alberto de Oliveira, oCaó, disse que antes da ação policiallíderes dos moradores dos três morrosreuniram-se com o comando do 19° BPMe foram informados da decisão do Pre-feito.

Marcelo Alencar admitiu que muitosmorros são controlados por marginais ealguns deles "fazem-se de Robin Hoodda favela, pois ali encontram local paraatuar e um centro de poder". O Prefeitoreconheceu que o aumento da marginali-dade "está ligado diretamente à criseeconômica" mas acrescentou que nãopodemos ficar ausentes, "pois eles, osmarginais, estão muito bem armados".

O secretário observou que a açãopolicial "não foi de repressão, mas deintegração; não houve violência e um dostraficantes entregou-se à polícia". CarlosAlberto de Oliveira não ficou surpresocom a reação dos moradores, que que-riam libertar o traficante, preso e levadoà 13a DP.

Foto de Carlos Hungria

Moradores fazem críticas a Brizola

O presidente da Associação dos Mo-radores dos morros do Pavão e Pavãozi-nhol? Luiz Carlos Dionísio, criticou oGovernador Leonel Brizola por ter deter-mittado a prisão de Antônio José Pereira,o Tonho, para tentar acabar o conflitoentre a sua comunidade e a do Morro doCantagalo, que lhe serve de fronteira."Mas, ao contrário disso", comentouDionísio, "o Governador nos deixou vul-neráveis ao pessoal do Cantagalo, queagora ameaça estuprar, roubar e atématar nossas crianças, mulheres e traba-lhadores".

— Quem irá garantir nossos filhos emulheres. Sem o Tonho, o Pavão e oPavãozinho se transformarão num infer-no. A comunidade dispensa a segurançada polícia, mas quer a dele — disseDionísio, que fez ontem vários contatostelèfônicos com Secretários de Estado,tentando em vão conseguir a libertaçãode Tonho, acusado pela polícia de tráficode..entorpecentes e homicídio.

BenfeitorDionísio lembrou a importância de

Tonho para a comunidade, esclarecendoque muitos moradores receberam barra-cos, remédios, comida e até tiveram se-pultamentos financiados por ele. Segun-do o presidente da associação, Tonhoevitava também qualquer tipo de conflitonos morros do Pavão e Pavãozinho eimpedia que "os marginais do Cantagalocomo de outros morros do Rio, invadis-seríi o Pavão e Pavãozinho para roubar ematar os moradores".

De acordo ainda com Dionísio e sua

mulher, Valéria Luiza da Silva, antes deo Governo do Estado começar a fazerobras de urbanização, Tonho é quemresolvia os problemas dos morros. Elevoltou a criticar o Governo porque,quando este elaborou o projeto de limpe-za e urbanização das comunidades doPavão, Pavãozinho e Cantagalo, não pro-curou ouvir os moradores sobre comodeveria ser realizado o trabalho.

As obras são necessárias, masdevem ser divididas. O Cantagalo é umacomunidade. O Pavão e o Pavãozinhosão outras — disse Dionísio, esclarecen-do ainda que, devido ao conflito, ascrianças do Pavão e Pavãozinho não vãopoder estudar no Brizolão, pois ele estámais próximo da área do Cantagalo. Aguerra — já houve até tiroteios — entreas duas comunidades foi intensificadacom derrubada de um muro que dividia oCantagalo do Pavão e Pavãozinho, paraobras de urbanização e construção doBrizolão.Eles não deixavam nenhumacriança ir ao Brizolão. Tanto é que, emcerta ocasião, a colônia de férias dosestudantes, que estava sendo feita noBrizolão quando este ainda se encontravaem construção, foi suspensa devido àsameaças do pessoal do Cantagalo —lembrou Dionísio, atualmente o únicoporta-voz das comunidades do Pavão ePavãozinho.

Dionísio lembrou ainda que, antes daconstrução do Brizolão, ele alertou para ofato de que a obra poderia causar proble-mas, sobretudo porque só iria beneficiaros moradores do Cantagalo. Uma secre-

tária da Secretaria de Educação, cujonome não lembrou, chegou a acertar umadiscussão sobre isso com o Tonho, masnada ficou resolvido porque o Presidenteda Associação de Moradores do Cantaga-lo, João Pinto, não quis o diálogo.

Para tentar provar que é o pessoal doCantagalo que causa problemas, Dionísiorecordou que alguns bandidos daquelemorro roubaram Cr$ 10 milhões do paga-mento dos operários das obras de urbani-zação, mas tentaram incriminar os mora-dores do Pavão e Pavãozinho.

Sabendo disso, o Secretário deTrabalho e Habitação, Caó, esteve reuni-do domingo passado com os moradoresdo Cantagalo e chamou a atenção sobreesse fato — observou Dionísio.

Ele disse ainda que a comunidadenão pretende destruir as obras do telefé-rico (plano inclinado), que estão sendofeitas no Pavãozinho, em protesto pelaprisão de Tonho, mas pediu apenas paraque fossem interrompidas. Contou queTonho tem um filho e está casado comuma mulher que se encontra em períodode gravidez.A primeira coisa que vão tentar éinvadir a casa do Tonho e expulsar afamília dele — disse. Dionísio disse terrecebido informações de que a PM per-manecerá 24 horas por dia no morro,durante 30 dias, para evitar que o pessoaldo Cantagalo invada o Pavão e Pavão-zinho.

Mas depois que eles forem embo-ra. o Tonho tem que estar aqui — con-cluiu.

PM só usa metade do efetivo

para dar segurança ao

povoEm cidade como o Rio, com altos

índices de criminalidade, 46,82% do efe-tivo da Polícia Militar — 29.302 policiaisem todo o Estado — estão à disposiçãode órgãos governamentais, temporaria-mente afastados do serviço ou em fun-ções burocráticas. O restante, pouco maisda metade (53,18%), é responsável pelasegurança de toda a população do Esta-do. Esses dados fazem parte do últimoRelatório Reservado da Polícia Militar.

,T~ .Oficialmente à disposição dos órgãosgovernamentais estão 537 homens. Só aseryiço do SNI, e do Serviço Secreto doI Exército, estão quase 200 homens. Osdemais servem no Gabinete Militar daPresidência da República, na l1 RegiãoMilitar, nas Secretarias de Polícia Judi-ciaria e de Justiça, entre outros órgãos.

11 Dos 7.065 policiais empregados emserviços externos e internos, 1 mil poli-ciam as agêncis do Banerj, desde 1981,peló que a Polícia Militar recebe CrS 600milhões mensais. Contribuem tambémpara a queda do efetivo no patrulhamen-to ostensivo — principal função da Poli-cia . Militar — os afastados temporaria-mente, por férias, licenças, tratamentosde saúde, cursos, penas disciplinares e atémesmo à espera de reforma.

Balanço do EfetivoA proporção de policial por habitan-

te no Estado é de 1 para 365 habitantes,segundo o Relatório. Eles estão distribuí-dós assim: Região Serrana, 389 policiais;Nõrte, 1.066; Médio Paraíba e LitoralSül, 1.120; Baixo Litorânea, 1.969 e aMetropolitana (Rio, Baixada Fluminen-sé',' Niterói), com 24,758 (64% do efe-tivo).' O efetivo é composto de 41 Coronéis,121 Tenentes-Coronéis, 280 Majores, 479Capitães, 661 Tenentes e Aspirantes, 134Oficiais Alunos, 382 Subtenentes, 612 l°s

sargentos, 1.298 2°s sargentos, 1218 3°ssargentos, 3.657 cabos, 19.856 soldados e561 soldados de 2S classe. O efetivoprevisto para a PM, e aprovado pelaAssembléia Legislativa em 1983, é de36.276 policiais, o que deixa um claro de6.974 homens.

Fora da PM estão 537 homens, distri-buídos na Presidência da República (39);Justiça Federal (3); Ministério do Exérci-to (90); Ministério da Educação e Cultura(2); Poder Legislativo (2); Ministério daJustiça (2); Secretaria de Justiça (43);Assembléia Legislativa (21), GabineteMilitar do Governo do Estado (184);Proderj (1); Secretaria de Polícia Civil(90); Detran (2); Justiça Estadual (19);Caixa Habitacional (21); Prefeitura deNiterói (1), Prefeitura do Rio de Janeiro(25) e Secretaria de Planejamento e Con-trole (2).

A média mensal dos afastados da PMé de 5.733 policiais e desse total 35,55%representam policiais em férias (2.153).Além das férias, há os que fazem cursofora da PM (10), os que cursam a PM(1.042), os presos (108), no Hospital (90)e os licenciados para tratamento de saúdee especial (1.694). Aguardando reformaestão 94 oficiais.

BanerjDos 7 mil 065 policiais empregados

em serviços internos e externos (burocra-tas, presídios), 1 mil vigiam as agênciasdo Banerj, há quatro anos, desde que foiassinado por CrS 31 milhões um convêniocom o Governo do Estado. A vigência docontrato terminou ano passado, mas foiprorrogado sine die. até que fique prontoo projeto em estudo, na Secretaria deJustiça, que criará o Corpo de Segurançado Banco e devolverá os mil soldados aopoliciamento de rua.

Atualmente, diz a assessoria do Ba-

i, mmm

Sexta-feira à noite, os moradores foram à 13a DP para exigir a libertação de TonhoFoto de Cartas Mesquita

Além de maconha e cocaína, os policiais apreenderam no morro oito carabinas

nerj, o contrato custa CrS 600 milhões,variável de acordo com o aumento sala-rial dos policiais. O intermediário daPolícia Militar junto ao Banerj para ocumprimento do convênio era, até asemana passada, o Major Riscala Corba-ge, acusado pelo grupo Tortura NuncaMais (grupo de ex-presos políticos) de serum dos torturadores durante a repressão.Embora Major da PM, ele era lotado noServiço de Operações do DOI-CODI.

A Polícia Militar, criada por decretoem 13 de maio de 1809, tem a missão deexecutar com exclusividade, ressalvadasas missões peculiares das Forças Arma-das, o policiamento ostensivo fardado naárea estadual, a fim de assegurar ocumprimento da lei, a manutenção daordem pública e o exercício dos poderesconstituídos.

É função da PM o policiamento os-tensivo normal, urbano e rural, a pé ouusando qualquer meio de transporte; opoliciamento rodoviário e ferroviário; opoliciamento florestal, de mananciais,portuário, fluvial e lacustre quando deresponsabilidade do Estado; o policia-mento de segurança externa dos estabele-cimentos penais do Estado, o policiamen-to e medidas de apoio às atividades daDefesa Civil.

Além das atribuições do decreto esta-dual, à Polícia Militar cabe, por força doque dispõe a Constituição Federal, serforça auxiliar e empregada em casos desubversão da ordem e de guerra, comofoi sua participação na Guerra do Para-guai, na Batalha Naval do Riachuelo. APM passou a ter missão específica depolícia a partir de 1968 com a edição doAI-5. Nessa ocasião, o Governo federalacabou com todas as guardas-civis do paíse colocou a PM nas ruas para o policia-mento.

Foto de Marco Antônio Cavalcanti

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212 n Io roderno n domingo, 7/7/85.TfvreM AT. no BRASIL

ObituárioKéas do caso

Mônica ficam,mais tensos

Os policiais ontem deplantão na 10'' Delegacia,em Botafogo, disseram queos três envolvidos no casoda estudante Mônica Gra-nu/.zo Lopes Pereira (Ri-cardo Peixoto Sampaio. Al-fredo Patti do Amaral eRenato Orlando Costa)presos na cela n" 4 estavam"nervosos, apavorados". Anotícia de que o PromotorÂngelo Glioche pedira acondenação dos três por ho-micídio qualificado e maisseis crimes foi-lhes transmi-tida ainda na noite de sexta-feira pelos advogados."Um absurdo. Não ma-tamos ninguém. Uma in jus-tiça. mas continuamos con-fiando nos advogados" —desabafou Alfredo Patti doAmaral, que conversou on-tem pela manhã com umpolicial de serviço. O dele-gado Santos Pereira proibiuas visitas em conseqüênciado grande número de ami-gos — só ontem em tornodc 30 — que queriam visitaros acusados.

Alfredo Patti do Amaraldesabafou dizendo ao poli-ciai que todos tinham come-tido o erro dc ocultar ocadáver mas que a denúnciado Promotor tinha sido"exagerada c absurda". Amaioria das pessoas que es-tiveram ontem na delegaciapara visitar os acusados eradc meninas. Algumas delastentaram entregar-lhes bi-lheics e revistas esportivas.

Amanhã, o Presidentedo 3" Tribunal do Júri, Ce-sar Augusto Leite, decidirásobre a denúncia da Promo-toria e os pedidos dc relaxa-mento dc prisão. O advoga-do Wilson Mirza, contrata-do por familiares de Ricar-do Peixoto Sampaio, infor-mou que a "defesa está as-sistindo a tudo com sereni-dade e vigilância e queoportunamente definirá suaorientação que a muitos po-derá surpreender".

O advogado insistiu cmque o Ministério Público,em sua denúncia,"cometeuexcessos intoleráveis" e ci-tou os pedidos do PromotorÂngelo Glioche, como o dcexame dc corpo dc delitopara Ricardo, Alfredo eRenato a fim dc ser consta-tado sc já se dedicaram áprática dc sodoinia. WilsonMirza esclareceu que o JuizCésar Augusto Leite teráccrta dificuldade cm anali-sar o pedido de relaxamen-to dc prisão.— Como disse na minhapetição — continuou o ad-vogado — o Ministério Pú-blico na realidade simples-mente requer a conversãoda prisão em flagrante emprisão preventiva, emboraisso demonstre a ilegalidadeda prisão dos envolvidos,que hoje completa 20 dias.

Uma fonte do MinistérioPúblico garantiu que constados autos elementos dc pro-va suficientes para incrimi-nar os três envolvidos cmhomicídio qualificado. Oinformante acrescentou quepoucas pessoas leram os au-tos e entre essas pessoasestão os próprios advoga-ilos de defesa que

"não pa-raram para refletir".

O intcrrogatorio dosacusados deverá ser no finalda próxima semana. Trêsdias depois será a fase dadefesa previa (alegaçõespreliminares), quando nor-malmente os advogadosnão dão indicações sobic atese de defesa, limitando-seapenas a negar todas asacusações.

Os advogados tentarãolevar depoimentos dc peri-tos e delegados na ivlesaprévia, apos as diligênciaspedidas pelo Mim-icrio Pu-blico no dia da denúncia.Na noite de sexta feira, oPromotor Ângelo Gliochedenunciou Ricardo. Alfre-do c Renato por homicídioqualificado até a guarda deentorpecentes. A peçaacusatória poderá resultarpara os acusados cm 107anos de reclusão. SegundoGlioche, consta nos autosprovas detalhadas e clarasile que os ;rés rapazes mata-ram Mônica Granu/zo Lo-pes Pereira, na noite de l'ipara 17 de itinho. "por mo-tivo lorpe em \i-ta de suareação "a violência sevu.ilexercida pelos três auisa-dos.

RioAldílio Sarmento Xavier, ro

anos. de in farto agudo do mio-cardio. no Prontoeot da Lagoa.Militar, capixaba, viúvo deMagdalcna Souza Scixas Xa-vier. Morava cm São Conradoe tinha dois filhos. Aldílio tinhaa patente dc coronel de inlan-taria do Exército, tendo sidopromovido por merecimentoem ll)77. Recebeu as medalhasdo Pacificador.de Ouro por .11)anos dc bons serviços e Ordemdo Mérito Militar.

Alice Carvalho dc Oliveira,S5 anos. de artcrioscierose cai-diorrenal. em sua residência,na Rua Domício da Gama, Ti-jucá. Natural do Rio de Janei-ro. era casada com Darcv Fun-chal.

Isidro Pinto da Costa, 80anos. de embolia pulmonar, naBeneficência Portuguesa. Por-tuguês de Sinfaens, era aposen-tado.

Ascensão Tavares, ()0 anos.de miocardiosclerosc, cm suaresidência, na Rua André Ca-valcanti, 238. Centro. Naturaldo Rio de Janeiro, era aposen-tada.

Antônio Rafael Pereira. 67anos. de parada cardior-respiratória, no Hospital doInamps do Andaraí. Portu-guês. aposentado, casado comMaria do Carmo Morais Perei-ra. tinha três filhos.

( armem de Sequeira Cardo-sn. anos. de pneumonia, no'Semic. em Botafogo. Naturaldo Pará. era viúva de Maximi-no Domeciano Cardoso tinhaquatro filhos.

Henriqueta de Souza Gue-des. 84 anos, de insuficiênciacardíaca, na sua residência, naRua Inhomirim. em São Cris-tóvào. Portuguesa, viúva de Jo-sé Rodrigues de Magalhães.

Iara de Oliveira Braga, 71anos. dc insuficiência respira-toria. na Casa de Saúde SantaTerezinha, na Tijuca. Natural

de Janeirodo Rio de Janeiro, viúva deManuel Pereira Braga.

Kl/a Ferreira Corrêa Lima.5(i anos. de insuficiência respi-ratoria. em sua casa. na Ruadas Laranjeiras. Professora,casada com Wilson Corrêa Li-ma. era natural do Rio de Ja-neiro.

Romênia Rodrigues da Silva.52 anos. de fibrinólisc, no Hos-pitai São Francisco de Paula.Natural da Bahia, morava emCampo Grande.

Ciuiomar Samico, 73 anos,de parada cardíaca, cm suaresidência, na Rua Ibituruna.Tijuca. Natural do Pará, erasolteira.

Walter Fialho Stoitenberg,39 anos, de septicemia, noHospital São Lucas. Natural doRio Grande do Sul. era funeio-nário público, solteiro e mora-va em Ipanema.

José Silvano, 63 anos. deedema pulmonar, em sua resi-dência, na Rua Nossa Senhoradas Graças, em Padre Miguel.Natural do Rio de Janeiro, aju-dante de caminhão, casado, ti-nha três filhos.

Lucinda Maria Machado, 89anos, de acidente vascular ce-rchral, em sua residência, naRua Bela. São Cristóvão. Na-tural do Rio de Janeiro, viúvade Hércules Provenzano, tinhanove filhos.

Vicente Alberto Brasil de Mi-randa. 7h anos. de emboliapulmonar.na Casa de SaúdeSanta Terezinha. Natural doRio Grande do Sul. era casadocom Ccnira Dias de Miranda.Morava na Tijuca.

Marco Aurélio Monteiro, 16anos, por ferimento a bala emfrente a sua casa. na Manguei-ra. Estudante, natural do Riode Janeiro, filho dc NeuzaMonteiro, era ritmista da bate-ria-mirim da Estação Primeiradc Mangueira.

Alfredo Barhieri. 62, em SanJuan de Porto Rico. Ator comi-co argentino, muito conhecidonos países latino-americanos decolonização espanhola, assimcomo sua irmã Carmen Barhie-ri, com inúmeras participaçõesem revistas musicais, rádio, te-levisão e cinema. Era filho deGuillermo Barbieri, um dosguitarristas que acompanharamCarlos Gardel e que morreu,como o cantor, num desastreareo em Medellín, Colômbia,em junho de 1935.Henry F.llcnbngen. 85, em Mia-mi. Durante 30 anos trabalhoucomo juiz em Pittsburg, depoisde cumprir três mandatos legis-laiivos no Congresso dos Esta-dos Unidos, onde defendeu oNew í)eal de Franklin Roose-velt. Aposentou-se em 1977.Inin Eiircnpreis. 65, em Münster, Alemanha Ocidental. Es-pecialista em Jonathan Swift(autor das Viagens de Gulliver)e em literatura inglesa do sécu-Io 18, que lecionou na Uníver-sidade de Virgínia, EUA. seupaís natal. Escreveu uma triio-gta sobre o romancista inglêscom os títulos Swift, The Man,His Works e The Age. Foi elei-to para a Academia Norte-Americana de Artes e Ciênciasem 1980.Chris Woods. 59. em Nova lor-que. Saxofonista, tocou emgrupos de jazz comandados porDtzzv Gillespie. Clark Terrv,S\ Oliver e Buddv Rich. Seuestilo no sax alto combinava oespírito cantante e fervoroso deum Johnny Hodges ou de umWillie Smith com o fraseadobe-bop de um Charlie Parker.Nasceu em Menphis, Tennes-see. mas fez carreira em St.Louis. onde tocou em váriasbandas e criou seu próprio gru-po. Em 1955 teve um programasemanal de TV. Mudou-se paraNova Iorque em 1962 e depoisviajou pelos Estados Unidos epela Europa com as bandas oupara apresentações como solis-

Exteriorta. Tocava também sax baríto-no, clarineta, flauta e piccolo.Edward Evarts. 59. de ataquecardíaco, em Washington. In-ventou um método muito utili-zado para registrar eletrica-mente o funcionamento das cé-lulas cerebrais. Trabalhava noseu laboratório, no InstitutoNorte-Americano de SaúdeMental, quando sofreu o ata-que, na terça-feira. Entrou pa-ra o instituto em 1953 e chefiouo seu laboratório de neurofisio-logia desde 1970. Era uma au-toridade em processos cere-brais de controle do movimen-to e da memória. Investigou anatureza da atividade cerebraldurante o sono. a relação dossonhos com as alucinações, ainfluência das drogas nos siste-mas de percepção visual edoenças neurológicas como omal-de-Parkinson. Foi eleitopara a Academina Nacional deCiências e para o Instituto deMedicina dos Estados Unidos eem 1983 recebeu alta condeco-ração da Sociedade FilosóficaNorte-Americana.Barry Crane, 57, assassinadoem Los Angees. Diretor deseriados de televisão, entre elesalguns episódios de Dallas.Uma empregada achou o corpode Crane na garagem de suacasa. Segundo a polícia, ele foimorto a pancadas por desço-nhecidos.

Luís Rogclin Nogueras. 40,do mal de Hodgkins. um tipode câncer do sistema linfático,em Havana. Poeta e ficcionistacubano, obteve o prêmio Casadas Américas de 1981 com oromance Imitação da Vida.Surgiu no panorama literárioem 1967, quando seu livro Ca-beza de Zanahoria recebeu oPrêmio Juvenil de Poesia daUnião Nacional de Escritores eArtistas de Cuba. Escreveu osroteiros de dois filmes de gran-de sucesso em Cuba, El Briga-dista e Guardafronteiras, am-hos do diretor Octavio Corta-zar. e era chefe de redação darevista Cine Cubano.

AGUINALDO FERREIRA LEITE(MISSA DE 7o DIA)

Justina Lones Mais, Eliane e Aguinalclo Ferroíra Leite Filho e filhos, Eliane e Volta re VaiieGasoar e filho. Cecília e Manoel Ferreira LeiteNletto e filhos. Therezinha e Janni Contopou-

los, filhos e netos e Reginaldo Ferreira Leite convi-dam oara a Missa De Sétimo Dia que mandamcelebrar pelo descanso eterno na alma depranteado AGUINALDO, as 19 horas cie 2a feira 8 deJulho na Igreia da Ressurreição, a Rua FranciscoOtaviano, 99, Copacabana

EOUAIjlDQ LOPES RODRIGUES

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portnte

31/08/07 — 09/07/30No quinto aniversário fie seu falenn •-••rosua ! '^.a M v a L . • esu is re' is E m e eM-): i Carmorn porlem • ¦••- >••• • ; •••••¦>

ar qos coi< ühs e e¦• a ,nc* o rp '0,r>• «í gmnoo-se i--" <s '• .¦•:•- e-n

•-• ¦ i t( ¦ Hi - í< ;. '• r to EDI AR: >0

Governo interpela empresa t

sobre seqüestro de avião

JOSE BEZERRA MONTEIRO(Mis>o de 7o Dio)

'vm aenros Pae pes*

tQu 13S 0 COn v - pâM -IP " iJtfi Ou6 'eâi*ZâOcl

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Brasília — As autoridades brasileiras vãoexigir uma justificativa oficial da British Air-ways sobre o desvio de rota do aviao Tristar.na noite de sexta-feira, quando fazia o vôo 244do Rio de Janeiro para Londres, com 1811passageiros.

Um assessor do Ministro da Aeronáuticaclassificou o desvio de imperícia e confirmou amudança da rota na altura de Fernando deNoronha, e que o piloto emitiu em códigosinais dc seqüestro recebidos pela torre doaeroporto de Recite.

O piloto avisou também que estava sedirigindo para Port of Spain. devido a avariano sistema hidráulico, mas "os técnicos daFAB (Força Aérea Brasileira) não acharamlógica aquela opção porque era quase o dobroda distância da volta ao Rio de Janeiro",segundo o assessor.

Para ele. o vazamento de óleo nas turbinasdepois de certo tempo de uso e coisa corriquci-ra e. na necessidade de manutenção dc turbi-nas, como as do Tristar. o serviço pode ser

feito no Rio O aparelho, segundo a Briri^hAirwavs. partiu de Port ol Spain para 1 ondresàs 21 h de ontem.

O Ministro da Aeronáutica. BrigadeiroMoreira Lima. não quis se pronunciar sobre adivulgação, feita pelas autoridades brasileiras,dc que estava havendo um seqésiro. MoreiraLima disse que não fa!aria"sem antes conheceros detalhes e receber um relatório da compa-nhia aérea". Fie espera a transcrição da fitaem que estão grav ados os diálogos do piloto daBritish Airways com o controle de vóo noBrasil.

O Brigadeiro Moreira I una preferiu res-saltar o bom desempenho da segurança dosaeroportos brasileiros, como o Sistema deProteção ao Vôo, o Serviço dc Busca e Salva-mento e a segurança na revista dos passageirosno Aeroporto Internacional do Rio de Janei-ro. "Num momento cm que todos estão trau-matizados com seqüestros aéreos, é bom saberque a população pode viajar tranqüila emaviões no Brasil", concluiu o Ministro.

Polícia restabelecerá revista

O restabelecimento da revista da passagei-ros dos aviões vai ser sugerida pela PolíciaFederal aos Ministérios da Aeronáutica e daJustiça, pois, segundo o superintendente FábioCalheiros, "só com esta medida, que causacerto desconforto aos passageiros, poderão serevitados seqüestros ou a colocação de bombasnos aparelhos".

O Diretor Geral da Polícia Federal. Coro-nel Luís Alencar de Araripe, e o Superinten-dente Regional, Fábio Calheiros, já discutiramo problema de segurança nos aeroportos doBrasil, em especial o Internacional do Rio deJaneiro, e mantiveram contatos com diversas1autoridades.

A revista pessoal de passageiros em vôosinternacionais vem funcionando no Aeroporto

do Rio desde o dia 24 do mês passado, comoresultado da preocupação da A RS A ante arepetição de seqüestros de aviões em algunspaíses.

Com a autorização dos Ministros da Acro-náutica e da Justiça, serão revistados não sópassageiros como as valises. bolsas e sacolas demão. e as malas passariam pela aparelhagemque detecta a presença de objetos metálicosnas bagagens. Segundo a Polícia Federal,experiência anterior reduzira as dificuldadesde adoção do sistema. No Aeroporto Interna-cional do Rio. trabalham diariamente 130policiais federais. A ARSA mantém um es-quema próprio de circuito fechado e a segu-rança conta ainda com homens da Polícia Civile soldados da Polícia Militar.

Americanos reclamam segurança

O Aeroporto Internacional do Rio deJaneiro é um dos mais perigosos do mundo,afirmou o jornal norte-americano The NewYork Times cm uma reportagem de páginainteira, publicada cm 23 dc junho, com basecm levantamento feito por seus corresponden-tes nas principais cidades do mundo.

O jornal considera que a segurança doGaleão "c frouxa, só comparável dos acropor-tos dc Lima e da Cidade do México", erelaciona Tóquio, Tel Aviv. Zurique e Lon-dres como as cidades onde a segurança acro-portuária é dc "alto padrao .

"A presença da polícia no Aeroporto doRio é mínima, e embora as salas de esperapara vôos internacionais e domésticos sejamseparadas, é fácil se movimentar dc uma paraoutra", afirma Constance Rosenblum. do NewYork Times.

O Jornal americano explica que a seguran-ça nos aeroportos varia muito ao redor do

mundo, c. dc acordo com o levantamento dosseus correspondentes a "segurança nos paísesdesenvolvidos tende a ser relaxada, mas naAmérica do Norte (Estados Unidos e C anadá)e nos países do bloco comunista, torna-serigorosa".

F.ntrc "os bem mais seguros "estão osaeroportos da União Soviética China, Viet-nam c Polônia. A segurança é descrita como"alta" em Bangkok. Cingapura c Kuula Lam-pui, mas a "énlase (nestas cidades) se deslocamuito mais para a preservação de tráfico dcdrogas do que para os seqüestros de aviao .

Em alguns países da África e OrienteMédio, a segurança também é descuidada. Noaeroporto Jomo kenyatta. em Nairóbi (naQuênia), toda a bagagem passa pelo raios-X,havendo também inspetores que revistam asbagagens de mão Uin dctcctor de metal élambem usado nos passageiros. O acesso deembarque também £• controlado.

Perícia se define sobre

barqueiro de Baumgarten

O Instituto Médico Legal, se dispuser dalista de quesitos, começa amanhã a examinar aossada de homem exumada em Tcresópolis nodia 3. a fim de esclarecer se ela corresponde ounão ao barqueiro Manoel Valente Pires, quedesapareceu juntamente com Alexandre vonBaumgarten. O promotor e o delegado queatuam no caso. Murilo Miguel e Ivan Vasqucs,divergem sobre ;i questão.

(1 principal exame será o de comparaçãoda arcada dentária do esqueleto com a lichaodontológica do barqueiro, já fornecida aopromotor pela mulher de Manoel, Maria Ci-s.iltina Pastor Pires. O documento é recente cpoderá ser decisivo na identificação da ossada,ja que o harqueito marcara consulta com odentista para o dia seguinte ao do desapareci-mento.

O delegado Roberto Lohianco. da 101'*DP (Tcresópolis) — encarregado dc formularos quesitos paru os peritos — pretende apre-sentar o máximo de perguntas. Ele quer sabera altura do esqueleto, raça. a idade, um exameapurado da arcada dentaria para comprov ar seos dentes da vitima são naturais ou postiços.— Sc for o barqueiro. ficará comprovadoo triplo-homicídio porque dois cadáveres |áestão reconhecidos: o de Baumgarten c o dcsua mulher. Jcanette ITansen. Mas, pelo que vida exumação e pelo que a mulher do barqueirome disse, acho que esse corpo não e de ManoelPires — declarou o delegado Ivan Vasqucs.

Maria Cisaltina contou a cie que seumarido não usava dentadura, embora lhe tal-

A FAMÍLIA DE

RACHEL RUBINSTEIN KRAIZER

com profunda tristeza comunica seu faleci-

mento. O enterro sairá da Rua Barão de

Iguatemi — n 306, as 11:00 horas de HOJE,

Domingo, para o Cemitério de Vila Rosali.V

EUZEBIO DE ANDRADE SILVA

(MISSA DE 7o DIA)

JL A Família cie EUZEBIO DE ANDRADE SILVA, porI meio de todos os seus familiares, agradece as

manifestações cie pesar recebidas por ocasião de seufalecimento e convida para as missas que se-ão ce'ebra:das nos locais e hcarios a na xo 2' te 'a — aa 08 as Jho-as — Igre a S Coração de Jesus Padre M g .e 3S xeira

— cjia 09 as "0 horas — Igreja N. Sra da Paz Ipanema

da 10 as 10 horas — lgre;a N Sra Candero Neste mesmo dia as 18 horas - Paroquia de B im

ti m Bom jardim - Estado do Po

SrfNite GOfcS - INPE , ¦ • 1 ' ' ' .!!• SP 6 I

te?

A freme fria em São Paulo deverá causar instabilidade edeclínio na temperatura na região, provocando aumentodc nebulosidade no Rio de Janeiro. No Sul e no MatoGrosso do Sul o eleito da massa de ar polar que acompa-ilha a frente fria causa forte resfriamento e chuvas espar-sas. Nas Regiões Noite e Nordeste, predomina o bomtempo; apenas no Amazonas e litoral nordestino poderãoocorrer chuvas isoladas.

No Rio e em NiteróiTempo paitiaimentc nuhlado .i nu-hlacio com chuva» esparsas, lemp?-ratura estável, aecunando depusOs ventos serão dc N"n>e<te a Sn-doeste fracos a moderados com raia-dav ocasionais. A visibilidade serámoderada AS temperaturas máximae minim? registradas ontem foramdc 33 4 c 17 1, em Realengo.As Chinas — Precipitação cm nnli-metros nas últimas 24 horas: (' 0;acumulada este més 0.0; normalmensal 42 acumulada este ano.9-íc 3 normal anual: !0"15 S() Sol Nascerá às (*»h.Umin e oocaso ••erá as !7hülm»n

Mar - V" Rio de JaneiroPrcamar 114 h : n \ .2 m e

7 h ' 2 m i n ! . 1 m . h :i t < ;• rr. a rirhPmin 0.3n l rr Ar.jira des Reis

Prcamar OJrdJrnm 1 Ira e1 b h 5 2 m i n l i iv.. ^ i s a - m a i00h44min'0 e 'ifthVi....! 1 !;n.Em Cabo Frio — iie.^ar04h5?min/1 ftm e 18h0°min 0 Qm. OSalvamar informa que o mar estácalmo com águas a 21 graus

A Lua

lassem alguns dentes, ('um a ossada foi encon-trada uma prótese móvel, superior, com 12dentes.

Roberto Lohianco vai encaminhar os que-sitos amanhã ao diretor do Departamento dePolicia Técnica. Roberto Vilarinho. Ele expli-cou que seni com base nas informações conti-das no processo do aparecimento do cadáver,(encontrado no dia 16 de outubro de IUN2.totalmente carbonizado, às margens da Rodo-via Rio-Bahia, na altura do Soberbo) e noconhecimento do Promotor Bernardcs e dodelegado Vasqucs. que vai elaborar os qnc-sitos.

— São os quesitos de praxe, e vou mevaler da experiência dos peritos — disse 1 o-hia nco.

Os exames serão coordenados pelo medi-eo-lcgista Nelson de Almeida Santos e não temdata prevista para terminai. O primeiro passoserá lavar e montar o esqueleto mas os restosdc uni tecido quadriculado nas cores vermelhoe branco c pedaços de jornal, encontradosjunto a ossada, também serão periciados. poisestão intrigando os policiais que investigam ocaso. Isto porque na ocasião cm que o cadáverfoi achado, eles não existiam, e portanto nãoconstam dos laudos cie necrópsia feitos aépoca. Segundo um policial, que não sabecomo o tecido c o jornal foram parar dentro Jacova em que o homem foi enterrado, nadaresistiria a ação do caloi intenso quando ocadáver foi cremado

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Nova17/7

nMinuuunte10.7

Máx 2" 2. nitn 20 0 Bahia nub aene ochuvRs esp no litoral do Esta-do Demais reg p»e nub Tetnp:\ -1 An ci — Máx 24 .2. mm 21 9.Mato (í do Sul nub a pie nubc chuvas isol no Norte do Estado.Pte nub c possib de geadas no Sul do1 stado. lemp: Est Mi»toiirr>s.vi nuba pte nub c/chuvas isol no Sul doEstado Dernaif reg. pte nub TempEstável — Máx. 18.-C min 14 3.CíiiiAs pte nub a nub c/chuvas esp noSul do Estado. Demais reg. pte nubTcmp: Est. — M;U. 22.4, min 12 fvííisTlto Federal: pte nub a nub c nos-sibilidade de pnes de chuvas isol.Temp: Estável - Máx 24 4. min.13 Minas Gerais: pte nub a nubc c!-uvas ao Sul Demais reg pte ni'ba nu» Temp: Em lig elevação —Máx. 21- 8. mm 13 K.spírltn Santo:pte ni.b nvu a<i amanhecer Temp:l.ig elevação — Máx. 28 2. min.20 8. São Paulo: ene c. chuviscns echuvas esp o períodos de melhoria çnévoa úmida no período. Temp Emdeclínio — Max 21 5. min 17 1.P:jninfl nub c/penoílos de ene c/chu-viscos isolc/névoa úmida. Temp Emdeclínio — Máx. 16 0. min 11.7.Santa Catarina ene a nub c/chuvas,melhorando no final do período noLitoral Norte. Vale do Itajaí e Pia-nalto Norte. Demais reu ene a nubc/chuviscos esp passando a nub nodecorrei do período. Temp Em dc-chnio — Max. 17 6, min. lb.9 RioG. do Sul claro tí f>eríodos de ptenub nub no Litoral Sul, Campanha.Sul do Vale do Uruguai, Missões eOeste da Depressão Central. Dc-mai> enc a nub c/chuviscos esp pas-sando a pte nub no decorrer doperíodo Temp: Em declínio — Máx15 min. 13».

Nos EstadosAma/onav pte nub a nub c chuvasesp no Nordeste do Est ido Demaisree pie nub Temp Est Acre ptenub a nub c/chuvas esp Tcmp. EstRoraima pie nub lemp: Es'ãvel.Rondônia: pte nub a nub c/chuvasesp Temp l:>t Phi A pte nub a nubcchuvas esp nt» Norte do Estado.Demais reg pie nub Tcmp EstMax. 32.0. mm. 25 '> \rwpá ptenub lemp Est — Max 30 4. min23 8 Marn-ihão pte nub e isc noNorte do Estado Demais r«-g pienub Temp. Est - Max 30 8. min.22-5 Piau! pte nub a nub c ise noNorte do Estado Demais reg ptenub Temp Est ( earfl pie nub anub c isc no Norte do Estado De-mais reg pte nub Temp EmMáx 30 0. min 23 V Rio G. doNorte enr a nub c-chuvas no litoraldo Estado Demais reg pte nuhTemp Estável Pernambuco-Fhiraíba nub a ene c chuva*, esp nolitoral do Estado Demais rec ptenub lemp Estável - Max > o.min 21 ^ AlngOHvServ.ip** nub aene c/chuvas esp Tcmp Estável -

No mundoAberden. 12. limpo. Amsterdã. 18,limpo; Ancani. 22. limpo. Atenas.28 limpo. -\ticklRnd. 0. limpo. Bel-rnte 27 limpo. Berlim 25. Iimt>">.Honn. 19. nublado. BnixeUs. 20.limpo. Casablanca. 24. encoberto.Cairo. 31. limpo; Coi^nliugue. 23,.limpo. Cfiljjary. 32. encoberto; I"Hj-hlln. 1^. encoberto. l>acar. 27. enco-betto. los Aneles. 2(*. neblina.Moritreai. 20. nublado. Momtoii. 15.chuva. Nalrbbl. 24. nublado. Sassiu».2W encoberto. Nice. 27, limpo. NovaJMi. 36. limpo. Novn Iorque. 26.nublado. Oslo. 24. limpo. Ottuwa.30, chuva; Paris. 22. limp*». Pequim.30. nublado: l*rvtí>rln. 20. limpo.Riad. 30. limpo. Roma. 30. liinj*).San Francl<«>. 1 <>. bom. ír-etil, 23.encoberto. Sofia. 21. encoberto;Sydney. 14 nublado, Talpe. 30. Iim-p'. Toronto. 28. nublado Vars/»vla.2' . enc*>bfrt«>. Viena, 22. limpo. Wa-shmiiton. 24. bom. VMnntp»*!. 2^.nublado.América LatinaRiu nos Mres. ?. encoberto, Cararas.2i. nublado; Ha vana 24. nunlado;Lima. 16. nublado. Santiago. 1. Iim-po;

I¦ii—>iiiii)n In mmaasmmvEisamaa Trnnnmr-nririrrin «mm

Sanitarista atribui

à idade dos pacientes

o sarampo em Niterói

O diretot lio •>< pai'ainemn de 1 pitlemi..' <cia da Secretana 1- st ad nal de S.uide. t i u.dio \maral. ch larcceu ontem queov 15 ca^os de var.m-po icci-irados no » enti > de Kecuper ic.ioda I iiF.M n-' Barre! - s;it< i»i q '« deu rnini iram a mu idn.àoda l:lsJ ooi• -• i ím em . rs tina» acima de cinco ano-, c,portanto n.io aíiPüd. pi ia campanha de x.vinaváo cm r.ia vicontra .1 iloctKa. juc al> c-aai . 1.• nove r.icsi •. a c.iu '

\ nlíc tis 4S5 Hilcrnos tio ( rnírc». o Departamento ciKfn-tron ainda "•< ca- ''- .k v ocei.- c li-> de rnhi-i Ia O < entio v.<reci lie criando mnia lc cinco ano- Cláudio Nin.ual c-u-ecccuque. com .1 c.inip.1 iSa. •> mime:" ili ca-->- de -ai im|-, uucentro janeiro e pinho ik foi c!c este ano h.n\ou para 10

nlomo ano o nianero dc a-o- c.uu dc 1 mil p.u isendo (juc destes sao em doentes entre cinco e _'ian«is, nao\ ac maili •-

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MARIA AC ARI NO ZAGARI

(FALECIMENTO)« Filhas nota 0 sobnnnos curTipr6nn o

dolcoso t)°ver c.a. comunicar o seu•aiec;—e"'o Ü convidam eai- qos ;i-v I o seiA/tamento HOJE

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HUMBERTO MOREIRA DE SOUZAMISSA DF OÜ

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Page 23: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

22 Io oaclsrno domtrig-o, 7/7/85 3o Clichê

Obituário

Rio de JaneiroAldilio Sarmento Xavier. v

anos. de infarto agudo do mio-cardio, no Prontocor da I agoaMilitar, capixaba, viuvo deMagdalena Sou/a Sci.vas Xa-vier Morava cm São ( ouradoe tinha dois filhos. Aldílio tinhaa patente de coronel de infan-taria do lixército. tendo sidopromovido por merecimentoem 1*177. Recebeu as medalhasdo Pacificador.de Ouro por .10anos de bons serviços e Ordemdo Mérito Militar.

Alice Carvalho de Oliveira.85 anos. de arteriosclerose car-diorrenal. em sua residência,na Rua Domicio da Gama. Ti-juca. Natural do Rio de Janei-ro. era casada com Darcy Fun-chal.

Isidro Pintn da Costa, 80anos. de embolia pulmonar, naBeneficência Portuguesa. Por-tuguês de Sinfaens, era aposen-tado.

Ascensão Tavares. 'XI anos.de miocardiosclerose, em suaresidência, na Rua André Ca-valcanti. 2.18, Centro. Naturaldo Fí.io de Janeiro, era aposen-tada.

Antônio Rafael Pereira. (i7anos, de parada cardior-respiratória, no Hospital doInamps do Andaraí. Portu-gués, aposentado, casado comMaria do Carmo Morais Perei-ra, tinha três filhos.

( armem de Sequeira Cardo-sn. ')4 anos, de pneumonia, noSemic, em Botafogo. Naturaldo Pará, era viúva de Maximi-no Domeciano Cardoso tinhaquatro filhos.

Henriquela de Sou/a Gue-des, 84 anos. de insuficiênciacardíaca, na sua residência, naRua Inhomirim, em São Cris-tóvão. Portuguesa, viúva de Jo-se Rodrigues de Magalhães.

Iara de Oliveira Rraga, 71anos, de insuficiência respira-tona. na Casa de Saúde SantaTerezinha, na Tijuca. Natural

do R;o ile laneiro. \uiva deManuel Pereira Braga.

Elza Ferreira Corrêa Lima.56 anos. de insuficiência respi-ratória, em sua casa. na Ruadas Laranjeiras. Professora,casada com Wilson Corrêa Li-ma. era natural do Rio de Ja-neiro.

Romênia Rodrigues da Silva.52 anos, de fibrinolise, no l ios-pitai São Francisco de Paula.Natural da Bahia, morava emCampo Grande.

(íuiomar Samico, 7.1 anos.de parada cardíaca, em suaresidência, na Rua Ibituruna.Tijuca. Natural do Pará, erasolteira.

Walter Fialho Stoltenherg,39 anos, de septicemia, noHospital Sáo Lucas. Natural doRio Grande do Sul. era funcio-nário público, solteiro e mora-va em Ipanema.

José Silvano. 6.1 anos. deedema pulmonar, cm sua resi-dência. na Rua Nossa Senhoradas Graças, em Padre Miguel.Natural do Rio de Janeiro, ajti-dante de caminhão, casado, ti-nha três filhos.

Lucinda Maria Machado. 8()anos, de acidente vascular ce-rebral, em sua residência, naRua Bela, São Cristóvão. Na-tural do Rio de Janeiro, viúvade Hércules Provenzano, tinhanove filhos.

Vicente Alberto Itrasil de Mi-randa, 76 anos. dc emboliapulmonar.na Casa de SaúdeSanta Terezinha. Natural doRio Grande do Sul, era casadocom Cenira Dias de Miranda.Morava na Tijuca.

Marco Aurélio Monteiro, 16anos, por ferimento a bala cmfrente a sua casa. na Manguei-ra. Estudante, natural do Riode Janeiro, filho dc NeuzaMonteiro, era ritmista da bate-ria-mirim da Estação Primeiradc Mangueira.

ExteriorAlfredo Barbieri. 62, cm San

Juan de Porto Rico. Ator comi-co argentino, muito conhecidonos países latino-americanos decolonização espanhola, assimcomo sua irmã Carmen Barbie-ri. com inúmeras participaçõesem revistas musicais, rádio, te-levisão e cinema. Era filho deGuillermo Barbieri, um dosguitarristas que acompanharamCarlos Gardel e que morreu,como o cantor, num desastreaíeo em Medellín, Colômbia,em junho de 1935.

Henrv Ellenbogen, 85, emMiami. Durante 30 anos traba-lhou como juiz em Pittsburg,depois de cumprir três manda-tos legislativos no Congressodos Estados Unidos, onde de-fendeu o New De.al de FranklinRoosevelt. Aposentou-se em1977.

Irvin Ehrenpreis, 65, emMünster. Alemanha Ocidental.Especialista em Jonathan Swift(autor das Viagens de Gulliver)e em literatura inglesa do sécu-lo 18. que lecionou na Univer-sidade de Virgínia, EUA, seupaís natal. Escreveu uma trilo-gia sobre o romancista inglêscom os títulos Swift, The Vlan,His Works e The Age. Foi elet-to para a Academia Norte-Americana de Artes e Ciênciasem 1980.

Chris Woods, 59, em NovaIorque. Saxofonista, tocou cmgnipos de jan comandados porDiz/v Gillespie, Clark Terrv.Sy Oliver e Buddv Rich Seuestilo no sax alto combinava oespírito cantante e fervoroso deúm Johnnv Hodges ou de umWillie Smith com o fraseadohe-bop de um Charlie Parker.Nasceu em Menphis, Tennes-see. mas fez carreira em St.Louis. onde tocou em váriasbandas e criou seu próprio gni-po. Em 1955 teve um programasemanal de TV. Mudou-se paraNova Iorque em 1962 e depoisviaiou pelos Estados Unidos epela Europa com as bandas oupara apresentações como solis-

ta. Tocava também sax barito-no. clarineta, flauta e piccolo.

Edward Evarts. 59, de ata-que cardíaco, em Washington.Inventou um método muito uti-lizado para registrar eletrica-mente o funcionamento das cé-lulas cerebrais. Trabalhava noseu laboratório, no InstitutoNorte-Americano de SaúdeMental, quando sofreu o ata-que, na terça-feira. Entrou pa-ra o instituto em 1953 e chefiouo seu laboratório de neurofisio-logia desde 1970. Era uma au-toridade em processos cere-brais de controle do movimen-to e da memória. Investigou anatureza da atividade cerebraldurante o sono. a relação dossonhos com as alucinações, ainfluência das drogas nos siste-mas de percepção visual edoenças neurológicas como omal-de-Parkinson. Foi eleitopara a Academina Nacional deCiências e para o Instituto deMedicina dos Estados Unidos eem 198.1 recebeu alta condeco-ração da Sociedade FilosóficaNorte-Americana.

Barry Crane, 57, assassina-do em Los Angees. Diretor deseriados de televisão, entre elesalguns episódios de Dallas.Uma empregada achou o corpode Crane na garagem de suacasa. Segundo a polícia, ele foimorto a pancadas por desço-nhecidos.

Luís Rogélio Nogueras, 40.do mal de Hodgkins, um tipode câncer do sistema linfático,em Havana Poeta e ficcionistacubano, obteve o prêmio Casadas Américas de 1981 com oromance Imitação da Vida.Surgiu no panorama literárioem 1967, quando seu livro Ca-beza de Zanahoria recebeu oPrêmio Juvenil de Poesia daUnião Nacional de Escritores eArtistas de Cuba. Escreveu osroteiros de dois filmes de gran-de sucesso em Cuba, El Briga-dista e Guardafronteiras, am-bos do diretor Octavio Corta-7ar, e era chefe de redação darevista Cine Cubano.

AGUSNALDQ FERREIRA LEITE(MISSA DE 7° DIA)

tJustina

copes Mais. Eliane e Agumaldo F«rrpi.m Leite Filho e filhos, Eliane e Voltaire VaileGasoar e f lho Cecília e Manoel r:er<-p.-a ; eiteNetto e filhos, Therezinha e Janm Contopou

Ins fi'hos p netos e Reginaldo Ferreira Leite conviriam para a Missa De Sétimo Dia que mandamcelebra' pelo descanso eterno ia alma de se ;pranteado AGI. INiAlDO as 13 horas de T feira 8 o>Julho na Igreia ia Ressurreição, a Rua F ranciscoOtaviano, 99. Copacabana

EDUARDO LOPES RODRIGUES31/08/07 — 09/07/80

No Quinto aniversário de seu

tf ,h ' lha a . v-a ~ - jas nr • ,s [ -a e

1 ' I" " jnr» ar s? os ^mirins coleqas g e\-ak,nos tur 'pjprn

por pip, unindo se as missas rP'adas em• • ._ • ;o -v > r í)(j

JOSf BEZERRA MONTEIRO(Missa de 7° Dia)

í

Réus do caso

Mônica ficammais tensos

Os policiais ontem de plan-tão na 10a Delegacia, cm Bota-fogo, disseram que os três en-volvidos no caso da estudanteMônica Granuzzo Lopes Perei-ra (Ricardo Peixoto Sampaio.Alfredo Patti do Amaral e Re-nato Orlando Costa) presos nacela n" 4 estavam "nervosos,apavorados". A notícia de queo Promotor Ângelo Gliochepedira a condenação dos trêspor homicídio qualificado emais seis crimes foi-lhes trans-mitida ainda na noite de sexta-feira pelos advogados.

"Um absurdo. Não matamosninguém. Uma injustiça, mascontinuamos confiando nos ad-vogados" — desabafou Alfre-do Patti do Amaral, que con-versou ontem pela manhã comum policial de serviço. O dele-gado Santos Pereira proibiu asvisitas em conseqüência dogrande número de amigos — sóontem em torno de 30 — quequeriam visitar os acusados.

Alfredo Patti do Amaral de-sabafou dizendo ao policial quetodos tinham cometido o errode ocultar o cadáver mas que adenúncia do Promotor tinhasido "exagerada e absurda". Amaioria das pessoas que estive-ram ontem na delegacia paravisitar os acusados era de meni-nas. Algumas delas tentaramentregar-lhes bilhetes e resistasesportivas.

Amanhã, o Presidente do 3°Tribunal do Júri, César Augus-to Leite, decidirá sobre a de-nuncia da Promotoria e os pe-didos de relaxamento de pri-sáo. O advogado Wilson Mir-za, contratado por familiaresde Ricardo Peixoto Sampaio,informou que a "defesa estáassistindo a tudo com serenida-de e vigilância e que oportuna-mente definirá sua orientaçãoque a muitos poderá sur-preender".

O advogado insistiu em queo Ministério Público, em suadenúncia,"cometeu excessosintoleráveis" e citou os pedidosdo Promotor Ângelo Glioche,como o de exame de corpo dedelito para Ricardo, Alfredo eRenato a fim de ser constatadose já se dedicaram á prática desodomia. Wilson Mirza esclare-ceu que o Juiz César AugustoLeite terá certa dificuldade emanalisar o pedido de relaxa-mento de prisão.

— Como disse na minha pe-tiçáo — continuou o advogado— o Ministério Público na rea-lidade simplesmente requer aconversão da prisão em fia-grante em prisão preventiva,embora isso demonstre a ilega-lidade da prisão dos envolvi-dos, que hoje completa 20 dias.

Uma fonte do Ministério Pú-blico garantiu que consta dosautos elementos de prova sufi-cientes para incriminar os trêsenvolvidos em homicídio quali-ficado. O informante acrescen-tou que poucas pessoas leramos autos e entre essas pessoasestão os próprios advogados dedefesa que "não pararam pararefletir".

O interrogatório dos acusa-dos devera ser no final da pró-xima semana. Três dias depoisserá a fase da defesa prévia(alegações preliminares),quando normalmente os advo-gados não dão indicações sobrea tese de defesa, limitando-seapenas a negar todas as acusa-ções.

Os advogados tentarão levaidepoimentos de peritos e dele-gados na defesa prévia, após asdiligências pedidas pelo Mir.is-tério Público no dia da denún-cia Na noite de sexta-feira, oPromotor Ângelo Glioche de-nunciou Ricardo. Alfredo eRenato por homicídio qualifi-cado até a guarda de entorpe-eentes. A peça acusatóna po-dera resultar para os acusadosem IH7 anos de reclusão Se-gundo Glioche. consta nos íu-tos provas detalhadas e clarasde que os três rapazes mataramMônica Granuzzo 1 opes Perei-ra. na noite de 16 para T dejunho, "poi motivo torpe", emvista de sua reação 'a • lolênciasexual exeicida pcios trêsacusados

Desde ii inicio une a fa-milia vem dizendo que Ricardonão estava só no apart imentoA denúncia da Promotori i e »trabalho do delegado ClavdeRibeiro, que sofreu algumaspressões na Jil* Delegacia, es-tãi perto:")» H»tamo» ansiososcom os laudos que ainda nãoforam concluídos A famílianão esta satisfeita porque que-remos lu»t ça

' i 1esa'"> do c do • • • ie M >•nica. Serem 1 >. eu// • *uc .! >¦c . tr co;r. -. .i, 1>> -i:!; <dodo< laudo* >er man.puLi1.'"^v _;o -: >tn • .jui ¦ :v ' ¦cm . : mte 's Non 1'ere • i 'bem p-etende dar ur.j i"'"c

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Governo interpela empresa Tempo

sobre seqüestro de avião

Brasília — As autoridailes brasilenas tãoexigir uma justificativa oficial da Bntisli Air-wavs sobre o desvio de rota do avião I risiai.na noite de sexta-feira, quando fazia o vôo 24 !do Rio de Janeiro para Londies, com ISOpassageiros.

Um assessor do Ministro da Aeronáuticaclassificou o desvio de impericia e confirmou amudança da rota na altura de Fernando deNoronha, e que o piloto emitiu em códigosinais dc seqüestro recebidos pela torre doaeroporto de Recife

O piloto avisou também que estava sedirigindo para Port ol Spain, devido a avariano sistema hidráulico, mas "os técnicos daFAB (Força Aérea Brasileira) não acharamlógica aquela opção porque era quase o dobroda distância da volta ao Rio de Janeiro",segundo o assessor.

Para ele. o vazamento de óleo nas turbinasdepois de certo tempo de uso é coisa corriquei-ra e. na necessidade de manutenção dc turbi-nas, como as do Tristar, o serviço pode ser

feito no Rio O aparelho, segundo a Brilish•Vru.iys. partiu de Port o| Spain para I ondresas : I li de ontem

(1 Ministro da Aeronáutica. BrigadeiroMoreira I mia. não quis se pronunciar sobre adivulgação, feita pelas autoridades brasileiras,de que estava havendo um seqéstro MoreiraLima disse que não falaria"sem antes conheceros detalhes e receber um relatório da compa-nina aérea". Lie espera a transcrição da fitaem que estão cravados os diálogos do piloto daBritish Airways com o controle de vôo noBrasil.

O Brigadeiro Moreira Lima preferiu res-saltar o bom desempenho da segurança dosaeroportos brasileiros, como o Sistema deProteção ao Vôo. o Serviço de Busca e Salva-mento e a segurança na revista dos passageirosno Aeroporto Internacional do Rio de .lanei-ro. "Num momento em que todos estão trau-matizados com seqiiestros aéreos, e bom saberque a população pode viajar tranqüila emaviões no Brasil", concluiu o Ministro.

Polícia restabelecerá revista

O restabelecimento da revista da passagei-ros dos aviões vai ser sugerida pela PolíciaFederal aos Ministérios da Aeronáutica e daJustiça, pois. segundo o superintendente FábioCalheiros, "só com esta medida, que causacerto desconforto aos passageiros, poderão serevitados seqüestras ou a colocação de bombasnos aparelhos".

O Diretor Geral da Polícia Federal, Coro-nel Luís Alencar de Araripe, e o Superinten-dente Regional. Fábio Calheiros, já discutiramo problema de segurança nos aeroportos doBrasil, em especial o Internacional do Rio deJaneiro, e mantiveram contatos com diversasautoridades.

A revista pessoal de passageiros cm vôosinternacionais vem funcionando no Aeroporto

do Rio desde o dia 24 do mês passado, comoresultado da preocupaçao da A RS A ante arepetição de seqüestras dc aviões em algunspaíses.

Com a autorização dos Ministros da Aero-náutica e da Justiça, serão revistados não sópassageiros como as valises, bolsas e sacolas demão, e as malas passariam pela aparelhagemque detecta a presença de objetos metálicosnas bagagens. Segundo a Policia Federal,experiência anterior reduzira as dificuldadesde adoção do sistema. No Aeroporto Internacional do Rio, trabalham diariamente 130policiais federais. A A RS A mantém um es-quema próprio de circuito fechado e a segu-rança conta ainda com homens da Polícia Civile soldados da Polícia Militar.

Americanos reclamam segurança

O Aeroporto Internacional do Rio deJaneiro é um dos mais perigosos do mundo,afirmou o jornal norte-americano The NewYork Times cm uma reportagem dc páginainteira, publicada cm 23 dc junho, com baseem levantamento feito por seus correspondeu-tes nas principais cidades do mundo.

O jornal considera que a segurança doGaleão "é frouxa, só comparável dos acropor-tos de Lima e da Cidade do México", erelaciona Tóquio, Tel Aviv. Zurique c Lon-dres como as cidades onde a segurança aero-portuária é dc "alto padrão"."A presença da polícia no Aeroporto doRio é mínima, e embora as salas de esperapara vôos internacionais e domésticos sejamseparadas, é fácil se movimentar de uma paraoutra", afirma Constance Roscnblum, do NewYork Times.

O Jornal americano explica que a seguran-ça nos aeroportos varia muito ao redor do

mundo, e, de acordo com o levantamento dosseus correspondentes a "segurança nos paísesdesenvolvidos tende a ser relaxada, mas naAmerica do Noite (Fstados Unidos e ( anada)e nos países do bloco comunista, torna-serigorosa".

Entre "os bem mais seguros "estão osaeroportos da União Soviética China. Viet-nant e Polônia. A segurança e descrita como"alta" em Bangkok. Cingapura e Kuala Lam-pur, mas a "ênfase (nestas cidades) se deslocamuito mais para a preservação de trafico dedrogas do que para os seqiiestros de avião".

F.in alguns países da África c OrienteMédio, a segurança também c descuidada. Noaeroporto Jomo Kenvatta. cm Nairóbi (naQuênia), toda a bagagem passa pelo raios-X,havendo também inspetores que revistam asbagagens de mão. Um detector de metal etambém usado nos passageiros. O acesso deembarque lambem é controlado.

Perícia se define sobre

barqueiro de Baumgarten

O Instituto Médico-Legal, se dispuser dalista dc quesitos, começa amanhã a examinar aossada dc homem exumada em 1'eresópolis nodia 3, a fim de esclarecer se ela corresponde ounão ao barqueiro Manoel Valente Pires, quedesapareceu juntamente com Alexandre vonBaumgarten. O promotor e o delegado queatuam no caso, Murilo Miguel e Ivan Vasqucs.divergem sobre a questão.

O principal exame será o de comparaçãoda arcada dentaria do esqueleto com a fichaodontológiea do barqueiro, ]á fornecida aopromotor pela mulher dc Manoel. Maria Ci-sal11na Pasior Pires. O documento e recente epoderá ser decisivo na identificação da ossada.|a que o barqueiro marcara consulta com odentista para o dia seguinte ao do desapareci-mento.

O delegado Roberto Lobianco. da 101'DP (Tercsópolis) — encarregado de formularos quesitos para os peritos — pretende apre-sentar o máximo de perguntas Fie quer sabera altura tio esqueleto, raça. a idade, um exameapurado da arcada dentária para comprovar seos dentes da vitima são naturais ou postiços.— Se for o barqueiro. ficará comprovadoo triplo-homicídio porque dois cadáveres |áestão reconhecidos: o dc Baumgarten e o desua mulher. Jeanettc Hansen Mas. pelo que vida exumaçáo e pelo que a mulher do barqueirome disse, acho que esse corpo não e de ManoelPires - declarou o delegado Ivan Vasques.

Maria Cisaltina contou a ele que seumarido não usava dentadura, embora lhe tal -

A FAMÍLIA DE

RACHEL RUBiNSTEIN KRAIZER

com profunda tristeza comunica seu faleci-mento. O enterro saíra da Rua Barão deIguatemi — n 306, as 11:00 horas de HOJE

Domingo, para o Cemitério de Vila Rosa li.

A

EUZEBIO DE ANDRADE SILVA

(MISSA DE 7o DIA)

JU A Farr ia de EUZEBIO DE ANDRADE SILVA, por

| meio de todos os seus familiares, agradece asmar ''estações de pesar recebidas por ocasião de se j

falecimento e ccJnwja pana as mossas aue serão ce-ets*" =das !"OS ioca s e norar:os aoa -o 2' 'e:"a d a 03 as

"9

horas — cm f S Co! íção de Jesus Padre V gue1 3: feiradia 09 as '

0 noras igreia \ Sra da Paz Ipanema 4*'em ciia

"0 as 10 ooras — lgre;a \ Sm C-m>-am

Cenfo Neste me^^o ci a 3S ''c "oras f' moo - a Ie B

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Saielite GOES — INPE — Cachoeira Pai/hsta. SP (67 B5 — 18h)

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" aT ¦r Jm* ¦eg* tA frente fria em Sáo Paulo devera causar instabilidade edeclínio na temperatura na região, provocamio aumentv)de nebulosidade no Rio de laneiro. No Sul e no MatoGrosso do Sul o eleito da massa de ar polai que acoinpa-nha a frente fria causa forte resfriamento e chuvas c pai-sas Nas Regiões Norte e Nordeste, predomina o bomtempo: apenas no Ama/onas e 'litoral nordestino poderãoocorrei chuvas isoladas.

No Rio e í.'m NiteróiTempo parcialmente nuMado a nu-blado com chuvas esparsas Tempc-ratura estável, declinando depKMS.Os ventos serão de Noroeste a Su-doeste íracos a moderados com raia-das ocasionais A visibilidade se rãmoderada AS temperaturas máximae mínima registradas ontem foramde 3V4 e 17.1. cm RealengoAs Chuvas Precipitação em milímetros nas ultimas 2- horas 0 0.acumulada este tnê> 0 li. normalmensal 42.5; acumulada este ano.V noimal anual |MTÇ SO Vil — Nascerá ;\s 06h."i4min e t)ocaso será às I7h21min.

Mar No Rio dc Janeiro —Preamar. 0 4 h 5 5 m i n 1 2 m e

7 h ^ 2 m i n 1 . I m ; b a i x a ¦ m a r12hl7min 0 3m !-.m Anca dos ReisPreamar (Uhlimin Mm elfth52min 1 1 ni; bana-ma:(W)h44min 0 ^m c 16h52mm I ImFm Cabo Frio - Preamar04h51min/l Om e 1 ShOOmtn'0 OSalvamar informa que o mar estácalmo com águas a 21 graus

A Lua

CZl 10Minguante10 7

tassem alcuns dentes. Com a ossada foi encon-trada uma prótese móvel, superior, com 12dentes

Roberto Lobianco vai encaminhar os que-sitos amanhã ao diretor do Departamento dePolicia Técnica. Roberto Vilarinho. Ele cvpli-cou que seta com base nas informações conti-das 110 piocesso do aparecimento do cadáver,(encontrado no dia 10 de outubro de IW2.totalmente carbonizado, ás margens da Rodovia Rio-Bahia. na altura do Soberbo) e noconhecimento do Promotor Rernardes e dodelegado Vasques. que vai elaborar os que-sitos.

— São os quesitos de praxe, e vou mevaler da experiência dos peritos — disse I o-hianco.

()s exames serão coordenados pelo medi-co legisla Nelson de Almeida Santos c não temdata prevista para terminar. O pnmciro passosera lavar e montar o esqueleto mas os resiosdc um tecido quadriculado nas cores vermelhoc branco c pedaços de |omal. encontradosliinto á ossada, também serão periciados. poisestão intrigando os policiais que investigam ocaso. Isto porque na ocasião cm que o cadaverfoi achado, cies não existiam, e portanto nãoconstam dos laudos de necropsia feitos aépoca Secundo um policial, que nao sabecomo o iceido e o jornal foram pai ii dentro dacova em que o homem loi enterrado, nadaresistiria a ação do calot intenso quando ocadaver foi cremado

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Nos EstadosAma/onas pte nub a nuh c chuvasesp no Nordeste do fitado Demaisreg pte nub. Temp F.st Acre ptenub a nub c.chuvas esp. Temp F.st.Roraima pte nuh. Temp HstávelRnndnnia pte nub a nub c chuvasesp Temp: Est Pará pte nub a nubc/chuvas esp no Norte do EstadoDemais reg pte nub Temp: Est —Máx. M 0. min 25 ') AmnpA ptenub Temp: Est — Máx 10 4. min23 K Maranhão pte nuh o'isc noSorte do listado Demais reg ptenub lemp Est - Máx 30?, min22 5 Piau» pte nub a nub ctsc noNorte do Estado Demais reg ptenub lemp Est Ccarâ pte nub anub ctsc no Noite do Esíadmais reg pte nuh lempMá* 30.(1, min 23 Rln <1. ríoSorte ene a nub ochuvas no litoraldo Estado Demais reg ptTemp Estável IParaíba nuh a eni c 'hfvnslitoral do Estado (Vm.iis renub Temp Estável Maxmiri 2» ^ AI«w*aft-SerRÍpene c chuvas esp Temp í

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Máx 2 " 2. min 20 O Bahia nub aene c chuvas e>>p no litora' do Esta-do Demais teg pte nub TempEstável — MAx. 24 2, min 21 ^Mato dn Sul nub a pte nubc chuvas isol no Noite do EstadoPte nub i possib de geadas no Sul doEstado. Temp Est Malinjrmso nuha pte nub cchuvas isol no Sul doEstado Demais reg pte nub TempEstável Máx iS 4. min 14 *Colas pte nub a nub c/chuvas esp noSul do Estado. Demais r« c pie nubTemp: Est. Max. 22 4. min 12 oDistrito Federal pte nub a nuh pos-sihilidade de pnes de chuvas isol.lemp Estável — Max 24,4. min13 u Minas (íerals pte nub a nub

c chuvas ao Sul Demais reg pte nuba nub Temp Em lig elevação —Máx. 25 K. min 1.» b Espirltn Santopte nub. nvu ao amanhecer lempLik elevação Máx 2X2. mtn20 H São Paulo ene c. chuvtsc»)s echuvas esp c períodos de melhoria enévoa úmida no período Temp Emdeclínio — Máx. 21 5. min. I"7 I.Paraná nub c jx-rlodos de ene c/chu-viscos isol c.nevoa úmida Teinp Pmdeclínio — Máx. 16.0. min II 7.Santa Catarina, ene a nub c/chuvas,melhorando no final do período noEitoral Norte. Vale do Itajal e Pia-nalto Norte Demais ret. ene a nuhc/chuviscos esp passando a nub nodecorrer do período. Temp: Em de-clínio — Máx 17 h, min. 16^. Rio(i. do Sul claro d períodos de ptenub nub no Litoral Sul. Campanha.Sul do Vale do Uruguai. MissíVs eOeste da Depressão Central ÍV-mais ene a nuh c/chuviscos esp pas-sando a pte nub no decorrer doperíodo lemp Em declínio—Máx15 (), min. 13 9.

No mundoAlwrden. 12 limpo, AmstpniA IR.limpo, Anenra. 22. limpo, Atenas.2X. limpo. Auekland, 0. limpo. H«l-mte. 27, limpo. Rprllm, 25. limpo;Bonn. 19. nublado, Bruxelas. 2Í).limpo; Casablanca, 24, encoberto;Cairo. 31. Iimjv». Copenhagt»»?. 2T.Iimfx». Calgan 32, encoberto. ÍKi-hlln. lb. encoberto í>acar. 2". enen-berto. I^»s Angeles. 20. nehlina.Montreal 20. nublado. Moscou. 15.chuva. Sairohi. 24. nublado. \i»ssan2X. encobeito, Niee, 27. limpo. SovaIVIi. limp»1» Nova Iorque, 2o.nublado. (Kk> 24, limpo, Ottawa.^0. chuva. ''aris. 22. limpo. Pw^uim.Vi. nunlad'-. Pretória, 2n. Iitnpo,Riod, V. limpo. Ronui. lintfio;San Prancisfo. 10. b<uri. S^ul 23.encoberto. Sofia, 21, encoberto,Sydney. 14, nublado, Valp». Iimpo. rnmnto. 2S nublado; VarsAvla.2!. encoberto. 22 limpo. Wu-shln^ton. 24. bom. Wlnniped. 2().nublado;A\merica l -itmaBuenos \in"s, 2 encoberto Pa raras21. nublado llnvanu 24 nublado.I.ima. Io. nublado, Santiago. Iim

Fogo encurrala grupo de

jovens excursionistas na

Pedra Bonita, em S. Conrado'. m grup" de exi urs;onisia> ficou encuiral.ido p,¦ i,. f,.L>,,

Pedra Ronea Sáo ( o=';lU|o ontem i noin , e iie i niadiucada deho|e os bombeiros da tiavea não tinn.im l«n;ili/..nln os t.ip;i/esque mantiveram coniaio com soldados do > H.1'.1 Ib.io da PM.através de sinais feitos t-om lanternas I) giup' de huscas -lo-,bombeio >s mor-lou um ponto-ha-e na Rua I pi «seiras enqu.im.ioutros soldados leniavam locall/ai o- iapa/cs perdido- na m.i'o

t > incêndio na mal« ci>mev»ii a<. U hora m> Pim .Io (n.n.tu.naruralmentt provocado poi urnbaho h>i comb.iinl.» pm bunibeiros Je Benlica •; (>• t m. mas .'.i.isin.u se e a noiie M u ne , .1Serra do tira ,iu. e no inicio da madi c da cheuav.i na Pc.naBonil' 1 mdi unia pa ti ulna da PM chemni -i - ku.i ;-h-;: as osCNCursmnisias viram t lu/ bigorrilhu lanu r-ia gnatoria ,i>ietica no teto do carro da pohua — e começaram a ta/cr >inai^ comlanternas uue condi;n ini

< ls poin i.iis-militares . r.amar 1111 os 'íor-inc 1 os da < i.iH.i que •comevaran i vasculha; 1 m.tM. u-niand.' vheiw: -¦ c; 1.p.•. o jue11.10 haviam consecuido m • maduie.Ma de hoie

MARIA ACARiNO ZAGARI

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Greve fecha até porta

de hospital em Bonsucesso-®~ Foto cie Evandro Teixeira

Os profissionais do INAMPS de Bonsuccs-sn encaram a greve dos previdcnciários commuito ricor: o acesso da emergência pelaAvenida Roma está fechado e os guardas desegurança impedem a entrada pela AvenidaLondres; quem força e entrada, como umalcoólatra o fez. é espancado — informarampopulares.

Mas o coordenador dc emergência. Tarei-si o Campos, diz que o hospital tunciona nor-malmente. Ele também não permitiu a entradade repórteres: alegou não ter autorização doINAMPS c que a entrada só seria possíveldurante a semana, com ordem expressa dosdiretores do hospital.

DramaQuatro guardas mantêm vigilância cons-

tante na entrada principal e os casos graves —informaram populares — são atendidos so-mente quando as vítimas chegam acompanha-das de policiais. Além dos panfletos anuncian-do a eleição para escolha do diretor do hospi-tal e cartazes mostrando ã população que osprevidcnciários estão em greve, há na portaenorme aviso colocado pela direção do hos-pitai.

É um aviso aos pacientes: "conforme já foiamplamente divulgado, a emergência do Hos-pitai de Bonsucesso só está atendendo a pa-cientes encaminhados pelos postos de atendi-mentos da área. As consultas de Ia vez estãosendo feitas no PAM — Posto de Atendimen-to Médico — de Del Castilho".

Enquanto os previdcnciários procurammanter rígido o controle do movimento grevis-ta. a família de Fábio dos Santos, de 9 anos,sofreu seu drama à porta do hospital, sempoder ver o menino desenganado pelos médi-cos. Fábio está internado há duas semanas,com grave crise renal, é cardíaco e tem muitopoucas chances de sobreviver.

Valtcr da Costa Correia, 59 anos. militarreformado, e Sebastiana Ferreira, tio e irmãdc Fábio, contaram que foram chamados aohospital pela Doutora Glória, que cuida deFábio. "Os médicos o desenganaram e elepediu para ver os parentes. Vim dc Gramacho,Caxias, c estou aqui há mais de três horas,esperando ordem para ver meu querido irmão,antes que ele se vá" — disse Sebastiana,.emocionada.

adianta— diz um

Valtcr da Cosia mostrava-se revoltadocom a proibição dc a iamília entrar para ver omenino. "Os guardas têm ordem dc nao deixarninguém entrar c mandaram voltar amanhã(hoje), que c dia de visita Viemos desespera-dos dc Caxias para cá, as crianças estão semalmoçar e somos tratados dessa maneira. As-sim não c possível" — disse Valtcr.

.Mau atendimentoO mau atendimento do INAMPS dc Bon-

sucesso nao ocorre só nos dias de greve dospievidenciarios. Moradores do Parque Prole-tá rio Monsenhor Brito, vizinho do hospital,dizem que o mau atendimento c Ircquente e aspessoas que passam mal normalmente sãoobrigadas a procurar o Posto dc Del C astilhoou o Hospital Sousa Aguiar."Naobater que eles nao abrem a portadeles.

Reliuben Reis da Silva. 25 anos. é umexemplo: ele fraturou o braço esquerdo nodomingo. 23 dc junho, no Parque Proletário,onde mora. C hegou ao hospital as lbh25min edali saiu somente ás 19h com uma tala nobraço. Os médicos fizeram raios-X. constata-iam a fratura e mandaram que voltasse nasexta-feira para engessar o braço.

Greve geralBelo Horizonte — "Todas as entidades do

funcionalismo público resolveram unir-se paralutar pela mesma gratificação", afirmou ontemo Presidente da Federação Nacional das Asso-ciações dos Servidores da Previdência Social,Antônio Carlos Andrade, ao anunciar nestacapital a greve geral da categoria, marcadapara quinta-feira e que deverá atingir funcio-nários do INAMPS, INPS e IAPAS de 13Estados.

Entidades de servidores públicos de noveEstados se reuniram no Sindicato dos Proles-sores de Minas, quando ficou confirmada adeflagração da greve geral e foi discutida aunificação do movimento reivindicatório dacategoria. Eles querem extensão de gratifica-ção de 80% a todos os servidores públicosfederais, pois apenas alguns recebem esseíndice.

Informaram que os funcionários do Minis-tério da Saúde também estão mobilizados epoderão aderir à greve dos previdenciários.

Nem parentes doentes em estado grave [iodem entrar em hospital

Servidores da saúde fazem reunião

Os servidores da saúde do Estado e Municípioestiveram reunidos ontem no Sindicato dos Médicos paradefinir a posição dos funcionários nos hospitais durante agreve que será iniciada a partir dc zero hora dc amanha.Segundo Polônia, do comando grevista, serão realizadasduas triagens por médicos e funcionários no setor deemergência.

Os servidores afirmaram que só voltaram à greveporque o Governador Leonel Brizola não respeitou oacordo: prometeu sentar-se à mesa de negociação tão logoos servidores voltassem ao trabalho e não o fez. Osservidores de saúde, depois dc uma paralisação de 51 dias.

voltaram a trabalhar e reclamam que, durante uma sema-na. só ouviram do Governador críticas ao movimento eameaças de intervenção nos hospitais.

Polônia disse que somente por duas vezes, porintermédio da CUT, Conclat e Famerj, conseguiram lalarcom o Secretário de Trabalho e Habitação, l ailos Albertodc Oliveira. "O Brizola não fez qualquer contato com osgrevistas. Nós respeitamos. Suspendemos a greve e nãofomos respeitados pelo Governador . disse Polônia, acres-centando que não foram revertidas as punições das Assis-tentes Sociais — continuam sem receber salários —conforme prometeu Leonel Brizola.

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Enlrc os assuntos que sciáo trai id'>sno nível um. estão a "libertaçao dastensões e das pieocupaçoes lelepaliaeromoterapia c cromotci ipi i ment d dsenvolvimenlo da .V' visão. leitura doschacras e da .una. cncrgi/.k io dos , li icias do 11v ic-arbitrio .

Durante o curso o protessor Rohwi(ialvão laia. também, exercícios de "viagens mentais no iempo. com icgrcssao damemória ate vidas pregrcssa>, sem o usoda hipnose", dará noçoes sobic conccntração, com "aumenlo e desenvolv mu nto dc uma supermcnioria" c ensinai itécnicas para se deixar vícios de dioeasou cigarros e libertai se da timidez

Foto de Aguinaldo Ramos

comprarFrancisco, o pai, disse que até esparadrapo leve

Hemorragia mata menina e

pai vai

processar médicos

Francisco Javier Fernando Caiccdo, 35anos. empregado do estaleiro Caneco, vaiprocessar o Estado e uma equipe medicachefiada pelo Dr. Jorge Goulart, cio HospitalMunicipal Jesus, de Vila Isabel, como respon-saveis pela morte de sua filha Erika LemosCaiccdo. dc seis anos. na terça-feira, comhemorragias por todo o corpo após uma segun-da cirurgia no fémur. O chelc do serviço deortopedia do hospital. Arcelino Bitar. diz terabsoluta convicção dc que não houve negligèn-cia ou lalha medica no atendimento a menina

F.rika foi internada em 21 dc janeiro, emperfeitas condições de saúde segundo o pai,para cjrguai de alongamento do temur atravésdc segundo o pai. para cirurgia de alongamen-Io dc fémur através de aparelho, implantadocm II dc fevereiro. Francisco diz que otratamento |a tinha dado resultado no inicio dcabril, mas que o aparelho ficou na perna deFnka mais dc dois meses além do necessário,porque foi preciso esperar a volta do médicodas ferias c o fim da greve dos profissionais dasaúde.

Arcelino Bilar, cujo setor era responsávelpelo caso. afirma que a menina "teve umacomplicação pós-operatória gravíssima e rápi-da (tefere-se a segunda cirurgia, na segunda-leira i c todas as providencias foram tentadas aIcmpo, inclusive a transferência para a L 11 doPronto-Socorro Infantil da Lagoa (onde elamorreu), acompanhada por dois médicos do

I lospital Jesus".Transfusões

\ segunda operação foi para o implante dcuma placa no temur de Erika Segundo o pai,"depois da cirurgia, os médicos se retiraramdo hospual e a menina continuou desacordadapor três horas, sendo então assistida por ummedico residente que chamamos as pressas.( )s médicos que fizeram a operação lorainloc alizados c concluíram que o caso era grave e

Hospital Icsiis nao unha condições deaic ndé-la"

F.rika foi transferida para o Pronto ¦ Socor-ro da 1 auoa c Ia o pai soube pelos enfermeirosque i menina liveia uma parada cardíaca noHospital Icsiis. outra na ambulância e umaterceira no pronto-socorro. I ma noite se pas-sou e "?h.>nmm de terça-lcira os médicos lhedisseram que eia pieciso conseguir 20 litros des.iniiue o posinvo Ir incisco conseguiu o san-cue em duas horas, apelando aos colegas do, leiro. e s out 11ov di um irmão na \ mg c isest.içoes iie radio

•\firm.i que lornc Pinho I 11ho medico doInstituto Vicional do ( âncer ligado a tamiha.pai Mi ipou das tentativas de traiHusao c nosdi^sc dcp«»is que qualquer ct>rte leito iui corpoOa menina lortava sangue' Por ism». prosvegtie

"tentaram uma ves.i naconv o\i11 iiii uitiodu/ii .n.;isc.meuc. tanto que iievolvcinlit?< >> par.t o banco »le «ancuc

papel timbrado do Ministério da Saúde pararequisita-la, mas o advogado do hospital oaconselhou a nao dar entrada no papel, ale-ganclo que isso traria complicações. 11 m segun-do médico, do qual Francisco sabe apenas osegundo nome ((iuido) do Instituto do ( ancct. teria estado com I - rika no Pronto Socorroda I a»oa. levado por um amigo da Iamília. caventado, como causa mortis, erro nas iranstusoes de sangue.

O chelc dc ortopedia do Hospital Jesus,Arcelino Bitar. afirma que a equipe medicaque atendia a menina pediu a nccropsia paradeterminar as causas do sangramento incon-trolavel (cliscrasia sangüíneai que a matou,mas que isso nao pode ser realizado porque afamília impediu. O medico di/ que todos osexames prc-opcialorios não acusaram qualquer irregularidade e que a operaçao Ioinormal. Segundo ele."três horas após a cirur-gia, já acordada da anestesia, sobreveio ochoque, com o sangramento ineontrolávcl portodas ,is partes, no aparelho digestivo, cmtodo o corpo"

Durante os mais dc cinco meses de mtcinação, diz o pai dc Erika. os médicos cioplantão "so sc comunicavam com a genteatravés de bilhetes numa parede Quandosurgiu uma secrcção na perna da menina,pediram que comprássemos esparadrapo paraos curativos, pois não havia no hospitalAtirma que a família também comprou a placa(CtS 5S0 mil) colocada no lemui da menina eque ela eslava impaciente, recusando a comidacio hospital, mas que não lhe deixaram lazersua transferência para uma clinica particular.

Reprodução

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O Brasil vai acordar hoje cantando ,|fjpara o Galo^

A Rede Manchete se orgulha de #estar apoiando o Projeto Zico. |

Abrindo suas portas e cedendo ^espaços fundamentais a sua |

viabilização. ^Como veiculo de Comunicação, |a Rede Manchete esta unindo

o povo brasileiro, sua

comunidade, nestemomento tao importante

para o esporte nacional.Acreditamos que, comcriatividade, o Brasil vai

descobrindo novas formas paramanter nossos valores aqui.Entre nos.

Volta Galinho, pela Rede Manchete.E fique com a gente.

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Page 25: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

84 O 1° caderno ? domingo, 7/7/85 Nacional «TORNAI. DO BRASILFolos de Vida! da Trindade

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O cartório de Vassouras guarda dois séculos da vida do país

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Os pesquisadores estão encantados com as relíquias encontradas

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JOHN FLUKE MFG.CO., INC., de Everett, WA. EUA, vem servindoo mercado brasileiro há mais de 20 anos, inicialmente comerciali-zando e prestando assistência técnica aos seus produtos vendidosno Brasil através de distribuidores exclusivos, e, mais recente-mente, como empresa industrial e comercial estabelecida, FLUKEBRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.Em virtude de normas e restrições recentemente introduzidas pelogoverno brasileiro, e do nosso interesse em continuar a prestaratendimento de alta qualidade ao mercado brasileiro, ticou decidi-do que esses objetivos podem ser melhor alcançados com a fabri-cação, comercialização e assistência técnica dos produtos FLUKEpor meio de uma empresa brasileira que atenda a todos os requisi-tos da Secretaria Especial de Informática (SEI).Temos a satisfação de anunciar que firmamos acordos de distribui-ção exclusiva, fornecimento de componentes e transferência detecnologia com HI-TEK ELETRÔNICA LTDA., uma empresa indus-trial e comercial 100% nacional que continuará a fabricar, cc-mercializar e prestar assistência técnica aos produtos FLUKEno Brasil.Além disso, HI-TEK expandirá a gama de produtos FLUKE de fabri-cação nacional no mercado brasileiro.Nosso relacionamento com HI-TEK é uma continuação do nosso re-lacionamento com Dr. Azamor T. Pereira que foi nosso sócio brasi-leiro e Diretor Gerente da FLUKE BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIOLTDA., e é agora Diretor Geral da HI-TEK ELETRÔNICA LTÜA.

São Paulo, 03 de junho de 1985.

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Cartórios revelam segredos

e outra História do Brasil

Qu indo iv. integrantes do Projeto Vassouras,patrocinado pela seção carioca da Ordem dosAiKoaadiis do Brasil. começaram a revirar osarc|iiiMis do carlóno do I ' Oficio do Municípionúi) imamn ixam que enconirariam ali uma "jazi-da hi»t'"!ii.)>í;ifir.i" tão rica. Vassouras, a 101quilômetros do Rio de Janeiro, conservou quaseintocados, graças ao zelo de seus tabeliães, do-n.mcntos i|ue permitem recompor, com rarapiecis.io, m uv de dois séculos do ciclo caft-eiro eii.- liM.T.a iM.r:i\iipiM.i e impeiki! na região.

Alguns poucos processos examinados ao aca-vi pn .ü!i • da equipe da OAB RJ apon-iam p,ira o qu< os cooulenadores do projetomnltlit »ii 1'opim uni "tesouro documental" a seresplorariii I ntre ei >. estão relíquias como o autode den-.ariacào das sesmarias da antiga Vila de\ ivoiiras orden.iilo pela ( oroa: apelações judi-ciai'- a I'11n. •" i Uabel; processos de condenaçãoou alforria de escravos: registros de crimes ocorri-do-, na retiiao e que mobilizaram a opinião públicam> Império; mvcniãrios em i|ue aparecem dividaspessoais pagas com escravos, então consideradoscomo bens móveis"; questões judiciais que en-volveram os famosos barões do café nos séculos\\ iil e XIX; crimes de falsificação de moedas eate mesmo uma caderneta da Caixa KconómicaImpen.a. que rendia juros de 50 ao ano aoinvestidor.

Nos não temos a menor idéia de tudo oque um pesquisador poderá encontrar nos maisde a mil processos que já indexamos no 1" Oficio— afirma a diretora do Departamento de Pesqui-sas e Documentação da OAB RJ. uma das eoor-denadoias do projeto, Jeannette Garcia. — Nos-so objetivo é apenas organizar os arquivos eprepará-los para que a Corregedoria Geral deJustiça do listado, que nos apoia, defina, futura-mente, uma política de acesso a esses acervos.

Fontes virgensMais do que a descoberta de acervos, o

Projeto \ assnuras permitirá a formulação de umapolítica de acesso de pesquisadores de múltiplasdisciplinas a fontes valiosas de informaçao lustori-ca. social, econômica e antropológica quase into-eadas no Brasil, que são os arquivos dos cartórios.

No Brasil foram raros os pesquisadoresque eventualmente se lembraram ou tiveramacesso aos cartórios para suas investigações —afirma o historiador Luiz Lopes, também dacoordenação. — E assim mesmo, as pesquisasmais importantes nessa fonte parecem ter sidok nas por estrangeiros, como o brasilianista Stan-le\ Stem. |ior exemplo.

Os cartórios constituem verdadeiros "te-somos historiográficos" de interesse multidiscipli-nar — reforça o coordenador jurídico do projeto,advogado João Luiz Duboc 1'inaud. — São fontesvaliosíssimas e praticamente virgens, com intor-inações que poderão-ser pesquisadas por sociõlo-gos. cientistas políticos, antropólogos, juristas,economistas e ate historiadores. Stanley Stein fezuma primeira abordagem apenas, considerando-st a vasta documentação existente.

Direito escritoSegundo João Luiz Pinaud, a importância dos

arquivos cartorários no Brasil reside no fato deque o Direito brasileiro é um "Direito escrito",baseia-se na lei escrita. A quase toda vivênciajurídica corresponde uma escrituração.

Diante disso, os arquivos cartorários permi-tem recuperar toda a historiografia baseada napraxis — diz ele. — Esses processos nos falam docotidiano dos cidadãos, dos seus crimes, das suaspaixões, da organização social c econômica decada comarca, dos hábitos, dos cargos, das in-fluèncias, da economia. Da vida, enfim.

— O tabelião, por ser o anotador e guardiãolecal dos documentos produzidos, passa a ser umaespécie de senlinela que bloqueia o acesso dopesquisador aos cartórios — prossegue ele. — Ese isso talvez tenha inibido o acesso a essesarquivos, também ajudou, em alguns casos, comoem Vassouras, a preservá-los.

Mas. segundo o arquivista Luiz Cleber Gak,que integra o grupo da coordenação, "está nahora de se definir uma política de acesso", não sópara enriquecer a pesquisa em geial. como tain-bem para proteger esses documentos da destrui-ç io pelo tempo e outros inúmeros fatores. "Alémdisso, de nada adianta guardarmos esses tesourosdesordenados, já que a desordem dos arquivos,ou seu ordenamento apenas pelo interesse juridi-co. bloqueia da mc-ma forma o acesso a pes-quisa".

Projeto-piloíoO Projeto Vassouras funcionará como piloto,

estabelecendo um padi to para a organização dosacervos cartoranos. A partir dele. aOAB RJ pretende ampliar a experiência paraoutros municípios do interior do Estado, a come-çar pelo Vale do 1'aiaiba.

No fm a .i. ie'. int um ito da documentação,secundo Jeannette Garcia, será elaborado umgui i d"s coiueud*>s ,ú cada acervo e promovida adivulgaça-o de sua . \i .'ém ia entre universidades,centros ile juisa e outras áteas de interesse.Ao lado dissd,to permiiira também elabo-rar um programa de preservação dos documentoscartorários.

Fundamentalmente, esse projeto pretendecontribuir para a investigação histórico-jurídica,pela lanlit içao uo acesso complementa ela.

A mii iati\a do ;iro|eio foi do novo presidenteda OAB RJ. Nilo Batista, que. ao requisitaralguns documentos ao a Ofício de Vassouraspara elaborar um trabalho sobte o Direito e aescravatura, descobriu a dificuldade de se encon-trar nos arquivos cartorários subsídios históricossem uma previa ordenação que facilite a pesquisa.

História do vencidoPata o historiador 1 uiz Lopes, a abertura dos

arquivos dos cartorios certamente revelará aospesquisadores "uma outra História", diferente daversão oficial dos fatos.

A nova historiografia tem começado aprocurar fontes diferentes das emanadas do podercentral, reunidas nos ministérios, bibliotecas ofi-ciais, casas legislativas, palácios das metrópoles— continua ele — A pesquisa cartoriai por certorevelará uma outra História, emanada não dosdocumentos que vem de cima para baixo, mas dasque relas dos processos comuns registrados noscartórios das antigas vilas e comarcas. Acredita-mos que emanara dai. também um pouco daHistória dos vencidos, e não so a das elitesdominantes cujos registros são fartos no âmbitodo poder central.

Para João Luiz Pinaud. o que acontece nahistoriografia também ocorre no Direito, onde os|iiristas vão citando outros, referindo-se a livrosia escritos, numa corrente interminável.

Acabamos produzindo um Direito literá-rio. formal, sem nenhuma ligação com a práxissócio-econômicas que o geraram. Fica um Direitoem tomo do Direito, um círculo vicioso. A pesqui-sa cartoriai enriquecerá, certamente, os nossospesquisadores e juristas.

Por que Vassouras?Segundo os coordenadores do projeto, esco-

lheu-se Vassouras para se implantar o projeto-piloto "piirque foi o município mais expressivo dointerior do Estado em meados do século passa-do". Vassouras chegou a ser o maior produtor decafé do mundo, ali se reuniu uma parte considera-vel da burguesia conservadora da época.

Ah viveu grande parte dos barões do cafédo século passado — lembra Luiz Lopes. — Foi ocentro econômico da província, onde desponta-ram famílias famosas como os Werneck, TeixeiraLeite, Soares etc. Catorze por cento dos títulos debarão distribuídos pelo Império estavam reunidosali. Vassouras, alem disso, foi um dos grandescentros escravistas do país e um-dos focos maisrenitentes da resistência a abolição.

Além div-o -- continua Luiz Lopes — vive-ram ali figuras curiosas e humanamente ricas,como Eufrázia Teixeira Leite, filha do BarãoTeixeira Leite. Uma mulher de hábitos ousados,que daria um romance. Lima mulher que teve acoragem de cortar os cabelos rentes, como umhomem, que mandou botar dentes de ouro numburrico de sua propriedade e exigiu que ele fosseenterrado com eles, quando morreu. Uma mulherque em seu testamento exigiu que a mansão dosTeixeira Leite, da qual era a herdeira direta, fossetransformaria no museu da "Chácara da Hera",para infelicidade dos demais pretendentes. DeHufrázia contam-se lendas fantásticas e correminformações incertas como a de que ela teria sidoamante de Joaquim Nabuco, com quem se encon-trava regularmente em Parts.

-¦ Vassouras, enfim, e uma jazida culturalpaia o estudo da velha província — concluiPinaud. — São ininort mtes a formação conserva-dora da sua sociedade e o patnarealisrno, que emalguns casos p>: rdura ate hoje.

Segundo o juiz da comarca de Vassouras,Nestor Nascimento, uni dos incentivadores doprojeto. "Vassouras e particularmente rica doponto de vista cultural, já que o município passoupot todas as etapas da história do Judiciário".

— Aqui foi uma das sedes dos juizes itine-rantes — diz ele —- Alem disso. Vassouras viveuum apogeu de rioueza e glória e depois a deca-dcncia. com a abolição da escravatura e o esgota-mento dos solos Aqui era uma terra de riquezasfanlastieas e os seus arquivos cartorários lorampreservados, ao contrário de outras cidades histó-m as. coo mo t amj-os. por exemplo, onde muitacoisa se perdeu.

-Bens móveis: escravos e bestas-" Reconhecemos cnmo verdadeira a dl vi-

da alegada na petição retro e conta junta econcordamos na Praça dos bens apontadospelo inventariante e pelo mesmo requeridapara pagamento desta dívida, reservando-seos escravos e o restante dos bens móveis paraserem partilhados."

(1 trecho em grifo reproduz o documentoem que os herdeiros dos cunhados de Fran-cisco 1 ii!/ dos Santos Werneck reconhecemque H ¦ devem W contos 7W mil •)% réis,num t?no ia\; ido em !«!S e que estáarquivado :io cartório do 1" Oficio de Vas-soiK is \'e!c como se percebe, os escravoscr m arrolados como bens móveis para efei-to d; cr"! ih;!;dade da época

Nesse mesmo inventário, um pouco maisadiirtc. o sn\emanante junta uma relaçãodos "bens móveis", entre os quais estãoincluídos "•! escravos V- bestas, um touro,ima n.iü lha de bois e outros animais. Nela.

os csc i\os Mam el Alfaiate e Antônio An-gola c.'ao avaliados em i conto bllli mil réis

esct o.o C ecílio ( noido pela relação, valeconto e quiunentos e o escravo 1'ednnho

(certamente un a criançal. 150 mil reis. pre-ço idêntico ao da parelha de bois. E a escravatieraída Crioula esta a\ aliada em i conto e!'Hi :ess

Esse e um d,', muitos documenteis en-coniravt!, nos ..irtorios de Vawturas. que a() AI5 R.i es; i lev.it indo Nt |t - ha extensosv po-mer* ' miI.h. !-. latos ue '-ir>vVN co*m .¦.!> ijiic er.v.m ,ir e»cr:i\ » JcM-.çoes.en pr.WNM'» i.i\r uh•».«ii v;-

'• Nós abaixo assinados, Agostinho de SáMessias de Magalhães, proprietário do escra-vo Caetano e Francisco de Sá Carvalho,Collector de Rendas Geraes d'este Município,concordamos avaliar o escravo infra declara-do. pura ser libertado pelo Fundo de Emanei-paçáo, pelo seguinte: Caetano, de côr preta,idade 55 anos, casado com a liberta Francis-ca, matriculado sob o número 3755, avalia-mos pela quantia de trezentos mil réis,3tM).fKK). E por estarmos concordes, assigna-mos a presente avaliação. Collectoria de Vas-souras, 29/10/1883."

Ouro documento pinçado pela equipedo Projeto Vassouras no ; 1 (ifício relata comminúcias o processo aberto para apurar amorte de uma menor de 13 anos. que ficouconhecido como o Crime do Pocinho. degrande repercussão cm 1874.

A memna foi estuprada e assassinadanum iugareio denominado Pocmho. em \ as-souras. ao que tudo indica pelo próprio pai.um proprietário da classe média vassouren-st ; i pi ii e.si e um relato pormenorizadodos costumes sói;.11s e jurídicos da época Amcni la fo enconttad i nos fundos da casa dopai e apes.ir das ev.dt teias os pnmetrosacusados arrolados no processo foram qut-lomNdas que nah ta-um o Quilombo Santa( aturina Depois, ia descartada .*. hipótesepela acusação, os indicados passaram a serhoníe;'.s ;¦mente, aproicssi ,jv r-.i aPsoiv ,ri.i

O ( rime do Pocinhfi

-es da r. iao. esc.MVós e. filial-¦ ie ú : m.'s'a. que ao : :: il do

nela,'H ,, • .--.Uo

ui com lendas. anel¦ mutila'¦.o -' rniada

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Page 26: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Internacional domingo, '7 7 85 Io caderno 35

íx e, ociação política da dívida é descartada

por—^ -®" Arquivo — 2 10 84 .. .. ..

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Wiltiam WuackCorrespondente

Londres — A renegociação poli-tica da dívida externa brasileira con-tinua fora de questão para os paísesindustrializados. Esta é uma dasmensagens principais que o Ministro

. das Relações Exteriores britânico,Sir Geoffrey Howc. está levandopara os políticos e ministros queencontrará a partir de amanhã noBrasil.

Sir Geoffrey chega para umarara visita oficial de três dias queincluirá Brasília, São Paulo e Rio.Em entrevista concedida em Lon-dres ao JORNAL DO BRASIL, elese mostrou, porém, pouco impres-sionado com apelos como o formula-do pelo Chanceler brasileiro. OlavoSetúbal (também em entrevista aoJORNAL DO BRASIL, no últimodomingo), para o qual a questão darenegociação da dívida tem de sercolocada em um plano político.

Negociações complexas— Não acreditamos que haja

uma solução lácil ou global para osproblemas; cada caso tem de sertratado individualmente. Isto exigeuma considerável quantidade de tra-balho e difíceis decisões políticas —declarou Sir Geoffrey.

Ex-Ministro das Finanças do Go-verno da Primeira-Ministra Marga-ret Thatcher. o atual chefe da diplo-macia britânica prefere que o Brasil

A opinião geral em círculos políticosbrasileiros é a de que a Grã-Bretanhamostrou pouca flexibilidade política apósa guerra das Falklands/Malvinas. O Sr.concorda?

— Eu posso entender que a questãoseja colocada dessa maneira fora da Eu-ropa. mas espero que o tema seja avalia-do em proporções adequadas. E impor-tante entender o pano-de-fundo dessaquestão. Em 1982. nós e os habitantesdas ilhas fomos vítimas de uma agressão,muitas vidas britànicasforam perdidas, enós não podemos nos comportar como senada tivesse acontecido. Isto seria irrea-lista e pouco justificável. Desde a conclu-são do conflito, demos muitos passospara tentar restabelecer relações normaiscom os argentinos. Quando eu era minis-tro das finanças, em setembro de 1982.dei os primeiros passos para negociar asuspensão de restrições financeiras. Etivemos certo número de tentativas derestaurar essas relações. No primeiro se-mestre do ano passado, passamos porsérios problemas para promover conver-sações em Berna, de modo que cada ladopudesse expor sua versão. Infelizmente,os argentinos não se sentem no momentoem condições de seguir o rumo que

Brasília — Quando chegar ao Rio deJaneiro amanhã, para visita oficial de trêsdias. que incluirá um encontro com oPresidente José Sarney. o ChancelerGeoffrey Howe começará a descongelaras relações entre a Grã-Bretanha e oBrasil. Mesmo que não tenha levado osdois países a uma situação de confronto,a guerra das Falklands (Malvinas) esfriouo relacionamento.

Comenta-se no itamaraty que a visitaao Brasil da Primeira-Ministra MargaretThatcher seria o desenlace natural para asucessão de encontros entre membros dosdois governos. Após as célebres visitas daRainha Elizabeth ao Brasil, em 1968, edo Presidente Geisel à Grã-Bretanha, em1976, pavimentou-se o caminho para atroca de chanceleres. Em 1980, LordCarrington. Em 1981, Saraiva Guerreiro.

A série foi interrompida na mesmaépoca em que o Brasil reafirmou suaantiga posição favorável à Argentina naquestão das ilhas. Mas alguns gestos doGoverno britânico facilitaram a retomadade contatos em alto nível entre os doispaíses. O Vice-Premier Lord Whitelawveio à posse de Tancredo Neves, e abaronesa Young, Vice-Chanceler, esteve

Sir Geoffrey Hoive, chanceler britânico, chega amanhã

"continue com a atitude responsa-vcl" que adotou até aqui em seuscontatos com os credores internado-nais. "Este é o fundamento paraqualquer tipo dc acordo", afirmou.

Buscar soluções gerais, na opi-nião do Ministro britânico, "torna atarefa mais difícil, em vez de maisfácil". Depende também de um en-tendimento entre o Brasil, os bancoscomerciais e o FMI a retomada daconcessão, por parte do Governobritânico, de garantias oficiais paracréditos de exportação a firmas dcseu país operando no Brasil. "Espe-ramos reassumir a concessão dessasgarantias", disse Howe.

A visita do Ministro britânico,contudo, não é apenas de carátereconômico. Obviamente, ele vem aoBrasil com a intenção de examinarformas de incentivar o comércio bila-teral, que não chega a ser exagerada-mente significativo para nenhumadas partes. Haverá ênfase tambémem incentivar compras brasileiras nosetor de armamentos. A venda doTucano à RAF, disse o Ministro, fazmesmo supor que a cooperação en-tre os dois países nesse campo possaaumentar consideravelmente.

A princípio Sir Geoffrey Howetinha previsto seis dias para sua esta-da no Brasil, tempo bastante longopara a visita de apenas um país. Porisso mesmo, esse sinal havia sidointerpretado por diplomatas brasilei-ros como prova de grande apoio doGoverno britânico â Nova Repúbli-ca, mas problemas políticos internos

"Restabelecer a confiança dos credor

59

acordamos nas conversações. Este ano,fizemos novas propostas para negocia-ções normais, e até agora não recebemosqualquer resposta. Pensamos em provi-dências para que os parentes de soldadosmortos pudessem recuperar seus restosmortais. Temos tentado arduamente en-contrar uma maneira de restabelecer asrelações com a Argentina.

Depois do encontro do chanceler hra-sileiro com seu colega argentino, surgiramespeculações de que o Brasil poderia assu-mir um papel ae mediador. O Sr. achaque o Brasil deveria fazê-lo?

— Não acreditamos que exista aoportunidade para mediação desse tipo.Naturalmente, apreciamos bastante oque o Brasil e a Suíça já fizeram, e temosutilizado esses canais para apresentarnossas propostas. Isto nós reconhecemos.Mas eu pelo menos não vejo. no momen-to. lugar para mediação.

ComércioO comércio entre o Brasil e a Grã-

Bretanha não é muito significativo para osdois lados. Empresas britânicas se têmqueixado da íaita de garantias oficiaispara rréditos de exportação. Que condi-ções o Brasil deveria preencher para que o

Governo britânico leve em consideraçãoas queixas das empresas que fazem nego-cios no Brasil?— Uma das razões de minha ida aoBrasil data de 1974, quando era ministrodo Comércio. Infelizmente, naquele anohouve eleições e eu tive de permanecerem meu distrito eleitoral. Mas o Brasil éum importante mercado para nossas ex-portações. Nossa participação não é amaior, mas vem aumentando considera-velmente. O comércio total cresceu 50%no último ano. apesar da redução globaldas importações brasileiras e do cresci-mento de suas exportações de produtosquímicos. Temos também um alto invés-timento direto no Brasil. Mas você estácom a razão quanto as concessões degarantias a curto prazo. As garantias aprazos médio e longo estão sendo revis-tas, e esperamos reassumir a concessãodessas garantias. Isto. por sua vez. de-pende do sucesso das negociações com osbancos e o FMI. Isto é fundamental, nãosó para a recuperação econômica doBrasil, mas para todos os outros passosdesse tipo.

Depois da venda do Tucano à RoyalAir Force, supõe-se no Brasil, com razão,que o País agora teria de comprar mate-rial dc defesa junto à indústria britânica.

"CS

O Sr. está levando propostas concretas?É óbvio que eu gostaria de discu-

tir a cooperação no setor de defesa, .láCooperamos no setor de treinamento deoficiais da Marinha. Esperamos que acompra do Tucano pela RAF estimulebastante o comércio entre os dois países.

DívidaA Primeira-Ministra Margaret That-

cher tem sido bastante refratária ás rei-vindicações do Brasil e dc outros paísesendividados por negociações políticas pa-ra a solução da crise do endividamento.Considerando o atual impasse nas nego-ciações entre o Brasil e o FMI, o Sr. Nãoacha que chegou o momento de atender aessas reivindicações?

Não posso aceitar que a primeira-ministra tenha sido refratária. Ao contra-rio. no penúltimo encontro de cúpula dospaíses industrializados, que nós presidi-mos. uma das questões centrais, foi comolidar com a crise do endividamento inter-nacional. No comunicado finai, você vaiencontrar um programa bastante detalha-do para as principais instituições financei-ras internacionais, e o assunto voltou atona este ano. no encontro de Bonn.Nossa participação no problema, através

/7isita reforça gestos de reaproximação

em seus funerais. Além disso, o próprioGeoffrey Howe esteve na Embaixadabrasileira em Londres para assinar o livrode condolências.

T ucanosDiplomatas do Itamarati consideram

que a venda de ;r íões brasileiros Tucanoa Força Aérea Britânica também ajudoua reaproximação entre os dois países.Não pelos 10 milhões de dólares que oBrasil vai receber pela exportação denove aviões e pelos royalties da constru-ção de outros 130, sob licença, na Irlan-da. mas pelo prestígio que o negóciorepresentou para o país."É preciso reconhecer que, pela pri-meira vez, o caminho da transferência detecnologia virou de cabeça para baixo",diz um embaixador que acompanhou onegócio de perto. "Agora, ela foi do sulpara o norte". Sabe-se no Itamarati,entretanto, que nem sempre as inovaçõestecnológicas da indústria brasileira serãobem-vindas na Grã-Bretanha.

É o caso dos têxteis. Embora até oano que vem esteja em vigor um acordodc coias entre os dois países, teme-se queos britânicos voltem atras na renegocia-

ção. A sua antiga manufatura têxtil teriadificuldades em concorrer com as expor-tações do Brasil e do Oriente, se ascompras fossem liberadas — e isso causa-ria mais desemprego no país.

Quase 70% das exportações brasilei-ras para a Grã Bretanha são de produtosmanufaturados, cinco dos quais responsá-veis por mais da metade das vendas:madeiras, conservas bovinas — que têmaí o primeiro mercado —, café solúvel,fumo em folhas e calçados. Tem crescidotambém a participação do suco de laranjae de couros.

O comércio entre os dois países che-gou, em 1984, a USS 986 milhões 400 mil.Isto torna a Grã-Bretanha o décimo-primeiro parceiro comercial do Brasil nomundo c o quinto no Mercado ComumEuropeu. As exportações brasileiras —USS 708 milhões — caíram, no entanto,3,8% em relação a 1983.

O Brasil tem obtido superávits co-merciais nos últimos quatro anos. Mesmoassim, o Itamarati tem reclamado daposição britânica, avessa a mudanças nasestruturas comerciais do mundo. "Elestêm uma postura muito próxima a dos

norte-americanos nesse tema e acenam,muito a contragosto, a discussão de algu-mas mudanças", diz um diplomata.

Os britânicos têm, inclusive, insinua-do que países, como o Brasil, cm estágiomais avançado de desenvolvimento den-tro do Terceiro Mundo, poderiam serexcluídos do sistema geral de preferên-cias. O sistema íoi criado para beneficiarpaíses mais pobres, através de tarifasmais baixas. E o Governo de Londresparece não querer incluir mais o Brasilnesse time.

identidadeMas um ponto de contato já foi

identificado pela Chancelaria brasileira:os britânicos também se sentem prejudi-cados pela política agrícola da Comunida-de Econômica Européia. Ela subsidiafortemente alguns produtos europeus,como o açúcar extraído da beterraba, eisto atrapalha o desempenho comercialdo Brasil.

É possível que. durante a visita, oGoverno brasileiro retire a sua posiçãocontrária a militarizaçao d<i Atlântico Sul— e das Ilhas Falklands —. que quer vercomo "um lago dc paz entre a Aínca e o

obrigaram a Primeira-Ministra Mar-garet Thatcher a reduzir pela metadea viagem de Sir Geoftrey. Na quinta-feira cedo ele tem de estar presente auma importante reunião do Ministé-rio britânico, para examinar novospassos na política econômica e fiscal.

Foram canceladas visitas a Itaipue a fabrica da Embraer em São Josédos Campos. A agenda de Howeinclui conversações políticas nasquais a questão da guerra no Atlânti-co Sul provavelmente será abordada.Na sua entrevista, contudo. SirGeoffrey deixou claro que o proble-ma não tem prioridade absoluta eque nem ha grande espaço para oBrasil atuar nesse setor. "Nós nãovemos oportunidade para esse tipode mediação", afirmou.

Discreto e afável, Sir Geoffrey éuma das figuras essenciais do Minis-tério de Margaret Thatcher. Sua ma-neira tranqüila de falar e as formula-ções sempre no mesmo tom acaba-ram criando na imprensa inglesa,contudo, o mesmo tipo de observa-ções sobre Sir Geoffrey que a im-prensa brasileira fazia sobre o Chan-celer Saraiva Guerreiro. De fato. SirGeoffrey não reluz publicamente pe-Ias tiradas de humor, nem mesmoquando o sisudo The Times aproxi-mou-se semana passada do ForeignOffice para pedir uma opinião sobreAlec. o filho de 25 anos de SirGeoffrey. Ele é um dedicado pai liei-pante dos grupos antinucleares naGrã-Bretanha. "No comments", dis-se um porta-voz.

dos bancos comerciais ingleses e da nossapresença em organismos internacionais,tein sido substancial. Não acreditamosque haja uma solução fácil ou global paraos problemas; cada caso deve ser tratadoindividualmente. Isto exige muito traba-lho e difíceis decisões políticas. Semprenos preocupamos muito com isto. e acre-ditamos que o Brasil deve prosseguir comsua conduta responsável, que é a basepara qualquer tipo de acordo.

Justamente, o método de tratar ospaíses individualmente tem sido muitocriticado por políticos brasileiros que hojeocupam postos importantes no Governo.Como o Sr. pensa convencê-los do seuponto de vista?

— Acho que o componente essencialé o restabelecimento e o fortalecimentoda confiança dos investidores e credores,e isto ocorre ao longo de um processorelacionado âs circunstâncias peculiaresde cada economia. Sei como é difícilencontrar um equilíbrio e as políticasapropriadas para combinar o restabeleci-mento da confiança e o atendimento dasnecessidades, mas esta tarefa se tornarámais difícil se ficarmos buscando soluçõesgerais. O de que se necessita é a soluçãopara problemas particulares, com o cora-joso empenho dos governos implicados.

Brasil". Mas é bem mais provável queprevaleçam os temas econômicos nos en-contros bilaterais.

Advogado, formado em Cambridge,Geoffrey Howe tem, como o Chancelerbrasileiro Olavo Setúbal, com quem terádois encontros) gosto pelos números. Elefoi presidente da Associação Universitá-ria Conservadora e hoje é membro vitalí-cio do conselho privado da Rainha Eliza-beth.

Howe deverá ouvir de Setúbal algu-mas queixas. O ingresso de capitais brita-nicos no Brasil caiu de USS 3 bilhões em1982 para USS 300 milhões em 1983.Setúbal falará também da necessidade deo pais obter dólares para pagar sua dívidaexterna. Neste ponto, diplomatas do Ita-marati guardam uma esperança, mesmoconsiderando os britânicos tão insensíveiscomo os americanos sobre a discussãopolítica da dívida: eles lembram que aPrimeira-Ministra, Margaret Thatcher,tem reconhecido, ultimamente, a necessi-dade de crescimento das economias dospaíses em desenvolvimento, para que elespossam cumprir seus compromissos fi-nanceiros.

Pastor negro

nos EUA une

os democratas

Michael PosncrRe:jtfis

Washington — Ele fala macio, énegro, deputado e pastor, sente-se bementre brancos ricos e crianças dc rua. Suaestrela esta subindo entre os políticosamericanos E está é a opinião de seuspróprios colegas do Capitólio. Eles sereferem a Yvüliam Gray. 43, que repre-senta um distrito eleitoral da 1-iladélfia demaioria negra — na base de quatro porum onde a elite branca convive comuma vizinhança de favelados.

— Ele é direto, não complica ascoisas e c uma das estrelas mais brilhan-tes do Partido Democrata — disse odeputado conservador do Partido Repu-blicano, Jack Kemp, um admirador doPresidente Reagan e que deve lançar-secandidato a Casa Branca em ll)S8. Opresidente da Câmara dos Deputados,Thomas 0'Neil, é da mesma opinião, eatribui a Gray a unificação do PartidoDemocrata, pela primeira vez em 10anos, em apoio a um Orçamento Federalredigido pelos democratas — que afetou,seriamente, as prioridades de despesas deReagan em 1986.

Pelas sançõesGray, praticamente, saiu da obscuri-

dade no início do ano. quando os demo-cratas, que são maioria na Câmara, oelegeram presidente da poderosa Contis-são de Orçamento — a primeira vez queum negro chega a este posto. Nestepapel, liderou o movimento em favor deum Orçamento estrito para 1986, redu-zindo o déficit público para 173 bilhõesdc dólares — menos 56 bilhões — econgelando completamente os gastoscom a defesa.

E está também manobrando no Con-gresso para a aprovação de um projetoque dasagrada Reagan, estabelecendosanções econômicas contra o Governo deminoria branca da África do Sul.

Gray é o ultimo de uma linhagem depastores negros e defensores dos direitoscivis com proeminência política, em quese incluem o falecido Deputado AdamClayton Powell, o ganhador do PrêmioNobel da Paz Martin Luther King eAndrew Young. ex-embaixador dos Esta-dos U nidos nas Nações Unidas e aiualPrefeito de Atlanta, Geórgia.

Com seu modo polido e sua habilida-de de negociar nos bastidores, Gray cons-titui um completo contraste com o maisrecente negro pastor-político, Jesse Jack-son, que criava um problema atrás dooutro durante sua campanha para conse-guir a indicação democrata para concor-rcr à Presidência, no ano passado.

Som da liberdadePouca gente notou quando Grav che-

gou ao Congresso em 1979, depois dederrotar o antigo Deputado Robert Nix.também negro. Ajudado pelos 3 mil fiéisde sua paróquia, Gray teve o apoio denegros e brancos e mostrou que tambémsabe ser duro. ao qualificar Nix de "Fan-tasma", porque raramente aparecia naFiladélfia.

No Congresso, ele impressionou oscomentaristas com seu apoio decidido àaplicação de sanções contra a Rodésia efoi indicado para integrar a delegaçãoamericana às cerimônias de independén-cia do país, agora Zimbabue.

Gray considera essa viagem o fatomais importante de sua carreira política,superando até a eleição para a presidên-cia da Comissão cie Orçamento.

•— Quem já ouviu o som da liberda-de nascendo numa nação negra? Pois euo ouvi. quando o Príncipe Charles selevantou c entregou as rédeas do Gover-no a Robert Mugabe.

Gray não diz se tem maiores ambi-ções políticas, mas a maioria dos analistasacha que ele deve pretender um postomais elevado, talvez o Senado.

Vive sozinho em Washington duranteas sessões do Congresso, trabalha atétas de da noite e. às vezes, c visto dirigin-do um velho conversível i'!ó8 pelas ruasda capital. Nos fins de semana, viaja 160quilômetros até a Filadélfia, onde cie, amulher Andréa c três filhos têm uma casano estilo georgiano, num bairro que atéhá pouco era exclusivo dos brancos.

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Page 27: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

28 n Io r.p.dernr» H domingo, 7/7 85 Internacional JORNAL I>0 BRASIL

Papa deverá condenarJL

Guerra nas Estrelas

Araújo NettuCorrospondente

Roma — A Santa Sé c o Papa estãoexaminando a oportunidade de fazer suasa condenação do projeto Guerra nasEstréias, feita por um documento daAcademia Pontifícia de ( ièncias, presidi-da pelo brasileiro Carlos Chagas.

Essa confirmação oficial foi feita porum porta-voz do Vaticano, ontem pelamanhã em Roma, em conseqüência dadivulgação, por unia agencia de notíciascatólica (a Asca), que tornou pública 3conclusão (até então secreta) do seminá-no promovido e rcaiizado, entre 21 e 25de janeiro, por iniciativa da AcademiaPontifícia de Ciências.

Argumentos contraDesse seminário, chamado a pronun-

ciar-se sobre o projeto de escudo espacialdo Presidente dos Estados Unidos. Ro-nalci Reagan, participaram cientistas etécnicos de diversas nacionalidades, in-clusive um conselheiro do Pentágono(Eugênio Fubini) e quatro soviéticos.

Foi um dos mais difíceis e movimen-tados seminários que a Academia Pontifí-cia do Ciências, já realizou nos últimosanos.

No texto conclusivo dos cinco dias dereuniões e estudos secretos, realizados nasede da academia dentro dos jardins daCidade do Vaticano, a maioria dos cien-listas tomou uma posição contrária aspesquisas que vêm sendo feitas nos Esta-dos Unidos para construção do escudoespacial.

Os quatro argumentos em que sebasearam os cientistas reunidos pela Aca-demia Pontifícia para formular a suacondenação do chamado Guerra nas Es-trelas são os seguintes:

1) a realização concreta de um escu-do espacial requer de 10 a 15 anos deestudos e pesquisas científicos;

2) não parece possível a realização deum escudo 100% impenetrável;

3) muito mais provável é a hipótesede. no decurso daqueles 10 ou 15 anos depesquisas para a construção do escudo,poderem projetar e construir novos mis-seis ou supermísseis capazes de perfurar etornar ineficaz o mesmo escudo;

4) o custo do projeto pressupõe des-pesas duas vezes maiores do que aquelasque se fariam para construir mísseis maispoderosos, constatação que levou oscientistas reunidos pela Academia Ponti-fícia de Ciências a formular esta questão:É conveniente empregar enormes recur-sos científicos e financeiros para montar

um sistema que não oferece uma garantiade defesa segura'1

Dúvida que estimulou outra convic-çáo lios cientistas convocados pela Aca-demia de Ciências do Papa: Na compeli-ção entre o escudo nuclear e os supermís-v. is se está estimulando c dandifinício auma nova corrida às armas nucleares,uma corrida contra a paz e a sobrevivên-cia do homem.

Dois documentosConfirmando a existência do do-

cumento. o porta-voz do Vaticano quisratificar apenas a versão que já o conside-rava aceito e endossado por João PauloII. Os organismos da Santa Se fornecerãoao Papa todos os elementos necessáriospara que ele possa decidir sobre a publi-cação ou não do documento e sobre aoportunidade dc preparar um seu própriodocumento, a enviar a todos os chefes deEstado do mundo, disse Monsenhor Giu-lio Nicolini, vice-diretor da sala de im-prensa da Santa Se.

Outra indiscrição revelou que, naaudiência de duas horas í meia que teveem 27 de fevereiro com João Paulo II, oentão Chanceler, hoje Chefe de Estadosoviético, Andrei Gromiko. insistiu como Papa para que divulgasse c desse seuapoio ao documento da Academia Ponti-fícia de Ciências que condena o Guerranas Estrelas.

Pressão em outro sentido, para que odocumento continuasse inédito e desço-nhecido da opinião pública internacional,diz-se no Vaticano que João Paulo IIrecebeu da diplomacia norte-americana.

Essas versões parecem reforçadas pe-Ia atitude assumida, na véspera do encer-ramento do seminário da Academia Pon-tificia de Ciências, pelo seu presidente,Carlos Chagas. Naquela ocasião, diantedas dificuldades que encontrava paraconciliar posições de um pequeno núme-ro de cientistas com as conclusões a quetinha chegado a maioria dos participantesdo seminário sobre o escudo nuclear, oprofessor Carlos Chagas, numa entrevistacoletiva, teve um comportamento insóli-to: definiu e antecipou sua posição pes-soai. Não vacilou em considerar a milita-ri,'.ação do espaço outro passo para umasituação insustentável, que vè as duassuperpotências se reforça militarmentc.enquanto tanta gente continua a morrerdc fome.

Em todas as precedentes reuniões daAcademina Pontifícia de Ciências quepreside há 13 anos, o professor Chagasnunca separou sua opinião pessoal da-quela do grupo de cientistas, como quasesempre a exprimiu depois dc conhecida aposição da Santa Sé e do Papa.

Fabius e Jospin fazem

acordo no PS francês

Pascal LietoutReuters

Paris — Após reunião do comitêexecutivo do Partido Socialista, o Primei-ro-Secretário Lionel Jospin anunciou queele e o Primeiro-Ministro Laurent Fabiusdecidiram presidir conjuntamente o co-mício de abertura da campanha eleitoralpara a renovação da Assembléia Nacio-nal em 1986, pondo fim a uma disputaque |á obrigara a intervenção do Presi-dente François Mitterrand.

Jospm, que ameaçara renunciar aocargo sc não recebesse apoio da reunião ,encontrou-se com Fabius horas antes, edisse ã TV que as divergências foramsuperadas. Os 131 integrantes do comitêdebateram a carta em que, no mês passa-do, ele insistia na necessidade de que ors se mantenha "comprometido comuma estratégia de união entre as forçaspopulares", para atuar como "força pro-pulsora de uma frente ampla das es-querdas".

Esta disposição de restabelecer dcalguma forma a união com os comunistas— que deixaram a coalizão governamen-tal em julho do ano passado — vinha-sechocando com o desejo do Primeiro-Ministro de constituir uma "frente repu-hlicana" que tornasse as forças do centroaliadas dos socialistas.

Mitterrand interveio na semana pas-sada. quando as pretensões de ambosseus colaboradores de liderar a campanhaameaçavam a unidade do próprio parti-do. que conta com a reforma eleitoral —transformando o sistema majoritário emproporcional — para diminuir as perdasesperadas ern sua maioria parlamentar,no pleito de 1986. Num pronunciamentosalomònico, o Presidente da Repúblicareconheceu que cabe ao líder e a direçãodo partido conduzir a campanha, masressalvou que o Primeiro-Ministro é "oluicr natural da maioria, devendo cxpli-car e dar novo ímpeto a política doGoverno.

Lixo espacial ameaça

a segurança de navesHamburgo — O lixo espacial está

ameaçando os vôos tripulados em órbitada Terra e pequenos objetos já atingirama nave espacial recuperável americana,Challenger. e a estação orbital soviéticaSalynt-7. abrindo buracos dc milímetrosem suas estruturas, afirmou o astrofísicoamericano Donald Kessler, uo CentroEsjiac; ii Johnson, da Administração Na-cional de Aeronáutica e Espaço (NASA).

C ireulam em volta da Terra, a 2* milquilômetros por hora. 5 mil 4(H) objetosde grande e médio portes e 40 mil depequeno tamanho E.sse lixo consiste deestágio1- de foguetes, satélites desativa-dos. tanques dc combustível e fragmentosde aparelhos que explodiram, como e ocaso de armas anti-satelites testadas pelaUnião Soviética.

Kessler afirmou que a quantidadedesses detritos deverá quadruplicar nospróximos 2D anos porque é muito peque-no o número de objetos que caem e se

desintegram na reentrada da atmosfera,entre 120 e 130 quilômetros dc altura.Pelo menos dois satélites, um americanoe um soviético, toram destruídos emcolisões com lixo espacial.

ti satélite soviético dc navegaçãoCosri >•. 1275 fiitm 50 dias em orbita Jalerra. de polo a polo. au desapareceisubiiainente ii'i d;a 24 dc julho ue !>>Msobre o Alasca, desintegrando-se cm nu-lhares dc pedaços ao ser atingido por umobjeto metálico. A mesma coisa aconte-ceu cm il'S2 com um satélite americano1 andsat.

Explosões no espaço são responsa-veis pelo surgimento de nulhates di pe-quenos pedaços que, a alta velocidade,podem causar o efeito de uma granada aose chocar com um satélite ou nave espa-ciai. Lm 29 líc junho dc 1%I o secundoestagio de um toguetc da Força Aéreaexplodiu em 2f>l Ira ume ritos

Equador pega 200kg

e cocaína num DarcoQuito — A cuar i i ia.. ;c ra equato-

liana ipreendt u 2 In Huilo ¦ ic ct.tina nov.iio> dc •; milhões dc dólares a nordo deu n barco que ia para os 1 stados l nidos.O co' iiidantc Grecorio Aguilera míor-nnm i.ue a droga disfarçada nomeio de uri carregamento de banana ed >v que a -v • t lanm.mh,. ,ia CoKmbi.i i 11a o na'( olralxo esta piovocand >aunK do uso dc pn:u,s Ci|Uat' ianospara embarcar cocaína em direção aomercado americano

! m ( m h is. \ inc/Mcla -t poliuaapreendeu dc unaina numt- ,r ¦ "i' ' " 1 C ' J.i ci J • ' de

prop ied tdc de ü" ti i«" ame dc d »jaslU|o nome i •»> f> revele ' Li- l .>n-dres, ,i- ;d rorni.i.ií "aram ...apreensão de meia lorei.uia de maconhaile origem Im.uiesa .!•. >!• t.l « ei 2 milhões

mil liii is este nas e t ¦ mi presostrês honv ns não Mennl

Em A^siincao. A poli, . pjrac i •inloimou i tprcei são dt t. nclada- deprodutos tjiii" !C>s tis 'S IO rclllo .; ,cocaína em San Ju ( .i^a • : v fronteiracom o fí:,is.| 11 depôs;!, i t„ ,!es h'y:Iogradas a iniotp-. t./oes dc um par ?çuas»> eum hoh\i mo p:cm»n ha du.i* M-;nanN com4- ,,, I, s l!t. ., ... .

Beirute, Líbano - Foto da AP

f axineiras xiilas removem slogans deixados pe-los seqüestradores xiilas no interior do aviãoBoeing-727 da IMA que continua estacionadonum hangar do aeroporto de Beirute. O piloto edois auxiliares passaram 17 dias a bordo com

vários seqüestradores, enquanto se desenrolavaa crise que acabou levando à libertação dos ,Í9reféns americanos que estavam presos fora doaparelho. O avião voará de volta para os

Estados Unidos no inicio da semana

Jihad adverte que pode

matar 7 reféns dos EUABeirute — A organização JfiTad (Guerra Santa)

Islâmica advertiu que os sete americanos que seques-trou nos últimos 18 meses em Beirute podem sercondenados á morte e advertiu o Presidente RonaldReagan de que qualquer ação militar contra o Líbanoreceberá uma resposta imediata. Numa resista anotícias de que o Presidente Hafez Al Assad poderiatentar libertar os sete a pedido do dirigente amenca-no Ronald Reagan, a Jihad afirmou:

— O Presidente Assad tem um lugar especialem nossos corações, mas não iremos libertá-los atéque decidamos fazê-lo. e também poderemos liberarsuas almas para o ar fresco.

Violação flagranteO Líbano pediu uma reunião urgente dos Minis-

tros do Exterior dos países árabes para discutir oboicote americano ao aeroporto de Beirute e pedirrepresálias que poderão incluir uma proibição paraque aviões de empresas americanas desçam em acro-portos árabes ou mesmo cruzem o espaço aéreo dospaíses da região.

O Secretário-Geral da Liga Árabe. Cliedli Klibi.afirmou que a tentativa de boicote pelos EstadosUnidos é unia "flagrante violação do Tratado deChicago c um grave precedente nas relações interna-cionais". Klibi disse que o Líbano inicialmente rccu-sou permissão para que o Boeing 727 da TVVA,seqüestrado por xiitas dia 14 de junho, pousasse cmBeirute, mas cedeu a pedido do Governo americanoque agora "resolveu responsabilizar o Estado libanêspelo assunto".

A embaixada dos Estados Unidos em Beiruteadvertiu que os cidadãos americanos correm grandeperigo no Líbano e aconselhou todos a deixar o país o"íais breve possível. Apesar do boicote americano, osvoos de todas as empresas não americanas continuamnormais, segundo informaram autoridades em Bei-rute.

No Cairo, o jornal Ajahar El Ynm informouque, em duas semanas, o Governo americano iniciaránegociações com uma comissão mista da Jordânia eda Organização para Libertacao da Palestina, queindicará seus representantes nos proximos dias.

Senador americano admite o

fim do embargo à NicaráguaQuito e Managtia — O Senador americano

Richard Lugar, presidente da Comissão de RelaçõesExteriores do Senado americano, declarou que "deu-tro de pouco tempo será possível levantar o embargoeconômico contra a Nicarágua", mas acrescentou queboicote é "importante como medida cie pressão" eatende ao apelo feito a Washington pelos presidentesda Costa Rica e El Salvador, de que os Estados

nidos continuem a pressionar os sandinistas.Em Manágua, o Presidente Daniel Ortega eon-

vocou para ontem a noite uma entrevista coletiva coma participação dos Deputados americanos GcorgeBrown. democrata, c Don Ritier, republicano, ondese esperava que fosse anunciada alguma medida arespeito do fim do boicote econômico ao Governosandinista.

Guerrilheiros contras atacaram e depois destruí-ram o barco Bluefields Express no Rio Escondido,matando dois guardas sandinistas que ofereceramresistência. O barco transportava 100 passageiros doPorto de Rama aic Bluefieíds, na Costa Atlântica Sulda Nicarágua, na sexta-feira, quando os guerrilheiroso surpreenderam, vindos da selva. Segundo informedo Ministério do Interior, todos os passageiros tive-ram seus pertences roubados pelos rebeides.

(I líder da Juventude Sandinista no Estado dcLeõn. Nelson Alexis Sequeira, de 27 anos. pediu asilona Embaixada da. Venezuela em Manágua. alegandoestar sendo perseguido pelos sandinistas e correr riscodc vala. Sequeira invadiu a Embaixada no momentoem que vários operários a ornamentai am para a festa

Álfonsín quer

militares ao

lado dopovo

Buenos Aires — O Presidi me R ml Alionsíndiscursou para um grupo dc 31 ti altos oficiais dasForças Armadas argcmmas na scm.i leira á noite,propondo uma "reconciliação' entre o- militares e opovo. numa eon Icnaçáo indireta aos rc-sentimentosgerados pelo julgaria: uo dos ex-ehetes militares ar-gcmmos. actis.idos dc morte e tortura- de presospolfii Os

Alionsín t* rmou, durante a ceia anual de con-fratermzaçao das Forças Armadas, que os eolpeLstjdo j),, \rgentina sempre foram 'civis-nulita

responsabilidade trahur dc seus as;não de .e fa,'e; r.iw esquecer a

I ide -iv!I de sii i proeiamaçáo c'li ç ca ". _ -v.::c ,-o condenou o ti

de

c que aopera li vrespnüN.t.içao J

(como \contra (lei • i v

checar

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tos.vidamen-

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ilur.derna amvJa «.torça- de-,que quemhomens, cnuneií mai

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irmou que se>cr a i d t-em necessi

mo..tá

dcle>al.ull li

de comemoração da data nacional venezuelana e seapresentou dizendo estar sendo perseguido no seuEstado, para que entregue seu irmão, que faz parteda guerrilha contra.

O Presidente Ortega elogiou a "resposta positi-va" do Presidente da Costa Rica, Luís AlbertoMonge à sua proposta de criação dc uma "zona dcsegurança desmilitarizada sob supervisão internado-nal" na fronteira entre os dois países. Na sexta feira.Monge declarou que concordava em discuta a pro-posta nicaragúcnse. contanto que isso não prejudicas-se os esforços do Grupo de Contadora c que adiscussão sc inicie apenas depois que o ConselhoPermanente da Organização dos Estados Ameinanos(OEA) se pronuncie sobre o intorme de uma comis-são da OEA, que investigou um ataque sandinista afronteira costarriquenha que matou dois guardas civ isda Costa Rica.

No Rio, representantes dc várias entidadesempenhadas no processo dc paz na América Cenlial— e lideradas pelo Instituto Brasileiro dc AnálisesSociais e Econômicas (IBANi l e a seção brasileirado Serviço de Justiça e Paz fundado poi AdolfoPerez Esquivei — deliberaram enviar delegação dclíderes religiosos a Nicarágua c aos Estados Unidose promover encontro ecumênico cru Nova Iguaçu,no segundo semestre, para a projetada criação dcuma Ação Latino-Americana (ALA), sugeruia naConferência Brasil-Ame rica Central, realizada emjunho pelo 1BASE.

Pleito de hoje«/

no México pode

debilitar PRIHermosillo. México — A mii-acao. por m.;is dc

200 militantes, tia ponte qni icail. iios.jlo nitaido Estado de Sonora, a cidaue am rk.ir.a ne Dou-glas. no levas, culminou ontem o- itos de violênciade simpatizantes do Partido de Ação Naeioiuti dedireita i ies acusam o Partido Revolucionário I"-vtucion.ii d<. estar traudando a elc;w> cm que. hote.35 milhões de mexicanos escoih.em deputadosfederais, sete governadores dc Estados i nt:c osquais Sonora, onde o I vr. • • está em aierlaideputados estaduais, prete tos e ver-. í.jores

Em Sonora c Nuevo Leõn. o PAN tem pelaprimeira vez em 56 anos alguma mobilidade dedesbancar o I'RI gover.amenlal O cmdidato agovernador em Sonora -- onde d ve--.i r:-. tsl".*am conquistadas nos >s pcio PA\ éopopular em.presar.o Adanen-' Uo- .'v-prele. o de• lhregon. uue tem : tdi .<¦ ' - a i

d i ( i1 nI.s ,i ! ;- :I \ >: (lip:°íex{<:r ton.t:.t ^upo-tos ato- iM.v a:s dc íraudov q .eincluiriam o autnenfr. artificiai do numcio de cicitores

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munoe- em lo.doil s.; 1

I t t L di i; :-;ro-im ievemenie te:j. e d- iU Ci-

AméricasIgreja chilena denuncia Governo — o Arcebis-po de Santiago Informou que os trés filhos do sociólogo JoséManuel Parada, seqüestrado e degolado em março por desço-nheeidos, vêm sofrendo intimidações por parte das forças dcsegurança que os seguem ostensivamente e fazem ameaças. OCardeal Juan Fresno também criticou o apelo do PresidenteAugusto Pinochet para que os estudantes denunciem os proles-sores marxistas. Ele disse que a delação c um dos pecados maissérios da moral cristã e que a implantação de um clima deintimidação dessa ordem destrói as condições para que o.trabalho acadêmico se desenvolva a contento.

EuropaMudanças Soviéticas — Vladimir Klvuiev foidesignado pelo Prcsidium do Soviete Supremo Ministro daIndústria Leve da União Soviética, em substituição a NikolaiTarasov, oficialmente aposentado por idade, mas que há duassemanas havia sido criticado pelo Secretário Geral do PCUS.Mikhail Gorbachev, por mau desempenho de suas funções. Jachegam a mais dc 30 as mudanças efetuadas por Gorbachev naalta hierarquia administrativa. Em Tbilissi. Dzumber Patiashvilifoi eleito pelo Comitê Central Primeiro Secretário do PC daGeórgia, substituindo Eduard Shevardnadze, nomeado na ter-ça-feira Ministro dc Relações Exteriores, em lugar dc AndreiGromyko, que se tornou Presidente da República.

Aeroporto ateniense - O Ministro de RelaçõesExteriores da Grccia. Yannis Haralambopoulos. pediu em cartaao Secretário de listado americano, George Shultz. que oGoverno dos Estados Unidos retire a recomendação feita aoscidadãos do país para que se abstenham de utilizar o Aeroportode Hellinikon, apos o seqüestro do avião da TWA no dia 14 dcjunho. Considerou a advertência "injustificada e injusta",lembrando que a .28 a 1ATA julgou de acordo com os padrõesinternacionais as condições de segurança no aeroporto, paiacuja modernização o Governo anunciou sexta-feira investimen-to de 800 milhões de dólares.

Nada de caixa preta — A catxa-preta do Jumbo da Airíndia, que se acredita ter explodido quando voava no AtlânticoNorte, na costa da Irlanda, em 23 de junho, mantando 329pessoas, ainda não foi encontrada, informou o comandante daMarinha americana Frank Digeorge. que faz parte da equipe deresgate. Digeorge disse que as informações da descoberta dacai.xa-preta foram prematuras e anunciou que um novo submari-no-robó. com equipamento diferente, será usado nas buscas.Segundo Digeorge, o primeiro submarino-robò localizou opainel do Jumbo mas não conseguiu identificar as peças neleencontradas, entre as quais poderia estar a caixa-prcta. O novosubrparino-robô terá como missão exatamente identificar estaspeças, com instrumentos apropriados.

Ameaça de bomba — Um Jumbo da empresa aéreajordaniana Alia com 192 passageiros teve que pousar às pressasno aeroporto militar de Landivisiau, no Canal da Mancha, naFrança, por causa de um telefonema anônimo dado em Frank-furt, na Alemanha Ocidental, dizendo que uma bomba haviasido colocada no aparelho. O avião, que fazia a rota Viena-Nova Iorque, teve todos seus passageiros retirados pelas saídasde emergência e um deles sc feriu durante a operação, tendoque ser atendido num hospital local. Na sexta-feira, um avião daBritish Airways que ia de Londres para Málaga, na Espanha,também pousou na França por causa de uma ameaça cie bomba.

Don juan, beato —Um decreto da Congregação para aCausa dos Santos, firmado no Vaticano em presença do PapaJoão Paulo 11, reconheceu as "virtudes heróicas" e abriucaminho para a beatificação de Don Miguel de Manara Vicento-Io de Leca v Colona (1627-l(i79), aristocrata sevilhano que porinterpretação errônea de Alexandre Dumas passou a seridentificado como o mitológico libertino Don Juan, primeiroretratado cm obra literária de Tirso de Molina em 1630. Como opersonagem que também inspirou a ópera Don (iiovanni, dcMozart Da Ponte. Don Miguel teve juventude de muitos'amores e aventuras, mas dedicou-se a c.ijridade ç à vidaespiritual apos a morte de sua maior amada. O' decretoreconhceu as mesmas virtudes ao Papa Pio IX. Giovanni MariaMastai Ferretti (1792-1878), codificador dos dogmas da imacu-lada concepção e da infalibilidade papal.

Ásia

Desaparecidos de guerra - o vietnam propôs aos1 stados l. nidos a abertura de conversações para resolver oproblema de 2 mil 500 soldados americanos dados comodesaparecidos na guerra do Vietnam, informou o diário Wa-shington Post. A notícia foi desmentida por um porta-voz doDepartamento de Estado, mas uma delegação militar americanasc reuniu por dois dias esta semana cm Hanói com autoridadesvietnamitas para discutir o assunto. O Secretário de Estado(reorge Shultz declarou ao chegar ontem a Hong-Kong que iradai prioridade ao paradeiro dos militares americanos desaparecidos na Indochina c à crisc militar da região, em sua viagem dc13 dias pela Asia.

Governador renuncia — o Governador do Estadi> deGujar it. na Índia, Madhavsinh Solanki. renunciou ontem pornão conseguir conter a onda de violência que assola o Estado haquatro meses, com um saldo de 200 mortos. A causa daviolência e a revolta, liderada por estudantes, contra a políticaoficial que reserva quotas de empregos e vagas escolares para asetnias sem "rn ilegios. Solanki esteve na semana passada com oPrimeiro-VfinMro Rajiv Ghandi. chamado às pressas pataexpor a situação dos conditos no Estado, e sua renúncia já vinhasendo pedida por vários setores no Governo.

Abertura informativa — o principal responsável pelapropaganda ideológica do PC chinês, Deng Liqun. disse aosjoin distas dc seu pais que eles devem informar não só sobre oque di/em o partido e o Governo, como também misturar-se aopovo e con: ii o que acontece. Dcngé considerado na China um"conservador moderado" e sua advertência aos jornalistas estásendo encarada como um convite para que constatem se asrilorma.s anunciadas pelo Governo estão sendo aplicadas

1 amis vão conversar — Os quatro principais gruposdc inctniha dos sepai alistas tanns. em Sri Lanka. anunciai amouc aceitam o convite do Governo para conversar sobre a pazni ilha. "No- reconsideramos nossa decisão de boicotai as

eoci.icoes. iiendcndo ajudo de um emissário do Primeiro-M i>lro Kauv Ghandi. Ia Indi.i" anunciou Velupillai Piruba-s.uan. lide, .'¦ ¦ figres de Libertaçao do Leiam iamil principalc upo u beldc O emontio ei tre os cuernlheiros c o Governoscia no 2.a i.s de lunho na i apitai do Bliuiaii. Ihimphu

Afnça

Golpista prcSO — O Coronel Diar a Trai ire. líder doIrusiM Io goi|v di Estado dc quinta leira a noite na Guiné foiP'iso cient:i' de uma de suas piopriedadcs na ( apuai, juntoc ' ¦ v mios de seus seguidores, incluindo quatro Ministros Am.r-s..o de 1 mie. em frente ao mar. foi saqueada porpopulares, o iiicsino acontecendo com outras luas residênciassi is e Ic seus pa'cntc's. onde so sobraram as paredes de pé. de.1' ido com le-.iemunhas O P-esi.iente Lan.ana Conte —

ontem de Coronel a f.icncral ;lc Brieada peloi^ar de Salvação Nacional — discursou ao país' • i dize lil me a tu ícao es- , >oh com ole i lI". ineiamenio e Recursos Naturais ( apit.m Jeanm.qi.i 1 p- ssi.as nt>-rcrai:i duianie os confl tos

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Page 28: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BR ASIL Internacional doroinero. 7/7/85 n i° caderno n 27Beirute — Arquivo

ilemanha a toma medidas

contra terror atômico

Joaquin Rabagofcte

Bonn — A Alemanha Ocidental tem medidasespeciais preventivas em vigor desde 148(1 paraevitar uma chantagem nuclear por um grupo terro-risia. Especialistas em segurança assessoram osresponsáveis por centrais atômicas e laboratorios dopesquisa para impedir o furto de material capaz deser usado em armas nucleares.

As autoridades não acreditam que haja perigoatualmente de que alguma organização terroristapossa fabricar urna bomba atômica, o que não é tãofácil como fazer um coquetel molotov e exigeinstalações especiais que seriam fáceis de descobrir.

Ação conjuntaFm 1981 houve uma comoção na Alemanha

quando se pensou que havia caído em mãos terroris-tas um estudo da Universidade de Ruhr. em Bo-chii.m. sobre os pontos mais vulneráveis das usinasntK !e >res

As autoridades alemãs reafirmaram recente-mente a segurança de todas as instalações que lidamcom material atômico e a opinião pública mundialfoi tranqüilizada com a revelação de que EstadosUnidos e União Soviética acertaram em 14 de junhoum acordo destinado a evitar o terrorismo nuclear.

O documento atualiza um anterior firmado em

l')7| p,.|o Secretário de Ktaiin americano, WilliamRogers. e pelo Ministro do Exterior soviético,Andrei Ciromvko. Este primeiro acordo visavaevitar uma guerra nuclear poi erro humano, falhatécnica ou alguma ação não autorizada, estabele-cendo uma rápida comunicação entre Washington eMoscou em caso de urgência para evitar qualquerconfrontação atômica.

(; acordo complementar se firmou no âmbitoda comissão permanente de consulta que se reúneduas vezes ao ano em Genebra para discutir temasrelacionados com o desarmamento e passou desper-cebido até que o seqüestro de um avião da TWApor militantes xiitas lhe deu inesperada publicidade.

A primeira indicação partiu do Senador SamNunn (democrata—Geórgia), que alegou não vernenhum motivo para maiitc-lo em segredo e disseque as medidas acertadas pretendem evitar o terro-rismo atômico e agir em conjunto caso haja algumaocorrência ("1 maior temor das autoridades em todoo mundo e que alguma organização terrorista seapodere de um pequeno artefato atômico capaz dematar milhares de pessoas

Atualmente existem no mundo 50 mil bombasatômicas, todas muito bem guardadas para evitarque grupos terroris' is ou comandos a soldo dealgum país do Terceiro Mundo tentem um assaltopara roubar alguma para ser utilizada como instru-mento de chantagem.

Terrorismo desafia o mundo

Rubem Mauro Machado— Estou frustrado corno qualquer um. Tenho

socado paredes, quando estou so, por causa disso.O desabafo de Ronald Reagan, no auge da sua

crise dos reféns, retrata bem a impotência a que ofenômeno do terrorismo é capaz de levar os políti-cos e os governos, sobretudo ocidentais, que derepente vêem seus arsenais inúteis e os exércitosparalíticos.

A questão fundamental é que. na verdade, nãohá defesa contra o terrorismo. Atacante sem farda,o terrorista sô é detectado muito tarde. Por maisque sejam aperfeiçoadas as medidas de segurançanos aeroportos e nas fronteiras, nunca haverágarantia de que o vôo para Atenas. Nairóbi ouKatmandu não vá terminar numa capital árabe ouda África do Norte — ou, mais tragicamente ainda,110 fundo do mai, como no caso do avião da AirÍndia, que extremistas sikhs afirmam ter explodido.

Como estar certo de que a adolescente desorriso tímido, ao abrir a bolsa neste bar repleto deFrankfurt ou Madri, não vai sacar dela a granada demão, enquanto o garçon se abaixa atrás do balcãopara empunhar a metralhadora e dar início achacina? Quem assegura que este oficial da GuardaCivil espanhola, ao ligar de manhã a chave deignição de seu carro, para se dirigir ao quartel emSan Scbastian, não se converterá em pedaços cha-muscados?

A possibilidade de uma retaliação não detém oterrorista da mesma maneira que a existência doCódigo Penal não impede o surgimento do ladrão edo homicida.

A chamada chantagem terrorista assume umadimensão ainda mais aterradora quando se imaginaa hipótese, viável, assombrosamente próxima, deque um grupo extremista se veja em condições deplantar no coração de uma megalópolis não trêsquilos de TNT mas uma bomba atômica "portátil",de construção própria (a tecnologia c cada vez maisacessível e financiamento não há de faltar) ousimplesmente adquirida por roubo.

Tanto a possibilidade tira o sono dos gover-nantes que esta semana foi revelada a existência deum protocolo secreto firmado em junho por Esta-dos Unidos e União Soviética, pelo qual as duassuperpotências se comprometem a agir em conjuntoem caso de terrorismo atômico ou da ameaça deemprego da bomba atômica por uni país do Tercei-ro Mundo.

O paradoxo do terrorismo é que sua forçanasce da fraqueza. Ele é a arma dos fracos, dos quenão di.,põem dc esquadrilhas de jatos e de submari-nos, como os grupos palestino ou irlandês, ou dosque se vêem isoiados politicamente no meio do seupróprio povo, como o Baader-Meinhoff. Ele éportanto engedrado pelo desespero. E os america-nos sabem desde 1945 como é difícil deter um pilotokamikase.

O seqüestro pelos xiitas durante 17 dias de 40reféns americanos reinstaurou nwis uma vez umveiho dilema: negociar ou não negociar ? E encerra-do episódio, retaliar ou não retaliar?

Desta \ez felizmente tudo acabou bem. Esta-dos Unidos e Israel puderam salvar a face, emboraao que tudo indica fazendo concessões; os xiitaspresos Atiit começam a ganhar a liberdade; e aSíria, a grande mediadora, sai do episódio fortaleci-da nesse intrincado xadrez político do OrienteMédio.

Mas uma reedição do episódio poderá ter

resultados diferentes e irais uma vez se comprovaráque é impossível pretender ignorar a parcela depoder do outro. A intransigência é justificada peloargumento de que não se pode incentivar os atosterroristas. Mas será que o terrorismo precisa deincentivo para agir'.' E uma retaliação posterior nãoseria mais do que uma instigação de ódios e denovas respostas, até mesmo porque uma parcela deinocentes sempre acaba atingida.

Talvez o óbvio forneça a melhor resposta. Omelhor antídoto a violência é a negociação antes, orespeito ao Direito Internacional e aos direitos dasminonas.

Os xiitas seqüestradores argumentaram — eficou difícil desmenti-los — que os 77(i libanesesarrancados de suas casas no sul do Líbano, sobvagas acusações, e levados para prisões de Israeleram. segundo a Convenção de Genebra de 1949,tão reféns como as pessoas que estavam no avião daTWA. Ou seja, a suposta superioridade moral eideológica que deveria haver de Governos demoerá-ticos sobre um bando de desatinados na realidadenão existia e os métodos 110 fundo se eqüivaliam.

Nesse sentido, deveria ser reavaliado o pró-prio conceito de terrorismo. Qual a diferença entreo fato de uni homem se infiltrar por uma fronteira edisparar uma bazuca contra uma escola ou umaesquadrilha de Phantons despejar sua carga debombas contra uma aldeia de refugiados? Pareceque se traia, apenas de uma questão de meios.

Outras indagações surgidas durante os recen-tes episódios foram: Como poderá Washingtonmobilizar a opinião pública mundial contra o terro-rismo internacional se patrocinar ações contra aNicarágua em tudo semelhantes as que acusa aLíbia de promover? E no caso de uma intervençãomilitar na Nicarágua, não se estaria criando umnovo "caso palestino" na América Central?

Só haverá vôos seguros e um mundo seguroquando a vida e a liberdade de cada homem tiveridêntico valor, independentemente de sua naciona-lidade. Vozes no mundo ocidental que se mostra-vam indignadas com o envolvimento de Nabih Berrino seqüestro dos americanos — até que se consta-tou que o Ministro libanês da Justiça era muito maisconduzido do que conduzia o processo — viramcom indiferença durante semanas a milícia Amai,chefiada por esse mesmo Berri. dar prosseguimentoá metódica matança a que os palestinos têm sidosubmetidos pelos mais variados inimigos — e que sónão se consumou graças a extraordinária resistênciados três campos de refugiados de Beirute.

O mundo viu com espanto pela televisão — euma vez mais o circo eletrônico foi ele próprio umespetáculo a parte — as vítimas se solidarizarem,em parte, com seus seqüestradores. Confrontadoscom argumentos e uma realidade que desconhe-ciam, puderam entender razões e perceber que acomplexa realidade não permite dividir simples-mente os homens em nons e maus ou mwrinhos ebandidos, como nii'"n filme de John Wayne. Estatalvez seja uma lição que não deva se perder ou serreduzida a simplificações do tipo "Sindrome deEstocolmo", segundo a qual a vítima sob pressãopode às vc/cs se idcniiftcar com o algoz.

('ircunscrevei o terrorismo — lá que talvez elenunca possa ser totalmente eliminado — impedindoque povos e minorias sejam levados ao desespero(ou seja. atacar a causa da infecçáo) pelo simplesrespeito as normas de convivência e humanidadetalvez pudes-.e até ter eficiência. Mas certamenteparecera utópico e fará sorrir, por sua ingenuidade,os políticos e os Governos realistas.

.4 onlrora bela Beirute transformou-se em escombros e pesadelo dos habitantes

Beirute sobrevive arrasada

e habitantes se desesperam

Hugh CarnegyReuters

Beirute — Ratazanas e barricadas foramgrandemente multiplicadas, e mais prédios deapartamentos estão em ruínas, mas o que maischama a atenção dos visitantes é o desespero emque vive a população de Beirute. Pelo menos naBeirute-Oeste, área muçulmana, o moral dacidade parece tão arruinado quanto os edifícios.

Há três anos, quando Beirute estava cercadapor tropas israelenses que a submetiam a bom-bardeio, um veterano correspondente estrangeirodisse a um repórter recém-chegado:

Não esqueça; quando você ouvir dizerque as coisas em Beirute estão péssimas, estejacerto de que elas podem piorar.

Hoje, o impacto da violência sem fim que seabate sobre a maioria dos habitantes de Beirute éuma evidência penosa e incontestável da veraci-dade daquela frase do veterano correspondente.

Lutas grupaisHá 16 meses, a Beirute-Oeste era tomada

por jubilosos grupos muçulmanos aliados, queassumiram o controle cm lugar do Exércitocomandado pelos cristãos do Presidente AminGemavel. Agora, as milícias muçulmanas sãorivais que freqüentemente se envolvem em vio-lentos conflitos que conturbam toda a cidade.

Mesmo durante as terríveis batalhas doverão de 1982, quando o Exército israelenseocupou a área ao Norte de Beirute para expulsaras forças palestinas da Capital, os nossos colegaslibaneses ainda nos recebiam com um sorriso ecom otimismo.

Bem, depois dc sete anos dc guerra civil,talvez ela agora esteja chegando ao fim — era ocomentário típico à época.

Agora, depois de mais três anos de conflito,o otimismo parece ter desaparecido totalmente.Saudar velhos amigos é um ato melancólico paraum repórter que volta de Londres a Beirute.

Como vai? Tudo bem?Não tão bem, agora. Ainda estamos

aqui, mas as coisas vão mal. Esperava recebê-lode volta ao Líbano em dias melhores.

Sem alegriaNa Beirute-Oeste administrada por milícia-

nos. a alegria de viver, que antigamente era amarca da cidade, desapareceu completamente. Amaioria dos restaurantes está fechada, as lojasestão em ruínas e as ruas tomadas por imundície,lixo e ratos.

Nas avenidas de beira-mar, ambulantes ven-dem café e refrescos a raros fregueses. Quase nãohá banhistas nas praias, à exceção dos hóspedesdo elegante Hotel Summerland. que, construídode modo a ficar protegido da violência queimpera na cidade, é o único que mantém elevadoíndice de ocupação.

Ouando as lutas explodem, as ruas se esva-ziam subitamente, as pessoas recolhem as crian-ças às pressas e se refugiam em abrigos, algunssubterrâneos.

Para a maioria, isso já se tornou uma rotinafamiliar. Milhares de habitantes de Beirute con-seguiram se organizar para sair da cidade e irviver no exterior. E os que tiveram de permane-cer não estão endurecidos a ponto de encarar essarotina com tranqüilidade, sem medo.

— Sempre que há uma batalha eu souafetada. Na última vez, um de meus alunos foimorto. Em outra ocasião, a luta começou quandoeu ainda estava na escola e fui obrigada a correrpelas ruas em meio ao fogo. Eu bem que gostariade ir embora — disse uma professora.

Também para os estrangeiros a situação éparticularmente difícil. Em 18 meses, 24 delesforam mortos ou seqüestrados, na maioria dasvezes por milicianos xiitas. e 13 ainda estãodesparccidos. Os poucos estrangeiros que aindavivem na Beirute-Oeste — em geral diplomatas ejornalistas — vivem com medo do seqüestro.Raramente viajam sozinhos e a mais curta dasviagens é sempre uma experiência angustiante.Quase sempre, a permanência na cidade é devidaexclusivamente ao dever profissional.

El Salvador

faz apelo

à guerrilhaShirley Christian

The New Yorfc Times

San Salvador — Usandopanfletos, alto-falantes, rádio etelevisão, o Exército salvadore-nho lançou uma grande campa-nha para estimular os guerri-lheiros a se render e se benefi-ciar com uma anistia. Os pan-fletos, centenas de milhares de-les, estão sendo togados poraviões em redutos da guerrilhatoda semana.

A mensagem se refere aosguerrilheiros como "irmãos"que se desviaram do caminhocerto e que serão bem recebi-dos se voltarem para casa —uma clara mudança da atitudeadotada tradicionalmente peloGoverno, que costuma chamaros rebeldes de terroristas ousubversivos. Agora eles sãocompaneros, camaradas.

Os panfletos govemamen-tais expressam simpatia pelodesejo de justiça social quelevou muitos jovens a ingressarnas fileiras rebeldes e dizemque agora eles podem lutar poreste objetivo sem violência,sob a democracia salvadore-nha. Além de tudo, os panfle-tos usam os símbolos e as coresvermelha e preta da FrenteFarabundo Marti de Liberta-ção Nacional (FMLN) e dão aimpressão, a princípio, de serpropaganda da guerrilha e nãodo governo.

Junto com os folhetos sãojogados milhares de salvo-condutos assinados pelo Co-mandante do Estado-Maior dasForças Armadas. GeneralAdoifo Blandon. Um guerri-lheiro que queira ser anistiadopode preencher o documentocom seu nome e o de sua orga-nizaçáo e levar o passe a umabase do Exército.

O Coronel do Exército en-carregado de operações psico-lógicas (pediu que seu nomenão fosse divulgado por moti-vos de segurança) afirmou es-tar disputando uma guerra sembalas — uma competição con-tra mortes em combate.

Com as mesmas técnicasutilizadas pelos americanos pa-ra vender Coca-Cola, nós esta-mos vendendo aos guerrilhei-ros prosperidade e a possibili-dade de retomar sua vida deantes. O objetivo é derrotar oinimigo mas ao mesmo tempoincitá-lo a se render e a sereintegrar à vida nacional.

A grande estrela dessa novapropaganda do Exército é Na-poleón Romero, cx-comandante guerrilheiro co-nhecido pelo nome de guerra,Miguel Castellanos. Desde quedesertou, em abril, das ForçasPopulares de Libertação, umdos cinco grupos rebeldes queconstituem a Frente FarabundoMarti, ele tem ajudado o Exér-cito na tarefa de transmitir pro-nunciamentos no rádio e natelevisão, e seu rosto e suamensagem aparecem em pos*ters e panfletos.Eu abandonei as ForçasPopulares porque quero cons-truir uma democracia melhorpara meu povo e não destruí-loviolentamente — diz num dosapelos.

O Centro de Operações Psi-cológicas entrevista ex-rebeldes e ex-adeptos de rebel-des para saber que deixaram aguerrilha e o que o Exércitopode fazer para atrair os guer-rilheiros a e%sa anistia governa-mental.

Aproximadamente 25 psicó-logos e assistentes sociais, amaioria mulheres, fazem as en-tre- istas, que, segundo o coro-nel encarregado, diferem dequalquer interrogatório.

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~ l" caderno " domingo, 7'7'85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

Apoio do Governo estimula o investimento em ações

LDireitos dos acionistas

EMPRESAS 0IVI0CN00SEM CRSBOKIFICAÇAOEM \

Arr^rjfo ROSS' 10 30ur-iQ 4 .3860Artefama 0.10Arthur L^nceBfasimet 2-89Rrad^sco —3wmotor ' WCata 1 30Confab 1 0?CBPI 975Coimeia 046Cflfp Brasilia 0 17CE^.i 0 5BC>m Itau 2.00ConsUutora Beter 0.06Cerarnir.a Chia'eiii 0.06Cruzeiro do SulDohier V30Docas 0 03 (Ord) 0.093 IPreDDe Wa'O Gailo 0.0476tnqesa 6 65ElGiromar 2.9706EberierNV vex Eo.;.p 3 ISTpt'O Brasiiei'o 0 04*wGermani 2 4766^2639Gerdau —Govana 8.66(jyrqpi 0 0119Giooe. l '952nr.-te'S Oth.'-n 2 66

dp Cor-J^ba 85 00itausaU 0 20J B Ouarte 0.08Lar. 0.10Lorer-Z 0 0446V^-nnes lu^ior 0 351413

1 20Melhoramentos S 0.1 S3V.unaia' 3.i)0MuMiie*M —Oivenra 0 10Psra'bwna 0 08 tOrcJ i 0 11 (Pre' 1Perd>aao Agromd —Pp'r.pqr —R.rj Ot^on 4 87R<o G'annense ~Rannon 0.295337S'd G^a^aS;t'-.n 0.30(lntt 0.1 S'P Rata)Sorana 0.68Superagro 0.S0Transaijto 2 00"ecnosoio 0 072727T janer 140Usma Costa Pinto 0 0651Varig 0.30Ziv« -

220110

100900

20015

400

205 2503

4900

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200

SUBSCRIÇÃO

65

CRS

5.00

4.50

1.80

2 6I6U05 1 AO

3.5081S0

50

2040

39

1331.00

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1 401.00

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FORMA DENEGOCIAÇÃO

27 06 a02 07 a20 06 a11 07 327 06 a24 06 a22 07 a28 06 a2J 06 a01 07 a26 06 a24 06 a28 06 a28 06 a24 06 a25 06 a01 07 a28 06 a01 07 a02 0.' ad 07 a17 06 a01 07 a24 06 a01 07 a2-1 06 a17 06 a20 06 a15 07 a01 07 a20 06 a21 06 a20 06 a

Aparlirde '01 07 a03 07 a01 08 a'0 07 a2-: 06 a01 07 a01 07 a03 07 a11 07 a01 07 a24 06 a02 07 a09 07 a20 06 a17 06 a24 06 a17 06 a28 06 a19 06 a20 06 a24 07 a01 07 s11 07 a25 06 a07 07 a25 06 a

17 07 8522 07 8510 07 8531 07 8517 07 8524 07 8509 08 8518 07 8512 07 8519 07 851607 8512 07 8518 07 8518 07 8523 07 8517 07 8519 07 8518 07 8519 07 8531 07 8519 07 3516 07 8530 07 8512 07 3530 07 8512 07 8516 07 8510 07 8502 08 8519 07 8510 07 8510 07 8529 07 85

15 07 85 "E25 07 8b26 07 3521 08 8530 07 8526 07 8519 07 3S30 07 3526 07 3509 08 3519 07 8512 07 853' 07 8529 07 3b10 07 8516078512 07 85' 6 0' 3518 07 8509 07 8510 07 8513 08 8519 07 8531 07 8519 07 8519 07 8529 07 85

Sán Pnuln — Tal como ocorreu nosseis primeiros meses deste ano. os nego-cios com ações deverão, também, nosegundo semestre, superar em rentabili-d.ide todos os demais ativos financeiros.A supremacia do mercado acionário éfacilmente explicada pela prioridade da-da a ele pelo (ioverno Sarney. que, diretaou indiretamente, procura estimula-lo,visando a cumprir, ao mesmo tempo,vários objetivos de política econômica.

O diagnóstico parte do presidente daCorretora Invesplan, Francisco Sanchez.Para ele o favorecimento das operaçõescom papeis de risco decorre do aumentoda carga fiscal incidente sobre as opera-ções no npenmarket e sobre as aplicaçõesem títulos de renda fixa privados, comganhos prefixados, coincidiu com umaconjuntura em que os bancos, por conta-rem com alta liquidez, necessitavam cap-tar menos, o que puxou para baixo, emtermos reais, as taxas de juros.

Induzido, indiretamente, o investidorbusca ganhos maiores e direciona suasaplicações as Bolsas de Valores. Direta-mente, a indução reside na garantia dadapelo Governo de que os rendimentosobudos no mercado de ações não serãoalvo de taxaçòes adicionais, configurandoum segmento privilegiado, à margem davoracidade do Fisco. Ainda de formadireta, a atividade das Bolsas recebeu umvigoroso estimulo, de acordo com o presi-dente da Bovespa. Eduardo Rocha Aze-vedo. com a redução da fatia que osfundos de pensão, principais investidoresinstitucionais, precisavam destinar para aaquisição de títulos do Governo. Livre deparle desta obrigatoriedade, eles poderãocanalizar parte destes recursos para acompra de ações.

Sanchez destaca outro ângulo da èn-fase governamental aos negócios comações. Em seu objetivo de reduzir astaxas de juros, a inflação e o déficitpublico, o Governo ataca em duas iien-tes incentiva o mercado para que possaabsorver com tranqüilidade a abertura decapital de novas empresas (reduzindo ademanda por ctediío bancario e propi-ciando 'i queda dos juros), além de per-imrir ,i privatização e a abertura docapu.it de empresas estatais, cujo nível depastos compromete o déficit público erealimenta a inflação.

— O mercado de ações negocia, ho-je. papeis de cerca de MIO empresas, etem capacidade de expansão para mais de3 mil — raciocina o presidente da Bo-vespa.

Sanchez, por sua vez. acredita quenão há limites para o crescimento domercado, cu|o potencial "é do exatotamanho do mercado financeiro".

Síw&ta na BoSsa sem mexer no bolso e ganhe uma viagem a No»a tapa

O DESAFIO

CONTINUA»

0 Dosaiio da Bolsa e uma simulação deinvestimento em açÒes, projetada inicialmen-le para iiniveratános e que agora se estende acaieitores oo JORNAL DO BRASIL Durante trêsmeses, em períodos que compreendem sem-pre quatro semanas, o leitor viverá a sensaçãode estar aplicando em ações, a partir da disponibilidade hipotética de Crô 10 milhões. Ao Ti-nal de cada um dos períodos de 4 semanas, oscompuiadores da Bolsa de Valôres do Rio deJaneiro processarão os cupons e c JORNALDO BRASIL divulgará os resultados.

0 leitor que obtiver a melhor rentabilidade ao final dos três meses recebera como pré-mio uma visita a Nova Iorque. A BVRJ ofere-cera uma matricula cm seu curso de operadorde preqão. com estágio incluído

0 grupo de 10 leitores, no mínimo, que seconstituir sob a forma de clube de investimento!o capital hipotético para aplicacão é 0$ 100milhõesl e chegar em primeiro lugar, além deestáqio na BVRJ. ganhará um prêmio em di-nneiro para constituição de uma carteira deacòes.

Cada leitor ou clube de investimento som^nte poderá enviar um cupom por semana I aremessa tem de ser ferta ate o penúltimo dia utilde cada semana use o Correio, mandando parao JORNAL DO BRASIL Desafio da Golsa

Avenida Brasil, 500 CEP 20 940. ou entroque diretamente em qualquer Sucursal ouAgência de Classificados).

t recomendável todo o cuidado na indi-cacão «1o CPF. porque delf e que sairá o còdi-qo de insenção de cada participante. Não se de-vp mandar mais de um cupom por semana Nocaso dos clubes ie investimento, a identificacão se fara pelo CPF do seu responsável a re-'ação completa dos componentes do grupo de-ve ser apresentada a parte, com nomes. CPF,endr~cos e teiffones

0 período de 4 semanas e contado a partir da semana em que o leitor remete o cupompela primeira ve; Assim senão, dentro de ca-da penooo. o leitor poderá participar simulta-neamente como investidor individual e como

participante de um clube de investimento Nocaso particular do Hübe de investimento, o kn-tor poderá ser integrante de quantos desejar,com a restrição de ser responsável por apenasum dos clubes.

0 preencmmento do cupom, durante ca-da ciclo de 4 semanas, de/era obedecer aos se-guintes critérios- na pnmeira semana, o parti-cipante preenchera todos os espaços referentes as informações pessoas Itipo de investidor,CPF, nome endereço etc. I e aqueles destina-dos âs negoaacões; se o participante desejaralterar sua carteira inicial nas três semanas se-guintes. basta remeter os cupons preenchen-do apenas os espaços referentes ao CPF, tipode investidor (se è individual ou clube d? invés-timento) e às novas ordens de compra ou devenda (exclusivas ou sirnultáneasi, levando emconsideração que o número máximo de ope-rações por semana, é sempre seis.

Após a quarta semana, cada participante pode voltar ao Desafio, para uma nova eta-pa seja de individual ou clube de investimen-tn ooedecendo aos mesmos enténos de pieenchimento do cupom.0 Desafio da Bolsa está limitado as açõescomponentes do índice Bo'sa de Valores > IBV).normalmente as mais negociadasNo preenchimento do cupom, cada partici

pante tera de assinalar o código da acao que estácomprando ou vendendo Exemplos Banco ooBrasil e BB, Petrobras e PtTR iveja na taheiaos codigos das ações que compòemcIBV! Oscod-gos deverão ser colocados na coluna CIA

Na coluna TIPO. o leitor ou clube de investimer.to indicará o modelo de ação em renegociacáo: ordinaria ao portador e OP, prefe-renctal ao portado' s PP, e assim por diante. Asabreviaturas também estão na tabela

Os algarismos 1 e 1 devem ser colocadosna coluna 0P para que os computadores sai-bam que operação está sendo realizada: 1 écompra - evidentemente na primeira semanatodos marrarão 1 em seus cupons 2 e venda.

Finalmente o registro do volume de ações ne-gociadas se fara na coluna QUANTIDADE Oscomputadores só aceitam múltiplos de mil, ouseja cada participante pode comprar ou vender, 1 mil, 2 mil, 5 mil, 10 mil, 14 mii, 20 mii, 100mil, 103 mil e assim por diante.

No cupom, não é necessário marcar ostrês zeros que correspondem a mil, o compuíador está prooramarío para entender que apenas 2 Significa 2 m-l ações Assim, quem negociar 125 mil ações deve limitar se a esciever 1260 participante não deve superar a verba prevtamenfp fixaoa <Cr$ 10 milhões, individual; Cr$100 milhões, clube de investimento! Como eimoos-yvel saber com certe/a, o vaior das operações marcadas no cupom, uma ve/ que ascotacões serão sempre as do ult-mn d,a útil ciasemana tdia seguinte ao ultimo para recebimente dos cupons), e recomendável que spdeixe uma margem de segurança em ca;»a.pois o "estouro' do imite de recursos para aaplicacão determinara a anulação da operação

0 participante deverá conferir todos osdomingos os preços de fechamento das ope

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Ganhos cm renda fixa são menores

rações oue realizou e verificar se houve' estou-ro" ou não As operações serâo realizadas con-forme a ordem de colocacào no cupom (de 1a 6).Como a simulação de investimento é exata-mente igual ao oue acontece na BVRJ, o par-tir.ipante paga corretagem, valor que poderáser descontado do que efetivamente for aplicario dos Cri 10 milhões ou Cr$ 100 milhões

A corretagem e a seguinte:2% ric valor aplicado em operação até

Cr$ 2 milhões1,5% em operações de Cr$ 2 a 6milhões; 1% em operações de CrS 6 a 12milhões 0,5% em operações acima de Cri 12milhões

Lembrete: há corretagem em qualqueroperação, tente evitar as pequenas percenta-gens de ganho Em caso de "estouro de cai-xa, o computador sempre anulara a operação(ou as operações) que ultrapas^rem o vaiordisponível na caixa sem prejuízo das demais.Os direitos acionanos - como dividendos,boruficacões em dinheiro ou em titulo etc. -serão computados automaticamente na cartei-ra dos oarticipantes.A ilação dos 50 primeiros colocados em radapenodo de quatm semanas sera divulgada aosdomingos no JORNAL DO BRASIL A relaçãocompleta saíra ao lonoo da semana no Cadarno de Classificados. Haverá listas tambémnas Agências de Classificados e nas Sucursais.JORNAL DO BRASIL

MBolsa de Valoresdo Rio cie Janeiro

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Desafio da Bolsa /jornal do brasil

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Hf ijOE iNVFSTIÜOR (Assinale com X)-1 J •!!'!.II | TI nnpr III Nvr^TIMFNTO ;

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São Paulo — O Miciivccrcntccia P.J. Possíis — (iestão ilc Patti-mônio, Paulo Poisas. nhscr\a cjiiea rentabilidade dos títulos públicose privados vem caindo no cnmpas-so do declínio verificado tia corre-ção monetária, e so podem reagirse a inflação, através da descom-pressão que considera inevitável darioida política de controle de pre-ços, voltar a patamares superioresa íKc'rr ao més Especializado naadministração de fortunas pessoaise na intermediação de grandes ne-©'cios. Pos<as. ex-vice-prcsidcntcda Corporação Bonfiglioli. Kuneceum manual básico ao investidorque se defronta com um cenárioeconômico que exige muna cau-tela.

Para ele. o investidor devemanter um substancial nível de li-quidez em títulos de curto prazo,na esfera de taxas de juros melho-res no futuro, lá se manifesta, emsua opinião, uma tendência d-, altatios juros pagos pelos bancos emsua captação. "Os bancos terãoque, forçosamente, ir a mercado

para captai recursos, porque o ni-vel de estoques na industria e mui-tu baixo Para recompô-los. a 111-dtístria terá que recorrer ao creditobancario, mais barato que os ati\osreais, que tendem a se valo.ri/arcom o afrouxamento do controlede preços.

Os negócios com ações e nomercado paralelo do dólar lambemestão favorecidos, porém acha que.como as Bolsas já alcançaram altospicos, os ganhos não deverão sermuito expressivos, c o segredo, nosdois mercados, é comprai na baixae vendei na alta. No black. a recei-ta e simples: quando a colação damoeda norte-americana estivei25'V superior ao preço olicial. e omomento de comprar. Quando odilereneial ileançar de 3(1' r a 45'}.c hora de vender.

Com as ações, o panorama ésimilar: quando o mercado estáeuforico. e a época certa de ev ita-Io. O momento oportuno ocorrequando os preços cios papéis estádepreciados por uma onda baixista.

Os primei vos individuais

Resultados dos 50 primeiros colocados entre osinvestidores individuais do sexto grupo deste trimestre doDesafio da Bolsa que iniciaram suas aplicações com ocupom publicado na edição de Z de junho do JORNALDO BRASIL.. A lista completa, por ordem allabetica. saino Caderno de Classificados c está disponível também nasagencias do JR.

NOME DO PARTICIPANTEClovis Altredo Carvalho CasemiroSerqio Brandão Lobato CunhaCarlos de Faria Coelho de SousaAgenor Coelho de SousaMaria fhereza f da CostaJose Gabriel Gomes ae CarvalhoDmah Alves CoutmhoJosé Carlos VioiraCarlos Alberto Santos de Sousa UmaBartolomeu Siciueira Pessoa de MelloEdila Monteiro SiqueiraLenize Nideck SanglardHeho NignInácio A Miranda NetoAna Maria dos Santos MoreiraIsmael Moreira F ranciscoFrancisco Jose dos Santos GalicaSelma Angelina GonçalvesAmaury Vieira SilvaCristina Maria Salomão DiasEsdras Accioly rte Oiiv«iraAntomo Mareio Ferreira LagePaulo Sérgio Alves da CruzCarlos André Nunes FransosiDamllo Lopes PedreiraRonald WieselbergAry Braga Pacheco FilhoMoyses Martins RibeiroLuiz Carlos FernandesAdilson Andrade de GouveaJacoueline KapellerCarmen Lúcia Ribe^o PedraFrederico RamundoV\()iter Rubens MenezesCelso LourençoNelson Roberto de Castro PinheiroAlicio Sodre RodriguesLaura Evelyn KulfasAntonio Carlos Thedim CancellaJoáo Luiz Filgueiras FilhoStefaninm Sant Anna PereiraJuho Silva BarbosaJoaíjuim do Couto PinnaMauber MacielErnani LuiS SztainbokAureovaldo da Silva LinoRicardo da Costa NogueiraEduardo Araripe LeiteSérgio Jordano Jania XimenesJorge Luiz da Rocha Ferreira

PDS.0001000200030004000500060007000800090010001100120013001400001600170018001900?00021002200230024rin2R002600270028002900300031003200330034nrvvi,0036003700380039004000410042004300440045004600470048004900b0

VALOR TOTAL16 035 11 71SR11 2221 h 599 /3015 228 1271 Fj 058 1381r, 024 10614 708 65314 649 07514 537 10014 335 18114 16/ 31814 140 82713 861 84613 738 75013 700 16913 622 18013 588 02113 586 46613 560 28613 517 91913 414 11013 414 11013 385 80513 323 65413 208 82313 181 88313 140 02413 026 4981 2 909 10012 860 85412 761 36212 757 4101 2 627 00012 580 36912 5/6 64312 550 3151 2 501 51012 372 665

2 330 39012 ?85 30512 203 58712 073 28012 O'.'- 10012 043 57212 025 895II 997 6601 1 984 5761 1 891 1641 1 382 494

1 1 844 2O0

Os primeiros clubes

Resultados dos 511 nrimeiros colocados entre osclubes de mv estimentos do sexto grupo deste trimestre doUesat'io da Bolsa. que iniciaram suas aplieaeiies Com ocupom publieado na ediijao de 2 de |unho do JORNALDO HRAS1L. A lisia. por ordem alfahetica, sai nnC'ariertio tie Classificados e esta dispom'vel tamhem nasagencias do ,|BPOS NOME DO PART1CIPANTE VALOR TOTAL0001 Ciovis «\ifredo Carvalho Casemtro 161 622 0330002 Micr-ael Ditchf.oid 159 149 6520003 Carats Invest 157 909 6260004 Carlos de Faria Cociho de Sousa 157 255 3400005 Arjenor Coelho de Sousa 154 415 4800006 Vaciiou Dangou 153 060 2880007 Mica Fonniga 151 024 0000008 Ronaldo Soares Moura 148 039 4250009 Bartnlonieu Sique'ra C Pessoa d* Mello 144 520 3500010 A Volta da Caravana 144 138 0560011 Maria Ines Traiano 142 368 9400012 Selma Angelina Gongalves 139 211 3460013 Cube de Investimento 17 de Outubro 138 219 7870014 Clube de Investimento da Familia 138 068 7500015 Sergm Brandao Lolvito Cunha 136 966 3380016 Francisco Jose dos Santos Galiza 136 938 2990017 Eliseu Soares Neto 133 155 9780018 Alexandre Porciuncula Gomes Pereira 132 919 6550019 Acabou-se o Que Era Doce 130 490 0400020 Venezuela Come Quieta 130 39/ 9800021 Jacnue'ine Kape'ler 128 314 2320022 M^r'o Caulliraux Lopes da Costa 126 051 0750023 V»rer>te de Paulo Paravidmo 124 550 1670024 El'S Vive em Nossos Coragfte^ e Canta 122 679 9200025 Christina Helena da Motta Barbosa 121 222 5980026 Clube dos Jr 120 844 2290027 Clube de Investimentos Boa Nota 120 709 4670028 Clube de Inv Pequenmmna II 120 257 7000029 Jorge Araripe Leite 119 921 2220030 Madcap S Now 119 858 4820031 Clube de Investimento 31 de Margo 119 163 9870032 Aristolmo Clube de Investimentos 119 119 6150033 Bixavante — Iribo de Investimentos 119 014 0000034 Eduardo Araripe Leite 117 282 7100035 Clube de Inv Planeta Diario III 116 505 9000036 Sornso rje Menino e Olhos de Mar 1 15 972 4030037 Flavto Fleury 114 041 6960038 Paula Gonzaga de Sa 113 893 4900039 Investflj 113 693 7500040 D»nah Alves Coutmho 113 057 1950041 Katia M.nphn Leite Barbosa 112 976 3420042 Marco Aurelio Chianello 112 313 8210043 Luis Otavio Coutinho Muniz 1 1 1 926 9660044 Ernam Luis SztaJnbok 111 666 2250045 Clube d^ Investimento 5 de Outubro 111 328 4170046 Andre Santos Pere<ra 111 2"72 7130047 Clube de Investimento 20 de Maio 11 1 204 6040048 E Pra Arrancar e Deitar os Cabe'os 109 524 7330049 Mana Christina de F Coelho de Sousa 109 071 0040050 loacio Americo de Miranda Neto 108 172 500

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As aeoes que entrain no "Besafio"

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Page 30: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Negócios & Finanças domingo, 7 7 85 1° caderno 29

Informe Econômico

A Firjan estuda propor ao Governo novo estímulo à exportação. Os queantecipassem o cronograma de embarque seriam premiados com a valorizaçãocambial registrada desde a data do fechamento do contrato

Keynes assinaria a

política de Reagan

DOIS economistas da Universidade de Ne-

hraska lançaram ao debate, r^os EUA. uma.tese original: a recuperação econômica de 19S3 e11>S4 resultou da famosa supply-side economics —a política de crescimento econômico pelo estímu-lo a oferta adotada pelo Governo Reagan — oudos estímulos keynesianos provocados por gran-des déficits orçamentários?

Wallace Peterson e Paul Estenson sustentamque. apesar de sua retórica favorável a economiada oferta, a Reaganomics se tornou Keynesiana.A idéia e simples: ao reduzir os impostos e elevaros gustos governamentais, a política econômicade Reagan aproveitou-se do princípio — kevne-siano — ile que elevados déficits públicos estimu-Iam a atividade econômica.

Segundo Peterson e Estenson. o fator maisimportante na recuperação da economia america-na foi o estímulo fiscal, representado pela estraté-gia de manter elevados déficits orçamentárioscomo indutor de um alto nível de emprego.Déficits que são financiados — via dólar sobreva-lorizado — com poupança externa.

Para comprovar a tese, tomam o déficit noprimeiro trimestre de 1981. que era de 21.2bilhões de dólares. No quarto trimestre de 82.quando começaram a vigorar as reduções deimpostos adotadas pelo Governo Reagan, o défi-cit saltou para 106 bilhões de dólares. Apesar darecuperação que se seguiu, o délicit seguiu cres-cendo e chegou a 155,7 bilhões de dólares noúltimo trimestre de 1984.

Se estivessem corretas as teses de DavidStockamn. ex-assessor de Reagan e um dosteóricos da supply-side economics, isto não deve-ria ter acontecido. A curva de Laffer garantia,segundo esses teóricos, que o corte na cargatributária aumentaria a renda nacional e. indire-tamente. a própria receita fiscal, reduzindo odéficit. Isto não aconteceu.

Estenson e Peterson sustentam que, cmconseqüência dos déficits elevados crônicos, aeconomia norte-americana se aventura em "terri-

tório desconhecido". Afirmam ser impossívelvislumbrar como um novo Governo, seja de quecredo político for. poderá recorrer à redução deimpostos ou a elevação de gastos para enlrcntaruma nova recessão. É o que denominam "a

suprema ironia: conseqüências keynesianas naoprevistas colocaram fora de cogitação o usofuturo de remédios keynesianos".

* * * *

É por isto que o principal instrumento paraevitar que a economia volte a escorregar numarecessão será provavelmente o Federal ReserveBoard (banco central dos EL'a\). e sua políticamonetária ortodoxa.

¦Mais credibilidade — O pacote de cortes deCrS 28.6 trilhões nos gastos das estatais veio darmais credibilidade a previsão do Governo de que ainflação este ano fique abaixo dos 2()0'r. na opiniãotio economista Paulo Guedes, vice-presidente doInstituto Brasileiro de Mercado de Capitais.

Segundo Guedes, a estratégia anterior, pelaqual o Banco Central buscava derrubar a intlação"usando apenas uma lâmina da tesoura — a políticamonetária, era romântica". Como também era ro-mántica — a seu ver — a tese do Ministério doPlanejamento de que o BC poderia derrubar osjuros através de maior injeção de dinheiro nomercado.

Na sua opinião, era uma rota explosiva quepoderia desembocar num violento repique inflado-nário nos próximos meses. Acha que o repique dequalquer forma ocorrerá, mas será atenuado pelopacote, que deverá fazer o crescimento do PIB esteano baixar para a faixa de 2.5'y a Y/c.

¦Aferir novos hábitos A partir de uma novaPesquisa de Orçamentos Familiares a ser feitaprovavelmente no próximo ano. o IBGE deveráadaptar a cesta dc consumo que utiliza para cálculodo INPC as modificações nos hábitos de consumoocorrido no país nos últimos III anos. A ultimapesquisa e de 1976.

A pesquisa mais recente sobre a evolução doscastos familiares no Brasil quem fez foi a FundaçãoTnstituto de Pesquisas Econômicas de São Paulo(Fipe). Ela demonstrou que aumentaram substan-cialmente os gastos com Habitação. De 18.8(1'; doorçamento familiar em 1973/74, passaram a repre-sentar 22.68'r quando se considerou o período73 83. Em compensação, diminuíram as despesascom Alimentação (de 44.7(1'/ para 43.53' r). vestuá-rio (7.21''' para 6.40rr). transportes (6.92'r para6.28' ; ). saúde (6.37' r para 5.28'>) e educação(2.2l''r para 2.2'í ). Nessa pesquisa, válida para oMunicípio de São Paulo, permaneceram inalteradasas despesas pessoais (13.63' r).

mInflação no supermercado O vice-presidente tia Associaçao dos Supermercados doEstado do Rio. Ayrton Fornari. acredita que oaumento do custo da alimentação nos super-mercados em julho poderá repetir a mesma taxa dejunho, quando ficou em 7.8'r. empatando com ;iintlação. Essa taxa. apurada pela Asserj. ficouabaixo da encontrada pela Sunab. de 8.77' r. Nocaso dos produtos de higiene, a Asserj levantou emlunho um aumento dc preços de >.irr. Os produtosalimentícios respondem por 7(1'r a 75r; da receitados supermercados, segundo Fornari.

C abotagem e tecidos no CIP()s armadores de cabotagem pediram ao ( IP

reaiuste no trete de 1-1.34'/ Mas se o aumento nausa^ ate o dia |\ passarão a reivindicar terça de

< . para Ia/ei Irente ao reaiuste dos combuMiv eise ao aumento salarial dos marítimos, a partir dcprimeiro de aposto, da ordem de /

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Executivos conseguem

driblar o Leão do IR

Luiz Sérgio eRonaldo Lapa

A criação dc subsidiária, a constitui-çào de empresas autônomas prestadorasde serviços e a concessão de beneticios eluvas são os principais expedientes utili-zados. ho|c. no Brasil, por organizaçõesde grande e médio porte, para que seusexecutivos não sofram nas garras do Leãodo Imposto de Renda. Os esquemas,lesalmente aceitos pelas normas juríiii-cas. alem de aumentar os rendimentosdos empregados com a diminuição dacarga tributária, beneficia também a em-presa, que terá seus encargos sociaisreduzidos, em função da estratégia utili-zada.

Outros caminhos, embora pouco uti-lizados. existem ainda e produzem omesmo efeito: evitar a ação devastadorado fisco sobre os salários. O mais sotisti-cado deles é a montagem de uma opera-çào financeira com o empregado, na quala empresa sofra grande prejuízo; e o maissimples, o planejamento tributário den-tro da própria organização, de forma asitematizar a distribuição dos saláriosindiretos.

Para os executivos que recebem atéCrS 1(1 milhões, entretanto, nada podeser feito. Em São Paulo, tanto o sócio deplanejamento tributário da Trevisam eAssociados — Auditores Independentes.Wagner de Oliveira Camargo, como ogerente do departamento dc imposto daPrice Waterhouse. Elidie Palma Bífano,acreditam que neste nível dc rendimentoexiste uma camisa-de-força: os contri-buintes não dispõem de qualquer contro-le sobre o imposto que pagam sob aforma mensal de retenção na fonte, nempodem mover qualquer tipo de defesa.

Como morder o leãoA abertura de empresas autônomas

prestadoras de serviço, segundo Bífano.envolve típicas organizações destinadas aprestar consultoria empresarial, seja naárea dc marketing, propaganda, assesso-ria dc imprensa e engenharia. "E mais

vantajoso, sob o ponto-de-vista fiscal aum executivo dc área de propaganda, porexemplo, montar uma microempresa. doque trabalhar como assalariado. Comomicroempresario. todas as despesas sãopassíveis de dedução de Imposto de Ren-da. inclusive o Imposto Sobre Serviços(1SS). E a incidência do imposto na fonteé de apenas fi'r. Existe, no entanto, uminconveniente. Somente para os seemen-tos comerciais e industriais, as microem-presas não precisam pagar imposto, o quenao e o caso das prestadoras de serviços.

Walter Camargo, da Price Waterhou-se. tem dúvidas se. por exemplo, a umdiretor de um departamento jurídico deuma grande empresa seria vantajoso aabertura de uma empresa específica parafugir do ônus fiscal. Se for favorável doponto de vista tributário, poderá não serao nível financeiro. Ele explica que alémde se deduzir integralmente todas asdespesas necessárias ao funcionamentoda empresa, e um recolhimento de b'"rsobre o faturamento, há uma incidênciade 35% sobre o lucro. que. por sua vez.para ser convertido, a pessoa física sofreuma tributação adicional de 23%. "Sóconheço um caso que esta receita deucerto", lembra ele.

No caso das empresas estrangeiras,segundo um importante executivo do se-tor, existe a possibilidade de introduçãoda figura do caixa-2 no pagamento dossalários a fim de se evitar o fisco. Aprática não é generalizada, mas bastantediversificada. Basta observar que partedos salários dos executivos de nuiltinacio-nais é pago em dólar, no exterior, contrarecibo de despesa. Essas empresas costu-mam ainda depositar no exterior a impor-tancia destinada ao pagamento das luvasdos seus executivos e também efetuaraquela operação financeira com o empre-gado, arcando com o prejuízo.

Diretor de cartãoAo nível da contratação dos executi-

vos. um artificio muito utilizado — estepor empresas nacionais — é a instituiçãodo diretor de cartão, ou "diretor", entreaspas. Ele não recebe salário, embora

tenha um cartão da empresa com o seunome impresso, além de secretária, telc-fone e automóvel. Condiciona seus ga-nlios ao faturamento da empresa, ounegocia seus rendimentos em função dosserviços que a empresa venha a executarpor seu intermédio Por essa intermedia-çáo. exige geralmente entre I '< e 2% dovalor global do serviço contratado.

Entretanto, segundo o sócio de pia-nejamento tributário da Travisan Asso-ciados-Auditores Independentes, Wag-ner Camargo, a melhor forma de seconseguir amansar o Leão é o planeja-mento tributário. Se um executivo traha-lha em um grupo controlador de outrasempresas, seu salário pode ser rateadoentre as subsidiárias, beneficiando a em-presa e o empregado. Para a empresa avantagem é clara, já que somente ossalários de diretores no valor de até CrS 4milhões 550 mil podem ser deduzidoscomo despesas.

Para o executivo, esta estratégia per-mite que ele tenha, mensalmente, umfluxo de caixa constante permitindo apli-cações financeiras ou antecipação decompras. E um tipo de planejamento queem tudo é mais atrativo que uma reten-çáo na fonte de 45%.

Elidie Bifano lembra outras formasde enganar o Leão. A concessão deautomóvel é uma delas. A empresa arcacom os custos dc aquisição combustível emanutenção, deduzindo as despesas. E.desta forma, pode oferecer um saláriomenor, economizando encargos sociais,como FGTS e 1NPS. Outro recurso utili-zado é o do empréstimo a custo zero: aempresa empresta, por exemplo. CrS 20milhões ao executivo, sem juros e semcorreção monetária, no início do ano. Emdezembro, com a inflação, o empregadopode pagar o empréstimo, que gera des-pesa dedutível. melhorando a posição dapessoa jurídica no Imposto de Renda.

Existe ainda outro estratagema legalpara que o Imposto de Renda não incidasobre gratificações. Ao invés delas, quesofrem tributação na fonte, são concedi-das antecipações, isentas de impostos.

GM promete uma nova

Revolução Industrial

Iritz l tzfíri

Nova Iorque — Comprar um carrosob encomenda não é uma novidade nosEUA. mas a General Motors, o maiorfabricante dc carros do mundo, está pre-parando uma revolução no setor, com oconsumidor literalmente construindo seucarro a partir de um terminal de compu-tador num revendedor, livre para decidirsobre praticamente tudo. desde a cor atéos acessórios e. o que é mais animador,sem a quase irresistível conversa dosvendedores de automóveis.

O novo sistema está sendo preparadopara operar no máximo ate 14X9. quandocomeçará a funcionar a nova unidade daGM que estará produzindo 500 mil carrosde aspecto futurista, o Saturno, um auto-movei compacto e econômico que —esperam os seus idealizadores — sejacapaz de vencer o desafio dos concorreu-tes japoneses nos El A e. mais do queisso. criar uma segunda revolução indus-trial na America.

Perfil para o ano 2000A CAl tem andado extremamente

ativa nos últimos meses, graças a audaciade seu presidente. Roger Smith. lies desuas compras mais recentes poderão aiu-dar a compreendei o perfil que essegigante da indústria, que vende quatrocm cada III carros comercializados naAmeiica tera no Século \\I A primeirae a compra da I leclroiuc Data Systems, aI l)S. absorvida cm finais do ano passadopoi um total de 2.5^ bilhões de dólaresDepois veio .t aquisição da Huiihes Air-crali. poi nada menus de - bilhões dedólares c duas empresas de linanciamcn-lo e credito, também este ano Com icompi i da t PV Kocci Smith compimitambém o passe de seu fundador. IIRoss Petot. um controvertido bilionanoque começou sua tortuna em !l'o2. qu mdo trabalhava como vendedor da IBM.nim chciim dc : mtl l»l itc> i a \k: <

li ii"! ida > '.i i n pie-.i dc ci»i'M tu:!um co! p<i de peru.» . m ...»>;•• • !Vt)., p ,:a,ism wir.ii c nipti s in '?>' ><>•• de compu1 av.it M CS

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com toda a GM. é tentar administrar umafábrica a partir de um computador.

Em 1WJ. quando a unidade dc pro-duçáo do Saturno estiver funcionando econtar com uma rede de revendedoresprópria, o cliente só terá que se sentardiante de um terminal de vídeo, e. pro-gressivamente. irá sendo questionado so-bre o tipo de carro que quer. Poderáoptar por qualquer opcional, escolher acor. material do estofamento. vidros,potência do motor e até mesmo acresceu-lar loques pessoais a seu gosto.

Suas exigências serão remetidas paraum dos 1S centros de processamento deinformações que a GM planeja instalarnos EUA. Pali irão para o computadorcentral da Saturno, onde receberão umcódigo c a data da entrega do carro, queaparecera no vídeo do comprador. Aomesmo tempo, por outro canal, as condi-çóes de financiamento, pré-estipuladaspelo freguês, serão analisadas, prepara-das e aprovadas Na mesma hora em quesouber quando fica pronto o seu carro, ocliente recebera — detalhadamente —todas as informações sobre seu créditoNum futuro nao muito distante, serapossível comprar um carro poi esse siste-ma sem sair de casa. bastando ter ummicrocomputadoi.

Ao mesmo tempo em que receber opedido do comprador e analisar o seufinanciamento, o sistema imaginado parao Saturno "ordenara" que o computadorcomece imediatamente a encomendar pe-ças do carro às fabricas de autopeças eacessórios, o que diminuíra a necessidadede enormes estoques c capital imobili-/.ido

Vi linha de montagem, quando aconstrução do carro começar, um mimis-culo radio sera lutado ao chassis e passaraa transinitii as instruções do computadoraos robôs encarregados da tabricaçáo

'• problema que vai dar muita dor decabeça a t Al nos provimos anos e que a

Cliente da \ W escolherá tudoO comprador dc automoveis da

\ oi^w.iiien — empre vi hJer do mercado-s ;1 ¦¦¦ P> 'dc • .1 p • - * : dc •'

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fabricação do Saturno vai cortar cerca de70% dos empregos atualmente nccessá-rios para construir um automóvel, in-cluindo empregos de colarinho branco eos sindicatos de metalúrgicos. Poderososcm Detroit, mas já sujeitos a unia sériede concessões nos últimos anos parasalvar seus empregos e empresas emsituação difícil, eles não parecem dispôs-tos engolir a pílula facilmente.

A tendência a automação e a elctrò-nica fica ainda mais evidente quando seconsidera o papel que a Hughes terá nanova GM. Atualmente a Hughes fabricamaterial eletrônico sofisticado usado emaviões de combate, submarinos e mísseisteleguiados. Esse material, segundo exe-cutivos da GM. sera incorporado aospainéis dos carros da empresa, a partir dapróxima década. Hoie. os automóveisnos ECA já têm vários microeomputado-res regulando e monitorando diversasfunções, mas nada semelhante ao que seprevê na GM. incluindo desde a elimina-çáo do retrovisor (substituído por umatela de TV) até radares e computadoresde navegação que tornarão praticamenteimpossível perder-se na estrada.

A técnica de construção do Saturnotambém será diferente da dos carrosconvencionais Ele chegará a linha demontagem ja pré-montado em módulos,que poderão set combinados ao infinito,mais ou menos como um pino entra numatomada, ao gosto do freguês, eliminandoa necessidade de muitas operações namontadora (> ob|ctivo dos labncantes ecortar 2 mil dólares no preço de cadacarro lo Saturno sera vendido a aproxi-madamente t> mil dólares, ao preço dehoic i () total dii ittvcstimento. >o paraconstruir a fabrica do Saturno, sera de 5bilhões de dólares Ouando tuncionar.ela terá i> mil empregados o calcula-seque nerc mais M mil emprecos no setordc autopeças, sep.ii.os c revenda

Onda de fusões agita

a economia americanaCm analista chegou a contar 743 compras e vendas de

empresas nos Estados Cnidos. so no primeiro trimestre deste anoA General Motors passou na frente dos competidores com umaproposta de 5 bilhões de dólares pela Hughes Aircralt. para criai"a corporação do ano 2000". Ted Turner. um empresário da arcade comunicação de Atlanta. esta querendo assumi! o controle daCBS. uma das maiores redes de TV americanas pot nada menosde 5.4 bilhões de dólares.

Mas se engana quem pensa que a tendência é apenas deconcentração. Numa busca de se fixar naquilo que sabem lazermelhor, grandes conglomerados estão se desfazendo de partes desuas operações. A RCA vendeu sua divisão tmaneei ra CPI tio anopassado por 1.5 bilhão de dólares e acaba de passar a l nitedAirlines sua subsidiária de carros de aluguel llertz. por 5S7milhões de dólares. Com isso. so falta a RCA se desfa/er de umafábrica de carpetes para voltar a ser uma companhia totalmentevoltada para a radiodifusão e a eletrônica, tal como era a velhaRadio Corp of America, antes de se lançar a diversificação, haduas décadas.

Clima favorávelA retirada dos controles do Governo sobre a economia

(deregulationl está provocando um movimento de concentraçãoem setores como comunicações, bancário e companhias aéreasUma redução nas pressões antitruste facilitou a entrada na arenade gigante como GM e IBM. em busca de companhias altamenterentáveis.

Mas é igualmente verdadeiro que as empresas estão envu-gando suas organizações, nao como uma reedição do lema small isbcautiful, mas num passo preliminar antes de voltar a cresceidentro de sua principal área de atuação. A RCA. por exemplopoderá aplicar a receita da venda da CIT e da llcrt/ em novasaquisições, mas dessa ve/ elas serão diretamente relacionadas asua atividade básica.

O Governo Reagan reivindica o crédito por esse clima defusões e desfusões. A redução da ingerência governamental naeconomia deixou espaço as empresas para crescer dentro de seupróprio ramo e reduziu a tendência mais perigosa de expansãoatravés da diversificação. Essas compras e vendas são consideradas hoje parte da estratégia de longo prazo de muitas empresas

Busca de maior eficiência, reorganização operacional, entra-da em setores com grande potencial de crescimento, máximaampliação dos lucros dos acionistas. Estes são alguns dos ohjeti-vos visados pelas empresas, que ainda têm em mente o fracasso dealgumas grandes fusões recentes, quase sempre porque a compa-nhia compradora não tinha familiaridade com os negócios dccomprada.

Partes valem maisAlfred Rappaport. da Universidade Northwestern, acha que

tudo isso é uma estratégia para transferência de tecnologia eaumento da produtividade. A R. J. Reynolds se propõe a pagar4.1 bilhões de dólares pela Nabisco Brands Inc. A lusáo criara amaior companhia americana de produtos de consumo, comvendas anuais de 19 bilhões de dólares. A compra da Signal Corpresultará num enorme complexo aerospacial c de alta tecnologia

Na área de comunicações, são esperadas mais fusões depoisque o Governo permitiu que os empresários passem a controlarindividualmente 12 canais de televisão. 12 rádios AM e 12 FM.quando anteriormente so podiam controlar sete.

Por outro lado. a economia parece comportar-se segundouma nova ideologia: as parles valem mais que o lodo l m estudodo economista Frederic M. Scherer. do Svvarllimorc ( ollegemostrou que só uma dentre 15 empresas vendidas entre pro e19X2 teve desempenho pior na mão dos novos donos A tendeu-cia, nesses casos, foi cortar as gorduras, reduzir estoques e contasa receber, resultando em melhor desempenho. So a ITI' vendeutiíi subsidiárias nos últimos anos e mais W desde lanetro Maisradical ainda e a Citv Investing Co. que simplesmente decidiuliquidar completamente seus ativos de S.5 bilhões de dólares

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30 n 1° caderno domingo, 7/7/85 Negócios & Finanças JORNAL PO BRASIL

Empregiiismo do Governo Figueiredo sai caro a Sc rney

Estataiss de Pernambuco

davam aumento pela ORTN

Letícia Lins

Recife — Com dívida de CrS 752bilhões 090 milhões 726 mil. contraídasem o aval do Estado — e com contas apagar até o ano 2 017— as 47 estatais dePernambuco já não funcionam com aautonomia que as caracterizavam cm ad-ministraçóes anteriores, quando atiaves-savam situação de total descalabro, eprovocavam permanente sangria aos co-fres públicos.

Atualmente. 41 das 47 estão equili-bradas. E a partir do próximo ano aprevisão de despesas integrará o orça-mento do Estado, com um montante derecursos que passava praticamente des-percebido nos cálculos governamentais.O rombo, inevitavelmente, aparecia de-pois. Em ll)K3. quando foi criada a Co-missão Estadual de Controle das Estatais(Cest) — no primei-o decreto assinadopelo então recém empossado Governa-dor Roberto Magalhães — elas somavam48. e 46 eram deficitárias. Entre estasincluía-se o Banco do Estado de Peruam-buco — Bandepe —, que durante quaseuma década operou no vermelho, e en-contrava dificuldades para fechar os seusbalanços.

Das 150 agências. 125 davam prejuí-zo. Hoje, com restrições imposta a insti-tuição — onde os diretores reajustavamos próprios vencimentos com base emORTN's — as agências superavitáriassomam 90, em um total de 154. Os efeitosdo controle exercido sobre o Bandepe —onde os funcionários costumavam seraposentados numa tarde, e contratadosna manhã seguinte com o dobro dosalário — mostram resultados através dosnúmeros: fechou 1984 com lucro superiora CrS 15 bilhões, e nos primeiros cincomeses deste ano, injetou CrS 1 trilhão naeconomia do Estado. Desde o dia 25 dejunho, os seus acionistas passaram areceber CrS I bilhão 1(X) milhões emdividendos, restaurando-se uma práticaque — embora obrigatória — desapare-tera, há mais de 10 anos. por absoluta

^.Ita de meios de cumpri-la.Aperto e resultado

O controle que ajustou as finanças doBandepe espalhou por 10 autarquias (se-te empresas públicas, 12 fundações, 17sociedades de economia mista e um órgãoautárquico) que compõem a administra-çáo indireta do Estado. Elas foram sanea-das através de 15 resoluções, 31 decretosmoralizadores e uma lei que autoriza oPoder Executivo a alterar a naturezajurídica de qualquer dessas instituições,tão logo se mostre necessário.

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1 ^

Horácio PerrazA princípio, segundo o presidente da

Cest, Horácio Ferraz — que também éSecretário de Administração — julgou-seque o abuso mais gritante das estatais eraa desordenada política salarial: Em 1983,a folha de pagamento dos 54 mil funcio-nários da administração indireta era deCrS 5 bilhões. Com CrS 1 bilhão 450milhões a mais. o Estado pagava ossalários de 74 mil 824 servidores.

— Com o passar dos meses, e oaprofundamento do estudo da situaçãodas estatais, observamos que pior do quesalários astronômicos, era o descontrolede gastos e investimentos, e a contrataçãoindiscriminada de emprestimos. muitosdeles em dólares— queixa se Ferraz. Suaopinião e ratificada pelo secretário-executivo da Cest. .loauuim Castro deOliveira. Em meio a gniticos. milhares denúmeros e muitos papéis, ele mostra quedas 47 estatais só seis continuam em crise,e destas, duas são de pequeno porte: aFundação do Ensino Superior (i esp) e oCentro de Hematologia de Pernambuco(Hemope). cuja atuação é controladapelo INAMPS. As demais limitaram suaatuação a disponibilidade de recursos.Mostra que o débito vencido das estataispernambucanas, hoje. e de CrS "1 bi-Ihòes 735 milhões, dos quais CrS 28

bilhões 376 milhões encontram-se emnegociação:" — A situação crítica das seis empre-sas deficitárias pode ser considerada su-portável, pois estão sob controle — asse-gura Castro. O Governador Roberto Ma-galhães vai mais longe: "Acho que asestatais pernambucanas estão suficiente-mente controladas. Em termos de meca-nismos de controle, acho que atingimos oponto ótimo".

Castro mostra que, em 19S4, as esta-tais pernambucanas foram obrigadas aconceder aumentos no mesmo nível daadministração direta, e portanto abaixodo INPC. Foi uma medida impopular,mas houve uma certa compreensão, por-que tínhamos interesse em manter o níveldo emprego, para evitar que o problemasocial do Estado se agravasse" — explicaFerraz. O desemprego (que volta a as-sombrar funcionários das estatais a nívelfederal) foi evitado como meio de conterdespesas, e dispensas foram proibidas pordecreto do Governador. Com o rigorimposto às entidades, em 1985 já foipossível negociar com 23 sindicatos: oGoverno repôs os salários, e pagou osatrasados com correção monetária (atra-vés de quatro parcelas).Despesa inferior à previsão

Em 1984. a receita das estatais — quefoi de CrS 89 bilhões 500 milhões em1984, a receita das estatais — que foi deCrS 89 bilhões 500 milhões em 1983 —passou para CrS 336 bilhões 30!) milhões,quando a despesa empenhada era de CrS384 bilhões 700 milhões. Embora essadiferença persista, ainda não houvemeios de diminuí-la. Mas se a receitacorrespondeu a 75% do previsto, a des-pesa, pelo menos, não foi superior àesperada: alcançou 86% da expectativa,contrariando a tradição anterior. Os gas-tos — descontrolados — eram sempremaiores do que os esperados.

A situação das estatais é acompanha-da diretamente pelo Governador Rober-to Magalhães, que ao final de cada tri-mestre recebe um minucioso relatóriosobre o desempenho geral do setor: recei-ta, despesa, transferência de recursos,gastos com investimentos, despesa depessoal e encargos, débitos vencidos. Aofinal do manual, são detalhados os pontoscríticos de cada empresa, autarquia, fun-daçáo ou sociedade, em-particular, mos-trando-se uma radiografia praticamentedesconhecida em gestões anteriores.

Recife-Fotos de Natanael Guedes

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Joaquim Castro de Oliveira

Este mês, a Secretaria do Planeja-mento passou a receber a previsão degastos das estatais para o próximo exerci-cio, que figurará —com letras graúdas —no meio do orçamento geral do Estado,quando antes apareciam discretos, noquadro de detalhamento de despesas,que é uma das peças do orçamento doEstado. No presente exercício, elas aindafiguram com o orçamento de CrS 820bilhões, quando o real ascende a CrS 2trilhões 300 milhões. A partir de 1986serão observadas no orçamento anual eplurianual das estatais, que constituiráum capítulo do geral do Estado a serenviado ao Poder Legislativo.

Para o Governador Roberto Maga-lhães. a iniciativa não significará apenasmaior controle dessas entidades, mas so-bretudo prestígio para o Legislativo epara a própria população, que segundoele não tem conhecimento dos abusos epráticas dessas empresas. Ele reconheceque foi necessário enfrentar "doses desacrifício" para controlar a administraçãoindireta, o que o obrigou até mesmo arecusar tentadoras ofertas de emprésti-mos: "lnjeitei 100 milhões de dólares,que poderia ter empregado em obras deretorno eleitoral. Não quis aumentar odébito das estatais".

Ele promete sair do Governo semcriar nenhuma nova estatal, e diz quetomou a iniciativa de controlá-las. basca-do na experiencia de advogado de empre-sas privadas.

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Administração de Empresas • Administração PúblicaArsas: Planejamento Estratégico. Administração Contábil (Contabilidade Geral e

Custosi. Sociologia. Iníormatica. Uso de Computador no Planeiamento eControle das Atividades Mercadológicas, Economia (preferencialmenteEconometria ou Finanças Publicas). Planejamento e Controle da ProduçãoCondiçõHs para inscrição:a) especialização nas áreas acima descritas:tii experiência comprovada de pelo menos 2 (dois) anos de exercício

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Gilberto Dimenstein eErnesto Rodrigues

Brasília — As contratações epromoções feitas pelo e\-Presidente João Figueiredo e seusministros, nos últimos meses doano passado, sem a garantia derecursos orçamentários, deixaramuma despesa de nada menos doque CrS \-> trilhões 130 bilhõespara o Presidente José Sarney em1985. lista cifra impressionou osassessoies do Planalto que. emconversas reservadas com o Presi-dente, insistem para que se denun-cie a herança deixada pelo Gover-no anterior.

E não é só: o Legislativo dei-xou uma dívida de CrS 550 bilhõese o Judiciário, de CrS Ml) bilhões.Estas quantias obrigaram o Presi-dente a pedir, em maio, créditossuplementares de CrS 21 trilhõesao Congresso, para pagamento depessoal e encargos sociais. O Con-gresso autorizou a suplementaçâoe. no dia 27 de junho, o PresidenteSarney sancionou a Lei 7.330. re-ferente a estes recursos.

Nas conversas reservadas, oPresidente José Sarney diz quereluta em fazer uma denúncia con-tra o empreguismo. argumentandoque haveria ânimos acirrados. Osassessores, porém, dizem que a

Nova República não pode solrerpor euos que não cometeu.

Na exposição de motivos, dndia 6 de ni tio. assinada peli>s Mi-msttos da Fazenda, Francisco Dor-neiles. e do Planejamento. JoãoSavad. para enviar o pedido decréditos suplementares, não se falaem quantos funcionários foramcontratados — esse trabalho vemsendo realizado por assessores doPresidente e. em breve, lhe seráentregue um dossiê compieto.

Um assessor alerta para a lin-guagem

"extremameme polida"

da exposição de motivos. Na pági-na 5. justifica-se a necessidade deverbas pelos seguintes motivos:

l — Grau de incerteza associa-

do às projeções dos gastos compessoal e encargos sociais em fun-çáo da complexa legislação de pes-soai estabelecida nos uitunns me-ses da administração anteiior.cujos reflexos ainda não est io s;ili-ciente dimensionados.

2 — Indução a novos pedidosde aposentadoria dos servidoresestatutários, decorrentes das van-tagens concedidas. e incorporaçãode novas vantagens aos proventosde inativos e pensionistas.

Na exposição de motivos, osMinistros pedem que os recursospara cobrir as despesas venham doexcesso de arrecadação das recei-tas ordinárias do Tesouro Na-cional.

BC descobre novas fraudes na Delfin

,/. Carlos de t.s.si.s

O antigo dono do Grupo Delfin,Ronald Guimarães Levinsohn,transferia depósitos de poupança dopúblico diretamente para sua contapessoal na Delfin-Rio, limpando aoperação mediante financiamentosfictícios a urna construtora de suapropriedade, em conluio com funcio-nários da agencia da Rua Debret doBanco de Crédito Nacional. Em ape-nas trés meses, de março a junho de1971), ele se apropriou, medianteesse artifício, do equivalente, hoje, aCrS 5 bilhões 722 milhões.

Esta é uma das conclusões dacomissão de inquérito do BancoCentral sobre as causas da interven-çáo e posterior liquidação do GrupoDelfin. O relatório, datado de Io desetembro de 1983, deve instruir oprocesso criminal contra os antigosacionistas do grupo. Outras fraudesde gravidade semelhante foram apu-radas, notadamente as relacionadascom autofinanciamento, falsificaçõescontábeis e desvios de recursos so-cietários, que resultaram num passi-vo a descoberto de CrS 7 bilhões 838milhões em janeiro de 1983 — equi-valentes, hoje. a CrS 123 bilhões 596milhões.

A comissão — formada por Cai-los Augusto Marques Dias, AntônioRoberto Nóbrega Telles de Menezese Lucas Pira já de Oüveiia Rosa, esteposteriormente substituído por LuizCarlos da Silva Joaquim — limitou-se às investigações da contabilidadee dos negócios da Delfin-Rio. Umaoutra cuidou das investigações naDelfin SA (São Paulo), tendo suasprincipais conclusões sido relatadaspelo ex-liquidante da empresa. Jo-sualdo Medeiros, na CPI do casoDelfin-BNH. Em São Paulo, asmaiores fraudes consistiram na qui-tação de dívidas de empresa coligada(União de Construtoras) com imó-veis superavaliados e na abertura decontas de poupança em favor deamigos e parentes dos Levinsohn.

Desvio de poupançaA investigação sobre liberações

de financiamentos e sua vinculaçàocom a conta pessoal de poupança deRonald Levinsohn foi feita poramostragem, para não prejudicar osprazos do inquérito. Por isso abran-geu apenas o primeiro semestre deÍ979. Isso significa que o desvio realde recursos do público para os bolsosdo dono da Deiíin podem ascender acifras muitos superiores aos quaseCrS ti bilhões constatados, pois des-de junho de ll'7l>. data tios últimoscheques rastreados. até a interven-

çáo na Delfin. em 21 de janeiro de1983, a sociedade ficou sob o contro-le de Levinsohn mais de três anos.Igualmente, desv ios semelhantes po-dem ter ocorrido antes de março de1979, data dos primeiros lançamen-tos da amostra.

A forma de limpar o dinheiro,isto é, o modo de descaracterizar odesvio na contabilidade da Delfinestá minuciosamente descrita no re-latório. A Delfim-Rio mantinha umaconta corrente na agência Debret doBCN. Contra essa conta eram emiti-dos cheques ao portador, em valoresvultosos, contabilizados na Delfincomo liberações de financiamentosem favor da empresa Antigua-Comércio, Participações e Empreen-dimentos Ltda., uma coligada. Pelosextratos da conta no BCN, a comis-são verificou que os cheques, apesarde vultosos, eram dados como saca-dos diretamente no caixa.

No entanto, na mesma data dosaque de um ou mais cheques, depó-sitos em dinheiro cm montante exa-tamente igual eram registrados naconta corrente da Delfin no BCN.Ainda na mesma data, um depósitotambém do mesmo montante apare-cia na conta pessoal de poupança deRonald Guimarães Levinsohn, destavez na Delfin-Rio. Assim, os che-ques contra a conta no BCN erammeros artifícios contábeis: o saldo daconta não se alterava, pois o que eradado como pago pelo caixa, de umlado, era contabilizado como entra-da de dinheiro, noutro. Evidente-mente, algum funcionário do bancofacilitava a operação.

A emissão do cheque pela Del-fin-Rio. porém, permitia uma saídacontábil para camuflar o créditotransferido para o dono da empresa.Nenhum dinheiro ia diretamente pa-ra a Antigua. Esta última ficavaformalmente como devedora. mascomo o inquérito também provou, odébito acumulado jamais seria pago.Era sistematicamente quitado e re-

liados em pagamento ao próprioBNH. em dezembro de 82.

As operações

O inquérito identificou desviosde poupança em 19 operações dile-remes, cada uma envolvendo um oumais checiues. Eventualmente, che-ques correspondentes a liberações definanciamcnios à Antigua eram efe-tivameníc descontados na cotnpen-sação, mas outros da mesma sérieserviam cie base a camuflagem con-tábil.

Lis uma das opeiações rastrea-das: no dia 15 3-79, a Delfin-Riocontabilizou a liberação de CrS 2milhões para a Antigua, a débito doempreendimento da Estrada de Ja-carepaguá, 3145 (em todos os casos,o destino das "liberações" era sem-pre o mesmo). Para isso. foram emi-tidos quatro cheques ao portador,com numeração em série. O de n°788003, cie CrS 500 mil foi "sacado"no caixa do BCN contra a contacorrente cia Delfin no dia 9-3-79,mesma data em que foram feitos namesma conta depósitos de C rS231.452.Ml e CrS 268.547,40. totali-zando CrS 500 mil. Ainda nesse dia,Ronald Levinsohn efetuou dois de-

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Um terceiro cheque, tf 788004,de CrS 600 mil. e um quarto. n°788005, de CrS 500 mil, foram saca-dos no mesmo dia, 12-3-79. da contada Delfin no BCN. Na mesma contae no mesmo dia, foram fcitos"depo-sitos" em dinheiro de CrS 22l>871.16, CrS 270 128.84. CrS 370418.87 e CrS 22l> 581.13. totalizandoexatos CrS 1 milhão 100 mil —montante idéndito à soma de quatro"depósitos", igualmente em dinhei-ro. leitos no mesmo dia na conta depoupança de Ronaid na Delfin. nosvalores de CrS 241 875.84, CrS 138519.85, CrS 361 480.15 e CrS 358124.16. Como se vè. a precisão dassomas é notável até nos centavos —tudo totalizando os CrS 2 milhõessupostamente liberados para a Antí-gua. no dia 15.

As 19 operações rastreadas pelacomissão de inquérito envolveramigual número de "liberações"

para aAntigua de financiamentos nummontante de 124 mil 656 UPCs.Cada cheque desdobrava-se em "de-

pósitos" de valor equivalente, masfracionado tanto na conta correnteda Delfin no BCN quanto na contade poupança de Ronald Levinsohn,na Delfin. isso impedia a identifica-

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feito mediante operações de daçóesem pagamento entre uma ou maiscoligadas, sempre com artifícios parainflar ou reduzir o patrimônio conta-hil de umas contra outras — para.finalmente, acumular todo o prejuí-zo numa daçáo de terrenos superava-

pósitos "em sua conta de poupança

de numero 1262, de CrS 238.516.5! eCrS 261.483.41), totalizando igual-mente CrS 500 mil.

O cheque de n° 788002. de CrS4IKI mil. foi "sacado" da conta daDelfin no BCN em 13-3-79. mesmodia em que são feitos dois depósitos"cm dinheiro" de CrS 185.169,14 eCrS 214.830.86. totalizando exata-mente CrS 400 mil. Ainda no dia 13,eram registrados dois depósitos naconta de poupança de Ronald Levin-sohn. de ( rS 276.649.60 e CrS126.350.40. somando idênticos CrS40(1 mil.

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çáo dos depósitos e saques fictíciosno BCN por observação direta doextrato da conta da Delfin. bemcomo da vinculaçào entre os valoresliberados para a Antigua aos depósi-tos na conta pessoal do dono ciaDelfin. Uma vez descoberta a"cha-ve" de uma operação, porém, nãodeve ter sido muito difícil para acomissão de inquérito identificar asdemais. Bastou procurar encaixar osdepósitos fracionados uns nos ou-tios. até encontrar o montante equi-valente da liberação dos chequesseriados a Antigua.

Operações eram duplamente irregulares

As liberações de crédito da Del-fin-Rio para a Antigua seriam dupla-mente irregulares, mesmo que nãofossem um mero artifício contábilpara desviar recursos de poupançapara o dono da empresa. Primeiro, évedado a sociedade de crédito imobi-liário financiar empresa vinculada.Segundo, é também vedado tocarempreendimento imobiliário próprio— e o conjunto da Estrada de Jaca-repaguá. 3145. era da Delfin-Rio econtinua em sua massa em liquida-çáo. embora fração dele tenha sidodada em pagamento ao BNH numaquitação suspeita de dívida, emE«2.

Mas a historia das relações entrea Antigua e a Delfin. apurada pelacomissão de inquérito do BancoCentral, ainda a entender tambémos complexos mecanismos contábeisque permitiram a montagem da Irau-de que foi coroada com a dacào dedezembro de ll)82 Com a dacào.adívida da Delfin itmto ao BNH. deCrS h'1.8 bilhões, loi quitada comimóveis avaliados por uma comissãodo banco cm CrS <\3 bilhões —favorecendo o empresário no equi-valente a 230 milhões dc dólares.

() teiieno da 1 --irada de Jacaré-pagua. 314> i li>tes 2 e 31. entrou pelap:mien i vez no ativo d i Delfiil Riopo: d.iç ti> em pagamento. pela qn t|

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cação para o fato de Carlos Saboyaajudar a quitar dívida de terceiros.

Aos vários imóveis dacionados.entre os quais os lotes 2 c 3. atribuiu-se o valor total de CrS 87 milhões 207mil. Como a dívida era inferior aisso. "foi então pago ao Sr. CarlosAlberto da Costa Saboya o valor deCrS 32.017.670.33" (atualmente.CrS l7 bilhões 545 milhões).

Não houve laudo de avaliação,tendo os dois lotes sido aceitos pelaDelfin por CrS 74 milhões 475 mil.No entanto, a comissão apurou queJoão Saboya havia adquirido essesimóveis por CrS M mil 751. apenas,um mês antes da daçáo. de Lúcia diBenedetto. concluindo que houveuma superavaliaçao (534r; ). Em 30-8-74. a Delfin prometeu cedei osdireitos de aquisição dos lotes, queainda não tinnatn escritura definiti-va. a Setubal-Comercio. Participa-çóes e Empreendimentos Ltda. Estaempresa e que se transformou depoisna Antigua.

O preço da promessa foi cie CrSMil milhões, mas Delfin concedeu aSetubal-Antigua um empréstimo deCrS i2s milhões, dos quais CrS 35milhões para a pnmeira tase da cons-truçáo. Com isso. apurou, em doismeses um lucro contábil, em v a lotesaluais, de t :> 4 bilhões • milhões"Po: outio lado o Pi i/o de 1211!iicscs concedido a Scíubal (Anli-' 'IV : :

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rior. não foi cumprido, nem de suasliberações se descontaram parcelascorrespondentes a juros, conformemaneia nesses casos circular doBNH. Em 16-2-77, novo empréstimofoi concedido a empresa, agora jádenominada Antigua. no valor deCrS 524 milhões 755 mil (atualmen-te. CrS 131 bilhões 158 milhões). Em2-5-78. todos os empréstimos foramconsolidados num so. de 5 milhões152 mil b" l PC (ou t rS 236 bilhões515 milhões) Ale então, apenas trésamortizações haviam sido feitas, aultima en 3o lli.77. sem que a Del-fui tenha tomado qualquer iniciativapara solu -ninai a questão cia inadim-pléncia rinalmente. nova suplemen-tação ao empresário loi feita em 2-1-

passa.; do a divida para ~ milhões

I r mil í'.| l PC lot: CrS 32b bilhões~o2 mih incluindo piros e encargos,com comissão tacita de inadim-pléncia

i m 28- i 2-"''. a Antigua confcs-sou-se lormalmente impossibilitadade cumprir seus compromissos e pro-pós a Deitin desfazer a operaçãopeia qual tinha comprado os doislotes, em 74. registrando o contratoapenas em ~s >¦ d.indo-o depois emgarantia dos empréstimos acumu-lados ao longo do tempo A I )eitinii eilou. e os i: t renos de Jaearepagua voli ii mi i sua contabilidade.agi>r,i peli> v aior do debito demilhões l<;o mil I TC ou C : >

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volvidos na primeira daçáo). A parti-cipação de De Bali, segundo o in-quérito. já caracterizava ilícito ope-racional e gerência temerária, "emrazão do prejuízo causado pelo mes-mo a sociedade, conforme confissãode dívida expressa no contrato dedaçáo cie 28-6-74."

Em 5-11-74. a Antigua cedeu aDelfin seus direitos de locação dosserviços da Emader. Em 23-4-80.Emader e Delfin destrataram a loca-çáo. No ano seguinte, em 3IW-8I e

1 -10-81. foram firmados dois contra-tos. de construção por administraçãoe de execução cie projetos, com aMopal Engenharia Ltda. Da Mopalsão ostensivamente quotistas, desde'i-h-s.ii. Com 40' 'i do capital, os do-nos cia DeItin Ranald GuimarãesLevinsohn (2V ¦- ) e seu irmão Ro-cer 111,2' 0. Assim, depois de todaa volta via Setubal. Antigua e Ema-der. apareceu na ponta de unia novaempresa o verdadeiro financiado t m.lacarepagua. caracterizando a I VI-fm como uma empresaria cia constru-Cão civil, com evidente infração dasnormas do BNH.

Na época da intervenção o saldodevedor deste empreendimento esta-va registi ido :: i Dellm pm ( rS ''¦>

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Page 32: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JOHN AL lOO BRASTL, Negócios & Finanças domingo, 7 7 85 1" caderno ? 31

Bolsa, em alta, não repete os erros cometidos em /I

Paulo Sérgio fie Sousa

Não tèm saio poucas as ve/es. ao longo dosúltimos anos. em que. apôs um período de relativaexpansão dos negócios em Bolsa, surgem — não sesabe vindos de onde — os velhos "fantasmas" deW71 Fatos são lembrados, mas. em nenhum moinen-to. são produzidas reflexões mais isentas sobre asenormes diferenças que separam aquela época dosmomentos mais atuais.

A Bolsa mudou. Ou, melhor, o mercado mu-dou. As Bolsas de Valores — enquanto empresasprestadoras de serviços e responsáveis por pane daregulação do mercado de ações —. os intermediáriosfinanceiros, os diversos grupos de profissionais envol-vidos, as empresas emissoras de títulos e. em espe-ciai. os investidores de hoje não guardam qualquersemelhança com o que se tinha em fins dos anos 60 einício da década de 70.

Com as leis da reforma bancária — 4.5(iS. dedezembro de que criou o Conselho MonetárioNacional — e do mercado de capitais — 4.728, dejulho de 1%5 — teve início a reestruturação dosistema financeiro nacional. No caso específico dasBolsas de Valores, o marco fundamental é a Resolu-çáo 39. de outubro de 1966. que de fato as institucio-naliza e permite a transformação dos então corretoresde fundos públicos (pessoas físicas) em sociedadescorretoras (pessoas jurídicas).

O processo de alta do mercado de ações, ochamado b«om. teve início, na realidade, em l%8.quando apenas se estava concluindo a primeira etapade implantação da nova estrutura, muito mais voltadapara aspectos institucionais.

Foi a partir de então que as Bolsas de Valorescomeçaram a realizar os investimentos necessários aoestabelecimento da infra-estrutura operacional deque o mercado necessitava. A Bolsa do Rio, porexemplo, começou no ano seguinte. 1%4. o processode liquidação centralizada, através da então Caixa deRegistro e Liquidação. Até aquele momento, aliquidação das operações era feita diretamente entreas partes envolvidas, com a entrega de títulos, de umlado, e a de dinheiro, de outro.

E nessa situação que, no início dos anos 70. omercado passa a ser atingido pela propaganda do"milagre econômico" — que, afinal, não se mostra-ria, mais tarde, tão "milagroso" assim. A euforiapegou as Boisas — enquanto empresas prestadoras deserviços, ainda em fase de consolidação — naototalmente maduras.

Do ponto de vista oficial, a coordenação domercado estava a cargo de uma Gerência do BancoCentral, também de criação recente e, portanto, sema tradição e experiência necessários para acompanharuma situação que levou a todos de roldão. O impactodos negócios gerou, é claro, uma série de problemasbastante conhecidos.

Hoje, o mercado está 15 anos distante de tudoaquilo. Experiências foram acumuladas. As Bolsas deValores estão amplamente preparadas para prestar osserviços de registro e liquidação das operações, alémde possuírem sofisticadas custódias e realizaram am-pia difusão dos mercados que operam.

Como observa o presidente da Bolsa do Rio,Enio Rodrigues, tanto esta entidade quanto a suacongênere de São Paulo são, hoje, grandes empresas,que dispõem de sistemas de processamento de dadosdos mais sofisticados do país e comparáveis aosdisponíveis em qualquer outra Bolsa de Valores domundo. A única diferença existente, em alguns casos,fica exclusivamente por conta das dimensões dasentidades. Em termos tecnológicos, o nível é omesmo.

— Mais do que isso, nós desenvolvemos tecno-logia nova e nos preocupamos com a implantação demodalidades operacionais capazes de fornecer alter-nativas aos investidores ao mesmo tempo em quefuncionam como atenuadoras de tendências, permi-tindo operações de hedge (cobertura) adequadas. É ocaso, por exemplo, dos mercados futuro, de opções eo termo modificado que criamos", assinala EnioRodrigues.

As Bolsas de Valores exercem, hoje. um contro-le muito maior sobre as sociedades corretoras, asempresas emissoras e os investidores. Paralelamente,o próprio Governo se estruturou. A simples Gerênciado Mercado de Capitais do Banco Central acabou setransformando num organismo completamente volta-do para o assunto: a Comissão de Valores Mobiliários(CVM). que já conta com quase dez anos de e.xpe-riência e exerce controle sobre o mercado como umtodo .

E praticamente impossível que ocorram, nosdias de hoje. eventos como a negociação — naeuforia do tróom de 1971, no pregão da Bolsa do Rio— de ações da Merposa, uma brincadeira criada poroperadores e que chegou a ser registrada em boletasde negociação, antes que se descobrisse que setratava da empresa M... em Pó S/A. O registro deemissões, hoje, junto á CVM é bastante rígido eimpede que empresas sem condições venham a mer-cado

As diferenças entre 1971 e os dias atuais são,portanto, quantitativas e qualitativas, como observa opresidente da seção do Rio da Associação Brasileirados Analistas do Mercado de Capitais (Abamec).Roberto Terziani: "todos os participantes do merca-do estão muito mais preparados, inclusive a própriaImprensa, cuja contribuição é valiosíssima no sentidode se mostrar vigilante sobre o que ocorre com osnegócios envolvendo ações".

Mas estas diferenças não se limitam aos aspectosoperacionais. Especialmente no que se refere ao atualmomento de alta do mercado de ações, elas são,também, técnicas.

Ê o caso. por exemplo, da média P L (Preço Lu-cro. ou se|a. a relação entre o preço de um título emBolsa e o lucro por ação que a empresa que o emitiugera. Em termos mais simples, ela corresponderia aonúmero de exercícios que seriam necessários para quea empresa obtivesse o lucro capaz de cobrir o valor demercado de sua ação. Assim, quanto menos o P L.mais atraente, sob esu ponto de vista, a ação).

O P'L. do mercado, hoje. é. em média, quatrovezes inferior ao existente no "pico" das cotações em1971 (ver quadro), verificando-se casos de ser ale dezvezes menor, mesmo em títulos que sao as "coquelu-ches" do mercado.

O mesmo ocorre no que se refere ao volume deneeócios. que acaba sendo deturpado por uma mura-Ia inflação. Como mostra o grafico, corrigindo-se osvalores desde Wl. em nenhum ano. a partir deentão, os negrxnos realizados na Bolsa do Rio ultra-passariam aquela marca

Muitos outros tatos a própria evolução dospreços, por exemplo poderiam mt alinhados parademonstrar que o mercado de ações de hoie e hemdiferente do ' eiigatinhante" sistema de l'n Mastalvez estes se iam suficientes para afugentai os lan-tasmas".

Mc.ii I" ITítulos Km junho 71 F.m 05H" X?Banco do Bi.i-ii <'' "Bdco Miira l >PRr,- • !'l*MIM'I.1 !'!'IV o I'l'IV- Ir. inc.t l*rS.r-!!V ( >rs»Mi/,i < ru/ • >r\ ... h • I >">! I'lv>. u M .11 i 11'

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NADIR FIGUEIRtDO Ord 3 500 - SP v/.«iroProt 6 500 1 43R - ?? 14lot 10 000 1 438 8 300 14, <9

QUIMICACjERAL DONORDESTE ORD 1778 ^ Q1 iiMICAE PETROOUlMICAPREF 877 8?5 - ?1TOT 5 056 8?5 5 656 14 59

OUIMISINOS ORD 2 639 - RS 8f NSDE CONSLiMODE FQRMACAOOUIMICA P'CALCADOSPHEE 775 6:30 - W1TOT 3 415 630 4 303 '8 45

RANDON ORD 5 500 — RS IMPI.E MENTOSRODOVlARlOSPRFF 11000 1 386 — 18 06TOT 16 500 1986 14 425 12 04

RODOVIARIA ORD 1 ?64 ... _ _ RS IMPIEMENTOS RODOVlARIOSPREE 2 544 p>87 77.?4TOT 4 4(W S87 7 223 13 34HOMI ORD 576 — — SP MAOUINAS EERRAMENTASPRCF 384 49 - 13.01TOT 960 49 25 246 5.20santaconsiancia oro 4W8 2W 10 08 SP rem

TOT 13 584 2 724 13 611 20.05S|FC0 0RD 5398 - 0 00 SP FORJADOS E USINADOS

PREF 10 002 1941 - 19 41TOT 15 400 1941 28 490 12.61

SOI ORRIC.O ORD 3 751 - SP FERTIUZANTESPRFF 7 ;<60 1537 20.89TOT 11111 1537 13 913 13.84

TEOHNOS ORD_ 171 1 84 RJ MEj^NjCA FtNATOT 171 5 '<19 184

TRO| ORD 5 407 — — SP PROCESSAMENTO DEPtASTICOS EM GERAlPRf F 10 577 1 98? - 18.57TOT 16 084 1982 17 931 12 33

VIGORELU ORD 16 916 404 — 2.39 SP BENSDE CONSUMODURAVEISPREF 148 - E MAOUINAS FERRAMENTASTOT 17 065 404 11 344 2.37nRp H7qa RJ transporte Atnto' ctit, '.'.no 1 >.10 Hhii 0 i'i mm . i 'no ann 6 v

BNDESPAR vai vender ações

de 30 empresas até dezembro

A BNDESPAR. subsidiária do BNDI S. jáselecionou 30 empresas, consideradas o "filé-mignon" de sua carteira, de mais de 210 empresas,cuja participação acionária pretende vender nestesegundo semestre, nas Bolsas de Valores, ou direta-mente aos acionistas controladores ou a qualqueroutro interessado. As primeiras da lista seráo aRandon. Rodoviária. Sifco. Aparecida. Gemiam eManeeis.

O diretor da BNDESPAR. Francisco Augustoda Costa e Silva, explicou que nas empresas em que asubsidiaria do banco detém uma participação aciona-ria superior a I0'r do capital, a negociação será teitaatravés de leilão nas Bolsas de Valores. No primeirosemestre do ano. em função da mudança de Governoe das condições pouco atraentes do mercado deações, o plano de desinvestimento da BNDESPARalcançou ( ò 3<->5 bilhões 223 milhões (em valorescorrigidos).

Mesmo assim, o diretor ( osta e Silva considerao resultado extremamente satislatorio Boa partede.ses recursos foi obtido cmn a venda de parle dasações preferenciais da Aracru/ que em leilão re ili/a-do em laneiro na Bolsa do Rio. propiciou a BNDE-PAR ariecadar CrS II! bilhões lambem foramvendidas, em Bolsa, participações na Metisa. Miche-letto. Nori|uisa. 1'olipropileno e Luxma alem davenda direta, aos controladores, de ações da 1'ltraEnipreendimenlos. -\ralco. IPP. DHB. entre outras

Sao proietos que atingiram a unia |.w ikmaturaçao e que apresenram cMndiçoes de n !• •"!>• Ioinvestimento medulo poi trés eiiterios \aloi de

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ENFRENTAR MELHORO DIA A DIA.

Partícipaçao no bolo da publicidade1973

IU'„

VriV^ '^<:VTrT

'14 8%

TtiJevisao Aft. 62.1% &

Fontp I nvnntKmento Econ6mico Dwlos Antincmnlws

mercado, remuneração do investimento e valor patri-moinai das ações. Francisco Costa e Silva obsenouque. preservando sua função social e de fomento, aBNDESPAR procura investir em projetos viáveis deempresas privadas nacionais, adquirindo participa-çòes acionárias e participando de aumentos de capi-tal, com uma previsão média de retorno de dois anos.

Quando o projeto esta maduro e a empresaprofissionalizada, organizada e com boa lucrativida-de. e se detecta um bom preço de saída, a BNDES-PAR sai do empreendimento.

Agora mesmo está procurando projetos paiainvestir, sendo que os setores de maior interesse saode informática, microeletrõnica. química fina. biotec-nologia. agroindústria e de alimentos. Algumas pro-postas de investimentos estão em estudos como as deproietos do Grupo ABC (informáticaI. Frutas doVale (agroindústria). Bel-Pratoe Nutrial (alimentos),Sansuv do Nordeste e Mioro-Tec (microeletrônica).

I ranquillo Cuaninni Iinstrumentos musicais).Dinheiro nao falta, observa o diretor da

BNDESP \R. ressalvando, no entanto, que os proje-los têm qui passar pelo crivo do õrgáo e atendei asexigências ti-cnicas () orçamento para investimentosda HNL)hSI'AR para este ano. e de CrS l trilhão 150bilhões e. de laneiro a ninho, so foram investidos CrS205 bilhões A hlosoli.i da BNDESPAR é sempreparticipar como acionista minoritário Costa e Silvaobserva que investimentos como o da < araiha Metaislem mie a BNDi SP \R delem - do capital).cui.i pti-vis.i.' paia este mo e ,U uir pre>ui/»> de OStrilhão hiliioes. nao seriam iprovados hoie

Rádios começam a aumentar

sua fatia 11a publicidade

Uma fatia maior no disputado bolo publici-tai Io que este ano deve mov imentar em torno deCrS H trilhões, é o objeovo principal do veículorádio no Governo da Nova República. E odesejo é bastante justificado. De uma participa-çáo de 2.i'7 — contra ela televisão eI6.6rv dos jornais — em !')p5. o rádio viu 21anos depois sua receita de publicidade em com-paração com outros veículos bastante diminuí-da: fechou o ano passado com um quinhão deapenas S.i desse bolo. contra 02.1 % da TV el-l.,Kr; dos |ornais.

Mesmo considerando que em termos deapelo a televisão atrai o anunciante com maisfacilidade, os números referentes à publicidadeno rádio chegam a espantar. Afinal, o veículo éo mais democrático de todos, reúne em torno de2 mil emissoras em todo o país, atinge 76r'c dosdomicílios nacionais através de 55 milhões deaparelhos e so exige um único sentido (a audi-çáo) para sei consumido. Se considerarmos arealidade de Sao Paulo, segundo dados daAssociação Brasileira de Radio e TA'—Abert —a penetração e ainda maior: a mensagem radio-tônica checa a da população.

1'or tudo isso. e compreensível a reivindica-çáo dos propr letarios das principais emissoras deradio no Brasil por uma participação maior naverba de publicidade. O vice-presidente daAbert. Ricardo Pinto, que inclusive discorda dosniinieros div ulgados periodicamente sobre a par-ticipaçáo dos mais variados veículos no bolopublicitário íse refeiem apenas ao eixo Rio—São Paulo) vai mais fundo. Para ele. antes detudo e preciso democratizar a publicidade ofi-ci.il I ele explica: "Enquanto não se contem-piai o radio como um veiculo-base para apiopaganda de governo, considerando-se asmais diferentes realidades do País e nao apenasos grandes centros, pouca coisa vai mudar".

Ricardo Pinto, que também preside a Asso-ciaçáo de Emissoras de Rádio do Norte-Nordeste (Assernn) — única entidade no paísque congrega somente emissoras, acha inclusiveque fora do eixo Rio — São Paulo a participaçãodo veículo rádio é bem maior, chegando ate os2(1%. Mas. apesar disso, é muito pouco emcomparação ao que ele deveria receber. "Pre-tendemos — explica — 25% da verba do Gover-no. a nível nacional".

O que as emissoras de rádio estão pleitean-do da Nova República, segundo o vice-presidente da Abert. é uma discussão de crite-rios e não de fórmulas. "É certo que paraalgumas agências a propaganda oficial represen-ta mais de 70% do faturamento, mas é inadmis-sível que apenas as emissoras de televisão sejamfavorecidas quando o rádio é o veículo de maiorpenetração entre todos os outros".

A fatia do LeãoTradicionalmente, é da televisão a maiot

fatia do bolo publicitário brasileiro De acordocom pesquisa divulgada semana passada peloLevantamento Econômico de Dados de Anun-ciantes (Leda), desde 1963 nenhum outro veicu-Io conseguiu ao menos chegar perto do que edestinado á televisão em termos de verbas de

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publicidade. No ano de 1%5. por exemplo,enquanto o radio participava com 19.5% dobolo, situando-se inclusive a frente dos jornais,que ficavam com IK.4%. a televisão abocanhavaexatamente 12,8% de toda a verba destinada asmídias E esse foi o ano de menor participaçãoda televisão, no total dos recursos de publici-dade.

De/ anos depois, em 1975. ainda de acordocom a mesma pesquisa, a diferença entre atelevisão e os outros veículos começava a seampliar ainda mais: 53.9% contra 19.8% dosjornais e S X% do rádio. Entre 1983 e IW4entretanto houve um crescimento da mídia im-nal em 1.4 ponto percentual, enquanto a televi-são regisiiou um decréscimo de 2%, rádio 0.7%e outdoor 0.2%. Mesmo assim, apesar do declí-nio observado, os recursos de publicidade absor-vidos pcia televisão nem de longe podem seicomparados com os restantes dos veículos. Dos( rS 3 trilhões, |6 bilhões e 241 cruzeiros destina-dos. por varias fontes, a publicidade, a I~V ficoucom quase OS 2 trilhões, sendo o restantedividido entre todos os outros veículos, Paraeste ano. a se mantei a mesma prooorçáo dosCrS 13 trilhões que seráo investidos em publici-dade. a FV deve ficar com uma fatia mínima deCiS 'i trilhões, enquanto o veículo rádio talveznem chegue a abocanhar CrS 1 trilhão.

Abap apoia o rádio

Mesmo considerando que para elevar suaparticipação no bolo publicitário o veículo rádioterá que encontrar novos caminhos, a Associa-çáo Brasileira de Propaganda (Abap). atravésde seu presidente Jomar Pereira da Silva, acredi-ta que a partir de um esforço conjunto o rádiopode chegar a abocanhar 10' i dessa receita nocurto prazo. Ele lembra, inclusive, que a entida-de antecipando-se ao desejo dos empresários derádio iniciou há dois meses através da agenciaContemporânea uma campanha de valorizaçaoda propaganda centrada especialmente nesteveículo, através dos principais sistemas de radio-difusão do país. Sao cinco spots. sendo um de 30minutos c ii restante de 15 minutos, inseridosnas rádios JORNAL DO BRASIL. Globo eManchete, com mensagens de apelo subjetivo,chamando a atenção para o veiculo rádio.

No raciocínio do presidente da Abap. noentanto, minta coisa terá que ser feita para que orádio eleve sua participação. Ele aponta, porexemplo, a necessidade de sensibilizar o peque-no empresário que nunca anunciou, ou mesmoaquele outro dirigente que sempre anuncia, masque nunca procurou o rádio para veicular suamensagem Esses clientes em potencial terãoque ser procurados pelo veículo

Jomar Pereira acha ainda que a partir de umesforço coletivo e praticamente certo que oveiculo aumentará sua participação no bolo. maslembra que nessa disputa nao ha espaço parailusões vai ganhar quem tiver maior influênciasobre os clientes ou quem conseguir montar amais agressiva estrutura de marketing.

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32 Io caderno ? domingo, 7'7'85 Negócios & Finanças JORNAL DO BRASIL

onversão ueBrasília — Sn cm 1983, as

conversões di créditos externos cm capital de risco crescc-ram .v.V7 em relação ao peno-do 1977 82, segundo estudoelaborado pelo DepartamentoEconômico do Banco Central.A pesquisa foi efetuada a pedi-do da Presidência do banco,que considera esse sistema co-mo uma eventual alternativapara reduzir a expansão da dí-vida externa brasileira.

De acordo com o trabalho(produzido por Stella MariaGomes Paiva e Huascar deAlencar Lima) foi constatadoque em 1983, 15 empresas (deum grupo de 250) foram res-ponsáveis por 5t>.7'v- do totalde empréstimos convertidosem capital de risco e por 80rrem 1984.

Para converter créditos ex-ternos em capital dc risco, aempresa interessada é obrigadaa obter uma autorização previajunto ao Departamento de Fis-calização e Registro de Capi-tais Estrangeiros do BancoCentral, explicam técnicos dainstituição. Depois disso, a em-presa terá de efetuar a conver-são dentro de 30 dias e reque-rer o registro do investimento.CAPITALIZAÇÃO

Com a autorização do BancoCentral, o valor da conversão éincorporado em cruzeiros aocapital social da empresa, de-pois de operações simbólicasde câmbio. O Banco Centralentende que, ao aprofundar oconhecimento sobre as empre-sas que utilizam esse expedien-te, torna-se mais fácil adotarmedidas para reduzir o custofinanceiro da dívida externabrasileira.

Segundo os dados do Depar-lamento de Fiscalização, asempresas privadas com partici-paçáo estrangeira (subsidiárias,sem participação do poder pú-blico) foram responsáveis pelamaioria absoluta das conver-sóes para capital de risco: 87%,em 1983, e 94%, em 1984. Asentidades privadas estrangeirasforam as principais investidoras(92%, em 1983, e 94%, no anopassado), seguidas de longe pe-los bancos estrangeiros (8%,cm 1983, e 6%, em 1984).

Um técnico credenciado doRanço Central explicou que oGoverno brasileiro nunca es-condeu seu interesse em conse-guir o máximo de conversõesdos créditos externos em capi-tal de risco, já que essa capitali-zaçáo é uma segura alternativapara frear o crescimento doendividamento externo (91 bi-lhões de dólares, cm 1983, con-tra uma estimativa de 100 bi-lhões de dólares ao final dedezembro próximo).

O trabalho produzido mos-trou que o montante de conver-sóes de créditos externos, em1983, foi recorde total na histó-ria do país: atingiu 802 milhõesde dólares, contra 200 milhõesde dólares no ano anterior.

Embora esse resultado bas-tante expressivo tenha sido al-cançado graças aos incentivosfiscais de crédito adotados peloGoverno Federal, os técnicosdo Banco Central explicaramque esse montante, entretanto,resultou em apenas 3,6% dadívida possível de ser converti-da isto é. a dívida privada eparte da divida pública por avalao setor privado, equivalente a22 bilhões 344 milhões de dóla-res ao final de 1983.BENEFÍCIOS

Mas a participação de 27,5%da dívida passível de conversãono total da dívida registrada(81 bilhões 319 milhões de dó-lares, ao final de 1983). confor-me argumentam os técnicos doBC. "dá uma idéia do raio dealcance que uma política deconversão bem-sucedida trariaà questão da dívida externa".

Porém, eles alertam queuma política neste sentido de-ve"cstar consciente da dimen-são real dos benefícios que sepoderia alcançar por esta via.A substituição do pagamentode juros pela remessa futura delucros ou dividendos, porexemplo, seria de efeito apenascontábil, sem qualquer reper-cussào concreta sobre a situa-çáo do balanço de paga-raentos".

As empresas que efetuaramconversões operam basicamen-te nos setores de veículos, pe-troquímica, metalurgia e ban-cos. destacando-se a \ oikswa-gen. Shell. Honda. Fiat. FMBProdutos Metalúrgicos e Over-seas Union Bank Ltd. A baixaparticipação dos bancos e justi-fie ida peia legislação brasileira"que impõe varias restrições aparticipai, io dos bancos naárea financeira interna' .

em capitai de risco cresce 3

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JORNAL IW BRASIL Negócios & Finanças domingo. 7 7 85 n 1 o1" caderno

Pazzianotto quer

usar menos a contribuição sindic/ LI

33

|i

Brasília (*T: tbalho, Al:r>ir 1'a.vianotw,ter i «lc ivm>Iut un pi >r>|- mai'rv..1 -'!¦!11 ino .,•<!,-s ,!i¦ ,|t ¦ \ upara i t onstituintc i discussãosobre a contribuição sc.lic.it:ele pretendi.' redu/n a partia-paçao descomnhinea' • na."çamento do Minis>eno. mas,para isso tera de ter autopza-ção da Secreta: ia de Planeja-mento a quem entreticui. naquinta-icira. a.a proposta p i a1W6

Ate i> final deste mo oMinistério tera caPeno «r ••• >de %u.«> •!. pcM\ c e\re-ção do paz iíiiciíp uc p. —oal— usando cerva de Psbilhões («roxcn-irtes .Ia o «uri-buição sindical No orçarnci loentregue a Seplan. o Nl nistroinforma que. em i^sa pp u nile custeai as pes.ir n: . ia-tensão cami recuis.>s da l mãoe náo com a contrih.icaa pagaohrigatoriamentc po; empresase empregados

Os técnicos da "seplannão comentaram a sugestão doMinistério - mioi mau. ap.is aentrega do orv.tPtemn o secre-tnrio-eeral do Viiaisiepo do'1 rabalho. Fros de Almeida.coNsirrnxTE

C on<tam 'Pieipe avcwli «Inpor empresários e >md|., alistaso Ministro P i//:ar. .rt«i adian-tou. na v.-x! i-feaa que a evtm-Cão do urpoMo sindual seráposta em discussão na Assem-hleia Na.ional t •tituinte.para a qual )•> ipan.csiou aintem; '«< de i andid Uai-se

l\ Ia ('ouso! ijcao .' I eisdo Trabalhe lí II 1.1» sindk itos te ria ;ti dneito dodinheiro anccaoado en cadacategoria com a. cs'iitri^n-pãosindical, is conicdciaçues leriam . as icdcraçóes !.'• eo Mmisti no ecen ¦ ;a ;ti

A ine\Ménc>a de ePüa idessindicais para. alguma-. .ate s«>-rias emrpresariab ou de iraba-lhadores !a/ com uue . ssas por-contagens se aheem. a que epre\ isto poi le: A>sim. na • ea-lidade. o M;r. H Pio recebeanualmente. -1' < do total arre-cadadi¦ com .i copirib ...sio sin-dica!, as teci' i n- 'es tei. b< m omesmo: os sindicatos recob mcerca de >()' - t as ioniecica-çoes 'p .

Ate iupIio deste ain hir miarrecadados o rca de ( -> .'Í4billves com i co.iiphiiicão < aoMinistério do I ra! alho foiamdestinad •• t iS '5 h.iiv•« •ser criada, como par!-, do "imposto smilit ai". em 1*»4"í. essaparcela da contiibuicão and calrepassada para o '' ími .tcrin doTrabalho deveria c >nsinuir emFundo de assistência "e-sempregado (FAOl para ;>mparar, por pi iiueno pi riodo detempo, os trabalhadores itmgi-dos por demissõc- em massacom a fale noa de empresas ouconclusão de gran ies proietos

Sucesspas mudanças na ie-gislacão ampliaram a destina-ção de1 -a parecia, que passou afinanciar quaiquei tipo de des-pesa do Ministério .Ia Iraba-lho. incluindo maierial ue consumo. como caivas e papelhiíi: mc<p i' st • \ v is d,; - uai-ti nc.ni :ie : redi<>s \ ai; nl .•Cão das inm Jo e daconPi-eiPPP 1 - sal ipo . i rnbem .;nula com a coiVi; >u:caosindicalI e consaierida ie:;a!mas ilecippi t <*» ass. -..oresdii M nisiro l1.i... 'i: i.ii¦

— No prõ\ur»o ano, uuere-nios redi;/:i a parta ;pa. io daconinbuis.e> c.d a ¦ doirn, iin. nto par i o-, s doMm.Merio ;;i: ipíou o s,-ere-tarai ei: i.. I p is ae..i i

I le Ci-nsidt : I qui essa nar»ecip ícao iii '.i . a st r reéacaia a:'11 ¦ i' ore ep.ie creg ti a es-eíndiee g: idain '.'-1 pi 1SINiMi \

\ evtsmdisal 'jte as oPPedea. p la.pp osté rio,sindictribuii

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IngmMOT iKecipsoos a osrttr«1* hire nn >9«nciss do JOBN*L 00 BRASH J ' , <5p.Ceniro Av °c • Copacabana a. \ • > • ipanema %

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Dia 12 as 21:00hnoMaracana. Estejogonaosera televisionado para o Rio.

1 Acompanhe de perto todos os detalhes sobre a volta dol Galinho As pessoas envolvidas A repercussão nacional ej internacional dos eventos Fatos medi- ,\

tose exclusivos J\

j Com a presença de Zico. dos maiores nomes da crônica\ esportiva o dos responsáveis pela volta ao craque ao Brasil7 A retomada do futebol brasileiro. .-A

'(>¦ v A historia do garotinho franzino de Quintino que se transtormou no maior pgador de futebol do Pais. Sua vida dentro efora do gramado. Os mais belos gols de,. - - Asua carreira Jk

Uma comedia musical ccmandada^elo MPB 4 saudandoa vo'ta de 2ico ao Brasil, com a participação dos craauesda MPB

W%$Quinta dia 18. as 21:20 h na Rede Manchete.

Os bastidores ia gravação do Especial que mobilizou oBrasil Suastíilicuiaades A participação do elenco Acnaçao. evolução e o histórico do ProjetoZico ' VSi

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ftgPRíSfr:-''^Domingo dia 21. as 19:00 h na Rede Manchete,

0 reencontro ce Zico com a sua torcida Leve sua banoeira. «\. carinho Vamos encher o Maracana mostrar oo . «i'o cie e querido e ínzer renascer a \íccaciotuieboibrasileiro . ¦' ,-\

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, DO BRASIL RÁDIO CIDADE.•-a-assoBWOi^ a* A

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34 n i° caderno n doming-o, 7/7/85 Negócios & Finanças JORNAL DO BHASIL

Empresário já

acredita que

inflação e juros

baixem

, . ~ I ! " O otimismo dos empresários, de mo-Mnrnn Antnnm Antunes i ^ Marco Antônio Antunes

São Paulo — Ainda um tanto céticoscom relação ao estabelecimento de umaverdadeira política industrial no país.empresários brasileiros e os entrangeirosinstalados no Brasil já acreditam no su-cesso da luta contra a inflação, havendoalguns que até chegam a prever que odéficit público poderá ser controlado eque os juros cairão, mesmo considerandoque o recente pacote econômico — quecortou CrS 28 trilhões 600 bilhões dasdespesas públicas — apresenta uma rela-tiva timidez.

O principal sintoma dessa mudançade expectativa está na revisão dos orça-mentos das companhias privadas: de umainflação programada, no início do ano,entre 300% e 350%, elas agora trabalham

! com taxa que varia de 180% a 200%. Omais importante é que o ritmo dos invés-

$ timentos poderá voltar a crescer no se-gundo semestre, acompanhando a quedada inflação e o retorno da confiança dos

* empresários no Governo — um fato que" Começa a transparecer em alguns setores.ü; — Com o pacote anunciado na últi-^"ma quinta-feira, que, se não foi o desejá-j-vel. foi no mínimo o possível, acho que a

inflação do ano poderá cair para 200% —acredita o presidente da Federação dasIndústrias do Estado de São Paulo(Fiesp), Luís Eulálio de Bueno Vidigal

-Filho (grupo Cobrasma). Entretanto, a" economia deverá crescer menos no se-gundo semestre, em função dos cortes" dos investimentos públicos, que afetarãoprincipalmente o setor de bens de capital.

Mas tanto Vidigal como o presidenteda Metalúrgica Matarazzo e diretor daCantara Americana de Comércio para oBrasil, Norman Knowlton King, conside-ram ser possível manter acesa a chama doreaquecimento, ligada no ano passado,quando a indústria cresceu mais de 7%,segundo cálculos da Fiesp, para isso,basta que o Governo conceda estímulosnaturais à iniciativa privada.

O Governo poderia ter sido até maisousado, diz King, cortando pessoal dasestatais, pois, estimulada, a empresa pri-vada acabaria absorvendo os demitidos,sem prejuízos à política de emprego."Mas, se o país quiser crescer e expandirsuas indústrias, não poderá haver maisaumentos de impostos", acrescenta opresidente da Metalúrgica Matarazzo,que trabalha hoje com uma expectativade inflação de 200%. contra 260% nocomeço do ano. E só para o segundosemestre, a empresa programou investi-mentos de quase 10 bilhões de dólares, játendo iniciado também o processo deabertura do capital.

Para o diretor superintendente dogrupo Votorantim, Antônio Ermírio deMoraes, o Governo ainda parece indeci-so, tanto que adiou o mais que pôde o"de certa maneira tímido" pacote econô-mico de quinta-feira. "Essa indefiniçãonos faz trabalhar com uma programaçãoorçamentária flexível, mas se tivesse queprever a inflação, diria que ela terminaráo ano na marca de 200%

Antônio Ermírio acredita até que osjuros cairão, ainda que essa queda sóvenha a ocorrer a médio prazo. Aliás, nasua opinião, a redução dos juros deve serbuscada com cuidado, pois sua quedabrusca provocaria mais problemas à eco-nomia. "O Governo sabe disso", acreditao diretor do maior grupo industrial dopaís.

O otimismo dos empresários, de mo-do geral, é cauteloso, porque seria peri-goso dar passos precipitados, dizem."Ainda assim, não se pode negar que aeconomia continuará crescendo no se-gundo semestre, e isso é válido parapraticamente todos os setores". ressalta opresidente da Federação Brasileira dasAssociações de Bancos (Febraban) e doUnibanco, Roberto Borhausen. Ele, en-tretanto, recusa-se a prever a inflação doano.

Segundo o presidente do Bradesco,maior grupo privado nacional. Lázaro deMello Brandão, a previsão de Bornhau-sen é correta: "A economia vai crescercom o fim da colheita agrícola e com oincremento das exportações, fatores quecostumam pesar mais no segundo semes-tre". E mantendo o seu otimismo, Bran-dão acredita numa inflação de 180%.

— Também não posso deixar de crerque a economia continuará crescendo deagora em diante — observa o presidenteda Brasllpar, Roberto Teixeira da Costa— mas essa indefinição do Governo estádeixando o meio empresarial um tantoquanto confuso. Ouço isso de quase to-dos os empresários com quem tenhocontato. De qualquer forma, todos estãootimistas quanto a inflação, que poderácair para 190%.

Mas o presidente da Associação Bra-sileira da Indústria Elétrica e Eletrônica(Abinee), Firmino Rocha de Freitas, nãoacredita em indefinição. Segundo ele, oGoverno está simplesmente estudando oque fazer, para não cometer imprudên-cias. "Há problemas políticos e todomundo sabe que há duas facções dentrodo Governo. Resolvido isso, a economiacaminhará sem maiores embaraços", as-segura.

Freitas, no entanto, teme os efeitosda redução do prazo de recolhimento do1P1 de 150 para 45 dias, que diminuiráainda mais o capital de giro das empresase aumentará a tomada de empréstimos deterceiros, elevando o risco de cada ativi-dade. O Governo vai simplesmente cor-tar o lucro das empresas, reclama opresidente da Abinee, que prevê umainflação entre 180 a 200%.

Para o presidente da Associação Bra-sileira de Bancos Comerciais, ElmoAraújo Camões, "o combate a inflaçãoestá realmente provocando um sentimen-to de deseompressão junto ao empresa-riado. No início do ano, todos falavam deuma taxa de até 400%. Hoje, já seacredita em 200%. o que é uma mudançanotável".

Esse otimismo também é irradiadopelo presidente do Banco de Tokyo,Toshiro Kobayashi: "o Governo está pro-curando trabalhar com índices mais rea-listas e isso traz confiança e dá condiçõesàs autoridades para continuarem contro-lando os problemas. Aqui, não há riscopolítico, como no Iran e em alguns paísesda América Latina", acrescenta o ban-queiro japonês.

Quem está preocupado é o presiden-te da Associação Brasileira para o Desen-volvimento da Indústria de Base —Abdib, Roberto Cayubi Vidigal."Essepacote realmente nos assustou, porque ocorte nos investimentos aumentará aindamais a capacidade ociosa do nosso setor,que é de 50%. Na inha opinião, os cortesdeveriam se concentrar no custeio e nãonos investimentos". Cayubi Vidigal sóestá otimista com a queda da inflação,reprogramando o orçamento de sua em-presa, a Confab Industrial, de 250% para200%.

BC prevê queda nas taxas

Maurício Corrêa

Brasília — O corte nos gastos doGoverno Federal, com uma política aus-tera de dispêndios no setor público, alémdas últimas medidas aprovadas pelo Con-selho Monetário Nacional, servirão parareduzir ainda mais as taxas de juros,segundo o chefe do departamento econô-mico do Banco Central (Depec), SílvioRodrigues Alves.

"A queda das taxas de juros prefixa-das, em junho, ratifica a tendência decli-nante verificada ao longo dos três últimosmeses, refletindo, assim, a reversão nasexpectativas quanto à inflação futura",comentou, acrescentando que, para sereduzir os juros é fundamental adotar"uma política de maior austeridade naárea fiscal e a manutenção do controlemonetário".

Os juros reais, entretanto, continuamtão elevados, embora com alguma redu-çáo, quanto antes do advento da NovaRepública. Uma corrente acredita que ogrande responsável por isso é o próprioGoverno, que, para buscar recursos nomercado, visando cobrir suas despesas,força a subida das taxas. Outra entendeque a taxa de juros é alta, pois ela própriarepresenta uma parcela bastante significados gastos do setor público.

Enquanto os especialistas sustentamsuas posições, um levantamento recente-mente efetuado pelo próprio Banco Cen-trai mostrou que o financiamento docapital de giro. que custava 54% ao ano.em dezembro de 1977. está agora na faixade 283%. É certo que em março passado,no início do Governo, a taxa estava em384.5%.

Para os descontos de duplicatas, emdezembro de 1478. os empresários ti-nham um custo efetivo de 91.6'( anuais(paia o período de 90 dias). No iniciodeste Governo, a taxa chegou a estratos-férica faixa de 640.3^ . mas. secundo osdados do Banco Central, caiu para510.2%.

De fato. já existe algum avanço queprecisa ser preservado e aprofundado. Ataxa de juros era o principal assunto dapauta da conversa que o Presidente JoseSarney teria na reunião programada para«cxia-feira passada com di\e>sos han-queiros. atinai i ancelada

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rém. algum ponto não totalmente expli-cado em toda a história, pois a taxa realde juros mais alta as operações de em-préstimos. hoje, estaria na faixa de 35%.ficando 16% para o aplicador em títulosprivados. 16% para o Governo (gastoscom IOF. Imposto de Renda. Finsocial erecolhimentos compulsórios). Os 3% res-tantes seriam o spread. taxa de interme-diação cobrada pela rede bancária.

A redução dos recolhimentos com-pulsórios sobre depósitos à vista dosbancos comerciais (media de 7.2rí) e aprazo (de 20% para 11%) possibilitaráuma folga, que terá um efeito diretosobre os custos do dinheiro, já que asinstituições financeiras terão mais paraemprestar e. de acordo com a lei daoferta e da procura, a mercadoria ofereci-da tende a ficar mais barata.

Conforme Silvio Rodrigues Alves ex-plicou (e .losé Júlio Senna insistentemen-te bate na mesma tecla) só poderá havermais espaços para novos investimentos àmedida que o Governo deixar de sufocaro mercado com a necessidade de vendercada vez mais títulos, para refinanciar suaprópria dívida interna.

Taxas de jurosPcnoiloFiniinc íamrntoDesmnto dede capitalduphcatasI )c tiirol^Ulias)

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Exportador quervender a credor

ação de estatalO empresário fluminense Samy Cohn

acha que é do interesse do HemisférioOcidental que os países devedores forta-leçam suas instituições democráticas e,por isso, o Brasil deve agora "jogar namesa a força dos argumentos de um paísque tem 120 milhões de habitantes e umadívida de 100 bilhões de dólares". SamyCohn, entre outras atividades empresa-riais, é exportador de frutas brasileiras,através de sua empresa, a Frutab. para osEstados Unidos e Europa.

Samy Cohn está sugerindo ao Gover-no Brasileiro duas idéias para solucionaro problema da dívida externa do país. Aprimeira seria a criação do "Fundo Bra-sil, composto de ações preferenciais —sem direito a voto de empresas estataisbrasileiras. Cada banco credor trocariaparte de seus créditos aos juros por açõesdesse fundo. Eles deixariam de ser credo-res. para se transformarem em sócios.Seria prevista também a opção de oGoverno recomprar as ações, pagandojuros".

Essa proposta, segundo ele. tem avantagem de o Brasil, enquanto náo tivercondições de recomprar as ações, manteros credores como sócios. Para reduzir aremessa de divisas, na forma de dividen-dos, ele acha que seria possível incluirnos contratos uma cláusula prevendo queos dividendos permaneçam no país pordeterminado tempo. Mas lembra ocuidado que é necessário para evitar adesnacionalização: "por isso é fundamen-tal que as ações não dêem direito a voto etenham uma cláusula de recompra".

Além dessa idéia, Samy Cohn propõetambém a criação "de programas espe-ciais de exportação financiados por recur-sos especialmente reunidos com o objeti-vo de investir em programas para gerardivisas. São exemplo disso o programaagrícola de Carajás e os investimentos noCerrado", diz ele.

Os dois casos, explica o empresário,permitirão uma folga de recursos (origi-nários do comércio exterior) que o paísutilizaria para financiar seu crescimentoeconômico. Mas ele afirma que essaspropostas deveriam ser debatidas ampla-mente, para que o Governo conseguisseapoio político da sociedade e do conjuntodo Governo e, assim, pudesse levá-lasaos credores externos com vigor. Eleacha fundamental a unidade política in-terna em torno de uma proposta para queos credores externos aceitem com maisfacilidade.

Por isso, afirma que "já está na horade os cidadãos de todas as correntespolíticas e partidárias levantarem a vozpara dar ao Presidente o apoio que elenão está recebendo do Congresso". Fa-lando dos políticos, ele acha que seupoder "se nutre da mesma legitimidadeque instalou José Sarney no poder. Odestino da classe política brasileira seconfunde com o destino do Governo JoséSarney. A ciasse política não pode sernociva a um Governo de que depende.Depende, náo para nomear o segundo eterceiro escalões, mas para sobrevivercomo uma classe respeitada. Em suma,os políticos brasileiros não podem deixarde apoiar o Governo Sarney".

Para o empresário fluminense, omesmo raciocínio se aplica aos ministrosde Estado. "O destino dos ministros doGoverno Sarney não pode ser diferentedo destino do Governo Sarney. Os minis-tros têm todo o direito de ter idéiaspróprias. Mas, as idéias dos ministros têmque ser as idéias do Governo. Uma vezfixada uma política, ela tem que sercumprida. Nao podem coexistir políticasdiferentes num mesmo Ministério. Senão, não há Governo". O raciocíniopolítico de Samy Cohn serve para mos-trar a importância da unidade políticainterna cm relação à solução a ser eseo-Ihida para resolver o problema da dívidaexterna, já que "há um consenso no paísde que os juros da dívida estão acima danossa capacidade de pagar".

Soares pede

urgência

para reformaPorto Alegre — O Governador eaú-

cho, Jair Soares, conclamou o GovernoFederal à imediata adoção da reformatributária, afirmando que atualmente ocentralismo político e econômico "é des-figurar a realidade da nação, a ponto deacercar-se de um unitarismo autocráti-co". Observou que esta estrutura de"marginalidade financeira foi planejada,de várias formas, nestes últimos anos ecolocou os Estados e Municípios de joe-lhos perante o poder centrai".

Ele entende que a Nova Repúblicadeve acabar com esse "centralismo cons-trangedor" devolvendo a "democratiza-çáo da utilização dos recursos nacionaispelos entes administrativos e políticos,que são os Estados e Municípios". ParaJair Soares a restauração econômico-financeira com a reforma tributária "emais vital para o processo de aberturapolítica do que as eleições diretas parapresidente".

A credibilidade do Governo Federalsofrerá um sério abalo |unto ás liderançasmunicipalistas de todo o país se. ate opróximo dia 18. náo estiver efetivamentenomeada a comissão, prometida peloPresidente José Sarney. para estudar epropor uma reforma tributária de emer-géncia. previu ontem em São Paulo, oVice-Governadot Oreste> Ouetcia quepreside também a Associação Paulist 1 deMunicípios

Ontem, em Ribeirão Preto ele secomprometeu con vanos lidere- muniu-pais a snluitai unia HKÍienei.i ii>m oPiesult nu da Kepublw > e oiu .nitoiidades ti iit ik ).,,,( transmiiii o n. >iltoi nilMlli ll is |-k iritos v IO PU k :nsvciv.kloitA dt todo o pais"

Equivalência salarial do BNH

tem 100 mil adesões em 8 meses

De novembro do'ano passado ajunho deste ano. HK) mil mutuários doSistema Financeiro da Habitação(SFH) — de um universo de 3 milhões— fizeram a opção pela equivalênciasalarial por categoria profissional noreajuste das prestações da casa pró-pria. Esse número deverá, a partirdeste mês. crescer de forma significati-va diante das alternativas disponíveis:índice integral de 246% ou aumento de112% pela equivalência. Mas a aplica-ção de fato da equivalência salarial nosreajustes das prestações sofreu o seuquarto adiamento (desta vez para julhode 1986) e ainda é assunto polêmicoem alguns aspectos.

O mais recente deles é a inclusão,futura ou não, do ganho real da produ-tividade nos índices que corrigirão asprestações dos imóveis a partir dejulho de 1986. O Governo, através doBNH, determinou que, até lá. seráaplicado apenas o INPC para reajustaras prestações e atribuiu ao Decreto-Lei2164, de setembro do ano passado, aimposição de ser incorporada a produ-tividade depois de julho daquele ano.Ocorre que a própria equipe técnica doBanco reconhece que essa imposiçãonão está escrita: o Decreto-Lei não éclaro nesse aspecto, deixando a ques-tão em aberto.

O artigo 9o diz que "os contratospara aquisição de moradia própria,através do SFH, estabelecerão que, apartir do ano de 1985. o reajuste dasprestações neles previsto corresponde-rá ao mesmo percentual e periodicida-de do aumento de salário da categoriaprofissional a que pertencer o adqui-rente". Não se refere, portanto, àprodutividade.

Além disso, as informações dasDelegacias Regionais do Trabalho(DRTs), sindicatos, prefeituras, etc.,quanto aos índices de reposição salarialsempre discriminam o que é o INPC eo percentual referente ao ganho realdo trabalhador. Que índice considerar,se até agora a legislação exi-tente nãoesclarece esse aspecto? Essas duvidasexistem dentro do próprio BNH e, noentender dos técnicos do Banco, só asfuturas determinações poderão escla-recê-las.

Outros problemasA concepção do sistema de equiva-

lência salarial, o programa de compu-tador estão prontos e o processamentode Formulários de Enquadramento dosMutuários nas Categorias Profissionais(FEM) já está em ritmo normal. Faltaagora, como dizem os técnicos doBNH,"azeitar a máquina". Isto por-que os organismos que vão fornecer osíndices mensais de reajuste salarial decada categoria profissional náo estão,em alguns casos, aparelhados para tal.Um exemplo está nas DRTs, maisacostumadas a negociações entre em-pregados e empregadores do que àcoleta de índices de reposição salarial.

Por enquanto, o Depea calcula queo banco de índices poderá chegar a seismil itens em sua listagem, mas o uni-verso poderá ser reduzido na medidaem que o trabalho for avançado. Porexemplo, dos quatro mil municípios doPaís, até agora somente 250 têm mu-tuários do SFH. Ou seja, não há neces-sidade de listar todos os Municípios. Otrabalho nesse caso e em outros estásendo seletivo.

Além do FEM, já está criada atabela de códigos das categorias profis-sionais que inclui desde dono de em-presa, desembargador, deputado esta-dual e defensor público a capitão daPM. porteiro de edifício, balconista,aposentado e desempregado.

De uma maneira geral, o FEMcaracteriza: o agente financeiro res-ponsável pela operação; o mutuárioque tem maior renda vinculada a ope-ração: a categoria profissional dessemutuário (e respectivo código'1; o com-plemento do código (empresa/órgão,sindica to/fede ração/confederação,unidade da Federação ou Município)quando for o caso, e a época previstapara reajuste ou correção salarial.

Aditivo contratualAlém dc preencher o FEM. o

mutuário que se decidir pela equiva-lência salarial por categoria profissio-nal e pelo aumento de 112% na presta-ção terá que assinar, no a'o r.)c opção,um aditivo contratual que alterara aforma do seu contrato original de íi-nanciamento. O BNH acaba de con-cluir esses documentos, com cláusulaspadrão para cada tipo cie mutuário. Nototal, são quatro os modelos de termosaditivos — os referentes à mudança doPlano de Correção Monetária (PCM),a adesão pela equivalência plena (comperiodicidade semestral) ou parcial(com periodicidade anual de reajuste)e as cláusulas transitórias

O mutuário do SFH que tiver rea-juste da prestação do imóvel em julhoe dcseiar optar pela equivalénc; i sala-nal tera ate o dia 31 para formalizarsua adesão, sem a cobiar.ça de nu;!por dia de atr.,-.o Os ifj.rncs d.>Di parlamento de FmiíiIos e P.híu •• isAplicadas d-i BNII estão ,n r- .Mandoque na- ; i<'\im.r semanas , . .i ,ihoaunii ntar i muuo na medida er uuefoil 111 Mil* ! ido |s |T !».!<• • : ¦ ¦p, ,| IJ(U : e ?, ».<ll .1 1,1maioria do* 1% • - ü<. --.rc i.k %vpi -ii. i ii. r.u sí " i" i i,i, „ >pi;a

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O formulário enquadrará o mutuário na equivalência

Vantagem financeira

dos 112% dura 70 meses

Valter Guedes dos Santos

A vantagem financeira oferecida peloBNH aos compradores de casa própria,com o reajuste das prestações pelo índicesubsidiado de 112%, ao invés da correçãointegral de 246,3%, se anulará em 5 anose 10 meses, caso a correção do próximoperíodo semestral seja de 70%; se opróximo reajuste semestral for de 80%, avantagem acabará em 28 meses.

A difícil tarefa para o mutuário éescolher se aceita pagar mais 112% hoje eoutro aumento daqui a 6 meses, ou tersua prestação aumentada em 246,3% ho-je e ficar com a mesma até junho/86. Adecisão não é fácil, tendo em vista quenão se pode prever o índice que seráusado no próximo reajuste semestral.Entretanto, pode-se ter uma idéia peloqual o ganho financeiro seria anulado,para diversos índices de reajuste semes-trai.

Partindo das projeções do BNH, pa-ra uma prestação de Cr 400.000, em junhode 1985, se o mutuário optasse peloreajuste de 112%, com o próximo reajus-te ocorrendo em janeiro/86, e o índice decorreção de 70% para o período dejulho/85 a janeiro/86, haveria um ganhofinanceiro ao fim de 12 meses (julho/85 ajulho/86) de Cr$ 2.884.800. Chegou-se aeste valor tomando-se a diferença favorá-vel ao mutuário entre a prestação corrigi-da em 112%, que ficaria em Cr$ 848.000e aquela obtida pelo reajuste integral de246,3%, (variação da UPC), que a eleva-ria para Cr$ 1.385.200 mensais, causandouma economia mensal de CrS 537 200, ouCr$ 3.223.200 em 6 meses

Por outro lado, a partir de jaiHriro/86,a prestação iria aumentar para CrS1.441.600, aplicando-se o reajuste de70% sobre a prestação de Cr$ 848.000,enquanto que, sem a opção, o mutuárioestaria pagando Cr$ 1.385.200. Portantouma perda de CrS 56.400 mensais, ou CrS388.400 nos 6 meses restantes, o queproporcionaria uma vantagem financeiraao longo dos 12 meses de Cr$ 2.884.800,que é a diferença entre os ganhos de Cr$3.223.200 e as perdas de Cr$ 388.400.

Todavia, não se pode deixar de anali-sar os aspectos financeiros da questão,como por exemplo: em quanto tempoaquela vantagem financeira seria anuladapela perda, ao longo do prazo de vigênciados contratos?

Supondo que o ganho mensal de CrS537.200 do primeiro período de 6 meses,fosse aplicado numa caderneta de pou-pança, e admitindo-se uma rentabilidademédia de 8% ao mes, haveria um saldoacumulado de CrS 3.940.861 ao fim de 6meses, que levaria 70 meses para serconsumido, se fossem efetuadas retiradasmensais no valor da perda de CrS 56.400,sem levar em conta os juros daí emdiante; se considerássemos juros de 0.5%ao mes. o prazo aumentaria para 86meses, ou seia 7 anos e 2 meses.

Se o ganho financeiro não fosse apli-cado mensalmente, situação mais prová-vel de ocorrer, o total acumulado seriaapenas CrS 3.223.2IK) e o prazo se reduzi-ria para 57 meses.

A fim de mostrar o que ocorreriacom o mutuário caso o índice de correçãodas prestações do proximo semestre va-riasse, efetuamos vários cálculos com oauxilio da calculadora programável HP41-CV, com o módulo financeiro "Finan-ciai Decisions Pac". da HewlettPackard,para os seguintes índices de correção: 50.60, 70. 80. e 90% para o próximo |ieríodoe que os aumentos salariais fossem idênti-cos à correção monetária, e elaboramos atabela a seguir que representa os coefi-cientes de reajuste da prestação, ganhomensal, ganho ao longo do tempo etempo em que a vantagem será anulada,para cada cruzeiro de prestação vigente.

Exemplificando, tomemos uma pres-tação atual de CrS 520.000 e que opróximo reajuste semestral seja de 80%.Para achar sua prestação de janeiro/86,basta procurar na tabela o coeficienterelativo a 80% de correção, ou seja,3,816 e multiplicar pelo valor da presta-ção, fornecendo a nova prestação de CrS1.984.320, se náo tivesse a opção pelos112%, a prestação seria CrS 520.000multiplicados por 3,463, ou seja, CrS1.800.760. O ganho financeiro ao longode 12 meses será CrS 520.000 multiplic:dos por 5,940, ou seja, CrS 3.088.800, e otempo que este ganho se anulará será de28 meses.

Este exemplo foi baseado no caso domutuário que terá sua prestação corrigidaintegralmente pelo Índice de 112%, o quenão é regra geral, já que existe umtratamento diferenciado para aquelescuja época de reajuste náo seja de 12meses.

Instruções da HP 41-CV-Teclas Visor[xêq|[ãlfã1 MONEY [aLFÃ]

CLR? Limpar os registradores?

END? Os pagamentos são no fim do

[R/SJ (sim)RF.ADY Pronta para efetuar os cálculos6[A](N) 6.1)0 Armazena o n° de mesesREO)8.IKI Armazena o rendimento mensal da

poupançal.343[Õ)(PMT)1.343 Armazena a vantagem financeira

mensalpara cada cruzeiro de prestação

E(FV)FV = 9.85 Calcula e apresenta o

montante o final de seis mesesfCLxTÃl 0,00 Apaga o visor

¦ l4lfcfel|ü1(PMT)-0.14 Armazema a perda mensal

9.85[Ü](PV)9.85 Armazena saldo da poupança em PVOE(FV)

0.00 Apagar o valor contido em FVoGEJo)

0.00 Armazena a taxa de juros nulaB(N)N = 69,86 Calculou o n° de meses que

anulará a vantagem

Valter Guedes dos Santos e engenheiro

Coeficientes de reajuste, ganho mensal, e ganho ao longo dotempo, para cada cruzeiro de prestação de junho/85

"L

índices dereaiustesemestral(%)50mi dez 8513" jUi 86

60jui df / 85

iui-86

70

Prestação Prestação Ganho! - )com reajuste com reajuste perdas(-)de 246,3°!! de 112%

80

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Page 36: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL BO BRASIL Esportes domingo, 7/7/85 a 1° caderno ? 35

Senna

Le Castellet — O brasileiro AírtonSenna da Silva, da Lotus, não conseguiumanter a primeira posição nos treinosoficiais do Grande Prêmio da França —oitava etapa do Mundial de Fórmula-1"—, marcado para hoje às 8hl5min (noBrasil). O finlandês Keke Rosberg, daWillians. vencedor do GP de Detroit dasemana passada, larga na Pole Position,com Senna em segundo, também na pri-meira fila.

Os treinos de ontem no Circuito dePaul Ricard foram marcados pelo aciden-te com o britânico Nigel Mansell, compa-nheiro de Rosberg na Willians. O pilotosofreu comoção cerebral, está internadoem um hospital de Marselha e não correhoje, embora tenha obtido o oitavo tem-po, reduzindo para 25 o número depilotos na prova. Mansel deve deixar ohospital amanhã, pois não corre perigode vida.

OtimismoSenna permaneceu quase todo o tem-

po dos treinos de ontem nos boxes, mascom atenção na pista. Ele tinha consegui-do sexta-feira um excelente tempo deImin32s835 e confiava em conquistar asexta pole position da temporada. O pilo-to brasileiro só entrou na pista de PaulRicard quando Keke Rosberg superousua marca, com Imin32s4ó2. Senna aindatentou melhorar o tempo, mas não teveêxito. Mesmo assim, ele estava muitootimista:

Fiquei satisfeito com o desempe-nho do carro. O comportamento do mo-tor Renault nos treinos indica que estareiem boa forma na hora da prova.

Nélson Piquet, da Brabham, tambémestava feliz com o que conseguiu nostreinos oficiais. Ele larga na quinta posi-ção, ao lado do austríaco Niki Lauda, daMcLaren. É a melhor colocação de Pi-quet no gread de largada este ano.

O melhor rendimento nos treinos deontem, no entanto, foi do líder do Mun-dial de Fórmula-1 deste ano: MicheleAlboreto, da Ferrari, saiu da décima-primeira posição para a terceira, e largarána segunda fila. Para isso, os mecânicosda Ferrari tiveram que trabalhar toda amadrugada, na tentativa de neutralizar osproblemas de aderência à pista que ocarro principal da equipe apresentava.

Alboreto treinou ontem com o carroreserva com chassis da antiga Ferrari e oresultado não podia ter sido melhor. Amesma sorte não teve o outro piloto daequipe, o sueco Stefan Johansson, pois osmecânicos não tiveram tempo de fazer amesma adaptação no seu carro. Por isso,Johansson larga na oitava fila, em déci-mo-oitavo lugar.

Depois do treino, embora tenha per-dido a pole, Aírton mantinha esperançade obter sua segunda vitória:

Meu carro está praticamente igualao do Keke e acho que poderemos fazeruma boa disputa pelos primeiros lugares,inclusive peia liderança. Temos, porém,que considerar ainda os McLaren e osFerrari, dois carros que vão bem emqualquer circuito.

Senna admitiu erros seus quandotreinou com o primeiro jogo de pneusontem, mas o principal motivo de terperdido a pole, explicou, foi a explosãodo motor:

Agora o cano está andando bemtambém com o tanque cheio e pneus decorrida. Por isso, tenho muita esperançanesta prova.

Mansell sofre

comoção cerebralSó amanhã, o piloto Nigel Mansell,

da Williams, deixa o hospital em que estáinternado em Marselha, seguindo paraLondres, onde deverá ficar em observa-ção. Ele sofreu grave acidente ontem,durante os treinos classificatórios para oGrande Prêmio da França, e teve umacomoção cerebral.

O acidente ocorreu na grande reta doCircuito de Paul Ricard. A 300 quilôme-tros por hora, o carro de Mansell sedesgovernou e chocou-se contra o guard-rail, depois de rodopiar na pista. Abatida fez com que a Williams perdesse opneu esquerdo dianteiro, que atingiu opiloto na cabeça.

Mansell foi socorrido e levado in-consciente para o serviço médico do Au-tódromo. de onde saiu de helicópteropara um hospital de Marselha. O pilotofoi submetido a uma bateria de exames,que de imediato nada constatou. Mansellnão sofreu nenhuma fratura, mas ficouinternado em observação por uma equipede neurologistas. Segundo os médicos, oestado do piloto da Willians é bom.

Mundial de Pilotos1. Michele Alboreto 312. Eliode Angelis 243. Alain Prost 224. Stefan Johansson 135. Keke Rosberg 126. PatrickTambay 107. Ayrton Senna 98. Thierrv Boutsen 6

Nigel Mansell 510. Stefan Bellof 411. Rene Arnouxl - 3

Niki Lauda 3Andréa de Cesaris 3

14. Jacques Laffite 2Derek Warwick 2

16 Nélson Piquet 1

Mundial de Construtores1. Ferrari 471 Lotus 333. McLaren 25•i Williams 175. Renault. 126 Arrow- hLieier 5

S. Tyrrell 4l). Brabham I

perderecorde mas larga ao lado de

Le Castellet, França/Foto da Reuter Foto de Chiquito Chaves

Senna perdeu a pole por causa do motor, mas manteve aesperança na sua 2a vitória

Seleção fica completa

com a chegada de Oscar

São Paulo — Há 30 dias semjogar — o Campeonato italiano terminouno início de junho e o Indesit Caserna,seu time, ficou em quarto —, o ala Oscarapresentou-se ontem à noite à SeleçãoBrasileira de basquete, em Jacuecanga,próximo a Angra dos Reis. Esta inativi-dade, no entanto, não assusta Oscar.Com uma semana de treinamentos, se-gundo ele, já terá recuperado mais dametade da sua forma.

Antes de voltar ao Brasil — o roteirode férias feito com sua mulher Cristinaincluiu passagens por Zurique e EUA —,Oscar acertou a renovação do seu contra-to com o clube italiano por mais umatemporada. Oscar é considerado um ido-lo no seu time e a fama que possui écomparável à de alguns jogadores defutebol. Se não ficasse no Indesit, Oscarcertamente não retornaria ao Brasil. Ou-tras equipes européias mostraram-se inte-ressadas na sua contratação.

A tabela do Sul-Americano é a se-

guinte: dia 26 — Brasil x Chile (21horas); Colômbia x Peru (23 horas); dia27 — Paraguai x Argentina (21 horas);Peru x Uruguai (22h30min); Brasil xVenezuela (23h30min); Colômbia x Chile(0h30min); dia 28 — Uruguai x Chile (21horas); Argentina x Peru (22h30min):Paraguai x Venezuela (23h30min); Brasilx Colômbia (0h30min); dia 29 — Uruguaix Paraguai (21 horas); Argentina x Vene-zuela (23 horas); o Brasil folga; dia 30 —Brasil x Paraguai (21 horas); Chile xVenezuela (23 horas); Colômbia x Ar-gentina (0h30min); dia 31 — Brasil xPeru (21 horas); Paraguai x Chile (23horas); Colômbia x Uruguai (0h30min);dia 1" — Peru x Venezuela (21 horas);Colômbia x Paraguai, Argentina x Uru-guai (0h30min); o Brasil folga; dia 2 —Uruguai x Venezuela (21 h30min); Brasilx Argentina (22h30min); dia 3 — Peru xParaguai (21 horas); Chile x Argentina(22h30min); Colômbia x Venezuela(23h30min) Brasil x Uruguai (0h30min).

Fernanda Keller supera

favoritas no TriathlonA grande surpresa da sétima etapa

classificatória do Triathlon do Rio, orga-nizado pela Viva Promoções Esportivas,foi a vitória de Fernanda Keller (Arma-zém do Esporte) na categoria feminino.Embora não estivesse entre as favoritas,ela conseguiu superar Dawn Webb (Ca-nalonga) e vencer com o tempo de2h20ml6s.

No masculino, Alexandre Ribeiro(ENPA), participando pela terceira vez,obteve a terceira vitória. Ontem seutempo foi de 2h00ml5s, que ele conside-rou bom devido aos fortes ventos em todaa orla marítima do Rio e a um pequenoproblema na natação. Marco Ripper(Douglas Produtos Naturais/Convenção),primeiro na classificação geral, ficou emquarto lugar e mais uma vez o ex-nadadorDjan Madruga (Canalonga) ficou com osegundo lugar.PROBLEMA NA CORRIDA

Segundo a sair da natação, superadoapenas por Djan Madruga (Canalonga),Alexandre revelou seu método detreinos:

Venho treinando todos os dias e.no momento, estou dando mais ênfase ànatação. O rendimento tem sido bom eespero em setembro vencer a final.

Alexandre Ribeiro, 19 anos, é patro-cinado pela ENPA (Empresa Nacional deProdutos Alimentícios), empresa de umparente, que somente garante suas passa-gens em competições em outros Estados:

Vários interessados apareceram,mas náo consegui até agora nada deconcreto. Estou lutando para obter umbom patrocinador e com os resultadospositivos acho que aumentarei minhaschances de conseguir um em breve.

Vencedor das três etapas classificató-rias de que participou. Alexandre admitenáo participar de todas as provas:Fica muito desgastante realizarduas provas seguidas. Por isso. faço umapausa entre uma etapa e outra, paracompetir da melhor maneira.

Embora tenha tido problemas esto-macais durante a corrida. Alexandre ere-ditou ao tnrte vento da manhã de ontem,na orla marítima, o tato de não terconseguido tempo melhor:

Prejudicou a todos, mas acabouajudando no final devido ao cansaco

Foi a seguinte a colocação da sétimaetapa do Triathlon do Rio.

Foto de Carlos Mesquita

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Alexandre vence outra

masculino: 1 — Alexandre Ribeiro(ENPA); 2 — Djan Madruga (Canalon-ga): 3 — João Dias (Ultracred); 4 —Marco Ripper (Douglas Produtos Natu-rais Convenção I: 5 — Marcelo Teixeira(Gay-Lussac): <i — Guido Baeck (avul-so); 7 — Marcelo Ferraro (Ultracred); S

Fábio Pinto (AFC Cosipa); — Ra-fael de Almeida Magalhães (avulso); 10

Mareio Augusto (Ultracred).feminino: 1 — Fernanda Keller (Ar-

ma/cm do 1 »portc): - — Andréa Zipdin(avulso): 3 - Dawn Webb (Canalonga):4 — Cristina Martins (awiko: 5 —Patrícia Junqueira K orpore Smugler). o

Cristina Toscano (Steves)

A dupla petropoíitana Elio Seikel e Andreas Matheis recebe a bandeirada da vitória

Dupla de Petrópolis

vence 500km do RioGP DA FRANCA

?atu

¦üp

RosbergWilliamns 1min32s462

Finlândia

SennaLotus 1min32s835

Brasil

AlboretoFerrari 1min33s267

Itáliara

II

4^

ratf

4#ProstMcLaren 1min33s335

Françara Piquet

Brabham Imin33s812BrasilPULauda

MaLaren 1min33s860ÁustriaT?'

De ÀngelisLotus 1min34s022

ItáliaP?]Bergèr

Arrows 1mm34s674Áustria?61

&Warwick

Renault 1min34s976Inglaterra

[25]

TairioayRenault 1nnn34s680

FrançaOC11

1?-Ji

.<

4PBoutsenArrows 1min35s488

Bélgica^3" raDe Cesaris '

Ligier 1min35s571Itália[26]•jP

4JpSurerBrabham 1min35s572

Suiçar28

LaffiteLigier 1min36s133

França22]

JohanssonFerrari Imin36s140

Suécia[23]Pãtrese

Alfa Romeo 1mm36s729Itália

—-Jfc' Cheever? Alfa Romeo 1min36s931

EUAPabi

Toleman 1min37s142Itália

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¦y»Brundle

Tyrrell 1min40s015Inglaterra

noi..

WinkelhockRAM 1mtn37s654

Alemanha

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¦0=3"Palmer

Zakspeed Imin40s289Inglaterra

rw\tfMliot

RAM 1min41s647França

8 Ghinzani^ S Osella 1min42s136, Itália

•• •• "4Martini §£ 4Mmardi lmin<14s350 r1 ^Italia

BellofTyrrell 1min44s404

Alemanha

Uma autêntica zebra. A vitória dadupla petropoíitana Elio Seikel e An-dreas Matheis com Gol da PetrópolisVeículos/Castrai nos 500 Quilômetrosdo Rio de Janeiro, sexta etapa doBrasileiro de Marcas e Pilotos, dispu-tada ontem, no autódromo de Jacaré-paguá; surpreendeu os favoritos e va-leu à equipe a vice-liderança da com-petição. A liderança pertence ao Golde Paulo Judice e Egídio Chicola, queontem ficaram em terceiro lugar.

O público, de cerca de três milpessoas, vibrou com a perícia e atécnica dos pilotos, embora a provatenha sido marcada por muita confu-são, a começar pela falta de luz noautódromo durante grande parte dacorrida. Mas o fato mais lamentável foia agressão física de Luiz Paternostroem Walter Travaglini. E para terminara direção da prova colocou sub judice avitória de Andreas e Elio atendendo aum protesto.

ConfusãoMomentos antes da largada, os

pilotos foram informados de que emconseqüência da falta de luz no autó-dromo a largada seria manual, o queocorreu às IlhOSmin. Aí ocorreu oprimeiro acidente da prova. O pilotoChico Serra, que saiu na terceira posi-ção, tentou assumir a liderança e aca-bou batendo de leve nos carros deÁtila Sipos e Antônio Rocha que saí-ram da pista perdendo algumas posi-ções.

Antes que se completasse a primei-ra volta, Atila, com seu Gol. tentouforçar a ultrapassagem sobre o Uno deSerra e na curva atrás dos boxes amboscolidiram violentamente, saindo daprova. Travaglini, companheiro deSerra, foi ao boxe da Rodão/Kovakprotestar e acabou levando um soco dopiloto Luiz Paternostro, companheirode Átila.

Átila acusou Chico Serra de irres-ponsável e de ser um piloto frustradono automobilismo, pela falta de títulos.Serra, por sua vez, rebateu as críticassem conter sua revolta.

— O Átila não tem condições deestar numa pista e no treino de sábado

havia me ameaçado de tirar da prova,o que acabou conseguindo. E um cria-dor de casos e recentemente foi sus-penso por 60 dias por atitudes anties-portivas — lembrou Serra.

Com a confusão entre as duas equi-pes, quem acabou assumindo a lideran-ça foi Jaime Figueiredo, com seu Gol.Mas na quinta volta teve que parar nosboxes porque o capô de seu carroabriu. Pouco a pouco outros pilotosforam parando, devido ao desgastesofrido pelas quatro horas de corrida.Basta lembrar que dos 30 carros quelargaram para as 100 voltas apenas 12conseguiram terminar.

A troca de pilotos e de pneus e oreabastecimento obrigaram as equipesa uma média de duas paradas nosboxes. A dupla Fábio Sotto Mayor-/'Paulo Gomes manteve a liderança daprova até a 30a volta, quando seu FiatUno foi ultrapassado pelo Gol de ElioSeikel, que não perdeu mais o primei-ro lugar, conquistando a vitória combrilhante atuação, no tempo de4hl5minl6seg.

Com os resultados, a Volkswagenassumiu a liderança do Brasileiro deMarcas, com 91 pontos, seguida daFiat, com 54, e da Ford, com 16. Apróxima etapa, seria dia 28 deste mêsem Brasília.

Paulão protestaPaulão, da equipe HG/Metalpo,

estava inconformado com o segundolugar e fez um protesto contra a vitóriade Elio Seikel, colocando sua vitóriasub judice. Já Egídio Chicola. que comseu Gol terminou em terceiro lugar,estava mais do que satisfeito:

Nossa meta era manter a lide-rança do campeonato e conseguimosisto. Então, não há por que não estar-mos felizes.

A dupla vencedora não conseguiareprimir a alegria pela vitória até certoponto inesperada:

Nós quebramos o motor notreino de classificação, saímos em 17°lugar, mas conseguimos superar todasas dificuldades. Com o carro rendendomais, acabamos vencendo. E demais— disse eufórico Andreas Matheis.

Sacrifício recompensado-A euforia pela vitória da dupla

Élio Seikel e Ándreas Mattheis, on-tem no autódromo de Jacarepaguá, sónáo pôde ser completa porque a equi-pe enfrenta uma dura realidade: afalta de verbas. Sem patrocínio, comapenas um único carro de competi-ção, a dupla náo estará presente napróxima etapa do Brasileiro de Mar-cas, dia 28.

Apesar disto. Wolf Seikel. umpetropolitano descendente de ale-mães, e sócio proprietário da Petró-polis Veículos, responsável pela equi-pe, acha que o sacrifício e o investi-mento de CrS 30 milhões para dispu-tar a prova de ontem valeram a pena.— Nossa única experiência emcorridas tinha sido com karts. Mas nafamília todos tém paixão por corridas

e agora tenho esperanças de que coma vitória apareça um patrocinador.

Para seu filho, Élio Seikel, que,aos 18 anos. viveu ontem sua maisimportante conquista, a vitória foiuma experiência inesquecível e eletem certeza de que a equipe podebrigar pelos primeiros lugares. Esteotimismo é compartilhado por seucompanheiro Andreas Mattheis, 31anos. que volta a competir depois deseis anos afastado das pistas:

— Parei por falta de patrocínio.Fui campeão carioca de kart masdepois tive que me dedicar ao meutrabalho numa fábrica de parafusosem Petrópolis. Esperávamos um bomdesempenho mas a vitória foi umagrata surpresa.

Resultado1") Elio Seikel Andreas Matheis(Petrópolis Veículos) — Gol n°72 — KW) v2") Paulo Gomes Fábio SottoMavor (HG-Metalpó) — Uno. n°22 — lllllv3") Paulo Judice Egídio Chicola(Refricentro) — Gol. n° 05 —lOOv

4°) José Junqueira Clemente Fa-ria (Banco Bandeirante Localiza)— Uno. n° 38 — lOOv5") Renato Conil Vinícius Pimen-tel (Tauros) — Uno. n° 48 —Klllv6o) Aloísio Andrade RubensCoelho (Souza Ramos) — Escort.n° — 99v

ORNAl. DO BRASIL

Classificaf,-ao1°) Paulo .ludice Egidio Chicola 4°) Amadou Rodriguez lose Ru-

Got — 35 hers Coelho — ('ml — IS2") Elio Seikel Andreas Mattheis ?"i J.iime Figueiredo Alexandre

Uno — 20 Nenrao —- <.iol — l'13°) Paulo Gomes Fabio Sot to w i Lui/ Rosenteld \ .ildir Floren-Mavor — Gol — 19 zo — Escort -

Page 37: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

88 n Io caderno ? domingo, 7/7/85 Turfe JORNAL DO BRASIL

Castel é favorito do GP Garrastazu Mediei

Castel (Mister Sun em Pura Pinta II), de criaçáo doHaras Simpatia e de propriedade do Stud América, é ofavorito do Grande Prêmio Presidente Emílio Garrasta-zú Médici, em 1 mil 600 metros, na pista de grama e comuma dotação de Cr$ 12 milhões para o proprietário doganhador, prova central desta tarde no Hipódromo daGávea.

Mantido em excelentes condições de treinamentopor G. F. Santos e colocado em sua distância preferida, amilha, Castel volta a ser apresentado depois de uniaótima atuação em Cidade Jardim na milha clássica doGrande Prêmio São Paulo, quando só foi superado nosmetros finais e ainda assim finalizou num terceiro lugarmuito próximo dos seus dominadores. Montado por seujóquei habitual, Gonçalino Feijó de Almeida, o alazãocorre como principal nome da competição devido ao seuexcelente cartel em provas clássicas.

Fortes adversáriosGiverny (Felicio em Majorlaine), de criação e

propriedade dos Haras São José e Expedictus, aparececomo um dos grandes adversários cio favorito. Bemcolocado no percurso de 1 mil 600 metros e comexercícios de primeira qualidade, o conduzido de JorgeRicardo pode oferecer muita resistência ao favorito.

Cambrinus (Tonka em Camarilha), de criação doHaras Barra Nova e de propriedade do Stud Topázio, éoutro competidor categorizado na prova. Ganhador damilha internacional do ano passado na Gávea, o pensio-nista de Alberto Nahid correu pouco em São Paulo, masvolta recuperado e no melhor de sua forma, tanto quetem deixado ótima impressão em seus últimos exercícios.Deve ser responsável pelo train da prova tal a suavelocidade.

Jono, Tropic Show e Kew Gardens completam arelação dos competidores mais categorizados e podemaparecer bem em caso de fracasso dos favoritos.

Giverny e Cambrinus

têm ótimos trabalhosGiverny, um dos principais concorrentes do clássico

desta tarde, vai atuar credenciado por um ótimo trabalhode distância há 15 dias, quando fechou a milha emImin46s2 com final de 49sl. Recentemente fez o mesmopercurso em Imin47s2, com 50s nos últimos 800 metros.Aprontou explendidamente na direção de Jorge Ricardoe marcou 41 s3 correndo muito. Se confirmar seusexercícios é um sério candidato ao triunfo.

Cambrinus é outro que vem animando nos mati-nais. Seu trabalho mais recente na distância da prova foide lmin43sl com José Queiroz. No apronto voltou aimpressionar, já que fez 48s cravados sem dar tudo.Dotado de muita velocidade, o pensionista de AlbertoNahid vai correr com chance positiva no clássico.

Kew Gardens, outro defensor do Stud Topázio,também trabalhou na direção de Queiroz e foi bem poisarrematou em 49s2, com expressiva ação final.

Amir-El-Arab, com o redeador Omir Xavier, reaii-zou um apronto suave para a Grande Prêmio. Passou adistância de 800 metros em 51s procurando a cerca defora na entrada da reta.

Foujita, com Edson Ferreira, mostrou progressosmais uma vez e passou os 800 metros em 50s com muitafacilidade chegando a impressionar.

Sibilar, inscrito no terceiro páreo, mostrou progres-sos no exercício de 700 metros em 43s cravados.

Vic Day, com Edson Ferreira, fez um exercício delmin 06s nos 1 mil metros com 49s nos últimos 800metros.

Foto de Ana Carolina Fernandes.Mif

On The Top larga mal e ganha

com firmezaOn The Top (Millenium e Gas Mask), de

criação e propriedade do Haras Santa Mariade Araras, com treinamento de Wilson PereiraLavor, venceu com autoridade, depois de terlargado com atraso, a quinta prova do progra-ma, em l mil 300 metros, na grama, direção deFrancisco Pereira Filho. Viejo Pancho ficoucom a segunda colocação.

A Prova Especial, segundo páreo da reu-nião, foi ganha por Saca Tampa (Oficial eMenina), criação do Haras São Pedro do Sul epropriedade do stud Bardaylou, aos cuidadosde João Guilherme Vieira, derrotando, apósuma reta muito disputada, Nice Champion.Jorge Ricardo esteve tranqüilo em seu dorso.

Na terceira carreira da programação, adefensora do stud Topázio, Yelka (Tonka eYelfa), de criação do Haras Barra Nova e

treinada por Alberto Nahid, manteve a inven-cibilidade através de quatro apresentações naGávea, superando um bom lote de éguas, namarca de lmin07sl, deixando Princesa Loirana formação da dupla. Ricardo foi o piloto daganhadora. Estes foram os resultados das dezprovas disputadas ontem em pista de areia egrama leves:Io páreo — 1 mil 100 metros — Ia Balça E. R.Ferreira 2' Trova D'Amore A. M. Andradevencedor (1) 1,70 dupla (12) 2,60 place (1)1,40 (3) 2,80 tempo 1 min 09s exata (1-3) 5,702o páreo — 1 mil 300 metros — Ia Saca TampaJ. Ricardo 2o Nice Champion Jz Garcia vence-dor (2) 1,40 dupla (12) 1,20 place (2) 1,10 (1)1,10 tempo 1 min 19s — Não correu —Rasputino3o páreo — 1 mil 100 metros — 1° Yelka J.

Ricardo 2° Princesa Loira R. Marques vence-dor (1) 1,70 dupla (14) 6,60 place (1) 1,40 (6)2,60 tempo 1 min 07sl4o páreo — 1 mil metros — grama — Io JuledaJ. Ricardo 2o Parlen C.A. Martins vencedor(I) 1,10 dupla (13) 10,60 placê(l) 1,10(6)3.10tempo 58s3 exata (1 -6) 22,80 — Náo correu —Hardela.5° páreo — 1 mil 300 metros — grama — Io OnThe Top F. Pereira Filho 2o Viejo PanchoE.R. Ferreira vencedor (1) 1,40 (dupla) (13)2,30 placê (1) 1,10 (5) 1,30 tempo lminl7s.6o páreo — 1 mil metros — grama — IoBanguela J.C. Castilho 2o Great Duchess E.Ferreira vencedor (5) 2,60 dupla (33) 3,50placê (5) .1,50 (4) 1,50 tempo 57s4.7°páreo — 1 mil 100 metros — Io Mavelino Jz

Garcia 2o Se Fini J. Ricardo vencedor (I) 1,20dupla (12) 2,40 placê (1) 1,10 (3) 1,60 tempoImin08s2 exata (1-3) 4,60.

8o páreo — 1 mil 100 metros — Io FascinadoraC.A. Maia 2o Cantaka G. Pessanha vencedor(2) 1,70 dupla (23) 3,90 placê (2) 1,30 (5) 4,40tempo 1 min09s4 — Não correu — Reling.9° páreo — 1 mil 300 metros — lü Being ThereE. Ferreira 2o Agrã A. Chaffin vencedor (1)1.40 dupla (14) 2,90 placê (I) 1.10 (6) 1,40tempo Imin22s4 — Não correram — VaiPassar e Angela Maria.10° páreo — 1 mil 300 metros— Io Salteador J.Ricardo 2o Phedayin J.B. Fonseca vencedor(1) 1,60 dupla (14) 2,70 placê (1) 1,10(8) 1.40tempo Imin23s exata (1-8) 7.00 — Náo corre-ram — Estacado, Volo, Bairro Chie e Pongó.

Volta Fechada

Aprova nobre de logo mais na Gávea, importan-

te ciássico Presidente Garrastazu Médici (Gru-po II), milha, grama, para animais de qualquer paísde três anos e mais idade, marca o início daschamadas provas preparatórias cariocas para a se-mana máxima de nosso turfe na primeira semana deagosto. Obviamente, pela distância acima referida,o clássico de ho je é o trial para a milha internacionaldo grande clássico Presidente da República (GrupoD-

O campo, felizmente, não saiu numeroso e, aomesmo, conseguiu nível dos mais razoáveis, haven-do um simpático contingente de flyers já testadostanto a nível clássico (vitórias e colocações significa-tivas) quanto no de handicaps (vitórias). Obviamen-te, Castel (Mister Sun II em Pura Pinta II, porCommendattore), criação do Haras Simpatia e pro-priedade do Stud América, tem destaque. Invicto noano passado, o descendente de Solazo correu, esteano, três vezes, para levantar, com bela direção deG.F. Almeida e excelente aceleração final, a milhado simplesmente clássico Gervásio Seabra (GrupoIII), e entrar em terceiro nas Two Thousand Gui-neas (grande clássico Estado do Rio de Janeiro,Grupo I), quando fazia sua reentréee, e na milhainternacional paulista, grande clássico Presidente daRepública (Grupo I), quando não teve percursofavorável e particularmente feliz. Normalmente,pela classe, não pode deixar de ser apontado comoforça.

Giverny (Felicio em Marjolaine, por Alipio),criaçáo e propriedade dos Haras São José e Expe-dictus, levando o reforço de Foujita (Felicio emIpojuca. por Dragon Blanc), vindo de bonita vitóriaem prova especial (só que levando muitos quilos amenos), trazendo simpática aceleração final e mos-trando evolução e maturidade (fisicamente, inclusi-ve), Jono (Janus II em Estrila II, por Choir Boy),criação do Haras Fronteira e propriedade de Ed-mundo Musa, e Cambrinus (Tonka em Camarilha,por Xaveco), criação do Haras Barra Nova epropriedade do Stud Topázio, em parelha com opromissor Kew Gardens (Millenium em Din. porPass The Word), criação do Haras Expert e proprie-dade do Stud Topázio, ganhador semiclássico equarto, perto, no Gervásio Seabra (atrás de Castel.Jono e Aniuak). formam o trio de principais rivaisde Castel Giverny reaparece de seu ótimo quinto,bem perto, na Taça de Ouro. grande clássicoFrancisco Eduardo de Paula Machado (Grupo I).vencida por seu companheiro Grison. após percursode rara infelicidade e total loucura. O filho deFelicio. aliás, a nível clássico, vem sendo vítima dedireções desastrosas Quem sabe. hoie finalmente,consiga um percurso de acordo com suas caracterís-ticas e possa mostrar tudo o que sabe |e é inegávelsua capacidade de correr e sua classe)'1 Jono,corrido mais acomodado, é muito perigoso Cambri-nus so correu uma vez este ano fracassando namilha internacional paulista apos pontear a carreiraem train violento O vencedor da milha internacio-nal carioca de IW4, só gosta de correr assim Sevoltar a desenvolver o padrao do ano passado, naopode <>er menosprezado

Alem deles, merecem citação (não contandocom os dois taixas |a mencionados), o clássicoÚltimo Macho (Banner Sport em La Serrana, porGood Mrinners). criaçáo e propriedade do HaiasSanta Ana do Rio Grande, reaparecendo de lonuaausência, e o solido handicupper Tropic Show(Tropical Sun em Estirada por Estensoro). criaçaodo Haras Santa Marta e propriedade de Sidne\ deSou/a

Escoriai

Esta tarde, na Gávea

1° PARE0 — As MhOOmin-1.100 meltns — AREIA — Recordt: 65s< (BARTER) — Do!ai;So: M 2.800.000 — 1° P*RE0 DA DUPU EXATA — Epjs nationals de 2 )0™ 60 2 AMachado F» 042 G.UIloa 2-1-2 26/05 1" (07 On The top 14 GL 82s3 1.10 Muiflioaras. sem vil6ria no Rio e em SSo Paulo — Pesos da tabala (I) — ENCERRAMENTO DAS APOSTAS As 13h30min 3 *™i-EI-Arab 58 3 JT.Reis M0 P.Salas 2-9-1 25/05 3° [07) Gnsaseo 14 GM 83sl 2.10 I M Silva——— 2—4 Cambrinus 60 12 I.Queiro; 444 A.Nahid 2-3-u 05/05 14° (20) Hoio (SP) 1.6 Gl 96s9 18,00 IRicaido

1—1 Ellen Hope 57 8 R.Vieira Ap2 372 AVieira 3-9-3 15/06 2° 1101 Diimal 1.1 AU 70s 8,50 J.Aurtlio " Kew 0ardtns 58 9 J Mal" 495 AN,hid M"° 2"04 ,0 1121 CasW 16 GP 96sl 6,10 J.Ricaido2 Comidic 57 4 F.Silva 400 M A.Silva 5-u-u 15/06 9° (101 Dtimal-I- 1,1 AU 70s 119,00 l.Correa 5 Hot 60 4 C A.Martins 448 J.L.Pedrosa 7-6-0 15/06 8° (09) Nice Champion 1.6 AU lOlsl 3.80 AOIiveira

2—3 Auditoria 58 7 J.Aurtlio Est A.Morales 4-6-2 12/84 7° (10) AntiguitaISP) 1.1 AL 69s6 6,30 J.Rocha 3—6 Giverny 58 11 J.Ricardo 420 F Saraiva 1-6-2 11/05 S° (12) Gnson 2.0 GP 122s 2.30 I Escobar4 Show Ametisla 57 6 R.Antonio Ap.l 433 S.M.Almeida i-<-3 15/06 5° (10) Drimal 1.1 AU 70s 2.40 R.AntSnio " Foujila 60 10 E.FeiiBira 447 FSaraiva 1-3-2 09/06 1° 111) Limeira's Boy 16 GM 97s 2.80 EFerrena

3—5 Joveiuuela 57 1 E.R Ferreira Esl J.M.AragSo Esl — Eslreante 7 Tropic Show 60 8 G.Guimaries Ap.l 455 C H.Coutinho 2-5-1 18/05 1° (10) Smart Alec -d- 14 GL 82s4 1,50 G F Almeida6 Kehila 57 2 AP.Souia 452 D.Nelo >-<-u 30/06 6° I 6) Zabiina 1.4 Gl 85s2 14,10 APSowa 4—8 Ultimo Macho 60 I.Aurtlio 444 A.Morales 2-5-5 11/84 4° (10) Aniuak 16 GL 94s3 3,00 IMSilva

4—7 Vit6na Rina 57 5 E.S.Gomes AP.4 392 F.R.Cni! «-9-6 15/06 6° (10) Drimal-I 1.1 AU 70s 54.60 E.BQueinu 9 Prampolini 58 7 F.Pereira F° 459 W.Plavor 2-5-6 25/05 2° (07) Gnsaseo I 4 GM 83sl 2.00 F Perena F»8 Fateixa 57 3 AMAndrade Ap 4 419 W Penelas 1-3-6 15/06 8° (10) Onmal 1.1 AU 70s 27,50 J.F.Reis 10 0|euar 58 5 R.Freire 482 J.R.Loureiro 1-0-2 28/04 5° (08) Quaranrano 16 AL 100s2 2.40 IC Castillo

AUDITORIA • SNOW AMETISTA • ELLEN ANNE HOPE — Prova equilibrada, onde váriasconcorrentes aparecem com possibilidade de vitória. Vamos arriscar a indicação de Auditoria, queestréia bem preparada por Alcides Morales. Snow Ametista náo tem corrido tudo o que sabe, maspode reabilitar-se. Ellen Anne Hope prefere a grama, deve ser respeitada mesmo na areia.

CASTEL • GIVERNY • CAMBRINUS

7° PÁREO — Às 17h00min — 1.100 metros — AREIA — Recorde: 65s4 (BARTER) — Dotaçào: Cri 2 800 000 Cavalos nacionais de 4 anos. sem vitória no Rio •em Sio Paulo — Pesos da tabela (I) - 3« PÁREO DA 0UPIA EXAIA - ENCERRAMENTO DAS APOSTAS ÀS 16h30min

2° PÁREO — As 14h30min - 1.000 metros — GRAMA — Recorde: 55s4 (HATU) — Dotação- Cri 4 S00 000 — Protancas nacionais d« 3 anos, sem mais dt umavitória no Rio e em Sáo Paulo — Pesos da tabela (I). com descarga

1—1 Distraída2 Vai s Giii

2—3 Big Apple4 Hermosura

3—5 My Aid6 Brackley

4—7 Dana" TigaraDISTRAÍDA •largar e dominardupla. Brackley

56 J.Queiroz56 2 R.Vieira Ap.2

G.F.AImeidaE.S.Gomes Ap.4J.RicardoJ.Aurého

I C.UvorC A.Maia Ap 3

565656565656

427 P Morqado430 A. P Silva376 G. F. Santos432 D. Netto440 V. Nahid439 A. Morales397 J. I. Pedrosa420 J. I. Padrosa

4-1-0 09/06 r> (16) Belle Valley af 1.5 GM 91s 26.60 I.Queiroz4-x-u5-l-cu-2-0x-5-81-7-2l-u-37-1-3

19/0508/0622/0616/0608/0608/0622/06

1° ( 8) L Prot./Haiyang 1 0 GL 59s42o ( 5) Lilloise5° 8) By7antine1" 7) üanlleet1° 5) Lillni.se5o 51 Lilloise t-7° 8) Bywntine

1.0 GM 59s31.4 GM 85sl1.1 NM 70s21.0 GM 59s31.0 GM 59s31.4 GM 85sl

8.70 J.Aurélio8,60 J.C.Castillo7.30 A.Machado F®1,30 J.Ricardo1,90 G.Guimaràes3.50 J Ricardo

22.80 J.F ReisBIG APPLE • BRACKLEY — Baixou de turma a potranca Distraída, que deve

suas adversárias. Big Apple mostrou preferência pela pista de grama e deve formar afoi muito apostada e decepcionou. É um ótimo azar agora.

1—1 Hehporto 57 3 J.C.Castillo 392 AVieira 0-5-1 13 06 3° ( 8) Jucker Hills 1 1 NP 69s 2.40 PC Pereira2 Try My Best 57 2 AMAndrade,Ap.4 415 C.H.Coutinho 8-0-6 23/06 4° ( 9) Flete Belo 1 0 GL 59sl 11.00 J.Ricardo

2—3 Devilish 57 9 G F Almeida 415 AAraujo x-k-3 17/03 3° ( 5) Badari -at- 1 1 AL 70s 2,20 Gf Almeida4 Haragan 57 8 MMonteiro 467 A.Orciuoli 8-8-u 23/06 6° I 9) Opionar^ 10 GL 60s 134.90 MMonteiro

3—5 Fighting 57 1 J.Aur6lio 450 A.PaimF^ 4-u-u 23/06 3° ( 9) Opionare 1 0 GL 60s 139,90 IF Gomes6 Silencio 57 5 listens 41? E.P.Coutinho 1-5-1 25/06 2° ( 7) Filareta (CP) 1.0 NL 62s3 8.40 JM Oliveira

4— 7 Quicker 57 7 J.Ricardo 428 IG Vieira 3-2-3 23/05 9° (10) Aba larga 1 1 NU 70s 4,70 A Ramoslord Portento 57 6 J B Fonseca 490 I Acuna 4-2-7 ?3/06 5° ( 9) Flete Belo 10 GL 59sl 5,20 JBFonseca

Pinkerton 57 4 F Silva 424 E.Cardoso 9-0-7 23/05 7° (10) Aba Larga -at- 1.1 NU 70s 169 90 GPessanha

DEVILISH • HEL1PORTO • SILENCIO — Volta melhorado o Devilish, que tem chancecerta na turma e na distância. Heliporto aguerrido com a corrida de estréia e vai dar trabalho ao nossoindicado. Depois de uns tempos no Hipódromo de Campos. Silêncio evoluiu muito.

30 PÁREO — *s IShOOmin — 1 500 metros — AREIA — Recorde; 9lsl (ULAN BAnoR) — DotatSo: Cri 4 500.000 - Potros nacionais d< 3 anos, s«m vitória no Rio P*RE0 — "MD""" — 2 000 metros — AREIA — VARIANTE - Recorde. 119s2 (NEVER BE BAD) - Oolaçâo Cri 4 500 000 — PROVA ESPECIAL --- Animaise em Sáo Paulo - Pwos da tabela (I) de 3 anos e ma's- ganhadores até Cri 10.000.000 em Io lugar no Pais — Peso 60 quilos, com descarga

— Beckmann— Dai-kan-san— Quiet Win

Demaryon— Sibilar

Gagliardo

J AurélioG.F AlmeidaF Pereira PR,Freire

E FerreiraC A Martins

484 A.Morales412 G.F.Santos482 W P Lavor506 D.Guignoni426 l. PreviattiEst M.Niclevish

K-«-l*•*¦53-5-41-1-1*•6-2

Est

08/0625/0522/0622/0608/06

2° ( 8) Mamn Rei3° ( 8) So my +7° (11) Bowling-f8o (11) Bowling4o ( 8) Maron ReiEstreante

1.3 AM 82s41.2 AM 76sl1.4 GM 85s214 GM 85s213 AM 82s4

1.20 J.Aurélio3,80 G.F.AImeida2,80 C.Lavor

21.40 R Freire11,40 E.Ferreira

BECKMANN • DAI-KAN-SAN • SIBILAR — Deixou excelente impressão na corrida de estréiao Beckmann. que ficou como força destacada nesta companhia Dai-Kan-San. em período demelhoras, pode formar a dupla. Sibilar. outro que mostra mais a cada corrida, surge como boa opção.

4' PÁREO - As 15h30min — I 500 metros GRAMA Recorde 88sl (ALPINE SKY) Dotação Cri 2 800 000 - 2" PÁREO 0A OUPtA EXATA E INÍCIO 00 C -Cavalos nacionais de 4 anos sem mais de uma vitória no Rio e em Sào Paulo Pesos da tabela (I). com descarga — 7 PONTOS ENCERRAMENTO DAS APOSTAS

1—1 Voador 57 1 J.Aurélio 460 A Morales 1-6-1 24/02 3o 5) Ace King2—2 Vibrador 55 4 C.A Martins 488 R.Tnpoli 4-2-4 16'06 4o ( 5) Manco Capac

3 Limeira s Boy 57 5 J.Queiroj 488 D Netto 2-3-5 29/06 3o ( 7) Close-Up +3—4 Hibal 57 6 C Lavor 425 G.F Santos u-u-1 10'06 Io ( 6) Incitatus

5 Colunata 53 7 R.Vieira Ap 400 l.Amaral 3-4-2 18/05 9o (10) Bise Ou Lac4—6 Vir. Day 56 3 E.Ferreira 500 A Nahid 1-2-u 16/06 3o ( 5) Manco Capac 20 GM 126s

7 Zatel 58 2 J.Ricardo 450 A Ricardo 2-2-1 26'03 3o ( 9) Ivory Tower(CP) 16 NL 105s4

20 AP 129s 1.50 Gf Almeida2.0 GM I26s 2.30 J Ricardo1 6 NL 102s2 5.90 C Lavor1 6 NP lOls 1,20 G F Almeida15GL90s 11.40 C Lavor

2.40 J Aurélio4.60 J Ricardo

— 1 Great Horse 57 1 JRicarrto 447 J G Vieira 1-9-5 16/06 3° ( 9> SerrSo 15 GM 90s2 3,70 A Ramos2 Curupi 57 8 F Pereira 415 R Corraoito 3-6-1 22/06 5° (10) Resoluto 14 GM 85s 63 80 C Lavor

— 3 Hagiota 57 J )C Castillo 418 H Tobias 1-6-3 22/06 4P (10) Resoluto 1 4 GM 85s 18 60 E B Queiro*4 Aknot 54 3 J Queiro/ 446 PMorgado 5-3-1 22/06 6° (10) Resoluto 1 4 GM 85s 27 30 A Chaff in

3—5 Annador 57 10 lAurelio 423 A Morales u-9-2 16/06 9° I 9) Serrao 1 5 GM 90s2 2.10 J AurtlioFlete Belo 57 4 R Vieira Ao 446 PMPiotto 4-3-3 23/06 1° ( 9) Episode Si* 10 Gl 59sl 1.20 AOIiveiraRoman luhen 57 5 EBarbosa Ap 525 G UIloa 6-3-1 16-06 8° ( 9) Serrao 15 GM 90s2 3.00 IC Castillo

4 — 8 Natcho 57 9 GF Almeida 461 GF Santos 0-3-9 26'05 5° (14) So Far 1 5 GL 90s 2.60 GGuimariesArpoador 57 6 AMAndrade Ap4 412 J Coutinno 2-7-4 22/06 9° (10) Resoluto -d- 14 GM 85s 5,10 AMAndrade

10 Haakon 53 2 ES Gomes Ap 410 L Previatti 3-3-2 27-06 4° ( 6) Auckland 16 NL 102s3 3,00 C Lavor

HIBAL • VIBRADOR • VOADOR — Tido em boa conta por seus responsáveis, o tordilhoHibal pode obter mais uma vitória no Hipódromo da Gávea. Vibrador se for corrido com maistranqüilidade pode dar trabalho ao favorito. Na última atuaçao Jorge Ricardo se precipitou e correuerradamente o pensionista de Roberto Tripodi. Voador reaparece em forma.

9° PAREÔ As 18n00min 1 300 metros AREIA VARIANTE Recorde >8s (BARTER e VELADO) Dotação CrJ 1 850 000Cavaios nacionais de 6 anos e mais. ganhadees até CrJ 1 850 000 em Io lugar no Pais Peso 58 quilos com descarga

1—1 Dublin2—2 Prosaico

3 Changueiro3—4 Platon

5 Ferraorás4—6 Von Lars

7 Ido

G f AlmeidaJ B FonsecaL CorrêaE FreireA M Andrade Ap 4

57 J CCastillo58 R Maraues

435 0 Rioeiro428 IL Piotto443 E Cardoso450 OMl-çrnandes443 JCoutinho

0 3-2u 3-34-8-55-u-32-u-3

17/062 7'0617'0617/0617/06

2o 6) El Emir4° 8) Ruhilar7o 8) Olmos6o 9) Dacncio1° 6) El Emir

13 NM 34sl13 NI 82s1 3 NM 32s1 1 NM 69s31 3 NM 34sl

1 10 G l Almeida3.50 1 B fonseca

45 00 l Corrêa8 90 J Aurélio

10 70 AM Andrade453 CMorgado N 0-4 8 12/84 14° (14) (oe Fit/455 AG Oliveira 4-4-1 23-06 5o I 7) Relancer

1 6 NP 100s3 58.20 lísteves13 NL 83sl 43 50 R Marques

CiREAT HORSE • ARMADOR • HAGIOTA — Voltou correndo muito bem o Great Horse.que apanhou aguerrimento e deve Uesencabulai agora Armadoi fracassou por que estava desterradoem pista uinida. Vai reabilitar-se Hagiota mostrou perteita atlaptaçao ao gramado.

5° PAREÔ As i6h00min 1000 metros GRAMA Recorde 55s4 (HATU) Dotaçao Cri 4 500 000 Potrancas nacionais de 3 anos sem vitOna no Rio eemSáo ^auic Pesos da tabela (I)

1—1 Heada 56 4 iRicardo 420 R Nafnd u-4 22'06 4° i 9) Pura Prata 10 GM 59s3 6 60 iRicardoVignette 5b 9 ' Brastiiense Est ) G Vieira Est Estreante

2—3 Oraieiano 5b 2 E Bartwsa Ap 2 424 DGuignoni 16/6 3° t li My Aid 1 1 NM /0s2 1300 t flarftosaParnaiba 56 1 J Queiro/ 420 APami F* Est Estreante

-5 Hessite 56 3 Mt-eneira Ap 1 394 A Peneias 6-4 22 06 5° ! 91 Pura P'ata ? 10 GM-)9s3 510 V» FerrenaHamerad 56 ? tRfei'eira Est iMAiagao Est Estreante

-1 Dorset 56 b GI Almeida 42b GF Santos 28 04 8® • 9i Hermosura 12 Ai ?5sl 23 00 GF AlmeidaUanf»eet 56 5 »R Suva 426 D Netto u-u-2 22'0b '° ¦ 91 Pura P'ata 10 GM 59s3 5/0 AMacnado F«tncner" 56 8 i lanes tst A Namd Est Estreante

DUBLIN • VON LARS • PROSAICO — Dublin tem dado vantagem na largada. Ainda assimé a torça do retrospecto e deve prevalecer em corrida normal Von Lars volta em turma traça e adistancia curta é o único obstáculo. Prosaico e o melhor a/.ar da carreira.

10° PARFO As 18h30min 1 100 metros AREIA Recorde 65s4 (BARTfRl Dotaçao Cri 2 200000Cavalos nacionais de 5 anos f mais ganhadores ate Crt 4 400 000 em Io lugai ne pais Peso 58 quilos com descarga

i" PARE0 UA OUhí HAIA EW,kRh»M(mo OAS APDSIAS AS I8ni)iim

D()RShT • Hl- ADA • DRACLLAND - Apesai de nao >er nenhuma especialidade a potrancaDorset ^ai enfrentar companhia ttaca c* desencanulai Hcada muito liaeira ^ai tinurai htm epoile ,ite mesmo operar a piloldila de ti f- Almeida Diaieiitiiü deve correi r>em na grama

1—1 Kicker 55 9 GF Almeida 482 RMoigado u-6 0106 lc 1 5i Sfi 10 GM 57s? 640 GFAimpida2 Centunjo 54 1 GGuimaraes ap 1 462 QjMDias 2-4-4 20 0fe 5° - b! <eiton 11 NV »>9$ 2 80 R Anton»o

3 Dumping 57 2 J Aure'io 4*)0 G iJ'loa 2-i 20% ?° bi Keiton 1 NM *->9^ 180 iAur#ito^eio 58 1 )B Fonseca 403 C Rosa 5-3 23'0b 7° I 7) lanao 1 Gt '8s3 5 40 1 Barms*

Negro Mtjioro 55 3 ESGnm»* 4p4 428 OPibeiio 6-4-0 Oi 0' 3° 1 6i 8<a»pan 1 Nl 67s2 )4 10 iF&eis6 L'Omar 5? 5 F Maimho 4b? AAlwes 3 n-b 23 05 l£ ill Froiicn I NO o8s 190 RFf*r#

1 Oiimpicus 55 b P^'eue 44* iRioureiro u-5-u 02 Or. ¥ 10) li '«M 'Us? 9580$ vMaura V) 4 V •A-miPitr, 41 40?fuoi' '-5-1 ?106 ^ ll- la'anio 10 Gl 58sl 17 10 1 Pen.ra F*

9 ?antast'fn 56 8 iRiraroo 10* vNanifl 1 2 ito b* '¦ ' anar ! il i *010 Uuem Mete 5? i. W Antonio 4[< 4}/ •jMAimoida « ?b ih ic 110'- «>*• -it/ CP . i *0si iO P »n?nnwiit va'ntMgem b5 10 C idwf IV WmimuiIo if ")9 <)*• f i astei'i is? tOO iriaarfli

6' °ASE0 . o0(J n»»tros kiHAMA tfworfie -H$4 HUCIARNU NOAJAi - i.AIHENi ')ft»avao '.ri . i 1)00 iNKJAimiiaib > 1 iiw» - nais u arwM H .OIT: twv

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Page 38: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL Esportes domingo, 7/7'85 a 1° caderno o 37

O alemao Boris Becker, de 17 anos, 4 o mais novo tenista a decidir o titulo de WimbledonLondres — Foto_te _Reuters

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O alemão Boris Becker, de 17 anos, é o mais novo tenista a decidir o título de Wimbledon

Clínicas de tênis

(PARA TODOS OS NÍVEIS)

(0 maior complexo de Tênis no Brasil).Diração: 3 dias (Sexta, Sábado e Domingo)

Inicio na sexta-feira às 19h e término no domingo às 17h.

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orientação de instrutores esupervisores especializados

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Dst 3SJulho: 12/13/14 e 26/27/28Agosto 30/31/1° Set.Setembro: 27/28/29Outubro. 25/26/27Novembro: 29/30/1° Dez.Dezembro: 13/14/15

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Clinicas de JulhoApoio: BANCOR OPERADORA OE TURISMO LTDA.

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Rua Timbnaçu, 785 Jacareuagua RJ Tels 10211332 0515 e 392 70(13

Boris e Curren decidem título de WimbledonLondres/ Fotos da Reuter

Londres — Mesmo sem que estejamna quadra os "monstros sagrados" dotênis, a final masculina do 99° Torneio deWimhledon. a ser disputada hoje, naquadra central do Ali England LawnTennis Club, desperta um interesse inusi-tado. De um lado estará a sul-africanonaturalizado Americano Kevin Curren, overdugo de John McEnroe e Jimmy Con-nors, e de outro o mais jovem tenista achegar a uma decisão aqui, o alemãoocidental Boris Becker, que só no mêspassado, aqui mesmo em Londres, noQuuen's Club, conseguira seu primeirotitulo no Grand Prix.

Boris Becker, de 17 anos, o favoritodos apostadores, que sequer era um dos16 cabeças-de-chave, assegurou sua bri-lhante presença na final do mais impor-tante torneio do mundo em quadra degrama ao derrotar ontem o sueco AndersJarryd, quinto pré-classificado, por 2/6,7/6 (7/3), 6/3 e 6/3. Boris é o nono tenistanão pré-classificado, em toda a históriado torneio a chegar á final e o primeiroalemão, desde Wilhelm Bungert, em1967. Classificado em 20° no ranking domundo antes de Wimbledon iniciar-se, nasemana passada, o explosivo Boris jáadmitia ontem, após derrotar Jarryd quetudo será diferente daqui para a frente:

Chegar à final de Wimbledon aos17 anos significa muito. Vai alterar todaminha vida — dizia Boris, sem preocu-par-se com a enorme interesse que suapresença na final desperta na AlemanhaOcidental, onde ele é o principal assuntoesportivo, há duas semanas, e o temapredominante das conversas e dos noti-ciários de TV.

E ontem, numa entrevista a umaemissora de TV, ele lembrava:

E pensar que um ano atrás eu vi afinal de Wimbledon do meu leito numhospital. É incrível isso — comentava, apropósito de sua contusão em Wimble-don, em 1984, que o obrigou a operar aclavícula.

O outro finalista, Curren, oitavo ca-beça-dc-chave, dono de um saque fulmi-nante, é o primeiro sul-africano a apare-cer numa final masculina de Wimbledondesde 1921, quando Brian Norton foiderrotado pelo grande Bill Tilden, dosEUA. Embora desde março seja cidadãodos Estados Unidos, o que considera"uma grande honra", confessa que seucoração"está onde eu cresci, na África doSul".

Boris Becker

Nascimento: 22 de novembro de 1967, naAlemanha Ocidental.Estado Civil: solteiroAltura: l,90mPeso: 80kgPosipo no Ranking Mundial: 20°Retrospecto: venceu o Torneio doQueen's Club, em Londres, e chegou àsquartas-de-final do Aberto da Austrália.Como júnior, conquistou o Master daCategoria, este ano, e ficou em primeiroem Portland.Em Wimbledon: chegou à terceira rodadano ano passado.Características de jogo: destro, típico jo-gador. de serviço e voleio, saque forte.Vitórias até chegar à final: Hank Pfister(EUA) — 4'6, 6/3. 6/3 e 6/4; Matt Anger(EUA) — 6/(1.6/1 e 6/3; Joakin Nystroem(Suécia) — 3'6, 7/6, 6/1, 4/6 e 9/7; TimMavotte (EUA) -6/3, 4/6, 6/7, 7/6 e 6/2;Henry Leconte (França) — 7/6, 3/6, 6/3 e6 4; e Anders Jarryd (Suécia), 2/6, 7/6,6/3 e 6/3.

Roland Garros

Os jnaos de ontemFinal feminina Martina \avratilova. LI \ 4n, h3. r. ; C h r isF.vert-Llovd. H ASemifinal masculina Boris Becker. RI A I »>. " <• n V " \ndersJarrvd. SuéciaDupla masculina Isemifinal) P Cash 1 ( t/geuM V l"6 2 «6! h 4 I Mel nroo P Meniina. ht A II « n.">th.ii«it B I imuaSu Hun n ~ d 1. f 2 » : I' McVtPiara I' McN iincs II \Dupla masculina 'final- II (ninilia: <t B i ¦/ \:\ Y. Ili.r »h V 4 h. h > P ( ;j\h I \ ll/ueralilDupla feminina ifinali k I"1 i m 1 Smvle. í 1 \ M 1 5 ~ * V¦¦¦ -1 ( M.i;' na \ i¦ ¦ •' l.>\ i P.ini v"cr fcl \.lint-nil. masculino isemilinall i corai do \ alie Mc\ - " •

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^'JORNAL DO BRASIL

Kevin Curren

Nascimento: 2 de março de 1958, Áfricado SulEstado Civil: solteiroÁllura: l,85mPeso: 77kgPosição no Ranking Mundial: Nono (cmWimbledon foi cabeça da oitava série)Retrospecto: venceu os torneios da Áfricado Sul (81); Los Angeles (83); Amster-dam (83); Aberto da Austránia (84) e oAberto dos Estados Unidos, cm duplacom Stevc Dcnton (82).Em Wimbledon: semifinalista cm 83; che-gou às oitavas de final cm 80. Caracteris-ticas de jogo: destro, típico jogador deserviço c voleio. saque forte.Vitórias até chegar à final: Larry Stcfanki(EUA) — 7/6, 6/3 e 6/4; Mike Depalmcr(EUA) — 6/3, 6/3 c 7/5; David Mustard(Nova Zelândia) — 6/3. 6/3 e 7/5; STE-FAN EDBERO (Suécia) — 7/6. 6/3 e 7/6;John McEnroe (EUA)— 6/2, 6/2 e 6/4; eJimmy Connors (EUA) — 6/2, 6/2 e 6/1.

Surfe — As ondas não estavam altas —entre dois c três pes —. mesmo assim ossurfistas Mauro Pacheco c Fernando Bit-tencourt, da nova geração do esporte,deram um show de técnica e estilo noúltimo dia do Campeonato da Praia deItaúna. em Saquarema. Mauro Pacheco,mais hábil cm algumas manobras, ficoucom o primeiro lugar, enquanto Bitten-court terminou com o vicc-campconato.Este campeonato, o primeiro de umaserie de enventos de surfe que a prefeitu-ra de Saquarema pretende realizar, co-meçou há três semanas. No domingopassado, em razão da falta de ondas, osorganizadores decidiram suspendê-lo.Durante toda a semana, o mar não me-lhorou c ontem, apesar da pouca alturadas ondas, a competição loi realizada.

Tolo — Mário Gon/alcs Filho c ofawirito para a tmal de ho|c do torneiointerno do (ia\ea. ra categoria scratchAle a terceira volta, realizada ontem, elesomou -In strokes |hl)-~5-72l Fm scçüi-da esta Walter t rautord com 229. Nacaiegona l11 16 estão empatados, com2iv mel. Siluo Fraga. Wauu Harvey e¦\rous Hilt/ Na 17-24 em primeiro estaFi na (257). se-uuiiido-se I ranciseo Do-mctiich i>vi c Bo/z Fmeison i258).Mtrcdo H.ivmmi í >ol i e loc Boiiacei

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Sào Paulo — A Supergasbrás, do Rio, venceu ontemà tarde a equipe do Paulistano, por 3 sets a um, classifican-do-se à final da Copa Brasil Coca-Cola de VoleibolFeminino, contra o vencedor da outra semifinal, entreBradesco e Pirelli, marcada para hoje. Se o Bradescovencer, a final da copa será entre dois times do Rio.

Na partida de ontem, disputada no Ginásio doEsporte Clube Paulistano, a Supergasbrás venceu o pri-meiro set, por 15 a 13, após muito equilíbrio. No Segundoset esteve melhor e fechou por 15 a 13. No quarto set,porém, a Supergasbrás dominou e marcou 15 a 3.

Irmãos Carvalho lutam

pelo 3o lugar em Henley

Londres — Depois de liderar, com certa facilidade,os primeiros 500 metros, o dois-sem, dos irmãos Ronaldoe Ricardo Carvalho, não manteve o ritmo e foi derrotadopelos ingleses da equipe Red Grave, na etapa semifinal daRegata Real de Henley. Os brasileiros, que ontem fizeramo tempo de 8minl0sl2 e são patrocinados pelo Bradesco,ficaram em terceiro lugar na classificação geral. A eauipeRed Grave decidirá o título com outra guarniçáo inglesa.

O argentino Ricardo Daniel Ybarra, que na vésperaempolgara a platéia de 50 mil pessoas vencendo duasregatas, também foi derrotado. Ele perdeu para o inglêsSteve Redgrave, há cinco anos campeão nacional econsiderado favorito para a conquista desta regata. Aexemplo dos brasileiros, Ybarra, que também é patrocina-do pelo Bradesco, ficou em terceiro lugar na classificaçãogeral.

Na terça-feira, os irmãos Carvalho e Ybarra viajarãopara Lucerna, na Suíça, onde disputarão uma recata nonm de semana, considerada uma das mais importantes docalendário internacional. Quando voltarem ao Brasil,Ronaldo e Ricardo conversarão com o presidente doBradesco, o empresário Antônio Carlos de AlmeidaBraga, sobre a participação de ambos no CampeonatoMundial, em agosto, na Bélgica.

Seletiva para junioresPela manhã, o vento muito forte impediu que os

remadores fossem à raia da Lagoa Rodrigo de Freitas paratentar os _ índices ao Sul-Americano de juniores, emoutubro. À tarde, o vento diminuiu, mas o desempenhodos remadores ficou abaixo da expectativa. Hm nenhumadas quatro provas — double-skiif. dois — com. skiff edois-sem —, os remadores conseguiram fazer os temposdeterminados pela Confederação. Hoje. caso o vento nãoatrapalhe, será realizada a segunda seieti\a, a partir das 7horas da manhã.

Principals vencedoras de torneios do Grand SlamTenista Sac. Carreira R(i W IS UTMargarethCourth-Smith ...Australia w'""? 5 } 7 11Helen Moody Wills EL'A 23 3X J s 7 oChris Evert-Lloyd EUA "4 b } h 2Suzanne Lcnelen Franga !lJ ft h 0 nBillie Jean King EUA 1*41Martina Navratilova Tch/EUA 2 2 2 \2Maureen Connoly EUA ?1 2 3 1 9Molla Bjurstedt-Mallory NOR HI 1;> ft ft S 0Maria Esther Bucno Brazil ft 3 4 oRCi Roland Garros; \V Wimbledon. IS Is (>tvn. -M T Au^tr.ilia. t total

A justa euforia de Martina, seis vezes campeã

Martina se vinga de

Martina Navratilova. 28 anos. amulher que mais fortuna fez com oesporte, juntou mais 147 mil dólaresa sua fortuna pela conquista, ontem,do sexto título (o quarto consecuti-vo) do Torneio de Wimbledon. Massua vibração, ao final, era menospelo prêmio do que pelas condiçõesem que ganhou: vingou-se da derro-ta em Roland Garros, há um mès,diante da mesma arqui-rival ChrisEvcrt-Lloyd e com toda certeza re-cuperou o título de primeira tenistado mundo, posição que ocupou portrés anos seguidos até perdê-la mèspassado, justamente na derrota emParis para Chris.

P. mais: com a vitória de ontem(4'h. 6/3 e (v2). Martina impediuChris hvert. a tenista com nutis nu-mero de títulos entre as ainda ematividade, de tcchai o cobiçadoGrand Slam. ou seja. ganhar osquatro mais imponentes torneios domundo: Austrália. Rol.uid Garros,Wimblehon e L S Open C hris havia

ganho os dois primeiros mas a derro-ta de ontem fecha para sempre apossibilidade de somar mais 1 milhãode dólares a sua fortuna, prêmio quea Federação Internacional dc Tênisdaria, pela última vez este ano. aquem fechar o Slam. Portanto, maisuma vitória para Martina. que fe-chou o Slam no ano passado e tece-beu o prêmio da Federação. Alémdisso, no confronto direto, a tchecanaturalizada americana ampliou suavantagem sobre Chris: 34 vitórias emfth jogOS.

Outro motivo para a intensa eu-fona de Martina. após a conquistailo seu 12" titulo cm torneios doCirand Slam. e que lamais foi derro-tada numa final em Wiinhledon F.em cinco delas eontia Chiis. queüanhou 11cs ve/es aqui Com a vilo-ria de ontem. Martina passa i n>t tli-/ n em 10 anos ,j, k,,m .. , •» nu-lhoes Mlli mil doLitcs em ganhos eomo téllis.

Supergasbrás derrota o

Paulistano e é finalista

A Supergasbrás começou jogando com Roseli, San-dra, Dulce, Eltane; Fernanda e Vera Mossa. O Paulistanocom Regiane, Vânia, Cláudia, Ana Cláudia, Valderez eJoerci.

Golfe O espanhol Scvcriano Ballcstros manteve a liderança doCampeonato Aherto de Golfe da França com 144 stroker thl)-f!,S-64). Em segundo lugar estão empatados, com 201. Sam Forrencee Sandy Lvle, da Inglaterra, e em terceiro aparece o argentinoEduardo Romero com 202. ü brasileiro Jaime Gonzales soma 211(73-70-68).Kart — Mesmo com uma boa atuação — o segundo melhortempo de ontem e o primeiro de hoje — Christian Filtipaldi. daequipe CP/Prológica, não vai largar amanhã na final do campeo-nato mundial de Kart, em Le Mans. O sistema adotado pelaorganização do torneio, definindo por sorteio a posição dclargada nas eliminatórias, prejudicou vários pilotos e provocou 44protestos impetrados por equipes dc 11 países. Antônio CarlosGuimarães (Gugu), também ficou fora da largada, que classificouem primeiro lugar, Ivam Mucllcr. da França. 2" — AndréaGilardi, da Itália e 3" — John Monish, da Inglaterra.

Corrida — A Terceira Corrida Litorânea do Campina Cluhdo Brasil teve como vencedor o maranhense Dclmir dos Santos,19 anos. Em segundo lugar chegou Hélio de Oliveira e emterceiro Antônio José Frias. Entre as mulheres, a primeira foiLúcia Graça do Amaral, 24 anos, seguida de Nercy Freitas daCosta e Lucinéia Belmiro.

Ciclismo — O ciclista britânico Shaun Wallace Logro bateu orecorde mundial do quilômetro lançado, durante a segundarodada do Campeonato Internacional de Ciclismo cm Pista, cmColorado Springs, EUA, com o tempo de 59s5. O recordeanterior pertencia ao neozelandês Anthony Cufí. estabelecido cm1980, com 59s682.

Hollywood Motocross — Campos dc Jordão inaugurahoje, às 1 Ih. o motódromo oficial da cidade, com a III etapa doHollywood Motocross. A pista tem capacidade para 50 milpessoas e o circuito foi bastante elogiado pelos inscritos para aprova. Mais dc trezentos pilotos vão participar da competição,considerada o maior evento do gênero em toda a America Latina.Os melhores pilotos do país, das equipes Honda. Yamaha eAgrale estarão disputando os dois mil e quinhentos metrosgramados do circuito, o que deve levar à cidade um público emtorno de 30 mil pessoas.

~ do Jordão/Foto de Fernando Ferreira

ÍSivanor é uma das atrações do motocross

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JORNAL DO BRASIL Esportes 2° Clichê n domingo, 7/7/85 Io caderno ? 37

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Boris eLondres — Mesmo sem que estejam

na quadra os "monstros sagrados" dotênis, a final masculina do 99° Torneio deWimbledon, a ser disputada hoje, naquadra central do Ali England LawnTennis Club, desperta um interesse inusi-tado. De um lado estará o sul-africanonaturalizado Americano Kevin Curren, overdugo de John McEnroe e Jimmy Con-nors, e de outro a mais jovem tenista achegar a uma decisão aqui, o alemãoocidental Boris Becker, que só no mêspassado, aqui mesmo em Londres, noQuuen's Club, conseguira seu primeirotítulo no Grand Prix.

Boris Becker, de 17 anos, o favoritodos apostadores, que sequer era um dos16 cabeças-de-chave, assegurou sua bri-lhante presença na final do mais impor-tante torneio do mundo em quadra degrama ao derrotar ontem o sueco AndersJarryd, quinto pré-classificado, por 2/6,7/6 (7/3), 6/3 e 6/3. Boris é o nono tenistanão pré-classificado, em toda a históriado torneio a chegar á final e o primeiroalemão, desde Wilhelm Bungert, em1967. Classificado em 20° no ranking domundo antes de Wimbledon iniciar-se, nasemana passada, o explosivo Boris jáadmitia ontem, após derrotar Jarryd quetudo será diferente daqui para a frente:

Chegar à final de Wimbledon aos17 anos significa muito. Vai alterar todaminha vida — dizia Boris, sem preocu-par-se com a enorme interesse que suapresença na final desperta na AlemanhaOcidental, onde ele é o principal assuntoesportivo, há duas semanas, e o temapredominante das conversas e dos noti-ciários de TV.

E ontem, numa entrevista a umaemissora de TV, ele lembrava:

E pensar que um ano atrás eu vi afinal de Wimbledon do meu leito numhospital. É incrível isso — comentava, apropósito de sua contusão em Wimble-don, em 1984, que o obrigou a operar aclavícuia.

O outro finalista, Curren, oitavo ca-beça-de-chave, dono de um saque fulmi-nante, é o primeiro sul-africano a apare-cer numa final masculina de Wimbledondesde 1921, quando Brian Norton foiderrotado pelo grande Bill Tilden, dosEUA. Embora desde março seja cidadãodos Estados Unidos, o que considera"uma grande honra", confessa que seucoração"está onde eu cresci, na África doSul".

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Boris BeckerNascimento: 22 de novembro de 1967, naAlemanha Ocidental.Estado Civil: solteiroAltura: l,90mPeso: 80kgPosição no Ranking Mundial: 20°Retrospecto: venceu o Torneio doQueen's Club, em Londres, e chegou àsquartas-de-final do Aberto da Austrália.Como júnior, conquistou o Master daCategoria, este ano, e ficou em primeiroem Portland.Em Wimbledon: chegou à terceira rodadano ano passado.Características de jogo: destro, típico jo-gador de serviço e voleio, saque forte.Vitórias até chegar à final: Hank Pfister(EUA) — 4/6, 6/3, 6/3 e 6/4; Matt Anger(EUA) — 6/0,6/1 e 6/3; Joakin Nvstroem(Suécia) - 3/6, 7/6, 6/1, 4/6 e 9/7; TimMayotte (EUA) — 6/3,4/6,6/7,7/6 e 6/2;Hcnry Leconte (França) — 7/6, 3/6, 6/3 e6/4; e Anders Jarryd (Suécia), 2/6, 7/6,6/3 e 6/3.

Kevin CurrenNascimento: 2 de março de 1958, Áfricado SulEstado Civil: solteiroAllura: l,85mPeso: 77kgPosição no Ranking Mundial: Nono (cmWimbledon foi cabeça da oitava série)Retrospecto: venceu os torneios da Áfricado Sul (81); Los Angeles (83); Amster-dam (83); Aberto da Austránia (84) e oAberto dos Estados Unidos, em duplacom Stcve Denton (82).Em Wimbledon: semifinalista cm 83; che-gou às oitavas de final em 80. Caractcrís-ticas de jogo: destro, típico jogador deserviço e volcio, saque forte.Vitórias até chegar à final: Larry Stcfanki(EUA) — 7/6, 6/3 e 6/4; Mike Dcpalmer(EUA) — 6/3, 6/3 e 7/5; David Mustard(Nova Zelândia) — 6/3, 6/3 e 7/5; STE-FAN EDBERG (Suécia) — 7/6, 6/3 e 7/6;John McEnroe (EUA)— 6/2, 6/2 e 6/4; eJimmy Connors (EUA) — 6/2, 6/2 e 6/1.

São Paulo — A Supergasbrás, do Rio, venceu ontemà tarde a equipe do Paulistano, por 3 sets a um, classifican-do-se à final da Copa Brasil Coca-Cola de VoleibolFeminino, contra o vencedor da outra semifinal, entreBradesco e Pirelli, marcada para hoje. Se o Bradescovencer, a final da copa será entre dois times do Rio.

Na partida de ontem, disputada no Ginásio doEsporte Clube Paulistano, a Supergasbrás venceu o pri-meiro set, por 15 a 13, após muito equilíbrio. No Segundoset esteve melhor e fecnou por 15 a 13. No quarto set,porém, a Supergasbrás dominou e marcou 15 a 3.

A Supergasbrás começou jogando com Roseli, San-dra, Dulce, Enane; Fernanda e Vera Mossa. O Paulistanocom Regiane, Vânia, Cláudia, Ana Cláudia, Valderez eJoerci.

Irmãos Carvalho lutam

pelo 3o lugar em Henley

Londres — Depois de liderar, com certa facilidade,os primeiros 500 metros, o dois-sem, dos irmãos Ronaldoe Ricardo Carvalho, não manteve o ritmo e foi derrotadopelos ingleses da equipe Red Grave, na etapa semifinal daRegata Real de Henley. Os brasileiros, que ontem fizeramo tempo de 8minl0sl2 e são patrocinados pelo Bradesco,ficaram em terceiro lugar na classificação geral. A eauipeRed Grave decidirá o título com outra guarnição inglesa.

O argentino Ricardo Daniel Ybarra, que na vésperaempolgara a platéia de 50 mil pessoas vencendo duasregatas, também foi derrotado, tle perdeu para o inglêsSteve Redgrave, há cinco anos campeão nacional econsiderado favorito para a conquista desta regata. Aexemplo dos brasileiros, Ybarra, que também é patrocina-do pelo Bradesco, ficou em terceiro lugar na classificaçãogeral.

Na terça-feira, os irmãos Carvalho e Ybarra viajarãopara Lucerna, na Suíça, onde disputarão uma regata nofim de semana, considerada uma das mais importantes docalendário internacional. Quando voltarem ao Brasil,Ronaldo e Ricardo conversarão com o presidente doBradesco, o empresário Antônio Carlos de AlmeidaBraga, sobre a participação de ambos no CampeonatoMundial, em agosto, na Bélgica.

Seletiva para junioresPela manhã, o vento muito forte impediu que os

remadores fossem à raia da Lagoa Rodrigo de Freitas paratentar os,índices ao Sul-Americano de juniores, emoutubro. À tarde, o vento diminuiu, mas o desempenhodos remadores ficou abaixo da expectativa. Em nenhumadas quatro provas — double-skiíf. dois — com. skiff edois-sem —, os remadores conseguiram fazer os temposdeterminados pela Confederação. Hoje. caso o vento nãoatrapalhe, será realizada a segunda seletiva, a partir das 7horas da manhã.

Roland Garros

Principais vencedoras de torneios do (írand SlamTenista Nac. Carreira R(I IS MTMargarethCourth-Smith Australia 3 7 nHelen Moody Wills El 23 38 s 7 nChris Evert-Lloyd EC 74 6 2Suzanne Unglen Franca lu 26 il 0Billic Jean King EL'A 66^5 h 4 ]Martina Navratilova TchEL'A 7S 2 2 !2Maureen Connoly EUA 51 54 ^ 1 4MollaBjurstedt-Mallory.. ..NOR. EUA 15 26 () 0 s 0Maria Esther Bueno Brasil 5(J'66 3 4 oRG: Roland Garros. U Wimbledon. L'S I S Open. ALT Australia, total

Os jogos de nnlemFinal feminina Martina Navratilova. EL A i». f> 3. f> Z ChnsEvert-Lloyd. EUASemifinal masculina Boris Becker. RFA 2 f\ ~ h. u 3. h 3 AndersJarryd. SuéciaDupla masculina (semifinal) P. Cash J Fit/nerald. ALT "6. 2 h.6 !. 64 J. McEnroe P Flemine. EUA H (uintiiardi B. T»p>caSui Hun 6/7. 6 1. 6 2. 6 J P McNamara P McVtmes I t VDupla masculina i final) H Gunthardt B lar oca. Sm: Hun h4.6 3. 4 fi. 6 3 P CasIvJ. FiujjeraldDupla feminina (final) K Jordan E Smyle. EUA Al T 5.7. 6 3.6J C Martina Navratilova Pam Shnver. EUAJuvenil, masculino (semifinal) Leonardo Valle. Me\ 2 6 6 2. 6 3Jaime Yzaga. PeruEduardo Vele/ Mev " f>. 6 0 Felix Barnentos. Hipn t.

Curren decidem título de WimbledonLondres/ Fotos da Reuter

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Londres — Foto da Reuters

Supergasbrás derrota

Paulistano e é finalista

Golfe O espanhol Severiano Ballcslros manteve a liderança doCampeonato Aherto de Golfe da França com l'M stroker (64-68-64). Em segundo lugar estão empatados, com 201, Sam Torrencee Sandv Lyle. da Inglaterra, e em terceiro aparece o argentinoEduardo Romcro com 202. O brasileiro Jaime Gonzalcs soma 211(73-70-68).

Kart — Mesmo com uma boa atuação — o segundo melhortempo de ontem e o primeiro de hoje — Christian Fittipaldi. daequipe CP/Prológica. náo vai largar amanhã na final do campeo-nato mundial de Kart, em Le Mans. O sistema adotado pelaorganização do torneio, definindo por sorteio a posição delargada nas eliminatórias, prejudicou vários pilotos e provocou 44protestos impetrados por equipes de 11 países. Antônio CarlosGuimarães (Gugu), também ficou fora da largada, que classificouem primeiro lugar, Ivam Mucller. da França, 2° — AndréaGilardi. da Itália e 3" — John Monish. da Inglaterra.

Corrida — A Terceira Corrida Litorânea do Camping Clubdo Brasil teve como vencedor o maranhense Delmir dos Santos,19 anos. Em segundo lugar chegou Hélio de Oliveira e cmterceiro Antônio José Frias. Entre as mulheres, a primeira foiLúcia Graça do Amaral, 24 anos, seguida dc Ncrcy Freitas daCosta e Lucinéia Belmiro.

Ciclismo — O ciclista britânico Shaun Wallace Logro bateu orecorde mundial do quilômetro lançado, durante a segundarodada do Campeonato Internacional de Ciclismo em Pista, emColorado Springs, EUA, com. o tempo de 59s5. O recordeanterior pertencia ao neozelandês Anthony Cuff, estabelecido em1980, com 59s682.

Hollywood Motocross — Campos de Jordão inaugurahoje, às 1 lh, o motódromo oficial da cidade, com a III etapa doHollywood Motocross. A pista tcin capacidade para 50 milpessoas e o circuito foi bastante elogiado pelos inscritos para aprova. Mais de trezentos pilotos vão participar da competição,considerada o maior evento do gênero em toda a América Latina.Os melhores pilotos do país, das equipes Honda, Yamaha eAgrale estarão disputando os dois mil e quinhentos metrosgramados do circuito, o que deve levar à cidade um público emtorno de 30 mil pessoas.

Natação — Com mais quatro vitórias nas oito finais da tardede ontem, o Flamengo manteve a liderança do Troféu José Finkel— Campeonato Brasileiro de Inverno dc Natação, que seráencerrado hoje em Curitiba. Das oito finais, apenas em uma (orevezamento 4 x lOOm livre, vencido pelo Pinheiros) náo foiestabelecido novo recorde do torneio.Virgínia Andreatta (400 livre), Patrícia Nascimento e MarcosGoldstein (50m livre) e a equipe feminina do 4 x 100 garantiramas quatro vitórias do Flamengo, líder com 279 pontos, contra246,5 do Pinheiros.

Campos do Jordão/Foto de Fernando Ferreira

Surfe — As ondas náo estavam altas —entre dois e três pés —, mesmo assim ossurfistas Mauro Pacheco e Fernando Bit-tcncourt, da nova geração do esporte,deram um show dc técnica e estilo noúltimo dia do Campeonato da Praia dcItaúna, em Saquarema. Mauro Pacheco,mais hábil cm algumas manobras, ficoucom o primeiro lugar, enquanto Bitten-court terminou com o vicc-campeonato.Este campeonato, o primeiro de umasérie de enventos de surfe que a prefeitu-ra de Saquarema pretende realizar, co-meçou há três semanas. No domingopassado, em razão da falta dc ondas, osorganizadores decidiram suspendê-lo.Durante toda a semana, o mar náo me-lhorou e ontem, apesar da pouca alturadas ondas, a competição foi realizada.

Squash — A equipe da Lowndes eSons foi a campeã do torneio ClubeMeditírranée. disputado no Rio SquashClub. O resultado foi considerado umasurpresa já que entre 18 equipes partici-pantes. a vencedora foi a mais jovem detodas O capitão da equipe. Paulo Lown-des Dale era o mais novo com 15 anos.Em segundo lugar ficou a equipe Zaccaro

Polo — Mário Gon/ales Filho c ofavorito para a final de hoje do torneiointerno do Gávea, na categoria scratch.Até a terceira volta, realizada ontem, elesomou 216 strokes (69-75-72). Em segui-da esta Walter Crawford com 229. Nacategoria 10-16 estão empatados, com245 mel. Sílvio Fraga. Waync Harvey eAngus Hiltz Na I7 24. em primeiro eMaFraia (257). seguindo-se Francisco Do-menich (2S.s) e Ho// Emerson (25N).Alfredo Hasson i'n|) e Joe BonacciI W) lideram a categoria 25 36

Martina se vinga de

Martina Navratilova. 28 anos. amulher que mais fortuna fez com oesporte, juntou mais 147 mil dólaresa sua fortuna pela conquista, ontem,do sexto título (o quarto consccuti-vo) do Torneio dc WimMedon. Massua vibração, ao final, era menospelo prêmio do que pelas condiçõesem que ganhou: vingou-se da derro-ta cm Roland Garros, h.i um mês,diante da mesma arqui-rival ChrisEvert-Lloyd c com toda certeza rc-euperou o título dc primeira tenistado mundo, posição que ocupou portrês anos seguidos até perdê-la mêspassado, justamente na derrota emParis para Chrts.

E m.ns: com a vitória de ontem(4 6. 6/3 e 6 2). Martina impediuChris F.vert. a tenista com mais nu-mero de títulos entre as ainda ematividade, de fechar o cobiçadoGrand Slam, ou seja ganhar osquatro mais importantes torneios domundo Austrália. Roland Garros.Wimblebon e US Open. Chris havia

ganho os dois primeiros mas a derro-ta de ontem fecha para sempre apossibilidade de somar mais I milhãode dólares a sua fortuna, prêmio quea Federação Internacional de Tênisdaria, pela última vez este ano, aquem fechar o Slam. Portanto, maisuma vitória para Martina. que fe-chou o Slam no ano passado e rece-beu o prêmio da Federação. Alemdisso, no confronto direto, a tchecanaturalizada americana ampliou suavantagem sobre Chris: 34 vitórias em66 jogos.

Outro motivo para a intensa eu-foria de Martina. após a conquistado seu 12" titulo em torneios doGrand Slam. c que jamais foi derro-tada numa final em W imbledon. Eem cinco delas contra Chris. queganhou três ve/es aqui. Com a \itó-ria de ontem. Martina passa a totali-/ar. em Kl anos de carreira. 9 nu-Ihões 500 mil dólares em ganhos como tênis.

A justa euforia artina, seis vezes campeã

Page 40: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

38 ? Io caderno ? domingo, 7/7/85 Esportes JORNAL DO 13RASIL

Esporte busca

Mauro de Faria

Sem a participação da empresa privada, o esporte amador nãotem futuro. Seja formando equipes competitivas ou patrocinando osgrandes clubes, esse investimento é fundamental. Sem ele, os clubese as próprias federações já leriam acabado.

Esta é a conclusão a que chegaram, em debate realizado noJORNAL DO BRASIL, quatro importantes dirigentes das principaisfederações cariocas: Coaracy Nunes, representando Ivo Lourenço,presidente da Federação de Natação; Delano Couto, pela Federaçãode Vôlei; Gerossime Boziks, o Grego, da Federação de Basquete; eFernando Mafra, da Federação de Atletismo.

Segundo eles, a grave crise financeira por que passa o país — oGoverno não dispõe de verba para o esporte — não pode nem devetrazer o desânimo e a falta de perspectiva para os dirigentes dasentidades de esporte amador. Pelo contrário: eles devem buscar, forado contexto oficial, fórmulas para solucionar os problemas queafetam seu esporte.

A Federação Carioca de Vôlei, por exemplo, não está sedeixando abater com os parcos repasses feitos pela Confederação.Promovemos torneios extras pelo interior do Estado, campeonatosna praia c na rua, que estão tendo muito sucesso. São competiçõesfora do calendário oficial da Federação, que conseguem gerarrecursos e, principalmente, incentivar a prática do vôlei em áreas queantes não tinham nenhum contato com esporte — afirma o presidenteDelano Couto.

O fim da fantasiaHá dois meses, aproximadamente, os presidentes das confede-

rações vêm fazendo uma verdadeira peregrinação pelo Gabinete doMinistro de Educação, Marco Maciel, cm busca de verbas necessáriaspara o cumprimento de seus calendários. Mas o Ministro, em suasúltimas declarações, jogou por terra a esperança desses dirigentes, aoafirmar que o Governo tem outras prioridades. Diante disso,Coaracy Nunes, diretor jurídico da Federação Carioca de Natação eex-vice de esportes amadores do Fluminense, faz uma proposta:

Falar que precisamos da empresa privada dentro do esporteé óbvio e ninguém mais no meio desportivo pode contestar, já que oGoverno federal não está em condições de a judar o esporte amadoratravés de verbas. O que venho defendendo com insistência, háalgum tempo, é a criação de incentivos fiscais, e aí Brasília podeajudar, para que as empresas sejam cada vez mais atraídas a investirno esporte.

Coaracy afirma que não se pode mais viver no mundo dafantasia. Segundo ele, as gavetas das confederações e do ComitêOlímpico Brasileiro estão cheias de projetos criativos que nao sãoimplementados por falta exclusiva de recursos. Então, o que fazer?

Vivemos numa realidade capitalista e não podemos ignora-Ia. Hoje, o empresário, para investir em qualquer coisa, pensa noretorno que essa aplicação vai. dar c também nos benefícios fiscaisque poderá ter. Em matéria de legislação de apoio ao esporte, temosapenas o Artigo 45 da Lei 6 251, que permite às empresas dar até 5%de seu lucro operacional para as entidades esportivas que mante-nham, no mínimo, três esportes olímpicos. Convenhamos que 5% émuito e essa percentagem nunca é alcançada.

Coaracy lembra que já existe na Câmara um projeto doDeputado Márcio Braga (PMDB), que propõe alterações na Lei deSociedade Anônima de grande importância para o esporte amador:

Esse projeto entrará em votação brevemente no SenadoFederal e o item mais importante para o esporte amador é o que tratada destinação dos dividendos de acionistas de qualquer empresa que,por negligência, não os retiram. Esses dividendos não retirados noprazo de três anos por lei passam para a empresa. Ora, se essesdividendos vão para a receita não operacional, podemos aproveitaresses recursos. O projeto propõe que essas empresas terão obrigaçãode dar 50% desses dividendos para entidades esportivas, no prazo de60 dias, mediante apresentação, pelo clube ou pela federação, de umplano de utilização desse dinheiro. Agora, é preciso dar a vantagemao empresário. Então, o projeto também prevê que esses 50%poderão ser abatidos pela empresa em sua declaração de Imposto deRenda.

O produto esporteGerossime Boziks, o Grego, presidente da Federação Carioca

de Basquete, detém se mais no problema da falta de sintonia entre oscalendários estaduais e o nacional, o que acaba não permitindo quese possa vender, com segurança para o investidor, o produto esporte:

As federações estaduais planejam seus calendários emsincronia com os compromissos que as confederações estabelecem e,se estes são adiados por falta de verbas, como podemos apresentar,com segurança, ao patrocinador, uma programação de competições?E sabemos que, quando ocorre esse tipo de falha, a relaçãoprofissional que nós, dirigentes, devemos manter com o patrocinadorse deteriora e passamos a não merecer a mínima confiança. Sehouvesse uma política de esporte federal que garantisse às confedera-çóes a verba mínima para execução inadiável de seus calendários,poderíamos vender ao patrocinador um pacote de competiçõesantecipadamente. Isso nos permitiria, inclusive, obter recursos para aorganização de qualquer evento muito antes da sua realização, o quepossibilitaria, um planejamento melhor da competição.

A publicidadeUm ponto em que os quatro dirigentes são unânimes é a

legislação restritiva que o Conselho Nacional de Desportos (CND)dita sobre o uso de publicidade. Delano, da Federação de Vôlei,contesta a autoridade do CND nesse aspecto:

Se o Comitê Olímpico Internacional, que é responsávelpelas competições mais importantes do calendário mundial, acata asdecisões das federações internacionais de cada esporte sobre publici-dade nos uniformes, como pode o CND. aqui, se arvorar no direitode legislar estabelecendo normas restritivas nessa área? Na verdade,é uma distorção de competências. O CND, que deveria formular umapolítica nacional de esportes, não o faz e ainda prejudica amodernização no uso da publicidade, restringindo a apenas umaidentificação na camisa, quando as empresas têm interesse em vendersua marca em qualquer parte do uniforme.

Fernando Mafra, do atletismo, e Grego, do basquete, falam deoutro entrave ao desenvolvimento do esporte amador em todo o país:a lei que obriga o atleta estrangeiro a fazer um estágio de trés meses,antes de competir:

Esse é mais um passo que precisamos dar, se queremosavançar e resolver os problemas do esporte olímpico — diz Grego. —A obrigação do estágio de três meses é anacrônica, burocrática e, naprática, é freqüentemente burlada. Ela só consegue atrapalhar amelhoria da qualidade dos espetáculos. Portanto, não há razão para asua existência.

Rever a LoteriaOutra reivindicação de todos é o aumento nas verbas que a

Loteria Esportiva concede ao esporte:Uma atividade que gera dinheiro através do esporte —

afirma Delano — utilizando o nome dos clubes e a competição entreeles e destina apenas 10f/r a eles, está totalmente fora de sintonia coma realidade. Se o Governo federal reafirma a toda hora que temoutras prioridades e que não pode tirar dos cofres públicos as verbaspara o esporte é realmente injusto que use a Loteria Esportiva comogeradora de recursos para outras áreas que não o esporte.

Fernando Mafra espera que a Nova República dé tratamentodiferente a esta questão e solucione o que foi relegado a segundoplano pelos Governos anteriores:

Tenho confiança, principalmente em relação à parte quecabe aos clubes na arrecadação da Loteria Esportiva, que o novoGoverno irá rever isso tudo. Não é possível que vendo a situação porque passa o esporte no país não se tomem providências para melhora-lo. E o aumento nas cotas da Loteria para o esporte e muitoimportante, tanto como a criação de mais incentivos fiscais para asempresas que investem no esporte, a liberação total da publicidadenos uniformes e a revogação da lei que determina a permanência deatletas estrangeiros por três meses no Brasil. Tudo isso e fundamentalpara que o esporte olímpico não entre na crise mais grave de >uahistória no Brasil.

r FlQUEEMDiACOM

OJORNALDOBRASIL.

O DEBATE ESPORTIVO NA TV

Entrevistas. Gcis da Rodada. Reportagens Especiais.

Com Alberto Léo, José Roberto Tedesco. Sandro Moreyra eWashington Rodrigues. Participação da equipe de Esportes

da Rádio Jornal do Brasil e de convidados especiais.

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Delano: o Governo do Est ado taxa alto Mqfra: jogavam futebol na pista

saídas para

não depender do Governo

Fotos de Ari Gomes

PLACAR JBOntem

Campeonato Paulista — 1o turnoP. Desportos 5 — São Bento 1 — Canindé

Campeonato Paraense — Taça Cidade de BelémSport Belém 1 — Tuna Luso 1 — BelémCampeonato Piauiense — 1o turnoPiauí 1 — Caiçara 2 — TeresinaTaça de OuroGrupo G

Guarani x Atletico CampinasCSA x Ponte Preta Macei6

Grupo FBahia x Flamengo FonteNovaCeara x Brasil Fortaleza

Grupo GCoritiha x Corintians CoutoPereiraJoinville x Sport Joinville

Grupo HVasco x Inter MaracanaMixto x Bangu CuiabS

Campeonato PaulistaSantos x Sao Paulo Morumbi

Santo Andre x Palmeiras Santo AndreBotafogo x Inter Ribeirao Preto

XV Nov. Jau x Comercial JauMarflia x Juventus Marflia

America x Noroeste Sao Jose do Rio PretoPaulista x XV Nov. Pir. Jundiai

Campeonato MineiroAmerica x Vila Nova MineiraoCruzeiro x XV de Novembro Mineirao

Uberlandia x Nacional UberlandiaGuarani x Tupi DivinopolisUberaba x Valeriodoce Uberaba

Democrata/SL x Fabril Sete LagoasCampeonato Goiano

Vila Nova x Goias GoianiaRio Verde x Anapolis Rio Verde

Nacional x Goiania ItumbiaraMonte Cristo x Itumbiara lnhumas

Anapolina x Atletico AnapolisCampeonatoParanaense

Londrina x Maringa LondnnaMatsubara x U. Bandeirantes Cambaria

Toledo x C'ascavel ToledoPato Branco x Apucarana Pato Rranco

Campeonato BrasilienseCeilandia x Brasilia CeilandiaPlanaltina x Sobradinho Planaltina

Guara x Tiradentes GuaraCampeonato I'araihano

Santos x Botafogo Joao PessoaGuarabira x Santa Cruz Guarabira

Campinense \ bsporte Campina GrandeNacional x Treze Cajazeiras

Campeonato CearenseGuarani \ Ferroviario SobralOuixada x Tiradentes QuixadaGuarani x America Juazeiro

Campeonato MaranhenseMoto C'luhe x SioJose Sao Luis

Tocantms \ Tupan lmperatrizCampeonato Paraense

Pa^sandu x Tiradentes BelemCampeonato ( atarinense

K'lroviano x Inter TuharaoJuveivu* x Pigueirense RiodoSul

Paisvm la x t nciiim« BrusqueBlumenau x Chapecoense Blumenau

Hcrciho 1.1;/ \ M.ireiho Dias TuharaoCampeonato Potieuar

Vktio- x Ri.icbuelo Natal¦\K< x America Natal

B;r liiti.r x P >t Mo-.-voCampeonato Sernipano - 1° turno

\ mi' \ See r1e -V i'."a|uI -• me; m. > Stit.ii i ' maa

NataçãoPara mostrar como tem sido tratado o esporte amador,

Coaracy Nunes lembrou o episódio de revogação da lei que,excepcionalmente, destinaria 40% de uma das arrecadações daLoteria Esportiva à criação de um Centro Olímpico Esportivo,no Fundão, e que no final do Governo Figueiredo foi anulada apedido do COB:

Isso eu considero o maior crime que se cometeu contrao esporte amador no Rio de Janeiro. Nos tiraram a oportunida-'de de ter. aqui no Rio, um local que reuniria condições para sefazerem competições internacionais e preparação de alto nível,como também projetos de massificação para os nossos jovensatletas.

Coaracy disse ainda que não pode pensar cm outra coisasenão cobrar sempre essa verba:

O mais incrível é que, não contente em tomar umaatitude como esta, o COB ainda está devendo uma explicaçãosobre o destino dado a esse dinheiro. Ate agora, esses recursosnão foram aplicados cm nenhuma atividade que beneficie oesporte e ninguém sabe onde está.

Botafogo em Jacobina — Mesmo desfalcado desete de seus principais jogadores — Alemão. Elói, Renato,Helinho, Berg, Baltazar e Vagner —. o Botafogo esperaaumentar a invencibilidade de 15 jogos na excursão aoNordeste, que inicia hoje ao enfrentar o Vitória emJacobina, no sertão baiano, e manter a base do timeentrosada para a disputa dos amistosos na Europa.

O time seguiu escalado com Luís Carlos, Josimar,Marinho, Osvaldo e Rogério; Suca, Ademir e Isaac;Ataíde. Petróleo e Antônio Carlos. O técnico Abelpretende observar os novatos e dar a chance de Petróleoganhar a vaga de titular no ataque do time. Tudo issovisando os amistosos na Europa que, na verdade, ser.irãopara preparar o time que disputa o Campeonato Estadual.

O adversário desta tarde vem de uma vitória sobre oBahia e também está reformulando a equipe para oCampeonato Baiano, com o objetivo de recuperar o título.O único titular ausente é o centroavante Rick, que estáintegrando a Seleção da Nigéria nas eliminatórias da Copado Mundo, jogando hoje em Lagos, contra a Tunísia.

O Vitória está escalado com Borges, Dema. Chagas,Fernando e Eraldo; Edilson. Lula e lvã Formiga; Valmar,Zé Augusto e Pedro Haroldo.

Fluminense no Equador — A estréia doFluminense na excursão pela América Latina foi adiadapara hoje, quando ele enfrentará o Barcelona local, líderdo Campeonato Equatoriano. Romerito, no desembarque,prometeu aos torcedores mostrar as qualidades técnicasque levaram o time a conquista do título de campeãobrasileiro do ano passado.

O jogo amistoso será a preliminar de uma partida decompetição pela Taça Libertadores da América, entre oNove de Outubro, de Guaiaquil, e o Universitário deLima. O .Barcelona de Guaiaquil, adversário do Fluminen-se, é dirigido por um técnico brasileiro, Antônio Ferreira econta, também, com dois jogadores brasileiros, Jair eToninho.

São Paulo X Santos — Num clássico semmotivação, jogam hoje, às l(Sh, no Morumbi, em partidaválida pelo primeiro turno do campeonato paulista. Asduas equipes ocupam posições incômodas na classificaçãoda competição e buscarão uma vitória, para melhorar suasituação.

A novidade no São Paulo será a volta do centroavan-te Careca, depois de sua permanência na Seleção Brasi-leira, nas eliminatórias da Copa do Mundo. Outraatração para a torcida é Gilmar, terceiro goleiro daSeleção Brasileira, que fará sua segunda partida pelonovo clube.

O Santos, por sua vez, não contará com seu goleiroRodolfo Rodrigues, que machucou a mão direita naúltima partida, contra a Ferroviária. Dema. que aindanão renovou seu contrato, é a única dúvida do técnicoCastilho. O Santos, que disputou apenas seis jogos,porque estava excursionando, ocupa a 17a colocação naclassificação. O São Paulo, com 10 jogos, é o 12°

! colocado.Times: São Paulo: Gilmar; Éder Taino, Oscar,

Dario Pereira e Nelsinho; Márcio Araújo. Muller e Pita;Geraldo, Careca e Sidnev. Técnico: Cilinho. Santos:Nilton, Amauri. Pagani. Toninho Carlos e Paulo Rob-son; Serginho, Dema (Mário Sérgio) e Lino; Gersinho,Lima e Zé Sérgio. Técnico: Castilho. Juiz: RobertoNunes Morgado.

Neste Domingo 8 da Noite.

M1K

Coaracy: nos tiraram a Grego: só três clubes não têm déficit

BasqueteCom documentos na mão, Grego mostra o mapa de contas

da Federação de Basquete, onde apenas três clubes não estãono vermelho: Flamengo, Canto do Rio e o lijuca:

Esse dado demonstra como temos que lutar contra afalta de verbas. Se dependêssemos de todos os clubes filiadosestarem cm dia com a federação, não faríamos nada. Por isso,estamos procurando fazer torneios pelo interior do Estado, comajuda das prefeituras e de patrocinadores, para que possamosdivulgar o basquete.

Grego falou também de sua intenção de levar alguns jogosdo Campeonato Carioca, marcados cm campo neutro paracidades vizinhas, como Petrópolis e Friburgo:

Pretendo este ano utilizar Petrópolis e Friburgo paragrandes clássicos programados para quadra neutra, pois elaspossuem bons ginásios e as prefeituras já mostraram interessenessa promoção. Assim, ao mesmo tempo, fugimos dos aluguéisaltos que nos são cobrados pelas praças cariocas e divulgamos obasquete. Já fizemos recentemente alguns torneios experimen-tais e foi um sucesso absoluto, nos animando a prosseguir nainiciativa.

Apesar de reconhecer que nenhuma administração esta-dual, hoje, no país, pode dar recursos para o esporte. Delanoafirma que o Governo estadual não tem tido boa vontadenaquilo que é de seu alcance:

Temos dois grandes ginásios para a realização deimportantes eventos esportivos: o Maracanãzinho e o CaioMartins, este cm Niterói. Embora não estejam cm condiçõesperfeitas de uso. o Governo estadual ainda cobra uma taxa deCr$ 1 milhão e meio por rodada.

Outra reivindicação que Delano ressalta, que é do interes-se de todas as federações cariocas, é a cessão de áreasabandonadas c que a administração estadual não utiliza, paraque não se precise onerar ainda mais as federações com osaluguéis exorbitantes:

Como exemplo cito a nova sede da Federação Paulistade Vôlei, inaugurada ha poucos meses, doada pelo Governopaulista.

AtletismoUm dos fatos mais curiosos, que representa bem o

descaso com que muitas vezes chega a ser tratado o esporte,é dado por Fernando Mafra, da Federação de Atletismo:

— Fruto da inépcia das administrações anteriores, onosso estádio Célio de Barros chegou a ser usado, até hápouco tempo, para a prática de futebol soçaite naquelegramado que fica no centro da pista de atletismo. Quandofomos tomar as providências necessárias chegamos a serpressionados pelos indivíduos que jogavam lá. É o fim.

Mafra frisou, no entanto, que o atua! secretário deesportes do Estado, Jorge Roberto da Silveira, logo quetomou conhecimento do fato, imediatamente determinouque se encerrasse o uso absurdo das dependências do Céliode Barros.

Vôlei

Page 41: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Esportes

Fla sera um time cauteloso

Salvador — Ainda em festa com o anúncio da volta de seumaior ídolo — Zico —. a torcida do Flamengo troca a alegria pelaatenção na partida de hoje, a partir das 17 horas, contra o Bahia,na Fonte Nova. É um jogo muito importante para uma equipeque pretende chegar à semifinal e sonha em conquistar o título erecuperar o prestígio que o próprio Zico ajudou a construir, comgarra e arte.

É quase uma decisão, principalmente para o Bahia, quepromete um futebol ofensivo, em busca constante do gol. Nestapartida, o campeão baiano — que fez excelente campanha- naprimeira fase — terá a ajuda da torcida e não terá que enfrentarZico, que certamente estará em campo no outro jogo, dia 14, noMaracanã.

Treino canceladoCerto de que a vitória é mais importante e necessária para o

Bahia, o técnico Zagalo nem pensa em ousar muito. Ontem, naconversa que manteve com os jogadores, ele foi bem claro eincisivo ao definir o que considera a palavra-chave da partida dehoje: cautela.

— Viemos ao Nordeste para buscar três pontos e sóconseguimos um até agora, quinta-feira, em Fortaleza contra oCeará. O ideal é a vitória contra o Bahia, sem dúvida, mas umponto fora de casa é grande resultado. Temos que ser cautelososporque o empate nos serve.

Os jogadores prometeram seguir com rigor a recomendaçãode Zagalo. Vão marcar com firmeza, manter toda a atenção nospasses, segurar o jogo quando necessário e buscar o contra-ataquecom objetividade. Pelo menos essas são as propostas.

Além do time do Bahia, a chuva também preocupa. Ocampo da Fonte Nova está muito molhado e a grama é alta. Essesdois fatores não favorecem nada ao Flamengo, que também teráque enfrentar a fanática torcida do Bahia, que prometer compare-cer em massa. Por causa da chuva, o Flamengo não pôde treinarontem, como Zagalo pretendia. Os jogadores ficaram aguardan-do no hall do hotel até que a chuva parasse, o que não ocorreu. Otreinamento com bola acabou cancelado e o Flamengo entra emcampo sem conhecer as condições reais do gramado. Zagaloterminou por dirigir um leve aquecimento nas próprias dependên-cias do hotel e agora só está torcendo para que a chuva ceda lugara um céu claro na hora do jogo.

FLAMENGO X BAHIA Local: Fonte NovaHorário: 17hJuiz: José Assis AragãoAuxlllares: Antonio Carlos Santos Lopo e Darcio Pereira (SP)Flamengo: Fillol; Leandro, Ronaldo, Mozer e Nem; Andrade,Adllio e Bebeto; Tita; Chlquinho e Marquinhos.Técnico: ZagaloBahia: Roberto: Edinho, Estevam, Celso e Miguel; Sales,Lenadro e Souza; Robson, Ademir Patrício e Emo.Técnico: Paulinho de Almeida.

hoje na

Salvador — foto de Gildo LimaBola Dividida

chuva levou omÊÈÊMtreino do Fia para o hotel e Bebeto liderou o grupo no aquecimento

Paulinho de Almeida

promete jogo ofensivoConstantemente acusado de ser adepto do futebol defensi-

vo, o técnico Paulinho de Almeida quer mudar essa imagem, pelomenos hoje, contra o Flamengo. Ontem, ao encerrar o treino, otreinador prometeu um futebol ofensivo, já que a classificaçãopara a semifinal do Campeonato Nacional ficará comprometidaem caso de uma segunda derrota. A primeira foi quarta-feira, emPelotas, contra o Brasil, por 2 a 1.

Apesar das chuvas torrenciais que atingiram Salvador toda amanhã de ontem e parte da tarde, quase CrS 80 milhões já haviamsido arrecadados antes das 16h, com a venda antecipada deingressos na Fonte Nova. É a primeira indicação de que se poderácumprir a previsão de recorde de renda em jogos da Taça de Ourono Norte e Nordeste, com uma arrecadação superior a CrS 700milhões.

As chuvas não impediram, também, o treino do Bahia, quecomeçou cedo no campo do Fazendão, quando o temporal apenasameaçava, e foi encerrado pelo treinador Paulinho de Almeida,na medida em que o campo começou a ficar encharcado e arepresentar ameaça de contusão para os jogadores. Ao final, otécnico confirmou a escalação de Souza como terceiro homem domeio de campo, em substituição a Marinho, que recebeu oterceiro cartão amarelo na partida contra o Brasil, de Pelotas.

Para o jogo contra o Flamengo, na Fonte Nova, espera-mos o auxílio de nossa torcida como elemento quase decisivo.Espero que ela compareça em massa para ver esse Flamengo, queí uma boa equipe, e o nosso Bahia, que vai fazer tudo dentro decampo para tirar partido do apoio de seus torcedores e conseguiruma boa vitória — exortou Paulinho de Almeida.

O apelo do técnico do Bahia deverá ser atendido apenas emparte. Ontem, em vários pontos da capital baiana, era visível adisposição dos torcedores do Vitória de apoiar o Flamengo,principalmente por causa de um ex-jogador do clube: o atacanteBebeto, que soube explorar essa velha paixão:

Vencer o Bahia era sempre a minha maior alegriaquando jogava no Vitória e farei tudo para que essa alegria sejarenovada, jogando pelo Flamengo.

Coríntians só pensa

na reabilitação no

jogo com o CoritibaCuritiba — Um jogo decisivo para o Coríntians. Depois da

inesperada derrota de quinta-feira para o Joinville, a partida dehoje contra o Coritiba, no Estádio Couto Pereira, ganhoucaracterística toda especial para a equipe paulista. Na avaliaçãodos próprios dirigentes e jogadores, uma nova derrota poderásignificar o fim do sonho corintiano de vencer o CampeonatoBrasileiro.

O único que não pensa assim é o técnico Carlos AlbertoTorres. O treinador não admite a possibilidade de perder para oCoritiba hoje e desmente que a denota de quinta-feira tenhaabalado o time. Carlos Alberto armou um esquema ofensivo edeu a entender que pode começar a partida com Biro Biro nolugar de Dunga. para fortalecer o ataque e tornar a equipe maiscriativa.

Carlos Alberto só lamenta a ausência de Edson, que recebeuo terceiro cartão amarelo e será substituído por Ismael, que saiudo time de juniores este ano.

Chuva e frioO Coritiba é só otimismo. O empate com o Sport, em

Recife, quarta-feira, foi considerado um excelente resultado erecebido com festa. A expectativa é a de que uma vitória hoje,contra o favorito do grupo, praticamente garantirá a classificaçãopara as semifinais.

E para aumentar o otimismo paranaense está contribuindo achuva, acompanhada de uma queda de temperatura. Agora étorcer para que o tempo não mude até a hora do jogo. já que otécnico Enio Andrade entende que, assim, o Coríntians terámuito mais dificuldades:

— Reconheço a limitação técnica do Coritiba. que é umtime que joga na base da marcação rígida. l;rio e chuvafavorecem, sem dúvida. Além disso, o Coríntians terá que atacar,pois precisa vencer. O Coritiba vai jogar no contra-ataque.

O jogo de hoje está motivando muito os torcedores dacapital paranaense e a expectativa e de novo recorde dc renda noCouto Pereira. Se todos os 02 mil ingressos forem vendidos, aarrecadação chegara aos CrS 5511 milhões

Coritiba x CorintiansLocal — Estádio Antônio do Couto PereiraJuiz — José Roberto WrightHorário — 18hCoritiba — Rafael André. Gomes, Heraldo e Dida. Almir(Marildo). Marco Aurélio e Toby; Leia, índio e EdsonTécnico — Énto AndradeCorinthians — Carlos: Ismael. Juninho, De Leon eVladimir. Dunga (Biro-Biro), Zenon e Casagrande; PauloCésar. Serginho e Joáo PauloTécnico — Carlos Alberto Torres

Bangu tenta

vencer MixtoO otimismo do técnico Moi-

sés em completar o 21° jogosem perder, na partida contra oMixto, hoje à tarde, aumentoucom a confirmação de Israel nomeio-campo do time. Para otécnico, a presença de Israeltorna o Bangu mais agressivono ataque e seguro no blo-queio. Por isso, espera vencermesmo atuando no campo doadversário.

O time embarcou ontem demanhã com este espírito. Nemo desfalque de Ado, que serásubstituído por Gilson, afetoua confiança da diretoria e co-missão técnica. Mas o patronoCastor de Andrade quer mais edeve contratar o centroavanteNunes, ao Náutico, na terça-feira, e vai procurar o Flamen-go para contratar o centroavan-te Vinícius, visando atenderuma grande vontade de seupai, seu Zizinho, falecido estasemana.Moisés fica

Moisés também desfez a po-lêmica que começava a aumen-tar no clube, dando conta desua transferência para o futebolárabe. Embora Castor afirmas-se que entenderia perfeitamen-te a decisão de aceitar a pro-posta recebida, o treinador re-solveu permanecer dirigindo oBangu.

— Quero recuperar o pontoperdido no empate com o In-ternacional vencendo esta par-tida — disse Moisés. — E achoque vamos conseguir, pois oIsrael se recuperou e o timefica mais audacioso, maisagressivo, capaz de criar tantassituações de gol que é inevitá-vel que eles surjam a nossofavor.

Além dos centroavantes Nu-nes e Vinícius, Moisés vai ter oreforço de mais três jogadores:um zagueiro, um lateral e ummeia-esquerda, todos prometi-dos por Castor de Andrade. Odirigente autorizou Perivaldo aprocurar o médico Lídio Tole-do para operá-lo no joelho.

Festa aguarda Zico

Zico chega hoje dos Estados Unidos, jána condição de jogador do Flamengo, e serárecebido numa grande festa pela torcida, quelevará seu ídolo em cortejo até a sede daGávea. O desembarque está previsto para as6h30min e Zico sairá do antigo Aeroporto doGaleão no carro de um trio elétrico, queentoará músicas de famosos compositoresrubronegros, especialmente Morais Moreira,além de reprisar os gols mais importantes dacarreira do jogador.

Um grupo de maratonistas levará a cami-sa múmero 10 de Zico, numa corrida de 35quilômetros até a Gávea. A cada quilômetro,a camisa mudará de mãos. Na sede doFlamengo, ela ficará exposta até a próximasexta-feira, quando Zico irá vesti-la no jogoFlamengo x Seleção dos Amigos de Zico. Acamisa chegará ao Maracanã trazida porhelicóptero e será entregue a Zico no centrodo campo.

Na testa de hoje, que terminará na Gáveacom um show de artistas rubronegros, estáprevista a presença de cerca de 10 mil torce-dores. Todas as facções da torcida do Fia-mengo já se movimentaram para organizarcaravanas, que saem da Estátua do Belini, noMaracanã, onde a Torcida Jovem, uma dasmaiores facções, espera receber muitos torce-dores. Outras caravanas partirão da Praça daMatriz, em Duque de Caxias; da sede doImpério Serrano, em Madureira; e da sede daFlaponte, em São Gonçalo.

Logo que chegar à Gávea, Zico dará uma

entrevista coletiva no Ginásio Cláudio Couti-nho. Após a entrevista serão servidos 10 millitros de chope para a torcida, que prometemanter o clima de festa até as primeiras horasda noite. Um boneco personificando umurubu, símbolo do Flamengo, também estarána festa, acompanhando Zico do Galeão àGávea.

Depois das festividades de hoje estãoprevistas outras, até sexta-feira, quando ha-verá o jogo Flamengo x Seleção dos Amigosde Zico. Vários jogadores já confirmarampresença nesse amistoso: Paulo Vítor. Bran-co, Júnior, Tato, Roberto Dinamite, Edinho,Pedrinho, Sócrates e Oscar. Outros que de-vem participar são Falcão, Cerezo e Renato,além de alguns jogadores do Coríntians,como Carlos, Casagrande, F.dson, desde quesejam liberados pelo técnico Carlos AlbertoTorres.

Além do jogo. será realizada tambémuma série de programados, que será transmi-tida pela Rede Manchete, tratando da voltado jogador ao Flamengo. Ainda esta semanaserão colocados à venda na Mesbla váriosartigos (canetas, chaveiros, camisetas) expio-rando a volta de Zico. Ontem, na Estrutural— empresa responsável pelo projeto —,Rogério Stainberg e José Alfredo Correia,seus diretores, comentavam com satisfação osinúmeros telefonemas recebidos, felicitandoa empresa pelo projeto e pelo filme promo-cional, exibido sexta-feira pela Rede Man-chete.

Sindicato defende Falcão

Araújo Neto

MIXTO X BANGULocal: Estádio José FragelliHorério: 17h30minJuiz: Manoel Amaro de Lima(PE)Auxiliares: Sérgio CantinhoSalsa e Elias Coelho da Silva(PE)Miato — Nélson, Suemar, De-dé, Miro e Vicente; CláudioBarbosa, Marcinho e Humber-to; Gilson Bonfim, Gonçalves eRodrigues.Técnico: Geraldo DuarteBangu: Gilmar, Márcio, Jair,Oliveira e Baby; Israel, Lulinhae Mário; Marinho, Pingo eGilsonTécnico: Moisés.

Atlético busca a

primeira vitóriaSão Paulo — Guarani c Atlc-

tico Mineiro tentam hoje. às IAhoras, no Estádio Brinco deOuro da Princesa. em Campi-nas. a primeira vitória no Gru-po E da Taça de Ouro. Ambosempataram seus jogos de cs-tréia com o CSA e Ponte Preta,respectivamente. Enquanto otécnico Lori Sandri. do Guara-ni. promete um esquema ofen-sivo. o Atlético Mineiro deveser uni time mais cauteloso,principalmente por jogar forade casa.

Os times: Guarani — ValdirPcrcs. Giba, Alceu. Ricardo cZe Mário; Ney, Rubens Feijãoe Neto; Ninquinha. Edmar eJoão Paulo. Atlético — JoãoLeite, Nelinho, Oliveira, Luisi-nho e João Luís; Elzo. Évertone Paulo Isidoro: Sérgio Araújo.Reinaldo e Edvaldo.

Roma — A defesa dos interesses de PauloRoberto Falcão contra o Roma, que pretenderescindir um contrato válido até junho de 1986,será feita por um grupo de advogados escolhidose nomeados pelo sindicato dos jogadores profis-sionais da Itália.

A decisão de assumir a defesa de Falcão foitomada e comunicada ontem pelo presidente dosindicato ao advogado e procurador brasileirodo craque, Cristóvão Colombo dos Reis Miller.O sindicato da categoria considera que a tentati-va do presidente do Roma, Dino Viola, derescindir, sem uma justa causa, um contrato queele mesmo firmou, constitui uma ameaça paratoda a categoria de atletas profissionais.Ontem também o colégio de disciplina econciliação da Liga Italiana de profissionaisanunciou que examinará e decidirá o pedido doRoma no dia 26.

Sem se impressionar com a notícia de que o

presidente do Roma o processará por difamaçãoe calúnia (Viola foi chamado pelo advogado deFalcão de terrorista do futebol italiano e compa-rado a Nero, Mussolini e Hitler), afirmando quenão fugirá a qualquer convocação da Justiçaitaliana, Cristóvão Reis Miller confirmou que oprimeiro interesse do craque brasileiro é o dever respeitado o contrato que o liga ao Roma.

— O que não me impede de continuarexaminando as várias propostas que outros clu-bes italianos (neste momento a Fiorentina deSócrates é a maior interessada em contar comFalcão, mesmo que seja a partir de setembro ououtubro, quando se reabrirá a bolsa de transfe-rências e compras de jogadores) vem nos fazen-do — disse ainda Colombo.

Prometendo voltar a Roma para a reuniãodo colégio de disciplina e conciliação da Liga,dia 26, Cristóvão Colombo Reis viajou ontem ànoite para o Brasil. Toninho Cerezo, que deve-ria seguir no mesmo vôo, não pôde fazê-lo, e sóhoje deverá embarcar.

O Vasco esteve dois meses parado, comtempo bastante para decidir se convinha

ou não continuar com Edu como técnico. Mas,talvez pelo seu pendor para crises, resolveuesperar o campeonato recomeçar para entãodemitir o treinador.

O pretexto foi um caso de disciplinainterna. Uma desavença entre o técnico e umjogador serviu para que a diretoria, numadecisão rápida, mandasse Edu embora. Perdero emprego é uma rotina na vida dos treinado-res e Edu, naturalmente, estava preparadopara sair. Não deixa, porém, de ser lamentávelesse pouco caso com que os clubes costumamtratar seus técnicos, mesmo quando sua passa-gem é positiva como aconteceu com Edu.

Sob a direção de Edu, o Vasco foi finalistados dois campeonatos do ano passado, insere-veu-se na Taça Libertadores e está na segundafase da Taça de Ouro. Um trabalho, como sevê, proveitoso e que vinha rendendo bonsdividendos para o clube quer do ponto de vistatécnico quer financeiro. Não havia, assim,razões aparentes para que o clube não estivessesatisfeito com ele.

Mas não estava e há tempos vinha espe-rando uma oportunidade para contratar outrotreinador. O curioso da história, como disseacima, é saber por que o Vasco esperou ocampeonato começar para se desfazer de Edu.Só pode ser a velha vocação vascaína deconviver com crises.

Creio que em toda a vida do grande clubenenhuma diretoria atravessou o seu mandatosem uma agitação interna. Mesmo quando seconduz com acerto como vem acontencendocom a atual administração de Calçada. Dizematé em São Januário que a oposição começa aagir no dia seguinte da posse do presidente.

Enfim, se faz parte da personalidade doclube e do temperamento passional de seusdirigentes, deixa para lá. Pena é que Edu, umrapaz correto, e de respeito, tenha saído assimdessa forma deselegante, demitido por recadoao desembarcar com o time depois do jogo emMato Grosso.

Para substituir Edu, o Vasco foi buscarAntônio Lopes, técnico de bom gabarito, ex-periente e que vai, certamente, continuar obom trabalho que Edu vinha realizando. Antô-nio Lopes tem a vantagem de conhecer deperto o Vasco, onde seu trabalho já mereceufartos aplausos e ferozes críticas o que, noentanto, nunca influíram em sua conduta.Lembro até de uma corajosa decisão queAntônio Lopes tomou na véspera de uma finalde campeonato, mudando mais de meio time,com a barração de titulares que pareciamintocáveis.

Mudou e venceu ganhando o campeonatomas se tivesse perdido a torcida ia querercomê-lo vivo e os dirigentes nem pensariam emtrazê-lo de volta agora.

Hoje, Antônio Lopes estréia dirigindo otime contra o Internacional. Que tenha boasorte nessa sua volta. E que, no dia em quetiver de ser despedido, que o seja de umaforma menos grosseira que a de Edu.

¦Histórias I Para comemorar mais um título,o Benfica comprou dois mil balões e convocoualguns de seus mais parrudos funcionários paraenchê-los. A operação começou pela manhã etrês horas depois cerca de mil balões já esta-vam cheios, mas os mastodontes passavammal, com problemas respiratórios.

A noite, o médico do Benfica, que ossocorrera, divulgava um boletim declarandotodos fora de perigo, mas recomendando quepara as próximas comemorações o clube com-prasse uma bomba de encher.

— Fica mais fácil e é menos arriscado —dizia o boletim.

Sandro Moreyra

JOGUE COM 0 PRIMEIRO TIME DO RAID.

Waldir Amaral

Edson Mauro

João Saldanha

Loureiro Neto

Sidnei Amaral

HOJE

Campeonato Brasileiro — Taça de Ouro

17h — FLAMENGO x BAHIA (Salvador)17h — VASCO DA GAMA x INTERNACIONAL

(Maracanã)18h30min — BANGU x MIXTO (Cuiabá)

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RADIO JB 940FUTEBOLSHOW

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Page 42: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Vasco reencontra a torcida contra o Inter

Foto de An Gomes

João Saldanha

ALEGA a CBF que foi culpa da Copa.

Sim. não deixa de ser verdade. Mas aculpa da Copa vem desde 1930. quando ela foidisputada pela primeira vez em Montevidéu.E agora com a "Operação México" como éque vai ser? Se nas eliminatórias tivemos deparar os campeonatos e os clubes quase qua-tro meses, como será em 86? Quando eles (oseuropeus) fazem os calendários, os clubes daAmérica do Sul entram pelo cano e passamtremendas dificuldades.

A Copa é disputada nas férias dos euro-peus. Lá é verão e aqui é inverno. Os sul-americanos que se danem. O diabo é queaceitam isto pacificamente, sem bronca e semprotexto. Acho até que se nós exigíssemosque a Copa fosse disputada nas nossas folgas,isto é. no nosso verão, eles acabariam com aCopa porque não são trouxas. E o diabo é quesempre estamos no apogeu de nossos campeo-natos.

Pólvora Inglesa

Sim, nossos clubes já perderam umabarbaridade nestas eliminatórias e vão perdermais ainda porque a Seleção monopoliza asatenções, e os clubes ficam zanzando por aíem jogos que não são rentáveis e não desper-tam nenhum interesse. Antigamente nossofutebol era amadorista ou semiprofissional.Dava para agüentar facilmente a barra. Agoraum clube não pode parar dois ou três meses.

Francamente já apresentamos várias so-luções. Uma delas está no plano que foientregue ao Ministério da Educação. Prova-velmente será aprovado. Mas tenho motivostambém para desconfiar que poderá ficar nofundo de uma gaveta como outros projetos noBrasil. O grande plano não passa de umarepetição do que deu certo em toda a parte domundo. Repetimos ali a forma dos campeona-tos em turnos corridos e com três divisões de16 clubes cada. Guardaríamos uns dois meses

para os campeonatos regionais. Isto dariatempo suficiente para a realização de unsquatro Grenal, uns oito Atlético e Cruzeiro,Vasco e Flamengo, e uns dez Bahia e Vitória.Mas o diabo é que como todos já sabem sãoprecisamente os timinhos que mandam e orga-nizam tabelas e jogos de acordo com seusinteresses mesquinhos. Agora mesmo algu-mas entidades resolveram que o "dono dacasa" é o"dono da renda".

Então, o Grêmio vai a Carazinho e arenda é do Carazinho. Depois o Carazinho vaia Porto Alegre e o Grêmio que se dane. Atéque poderíamos pleitear melhores condiçõesde disputa da Copa, mas aqui dentro a bagun-ça é oficializada em termos políticos. E é nofinal do Campeonato que se começa a discutirse ele é bom ou não na sua forma de disputa.Para que gastar, então, pólvora inglesa emjacu?

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Cláudio José esperou, mas agora é titularao lado de Roberto, de quem era reserva

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A torcida do Vasco terá hojea tarde, no jo»o contra o Inter-nacional, no Maracana. a opor-Umidade do reencontro com oseu time. depois de uma parali-saçáo de mais de dois meses daTaça de (Hiro. para que a Sele-ção disputasse as eliminatóriaspara a Copa do Mundo.

O Vasco andou disputandoamistosos, no Nordeste e noexterior, e alguma coisa podeter mudado na equipe. O técni-co. por exemplo, é outro —durante a semana Edu foi suhs-tituído por Antônio Lopes — edois jovens jogadores compo-rão o time logo mais: CláudioJosé no ataque, ao lado deRoberto, e Milton Mendes nalateral-direita.

Embora tenha treinado o ti-me apenas duas vezes nesta suavolta a São Januário. AntônioLopes parece otimista. Sabeque não existe favoritos absolu-tos em clássicos, ainda maisquando o jogo é contra o Inter-nacional, time que ele viu jogarquarta-feira, no Maracanã(empate de I a 1 com o Ban-gu). e que o agradou. Ele gos-tou, sobretudo, da filosofia dejogo do adversário, que. segun-do observou, procura jogarsempre em bloco.

Mas os elogios aos jogadoresadversários e a sua filosofia dejogo não significam qualquerameaça de pânico em São Ja-nuário. Pelo contrário. Lopesvai ao Maracanã logo mais como otimismo demonstrado nes-tes dois dias em que treinou oVasco. Seu entusiasmo, segun-do informou, tem por base afacilidade com que os jogado-res assimilaram suas orienta-ções táticas e a vontade decolaborar que encontrou entreo grupo. Por isso, ele acha quea torcida pode ir ao Maracanãconfiando plenamente numaboa exibição da equipe.

— Prevejo uma boa atuaçãocontra o Inter e um bom futuronas demais competições. C)grupo é bom e quer trabalhar,o que é suficiente — disse.

VASCO X INTERNACIONALLocal: Maracanã.Horário: 17 horas.Ingressos: Arquibancada —Cr$ 10 mil; Cadeira simples —Cr$ 20 mil; Camarote — Cr3>100 mil; Geral — Cr$ 3 mil. (ASuderj informou que as cadei-ras especiais não estarão àvenda, por causa das obras namarquise. Mas as cadeirasperpétuas estarão liberadas.)Juiz: Romualdo Arpi Filho(SP).Auxiliares: Osvaldo dos San-tos Ramos e Sérgio Bertaglioli(SP).Vasco: Acácio, Milton Men-des, Donato, Nené e Airton;Vítor, Geovani e Luis Carlos;Mauricinho, Roberto e CláudioJosé.Técnico: Antônio Lopes.Internacional: Mano, LuisCarlos, Aloisio, Mauro Galváoe André Luis; Ademir, AdemirAlcântara e Ruben Paz; PauloSantos, Kita e Silvinbo.Técnico: Otacilio Gonçalves.

Cláudio José

ganha chanceOs elogios ao futebol de

Cláudio José vinham inclusivedo técnico Edu. que ainda as-sim teimava em não colocá-lono time. nem ele sabe por qué.Bastaram dois dias de AntônioLopes no Vasco para que seufutebol fosse logo reconhecido.E a grande oportunidade che-gou num momento em que elejá estava desistindo, pensandoaté em voltar ao Goytacaz. on-de o Vasco foi contratá-lo.

Quando chegou, era para sero reserva de Roberto. Ho|e. atorcida irá vê-lo fazendo duplade ataque com seu velho ídolo.O entrosamento que Lopes en-controu entre os dois, nos trei-nos do \ asco. parece existirtambém fora dele. Antes dotreino ontem a tarde, porexemplo. Roberto falava deCláudio José como se tossemgrandes amigos;

Ele chegou muito tímido,acanhado, sem mostrar todoseu potencial Agora parecemais solni. mais prosa, e comisso toi revel indo muita técnicae habilidade Acho que vamosni)-, dai muito bem.

Cl índio losé ouve o compa-niieiro e nau fica mais enrubes-cido. como na época em quechegou ,1 São lanuario. lia pou-co mais de um ano Aos 22anos. ele atirma. nao e maisaquele garoto tímido de SãoJosé de i h í. mterior do Esta-do do R-o. c que no primeiroano de jun oi do (í.ivtaca/ foi oan itie i.> d da caieeo-ria. com 14 ^olv Imlo o voupiitcii • il i>tcr»s\¦ ¦ m» lança-me"' •» u'iolev e ai' meadascie pr"r>e'e • • h/a' ••••> < ivoi¦ ie R «li o,. | : cie |U-ra. vit esoMiios n.i> tuieb.ilouaniln .1 ioe ida c-; i melhorpaia uni ci impanhe ro I antoCl 1k I . mpn todo ",o \ as-co. marcou apenas quatro uojs.

I- a -a! coisa tive oportu-nidades aníe*» n\js elas ac<>nte*ceram nunia época em mie euainda na** e>ta\a bem prepaia-d. - i i>n»1 >• R >«t ¦¦ miuiuiMel • nit ,nl ipt o

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Page 43: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL

caderno

Rio de Janeiro — Domingo, 7 de julho de 1985

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O diretor ZelitoViana durante as

filmagens deAvaeté, o

concorrentebrasileiro

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Festival de Moscou

A polêmica

não conseguiu

passaporte

Susana Schild

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não volta?- Aqui nunca teve galinho.

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— Godard dificilmcn-te viveria ou repetiria aqui seumomento de pastelão do últi-mo Festival de Cannes, onde

recebeu uma torta no rosto, na entrada docinema. Embora reze a tradição que a polèmi-ca é ingrediente dos mais saudáveis a festivaisde cinema, o de Moscou varou a primeirasemana de sua 14" edição sem sinal dessetempero nas telas ou fora delas.

Nada de starlets à beira da piscina aqueci-da no subsolo do Hotel Rossia e até o momen-to é pouquíssimo provável que as dezenas depaparazzi soviéticos, de plantão na entrada,tenham flagrado algum dos nomes que costu-mam brilhar nas marquises dos cinemas doOcidente. Há, sim, centenas de diretores,produtores e distribuidores, sobretudo dospaíses do Leste europeu, e as 107 delegaçõesinternacionais são integradas principalmentepor diretores de cinematecas e organizadoresde festivais em todo o mundo. Nem todos osparticipantes chegaram, mas pelos filmes dasmostras as perspectivas nesse sentido não sãodas mais animadoras. Lina Wertmuller (dire-tora do concorrente italiano, Scherzo dei Desti-no) e Norman Jewison (concorre com Históriade um soldado), os nomes mais conhecidosentre nós, ainda não chegaram — se é quevem.

O Festival Internacional de cinema deMoscou tenta portanto aumentar cada vezmais sua importância no cenário mundial semapostar na polêmica ou controvérsia, artísticaou política, item aliás banido, como explicouPiotr K. Kostikov, o segundo homem doGoskino (espécie de Ministério do Cinema),durante coquetel realizado na Embaixada doBrasil. Mais do que procurar novas expressõesartísticas ou renovações de linguagem, o Fcsti-vai de Moscou tem o claríssimo objetivo depromover a fraternidade entre os países atra-vés da seleção mais ampla e democráticapossível. Por isso, tantos filmes nas competi-ções — c ainda o limite de um concorrente depaís por mostra, para ampliar o leque dasnacionalidades na tela.

Diante do princípio da fraternidade, ficamfora de cogitação (e competição) filmes violen-tos, militaristas, fascistas. Cenas de sexo, nempensar. Também ficam de fora filmes quepossam provocar países, incitar polêmica entreos participantes. O Irã — disse Kostikov —enviou um filme contra o Iraque. Foi recusadoe substituído por um thriller ingênuo e insosso.Comenta-setambém nos bastidores que Avae-té, o concorrente brasileiro, perigou na sele-ção, devido às cenas de violência, afinal inevi-táveis quando o tema é um massacre indígena,sobretudo na seqüência inicial, quando umaíndia é partida ao meio com uma machadada.Apesar de.Avaeté já ter venda praticamentefechada para a União Soviética, dificilmenteessa cena entrará no circuito comercial.

Se a safra da mostra oficial, com predomi-nância de filmes de guerra e as narrativas maisacadêmicas que se possam imaginar, pode nãoimpressionar, tampouco ela é considerada oponto alto do festival. Para muitos, o incompa-rável painel de relações públicas internacionaisque ele promove, ao lado das perspectivascomerciais e da organização do mercado doLeste europeu, seria de fato sua maior aspira-ção. A mostra competitiva seria apenas um

pretexto para contatos e transações comer-ciais. O mercado de filmes se desenvolve emum moderníssimo prédio a 20 minutos doHotel Rossia, onde se concentram 350 distri-buidores de cinema e televisão de todo omundo. Em cabines aparelhadas com vídeo-cassete, tornam-se curtíssimas as fronteirasentre os países. A delegação brasileira, porexemplo, assistiu a Sexmission, divertida co-média satírica polonesa sobre o mundo no ano2000, dominado pelas mulheres. Sobreviveramapenas dois homens, e se estabelece umarelação tipo Planeta dos Macacos. Como fundomusical, porém, ecoavam os acordes do HinoNacional brasileiro, em Memórias do Cárcere,exibido na cabine ao lado.

Além da compra e da venda, o mercado éimportante ponto de partida para as maisvariadas co-produções. E atenção realizado-res: o vice do Goskino não escondeu que aUnião Soviética tem o maior interesse em co-produzir com o Brasil, sobretudo grandesproduções de temas históricos. Zelito Viana jáse habilitou, e até o final da semana iniciaráconversações nesse sentido.

O concorrente brasileiro será o últimofilme da competição a ser exibido. Para conse-guir um cartaz do filme no hall do Rossia, amulher de Zelito, Vera, produtora do filme,batalhou cinco dias. Apesar dos 120 dólaresque custou o cartaz, não conseguiu que deleconstasse o nome Avaeté: o massacre dosíndios chegará aos soviéticos apenas com otítulo Sementes de Vingança.

O diretor está otimista e diz que se, para oBrasil, vencer o Festival de Moscou, ou deleparticipar, não é fundamental, a situação já édiferente quando se pensa em negociaçõescom os países do Leste. A importância dosfestivais de cinema pode ser avaliada da se-guinte maneira: calcula-se que o Oscar renda oequivalente a 5 milhões de dólares em espaçona imprensa mundial. O Festival de Cannesfica na faixa de 1 milhão 500 mil a 2 milhões dedólares, enquanto o de Moscou ainda se situana faixa dos 300 mil a 400 mil dólares. Semdúvida, se tivesse um centro de imprensa maisativo e eficiente, essa cota poderia ser bemmaior.

No mais, discute-se cinema. Filmes bonsou maus continuam o prato principal da Deca-dência (nome dado pelos brasileiros ao bar dohotel, ponto de encontro após o último filmedo dia). Após uma inauguração de temporadadas mais saudáveis, e sem uma gota de álcool,a lei seca, ainda não regulamentada, e abertaportanto a várias interpretações, sofreu umrevés. A liberação, porém, é parcial. A vodeacontinua banida e nas mesas servem-se apenaschampanha e vinho da Geórgia, por sinalótimos.

Entre tentativas de organizar na cabeçatodos os filmes vistos, e evitar confusõessemelhantes à de Pedro Camacho em Tia Júliae o Escrevinhador, conversa-se ao altíssimosom de um conjunto em dia com o hit paradede dois anos atrás. Stevie Wonder é composi-tor dos mais cotados. De repente, uma queixa.A delegação de Portugal reclama de que lá oscinemas também estão em crise. O bodeexpiatório, mais uma vez, é ninguém menos doque a TV Globo. Desde que a febre dasnovelas invadiu o país, os portugueses nãosaem mais de casa para ir ao cinema. E agoramesmo passam as semanas presos ao vídeo,assistindo à A Sucessora.

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homem simples, da pequenaclasse média, certa noite vence osono e descobre a maneira desanar todas as infelicidades e frus-

trações da gente que o cerca: O doublé deempresário e teatrólogo Edgar da RochaMiranda partiu desse esboço de tema, expio-rado por ele de outras formas em algumas dasII peças que escreveu, para chegar ao seuprimeiro romance. O profeta de Vila Valquei-re, publicado pela Global e lançado estasemana, no Rio.

Ressentimentos, ódios e ambições são astintas que tingem a vida pVata do subúrbioque Edgar se'propôs retratar, com o estofo dequem sorveu cada palavra de Machado deAssis, José Lins do Rego, Josué Montello eGraciliano Ramos. Com a tarimba de quempode exibir, num mesmo álbum, críticaslisonjeiras de premières de peças suas emLondres, Nova Iorque e São Paulo, algumasdelas premiadas como Para onde4 a terracresce (Saci de Ouro, 1952) ou O noroestesoprou (Concurso 4o centenário de São Pau-lo, 1954). Em tudo, a certeza: — só escreve-mos sobre temas que vivemos, problemas quetemos". E a paixão de que, na vida, já fez umpouco de tudo, principalmente se questionare assumir os próprios conflitos. Um deles,condensado em muitos de seus personagens,o da oposição entre ceticismo e religião.

— Hoje em dia vejo as pessoas tão"mornas", sem conseguir alcançar a densida-de de Maria Madalena, nem a força de umaSanta Teresa d'Ávila, profundamente sensualem suas alucinações. Vejo essa tranqüilidadetoda, comparo-a com meu estado de constan-te aflição e concluo que é a criação a suacausa. O ato de criar é um ato de amor, um;impulso igual ao impulso criador da vida.Criar traz uma estranha vibração, tão forteque escapa à experiência cotidiana.

Em O profeta de Vila Valqueire, Edgarda Rocha Miranda, autor interpretado porZiembinsky, Cacilda Becker, Maria DeliaCosta, Margarida Rey e Paulo Autran, expõe

muito de sua alma inquieta, que se divide,também entre a austeridade de um escritório,no Rio, e a administração de uma fazenda nointerior de São Paulo onde monta a cavalo,corre campos e invernadas e reserva as tardespara escrever. Uma vez por ano, Edgarpersegue outro hábito antigo: as temporadasde um mês na Suíça, para esquiar. Cenáriocoberto de neve e paz, onde O profetacomeçou a ser pensado, há 14 meses.

Em 1942, o moço Edgar da Rocha Miran-da, aviador experimentado, se ofereceu paracompletar o quadro da FAB cuja missão seriabuscar 40 aviões de treinamento nos EUA,numa fábrica em Maryland. Em Nova Ior-que, o grupo foi surpreendido por um atrasode semanas e a perspectiva de ter de encon-trar o que fazer nas noites americanas.

Devo ter assistido a umas 12 ou 15peças de teatro. Na volta, descobri quepoderia escrever para o gênero.

Linguagem econômica, trama compacta,sem desvios e a noção de ritmo, em que osdiálogos têm que ser eficazes e se sucederemcomo "numa bola de neve, sem parar, semperdoar as pausas muito longas". Essa é asíntese do aprendizado que Edgar fez comoteatrólogo e tímido assistente de direção,acostumado a sentar nas últimas filas doteatro vazio para não incomodar os atores ouo diretor, com sua concepção do que deveriaser o espetáculo. Estudante durante quatroanos num colégio nos EUA, Edgar começouexperimentando sua sorte na poesia, escritaem inglês e traduzida pòr ele mesmo, paraportuguês. Depois vieram os contos. O ro-mance nasceu como conseqüência de tudoisso. Eu costumava me alongar tanto nasrubricas das peças que alguns amigos acha-ram que tinha vocação para romancista.

A vocação foi testada aos poucos, numtrabalho solitário do qual nem a mulherparticipa. —"Tenho minhas superstições.Acho que não se deve falar do assunto antesque esteja impresso".

Zózimo

K «r <***"

ECOS DO MARANHÃOO Ministro Renato Ar-

cher, que voltou ontem deuma visita de três dias aseu Estado natal, o Mara-nháo, confidenciou a umamigo que o acompanhouna volta a Brasília que arecepção que o esperou emSão Luís o emocionou pro-fundamente.Ele, que como cassado,estava acostumado a de-sembarcar periodicamenteem sua cidade tendo a es-perá-lo apenas meia dúziade amigos, foi recebido es-ta semana no aeroportocom banda de música, des-file de tropas mais as pre-senças do Governador doEstado e de todo seu Se-cretariado.Além, é claro, dos amidos de sempre.

Ainda sobre sua visita ao Maranhão, merece registro suapostura de estadista ao responder a uma pergunta queprocurava deixá-lo em situação incômoda por ser adversáriopoiiuco do Presidente Sarney na política estadual.

Archer foi sucinto:— A Sarney, como adversário, só tenho elogios a

fazer.

Dupla de sucessoPelo sucesso que vem fazendo, já merecem pelo menos

uma reportagem na imprensa a dupla black and white decantores formada por Mary Ekler e Eugene Rice, que desdeabril enchem as 'noites do Alô Alô.

Os dois agradam tanto que tiveram seu contrato prorroga-do por mais dois meses e meio.

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JORNAL DO BRASIL domingo, 7'7 85 o CADERNO B r> 3

Uma nota SÓ Custou mas levou0 Governador Leonel Brizola está

apostando todas as suas fichas no que elechama de "impasse nacional".

Segundo ele. o Governo está errandomuito, cadu Ministro faz o que quer e emmenos tempo do que se pensa a naçãochegará a um impasse que levará inevita-velmeme às eleições diretas no ano quevem.

Para Brizola. todos os caminhos levamàs diretas em 86.

Obras de arteEstá sendo preparada para lançamento

ainda este ano em luxuosa ediçào umálbum sobre a vida e obra de IberêCamargo.

A direção do trabalho foi entregue aocrítico Wilson Coutinho.

Também a obra como desenhista de DiCavalcanti vai ganhar um livro, este edi-tado por Aracy Amaral, diretora do Mu-seu de Arte Contemporânea de SãoPaulo.

A obra conterá as reproduções dos 550desenhos de Di que integram o acervo doMAC.

Abuso impuneAlguns dos reboques que estáo em ação

no Centro da cidade a serviço do Detrandeveriam ser os primeiros a serem reboca-dos e tirados de circulação.

Não exibem as mínimas condições detrafegar cobradas dos demais veículos,avançam sinais e fazem o que bem enten-dem nas ruas garantidos pela impunidadeque o próprio Detran lhes garante.Chegam a ser quase tão abusados quan-to os caminhões de transportes de valores,os recordistas de infrações no trânsito doRio.

A agência Centro do Banco do Brasil em São Pauloconfirmou que foi efetivamente retirada a ordem depagamento que o Deputado-Cacique Mario Juruna reme-teu de Brasília em outubro do ano passado devolvendo aoempresário Calim Eid o suborno que havia recebido paravotar no candidato Paulo Maluf.

Eid, a princípio, negou a história e disse que nâoretiraria o dinheiro porque não lhe pertencia mas agora elefoi sacado.

Como a ordem de pagamento foi nominal, acredita-seque só o empresário, pessoalmente ou por procuração,pode tê-la retirado.

Como todo mundoVão ser cobradas normalmente pelo Hotel Glória as

diárias da comitiva presidencial que ali se hospedou estasemana.

Até o Presidente José Sarney, que como hóspede antigofazia jus a um desconto de cortesia, perdeu a regalia.

A iniciativa de pagar o mesmo que os hóspedes comuns,aliás, partiu do próprio Palácio do Planalto.

Grande atraçãoA ópera Tosca, dirigida por Fernando Bicudo, quesubirá ao palco do Municipal no próximo dia 29 terá em seu

elenco uma atração extra — a bonita e competennssimaSylvia Sass.

A cantora, que Maria Callas considerou sita herdeiranatural, tem, apesar de pouca idade, 32 anos, uma bagagemrespeitabilissima. Já cantou no Covent Garden, no LOpe-rq, no Staatsoper de Viena, no Bolshoi de Moscou, naOpera Nacional de Tóquio, na Ópera de Hamburgo e maise mais.

Filmes, fez dois — Manon Lescaut, ao lado de PlácidoDomingo, e Macbeth, ao lado de Teresa Berganza; discos,gravou mais de 50, em especial Bartok, Mozart, Verdi eClierubini.

mPelo currículo, Sylvia Sass promete uma Tosca como

jamais se viu no Municipal.

Zozimo

Rubens Monteiro

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Estocando subsídios ,O Ministro da Cultura, Aluísio Pimenta, vem ha um mês

visitando sucessivamente Estados para se reunir com escritores,artistas plásticos, cineastas e artistas para juntar sugestões queseráo estudadas num seminário.

Desse seminário surgirá um plano de trabalho que, segundo oMinistro da Cultura, será bastante realístico, uma vez que revelaráos anseios da comunidade cultural nacional.

Nesse período de 30 dias, Aluísio Pimenta já esteve no Pará,Maranhão, Paraíba, Alagoas, São Paulo, Rio Grande do Sul,Minas Gerais e Rio de Janeiro.

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Tudo

certoEstá acertada a ida do Presi-

dente José Sarney a Washingtonlogo após a abertura da Assem-bléia-Geral da ONU.

Vai ao encontro na CasaBranca do Presidente RonaldReagan.

A rrepioO pessoal do Ministério

cia Fazenda, da cúpula aosmenos importantes, nãogosta de ler na imprensa otermo pacote ligado às me-didas postas em prática pe-lo órgão.

Pacote tem forte conota-çào com os hábitos e costu-mes da Velha República.

Claudine de Castro e Pedro Leitão em recente acontecimento socialRoda-Viva

Sonho tropicalO Governador Gonzaga da Mota sal-

tou à frente de seus pares e já pediu aoGoverno Federal a inclusão na pauta deconversações do Presidente José Sarneycom o Presidente Mitterrand de umareivindicação para o Ceará.

Quer instalar em seu Estado, financia-do pela França, um pólo de indústriaaudiovisual.

Se sua proposta for aprovada, o Nor-deste vai ganhar, antes do que se possapensar, uma Hollywood em carne e osso.

ExageroNão será surpresa se a partir de outubro

faltar óleo de soja nas prateleiras dossupermercados.

Os exportadores exageraram e manda-ram para fora do pais mais do que deve-riam tê-lo feito.

Se o Governo não liberar seus estoques,o que dificilmente acontecerá, o Brasil,maior produtor de soja de todo o mundo,será obrigado a importar 240 mil tone/a-das do produto para contornar o pro-blema.

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A Embaixatriz Zazi Corrêa da Costa vai daqui a alguns dias deWashington para Paris encontrar sua filha Maria Inés Barbosa.

A \anam convidando para o lançamento dia 15 do livro NosPassos da Dança, de Maribel Portinari.

Os cinco anos da morte do poeta Vinícius de Morais seráolembrados com uma missa mandada celebrar por sua filha Maria,dia 9, às 19h. na Igreja de Santa Mònica.

O escritor Joel Silveira lançará dia 10 na Dazibao seu livro Diasde Luto.

Rachel Rudge Leite iniciando na Bauhaus unia série de cháspara reunir as amigas. O primeiro, terça-feira, terá como figuracentral sua irmã, a Embaixatriz Glorinha Paranaguá.

O joalheiro Frank ampliando o seu raio de ação. Até o finaldesta semana abre uma nova loja no Barra Shopping.

Os amigos se movimentando para festejar dia 8 o aniversáriodo Embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima.

O Embaixador e Sra. limar Penna Marinho recebem para umpequeno jantar no dia 25 homenageando o Embaixador e Sra.Antônio Fantinato Neto.

O Cônsul-Geral dos Países Baixos e Sra. Revnier Flaes estãoconvidando para o seu cocktail de despedidas, dia 11, a partir das19h.

A Galeria Aloísio Magalhães do Centro Cultural de Petropolisexpondo desde ontem as esculturas de Maurício Martins de Mello.

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Regulamento

1.0 PRÊMIO BIENAL NESTLÉ DE LITERATURABRASILEIRA - 1986 destina-se a revelar originaisinéditos de autores de Literatura Brasileira.2. A premiaçâo terá as seguintes designações evalores por categoria:

PRÊMIO BIENAL NESTLÉ DE LITERATURABRASILEIRA - 1986 - POESIA1." lugar CrS5.000.000 (cinco milhões de cruzeiros)2? lugar Cr$ 3.000.000 (três milhões de cruzeiros)3? lugar Cr$ 2.000.000 (dois milhões de cruzeiros)PRÊMIO BIENAL NESTLÉ DE LITERATURABRASILEIRA - 1986 - ROMANCE1.™ lugar Cr$ 5.000.000 (cinco milhões de cruzeiros)2." lugar CrS 3.000.000 (três milhões de cruzeiros)3." lugar Cr$ 2.000.000 (dois milhões de cruzeiros)PRÊMIO BIENAL NESTLÉ DE LITERATURABRASILEIRA - 1986 - CONTO1" lugar CrS 5.000.000 (cinco milhões de cruzeiros)2" lugar CrS 3.000.000 (três milhões de cruzeiros)3? lugar Cr$ 2.000.000 (dois milhões de cruzeiros)PRÊMIO BIENAL NESTLÉ DE LITERATURABRASILEIRA - 1986 - INFANTO-JUVENIL1rlugar CrS 5.000 000 (cinco milhões de cruzeiros)2" lugar CrS 3.000.000 (três milhões de cruzeiros)3." lugar CrS 2.000.000 (dois milhões de cruzeiros)

3. Fica vedado o empate em qualquer dascolocações em cada categoria.4. Nâo haverá indicação de menções especiais,

podendo, no entanto, a Promotora fazer divulgarrelações de finalistas, nas quais, para salvaguardado anonimato dos concorrentes, constarão,apenas, o pseudônimo e o numero da respectivainscrição.

5. Fica assegurada à Promotora do Prêmio afaculdade de fazer publicar quaisquer dosoriginais classificados, a seu exclusivo critério,garantidos os direitos autorais. Caso a Promotorase valha dessa faculdade, os textos publicadosterão lançamento em |ulho de 1986 e os autoresdessas obras somente poderão reeditá-las a partirde 01 de janeiro de 1988.

6. Os originais das obras concorrentes devem serapresentados em lingua portuguesa, em 4(quatro) vias datilografadas apenas numa face dopapel, tamanho oficio, espaço dois entre aslinhas, com qualquer número de linhas porpagina, exigido o limite mínimo de 64 (sessenta equatro) páginas.

7. Os originais deverão ser ngorosamente inéditos

a divulgação dos mesmos, por qualquer meio. notodo ou em parte, eliminará o concorrente.8 Os concorrentes poderão inscrever-se com maisde uma obra em qualquer das categorias.9. Nos originais deverão figurar apenas o titulo daobra. o pseudônimo do concorrente e a indicação

da categoria: poesia, romance, conto ouinfanto-juvenil.10. Os originais deverão ser acompanhados deenvelope fechado, contendo as seguintesinformações: titulo da obra, pseudônimo, nomecompleto, breve currículo e endereço completodo concorrente, com indicação, na parte externa,do titulo da obra e do pseudônimo do autor.11. Os originais deverão ser enviados a PRÊMIO

BIENAL NESTLÉ DE LITERATURA BRASILEIRA1986 - Estrada dos Alvarengas, 630 - CEP 09700São Bernardo do Campo - SP.12. As inscrições estarão abertas de 8 de junho a 8 desetembro de 1935; a data efetiva da remessa seiadeterminada pelo carimbo postal, por documentohábil de transportadora ou por protocolo próprio.13. A entrega dos prêmios e concomitantelançamento das obras premiadas, nos termos doitem 5, estão previstos para o mês de julho de1986.14 Serão 4 as Comissões Julgadoras, uma para cada

categoria, constituída de 3 membros cada uma,escolhidos entre especialistas em Literatura.

15 As decisões das Comissões Julgadoras serãoirrecorriveis. cabendo-lhes o direito de nãoatribuir qualquer dos prêmios.

16. Os concorrentes terão prazo de 30 (trinta) dias.apos a data da entrega dos prêmios, parasolicitarem a devolução dos originais nãopremiados.

17. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da datada entrega dos prêmios, serão incinerados osoriginais não reclamados, sem que caiba aosconcorrentes qualquer reparação ou indenização

18. A remessa dos originais configurará, por si só, ainscrição para concorrer aos prêmios esignificará a aceitação plena, por parte doconcorrente, de todas as condições desteregulamento.

19. Os casos omissos serão decididos pelasComissões Julgadoras de cada categoria, emconjunto com a Coordenação Geral da 3" BienalNestlc de Literatura Brasileira e a Promotora.

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4 o CADERNO B o domingo, 7/7/85 JORNAL DO BRASIL

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Laser

O som do futuro,

sem ruídos

CADA

disco custa CrS 140 mil —mas o som que sai daí vale apena. É o CD, para os íntimos,

ou Compact-Disc, para os que estãosendo apresentado? agora. Esta maravi-lha da indústria fonográfica tem gravaçãodigital e reprodução numa aparelhagemonde brilha uma faca de laser (mais CrS 5milhões e meio). Desde que foi lançadoem dezembro, 50 mil cópias do CD foramvendidas. A tendência é o mercado cres-cer cada vez mais.

Quem ouviu um CD uma vez nãoquer saber mais do disco comum — diz oengenheiro de telecomunicações AntonioLuis Bezerra, 39 anos, que calcula suacoleção superior a marca dos 500 CDs.Tudo na área dos clássicos. — Se sai umdisco que eu já tenho em digital, eu vou etroco o velho, dou, vendo, faço qualquernegócio. Só não quero é ficar mais comele. Não tem sentido. O disco comumficou superado.

Por enquanto o mercado brasileiroabriga apenas cerca de 500 títulos e nãopermite grandes radicalismos na opção,obrigando o consumidor a se abastecer demúsica com os tradicionais discos de viniltambém. O problema do alto custo dosdiscos, no entanto, começa a ser evitadoa partir do próximo mês, quando abre-seo primeiro CD Clube do Rio. Será o daloja 122 do Shopping da Gávea, a VídeoTime.

Eu tenho um catálogo de 200discos e evidentemente ninguém podecomprar isso tudo — diz Roberto Quar-tin, proprietário da Vídeo Time. — Asaída é cada um complementar sua cole-ção com os empréstimos do clube.

Para Quartin, que foi produtor dediscos da bossa nova, os comuns estãocom seus dias contados. Do mesmo modoque os 78 rotações deram lugar aos Lps,ele acredita que agora é a vez do Lp sairde cena. O futuro, acredita, é dessesdiscos de plásticos metalizado e que temsua gravação embutida. Como eles nãosofrem o atrito da agulha, tem vidaperene, sem desgastes. Principalmente,não tem ruído.

As gravadoras também procuram fa-zer sua parte. A CBS pretende lançarnovos títulos aos 50 que colocou nomercado desde o mês passado (70% declássicos) e talvez esteja entre eles umacoletânea de Roberto Carlos. Por en-quanto, o mercado está dominado pela

Polygram. Desde dezembro passado elajá lançou 500 títulos, com uma tiragem de150 unidades para cada um deles. Sãotodos importados pois ainda não há estú-dios ou fábricas brasileiras para o novoprocesso. E fazem bom sucesso seus doisCDs com coletâneas de artistas nacionais.Está saindo agora um com hits de ElbaRamalho.

O resultado de vendas tem sidomuito bom — diz Cor Van Dijk, superin-tendente da Polygram no Brasil. E achaque, passada uma fase inicial em que aaparelhagem e o processo eram a sensa-ção, a tendência agora será a disputa domercado pela oferta do repertório, com olançamento de novos artistas em CD. —Vamos lançar Astrud Gilberto, Tom Jo-bim e outros. Vamos dar prioridade aoque tiver maior tiragem.

No momento já e'bem interessante aoferta de títulos à disposição nas lojas doRio (Gramophone, Modem Sound e Bre-no Rossix, principalmente). Do Bolerode Ravel ao new wave de Elvis Costelo,música experimental de Keith Jarret àÓpera de Plácido Domingo. Pedro Pas-sos, da Modern Sound, aponta como ospreferidos cantoras americanas como Di-nah Washington, Ella Fitzgerald, as or-questras de Paul Mauriat e James Last, eo rock do Pink Floyd.

O equipamento é comprado pelopai, geralmente para ouvir clássicos —explica Pedro —, mas depois o filhoicomeça a comprar CDs de rock e isso estáfazendo com que todos os gêneros demúsica estejam sendo bem consumidos.

Os roqueiros vão ficar satisfeitos emsaber que está sendo lançado agora onovo disco do Dire Straits — em CDtambém, claro — e que, se depender doseu líder, Mark Knopfler, o velho vinil jáacabou. Mark ameaçou numa entrevistasó gravar em CD.

O que acontece muito no momento éo artista gravar nos processos tradicionaise ser repassado para o laser. Foi o queaconteceu com os discos de Elba Rama-lho, das compilações nacionais e muitosoutros. Os primeiros artistas brasileiros agravarem especialmente no novo proces-so foram Nara Leão e Roberto Menescal.Eles estavam excursionando pelo Japãoem junho e entraram num dos modernís-simos estúdios de Tóquio. O resultadovirá até o final do ano. Há muito tempo abossa nova não soava tão avançada.

Tom Petty canta a

América sem pudor

EM

seu oitavo LP, que chega aslojas brasileiras, Tom Petty andthe Heartbreakers continuam

arrebentando os corações de quem gostade rock and roll sem grandes malabaris-mos eletrônicos ou então infestado depurpurina. O nome do LP é SouthernAccents (WEA) e foi produzido por TomPetty. associado a Mike Campbell. Jim-my Jovine c Robert Robertson, ex-liderdo falecido The Band.

Trilhando um caminho original. TomPetty está cada vez mais consciente deque prefere ser cabeça de sardinha doque rabo de baleia, ao não aderir anenhuma escola comprometida com aindústria da moda. L nesta linha decoerencia. ganha todo mundo. O próprioTom Petty. hoje um dos músicos maisrespeitados nos Estados Unidos, a cadaLP vem provando que em torta de maçãpode-se mexer cm tudo, menos na maçã.O apreciador de T.P. entre na loja e sabeo que vai comprar, o que não é o caso deCrosby. Stills and Nash, por exemplo,

que só não descambaram para o sambaporque não conhecem o Brasil.

Southern Accents é um disco pleno,firme, forte. Logo em Rebelds, It Aint'tNothin' to Me e Don't Come Around HereNo More, faixas de abertura, dá parasentirmos o peso da experiência. Os mi-lhares de quilômetros rodados por Ro-bert Robertson, o homem que seguroutoda a passagem de Bob Dylan pelaeletricidade dos anos 60, mais a do pró-prio anfitrião do disco, imprimem umcertificado de garantia que poucos naAmérica podem assegurar. Tom Pettyand The Heartbreakers. assim como Bru-ce Springsteen, esbanja a sua falta decompromissos de estilo dos milhares demodelitos fonográficos que jorram astoneladas pela indústria e não tem vergo-nha de cantar a América.

Um painel riquíssimo de ritmo, voz eguitarras, mas concebido sob o signo dasimplicidade. Southern Accents nos livrado estupor que domina o mercado comum som rico e. acima de tudo, autêntico.(Luiz Antonio Mello).

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Leblon Tel. 239-4448

Política

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Serguei quer voltar com disco homenageandoJanis Joplin e Jimi Hendrix

As alucinações de

Serguei

Luiz Antonio Mello

Famoso cantor de Rhythm & Blues procurabanda para acompanhá-io durante uma série deconcertos e para gravação de eventual LP. Contatoscom Serguei. Rua Barão de Saquarema 1467, Areai,Saquarema. Urgente.

ESTE

anúncio vai sair nos classificados caso o problemanão esteja resolvido em 15 dias. Serguei, uma lendaviva do rock brasileiro, foi convidado para cantar no

Festival Nacional de Surf, que vai acontecer este mês emSaquarema. Acontece que ele não tem grupo para acompanha-lo. Mais: este brasileiro, um dos poucos amigos íntimos de JanisJoplin, quer gravar um LP em homenagem a ela e a JimiHendrix, cujas mortes completarão 15 anos em 18 de setembro(Hendrix) e 4 de outubro (Joplin).

O encontro com SergHei foi casual. Ele vinha andando debicicleta pelo centro de Saquarema, cumprimentando todomundo, quando sentou-se no restaurante do Giovanni e come-çou a desabafar: "Eu sou uma estrela e meu público gosta demim. Só que até hoje fui muito maltratado pelas gravadoras queme viram como uma fruta que você chupa, chupa e depois jogao bagaço fora. Mas para azar deles não morri e continuo com avoz cada vez mais forte".

Verdade. Ao falar do disco que tem em mente, ondepretende gravar dez músicas de Hendrix e Joplin, em inglês,Serguei canta Half Moon ali mesmo, na beira da calçada. Depoispara e pensa alto sobre os últimos três anos: "82 foi muitoimportante. Gravei Sympathy for teh Devil com o maiorguitarrista do Brasil, Celso Blues Boy e explodi de novo". Areentrada de Serguei na atmosfera da música foi tão conturbatequanto o seu jeitão aflito de falar, gesticular, levantar, andar deum lado para o outro e contar estórias. Quando fez o duo comBlues Boy Serguei entupia o Circo Voador em suas apresenta-ções. De vez em quando se atirava de cima do palco e amultidão o carregava delirante, enquanto Perfeito Fortuna, nomicrofone, berrava"aí está o maior cantor de rock do Brasil".Em seguida o cantor voltava ao palco para o grand finale,quando Blues Boy colocava um pedal de efeito no peito deSerguei, que deitado no chão, urrava e se contorcia.

Mas a carreira solo de Blues Boy, em plena carga, o fez seafastar de Serguei, que até hoje lamenta: "Acho que se eu eBlue Boy tivéssemos continuado juntos, minha situação seriatotalmente diferente agora". Nem o próprio Serguei sabeexplicar porque gravou um compacto "new wave" para a RCAcom a música Alergia: "Vocês da imprensa poderiam ter faladocomigo que a música era uma porcaria. Assim teriam evitadoque eu me expusesse ao ridículo. Imaginem, eu, com 52 anos(apesar de não aparentar), disputando espaço dentro do newwave. Sou um cantor de Rhythm & Blues e esse compactodesgraçado quase me enterrou".

Logo que encontre sua nova banda , que vai suceder aCerebelo, Serguei voltará à estrada "sempre com o apoioirrestrito dos Hell's Angels do Rio, que de vez em quando vêm aSaquarema me ver. Se eu conseguir gravar este LP homena-geando Janis e Hendrix vou me sentir outra pessoa. Afinal,jamais esquecerei do dia em que subi num palco com ela nosEstados Unidos e cantamos juntos por mais de meia hora. Janissempre disse que eu tenho uma das melhores vozes. E quandoassisti Jimi Hendrix em Nova Iorque percebi o quanto os doistinham coisas em comum". Mas enquanto o disco não vem,Serguei vai cantando Hendrix e Joplin numa espécie de ensaio."De Janis eu canto tudo, absolutamente tudo. De Half Moon aSummertime. Inclusive quando ela esteve no Brasil, semanasantes de morrer, nós íamos fazer um show juntos na PraçaGeneral Osório. Janis adorava povo, multidão."

Ao lado do pai e da mãe, numa confortável casa próximado mar, o Serguei das esquinas de Copacabana, de todos ospalcos do Rio, está agora numa viagem interior, refletindosobre o rock de hoje e de ontem e esperando pelas oportunida-des. "Fui muito maltratado pela indústria do disco e agora voupensar sempre 20 mil vezes antes de entrar num estúdio". Eleainda não tem gravadora para o projeto "Serguei canta Janis eHendrix", mas não se precipita. "Quero fazer um trabalhotranqüilo e relaxado. Sei que a gravadora vai pintar, mas isso écoisa para depois. No momento estou muito preocupado com oshow que vou fazer aqui mesmo cm Saquarema. Afinal, espera-se um público de 15 mil pessoas por causa do campeonato, e eunão quero decepcionar meus fãs".

serguei está sem as lentes de contato coloridas que usa nosshows. Conversa mais um pouco, manda beijos para NelsonMotta e Celso Blues Boy e pega a bicicleta. A lenda do rock androll desliza por Saquarema, cumprimentando farmacêuticos,açougueiros e despachantes de ônibus que o tratam como "filho

querido" da cidade.

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Saindo do forno

EM fase de mixagens o

novo LP de Fagner. Co-mo carro-chefe um dueto coma sambista Beth Carvalho emTe Esperei, um pagode da du-pia baiana Capinam (o letristado -Tropicalismo) e Gereba(ex-Bendegó). A exemplo doque fez com Cecília Meireles eFlorhela Spanca. Fagner musi-cou um poeta no novo LP. Oescolhido foi o modernista Mário de Andrade com SementeCom dez inéditas e a regravação do Expresso 2222. de CiilbertoGil. que marcou uma geração, Ricardo Villas (ex-Teca &Ricardo) está saindo em LP solo. O titulo do disco e Locomotivae seu repertório será conhecido a partir do proximo dia 9quando Ricardo faz show na sala Funarte ai 1 lado de l ,uis ( arh >sda Vila.

Outra que volta ao disco após uma parada de cinco anos eLeci Brandão, agora contratada da t>ra\adora ( opacab ma Norepertório, além de samba e pasode. xote e forró. Assinaim isde Martinho da Vila. Noca da Portela. I) hone Lara DelcioCarvalho, além da própria Leci.

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Nélson Ned:

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O pensamento deNélson Ned

Tenho visual muito marcante. Nos EstadosUnidos essa singularidade me ajudou, no Brasilnão. Lá, um sujeito como Stevie Wonder, cego,'ainda usa trancinhas no cabelo, para aparecermais, e acham válido. No Brasil o anão é estigma-tizado, dizem que lugar de anão é no circo.

Sou um heterossexual irrecuperável. Acho quesexo é como sede. Cada um sabe a sede que sentee quantos copos d'água são necessários para saciá-la. Eu tenho muita sede.

O fato de ser pequeno não prejudica em nadamirtha relação com o sexo oposto. O amor nacama é horizontal, os corpos se nivelam. Se fossena vertical, aí sim, talvez eu tivesse que fazer umaescada de ouro. Francamente não posso ter quei-xas. Eu atinjo a mulher em dois instintos básicosdela: a maternidade e a curiosidade.

Embora eu seja muito sexual, minhas músicassão sérias. Não que uma coisa se oponha a outra,mas porque realço o lado lírico da coisa. Canto oefeito do amor na cabeça das pessoas, as conver-sas que vão pelos bancos de jardim. Não é o amordescartável nem o romântico romanticóide, mas oamor maduro.

Em mim duas coisas não se medem em centíme-tros: cabeça e voz. Minha cabeça é normal e 110disco tenho o tamanho de todos os bons cantoresdo mundo. Canto feito gente grande. Aqui opreconceito impede de se ver isso num anão. É omesmo peso que existe sobre uma mulher bonita,como a Vera Fischer, até hoje provando que saberepresentar.

wMas não guardo mágoa. Penso como Napoleáo:"Antes de recordarmos uma injúria que recebe-

mos, deixemos que passe pelo menos uma noite".Outra frase que me conduz na vida é: "Evitar náoé covardia". Essa é minha mesmo. Quer dizer quenão se deve brigar à toa.

Não quero passar a imagem de ressentido, masé estranho o que acontece. Toco nas FMs de NovaIorque, de Miami, do México, de tudo que égrande capital. Menos nas FMs brasileiras. Aquime chamam de brega e boicotam. Ora, são asmesmas rádios que tocam Iglesias e Fábio Jr.

Politicamente sou de centro. Contra militaresno poder. Mas nem Pinochet nem Fidel. Sei, pelasconversas que tenho com os exilados em Miami,que tudo que se fala no Brasil sobre Cuba émentira. Cuba tem a maior dívida externa propor-cional do mundo, o leite e a carne são racionados,a censura à liberdade de expressão é total e o livretrânsito inexiste.¦Sou anticomunista, mas acho que para o Brasil omelhor que pode acontecer é legalizar o PartidoComunista. Eles são perigosos ocultos na sombrada ilegalidade. Expostos ao desgaste do poder,fazendo promessas num palanque e tendo quecumpri-las depois, aí náo resistem. Esses comunis-tas que estão agora pedindo a Constituinte são osmesmos que apoiam Fidel há 25 anos no poder.No dia que comunista fizer eleição para Presiden-te eu talvez mude de idéia sobre eles.

Napoleáo"

Joaquim, Ferreira dos Santos

O

maior cantor brasileiro tem 1 m 12cm ese chama Nélson Ned. Quem pensaassim são 13 milhões de americanos,porto-riquenhos, mexicanos e outros

latinos que compraram seus 14 LPs. Alguns dessesfãs são importantes, como o escritor GabrielGarcia Márquez. Anos atrás, ele respondeu natelevisão a uma pergunta de Chico Buarque:

Chico — Se a sua literatura fosse música, quetipo de música seria?

Garcia Márquez — Seria um bolero vaga-bundo, mas cantado por Nélson Ned.

Nélson está lançando seu 15° LP, em portu-guês e espanhol, como sempre, e por isso está noBrasil, onde reside apenas durante quatro mesesdo ano. Não faz shows aqui porque náo há cachêsuficiente, também não toca nas rádios porque orotulam de brega. Tem casa no México, emMiami, Las Vegas, mais Rolls Royce, iate. Bregachique, se existe, é ele. Desde que venceu umfestival em 1970, em Nova Iorque, televisado paratoda a América Latina, os contratos para varrer ocontinente com sua voz potente e canções român-ticas náo têm faltado. Tudo em dólar.

Ao Meu Novo Amor é o título do LP.Regravou Brigas, um bolero clássico de EvaldoGouveia e<Jair Amorim, e baladas de sua autoriaonde não faltam palavras como "perdão", "sofri-mento", "coração" e versos como "juntandomeus pedaços você reconstruiu o novo ser huma-no que agora existe em mim", nafaixa-título. Seu último disco, Ca-prichoso, vendeu 300 mil cópias noBrasil.

No final da próxima semanaele parte para o México, ondegrava seu especial anual para aTelevisa, que em seguida o redis-tribuirá no mercado norte-americano via S.I.N., uma rede degrande penetração na comunidadelatina de lá. Nélson tem escritórioem Miami, com esquema de divul-gação constantemente acionado, epode exibir no currículo glóriasque no momento fazem a delíciade certos ídolos da MPB. Já lotou

o Madison Square Garden uma vez e outrastrês o Carnegie Hall.

— Isso quando era importante fazer show noCarnegie — diz, soltando farpas contra Gal eGilberto, cantores que estiveram lá meses atrás.

Nélson só tem problema em Cuba, onde suasmúsicas só chegam pelas ondas captadas de rádiosdos exilados de Miami. Foi proibido pelo governode Fidel pelas constantes entrevistas criticando oregime na ilha. Mesmo assim, os brasileiros queestiveram recentemente num festival de cinema láficaram impressionados com sua popularidade.Em Havana discos pirateados de Nélson valemouro.

Aos 38 anos, casado pela segunda vez, pai detrês filhos, Nélson (ele tem uma foto onde aparececantando, aos 8 anos, sentado no colo de AriBarroso, seu conterrâneo de Ubá) declara-se anti-comunista e pouco afeito a modéstias: "Souespecial".

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I 5° — Que brote enfim o 6 — Easy Lover — Philip Ih rouxinol que existe em Bailey e Phil Collins LH mim — Benito di Paula (8) 7 — So Far Way — Dire UI 6° — 0 Melhor de Tim Straits T\ Maia — Tim Maia ® - We Are The World— \1 70 — Hlt Parade — varios qa

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João Máximo

Fascinatin' Rampal. Jean-Pierre Rampal toca Gersh-win. Arranjos e regência de Michel Colombier Participa-çáo de James Walker (flauta alto). John Steele Ritter(piano). Randy Kerber (sintetizador) e membros da Or-questra Filarmônica de Los Angeles. (CBS 225 0971

O próprio Rampal admite ter hesitado em associar-se ao talento e à humanidade de George Gen.li-win, gênio maior da música americana. Justifica-

da hesitação. Gershwin é bom exemplo de que não apenasBach, Mozart, os chamados eruditos, exigem intérpretesperfeitamente identificados com sua técnica, seu espírito.Compositores populares — ou pelo menos alguns deles,muito especiais —também requerem tal identificação, quese lhe estudem a obra, as intenções, o estilo. Gershwin.talvez por ser um artista cuja música representa a soma devários idiomas (os sons da Broadway), o impressionismofrancês, o jazz, o namor com as salas de concerto), é umcompositor muito especial. Não é qualquer um que estabe-lece com suas obras, das canções populares às peças maisambiciosas, um diálogo de perfeito entendimento. Muitostêm escorregado na tentativa de interpretá-lo sem o devidopreparo, sem a necessária identificação. Sobretudo canto-res e instrumentistas não americanos. Aqui mesmo, noBrasil, temos alguns exemplos, de Roberto Szidon a ClaraSverner e João Carlos Assis Brasil, cuja recente RhapsodyIn Blue a quatro mãos tem todas as notas mas não o molhode Gershwin. .Mas mesmo lá, nos Estados Unidos, escorre-gões semelhantes têm acontecido. Sarah Vaughan, porexemplo, depois de ter gravado anos atrás um admirávelálbum duplo dedicado ao criador de The Man I Love.cometeu há uns dois ou três anos lamentável equívoco aorevisitar a obra de Gershwin com roupagem nioderninna eacompanhamento pomposo de orquestra sinfônica regidapor Michael Tilson Thomas. Um desastre.

Justificada, portanto, a hesitação do flautista francêsJean Pierre Rampal. Que no entanto nos dá aqui um discomais gershwiniano do que muitos gravados por america-nos. A façanha muito se deve aos arranjos de MichelColombier. Como observa Rampal, Gershwin não escre-veu nada especificamente para a flauta. Mas os arranjos —além de conterem brilhantes e adequadas transcrições parao instrumento solista — utiliza um piano que soa muitopróximo ao das partituras de Gershwin, um sintetizadorsuave e bem dosado e uma seção rítmica que se limita acolorir sem exageros os desenhos melódicos traçados pelaflauta de Rampal e, numa das faixas, de James Walker. Orepertório é de primeira. O disco abre com um deliciosodivertissement em torno de Fascinathin Rhythm e I GotRhythm. recria clássicos como The Man I Love e SomeoneTo Watch Over Me, transfere para a flauta o encanto dostrês prelúdios para piano e conclui com uma versãocondensada de An American In Paris, Rampal se limitandoà parte que no original cabe ao trompete. Esse fecho, umblue inconfundivelmente Gershwin, seria o bastante paradeixar claro o quanto o intérprete está afinado com oautor. Ou o quanto o disco é bom e gershwiniano.

O Ultraje aRigor volta a

lutar com oUltraje a Rigorpelos primeiroslugares na listadas mais pedidasda Rádio Cidade,um acon-tecimentoprevisível estasemana pelapresença dogrupo paulista noRio lançando onovo LP comshows no ParqueLage. Breve elespulam para alista dos maisvendidos. Norestante daCidade nota-se oduelo entre orock nacionalversus rockestrangeiro, comvantagem para oprimeiro. E osom dominante.Na parada dosLPS maisvendidos oequilíbrio éalcançado com apresença doinacreditávelBezerra da Silvae seu MalandroRife em primeirolugar.

domingo, 7 7 85 o CADERNO B o 5

Uma flauta

mágica

homenageia

Gershwin

JORNAL DO BRASIL

Oito grupos

de

jazz numa

boa coletânea

José Domingos Rafaelli irmãos Montgomery aparecem numaversão esfuziante de Love For Sale, naqual Wes mostra iodo seu talento naguitarra. Três das quatro faixas dolado dois são blues. Babe's blues, deRandy Weston, com o quarteto deJohnny Coles, um dos trompetistasmais líricos do jazz, tem o compositorno piano, cujo estilo é uma derivaçãopessoal das frases angulares de Thelo-nius Monk. Slide Hampton comandauma pequena orquestra numa curiosaversão de WelI, You Needn't, o clássi-co de Monk, com o trombone do líderem destaque, além de intervenções deEddie Khan (baixo) e Yusef Lateef(sax-tenor); o ótimo arranjo, deHampton, tem pontuações dissonan-tes ao melhor estilo da música deMonk. A Simple Waltz traz o tenoris-ta inglês Tubby Hayes dividindo oprimeiro plano com Terry e o pianistaHorace Parlan; sem ser particular-mente inspirado, Hayes soa articula-do, enquanto Terry tem o melhor solodas três faixas em que toca, com umasérie de frases de contornos imprevisí-veis, surpreendendo o ouvinte a todomomento. Bags Groove, o célebreblues de Milt Jackson, é interpretadopelo quinteto de J. J. Johnson, cujacategoria aflora numa improvisaçãobem construída, inclusive citando oarcaico Frankie and Johnnie; Na

derley, no cornet, começa no agudo,mas não faz exibição, com uma parti-cipação equilibrada, e a seção rítmica,com Flanagan, Wilbur Little (baixo) eAlbert Heath (bateria), é um modelode swing sem excessos. Esta coletâneamerece figurar na discoteca dos quegostam desse tipo de jazz. Um deta-lhe: o LP ultrapassa 52 minutos demúsica. Uma pergunta: por que apa-rece a foto de Ben Webster na contra-capa do disco?

Çarada

OS 10 LPSMAIS VENDIDOS

1° — Malandro Rife —Bezerra da Silva (2)

2o — We Are the World —USA for África (3)

3o — Corpo a Corpo (Inter-nacional) — Vários (1)

4o — Milton Nascimentoao Vivo — Milton Nasci-mento (5)

5° — Que brote enfim orouxinol que existe emmim — Benito di Paula (8)

6o — O Melhor de TimMaia — Tim Maia

7° _ Hit Parade — Vários(4)

8o — Um Sonho a Mais(Internacional) — Vários

9o — Trem da Alegria —Trem da Alegria (7)10° — O Passo do Lui —Paralamas do Sucesso (6)Fonte: Nopen

AS MUSICASMAIS PEDIDAS

— Rebelde Sem CausaUltraje a Rigor (1)— Ciúme — Ultraje a

Rigor (9)— A Fórmula do AmorLeo Jaime/ Kid Abelha— Louras Geladas —

RPM (2)— Cheia de Charme —

Guilherme Arantes— Easy Lover — Philip

Bailey e Phil Collins— So Far Way — Dire

Straits— We Are The World —

Usa For África (8)— Every Time You Go

Away — Paul Young10 — Love Is Love —Culture Club

Fonte: Rádio Cidade

( )0 número entre parênteses indica a posição na semana anterior. Saíram da lista:James Taylor e Carole King (9) e Fogo na Mistura, Elba Ramalho (10).

Instrumentaiists — Almost Forgot-ten (CBS 225092) — coletânea comoito grupos liderados por Dave Bailey.Coleman Hawkins/Clark Terry, PonyPoindexter. irmãos Montgomery,Johnny Coles, Slide Hampton, TubbyHayes e J. J. Johnson. Gravaçõesrealizadas entre 1955 e 1962. Produ-ção de Mike Berniker, Teo Macero eJohn Hammond.

COLETÂNEA

das mais inte-ressantes, com material iné-dito proveniente de um pe-

ríodo fértil em gravações de qualida-de. Embora sem apresentar nada denovo (e nem poderia, visto as datas degravação), cada faixa tem pontos deinteresse para o ouvinte, com umsaldo altamente positivo, a despeitode mínimos maus momentos. Váriosmúsicos aparecem em mais de umgrupo, como Bailey, Terry, TommyFlanagan e Horace Parlan. O sextetode Bailey ataca um velocíssimo Brow-nie Speaks, uma variante de I GotRhythm, de Clifford Brown; mesmonão sendo um Clifford Brown, Terrytoca com imaginação e espírito, segui-do por Júnior Cook (sax-tenor), algoconvencional, e Curtis Fuller (trom-bone), fluente, comandados pela ba-teria do líder. Terry expõe Ain't Mis-behavin' com sonoridade einflexões pessoais, partindopara uma improvisaçãocom frases simples e curtas,terminando quase agressi-vãmente, fora das suas ca-racterísticas; Hawkins de-cepciona com frases medío-cres, fragmentadas, inteira-mente desligadas uma daoutra, num solo desconexo,parecendo inacreditávelque um gigante do jazz ti-vesse um momento tão maucomo esse; mas Flanagan,um melodista impecável,salva a faixa com sua ele-gãncia e finesse. Lanyop éum festival para saxofonis-tas, com Poindexter à fren-te de nomes como EricDolphy, Clifford Jordan, JimmyHeath, Sonny Red e Pepper Adams;mesmo com um certo desequilíbrionos uníssonos, o grupo vai muito bemnesse blues lento, com o líder dandoinflexões lamurientas ao seu discurso,Dolphy e Heath muito bons, umaativa troca de idéias entre Red eAdams, apoiados na sólida base daseção rítmica formada por GildoMahones (piano), Ron Carter (con-trabaixo) e Elvin Jones (bateria). Os

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6 o CADERNO B o domingo, 7/7/85

Bicicleta

Prazer e

JORNAL DO BRASIL

Fotos de Aguinalao

Pertencer ao Vacilou-Pedalou pode mesmonão custar caro, mas quem se apaixona pelo ciclis-mo acaba, na verdade, gastando muito dinheiro.Longos passeios de bicicleta exigem trajes especiaisque custam, no mínimo, Cr$ 600 mil: camisetas combolsos nas costas para levar o lanche, calças comforros especiais para amaciar o contato com o selim,sapatilhas com ferros que encaixam no pedal, luvase o imprescindível capacete.

Pior que isso são as próprias bicicletas. Éperfeitamente possível fazer uma excursão montadonuma Caloi-Sprinter, que. de segunda-mão, naCicle Sangalhos, não sai por mais do que Cr$ 300mil. O problema é que à medida que o ciclista vai seobcecando pelo esporte começa a devanear combicicletas cada vez mais caras: modelos importadosAlan ou Moser, que custam cerca de Cr$ 8 milhões.Nelson Oliveira e o fiscal Paulo Padilha, sócio doVacilou-Pedalou, chegam ao requinte de ter bicicle-

\as personalizadas: o quadro é da marca francesaVitus, os aros são italianos, os raios, americanos, eo cubo (que liga o raio ao aro) é japonês.

Mas existe muito ciclista no Rio de Janeiroque, em vez de gastar, poupa dinheiro pedalando.São os que passaram a usar a bicicleta comoprincipal meio de transporte — o que é perfeita-mente possível para quem limita seus trajetos àZona Sul. A repórter Glória Maria, da TV Globo,por exemplo, só anda de bicicleta. Vai de sua casa,na Gávea, até o Jardim Botânico numa velhaMonark que ganhou na época em que fazia o tele-jornal Bom Dia Rio, às 4h da manhã, para acompa-nhar os padeiros entregando o pão. Estende aindaseus percursos até os cinemas do Leblon e da Gáveae ao Arpoador, onde religiosamente assiste ao pôr-do-sol:

— Fiz grandes amigos com a bicicleta — contaGlória — como o ator Eduardo Conde e o relações-públicas Claudinho Segtovich, outros ciclistas con-

victos. Mas o mais importante é que eu, queabsolutamente não tenho tempo para fazer ginásti-ca, me mantendo em forma dessa maneira.

Fernando Gabeira é outro que pedala a ZonaSul inteira. Colocou uma cesta na frente do guidompara carregar a filhinha, e percorre a Lagoa,Ipanema e Leblon rumo ao trabalho ou passeando,simplesmente.

O mais interessante é que, de uns anospara cá, os motoristas ficaram muito menos agressi-vos com os ciclistas — diz ele. — Se bem que eutenho a possibilidade de fazer 80% dos meuspercursos pela ciclovia da Lagoa.

O cineasta José Joffily, 39 anos, é também umciclista contumaz, embora não se encaixe nem nogrupo do Vacilou-Pedalou, nem entre os que usama bicicleta como meio de transporte. O grande lancepara Joffily é, aos sábados e domingos, pedalar das8h da manhã às 4h da tarde, sozinho, pelo Centroda cidade. Segundo ele, higiene mental melhor nãohá.

Outro dia não pude pedalar porque abicicleta, velhíssima, quebrou — conta o cineasta.— Decidi que, em vez de comprar outra, iaconsertar aquela. Foi muito relaxante. Jamais en-traria num esquema de me organizar e gastardinheiro para andar de bicicleta. Já [aço issosuficientemente durante a semana.

Há ainda os que gostariam de pedalar, masnão podem. Os guardas de segurança da PUCEveraldo Santana e Paulo Nascimento ficam comágua na boca vendo, cada vez mais, os estudanteschegarem à universidade de bicicleta:

Eu moro lá para Nova Iguaçu — contaEveraldo — e o Paulo reside em Paciência. Temosde pegar um trem e três ônibus para chegar aotrabalho. Que economia não seria pedalar... Masbicicleta é coisa de rico, que mora perto das coisas.

Os sócios do Vacilou-Pedalou só andam em grupo, bem cedinho.Gloria Maria vai da Gávea à TV Globo e volta na sua velhaMonark. José Joffily não conhece higiene mental melhor

Luciana Villas-Boas

ENQUANTO

nas cidades mais desenvol-vidas do mundo — Amsterdã, Bruxelas,Estocolmo — a bicicleta sempre foiveículo popularíssimo, no Rio, onde o

carro é verdadeiro símbolo de status, até poucotempo ela era olhada com certo desprezo. Brinque-do de criança ou transporte de entregador demercadoria. Foram precisos 12 anos de alta cons-tante no preço da gasolina para que a bicicletacomeçasse a melhorar sua reputação por estaspraças.

Hoje em dia pedala-se consideravelmente noRio de Janeiro. Os madrugadores sabem que cmdias alternados, entre 5h e 6h30min da manhã, aorla marítima — Atlântica, Vieira Souto, DelfimMoreira e Pepino — fica tomada por centenas deciclistas vestindo capacetes e sapatilhas especiais epedalando bicicletas fantásticas, modelos exclusivosque custam pequenas fortunas. Além disso, há osque, morando perto do trabalho, usam bicicletapara se locomover de um lugar a outro, principal-mente na Zona Sul. De fato, o crescimento do usoda bicicleta no Rio obedece a duas linhas diferentes:a do esporte e a do meio de transporte.

— Como esporte, o ciclismo só começou aexistir depois do primeiro Triathlon, em 1982 —conta o economista Nelson Oliveira, 35 anos. quequatro madrugadas por semana pedala, em duashoras, de Ipanema até a Prainha, na Barra daTijuca. — Sendo uma competição que combinaprovas de natação, corrida e ciclismo, eu, como agrande maioria dos atletas cariocas, só estava pre-parado para as duas primeiras. A bicicleta umadescoberta.

Para Nélson Oliveira, o ciclismo apresentaalgumas vantagens sobre a natação e a corrida:permite passeios mais longos, permite conversar e,

simplesmente, é mais divertido. Foram essas razõesque levaram à criação do primeiro clube de ciclistasdo Brasil — um tipo de organização, aliás, muitocomum nos países europeus.

Vacilou-Pedalou — Ciclo Turismo do Rio é onome do clube criado há um ano pela advogadaMarisa Nunes. Com 80 sócios, o Vacilou-Pedalouorganiza excursões de bicicletas saindo do Rio rumoa Angra dos Reis, Saquarema, Petrópolis etc. Nopróximo sábado, os sócios do clube vão fazer Rio—Cabo Frio. A saída será às 6h da manhã e a chegadaestá prevista para o meio-dia, pedalando-se a 30km/h. A organização inclui uma kombi para acom-panhar os ciclistas e recolher os que se cansam, trêsparadas obrigatórias de meia hora para relaxamen-to, almoço num bom restaurante na cidade dechegada e o frete de um ônibus para a volta. Agrande vantagem do passeio é que, além de botartodo mundo cm forma, ensina geografia e fazturismo.

— E ainda por cima não custa nada pertencerao clube — acrescenta Marisa Nunes. — Paga-seapenas uma taxa para participar da excursão, que,no caso de Cabo Frio. é de Cr$ 40 mil, incluindodesde o almoço c o ônibus até a passagem dabicicleta na barca para Niterói. A única exigência éque todos portem um capacete. Assim, não épreciso sequer ser atleta para participar. Tem gentede mais de 60 anos no nosso esquema.

Marisa Nunes, porém, está pensando em esta-belecer uma pequena taxa de sócio para cobrir asdespesas de xerox e telefone, indispensáveis àorganização dos passeios. Isso porque o Vacilou-Pedalou, que começou como uma brincadeira, estáse transformando numa grande organização. Jáestão programadas excursões para Juiz de Fora eCampos do Jordão e, na Copa do Mundo de 1986,grupo de 30 sócios do clube fará propaganda doBrasil no México pedalando de uma cidade a outraonde se realizarão os jogos.

Ziraldo

Otimismo, idéias, projetos para

a nova Funarte

salões de arte. mas toda a cidade, apoiada porconcursos em escolas, conferências, debates, aulasde pintura, simpósios. Na exposição ao Ministro,Ziraldo observa que o projeto pode parecer deliran-te, mas já despertou o interesse de alguns empresá-rios.

Outra idéia em pauta é a criação do InstitutoNacional de Artes Gráficas e da Agência de Histó-ria em Quadrinhos. A agência funcionaria nosmoldes dos sindicatos americanos, que multiplicamuma tira por centenas de jornais, multiplicandotambém o pagamento aos artistas c barateando ocusto para cada jornal, seu cliente. E chama aatenção:

Esta será uma atividade lucrativa e odinheiro arrecadado será aplicado num programade difusão da história em quadrinhos brasileira.

Projeto que já abiscoitou o apoio do professorLúcio Costa é o do Centro de Artes Gráficas, queseria posto em prática através de convênio com oGoverno do Distrito Federal, mais UniversidadeNacional de Brasília. Teria como núcleo geradoruma grande oficina de artes gráficas e se destinaria àpesquisa e à formação de pessoal na área.

E. local mais informal no Rio. nascido noArpoador e fixado na Lapa. o Circo Voador estatambém nos planos do presidente da Funarte.Ziraldo sugere apoio oficial e facilidades para que ocirco voe literalmente, ressurgindo em diversascidades com sua atividade "cheia de alegria ecriatividade".

Entre parênteses, um esclarecimento é dadoao Ministro quando o humorista c cartunista fala doprojeto para a abertura de 2 mil 500 livrarias emtodo o pais. em menos de um ano. através deconvênio com o Instituto Nacional do Livro e CaixaEconômica.

Atenção. Ministro: ás vezes eu mesmo meassusto, acreditando que o caro Ministro pude acharque sou um sonhador desvairado. Felizmente co-nheço sua capacidade de discernir e de entender ascoisas com rapidez, alem do seu jeito para meditarsobre cias e compreender a sua viabilidade

Fechado o parênteses. Ziraldo explica o seuplano de instalar vitrinas de |;\r%<s que mostrarão osult -ms lançamentos da Ineutura brasileira nasacene as da ( iixa Econônuc • C ida eii tora tomefer a um "heio catálogo" de si. t» .•••: com lotosdo> Ii\ r*c o número de ordem de c.tda um. alemdo material publicitário necessai o A editora quef::—.asse c.oínio «ripara d • r>'ogr.tir,.i tcçi.lipelos computadores da Caixa, fc a operação édetalhada, esmiuçada

Até a comida entrou no projeto da Funarte.Apoiado por frase do sociólogo Gilberto Freyre —"tempero é cultura" —. o presidente sugere, comapoio da iniciativa privada, a criação do NúcleoCultural da Cozinha Brasileira. Caso a idéia fosseapetitosa. sugeriu ao Ministro reunir, para umprimeiro contato, personalidades em torno de umaboa mesa cm Águas Claras, como o próprio Gilbcr-to Freyre. Guilherme Figueiredo. Antônio Houaiss,Maria Stela Libânio. Tereza Weiss. cozinheirasbaiana e paraense. José Hugo Celidônio, GeraldoCase e outros gourmets.

O Governo brasileiro — explica — jamaisse preocupou com o aspecto cultural da cozinhabrasileira, com os nossos hábitos culturais de ali-mentaçáo, nossos temperos baianos, nossos docesmineiros, nossa broa e nosso angu. com a ncccssida-de do estudo e da pesquisa para entender melhor oque comemos e por que comemos.

Várias outras idéias estão alinhavadas na cartaao Ministro. Como a criação de um Clube Funarte eRevista Funarte. o primeiro nos moldes do Clubedo Livro, a segunda da revista do Dinners. Umagrande revista cultural com distribuição em maladireta, catálogo das mercadorias da própria Funar-te. roteiro cultural de todo o país, espaço tambémpara os artistas gráficos, experimentos literários epoéticos, ensaios, tudo o que for ligado a músicaerudita, popular, artes plásticas, folclore.

Tido como "uma novidade na área cultural dovídeo-teipe". surge outra idéia no projeto Funarte:o vídeo-livro. programa dc 60 minutos ou menos,narrado e mostrando de maneira nova que deixariaao final o espectador totalmente informado sobretodo um livro (clássicos da literatura brasileira) eávido por lê-lo.

Tantos projetos, dificuldades de verbas, aFunarte conseguirá realizar os sonhos infantis deZiraldo? A quem o julga ser apenas um louco esonhador, o humorista diz ser delirante, agitado,tenso, ansioso e sonhador nas suas manifestaçõesexternas, mas paciente, disciplinado e realista inte-riormente, não fosse ele mineiro.

Mal tendo tempo para tantos compromissos,chíirue diária publicada no Jornal de Brasília, omineiro Ziraldo Abes Pinto cantaiola a Ohl Minas(íerais e. entre oleos ie I) Pedro II c 1) Pe,bo ! cmsi.a sala. lembra a serie dc Jacques ( ouMc.iu "a¦\n azotr.a. ; a' a espucar como n io >t i , ¦,m. ibihzadopelo scimso público e levara adiante o projeto daFunarte

Vou se- igu.il/inho ao boto cor-do-rosa opiau não ^ai me escapar.

Beatriz Bonfim

O

projeto da Funarte, Fundação Nacio-nal de Artes, já está pronto. Em 31páginas o mineiro Ziraldo Alves Pinto,52 anos. encaminhou ao Ministro Aluí-

sio Pimenta pouco mais dc 20 dias atrás um amplorol de sugestões que inclui desde a criação de umaEscola Superior dc Música Popular, em Juiz deFora, a vitrinas de livrarias nas 2 mil 500 agências daCaixa Econômica Federal, vídeo-livro com os gran-des clássicos da literatura brasileira e um NúcleoCultural da Cozinha Brasileira.

São projetos do novo presidente da Funarteque, nomeado logo no início da Nova Repúblicapelo então Ministro José Aparecido, foi confirmadopor Aluísio Pimenta e empossado dia 12 de junho.Um presidente irrequieto que diz ter colocado nopapel todos os sonhos infantis que o acompanharamvida afora, seu ufanismo cívico de menino que, cmCaratinga, pensava sem parar: — "Ai, se eu pudes-se, o Brasil seria o maior país do mundo!".

Ziraldo sabe que a Fundação vai precisar, emuito, de verbas. Hoje, sem pessimismo e apavora-mento, as de custeio estão chegando ao fim. Masainda assim afirma ao final da carta que mandou aoMinistro da Cultura:

— Embora toda esta quantidade de projetospossa ter enorme repercussão nacional e agitarbastante a sociedade brasileira, meu caro Ministro,posso garantir-lhe que. assim a grosso modo, comum aditamento dc menos dc 20 bilhões para 1985nós — folgada e organizadamente — podemosbotar todo este bloco nas ruas. Outros 20 e poucosbilhões — corrigidos — para o ano que vem. irãomatar a Funarte de felicidade. Digo isso pois, aolongo do tempo, muitas destas atividades serãoautofinanciáveis ou mesmo darão lucro e muitodinheiro poderá surgir daí. conseguido na atividadeprivada. O Senhor vê: cultura não é caro. Maisbarato do que uma ponte caída.

Lm meio aos muitos telefonemas. d'£igendaatropelada pelos compromissos, fila dc pessoasesperando na ante-sala. Ziraldo reforça sua tese deque cultura náo c caro. chamada cue e. nos EstadosUnidos, ita atividade do \r': Ou seta. a mais baratapara o Estado que pode contar, e muito, com ainiciativa privada. Lança também, aqui e ali, si.asidéias sobre cuitui i. sobre como a 1 unJaçã 1 deverainverter seus propósitos, mantendo as atuais atiw-dades, mas dando prioridade aos projetos l:..ealinhava, voltando-se para o consumidor cultura cnão apenas para o produtor cultural porque, per-

gunta. de que adianta proteger o homem queproduz cultura num país que não consome cultura?

— É tudo gente da minha raça — diz comsotaque carregado de mineirice. ao confirmar todosos diretores dos institutos da Funarte e elogiar aequipe da qual 80rr dos funcionários tem níveluniversitário, mais de 10' r pós-graduação, pelomenos 10, PHD.

E se está la. como diz. para "puxar a locomoti-\a". esta querendo que toda a sociedade brasileirase envolva com a questão cultural, para que saibaque se faz cultura quando se faz um tempero, umabroa de milho ou um paio no tucupr. que um povosem voz e aiitocorhccimento e um povo dominado;que um quadro e bom e uma cançao e boa. porque ohomem vira animal se não inventa

Ziraldo propõe, sem o listado vestir o fardãodo mecenas, a criação de novas leis que protejam aatividade cisltuial e entre os proicti>s «uie eMaocom

encaminhamento mais agilizado, cita o da criaçãoda Escola Superior de Música Popular cm Juiz deFora. na fábrica de tecidos que aguarda desapro-priaçáo. nos moldes da de Berkeley. em Boston. Osgastos iniciais seriam da ordem de CrS I bilhão, eele ja busca outros recursos em contatos com aPetrobrás. Vale do Rio Doce. Caixa Econômica.

— Este e o nosso projeto mais caro e maisambicioso. Por esta razão, acho que ele é o nossoprojeto mais importante e mais urgente. Faltamquatro anos para o ccntenano cia Prodamaçáo daRepública Minha idéia e encenai a Grande Expo-sição Itincrarite da Pintura Bi.tsileira cm Brasília.tu--; imente no inicio das comemorações ,1,1 lesta docentenário.

Um projeto que vai fazer a historia da pinturabrasileita via-.ir pelas iapi:a;s do pais, de Pedro•\t lénco e Vietor Meitellcs aos jovens pintores dehoje. uma cvpos.çáo que náo ouipaia as galerias e

Ziraldo começa a realizar na Funarte seus sonhos de menino: "Ai, se eu pudesse, oBrasil seria o maior país do mundo!"

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Page 49: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL domingo, 7'7 85 o CADERNO B

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SANTEIRO: não há nada mais atraentena teia da televisão. É, pelo menos até agora, omelhor presente que a Globo ofereceu ao públiconas comemorações de seus 20 anos. Um espetáculo

novo, com a marca inventiva de Dias Gomes, que volta adestilar seu humor fino, usando a sátira com a maior esperteza.O mesmo brilho que manteve o seriado O Bem Amado durantecinco anos no ar, sem o menor sinal de cansaço. Dias Gomesparece conseguir a dose exata de criatividade para driblar o déjàvu da televisão, evitando decolar para a novidade desvairada,nonsense compreensível apenas para um pequeno grupo deiniciados.

A novela estreou com muita força, embalada na publicida-de de ter sido censurada às vésperas da exibição, em 1978. Nãomostrou nada que justificasse o veto. A família brasileiracontinua a mesma, e a segurânça nacional da Nova Repúblicanão está nem aí para Roque Santeiro. Prova-se, mais uma vez,que a Censura tinha alguma dificuldade em reconhecer bonsespetáculos. O público, no entanto, náo padece do mesmo mal:em sua primeira semana no ar, a novela está com uma média de73,4% de audiência no Rio e 61,3%, em São Paulo. Nenhumaoutra novela teve tal performance na estréia. Em seu segundodia, Roque Santeiro arrebanhou um público de 3 milhões 343mil pessoas no Rio com um índice de 83%, cada vez mais raro,mesmo na Globo.

Por que tanto sucesso? Diz o público que a história quebraa rotina do horário, mostrando o Brasil brasileiro, tema bissextona nossa televisão. A cidadezinha de Asa Branca, o coreto napraça e seus personagens meio caipiras acabam sendo maisexóticos do que o pseudo charme cosmopolita, pasteurizado emcomportamentos de clichê. Roque Santeiro inova exatamentepor esse caminho e por não ter caído na armadilha do novelãoque costuma dar certo no horário. Nada de choro e soluço,muita gargalhada arrancada por um elenco escolhido comacerto. E um ritmo frenético da narrativa, sem as habituaisesticadas de cena que deixam o espectador com a clara sensaçãode que está sendo engabelado.

Cenas impagáveis já foram ao ar. As "meninas" da boateSexus exibindo os traseiros para a dupla moralista D. Pombinha(Heloisa Mafalda) e Mocinha (Lucinha Lins) foi ótima. Assimcomo os arroubos amorosos entre Sinhozinho Malta (LimaDuarte) e Porcina (Regina Duarte) que chegam ao clímax naslambidas de mão e latidos: engraçadíssimos. Aliás, esses papéisparecem ter sido feitos sob medida para os dois. Lima Duarte

O mito de Roque (José Wilker) serve atodos, desde D. Pombinha (HeloisaMafalda) e Mocinha (Lucinha Lins) até oirreverente ator Roberto (Fábio Júnior)

interpreta um coronel do interior com toda exuberância que opader regional lhe dá. E o faz de uma forma leve, sem jamaiscomprometer a linha de humor do texto. Basta lembrar a cenaem que perde a peruca no quebra-quebra na Sexus. Levantadevagar detrás da mesa, com o jeito do Moita.

Regina Duarte é uma boa surpresa no papel da mulherescrachada, com o deboche que a fôrma de "namoradinha doBrasil" jamais deixou aparecer, atrofiando sua veia cômica. EmPorcina, está à flor da pele. Muito bom, também, o desempe-nho de Ary Fontoura, encarnando o prefeito S. Flô. Mostrouseu talento ao ler o discurso de inauguração da estátua deRoque Santeiro só para prender o misterioso professor Astro-mar (Ruy Resende) em sua casa até meia-noite, hora em que acandice da cidade diz acontecer sua transformação em lobiso-mem. Enquanto espreitava o relógio, S. Flô solta um "iiih" queencheu a cena de graça. E Paulo Gracindo, com o PadreHipólito, está perfeito.

Tudo corre bem em Roque Santeiro, por enquanto. Adireção de Paulo Ubiratan aproximou a imagem do cinema,usando o close só nos momentos indispensáveis. De resto, muitaação. Um bom exemplo desse tipo ágil de direção foi ainauguração da tal estátua, com a tela repleta de detalhes. NissoPaulo Ubiratan conta com a cumplicidade de Dias Gomes eAguinaldo Silva, encarregado da continuação da história. Osdois evitam, no texto, passagens que conduzam à câmerafechada, imagem quase inevitável em diálogos compridos entrepersonagens. No script da novela as situações, mais do que odiscurso, dão as dicas da história.

O tema da novela é outra novidade. A discussão do mitocostuma aparecer com freqüência em teses acadêmicas masnunca chega ao grande público em linguagem simplificada. E omito está sempre presente, uma passada de olho na História.Asa Branca vive de Roque Santeiro, a exploração desse santolaico é a espinha da cidade. Assim como outros mitos sustentamgovernos e civilizações. Roque(José Wilker) entra em cena nocapítulo 27, mais vivo do que nunca. A partir desse ponto, ahistória passa a questionar a ética do poder instalado em AsaBranca. O que fazer? Conviver com a mentira ou encarar averdade., mesmo que ela signifique a falência, a derrocada dospoderosos e da própria cidade de Asa Branca?

Em 1978 ruía o "milagre econômico", um dos mitos maiscultivados pelo regime militar. A grande ressaca nacional estavalogo ali, bem à vista. Entende-se que náo era o melhor negócio,para o governo, abrir terreno para esse tipo de discussão. Maisdo que o mito, a história de Dias Gomes cutuca a falsidade, oembuste.

Chico Anísio

Mais um

ano inteiro

de piadas

no palco

Diana Aragão

AOS

54 anos, 37 de carreira e 24 de shows, ChicoAnísio estréia mais um: o Oitavo na Peneira,cartaz do Teatro Casa Grande a partir de quarta-feira. Depois de cumprir 10 meses de temporada

no Palace, de São Paulo, o humorista retorna ao Rio para ficarum ano, no mínimo, em cartaz no espetáculo, que de peneirasó tem nome, pois se trata de composição inteiramente nova.Claro que conta com algumas piadas antigas, a pedido dopróprio público.

Na confortável casa de São Conrado, enquanto atende aimprensa e brinca com o caçula dos cinco filhos, Cícero, dedois anos. o ator fala de mais este espetáculo, dirigido porFernando Pinto (diretor de arte do seu programa de televi-são). Primeiro, a idéia inicial era a de realmente fazer uma"peneirada" nos espetáculos anteriores e, a partir dos melho-res momentos, montar o Oitavo na Peneira. Mas — contaChico Anísio — acabou saindo um show todo novo, embora,dependendo da platéia, ele faça um ou outro número antigo,extraído dos seus cinco LPs já gravados.

Satisfeito por ter batido alguns recordes no Palamaior público de quinta, sábado e domingo, só perdendta temporada de Elba Ramalho — Chico volta aoquerendo ficar pelo menos um ano em cartaz. Depois ,c„,outros 12 meses em São Paulo, seguidos de 45 dias em BeloHorizonte, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba. Sem es-quecer o interior paulista, que lhe dá mais um ano detemporada. Em média, ele trabalha de quatro a cinco anos emcada espetáculo de sua carreira.

Nessa carreira de 37 anos ele tem todos os setores: rádio,jornal, televisão e palco. Mas ainda prefere o veículo por ondecomeçou: o rádio. Tanto que até hoje mantém um programadiário na Rádio Tupi — A Turma da Maré Mansa. LmRodando com Chico Anísio, apresentado na Rádio Globo àstres da madrugada, ele se dirige aos caminhoneiros. Chico eenfático quando di/ preferir o rádio:

— E a melhor escola (ele começou na Rádio Guanaba-ra). Depois do rádio, a melhor é a dublagein.

Lie grava esses programas com vários personagens emesquetes diversos e os considera da maior importância tam-

Foto de Ana Carolina Fernandes

ace —paraRio

>is terá

Na véspera de mais uma estréia,Chico Anísio brinca com o filho caçula,

Cícero, de dois anos

bem porque "seguram a barra de muitos comediantes e sáoescutados pelo povão, por quem tenho o maior respeito". Nasucessão dc casos — é como ele define o Oitavo na Peneira —Chico Anísio explica que não passa de um contador dehistórias, usando pouco a política por falta de hábito e pelodesconhecimento do povo em relação aos nomes dos políticos.— Acho muito elitizado e meio inútil fazer uma piadasobre Nelson Ribeiro, pois o povo não sabe quem é. Em vezdos personagens políticos, uso situações políticas, que achomais de acordo.

Ele considera Oitavo na Peneira seu espetáculo maisbonito, mais bem acabado, "não porque eu esteja maisbonito . mas pela qualidade que Fernando Pinto deu ao show(seu espetáculo anterior foi dirigido por Jó Soares, que lheensinou a usar música dc fita cm suas apresentações). Ailuminação e os slides, segundo o humorista, dão o clima doespetáculo de uma hora e 20 minutos de duração, semintervalos, "porque teria que começar duas ve/es e acabarduas também, quando iá c difícil começar uma vez" —comenta.

A redação linal do show é do pr.iprio atui que descreveOitavo na Peneira como um encadeanuntn de histórias, umahistória comprida, onde um assunto puxa o outro .Poderia ficar sentado onde estou, mas faço o show

por ganância (rik 1 um show que minha mãe \e L st ela \e.qualquer um pode

As colegas

da faculdade

E

comum um homem sair para um programa comduas mulheres (talvez a namorada e uma amiga).Não é táo raro sair com três (a namorada, a primaque chegou de fora e uma amiga). Às vezes

acontece de sair com quatro (a namorada, a prima de fora,uma amiga casada cujo marido está viajando e a amiga).Nunca se soube, porém, de ninguém que saísse para umprograma com 11 (onze) mulheres.

Vou escrever à editora Guiness exigindo a marca noLivro dos Recordes. Quarta-feira à noite saí com 11 mulheres.E o que é pior: não tinha interesse em nenhuma delas. Eramfraternais coleguinhas de turma da Faculdade de Direito daBahia. Algumas não via desde a noite da formatura, dezembrode 1965 (só 20 anos — como o tempo passa devagar!). Elasvoltavam de um congresso de Promotores (ministério Público)em S. Paulo. Antes de seguirem para Salvador, resolverampassar dois dias no Roo. Desnecessário dizer que fui apanhadode surpresa pelo Grupo das 11.

A combinação inicial incluía apenas duas. Terça-feirauma delas me ligou do hotel, falou da outra colega e disse quequeriam me ver. Não vacilei em marcar o encontro. Tenho omaior carinho por toda a minha turma da faculdade. Ali passeimeus anos dourados. Cinco anos de uma convivência diária,estudando juntos, praticando esportes, fazendo política, orga-nizando festas e pic-nics. Apenas não podia encontrá-las naterça-feira. Combinamos de nos falar dia seguinte para marcaralguma coisa.

Quarta-feira às 19hs ela tornou a me ligar. Disse quequeriam ver meu espetáculo, depois iríamos a algum lugar.Achei ótimo. Só havia um detalhe, acrescentou: "Nós agorasomos cinco". Tinham chega do mais três do Congresso (asduas primeiras saíram antes da sessão de encerramento). Nãotem problema, meu carro é pequeno mas com jeitinho cabemseis. A idéia de sair com cinco mulheres, porém, me causouum certo desassossego. Comecei a ligar para alguns amigosdisponíveis. Não iria me sentir à vontade circulando com cincomulheres a tira colo. O primeiro já tinha combinado umcineminha com a namorada. O segundo convidara uma amigapara assistir em sua casa o cacete do último filme de WoodyAllen. O terceiro tinha um jantar em casa de parentes.Poderia ir ao nosso encontro mais tarde, mas não via muitosentido:

Vocês vão ficar remexendo aquele lixo universitá-rio... que eu vou fazer lá? Me formei em Odontologia... pelaFluminense... e nunca estive na Bahia.'

Admito que àquela hora não seria fácil encontrar umcara em casaj sentado numa poltrona diante do telefoneaguardando que alguém ligasse para sair com cinco mulheres.Tentei mais dois, em vão. O último amigo para quem liguei foientrando de sola. Queria a ficha técnica das mulheres: peso,altura, medida dos bustos, dos quadris, cor dos olhos,tamanho dos pés. São brotinhos? Bem, náo posso chamarminhas colegas de turma de brotinhos, mas — disse tentandoaliciá-lo — elas têm uma cuca incrível:

Então não vou! — chiou. — Não agüento maismulheres de cuca incrível!

Ao terminar o espetáculo estranhei a ausência delas nocamarim. Suas amigas estão lhe esperando na porta do teatro,disse-me o administrador. Ao botar os pés no calçadáo doDelfin vi um bando de mulheres agrupadas próximo ao meio-fio. Na penumbra, à distância, nem me passou pela cabeça quefossem elas. Deve ser, pensei, um grupo de senhoras que veiode Volta Redonda ou Barra do Piraí para ver o espetáculo eestão esperando o ônibus.

Uma delas me chamou com aquele inconfundível sota-que baiano. Ao me aproximar verifiquei que as coleguinhas deturma tinham se multiplicado como o milagre dos pães. Foiemocionante revê-las. Ocorre que me preparara para revercinco. A que me ligara explicou a presença das outras seis.Logo que desligamos, disse, chegaram mais quatro, tentei lhefalar, mas seu telefone estava ocupado o tempo todo. Quandosaíamos para o teatro chegaram mais duas que nem mudaramde roupa. Onde é que nó vamos?

Bem, eu...han...bem, talvez...— esforçava-me paraparecer natural diante daquele batalhão aguardando ordens —não sei..á essa hora (eram apenas pessoas...talvez...-deixe-me ver...

Antes de mais nada agradeci ao feminismo por tersocializado as despesas. Em outros tempos uma saída com 11mulheres me obrigaria a fazer sessões extras às segundas-feiras. Tive vontade de dizer a elas que aqui no Rio todosdormem cedo; tudo fecha cedo. Ia pegar mal. Procurei ganhartempo empurrando a responsabilidade para elas.

Vocês escolhem o lugar...Elas reagiram: Você é quem sabe!" Pela expressão pude

perceber que elas me consideravam algum assim como o Reida Noite Carioca. Perguntei o que gostariam de fazer. Umadelas suegriu "dançar um pouco". Imediatamente pensei emdanças folclóricas. Sim, porque com 11 mulheres... Olhei orelógio e me perguntei: "onde é que, no Rio, a essa hora.poderíamos tentar dançar o Bumba-Meu-Boi?"

Esforçava-me para pensar em algo. Certamente não irialeva-las a um barzinho. Muito menos a um restaurantecçmhecido (como é que iria entrar com 11 mulheres? se aindafosse fim de ano...). Desconhecido seria um risco. Sentia umgrande desconforto na pele. Parado diante delas, sentia-mecomo umguia de turismo. Quase propus um sight-seeing.Poderia falar-lhes sobre o prédio da Delfin; mostrar o edifíciode onde jogaram a menina Mônica. Tudo a pe, sem sairdaFonte da Saudade.

Elas permaneciam aguardando minha sugestão. Percebique já davam sinais de impaciência. Tentava pensar rápido,mas náo me ocorria umúnico lugar quepudesse invadir comaquele time de promotoras. Por que os shoppings não ficamaberto à noite toda? Fosse mais cedo, poderia leva-las paraconhecerem o Fórum do Rio. De repente, sem mais nemmenos, pintou uma idéia:

Você conhecem o Aterro do Flamengo?Algumas estranharam a pergunta. Outras disseram que sóconheciam de passagem. Mas..ó que iríamos fazer agora noAterro?— Bem...vocês não são onze? A essa hora tem sempre umfutebolzinho rolando por lá.

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Page 50: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Affonso Romano de SantfAnna

AIDS: A peste

moral

"Os homens que não morriameram atingidos com os tumores; eo clamor da cidade subiu ao Céu"(I" Samuel, cap. 5, v.12).

O

que h;i ile inquictante na questão daAIDS c que está despertando em nós.tle novo. o sexo culposo. O sexo. derepente, voltou a ser lima maldição.

Não só o sexo. mas o amor. Mesmo os casaismonogámicos. mesmo os bebês 110 ventre mater-no. todos estão sujeitos a este estigma. E este éuni dano imenso. E uma recaída numa situação daqual pensávamos estar nos libertando desde quehá uns 2(1 anos as relações amorosas entre aspessoas foram de certa forma destraumatizadascom a invenção da pílula anticoncepcional.

Claro que a AIDS é um fato concreto. Não éisto que estou discutindo, e sim o efeito simbólicoda doença. Estima-se que três milhões de america-nos já contraíram a praga. No Brasil haveria quase500 casos de morte registrados. Isto tudo é verda-deiro e trágico. Mas além do sexo culposo, que fazos mais velhos voltarem ao clima das penosasinterdições morais e assusta, pela primeira vez. osmais jovens, há o aspecto social e ideológico. Derepente, começa-se a dizer que a AIDS veio daÁfrica Central. Repete-se um fato que pode serhistórico, mas é também ideológico. Pois era àÁfrica que também se debitava a peste bubônica,dizendo-se que ela saiu dali no sec. VI para invadira Europa. E em relação à AIDS diz-se que elaveio da África, passou pelo Caribe até chegar aosEstados Unidos.

É uma velha história. O mal sempre vem defora. O mal é sempre o outro. Ontem era o judeu,hoje ainda são o preto e a mulher. E no caso daAIDS. o homossexual. Como disse o Dr. ÁlvaroMatita. "o discurso baseado na culpabilização, emque o homossexual ou os africanos são vistos comolobos, e os hemofílicos e americanos são encara-dos como cordeiros, só aumenta o problema dadiscriminação". Por isto. é interessante retomar atese de Susan Sontag no livro em que considera adoença como uma metáfora social. Aos cientistasfísicos cabe o estudo objetivo das bactérias. Aoscientistas sociais cabe o estudo semiológico dosignificado da enfermidade.

E impossível não ver uma relação entre o

tratamento ideológico dessa doença colocada co-mo uma peste moral e o papel da Moral Majoiitvnos Estados Unidos. Como se sabe o governoReagan reforça os valores tradicionais. Atrasadomais de cem anos. ele retomou a questão doevolucionismo. para insistir que o homem nãoveio do macaco, mal sabendo que. naquele 1110-mento. os macacos reunidos em assembléia tam-bém negavam terem vindo do homem. E não é àtoa que em seu governo é que começaram aexplodir dezenas de clínicas de aborto.

Uma coisa que me deixa meio confuso é aafirmativa de que a AIDS nasce da promiscuída-de. E quem diz isto pensa, obviamente, que nuncaa humanidade viveu um período mais promíscuoque este. Será? E como era 110 tempo em que nãohavia antibióticos e que mesmo os membros dascasas reais eram um poço de doenças venéreas?Deus não teve que dizimar Sodoma e Gomorraporque ali exageraram demais? Ah. sim. querdizer que a AIDS é uma nova praga dos céus?Olha, deve ser muito difícil ser Deus. Porque tudoacaba caindo nas costas dele. A Bíblia está cheiade estórias de pragas controladas por Jeová advin-das por causa dos egípcios e filisteus.

Henfil. por ser hemofílico, sabe tudo sobreAIDS. Encontro-o na praia. Está aproveitandopara ler A Peste, de Albert Camus, aquele roman-ce onde se narra como a cidade de Oran foi sitiadapela peste bubônica e como o Dr. Rieux e Tarrotixaí exercitaram graves questões sociais e existen-ciais. De minha parte começo a ler tudo sobrepestes e pragas e acabo voltando à Bíblia. Aí, noliveo de I" Samuel conta-se o episódio da praga deratos e tumores que se abateu sobre os filisteus.Os sacerdotes e advinhadores não tinham a menordúvida: aquilo ocorria por "culpa" do povo. Eranecessário "entregar uma oferta pela culpa".Bastava que enchessem a arca do Deus de Israelcom cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro,imitando os tumores e ratos que dizimavam aspopulações. E assim foi feito. E assim se livraramdo mal.

Os antigos, pelo menos no imaginário e apartir da ação simbólica, resolviam suas questões.A culpa e as pestes se exorcisavam com fetiches esimulacros. Oue ciência exorcisará em nós o mal ea culpa, agora que Jeová de novo lança sobre seupovo essa terrível praga?

À MESA, COMO CONVÉM

Prazeres alternativos

A piei lis

AS

coisas, com fre-qiièneia. estão ao la-do de onde as pro-curamos. E. ás vezes,

são outras. De tantos desacertos,desencontros e mal-entendido»faz-se a vida. Talvez por issodigam que Deus escreve com li-ilhas tortas. Será nosso olhar tor-to. Ou retorcidas as razões quenos damos. As linhas de Deusnão, que Ele é quem manda.Ficaria estranho corrigirmos asSuas diretrizes. (Saiu-me bom osermão. Vamos adiante).

Queria eu dizer — trocandoem miúdos — que vamos á esqui-na à procura de nozes (ficam bemnozes aqui — dão a isto um ar deapólogo europeu) e encontramosum abacaxi ou uma manga. Eelas estão deliciosas. (Se não esti-verem, dana-se a moral da histó-ria toda.) Ou então cavamos oquintal atrás de ouro — e agora afábula não é minha — e nos sai deprêmio uma colheita. Dandoexemplos reais. Quis Baudelaireescrever uma coisa parecida comGaspard de Ia Nuit de AlovsiusBertrand — livro do qual só selembra, hoje. o titulo — e fezseus pequenos poemas em prosa.E Vasco da Gama saiu à cata deespeciarias e achou o caminhomarítimo para as índias. (Piorpara as índias. Mas isto é outroassunto.)

Freqüentemente fato pareci-do acontece quando se sai atrásde um restaurante. Inventei, porexemplo, outro dia, de almoçarcom a Sra S. em um lugar austría-co. É invenção estranha, bemconcordo. E muito limitada — sóexiste, no Rio, um restauranteque se apresenta como austráico.Em compensação, existe há 17anos. E o Hansl, que fica lá emcima do Joá, em circuito que

anda meio vazio depois que insta-laram na Barra aquela brasiliazi-ilha estranha, cheia de novas-ipanemas. novos-Leblons. novasbobagens cheias de edifícios, to-das caríssimas e, no meio. auto-estradas.

A velha estrada do Joá écoisa muito menor e mais civiliza-da. Não é larga, tem zigue-zagues, prédios que não necessa-riamente se exibem, árvores até.O restaurante se instala em umadessas casas tortas que só pessoasda raça germânica conseguemdescobrir. Entra-se pelo telhado.Ou quase. A primeira coisa que ovisitante encontra, ao entrar, éuma escada que desce, dá umavolta e desemboca em cima deum balcão. Fica ali uma sala quese abre para uma linda vista. Tãorepleta — digo a vista — de sol eluz que acaba sendo preciso cor-rer as cortinas. Talvez por causadisto o garçom vive um poucoconfuso. Quando se lhe perguntasobre algo, faz sempre um arcontemplativo e ausente, cheiode compreensão e muito ralo deinformações. Ou então, está nacasa desde que ela existe e nutrealgum ceticismo a respeito decomidas em geral. Não anda lon-ge da sabedoria.

Obedecendo a esse ceticis-mo, custa o couvert a vir, dispen-sa o vinho seu balde de gelo —era um Gamay da Adega Medie-vai, ainda muito correto — e ospratos tardam pelas cozinhas. Naverdade, isto não importa muito— são demoras caseiras, sem ma-lícia, feitas de bom humor, nãode preguiça. (Tudo isso inventeieu. Melhor para meu fígado.)

Quando chegam, os pratosnão justificam a demora. São,sem dúvida, interessantes oschampignons com molho Tárta-ro. Mas o filé Aphrodite, combatata roesti e champignons temcomo única parte notável a orto-

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grafia antiga e o roesti bem feito.A carne não merece viagem tãolonga. Como não a justifica oGoulash vienense — correto, semdúvida, mas logo depois monóto-no. As tortas, porém! A apfest-rudel e a Sacher — de chocolate— são deliciosas. E, como depropósito, com elas chega o mo-mento em que o sol abaixa umpouco e permite que se corram ascortinas. Descobre-se, então, queo restaurante não foi feito paraservir comida, mas tortas e paisa-gem. É um dos prazeres alternati-vos dos quais te falei, leitor, noinício.

Diversos, também, dos pro-metidos, são os prazeres que —estes mais ralos surgem à mesado Performance, bar e restauran-te müito agradável que acabamde abrir em Ipanema. Há, porexemplo, um lindo antipasto,dentro do qual um imenso cogu-melo (imenso mesmo: é um cogu-melo-gigante) dança no meio dosoutros legumes, humilhando-osquase. O dito champignon. noentanto, não tem o menor sabor.Mas compensa esta ausência comvirtudes: é riquíssimo, dizem, emproteínas. Não sei quantas terá opresunto cru e o pimentão verme-lho que também andam no meio

da salada. São ótimos, porém.Também ignoro tudo sobre asvitelas que passeiam pelo' cardá-pio. No dia em que fui ao restau-rante, já tinham os animais serecolhido a suas estrebarias. So-brava o Tagliolini com molho dechampignons e queijo. Quantocreme, meu Deus! Oue desperdí-cio! Oue entupimento! E queexagero os 300 sabores da PêraPerformance, que chega rodeadade molhos e sorvetes! Provando-os. o Sr. G. disse: "Acaba tendogosto de sorvete de flocos!" Earrematou, cruel: "Da Kibon".Coisa que achei excessivo. Mas ocerto é que o forte da casa são asproteínas.

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Rio de Janeiro — Domingo, 7 de julho de 1985

Com saudade do vilão

Chanceler por 28 anos, Andrei Gromyko vira presidente da URSS

e o Ocidente ainda não sabe se ele subiu ou caiu para cima.

William WaackCorrespondente em Londres

"Se eu mandar o Gromyko abaixar ascalças e sentar numa pedra de gelo, elesenta". Da lealdade de seu Ministro dasRelações Exteriores se orgulhava nos idos dosanos 60 o antigo Chefe de Estado e SecretárioGeral do partido soviético, Nikita Kruschev— embora a frase acima nunca tivesse sidoconfirmada.

O fato é que Andrei Gromyko, no próxi-mo dia 18 um ancião de 76 anos de idade,sobreviveu à era Kruschev assim como jáhavia passado por Stalin, Malenkow e, maistarde, Brejnev, Andropov, Chernenko e opróprio Gorbachev. Ele é um monumentovivo da história recente, e suas reminiscênciaspoderiam enriquecer substancialmente os re-latos de gente como Churchill, Roosevelt,Eisenhower, De Gaulle, Kennedy, Nixon ouWilly Brandt. Gromyko é o único políticovivo que participou de conferências como asde Teerã, Ialta ou Potsdam. Alguns dos maisimportantes tratados internacionais dos últi-mos 40 anos têm sua assinatura.

Por que promover para fora o homemque na União Soviética melhor conhece osEstados Unidos, onde já era embaixador em1943? Ou o mais experiente Ministro dasRelações Exteriores do mundo, no cargodesde 1957, continuará mandando na políticaexterior da segunda superpotência? O quemudaria, em qualquer dos casos?

Essas perguntas estão quebrando a cabe-ça dos especialistas desde a última segunda-feira, quando o chefe de partido na URSS,Mikhail Gorbachev, pôs.o mundo de cabeçapara baixo ao anunciar Gromyko como novopresidente soviético e o até então poucoconhecido Eduard Shevardnadze para o cargode Ministro das Relações Exteriores. Na tri-buna diplomática, assistindo à reunião doSoviete Supremo (uma espécie de parlamentodo país), o embaixador americano em Moscounão conseguiu disfarçar sua surpresa e balan-çava a cabeça em sinal de descrença.

Gromyko de presidente, um cargo ceri-monial, mas honroso, com um grau de in-fluência política que depende sobretudo dasqualidades de quem o ocupa (recorde-se Ni-kolai Podgorny e Leonid Brejnev), ainda válá. Havia muitos boatos em Moscou antes dafeuniáo. Mas um político obscuro da provín-cia, cujos conhecimentos de inglês ou francêsparecem rudimentares, para ocupar a poltro-na famosa de Gromyko?

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(Vários jornais europeus e americanosressaltaram o fato de que a experiência inter-nacional do novo Ministro das Relações Exte-riores soviético se restringiu a visitas a paísescomo Portugal, Brasil, índia ou Áustria, dan-do a entender que isto seria totalmente insufi-ciente. Cada um tire as conclusões que quisersobre o enriquecimento que a estada deShevardnazdze em Brasília, em 1983, trouxepara sua visão de mundo. De qualquer manei-ra, como foi sua penúltima saída ao mundoocidental, deve ter bastante gente interessadaem várias capitais em conhecer as impressõesque o novo ministro deixou então em seusinterlocutores brasileiros.)

A disparidade entre os currículos deGromyko e de seu sucessor de nome quaseimpronunciável é tão grande, que só poderiahaver uma explicação: Gorbachev gostaria detomar para si a condução da política exterior.A hipótese de que um homem jovem e lealnesse posto se encarregaria de tocar a admi-nistração e o trabalho menos relevante, dei-xando para Gorbachev a formulação das gran-des linhas, parece reforçada pelo fato de quenem mesmo Gromyko, no auge de sua in-fluência (no crespúsculo da era Brejnev e sobChernenko) tinha competência exclusiva so-bre as questões centrais. Quem confirma istoé um ex-íntimo da alta hierarquia diplomáticasoviética, que desertou para o ocidente hápoucos anos e acaba de publicar um livro nosEstados Unidos.

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Contudo, há outras tentativas de explicaras mesmas modificações. Alguns especialistas,em especial os alemães, acham que Gorba-chev estará absolutamente sufocado pelas ta-refas de reforma e reestruturação internas quese colocou, e não terá tempo ainda de dedicar-se em detalhe à política externa. Aos 76 anos,Gromyko estaria cansado do lado protocolarde suas funções como Ministro das RelaçõesExteriores, que exigem incontáveis viagens,participação em cerimônias, etc. A colocaçãode um homem leal no cargo deixaria Gromy-ko, que retém um importante posto no Polit-buro, na condição confortável de pelo menoscodeterminar as grandes linhas da políticaexterna. Seu importante cargo como chefe deEstado possibilitaria a qualquer momento aparticipação em eventos internacionais. Omesmo ocorre com Gorbachev, chefe de Go-verno.

Os especialistas concordam aparente-mente em dois pontos, óbvios até para omenos atento leitor de jornais: Gorbachevcompletou rapidamente os movimentos ini-ciais para assegurar sua base de poder e lançarmão dos instrumentos políticos necessáriosantes de iniciar as grandes reformas no siste-ma econômico. Gromyko foi agraciado comum honroso posto político, mas de maneiraalguma perdeu sua influência sobre a políticaexterna do país.

De fato. Gorbachev fez muito mais em100 dias de Secretário Geral do PC soviético

do que Chernenko em seu ano e pouco dechefe de Partido e Estado. Ele apontou qua-tro novos membros do Politburo, compostopor 13 pessoas. Na segunda-feira, ele demitiuseu principal concorrente à sucessão, GrigoryRomanov, que já se transformou em aposen-tado.

Com a mão firme no Politburo, de ondedesapareceram as velhas figuras típicas dosúltimos anos da era Brejnev, o novo Secretá-rio Geral pode agora modificar substancial-mente a composição dos 300 membros doComitê Central, o depositário da autoridadefinal na União Soviética. Gorbachev já substi-tuiu 14 primeiros-secretários regionais do PC,os homens que controlam os 159 distritos nosquais está dividida a União Soviética.

Gorbachev parece acreditar na necessi-dade de agir com rapidez. Desde a era dopopular Kruschev, a União Soviética não vêdiscursos ou declarações na TV como as queGorbachev fez recentemente. "Em Leningra-do, as pessoas estão dizendo que a liderançafalhou ao tentar resolver os problemas", dis-se, recentemente. "Os anos passam e osexperimentos são repetidos, mas na situaçãonada muda".

O desenvolvimento de uma nova lideran-ça é importante devido ao compromisso queGorbachev assumiu com a reforma econômica(aliás, é por isso que ele foi trazido a Moscou,em 1978). O radicalismo das reformas anun-ciadas leva à conclusão, também bastante

óbvia, de que muita gente empoleirada naineficiente burocracia e nas instâncias de pia-nejamento central vai perder seus empregos.As tarefas que Gorbachev tem pela frentesão, de fato, formidáveis: desde a década dos70 a taxa de crescimento da economia soviéti-ca vem caindo, falta inovação tecnológicanum momento em que a produção não podemais ser aumentada pela injeção de mais forçade trabalho ou de mais acesso a matérias-primas. A produtividade per capita, uma dasmaiores preocupações de Gorbachev, é ape-nas de 55% em comparação com padrões depaíses industrializados ocidentais.

Acredita-se que Gorbachev tratará rapi-damente de mudar algumas das prioridadesem investimentos nos anos passados, notável-mente no campo da energia e da agricultura,que chegaram a absorver 55% do capital deinvestimento. Indústrias com alto nível detecnologia, um setor onde a União Soviéticaparece perder cada vez mais depressa emrelação aos Estados Unidos e Japão (assim.como a Europa Ocidental), deverão recebermais atenção, assim como o reequipamcntodo parque industrial existente.

Algumas das questões associadas às re-formas são inquietantes. Os preços dos bensde consumo deveriam ser elevados, comomaneira de promover sua qualidade e darincentivos a executivos e diretores de fábrica ?A eficiência e desempenho econômico de umaindústria deveriam refletir-se nos salários dosque ali trabalham? É possível promover adescentralização e reduzir os poderes de maisou menos 90 ministérios em Moscou quecontrolam os detalhes da vida econômicasoviética?

Quanto a Gromyko, sua ausência do dia-a-dia diplomático internacional já começa aprovocar saudades. As reações nas capitaisocidentais se assemelham um pouco à atitudeda torcida que sempre detestou um "vilão" nocampo de futebol ou no ringue de boxe,apenas para perceber, com sua retirada, oquanto na verdade o apreciava e que brilhoele trazia para a competição. Sempre carran-cudo e aparentemente mal-humorado, semtrocar de estilo de chapéu nos últimos 40 anos.Gromyko desenvolveu ao seu redor um acer-vo de historinhas folclóricas das quais a princi-pai é sua extraordinária aptidão em pronun-ciar "nãos" em reuniões do Conselho deSegurança da ONU, nos anos 50 e 60. Éprovável que seus sonoros "nãos", agora,ecoem apenas dentro das paredes do Kremlin.

Entre a habilidade e a imaginação

O economista Antonio Dias Leite esteve recentemente na Argentina

e viu de perto a execução do novo plano econômico.

Antonio Dias Leite

AS recentes decisões do Governo argen-

tino resultaram de cuidadosa, demora-da e sigilosa preparação. O seu anún-

cio foi desencadeado, em momento próprio,pelo senso de oportunidade do PresidenteAlfonsín, reforçado por competente monta-gem de comunicação social.

Trata-se de acontecimento notável pelacoragem face ao imenso risco, e notável pelaconciliação, sempre tão difícil, entre a racio-nalidade econômica e a busca do sucessopolítico imediato.

As inevitáveis noites de insônia, que osresponsáveis certamente passaram, foram sur-preendentemente compensadas pela aprova-ção generalizada que a decisão recebeu daopinião pública argentina.

O acontecimento é importante para nós,brasileiros. Não se trata de pensar em repetiro que lá foi feito, uma vez que cada economianacional, em cada momento histórico, é umcaso diferente, que só o FMI e seus seguidoresconfundem, procurando tratar a todos com amesma receita. E, ainda, importante, porquerepresenta tentativa de um país da AméricaLatina de sair do impasse em que nos encon-tramos.

Vale registrar diferenças essenciais entreos casos argentino e brasileiro.

A inflação argentina havia superado 1000%ao ano. enquanto a do Brasil é pouco superiora 200%. e a economia se comporta de formadiversa, à medida que se eleva o patamaralcançado pelo processo inflacionário. Emparticular, porque os preços se ajustam aintervalos de tempo cada vez mais curtos eporque a moeda nacional é repelida comintensidade crescente.

A "dolarizaçáo" da economia argentina foimais intensa do que a do Brasil. Diz-se mesmoque existiriam USS 4 bilhões de moeda ameri-cana em circulação na Argentina quando aprópria moeda argentina em circulação equi-vale a apenas USS 2 bilhões.

O endividamento externo brasileiro deuorigem a muitos investimentos produtivos que

reforçaram a nossa infra-estrutura industrial oque, na Argentina, só ocorreu cm menorproporção.

A Argentina tem uma estrutura políticapartidária sólida, sedimentada historicamen-te, o mesmo ocorrendo com os sindicatosoperários, o que não se verifica no Brasil.

As medidas iniciais do Governo argenti-no, que vieram a público, a partir do dia 13 dejunho, compreenderam, além da instituiçãode uma nova moeda, o austral, equivalente a1000 vezes o peso argentino:

a fixação da taxa de câmbio a 0,8 australpor US$1.00, o que eqüivale, aproximada-mente, à taxa anterior do câmbio livre, queandava perto dos 8000 pesos, quando o oficialera de 6800 pesos por dólar. A desvalorizaçãoface ao dólar foi, portanto, de 17%. A tributa-ção estabelecida sobre a exportação, da mes-ma ordem de grandeza, retirou qualquer be-nefício para os exportadores. Elevou-se, por-tanto, o custo das importações e aumentou-sea arrecadação fiscal;

a redução do déficit do setor público resul-taria de corte de despesas, considerado vitalpara que o programa adquira credibilidade (-3% do PIB) e de aumento de receita, obtidopelo imposto sobre exportações e tarifas deserviços públicos, além de uma expectativa deganho real com a queda esperada da inflação;

o congelamento dos salários e dos preçosdos produtos representativos de uma "cestabásica" de alimentos, estes últimos em funçãodos preços efetivamente praticados no dia 12de junho;

o estabelecimento de regras de adaptaçãode contratos e obrigações buscando, na medi-da do possível, não impor prejuízos ou conce-der vantagem especial seja ao credor seja aodevedor. Foram consideradas as situaçõesantes e depois de 15 de junho relativas aimpostos e serviços, alugueis e operaçõesfinanceiras;

a fixação das taxas de juros em 4'? ao mêspara o depositante e 6% ao mês para otomador dos empréstimos oficiais, autorizan-do-se todavia operações a taxas livres que se

situavam, nos primeiros dias, em torno de10% ao mês. Já no final de junho o Governosinalizava no sentido da baixa dos juros fixan-do, para as operações oficiais, respectivamen-te, 5% e 3 1/2% ao mês. Naturalmente dessastaxas há que descontar a inflação residual;• a remessa ao Congresso de um projeto delei que institui um empréstimo compulsórioincidente, em dois exercícios, sobre rendas epatrimônio.

Preparação

Mas antes da data do anúncio da reformahaviam sido tomadas importantes providên-cias preparatórias.

A 26 de abril, o Presidente Alfonsínconvocou reunião na Plaza de Mayo quando,para surpresa dos que lá compareceram espe-rando um discurso essencialmente político, amatéria fundamental era de natureza econô-mica e se anunciava que o país ingressaria emum período de "economia de guerra". Eramais ou menos na época em que o subsecretá-rio de Política Econômica. José Luis Machi-nea, e uma forte equipe econômica passavamum mês nos EUA, tratando com Paul Volker,presidente do Federal Reserve Board, dosentendimentos externos para o lançamento doprograma que já estava então delineado.

Do lado interno cumpria-se. como provi-déncia prévia, forte reajuste de tarifas deserviços públicos, com vistas ao reequilíbrioparcial de preços relativos, e a reduzir, poressa via, a participação das empresas públicasna formação do déficit do setor público. Esseajuste provocou uma aceleração temporáriada inflação.

A discussão prévia no exterior tem umdesfecho surpreendente. O programa padrãode austeridade para solução de problemaseconômicos de países em desenvolvimento,proposto pelo FMI. ou não os tem resolvido,ou tem resultado em serias crises sociais epolíticas. E. no final, o que os credoresdesejam c apenas o equilíbrio de contasexternas para poderem receber, no todo ouem proporção aceitável, os juros e o principaldos financiamentos feitos. As normas de poli-

tica interna que o FMI preconiza não sáo emsi o objetivo requerido pelos credores. OFederal Reserve Board dos EUA, por seuturno, está interessado é na segurança dosistema bancário americano e a sua concor-dância com um programa econômico diversodo padrão FMI talvez tenha sido, quem sabe,a opção pelo nsco da novidade contra a quasecerteza do insucesso do modelo FMI.

No domínio interno, a preparação psico-lógica do país somou-se à capacidade decomunicação popular do Presidente Alfonsín.O prestígio do Governo estava fortementeabalado pelo insucesso da administração niti-damente partidária do Ministro Grinspun. Aosubstituí-lo pelo Ministro Sourrouille, semfiliação partidária, o Presidente praticou umato de coragem política. Ao aprovar o planoformalizado pela equipe reunida pelo novoMinistro, persistiu o Presidente na linha ino-vadora e acabou por dar início a um novocapítulo na história econômica argentina. OPresidente falou inclusive, nesse dia, que oGoverno não mais emitiria moeda nova, obje-tivo obviamente difícil de cumprir, mas queteve significativo efeito psicológico no mo-mento crítico do lançamento do plano.

Ao dar esse primeiro passo, o Presidentese dirigiu a uma população cansada com ainflação, preocupada com o seu ritmo crescen-te. descrente da moeda do país, e com som-brio horizonte de oportunidades de trabalho.E a população, pela sua grande maioria,aprovou, com tranqüilidade. Não especulounem com retenção de moeda nem com exacer-bação de compras de bens de primeira neces-sidade.

O programa tem os seus percalços.A situação das empresas é. na maioria,

de penúria, com dívidas e sem capital de giro,e a evasão fiscal atingiu proporções alarman-tes. Daí a contingência de só serem adotadosimpostos de aplicação fácil e indiscutível,como o da exportação.

Não há estímulo novo à exportação. Nãose pode esperar, portanto, que essa atividadevenha a ser promotora de reativação econômi-ca interna.

Na fixação dos preços de referência parao congelamento subseqüente de produtos in-tegrantes da "cesta básica", foi admitida umafolga. Por esse e por outros motivos, inclusiveda inflação já verificada até esse dia 13, éprovável a ocorrência de um resíduo inflado-nário em junho e nos próximos meses, queabsorverá a margem admitida. Pairam, noentanto, dúvidas sobre qual será a atitude doGoverno em face das novas reivindicaçõesque venham a surgir.

Há também o aspecto indefinido repre-sentado pela questão da moeda estrangeira edos ativos financeiros externos de proprieda-de de argentinos, em face das perspectivas deinflação residual no país. Da diferença derentabilidade real interna e externa poderádepender o fluxo de moeda estrangeira que,por sua vez. terá efeito sobre a necessidade deemissões.

A continuidade do apoio político dosempresários e dos sindicatos é indispensável.Qualquer dos dois pode levar o programa aum impasse; os empresários, restringindo asquantidades produzidas, já que os preçosestão controlados; os trabalhadores, pronto-vendo greves ou exigindo elevação de sala-rios. cujo valor real cairá inevitavelmentedevido à inflação residual. Neste sentido,ambos sáo fiadores do programa.

Finalmente, resta a dúvida fundamentalquanto às possibilidades de retomada de cres-cimento econômico. Sabe-se que a poupançaatingiu valores baixíssimos enquarito o investi-mento reduz-se, presentemente, a 12rr doProduto Interno.

Nos próximos meses, assistiremos ansio-sos à evolução dos acontecimentos na Argen-tina, seja pela nossa solidariedade e pelodesejo de sucesso do novo plano econômico,seja pelas lições que. dessa experiência, pode-rão advir para a condução da política econô-mica do nosso país. Mas. desde já, há querender tributo ao equilíbrio entre a habilidadepolítica e a imaginação técnica que presidiu aelaboração e ao lançamento do planoAntonio Dias Leite e professor titular da Faculdade deEconomia e Administração da U.FRJ

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Page 52: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

2 ? ESPECIAL o domingo, 7/7/85 ! JORNAL IX) BRASIL

Sobre a

pornografia

Marinho de Azevedoí í

PORNOGRAFIA,

etimologicamente. é o ato deescrever sobre prostituição. 0 dicionário deAntenor Nascentes define o termo como "es-crito ou gravura obscena". Mas há no espírito

da palavra algo de mais sutil. Algo que transparece nadefinição, que a completa, de obsceno: o que. "além dedesonesto, se mostra imundo, asqueroso, grosseiro,indigno da vista ou do ouvido."

"Se mostra" — o verbo dá uma das característicasque me parecem essenciais à pornografia — o fato queela é um espetáculo, uma exibição, uma divulgação doato "indigno da vista ou do ouvido". Mas não interessaaqui o lado moral do problema, interessa definir amaneira de ser, o método, a mecânica que a palavrapornografia evoca. O clima da pornografia. É este climaque aparece muito bem descrito no romance de mesmonome de Witold Gombrowicz.

1943. Na "ex-Polônia" ocupada. Witold, o narra-dor, e Frederic, "um homem de 30 a 40 anos, escuro,seco, de nariz aquilino", se conhecem num apartamentoonde, diz aquele, "tentávamos continuar a ser artistas,escritores, pensadores... retomando nossas antigas con-versas, nossos ex-debates sobre a arte." Ficam amigos,ou melhor, se associam "em negócios de onde tirávamosnossa magra subsistência", até que, um dia, são convida-dos por Hippolyte S., para passarem uns tempos em suasterras perto de Sandomierz.

Em plena guerra, o feudo de Hippo é um mal-entendido bucólico, preservado pelo acaso. Hippolyteainda é o castelão "resoluto, inexpugnável", mas sabemuito bem que,

"no dia seguinte, poderiam sangrá-locomo a um porco."

Me sujas com as imundícies de tua boca."THOMAS MANN — O ELEITO

¦ Em três narrativas — A

pornografia, de Witold

Gombrowicz, The turn of

the screw, de Henry James,

e Une vieille maitresse, de

Barbey d'Aurevilly —, o

ato de mostrar algo que faz

mal a quem o vê.

Preguiça

É durante a missa, num domingo quente "cheio deuma preguiça sonolenta", que Witold toma consciênciadisso. E é lá, pela primeira vez, que vê Karol, filho doadministrador da propriedade. Se Witold fosse simples,seria simplesmente homossexual e a "violência doce"que o "transportava - encantava - tomava - enfeitiçava -tentava e subjugava" ao contemplar a nuca do adoles-cente, não passaria de prelúdio a uma repetição polonesado bucólico romance de Alexis e Corydon. Mas Witold étudo menos simples. Aquela inquietação, para ele, nãopede para ser resolvida na cama. É uma coisa mental: anecessidade do Não-acabado... da Imperfeição... dainferioridade... da Juventude..." E é saindo da igrejaque Witold descobre uma cumplicidade entre a nuca deKarol e a de Henia, filha de Hippolyte; um parentescoentre os dois adolescentes e uma certeza: os dois foramfeitos um para o outro e, embora talvez sem o saberem,se desejam furiosamente. Esta impressão é tão forte"que seus lábios (do garoto) pareciam que tinham sidofeitos não só para os lábios dela, mas para seu corpointeiro — e que seu corpo (da menina) parecia movido eregido pelas pernas (do garoto)!"

Tudo parte desta certeza e o romance é a narrativados esforços de Witold — que descobre, depois, umcúmplice em Fréderic — para fazer com que os adoles-centes se unam. E fazendo com que ambos pratiquemum crime que o conseguem. Este crime, na realidade, éduplo: o assassínio de Siemian, um líder da Resistênciaque se acovardou c precisa ser executado, c o de Albert,noivo de Hênia, símbolo da maturidade c do "desenvol-vimento" que se contrapõem à encantadora e crueladolescência dos dois assassinos.

Mas se o crime é a apoteose do mal que Gombro-wiez tenta nos mostrar, ele está longe deser a apoteose da pornografia que inunda("inundar é uma palavra forte demais —"infiltrar" talvez fosse mais preciso) todoo livro. Esta pornografia difusa é difícil deser definida. É a fascinação pela adoles-cência, pelo ainda não formado, peloincompleto; é a confusão do ódio com oprazer, da beleza com a crueldade, dagraciosidade com o crime. Witold e Frc-deric são adoravelmcnte pervertidos einteligentes, sensíveis e aristocraticamen-te loucos, agudos e inconscientes. Os doisadolescentes são... e quase não são; comoum esplendor, como uma revelação debeleza, não possuem traços, mas só lumi-nosidades; não têm sexo, são sexy —antes atmosfera que contorno. ("O mara-vilhoso, parecido com o que são emnossos sonhos certos lugares velados, tan-to mais desejáveis quanto inacessíveis e cm torno dosquais rondamos com um grito mudo, no desarvoramentode um desejo lancinante" — é como Witold descreve oque se apossou dele ao vislumbrar a nuca de Karol).

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E Flora também persegue — ou é perseguida por seufantasma: miss Jessel. a antiga preceptora, amante deQuint, também morta. "Ambos eram infames", gemeMrs Grose.

Consiste a novela nas tentativas da narradora paraafastar as crianças, a um só tempo inocentes e corrompi-das. dos mortos que

"querem aproximar-se deles" para,como explica a Mrs Grose, "continuar ainda a insuflandoneles o mal. continuar a obra do demônio." (E éinquietante como, aqui e em outros trechos, o ato desalvar se confunde com o de atormentar e inquirir.)

O Mal, percebemos, é insuflado de maneira sutil: osamantes se fazem ver. Como, suspeitamos, em vida sefaziam ver, talvez amando-se. James prefere a possessãoespiritul a qualquer outra — lembra Diane de Margerieno prefácio da tradução francesa de outra obra sua,Watch and Ward — e observa que isto se faz depreferência através da vista. "A coisa mais impossível deesquecer era a idéia cruel de que, por mais que euhouvesse visto — lamenta a preceptora — Miles e Floraviam mais: coisas terríveis e impenetráveis que surgiamde momentos terríveis de sua vida passada, vivida emcomum."

Para livrar as crianças da visão que as conspurca, apreceptora tenta fazer com que a reconheçam e aconfessem. O que leva Flora a adoecer e deixar Bly nacompanhia de Mrs Grose. E que Miles desfaleça enquan-to sua salvadora, freneticamente, o abraça sob o olharimplacável de Peter Quint. A narrativa conclui: "Estava-mos a sós no dia tranqüilo e o seu pequeno coração,despossuído, deixara de pulsar."

O enigma mais superficial da obra — existem osfantasmas ou tudo não passa de histerismo da narradora?— de fato pouco importa. O que interessa é que,forçados por Peter Quint e Miss Jessel ou pela precepto-ra, as crianças penetram de maneira viciosa no mundodos adultos. Miles se comporta com a distante elegânciae o savoir faire de um experimentado cavaleiro que sabeescapar graciosamente de situações incômodas. É comingênuo encanto que confessa porque o expulsaram daescola: "Bem... eu dizia certas coisas." A quem? Insistea preceptora. Eram muitos? Todos? Ele: "Não... apenasalguns. Aqueles de quem eu gostava." E é tudo queficamos sabendo.

Flora c mais grosseira e precisa. Doente, diz coisasque fazem Mrs Grose corar: "Ouvi horrores... da bocade uma criança! (...) Por minha honra, senhorita, ascoisas que ela diz! (...) Além de tudo o que se poderiaesperar, tratando-se de uma menina daquela idade."

A visão

O mal

Onde o mal? Há uma cena que o define. Frederic,em uma ilhota, no fim do parque do castelo do pai deHênia, faz com que ela e Karol representem cenas mudasque diz fazerem parte de um roteiro cinematográfico queestá elaborando. Como em um ballet, ao mesmo temposensual e hierático, os dois adolescentes se tocam, mas sóse tocam com as pontas dos dedos e se abraçam como (eé isto que acontece na realidade) como se estivessemrepresentando um para o outro.

Mas é preciso que Albert seja esse outro. Witold,avisado por Fréderic, leva o noivo de Hênia até o localonde a cerimônia se desenrola e faz com que veja. delonge, a cena incompleta e incompreensível (já que elesó pode ver certas partes do que se passa) e, (porincompleta) carregada de sugestões. Só de sugestões.

Albert vê e compreende, mas não sabe o quecompreende, pois sente que vê algo de artificial que lheescondem. Diga-me francamente: Não tenho razão?Talvez essa coisa estranha esteja em mim? Não sei mais!Diga-me. pelo amor de Deus." Implora ele a Witold. "—Eles se jogaram no chão. mas não como deveriam ter sejogado. E logo depois se levantaram — mas também nãofoi como deveriam ter feito. E depois se afastaram, emais uma vez não foi do jeito que era para ter sido."

A angústia de Albert não é — está longe de ser — otema do livro, l.le não passa de uni corolário daexperiência que Witold e I rederic tentam com os doisadolescentes. Mas. da mesma maneira que Albert sóinteressa a ambos na medida que é um meio para

atingirem seus fins, o romance de Gombrowicz só nosinteressa aqui na medida que exemplifica um processo dedestruição — o pornográfico.

E neste ponto que a cena da ilha é importante. Acena e o que ela se propõe a criar: o sofrimento diante deuma realidade que não existe. Pior ainda: de umarealidade que passa a existir. Dentro de Albert. Prcscin-dindo dos fatos (o amor de Karol e Hênia), Witold eFrederic criam um fato de outra espécie, fazendo comque o espírito de Albert passe a conter o sofrimento eaquilo que o provoca. Ele não precisa mais olhar parafora; nem isto adiantaria, já que o ballet foi montadopara lhe dar o mínimo de informações e o máximo desugestões possíveis. Tudo agora se passa dentro dele.Dentro de um campo fechado: todos os demônios queatormentam Albert são os seus próprios demônios e porisso ele não tem defesa contra eles. Sem que pedisse, semque soubesse, sem que sentisse, ele se viu preso em seupróprio inferno, ao mesmo tempo carrasco e vítima.Prometeu e abutre, inocente e culpado (já que é elequem elabora todas as abominações que o atormentam).

Mas a tortura de Albert. devorado por seus ácidosinternos, é só uma das facetas da pornografia que nospropõe Gombrowicz. Não se trata só de instalar dentrodele a dúvida e os ciúmes. Nem se trata, unicamente, defazer com que os adolescentes se unam através desseensaio do crime que se concretizará mais tarde. Oimportante é que seja mantido o clima dúbio dentro doqual graciosidade e crime se confundem. Tudo o que háde imaturo em Karol e Hênia — e de mal amadurecidoem Fréderic e Witold — faz com que o crime quecometem seja sexy. Como em certos desenhos eróticoschineses que. á primeira vista, parecem abstratos, a cenaa qual Gombrowicz nos convida a assistir e uma pastoralelegante c bucólica. O massacre nos e oferecido empratos de prata — como recusá-lo? I: mesmo comosuspeitar que é um massacre?

Graça e horror

Essa maneira graciosa de apresentar o horrorlembra outro livro, onde também há castelo c crianças,parque, lago e ilha. Coincidência, talvez — ou talvezGombrowicz tenha guardado na memória esses compo-nentes de uma história tão diferente, e no entanto tãopróxima, da sua — a de The Turn of the Screw de HenryJames.

Aqui também, como que para facilitar a dúvida —e. mais que ela. a dubiedade tão cara a James por ser amais aproximadamente correta imagem do real — ahistória é narrada por um de seus protagonistas. A jovempreceptora que, encarregada por um "elegante, ousado,sedutor" c distante cavaleiro para cuidar de seus sobri-nhos órfãos cm uma antiga mansão no Essex. depara, derepente, com o Mal.

Em Bly. "lugar seguro e saudável", em meio ao"verde rclvado e as flores brilhantes", é de maneirasedutora e inocente que o Mal se apresenta. A ponto denos perguntarmos se existe em algum lugar fora da almadoente da narradora. A pequena Flora, "de angélicabeleza e seu irmão Miles, com menos de dez anos e"seu ar indescritível, de não conhecer nada no mundoque não tosse amor", "irradiavam ambos saúde efelicidade."

Algo. no entanto, rói essa saúde. O inocente Milestoi expulso da escola — conforme explica ã preceptora avelha Governanta Mrs Grose — porque, ficando lá,"eleprejudicava os colegas."

( omo? Nao se sabe. Da mesma maneira que não sesabe de que maneira Bh parece assombrada. Não e so ovulto de iim homem que a narradora vê. certa tarde, noalto Jc uma torre e que logo desaparece Miles age comose estivesse dominado, ansioso por ver altio ou alguémMuito a contragosto. Mrs Grose identifica esse alguém: ePeter Quint. criado de quarto do tio das crianças que. umdia. aparecera morto, congelado, no caminho da aldeia.

Apesar das imprecaçõcs. em The Turn of the Screw,como em A Pornografia, a agressão se processa princi-palmente através da vista. Como Albert. as criançasvêem aquilo que não deveriam ter visto. O que, viciosa-mente, as envelhece. Falando de Flora, a preceptora diza Mrs Grose: "Ela não esta só e. nesses momentos, não éuma criança: c uma mulher velha, velha!"

Velhice doentia, provocada pelo Mal e não pelaidade, inflingida através de uma exibição indesejável...e, no entanto, tão ardentemente desejada! Suplício que,nos dois livros, aparece misturado com todos os encantosdo sexo entrevisto, da infância, da perversidade e dabeleza das pessoas e até da paisagem. Mas que, cm umaterceira obra — Une Vieille Maitresse de Barbey d'Atire-villy — surge, não menos cruel mas, desta vez, cínico edespojado.

Demonstra o romance como a Vellini. a "velhaamante" feia. pequena, impetuosa e"amarela como um limão", mantém seudomínio sobre Ryno de Marigny, mesmodepois do casamento deste com a "orgu-lhosa e terna" Hermangarde dc Polastrona quem. no entanto, ama.

Com a segurança de quem sabe oque está fazendo. Barbey d'Aurevilly nãoteme o que o enredo e os personagens —tão facilmente adjetiváveis — possam terde convencional. Rvno. a Vellini e Her-mangarde, assim como a avó desta, amarquesa de Flers, adorável sobrevivên-cia do Século XVIII, "hábil bastante paranão precisar ser feliz", seriam, em mãosmenos atormentadas, pouco mais queclichês. Indiferente, porem, ao perigo, oromancista conta sua história da qual,mais que o enredo, importam aqui doisepisódios.

No primeiro. Hermangarde — semquerer? — vc o marido e a Vellini se

amarem. Ao voltar para casa. Ryno a encontra desmaia-da, ainda vestida, ao pé da cama. Algum tempo depois,conta à amante: "Ela nos tinha visto pela fresta da janelade tua cabana, não tinha gritado; tinha tido a força deficar ali e voltar para casa com, no coração, certezas eespetáculos piores que a morte."

Não houve, desta vez. exibição deliberada. Mas,quando, desesperado pelo sofrimento que causa à mu-lher por não conseguir esquecer a Vellini, Ryno procuraum alívio, este é nada menos que escrever uma carta àmarquesa, confessando-lhe tudo, como a um anjo tute-lar. "Tremi e tremo ainda que esta carta seja um durogolpe para sua velhice!" — reconhece para. logo emseguida, justificar o que Barbey d'Aurevi!ly intitula dc"Sinceridade Inútil" — "Mas ser enganada, mãe, dóimais que morrer! (...) A senhora não morrerá; viverápor nós! Precisamos da senhora."

A marquesa morre antes de receber a carta. MasRvno e Barbey d'Aurevilly bem sabem que esta era umaarma. "Que efeito teria tido tal carta — indaga oromancista — se a marquesa de Flers a tivesse recebi-do?" O fato. pois. de a morte ter precedido o golpe nãoimpede que este fosse deliberada (c inocentemente)mortal. Como, de maneiras diversas, eram para sermortais as exibições - teatro ou fantasmas — elabora-das por Gombrowicz e James.

A pornografia, pois, surge nestas três narrativascomo o ato de mostrar algo que faz mal a quem o vê. Nãoé o choque que leva ao conhecimento através da dor. doqual Sófocles fala e ao qual Goethe se referia ao dizerque a experiência consiste em ter-se aprendido aquiloque não se queria aprender. É o mal provocado por uniaagressão obscena. (No Robert: "do latim obseenus"de mau augúrio": Que fere delibcradamente o pudoiao suscitar representações de ordem sexual ")

Na frase, parece me que o adjetivo sexual pesa l\ n;menos que o verbo ferir Deiibei idamente.Marinho de Azevedo BRA Si]

Page 53: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL IX) BRASIL domingo, 7/7/85 ? ESPECIAL n 3

Por uma lei de arquivos para

o Brasil

Celina do Amaral PeixotoMoreira Franco

AS

discussões iniciais sobre legislação de arqui-vos brasileiros desenvolveram-se há cerca desete anos, na Fundação Casa de Rui Barbosa,provocadas principalmente pelo interesse da

então diretora do Centro de Documentação, MariaAmélia Porto Migueis. Ao mesmo tempo, no Centro dePesquisa e Documentação de História Contemporâneado Brasil, da Fundação Getúlio Vargas, iniciaram-se osprimeiros estudos técnicos sobre a questão. Disto resul-tou a apresentação, com significativos efeitos sobre acomunidade arquivística, dos trabalhos Ordem jurídica eos documentos de pesquisa no Brasil, primeiro levanta-mento sobre a legislação de arquivos no Brasil, e Guiapreliminar de fontes para História do Brasil, que retrata asituação dos arquivos na administração pública brasilei-ra, no IV Congresso Brasileiro de Arquivologia, noSegundo Seminário de Fontes Primárias de História doBrasil, realizado em 1979. Tais iniciativas contribuíramdecisivamente para alertar as autoridades governamen-tais quanto à situação do patrimônio documental noBrasil e quanto à necessidade imprescindível de suaregulamentação, sob forma de lei, a fim de se proteger oacervo arquivístico brasileiro.

No exterior, os arquivos nacionais já seencontram claramente formados como institui-ções capazes de reunir e conservar os documen-tos produzidos pela administração pública e devalor probatório e informativo para o cidadão epara o Estado. Os Arquivos Nacionais de Fran-ça, organizados no final do século XVIII, foram aprimeira instituição criada para cumprir essafinalidade. De maneira similar estabeleceram-se^os arquivos nacionais da Inglaterra, durante oreinado da rainha Vitória; da União Soviética,nos tempos de Lênin; dos Estados Unidos daAmérica, durante o governo de Roosevelt; e osda Alemanha e Itália, já no século XX, após aunificação desses países.

Nacionalidade

Modernização

¦ Um alerta ao Governo

quanto à situação do patri-mônio documental e à ne-

cessidade de sua regulamen-

tação para se proteger o

acervo arquivístico do país.

Deve-se observar que os arquivos nacionaissurgiram em momentos de afirmação da naciona-lidade ou em seguida às lutas pela unificação doEstado. No entanto, é preciso esclarecer que aformação de arquivos nacionais em determinadospaíses não se associou necessariamente à criaçãode instituições fortes e politicamente capazes dedesenvolverem suas atribuições especificadas emlei. Os arquivos nacionais da América Latina,por exemplo, em virtude de uma política preser-vacionista de tradição ibérica, foram criados noinício do século XIX e hoje são instituiçõesfrágeis e incapazes de desenvolver uma políticade âmbito nacional. O mesmo não ocorreu comos arquivos formados por grandes potências emperíodo mais recente — os arquivos nacionais dosEstados Unidos da América e da União Soviéticaconstituem exemplos bastante expressivos de instituiçõesque nasceram organicamente fortes.

Se a formação e a criação de arquivos nacionaisrelacionam-se com a afirmação da nacionalidade, onosso ponto de vista é o de que a definição de umestatuto legal e o conseqüente estabelecimento de umapolítica nacional de arquivos ocorre em momentos deaperfeiçoamento do aparelho estatal ou por força demudanças de regime, do processo de descolonização oude modernização de um Estado tradicional. Em funçãodisso é que as primeiras leis de arquivos se efetivaram naEuropa entre o final do século XIX e início do séculoXX.

Se esta é a realidade histórica da evolução dosarquivos, em termos teóricos, logo após a SegundaGuerra Mundial desenvolveu-se uma nova concepção dearquivo, não só preocupada com'o processo histórico,mas também voltada para a eficiência administrativa. Ogoverno norte-americano, tendo em vista a necessidadede racionalizar e controlar a informação de grandesmassas documentais, inclusive registros em suportes nãoconvencionais, reorganizou sua estrutura arquivística deacordo com a teoria das três idades.

Essa teoria preconiza que os documentos de arqui-vos passam por três fases de produção ou idades: osarquivos correntes, durante a qual os documentos aindasão usados na rotina administrativa, permanecendo vin-culados aos órgãos da administração que os produziu; àmedida que os documentos vão perdendo a sua impor-tância para a instituição que os produziu, devem sertransferidos para os arquivos intermediários, onde após aaplicação das tabelas de temporalidade (instrumento deavaliação de arquivos), podem ser selecionados, elimina-dos e, conseqüentemente, recolhidos aos arquivos per-manentes, os quais constituem o acervo final da produ-ção documental, consolidada por finalidade probatórias,informativas e culturais.

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Até o início do século XX a arquivologia preocupa-va-se com a teoria da preservação de documentos devalor histórico, com características quase que exclusiva-mente unitárias. A reorganização da administração nor-te-americana a partir de 1950 deu novo impulso àarquivologia, o que permitiu formalizar um modelosistêmico de arquivos — o National Archives and Re-cords Services (N.A.R.S.), recentemente elevado aNational Archives and Records Administration e direta-mente subordinado à Presidência da República —,conectando no processo de controle do documento dearquivo a produção à sua destinação final. De acordocom essa teoria, os documentos não têm valor arquivísti-co como documentos unitários, mas como processo deprodução, seleção e destinação final. Daí a absorção doconceito de documento de valor histórico pelo de acervoarquivístico como patrimônio documental.

Paralelamente à evolução da teoria arquivísticasurgiram novas tendências no campo da legislação dearquivos, que se expressam pela necessidade de umaorganização coerente dos arquivos através de uma leiuniforme, que englobe a gestão dos documentos públicose a proteção aos arquivos privados, neste último casoevitando a exportação de documentos.

O processo de modernização do estatuto legal dosarquivos mais antigos ocorreu de forma lenta e gradual.Embora os Arquivos Nacionais de França tenham sidocriados no final do século XVIII a lei francesa so

conseguiu tornar-se conceitualmente forte em 1979. AAlemanha, por exemplo, possui um prédio de arquivomoderno, mas ainda está produzindo a sua legislação; oCanadá, país que também possui um arquivo estrutura-do, encontra-se em processo de rever suas leis.

O Brasil propõe-se a seguir essa tendência, incluin-do-se no contexto da comunidade arquivística internacio-nal. Para isso, procura implementar uma legislaçãomodernizadora baseando suas propostas não só naliteratura e no posicionamento internacionais sobre amatéria, mas também no debate aberto e franco, desen-volvido no próprio país para a aprovação de umalegislação reguladora de uma política nacional de arqui-vos. Na verdade, essa luta iniciou-se em 1958, durante agestão de José Honório Rodrigues, que já então alertavaquanto à necessidade de novas instalações físicas para oArquivo Nacional, à requalificação do quadro de pessoale, principalmente, quanto à criação de um instrumentolegal para a preservação dos arquivos do poder público,no tocante à política de recolhimento. Segundo afirma-va, a determinação regimental de 1958 não dava caráterobrigatório e legal ao recolhimento; só uma lei poderiadeterminar a sua obrigatoriedade e, conseqüentemente,a defesa e preservação, seleção e eliminação da do-cumentação dos órgãos integrantes dos poderes daUnião.

Ainda durante a sua gestão, José Honório Rodri-gues constituiu uma Comissão para elaborar um antepro-jeto de lei para os arquivos brasileiros, concluído em1962. Embora passível de críticas, pois procurava fortale-cer o Arquivo Nacional através de um sistema, o quefragilizaria o seu papel e sua ação pública, o anteprojetoseria um passo decisivo na política brasileira de arquivos,apesar de sequer ter sido apresentado ao Legislativo.

Na década de 1970, o então diretor-geral do Arqui-vo Nacional, Raul do Rêgo Lima, realizou novas tentati-vas de fortalecimento do Arquivo Nacional.

A implantação na administração pública federal deuma nova visão administrativa, fora dos padrões clássi-cos, proposta especialmente a partir do decreto-lei n°200/67 e legislação complementar, permitiu que o entãoDasp criasse o Sistema de Serviços Gerais (Sisg), atravésdo decreto n° 75.657, de 24 de abril de 1975. Essedecreto incumbia o Dasp, como órgão central do Sistemade Serviços Gerais de "disciplinar o uso, guarda, conser-vaçáo, reprodução e incineraçào de processos e do-cumentos".

Mediante proposta do Ministério da Justiça, odecreto n" 82.308. de 25 de setembro de 1978, criou oSistema Nacional de Arquivos (SINAR) com a finalida-de. de acordo com seu artigo Io, de "assegurar, comvistas ao interesse da comunidade ou pelo seu valorhistórico, a preservação de documentos do poder públi-co". São integrantes do Sinar "os órgãos da administra-ção federal direta e indireta, incumbidos de atividades dearquivo intermediário e permanente".

Linhas de competência

A dualidade de sistemas provocou imediata reaçãona comunidade arquivística, especialmente porque oDasp ficava com a competência de tratar de arquiuiscorrentes e o Arquivo Nacional com as atribuições dearquivo intermediário e permanente. Tal dualismo con-trariava. de certa forma, toda a política de arquivosproposta internacionalmente e aceita pelos arquivistasbrasileiros. Diante de tal evidência, o IV CongressoBrasileiro de Arquivologia. entre diversas questões.

O projeto de lei, que se encontra no momento emtramitação no Congresso Nacional e dispõe sobre apolítica nacional de arquivos públicos e privados, estabe-lece que é dever do Poder Público a proteção especial dedocumentos de arquivo como elementos de prova einstrumentos de apoio à administração, à cultura e aodesenvolvimento científico. Faz-se uma qualificação dosdocumentos de arquivo de acordo com uma visão maismoderna, desprezando-se o conceito histórico do séculoXIX. condenado pelo Conselho Internacional de Ar-quivos.

Define-se arquivos como o conjunto de documentosorganicamente acumulados, produzidos ou recebidos porpessoa física e instituições públicas ou privadas, emdecorrência do exercício de atividades específicas, qual-quer que seja o suporte da informação ou a natureza dodocumento. Esse conceito de arquivos é clássico einternacionalmente consagrado.

Aprovado o projeto de lei, caberá ao Ministério daJustiça, através do Arquivo Nacional, definir as diretri-zes da política arquivística do país, através de seu órgãoconsultivo — o Conselho Nacional de Arquivos (Conar).

Conceitua-se como arquivos públicos aqueles pro-duzidos por instituições governamentais de âmbito fede-ral, estadual e municipal, em decorrência de suas funçõesexecutivas, legislativas ou judiciárias. São estabelecidas ainalienabilidade e a imprescritibilidade dos documentospúblicos.

O projeto define, ainda, as três idades do documen-to. A primeira é marcada pelo percurso, desde a origem,nos diversos setores da instituição em que é produzido, afim de que venha a atingir o seu objetivo, e coincide comsua estada nos arquivos correntes. Na segunda idade,que corresponde à estada no arquivo intermediário, odocumento vive sob o regime de cogestão: continuapertencendo ao órgão que o produziu, mas já sob asupervisão do Arquivo Nacional. A terceira idade é aque o considera de valor permanente, depois de passarpor um processo de avaliação e descarte, quando, então,é incorporado definitivamente ao patrimônio do país.

Através deste projeto caberá ao Arquivo Nacionalrecolher a documentação produzida pela administraçãopública federal. As operações de administração, avalia-ção e seleção de documentos integrantes dos arquivoscorrentes da administração pública federal serão feitasem cooperação com o Arquivo Nacional, assim como aeliminação desses documentos, que só poderá ser reali-zada mediante sua autorização.

O pleno estabelecimento de uma política nacionalde arquivos no Brasil necessita de que os arquivosestaduais e os de âmbito municipal reproduzam em suasesferas esse mesmo mecanismo, constituindo assim arede de arquivos públicos do país, integrados em umSistema Nacional de Arquivos, o Sinar.

recomendava que o governo federal promovesse a refor-mulação da legislação referente ao Sistema Nacional deArquivos (Sinar) e ao Sistema de Serviços Gerais (Sisg),a fim de os arquivos, em suas três idades, integrarem umúnico sistema, coerente e harmônico, visando, principal-mente, a não interromper o fluxo da produção documen-tal.

A viabilização de uma política nacional de arquivosexige, no entanto, não só reformular a regulamentaçãosubseqüente ao decreto-lei n° 200/67, mas também aelaboração de uma lei maior — uma lei de âmbitonacional, com características conceituais e com nítidaslinhas de competência. Assim, afirmei em meu discursode posse, em junho de 1981:

"Não podemos tampouco deixar" de nos referir ao

posicionamento do Arquivo Nacional enquanto órgãocentral de uma política nacional de arquivos, mediante adefinição dos fundamentos jurídicos de uma políticaarquivística, delimitação dos aspectos metodológicos enormativos de uma política para os arquivos brasileiros."

Atendendo a essa visão, foi nomeada, através deportaria ministerial, uma Comissão encarregada de apre-sentar sugestões legislativas sobre a questão dos arqui-vos. Em setembro de 1980, criou-se um grupo detrabalho composto por Joairton Martins Cahú, João deDeus Mena Barreto, Arthur Pereira de Castilho Neto,Maria Amélia Porto Migueis, Aurélio Wander Bastos eRui Vieira da Cunha.

Durante um ano realizaram-se diversas reuniões,foram estudadas as legislações da França, Espanha,Estados Unidos, Peru e se elaboraram diversas versõesde um anteprojeto de lei de arquivos. Em Io de julho de1981 publicou-se no Diário Oficial a versão oficial doanteprojeto, que dispunha sobre os arquivos públicos eprivados.

Além da divulgação pelos meios oficiais, a direção-geral do Arquivo Nacional tratou de encaminhar, entreos órgãos e instituições mais importantes das áreas dearquivologia e história, uma cópia do anteprojeto publi-cado no Diário Oficial, com o pedido de sugestões.Dentre eles constavam o Ministério da Desburocratiza-ção, a Secretaria do Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional, então do Ministério da Educação e Cultura, aSecretaria de Planejamento, o Instituto Histórico eGeográfico Brasileiro, a Biblioteca Nacional, os arquivosdo Exército, Marinha e Aeronáutica, o Arquivo Geralda Cidade do Rio de Janeiro, o Arquivo da Câmara dosDeputados, o Arquivo do Estado de São Paulo, asFundações Getúlio Vargas e Casa de Rui Barbosa, asuniversidades Federal Fluminense e de Brasília, o Supre-mo Tribunal Federal e os tribunais de Justiça, bem comoa Associação dos Arquivistas Brasileiros. O ArquivoNacional recebeu várias respostas a esse pedido, incor-porando muitas sugestões à nova versão apresentada em23 de outubro de 1981 ao presidente da Comissão.Finalmente, em 4 de outubro de 1981, o ministro daJustiça, por ocasião da abertura do Seminário de Arqui-vos Latino-Americanos, realizado em Brasília, assinou aexposição de motivos que encaminhou o anteprojeto delei à Presidência da República e, em 3 de dezembro de1984. ao Congresso Nacional.

A execução de uma política nacional de arquivospode ter efeitos públicos imperativos e conseqüênciassobre a sua viabilização organizacional no país. Por essaexpressiva dimensão, o Arquivo Nacional procuroucolaborar para a definição de uma lei que protegesse opatrimônio arquivístico, impedindo sua destruição eincentivando o acesso aos pesquisadores, fortalecesse osarquivos públicos e permitisse a formação e a organiza-ção livre dos arquivos privados.

Livre acesso

O direito de livre acesso aos documentos produzi-dos pela administração pública, desde que recolhidos aosarquivos públicos, deverá ser total. As restrições deacesso não caracterizam propriamente uma regra, masapenas formas especiais de proteção a documentos doEstado ou da privacidade do cidadão, durante períodosdeterminados. Situações semelhantes são previstas emoutras legislações, como a francesa e a americana, commaior ou menor grau de liberalidade.

Define-se como arquivos privados os conjuntos dedocumentos produzidos ou recebidos por instituições nãogovernamentais, famílias ou pessoas físicas, em decorrên-cia de suas atividades específicas e que possuam umarelação orgânica perceptível através do processo deacumulação.

Os arquivos privados poderão ser classificadoscomo arquivos de interesse público. Trata-se de umafigura jurídica nova, baseada na legislação francesa esemelhante ao tombamento. Corresponde ao reconheci-mento pelo Estado de que determinados documentosprivados possuem um interesse mais amplo, ou seja, uminteresse público, devido às suas características ou formade produção, mas que não precisam necessariamente sertransferidos para uma instituição pública.

Isto significa que a classificação dos documentosprivados como arquivos de interesse público não transfe-re ao Estado a sua propriedade. O Estado poderárecebê-los em caso de doação, ou seja, por ato devontade do proprietário, seja pessoa física, seja pessoajurídica, transferindo-os e incorporando-os aos bens daUnião.

Com o objetivo de institucionalizar e democratizaras discussões em torno da política nacional de arquivos,preservando e permitindo acesso ao patrimônio do-cumental público e privado de nosso País, propõe-se acriação de um Conselho Nacional de Arquivos (Conar),já mencionado, composto de representantes dos poderespúblicos, órgãos da administração indireta, dos arquivosestaduais, municipais e privados, assim como de institui-ções afins.

Cumprindo uma obrigação de caráter público espe-ra-se ter oferecido uma contribuição enriquecedora paraa proposta que o Executivo já apresentou ao Legislativo,ratificando, ainda, a necessidade de se desenvolver umapolítica democrática e federalista para os arquivos,através de uma lei maior, que, tendo uma visão unitáriados arquivos, incentive a descentralização administrativados acervos. Da mesma forma, deverá ser prevista nessalegislação a gestão dos arquivos públicos e a proteção dosarquivos privados, neste caso desestimulando e intercep-tando a transferência de documentos para fora doterritório nacional. Ademais, tal legislação de tipo mo-derno deve referir-se à organização dos arquivos corren-tes da administração pública e à necessidade de seurecolhimento a depósitos de arquivos públicos do país.

Essa é a orientação que a direção geral do ArquivoNacional seguiu na elaboração do projeto de lei, comrespaldo na política estabelecida pelo Conselho Interna-cional de Arquivos e nas normas preconizadas pelaUNESCO. Estamos certos de que o seu encaminhamen-to ao Legislativo está servindo também para a aberturade uma discussão mais ampla acerca das questões quesuscita, em benefício da preservação do patrimônioarquivístico brasileiro e da democratização das informa-ções contidas em nossos documentos públicos e privados.

Celma do Amaral Peixoto Moreira Franco e diretora geraldo Arquivo Nacional

Page 54: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

4 O ESPECIAL ? domingo, 7/7/85 JORNAL DO BRASILFoto de André Câmara

Vida no campus

Boca de velhoO que acontece com a saúde hu-

cal do homem, quando ele atinge achamada terceira idade? Quase nadase sabe, a não ser que essa é uma faseda vida propícia à perda dos dentes ea se ter problemas periodontais.

Sabe-se, no entanto, que umstress emocional pode provocar algu-mas lesões, não só na boca do homemidoso, mas, também, na de qualquerpessoa.

Para saber mais, a professora F.s-tlier Birman, do Departamento deEstomatologia da Faculdade deOdontologia da Universidade de SãoPaulo, está comandando uma equipeque faz levantamento do problemaem clínicas médicas de geriatria.

Por enquanto, tenta-se detetar ediagnosticar uma série de alteraçõesbucais que o tempo acaba processan-do: entre elas, por exemplo, as que sereferem à repercussão dos problemashormonais, mudança na salivação eno paladar e as alterações na mucosa.

Colaborações à pesquisa podemser oferecidas pelo telefone 211-0011ramal 433 (São Paulo).

Segredos da melanina"É possível que o Mal de Parkin-

son seja uma doença causada pordisfunção no mecanismo da melaninana região cerebral" — pensa o profes-sor Amando Ito, do Instituto de Físicada Universidade de São Paulo.

Isto porque a melanina "desem-penha importante função nos sistemasnervoso e fisiológico". E tem ligaçõescom o fenômeno do equilíbrio. Expli-ca o professor Ito, que dirige equipeque estuda esse pigmento — respon-sável pelas diferenças nas cores dosolhos, dos cabelos e da pele, existentena maioria dos animais e vegetais. Eobserva que "antes de estabelecerdiferenças raciais, a melanina é espe-cialmente importante na proteção doorganismo contra a radiação solar".

O objetivo das pesquisas que diri-ge é saber quais os mecanismos mole-culares da fotoproteção. E explica porque: os pigmentos absorvem os com-primentos de onda solar que seriamprejudiciais a outras moléçulas doorganismo.

Adianta o professor Ito que osresultados desse estudo poderão con-tribuir para melhor compreensão dosprocessos cancerígenos que envolvema proliferação não controlada de célu-Ias e surgimento do melanoma (cân-:er da pele).

fciW

Halley ou SallamuO cometa de Halley, que vai

reaparecer no fim deste ano, foi vistoe registrado pelos babilônios em 164a.C.. Este registro, o mais antigo doaparecimento do cometa, foi encon-trado pelos cientistas em tabletes deargila guardados no Museu Britâniço.Desde o ano 12 a.C. todos os apareci-mentos do Halley tem sido bem regis-trados, mas sua história anterior éobscura.

Os tabletes de argila çom escritacuneiforme nos quais os astrônomosda Babilônia registraram o apareci-mento do cometa sofreram gravesdanos nos últimos dois mil anos, masos cientistas foram capazes de autenti-car as anotações através do estudoexaustivo de sua órbita. Os babilônioschamavam o cometa de Halley deSallamu, palavra também usada parameteoros e bolas de fogo.

Cangaceiro de aventalCangaceiro não era machão —

confessou lida Ribeiro, de 79 anos deidade, que foi mulher de cangaceirodo bando de Lampião e, hoje, éconhecida por Dona Sila. Ela falou noseminário Testemunho do nosso tem-po, na Fundação Joaquim Nabuco, noRecife, lançou seu livro de memóriase debateu o fenômeno do cangaçocom geógrafos, historiadores e soció-logos.

Desconcertou o auditório, quan-do disse, textualmente: "Na vida pri-vada. o cangaceiro não era um ma-chão. Cozinhava para ele e para amulher, que tinha como tarefa únicaser a companheira de todos os mo-mentos". Disse ainda que. muitasvezes, a mulher assumia o poder dedecisão, nos bandos.

Abelhas lá e cáMilhares de abelhas cobriram o

capô do carro do advogado MarkWilliams, em Portland, Estados Uni-dos. Foi preciso chamar um apicultor,Logan Ramscy, para retirá-las. Comluvas especiais, ele botou a abelha-rainha numa caixa e as outras a segui-ram. Explicou: "Quando a abelha-rainha vai para um lugar, o restanteda colméia a segue".

No Brasil, o conhecimento daconduta e do trabalho das abelhasserá curso, durante este mês, no Insti-tuto de Apicultura e Técnicas Agrá-rias— IAPTEC ministrado por teeni-cos de nível superior. O curso enfoca-rá, especialmente, a viabilidade eco-nômica da apicultura, capacitando oaluno a cuidar dum pequeno apiário.

Informações poderão ser obtidaspelo telefone 223-8683 (Belo Hori-zonte).

Pesquisadora solitáriaOs instrumentos inventados pelomúsico suíço-baiano Walter Smetak

só interessam aos cupins e à professo-ra Lucemar Alcântara Ferreira, daEscola de Música e Artes Cênicas daUniversidade Federal da Bahia.

Smetak foi um músico que tevemuita influência na MPB, na fase dotropicalismo, como reconhecem Cae-tano Veloso, Gilberto Gil e Capinam.As partituras e os inúmeros instru-mentos que ele criou correm o riscode serem consumidos pelas traças ebaratas.

Só a professora Lucemar tem sepreocupado em preservar o notávelacervo do músico suíço. Paralelamen-te, ela está concluindo pesquisa sobrecompositores contemporâneos doBrasil, praticamente sozinha e semnenhum financiamento. A pesquisaconsiste no levantamento do acervode discos, partituras ,e fitas de autoresde músicas eruditas de todo o País.A lei e o impasse

Há um impasse na UniversidadeFederal de Santa Maria, no Rio Gran-de do Sul: houve eleição direta para aescolha do futuro Reitor e venceu oprofessor Gilberto Aquino Benetti.

O impasse se concretiza porque oatual Reitor, Armando Vallandro,alega que tem dc cumprir a lei eencaminhar uma lista sêxtupla à apre-ciação do Presidente da República.Mas, houve acordo prévio entre oscandidatos dc que os perdedores nãoaceitariam fazer parte da lista séx-tupla.

Criança pobre do Nordeste faz seupróprio brinquedo. Utiliza latas ve-lhas, cordões, talos de folha de ma-moeiro, pneus, câmaras de ar paraconfeccionar bodoques, apitos, ma-nés-gostosos (bonecos acionados porpressão). É um mundo lúdico, dife-rente do das crianças do Sul do País,que se divertem com brinquedos ele-trônicos, minicomputadorcs e bone-cas que falam. A partir de amanhã,até o dia 12. a Fundação JoaquimNabuco, do Recife, vai expor essesbrinquedos.

De amanhã a 19, o professor NelsonMaculan, do Instituto de Matemáticada (JFRJ e da Coppe, dirigirá umaescola internacional de otimizaçãocomhinatória. E a primeira escola nes-sa área realizada no país. O comitêorganizador é formado por: Celso Ri-beiro (PUC/RJ), Ruv Campello (Fur-nas), Gerd Fiuke (Halifax, Canadá),Peter Hammer (Rutgus, USA), GilbertLaporte (Montreal, Canadá), SilvanoMartello (Bologna, ltalia) e MichelMinotix (Paris, França). O apoio fi-nanceiro parcial para a realização des-sa escola conta com recursos da Finep,Coppe. do Instituto de Matemáti-ca/UFRJ. da PUC/RJ, da IBM doBrasil, da UNESCO, da Sohrapo,Sbmac e do CENPq.

Já está circulando o número 2 daRevista de Comunicação, dirigida pe-los jornalistas Mário de Moraes eAlfredo dc Belinont Pessoa. O pri-meiro número foi muito bem recebidopela comunidade universitária. Nestesegundo número. Jânio de Freitas eLago Burnett afirmam que não lias-tam palavras e idéias para se ter umbom artigo; Aroldo Chiorino contacomo se arma a cobertura de umaCopa do Mundo e Gilberto do Vale

lembra os 60 anos de O Globo — idealde Ireneu Marinho.

A Associação Brasileira de Higiene ea Associação Brasileira de Medicinado Trabalho promovem, até o dia 12,no Senai (Rua Mariz e Barras, 678) oI" Seminário Brasileiro de ToxicologiaAgropecuária e Agroindústria!.

De depois de amanhã a 12 desetembro, o Centro de Produção daUniversidade do Rio de Janeiro pro-moverá o curso de Manutenção deSistemas Pneumáticos, dirigido a en-genheiros. técnicos e supervisores demanutenção e profissionais envolvi-dos na área. As aulas serão às terças,quartas e quintas feiras das 19 às 22h ecustará CrS 99 mil à vista ou trêsparcelas de CrS 3711 mil. Maioresinformações pelos telefones 284-8322ramais 2417 e 2507 ou 264-8143.

Desde 1979, realizam-se no Brasil asolimpíadas de matemática. A Olímpia-da Regional da Matemática da Uni-camp acontecerá em agosto e serápromovida pelo Instituto de Matemáti-ca. Estatística e Ciência da Compu-taçáo.

Nova opção para os vestibulandosda Universidade do Vale dos Sinos foicriada com especialização em Fitoquí-mica no curso de Biologia.

As Faculdades Integradas de Ubera-ba estão recrutando professores daarea de comunicação social nas habili-taçòes de Relações Públicas e Publici-dade e Propaganda, em regime detempo integral. Os curricula vitarumdeverão ser encaminhados ao Serviçode Seleção e Acompanhamento de Pes-soai das Faculdades Integradas deUberaba. Av. Guilherme Ferreira,217 — Uberaba — Minas Gerais —CEP 38100.

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No Centro Empresarial Rio, na Praia de Botafogo, até o abastecimento de água é controlado por computador

Os edifícios "inteligentes"

A modesta salinha do zelador dos velhos prédios convencionais foi substituída pormodernas salas de controle, onde painéis luminosos, alarmes sonoros e monitores

de circuitos fechados de televisão permitem que os operadores controlem as

funções vitais dos edifícios do ano 2000

Terezinha Costa

Fim de expediente no prédio da IBM naAvenida Pasteur. Os funcionários saem, nin-guém se preocupa em apagar as luzes. Às18h30min, pontualmente, elas se apagam.

Hora do almoço na filial carioca do Citi-bank, esquina de Rua da Assembléia com Largoda Carioca. O restaurante do prédio está repleto.Ninguém porta dinheiro, talão de cheques oucaneta para assinar faturas. No fim do mês aconta da refeição aparece debitada no contra-cheque.

A caixa-d'água do Centro Empresarial Rio,na Praia de Botafogo, está vazia. Não há zelado-res para ligar as bombas, mas em poucos minutoso nível da águal volta ao normal.

Todos esses edifícios têm um ponto emcomum: filhos do casamento entre a modernaarquitetura e a tecnologia de informática e comu-nicações, eles têm cérebro — são inteligentes. Aoinvés da modesta salinha de zelador dos velhosprédios convencionais, são administrados a partirde salas de controle que fazem lembrar umcenário de Guerra nas Estrelas. Painéis lumino-sos, alarmes sonoros e monitores de circuitosfechados de televisão permitem que os operado-res vejam praticamente tudo que acontece emcada hall, sala ou corredor, informados porsensores espalhados pelo prédio.

Nos mais sofisticados, muitas das açõesrequeridas pelas informações enviadas pelos sen-sores eletrônicos são tomadas por computadores.No edifício do Citibank, por exemplo, o compu-tador aumenta ou diminui o volume de ar condi-cionado em função de áreas mais ou menosaquecidas pelo sol num mesmo andar. "Essesistema evita que o ocupante sinta calor perto dafachada, onde é maior a insolação, e morra defrio no meio da sala", explica o engenheiro Silvio

Freitas Oliveira, da João Fortes Engenharia, queconstruiu o prédio para o Citibank.

É verdade que os edifícios inteligentes cons-truídos no Brasil não têm o mesmo Q.I. de seuscongêneres americanos. Nos Estados Unidos, hárequintes como elevadores que falam com ospassageiros ("— Subindo", diz o elevador) oucortinas que se abrem e fecham comandadas porcomputadores. Em prédios recentemente cons-truídos em Dallas, Los Angeles e Chicago,terminais ligados a um computador central ofere-cem acesso instantâneo às cotações das bolsas devalores. No saguão, catálogos telefônicos compu-tadorizados listam os ocupantes do prédio porempresa, pessoas e categorias de serviços.

São mordomias ausentes dos prédios brasi-leiros, projetados para atender exclusivamente adois requisitos — segurança e economia. Não poracaso, assim, os equipamentos eletrônicos maissofisticados são encontrados nos sistemas desegurança contra incêndio e roubo e nos sistemasde energia elétrica. Mecanismos automáticos decontrole desligam as luzes em caso de incêndio,acionam o gerador de emergência e enviam todosos elevadores para o térreo. Ao chegarem, osbombeiros são encaminhados imediatamente aolocal do foco de incêndio, detectado pelos senso-res e mostrado num painel luminoso.

A segurança contra assaltos e roubos não émenos eficiente. Além de portas que se fechamautomaticamente, bloqueando a saída, e de sen-sores que detectam a presença de estranhos emáreas restritas, há portas que só podem serabertas por cartões magnéticos e mediante adigitação de um código, como no prédio doCitibank.

Quando se trata de economizar energia, osedifícios inteligentes são pródigos em equipamen-tos. No Citibank, um computador está programa- _do para impedir que o consumo de eletricidade'chegue a um determinado pique, a partir do quala conta da Light será sensivelmente engordada.

Sempre que o consumo esta se aproximando damarca fatal, o computador reduz parte do forne-cimento por alguns segundos. Econômico aoextremo, o mesmo computador chega a detalhescomo diminuir a iluminação artificial dos andaressempre que a luminosidade natural aumenta.

Na filial brasileira da IBM, os requintestecnológicos são mais visíveis no sistema telefôni-co. Um sistema integrado de numeração permiteque os funcionários dos três prédios da empresano Rio — Avenida Pasteur, Presidente Vargas eBenfica — comuniquem-se apenas discando onúmero do ramal. O computador embutido nacentral telefônica se encarrega de descobrir emque prédio está o ramal desejado.

ü edifício de Benfica não tem sequer cen-trai telefônica própria — funciona como umsatélite do prédio da Presidente Vargas. Quemliga de fora disca o número da Presidente Vargase fala com Benfica. "Quando todos os nossosprédios estiverem integrados dessa forma, a IBMno Rio. embora dispersa geograficamente, teráum só número de telefone". explica o engenheiroJorge Fernandes.

São serviços que dão facilidade e rapidez decomunicação dentro da empresa. Na mesmaIBM, os funcionários contam com um sistemabatizado de follow me: se o dono do ramalaguarda um telefonema mas tem que sair de suasala, ele informa ao telefone o número do ramalonde estará. A ligação é automaticamente trans-ferida.

Toda essa parafernália tecnológica custacaro. Na Torre Rio-Sul, por exemplo, os equipa-mentos estão avaliados em CrS 35 bilhões. Deum modo geral, a automatização provoca umaumento de 2% no custo da construção. "Mas,

quando os projetos estão voltados para a reduçãouo consumo de energia, a economia resultantepermite recuperar esse investimento em cincoanos", diz o engenheiro Silvio Freitas.

Economia de energia justifica gastos

Cândida Vieira

ECONOMIA de energia de CrS 150 milhões

por mês ou de 30% a 40% em comparaçãoao consumo de um prédio convencional: este é oprincipal fator para pesados investimentos naconstrução de modernos edifícios, com compu-tadores controlando a distribuição de ar condi-cionado, iluminação, elevadores e água.

Esses edifícios já são uma realidade noBrasil, embora, até há muito pouco tempo,fossem considerados oomo uma tendência para ofuturo. Em São Paulo, neste momento, doissofisticados prédios — Citibank e Itaú — estãosendo construídos, incorporando o uso docomputador cm seus controles.

Na Avenida Paulista, a área mais valorizadade São Paulo, o Citibank constrói a toque decaixa a sua sede regional. A cada semana estásendo levantada uma laje. nos 50 mil metrosquadrados de construção. Os operários revezam-se dia e noite, para aprontar a estrutura atésetembro. Mais um ano será necessário para otérmino do prédio, que deverá ser inaugurado apartir do último trimestre de 1986.

O vice-presidente de edificações do Citi-bank, Markus Burgler, não revela o valor dosinvestimentos. Mas técnicos do mercado avaliamque o banco está investindo um pouco acima dc70 milhões dc dólares (aproximadamente CrS 420bilhões) no edifício com quatro subsolos, térreoda Alameda Santos, agência da Avenida Paulis-ta, mezanino, o pavimento de transição. ISandares e cobertura com um jardim. MarkusBurgler informa apenas os recursos aplicados nobuilding management system (BMS). que contro-lará a automação do edifício: 900 mil dólares, ouseja, cerca de CrS 5.4 bilhões.

O BMS foi usado na sede do Citibank. noRio de Janeiro. Mas o sistema de São Paulo é ode segunda geração, mais sofisticado, porqueconta com inteligência distribuída, permitindocontroles setoriais do prédio. Isso significa que.se houver algum problema no centro do sistema,as partes remotas continuam funcionando. Outravantagem: a ligação com outros prédios doCitibank para sabei o que ocorre Ia Em 198(1.quando editicio estiver pronto, o primeiro prédio

a ser interligado será o da Avenida Ipiranga, nocentro de São Paulo, e depois o de Curitiba, noParaná.

O Citibank economizará, com o seu prédio,de 30% a 40% em energia com o controle docomputador, em relação a um edifício convencio-nal. Na parte de iluminação, o computador Sisco10.000, por exemplo, ligará e desligará as luzes,de acordo com horários preestabelecidos. Alémdisso, a própria concepão do prédio, com muitaluminosidade, permitirá que um terço de cadaandar não precise de luz artificial durante o dia.

O sistema de ar condicionado, explica Mar-kus Burgler. também apresenta inovações. Atra-vés de um sistema de acumulação de energia (arfrio da cidade), formará gelo. a ser derretidodurante o dia para ser consumido na refrigeraçãodos ambientes.

Além da iluminação e do ar condicionado,o BMS controlará os elevadores, os sistemas degeração de emergência (falta de energia, porexemplo), sistemas de baterias (no brack). paraimpedir a queda de processamento de dados dobanco. O controle de incêndio e de alarmebancário funcionará separadamente, mas cominterligação com o de automação do prédio.

Com investimentos de 4 milhões 900 milORTNs (cerca de CrS 225 bilhões 400 milhõespelo valor da ORTN em julho), o edifícioCondomínio Itaú. iniciado em abril de 19N2.deverá estar pronto no final deste més.

O Citibank está

investindo 900 mil

dólares no sistema de

automação de seu

edifício-sede em São

Paulo

Um computador I 9000, da Itautec. contro-lará os trés blocos do condomínio, de 110 milmetros quadrados, localizado no Jabaquara. Zo-na Sul de São Paulo, contando com um túnel queo liga à estação do metrô Conceição, paramaiores facilidades de transporte aos empre-gados.

O gerente dc engenharia de projetos indus-triais da Itaú S/A Planejamento e Engenharia,João José Augusto Mendes, explica que essecomputador controlará todo o sistema supervisorde gerenciamento de energia: ar condicionado,iluminação, controle de demanda de energiaelétrica, emergência, otimização do uso de águae outros.

A economia de energia pelo sistema, desen-volvido pela Itauplan e pela Itautec. foi cuidado-samente estimada. A potência instalada nosblocos é de 1 i mil 500 quilowatts. Num controleconvencional, a demanda seria de 7 mil quilo-vats. Com o computador, será de 4 mil 500. Issopermitirá uma economia de 3 mil ORTNs pormês. o que representa aproximadamente CrS 150milhões pelo valor da ORTN de julho.

Na parte de iluminação, por exemplo, oprograma do computador prevê 100% de ilumi-nação durante o dia; 50% das ISh as 23h; e. namadrugada, de apenas 10%. Como a água a serusada será parte da Sabesp e parte do poçoartesiano, o computador controlará o volume deágua a ser retirado do poço. já que ela é maisbarata do que a fornecida pelo órgão do Go-verno.

Se a automação de edifícios comerciais já éuma realidade, n.t parte residencial a sofisticaçãoainda esta numa fase mais inicial. A Zarif CantonEngenharia, por exemplo, vendeu 34 apartarnen-tos do edifício Cosmos, no Itaim. na /. ma Sul dacidade, a preços médios de CrS 500 milhões cadaum. apresentando ;miv av,ões como cartão magné-tico para abrit as poit.is de im: ibciti e estruturanos apartamentos para instalação de microcom-put.idores, vkleotcXto e outras n>>\ içòes tecno-lógicas.

CANDIDA VIEIRA e -eponerdo JORNAL DO bPASii ^tí Sao Pau'

Page 55: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

JORNAL DO BRASIL CIÊNCIA domingo, 7/7/85 n ESPECIAL

MEDICINA A missão suicida da Giotto

Hepatite ataca

as populações

da Amazônia

Leonardo Mourão

SãO PAULO — Quase toda a populaçãoadulta da região amazônica, sobretudo dosEstados do Acre, Rondônia e Amazonas, estácontaminada com vírus da hepatite B, gravedoença que pode tornar-se crônica em 10%dos que a contraem, com complicações comocirrose e câncer do fígado.

A existência do vírus na área, encontradoaté mesmo entre os índios, foi revelada hámenos de dois meses ao Ministério da Saúde esurpreendeu a comunidade científica, para aqual as hepatites por vírus não eram problemana região.

A informação é do professor de AnatomiaPatológica da Faculdade de Medicina da USP,Luís Carlos da Costa Gayotto.

O quadro se torna ainda mais grave quan-do se sabe que de 6% a 10% da populaçãodessa região são portadores assintomáticos dahepatite B, ou seja. muitas vezes desconhecemque estão doentes e tornam-se, por isso,perigosos transmissores, alerta Gayotto.

O índice de mortes na região por câncer dofígado, que pode surgir 20 anos depois dacontaminação pelo vírus, é 10 vezes maior queno restante do País. Como os recém-nascidossão contaminados pelas mães, no momento doparto, grande numero dos que morrem decâncer na região é de muito jovens.Assim que as autoridades sanitáriasconcluírem os quadros de incidência da hepati-te B junto á população, elas terão de partirpara a vacinação geral — afirma o professor.

Coordenador dos trabalhos de mais de 30médicos especialistas, que participam do pro-jeto "Aspectos das hepatites por vírus noBrasil", Gayotto percebeu a gravidade dasituação em Í977 quando, em visita à Universi-dade Federal do Amazonas, assustou-se com aalta incidência de câncer do fígado registradana população da Amazônia Ocidental.

Nos Estados dessa região, sobretudocm Rondônia, há atualmente grande migra-ção, o que pode agravar o problema, pois ahepatite é transmissível por saliva, relaçõessexuais, transfusões sangüíneas e, provável-mente, até por picadas de mosquitos — adver-te Gayotto.

Em uma primeira fase a vacinação deveriaser ministrada nos recém-nascidos da regiãoNorte e, na segunda etapa, em todos osbrasileiros incluídos nos'grupos de risco —homossexuais, prostitutas, viciados que usamseringas para injetar drogas (o sangue é umdos maiores transmissores de hepatite) e pes-soai hospitalar que manipula sangue e sorohumanos.

A grande dificuldade das Secretarias deSaúde e do Ministério, para promover essavacinação, será o preço da vacina. Hoje, astrês doses necessárias para imunizar contra a.hepatite B custam Crê 450 mil. valor quaseproibitivo para campanhas maciças. "Somenteem São Paulo esse grupo de risco soma 500 milpessoas", informa o Diretor do Instituto Adol-fo Lutz, Venâncio Alves. Isso custaria à Secre-taria de Saúde CrS 225 bilhões.

Com recursos da Finep (Financiadora deEstudos e Projetos, ligada ao Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômico e Social) oInstituto Adolfo Lutz pesquisa kits de labora-tório para diagnóstico de hepatite. Ele temcondições de desenvolver vacina contra hepa-tite B, que sairia mais barata que a importada."Se o fluxo de dinheiro continuar e for dadaprioridade ao desenvolvimento desse medica-mento. em 10 anos teremos a vacina nacio-nal", diz o diretor do Instituto, uma das seteinstituições que participam do projeto.

Mesmo sem dúvidas de que a alta incidén-cia da hepatite B é fato grave, as autoridadesnão têm ainda levantamento do número decasos no Brasil ou do percentual de mortes emcada região. "Só quando as secretarias esta-duais fizerem levantamento total, poderemossaber a dimensão do problema", observa LuísCarlos da Costa Gayotto. O que se sabe. atéagora, é que o vírus está presente nas regiõesde matas e que algum animal silvestre, aindanão identificado, lhe serve de hospedeiro.

Para ampliar os limites desse conhecimen-to, o Ministério da Saúde contactou, há doismeses, a Organização Pan-Americana de Saú-de e sugeriu a promoção, a nível continental,de levantamento da incidência da doença eestratégias para enfrentá-la. "Esse trabalhoconjunto é importante, mas precisamos desen-volver aqui. junto aos especialistas brasileiros,grande programa nacional de combate â hepa-tite e que nos possibilite desenvolver testes emedicamentos nacionais contra a doença" —sugere Gayotto.

Temível vírus B

Nove em cada grupo de 10 pessoas tiveramhepatite e a maioria jamais soube disse, pois foicontaminada com o vírus da hepatite A. quecausa doença branda e benigna e só em casosraríssimos provoca complicações, mas nunca setorna crônica. Os vírus B. no entanto, causamproblemas bem mais graves e 1(1% das vítimastornam-se portadores crônicos da doença, quepode evoluir para cirrose e até mesmo paracâncer do fígado, que mata o doente em seismeses.

Os vírus da hepatite B destrõem as células dofígado que, na maioria dos casos, se recompõemsem deixar seqüelas. Mas. quando há complica-ções. podem afetar de maneira irreversível ofuncionamento tio fígado. A medicina pouco sabesobre o comportamento das células hepaticasatacadas por esses microorganismos, mas já des-cobriu que em algums casos e o próprio sistemade defesa do organismo que causa mais danos.

Quando tomam de assalto uma célula, osvírus da hepatite li buscam seu núcleo para sereproduzir, disparando o alerta que comanda aformação de anticorpos contra os invasores Mas.por motivo ainda não conhecido pelos cientistas,esses anticorpos acabam por destruir, junto comos vírus, as células que os abrigavam, deixandocicatrizes que posteriormente podem evoluir paracirroses ou. mesmo matar os doentes no decorrerda crise

Além das hepatites A e B. existem a hepatitenão A e não 11 que. na realidade, e causada poruma série de vírus A mais guu-, no entanto, e ahepatite causada pelo vírus chamado de agentePerra, que infecta o tmado tunto com o vírus B.do qual depende para >c desenvolver hsse tij"x>de hepatite toi detectado ha apenas sete anos e eIvistank miukuln \tir,Lie api <\iina.laiiicntelir . di>s ntes

¦\s |. ,• lo \ li e 11 lt.- nk >j sei : icvi m-das por vacinasLEONARDO MOURAO o repórter doJORNAL DO BRASIL em Sao Paulo

Europeus partem

em busca do Halley

John Noble WilfordThe New York Timès

COM o Cometa de Halley cada vez

mais próximo da Terra — atualmenteestá a cerca de 400 milhões de milhas,entre as órbitas de Júpiter c de Marte — oseuropeus enviaram sua primeira nave espa-ciai interplanetária como parte de um gran-de programa internacional para estudar oCometa em março do ano que vem.

A espaçonave Giotto, de uma toncla-da, tendo a bordo câmaras de televisão eequipamentos científicos, foi lançada namanhã do dia 2 de julho da base daAgência Espacial Européia cm Kourou, naGuiana Francesa."Se as coisas funcionarem como esta-mos esperando", afirma David Dale, físicoinglês e diretor do projeto,

"a Giotto'fornecerá o elo mais próximo da Terra como Cometa".

A Giotto vai sc juntar a duas outrasnaves soviéticas, lançadas cm dezembro doano passado, que passaram por Venus hápouco tempo e agora se encaminham parao Cometa de Halley. Uma nave japonesatambém será lançada cm agosto. As quatrodevem se aproximar do Cometa na segun-da semana de março de 19K6, depois queele tiver passado por trás do Sol, quandodeverá estar mostrando a mais fascinantegama de gases luminosos e da poeiracósmica que o acompanham.

Segundo os planos, coordenados numaanimadora atmosfera de amizade científicainternacional, a nave soviética Vega 1deverá ser a primeira a alcançar o Cometa,passando a cerca de seis mil milhas de seunúcleo, no dia 6 de março. Três diasdepois, a Vega 2 tentará chegar a duas milmilhas do núcleo. No começo de março, anave japonesa Planeta A, a 120 mil milhasde distância, vai tirar fotos ultravioletas danuvem de hidrogênio que provavelmentesc estende por dezenas de milhares demilhas atrás do cometa.

A União Soviética prometeu partilharos dados obtidos no acompanhamento dasnaves Vega com os cientistas europeus,para ajudá-los a aumentar a precisão darota da Giotto para seu encontro com oCometa, na noite de 13-14 de março,quando deverá passar a 300 milhas dedistâncias do lado do Cometa virado para oSol.

Do centro de controle da nave euro-péia em Darmstadt, na Alemanha Ociden-tal, os cientistas europeus esperam dirigir aGiotto para um ponto do espaço onde oCometa de Halley vai cortar o plano daórbita da Terra. Neste ponto, com umgasto mínimo de energia, a Giotto deveráinterceptar a trajetória do Cometa e mer-gulhar em sua atmosfera de poeira, a umavelocidade de 42 milhas por segundo. Pro-vavelmente esta poeira do Cometa, funcio-nando como uma lixa, destruirá a Giottoem sua aproximação.

O projeto dos europeus, segundo Rud-ger Reinhard, um dos cientistas do progra-

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ma, é "chegar o mais perto possível eimediatamente transmitir todos os dadospara a Terra, descobrindo o máximo decoisas antes da nave ser destruída".

Apesar das duas naves soviéticas pro-vavelmente serem as primeiras a transmitiras fotos tiradas de perto do Cometa, astiradas pela Giotto deverão ser mais reve-ladoras por causa de sua localização maispróximas ao núcleo do Cometa, onde serãobatidas — acredita-se que o núcleo sejaconstituído de gelo e pedra, tendo cerca decinco milhas de diâmetro. Nenhum instru-mento científico colocado na Terra jamaisconseguiu examinar um cometa tão deperto.

As fotografias que serão tiradas pelaGiotto devem mostrar detalhes com cercade 30 metros de diâmetro, enquanto as dasVegas só deverão dar clareza aos de cercade 90 metros. "A maior diferença entre asVega e a Giotto está na distância de suasaproximações do Cometa", explica Ste-phen Edberg, astrônomo do Jet PropulsionLaboratory de Pasadena, Califórnia.

A missão espacial da Giotto é a estréiada Agência Espacial Européia, constituídapor 11 países, na exploração interplanetá-ria. Alguns cientistas norte-americanos es-tão participando deste projeto, e antenasespaciais operadas pelo Jet Propulsion La-boratory vão ajudar no acompanhamentoda viagem da Giotto, mas a nave e seusinstrumentos foram todos criados e cons-truídos na Europa. Ela foi batizada emhomenagem a Giotto de Bondone, o pintorflorentino do século XIV que viu o Cometaem 1301 e usou sua imagem para represen-tar a Estrela de Belém em um mural quedecora a Capela Scrovegni, em Pádua.

A nave Giotto é cilíndrica, com 1.8 mde diâmetro de l ,5m de comprimento, temum tripé na parte de cima, onde estãoinstalados um magnetômetro e uma ante-

na. Uma fina camadas de alumínio, apoia-da numa grossa camada de Kevlar (omaterial usado nas roupas à prova de bala)deve dar à nave proteção suficiente contrao bombardeio de poeira até as últimascentenas de milhas de sua aproximação doCometa.

Como as naves soviéticas, a Giotto temduas câmaras de televisão com alcanceaumentado por pequenas pastilhas eletrô-nicas extremamente sensíveis às menoresfontes de luz astronômicas. O sistema decâmara da Giotto será focalizado no Co-meta através de um espelho colocado cmângulo de 90 graus, de forma que a apare-lhagem ótica não fique de frente para anuvem de poeira que poderia lhe causardanos prematuros.

Quando a Giotto se aproximar e sedistanciar do Cometa estas câmaras de tvvão girar 180 graus para mantê-lo enqua-drado durante a viagem, e até mesmodepois, se a nave não for destruída.

Dez minutos antes de sua maior apro-ximação do Cometa a Giotto começará atirar fotografias contínuas, quando aindaestará a cerca de 20 mil milhas de distância.Com estas fotos os cientistas esperam des-cobrir o tamanho da massa e as caracterís-ticas da rotação do núcleo do Cometa.

Quatro horas antes de seu encontromais próximo com o Cometa dc Halley,todos os sensores da Giotto vão entrar cmfuncionamento. Entre estes está um foto-polarímetro, para medir a polarização daluz refletida pelas partículas dc poeira doCometa e determinar seu tamanho e outrasparticularidades: e um magnetômetro, pa-ra medir o campo magnético do Cometa.

Os três pequenos telescópios da Giottovão observar as partículas de poeira iimedida que forem aceleradas pelo ventosolar de gases carregados de eletricidade,frês espectómetros de massa vão medir as

/l sondaespacialGiotto vaientrar emórbita solarpara exploraro Cometa deHalley.Revestida dematerialespecial.vai tentarse aproximaro máximopossível docometa.enviandodados paraa Terra atéser destruídapela poeirada atmosferado Halley

massas das moléculas c partículas. Trêsmicrofones montados no escudo contrapoeira vão detectar e analisar os impactosdas partículas maiores, pela vibração queelas criarem no escudo.

O Cometa dc Halley agora sc aproximapara o seu encontro que ocorre a cada 7fianos com a parte central do sistema solar, auma velocidade de 62 mil milhas por hora.Ainda não pode ser visto nem pelos teles-cópios mais potentes porque estará ocultopelo Sol ate fins de julho, quando então osastrônomos dc todo o mundo vão passar aobservá-lo através dc seus instrumentos.

O Cometa dc Halley vai passar a 57.7milhões de milhas da Terra cm 27 dcnovembro, sua passagem mais próxima daTerra na viagem cm direção ao Sol. Emjaneiro deverá estar visível a olho nu. comsua melhor visão sendo obtida no Hemisfé-rio Sul. O Cometa dc Halley deverá oferc-ccr uma visão ainda mais espetacular emmarço c abril do ano que vem. quando jáestiver se afastando do Sol. Segundo osastrônomos, quanto mais ao sul o observa-dor estiver, melhor será sua visão.

Apesar dos Estados Unidos não teremnenhuma espaçonave no comitê dc reccp-ção ao Cometa de Halley —, os cientistasnorte-americanos colocaram instrumentospara medir sua poeira a bordo das navesVega da União Soviética.

Quando sc tornou óbvio que nenhumanave norte-americana iria pesquisar o Co-meta, por causa dos cortes de despesasfeitos pela NASA.um satélite dos EUAcolocado cm órbita da Terra foi rcdirecio-nado para para estudar o Cometa Giacobi-ni-Zinner. Este satélite está no rumo certoc deverá passar a cerca de seis mil milhasdo núcleo deste Cometa cm 11 de setem-bro. Porém esta nave não possui câmaras,de forma que seu trabalho será limitado aoestudo dos gases com carga elétrica dacauda do Giacobini-Zinner.

DIETETICOS

Um refrigerante para

os diabéticos

A perspectiva da liberação dos refrigerantesdietéticos no Brasil, depois de 12 anos de

proibição, foi saudada pelo endocrinologistaIsaac Benchimol. chefe do Serviço de Endocri-nologia do Hospital do IASERJ. como "umaexcelente notícia para os diabéticos". Benclii-mol acha que é "psicologicamente bom para ospacientes" a oportunidade de consumirem pro-dutos semelhantes aos destinados a pessoassadias.

A liberação da fabricação de refrigerantesadoçados artificialmente está na pauta de umasérie de reuniões, que começam esta semana noMinistério da Agricultura, para rediscutir alegislação brasileira sobre bebidas em geral. Aquestão específica dos refrigerantes foi pautadapara a última reunião — em setembro. Mas asindústrias não querem esperar. Vão procurar oMinistro Pedro Simon nos próximos dias paratentar apressar a liberação.

A proibição dos refrigerantes dietéticos nopaís ocorreu em 1973, no bojo de uma intensaceleuma causada pela descoberta, nos EstadosUnidos, de que o ciclamato — um dos adoçantesartificiais — causava câncer. Mas. segundo IsaacBenchimol, a descoberta foi feita em ratos delaboratório que receberam doses excessivas doproduto —o equivalente à ingestão, por um serhumano, de três a quatro vidros de adoçante pordia. "Na prática", diz o médico."uma pessoanão consome mais do que XO gotas diárias".

Ele assegura que só ha risco no consumo deprodutos dietéticos — refrigerantes ou os dc-mais que já existem fartamente no mercado,como doces, geléias e pudins — "se o pacientefor exagerado e quiser se nutrir exclusivamentede produtos dietéticos". Mas. nesse caso. "orisco é o mesmo de uma pessoa sadia que so sealimente de produtos enlatados".

Os cerca de cinco milhões de diabéticosbrasileiros podem, portanto, se alegrar. Estãoliberados pelos médicos para consumirem retn-gerantes que não tardarão a estar disponíveisnas prateleiras dos supermercados. "Estamosprontos para fabricar imediatamente a Cocadietética". diz o diretor da Coca Cola. LuizLobão, verbalizando assim a disposição dasindústrias do setor.

Boas notícias para os diabéticos estão vindotambém dos Estados Unidos. Ha duas semanas,pesquisadores da Universidade de Stanfordanunciaram que breve os médicos serão capazesde saber com antecedência se um paciente dediabetes vai lei problemas renais ou de cegueira.(>s pesquisadores descobriram uma estreita rela-Cão entre níveis anormais de lima substanciaquímica chamada remna inativa --- produzidapelos rins — e o desenvolvimento de complica-enes miciovascülares que causam a cegueira e asdoenças renais em poit.idores de diabetes.

Ainda nao se sabe se a rennia inativa causa

esses efeitos por si mesma ou se ela é apenas umsinal de complicações provocadas por outrosfatores. Mas os cientistas de Stanford acreditamque. medindo os níveis dessa substância químicanos pacientes, será possível determinar aquelesque estão propensos a apresentar complicações.

Também nos Estados Unidos avançam aspesquisas sobre o transplante de células beta —células encontradas no páncreas, que são res-ponsáveis pela produção de insulina. Numapessoa sadia, o páncreas tem cerca de 1 milhãode células beta. Um diabético tem 3(H) mil oumenos. As demais foram destruídas por meca-nismos ainda não explicados.

Transplantes de páncreas vêm sendo feitosdesde 197(1. Calcula-se que há hoje. em todo omundo, cerca de I(K) diabéticos que receberampáncreas transplantados. Mas. além dos proble-mas de rejeição comuns a esse tipo de cirurgia, otransplante de páncreas tem uma dificuldadeespecífica: o órgão secrega certas enzimas que odestrõem. Para contornar esse problema, ospesquisadores americanos estão tentando trans-plantar apenas a parte do páncreas que produz ainsulina — ou seja. as células beta. Experiênciasbem-sucedidas foram leitas com ratos e. maisrecentemente, o cirurgião Daniel Mintz. daUniversidade de Miami. obteve sucesso com otransplante de células beta de um cão sadio paraum cão diabético.

Até que essas técnicas possam ser aplicadasao homem ainda vai levar tempo. Mesmo por-que também não estão resolvidos os problemasde rejeição, embora muitos avanços tenham sidoobtidos nos últimos anos com a criação dedrosias imunossupressoras que reduzem o riscode rejeição sem expor demasiadamente o pa-ciente a infecçòes de toda ordem Também estãosendo tentadas outras técnicas para evitar arejeição.

Uma delas é a purificação das células quevão ser transplantadas. Consiste na retirada doselementos que se supõe sejam os detonadoresdo processo de reieiçao.

Todas essas técnicas ai neta apresentam difi-culdades a serem superadas antes que elaspossam ser aplicadas intensivamente. Dc qual-quei forma, abrem-se boas perspectivas para osdiabéticos dependentes de in-uima aquele,cinos páncreas nau -ecret.im essa substância epor i^so sohre\ i\em a> custa-* de d»>ses dumas deinsulina oial oi: r.ietavel I o ituriMiln Ji.iMestipo ' Para ns pi ¦: t id.ee- '¦ Krn 'uni priidi,,. :n "m: '.a ¦ p. e • i/.¦ n.i.iesclarecidas ela nao c ética/ ti.ui^pl.inie^n;n» vto uma aite t

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Page 56: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Entrevista/ Horácio Macedo

OS universitários de hoje em dia

"são informais no tratamento,mas formais no conteúdo". Ou

seja: como pessoas, são descontraídos,sem-cerimônias e espontâneos. E comoestudantes, são bem-comportados, de-pendentes e até sem iniciativa. "São osestudantes-vítimas da política educa-cional que os governos militares prati-caram nas universidades federais, se-gundo o novo reitor da maior delas, aUFRJ. Horácio Cintra de MagalhãesMacedo, 58 anos, é o primeiro reitor dahistória da UFRJ (fundada em 1922) edas universidades federais de todo opaís a chegar ao cargo pelo voto direto.

De um universo de quase 40 mil

pessoas (22 mil alunos de graduação, 8mil de pós-graduação, 3.800 professo-res e 5.800 funcionários) votaram maisde 12 mil eleitores (2.145 professores,3.675 funcionários e 6.400 alunos), dos

quais Horácio Macedo obteve 8.944votos, 35% do total na média pondera-da. Foi o mais votado da lista sêxtuplaeleita entre 19 candidatos. O segundo,Nelson Maculan Filho, obteve 14,98%e os quatro restantes ficaram entre9,70% e 7,45% na ponderação. E por-que foi o mais votado, acabou confir-mado no cargo pelo Ministro da Educa-ção, Marco Maciel, com quem estevesemana passada, na própria UFRJ.

Carioca, formado em química in-

dustrial pela antiga Escola Nacional deQuímica, hoje Escola de Química daUFRJ, ele conhece a universidade quevai dirigir há 34 anos, quatro comoaluno e 30 como professor, chefe dedepartamento e, ultimamente, decanodo Centro de Ciências Matemáticas eda Natureza. "Desde meus 28,29 anos,minha rotina é a UFRJ. Chego aqui porvolta das 9h e vou embora lá pelas 17h,18h. Fora daqui, gosto de ouvir música— Mozart, Schubert, Beethoven, Stra-vinski — e de estudar química". Casa-do com uma professora do Instituto deFísica da UFRJ, Horácio Macedo jáescreveu livros sobre suas especialida-des — é físico-químico, com aperfei-

çoamento em termodinâmica — e tra-duz com facilidade o inglês, francês,alemão, italiano e espanhol.

A eleição que resultou na sua esco-lha não encerra o processo de democra-tização da UFRJ. Assim que assumir ocargo, em Io de setembro, ele pretendecontinuar estimulando todas as outraseleições que vão acontecer na universi-dade entre agosto e outubro. E elasserão muitas. Segundo o novo reitor,serão eleitos pelo voto direto nadamenos que 53 listas sêxtuplas (318 can-didatos) cujos nomes mais votados elequer ver na direção dos centros eunidades das seis grandes áreas daUFRJ e do Museu Nacional, para ummandato igual ao seu, de quatro anos.

Também as chefias dos 148 departa-mentos, que duram dois anos, serãopreenchidas pelo voto. instrumentoque

"certamente aplicaremos para es-colher o prefeito do campus da Ilha doFundão, onde vivem e transitam, pordia, cerca de 30 mil pessoas", diz oreitor. "Como você vê, temos muitaseleições pela frente. Elas são essenciaisna redemocratização da vida universi-tária. Para mudar o perfil do universitá-rio desejado pelos militares, nós preci-samos mudar a universidade que ogoverno militar desenvolveu. E paraisso, eu estou disposto a trabalhar até24 horas por dia". Entrevista a Orival-do Perin, repórter do JORNAL DOBRASIL.

uPara

ter autonomia, a Universidade

precisa ser eficiente e útil"

JB — Qual é, na sua opinião, o papel deuma universidade?

Macedo — A universidade é um instru-mento de organização do processo cultura! deuma sociedade. Ela existe para servir à socie-dade e deve ser, sempre, instrumento eficien-te para o desenvolvimento político e social deum país. Nos países desenvolvidos, uma uni-versidade cumpre sua missão formal: transmi-te a cultura e amplia o conhecimento. Empaíses como o nosso, além dessa missãoformal, ela precisa atuar diretamente na trans-formação social. Nenhuma universidade bra-sileira pode abdicar da sua função social. Nãoquero dizer com isso que professores e alunostenham que fazer política em vez de ensinar eaprender. A política da universidade não é apolítica dos partidos, mas a da ação junto àsociedade.

JB — Como o senhor pretende desenvol-ver e praticar esta política na UFRJ?

Macedo: Levando a UFRJ para a comu-nidade e vice-versa. Acho que a universidadeprecisa levar assistência médica às populaçõesmais carentes, enfim tem que detectar osproblemas emergentes, que são muitos, discu-ti-los e propor soluções. Não se compreendeque a UFRJ não tenha participação, porexemplo, num problema como a poluição doRio Paraíba do Sul. Eu quero ver a UFRJinserida no cotidiano da cidade, do Estado edo país. Veja outro exemplo da ReformaAgrária. Temos aqui várias e várias teses eestudos sobre o tema, que nunca vieram apúblico por motivos hoje superados. E aConstituinte: por que não discuti-la em semi-nários e reuniões? Por que não abrir o Hospi-tal Universitário do Fundão através de umapolítica que atenda a população com serviçosmédicos de alta qualidade? Como se pode ver,há muito espaço a ser ocupado.

JB — Se esse é o papel da universidade, oque fizeram com ela nos últimos anos?

Macedo — Os governos da ditaduramilitar cercearam a universidade na sua fun-çáo universal, restringindo-a à atividade detransmitir e ampliar conhecimentos, assimmesmo de forma bastante carente. Retiraramdo meio universitário tudo aquilo que pudessepropiciar a discussão social. O debate socialfoi transferido para grupos particulares, parauniversidade privadas que, à exceção dasPUCs, também nada fizeram ou puderamfazer, porque a maioria nasceu à sombra e sobfavores do regime. Foi massacrante essa poli-tica de castração ideológica promovida nasuniversidades oficiais. Tão massacrante, queeles não se limitaram a aplicá-la através dedecretos e normas. O abafamento ideológicoaconteceu também com o uso de forças milita-res. Não foram poucas as universidades inva-didas e ocupadas nesses últimos 20 anos. Aquina UFRJ, por exemplo, morreram muitos. Asvezes eu estava dando aula e chegavam ho-mens mal encarados procurando estudantes.Eram inquietantes as presenças de pessoasestranhas nos corredores das faculdades e atéem salas de aula. Fora isso, as verbas para asuniversidades federais foram caindo, mur-chando. E professores foram cassados, apo-sentados.

JB — O senhor vai restaurar os direitosdesses professores?

Macedo — Assim que eu assumir. Eles jáforam anistiados, já voltaram à universidade(são cerca de 30) mas ainda não se fez umarevisão nos direitos funcionais de cada umdeles. Isso precisa ser reparado com urgência.

JB — Qual a principal conseqüênciadesse abafamento ideológico nas universi-dades?

Macedo — Os efeitos mais drásticosrecaíram sobre os alunos. Eu os vejo hoje —há exceções, claro — totalmente informais norelacionamento com colegas e professores,mas muito formais e retraídos em relação aoestudo. Alguns deles entram em pânico quan-do o professor pede que o próprio alunomarque o dia de uma prova, por exemplo.Eles têm medo da independência e autonomiano estudo. Para muitos, é doloroso tomar umadecisão. E para a grande maioria, as questõessociais são desinteressantes. Custam a enten-der que mesmo os técnicos precisam ter umconteúdo social e político na profissão queaprendem e pretendem exercer. Este é ouniversitário que estamos herdando da Revo-luçào.

JB — Mas esse quadro ja começou amudar, não?

Macedo — Ainda ha deformações aquidentro. Elas passam pelo desinteresse cieparte dos professores e pela desorganizaçãodo movimento estudantil, que ainda nao con-%cütic mohili/ar todos os estudantes Sãodeformações decorrentes d<>quc sofremos nosúltimos 2ii anos A uni\ersulade perdeu a\ontnde de descmoKci seu papel na socieda-di „ cst.i. em cotisequencia. nao a reconhece

mais como instrumento capaz de ajudar nastransformações. Os governos militares conse-guiram fazer com que a sociedade esquecessea enorme importância de uma universidadeaberta, crítica, colaboradora.

JB — O senhor é favorável à idéia de auniversidade produzir para vender?

Macedo — Tem gente que acha queuniversidade é pra fazer goiabada e farinha demandioca. Ou outro produto qualquer, queuma vez vendido, ajuda a manter a institui-ção. Acho que ela pode produzir coisas, masnão dessa forma, ou dentro desse contexto. Auniversidade precisa, antes, produzir profis-sionais da maior competência e qualidade. Eproduzir idéias e coisas novas em todas asáreas. É aí que entra a importância da pesqui-sa no ensino superior. Todas as pesquisasprecisam ser orientadas nesse sentido e nadireção das necessidades da sociedade. Nãoadianta nada a universidade produzir e vendera goiabada. Ela precisa é ensinar a sociedadea fazer a goiabada. Só assim, ambas —universidade e sociedade — estarão progre-dindo. Qualquer processo de produção entrenós tem que ter uma relação direta com os

problemas emergentes que nos cercam. Apesquisa é fundamental dentro dessa propos-ta. Claro, não se deve produzir pesquisa sócom esse objetivo. Queremos também a pes-quisa científica pura, que amplia o saber.Queremos as duas formas de pesquisa.

JB — A universidade deve prestar servi-ços à sociedade?

Macedo — Deve, claro. Nos últimosanos, isso só ocorreu episodicamente. Pensoque a universidade precisa e pode prestarserviços, sobretudo nas áreas onde sua com-petência é maior. Mas a prestação de serviçostem que se restringir às áreas de ponta. Naopode inserir-se no cotidiano. Aliás, era issoque o governo militar queria. Havia um planopara fazer da universidade uma empresa queproduzisse coisas e prestasse serviços. Erauma estratégia perfeita para desviá-la de seupapel fundamental.

JB — Os campus avançados e o ProjetoRondon fariam parte dessa estratégia?

Macedo — O Projeto Rondon, a meuver, foi uma tentativa de militarizar a massaestudantil, através de apelos nacionalistas. Eos campus avançados eram uma ficção, um

"A universidade perdeu a vontade de

desenvolver seu papel na sociedade e esta,

em conseqüência, não a reconhece mais

como instrumento capaz de ajudar nas

transformações.55

"N ^ ^ 1

Horácio Macedo"Não

quero dizer que professores e alunos

tenham que fazer política em vez

de ensinar e aprender. A política da

universidade não é a política dos partidos,mas a da ação junto a sociedade.

delírio da ditadura. Enquadravam-se na geo-política do General Golbery. Nenhum delesvingou. O nosso era em Marabá, no Pará.Como manter um campus em área tão distan-te se não havia verba para as coisas maisessenciais? Outra atividade envolvida nessaestratégia foi a produção de livros da Univer-sidade de Brasília. A produção cultural dauniversidade tem que contribuir para a eleva-ção do nível cultural do povo, quer nas artes(música, cinema, pintura, etc), quer na ciên-cia. Obras como as que foram editadas pelaUnB, pouco ou nada contribuem para desen-volver um pensamento progressista na socie-dade.

JB — Como devem ser entendidas ademocratização e a autonomia de uma univer-sidade?

Macedo — A democratização não podeser entendida demagogicamente, como umfim em si. Ela é, sim, um instrumento paraque a universidade encontre seus caminhos. Ereflete, basicamente, dois anseios: o de ter-mos uma sociedade civil democrática e o deconstruirmos uma instituição de ensino capazde permitir a manifestação de seus diversossegmentos. Quanto maior for a capacidade demanifestação dos diversos segmentos quecompõem a universidade, maior será a efi-ciência da instituição no cumprimento de suasfunções. A democratização vai propiciar maisqualidade, mais energia, mais pesquisas e é, ameu ver, um processo de incomparável rique-za no estabelecimento de contrastes e con-frontos que levem ao consenso. Um consensoamplo, grande, livre de propostas paroquiais,de interesses de grupos. Um consenso capazde fazer da universidade uma instituiçãoabrangente. Quando se quer que os dirigentesde uma universidade sejam eleitos, quer-setambém que eles tenham força para conquis-tar, junto ao Governo, as coisas que melho-rem a instituição em todos os sentidos. E énesse sentido que o movimento docente daUFRJ põe, entre suas bandeiras, a defesa daqualidade do ensino, o apoio à pesquisa e arepulsa aos grupos de resistência às idéiasprogressistas.

JB — A democratização, então, é cami-nho obrigatório para a autonomia?

Macedo — O processo de democratiza-ção sem autonomia não leva a nada, não vaimudar nada dentro da universidade. E recon-quistar a autonomia não significa lutar poruma instituição independente do Estado, por-que a universidade terá, sempre, responsabili-dades perante o Estado e a sociedade. Paraque se aprimore essa responsabilidade, épreciso autonomia didática, administrativa efinanceira, coisas que, formalmente, já exis-tiam. Mas na prática, o governo militar redu-ziu-as a zero. A universidade não podia elabo-rar seu orçamento, as aplicações de verbas jávinham prontas e programadas, a criação ealteração nos cursos ainda estão presas àaprovação do Conselho Federal de Educação,por aí afora. Aliás, o Conselho Federal deEducação é um polvo tentacular atuandosobre as universidades. Seus conselheiros de-cidem até sobre regimentos de cursos nasfaculdades brasileiras. Por fim, eu diria que aautonomia tem seus riscos políticos e acadê-micos. E será morta se não tiver a garantiafinanceira do Estado. Esta garantia, consegui-da como um direito e não uma concessão,estabelece a obrigação de uma atividade uni-versitária socialmente eficiente e útil, capazde justificar plenamente o dispéndio de todosos recursos recebidos.

JB — O senhor já revelou que pretenderessuscitar na UFRJ a área de ciências huma-nas e sociais, prejudicada no governo militar.Como isso acontecerá?

Macedo — Queremos trabalhar sempreem interação com os professores, dando gran-de ênfase às atividades docentes, sem desme-recer nenhuma área. Claro, teremos que daruma certa prioridade para a graduação (22 milalunos) que andou esquecida nos últimosanos. Vamos reequipar laboratórios, melho-rar condições de trabalho para os professores,ampliar bibliotecas, facilitar pesquisas e lutarclara e abertamente pelo restabelecimento deníveis salariais dignos. Dentro disso é que eupretendo dar ênfase as áreas humanas esociais. Mas é uma prioridade não excludente.Estas áreas vão ter que merecer maior apoioporque não receberam nenhum nos governosanteriores. Mas. repito, será uma prioridadeepisódica, definida no tempo e no espaço.Quando chegarmos ao ponto em que as áreashumanas e sociais puderem sei consideradascomo recuperadas, sentaremos na mesa paiarediscutir nossos planos .-Mus. temos maisalgumas pnoridades. altuma» emergênciascomo a solução dos problem is jo i . ¦ icç;'• • deAplicação (funciona num prédio trume.*» iiem péssimo cstadoi. ,> 1 ••nas |,» \li,.u:Naclonal. .1 d:\ -,io. n.t • ' ..1 da i • . vi.uk

de Economia e Administração, a mudança dasfaculdades de Educação e Comunicação, mui-to mal instaladas na Praia Vermelha, a reati-vação da Escola de Música e a melhoria doatendimento no hospital da Ilha do Fundão.

JB — E as pesquisas? Vão ser incremen-tadas de imediato?

Macedo — As pesquisas constituem ou-tra prioridade. Além das verbas fornecidaspelas entidades financiadoras, pretendo de-senvolvê-las também com verba do nossoorçamento. No começo, será pouco dinheiro,mas, com o tempo, poderemos fazer cresceressa verba.

JB — Há verbas suficientes para tocar aUFRJ?

Macedo — O orçamento deste ano cor-responde a 21% do orçamento que a UFRJteve em 81. Veja como o Governo Figueiredoestrangulou as universidades. Vivemos hojecom a quinta parte do que tínhamos há quatroanos. Mas aos poucos, penso que poderemosrecuperar esse terreno. Para este ano, oMinistro Marco Maciel já garantiu mais unsCr$ 20 bilhões, complementando os CrS 15bilhões que já gastamos. Pretendemos conse-guir mais uns CrS 10 bilhões, para que oorçamento — considerada a inflação — fiquepelo menos igual ao de 84, que foi de CrS 14bilhões. Para 86, a proposta orçamentária é deCrS 56 bilhões, o que representará uma certatranqüilidade no primeiro semestre. Na reali-dade, teremos que chegar aos CrS 112 bilhões.

JB — A Nova República já está sefazendo sentir na universidade?

Macedo — Já há sintomas claros dapresença dela na vida da universidade. OMinistro Marco Maciel separou, no orçamen-to para 86, parcela para a biblioteca (o quenão acontecia há vários anos) e restabeleceu achamada verba de manutenção do ensino,elementar para o funcionamento da universi-dade. Com essa verba será possível começar amelhorar a qualidade do ensino.

JB — E quanto aos funcionários queapoiaram seu nome? O que será feito por eles?

Macedo — Nossos 5.800 funcionáriosprecisam ter uma solução urgente para algoque soa irracional. Eles não têm um plano de

"O orçamento deste ano

corresponde a 21% doorçamento que a UFRJ

teve em 81. Veja como oGoverno Figueiredo

estrangulou asuniversidades. Vivemos

hoje com a quinta partedo que tínhamos há

quatro anos.1'

carreira específico. Ou seja: o funcionário deuma universidade era visto pelo antigo Daspcomo um funcionário de uma repartição co-mum. Ora. aqui dentro, a realidade é outra.Não podemos pagar aos técnicos de laborató-rio. por exemplo, pouco mais que o saláriomínimo, conforme manda o Governo. Preci-samos mudar esse quadro, que se repete emtodas as universidades federais, praticamente.

JB — O campus da UFRJ vai ganhar,além do prefeito, uma "câmara de verea-dores"?

Macedo — Temos essa idéia, que aindaprecisa ser muito discutida. Achamos que aprefeitura precisa ser assessorada por repre-sentantes de cada segmento que compõe aUFRJ. Aqui no Fundão moram 800 estudan-tes. 800 funcionários e há problemas de con-dução. de lazer, de segurança, coisas comunsem qualquer cidade brasileira. Diariamente,aqui transitam 30 mil pessoas, que de certaforma precisam participar da escolha do pre-feito. Vamos estudar uma maneira de demo-cratizar essa escolha.

JB — Como o senhor pretende convivercom as críticas, comuns na democracia1

Macedo — A ação do reitor, para serarejada. ativa, competente, não pode exercer-se sem o apoio e a crítica, a participação e acontestação de professores, alunos e funciona-rios e sem a presença material e constante desuas entidades representativas (Associacáodos Docentes. Associação dos Servidores.DCE e Centros Acadêmicos), o dialogo, acontradição, a discussão e a busca de soiucoe -consensu us ser io. necess inamente. a prat cacotidiana de • ei'->r i de p •-<,is tbert ivque pieteiide nao so democrática, nia^lairv em p, ' . p.ink n.s bi.si a do ru cissosoe d do i> ..s nu» • lítmes» • «ie democ: •'i i pi.M.c t :••*•.•:.! ..ip:/ sei quetida ere^peit.id.t ;\ít' po\o

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N" 479. 7 de julho de 1985

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Capa Folo de Ricardo Azoury F4

DOMINGO1< )KNAI. DO HHASI1.

DiretoraMaria Regina BritoEditor de revistasZuenir VenturaEditorArtur XexeoEditora de ArteVilma GomezEditora de modalesa RodriguesProdutora de modaArliete RochaFotografiaAgência F4RepórteresAntonio José MendesHelena CaroneLúcia RitoRose EsquenaziDiagramadoresMaria do CéuJoão Carlos GuedesPaulo Cezar LoboColaboradoresDulce CaldeiraLiliana SchwobLuiz Antonio MelloGerente comercialFábio MatosRedaçãoAv. Brasil. 500 6l andarTel.: 264-4422, R. 410 e 497PublicidadeAv. Brasil. 500/5" andarTel.: 264-5422, R. 322Composição e fotolitoJORNAL DO BRASILImpressãoJB Indústrias Gráficas S AAv. Suburbana. 301Domingo é uma publicaçãoda Editora JB. Não podeser vendida separadamente.

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fis^m mmr

Jovens sem causa

Patrícia Tavares, a atriz de Trate-meLeão e diretora da Blitz, fala sobre os

jovens rebeldes sem causa (pág. 38)

Bom exemplo

A equipe de Domingo descobriu o que sefaz todas as sextas às 18h no Centrodo Rio. E seguiu o exemplo (pág. 24)

Bela aventura

Cinco jovens alpinistas escalaram osaltos picos de Itatiaia. Vale a penaacompanhar essa aventura (pág. 12)

TV sem gritosFernando Barbosa Lima e um diretor deTV diferente: não xinga, não da gritose funciona. Veja o seu perfil ipag. 22)

nomes

nostalgia 8

rock 10

televisao 16

pre-estreia 19

moda 28

usos e costumes __ ^2.

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nomes

Claudia Magno: sucesso de olho no futuro

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Claudia Magno: sucesso de olho no futuro

CLAUDIA MAGNO

A inquietação de umtalento versátilPara quem convive com ela,Cláudia Magno é meiga, sua-ve e gentil. Para ela própria, éinquieta e com um tempera-mento difícil. "Quero sempreconhecer gente diferente, coi-sas novas, recarregar minhasbaterias", explica a atriz de ARosa Tatuada, em cartaz noTeatro Glória. Apesar de sófazer teatro há três anos, seutrabalho ao lado de NormaBengell tem sido aplaudidíssi-mo. "Estou adorando a expe-riência, que é completamentediferente do que fazer televi-são (ela é a Regina de UmSonho a Mais) ou cinema(estreou no principal papel fe-minino de Menino do Rio).Mas mesmo assim, apesar do

perfeito entrosamento com aequipe da peça e com os elo-gios da crítica, Cláudia já estáde olho no futuro. "Quero via-iar muito, durante um longoperíodo para ver o que é queestá acontecendo no resto domundo."

VIRGÍNIA PUNKO

De olho no troféudo "Look of the Year"

Ex-campeã sul-americana debasquete e ex-campeã brasi-leira, a loira e bonita VirgíniaPunko, hoje transformada emmodelo e manequim profissio-nal, está embarcando para No-va Iorque, onde a esperamtrabalhos para a Elite Models,e de lá para as Ilhas Mauritius,para representar o Brasil nafinalíssima do concurso Lookof the Year, que escolhe

anualmente a melhor revela-ção das passarelas. A disputadas 14 candidatas prometeser acirrada — afinal, está emjogo um prêmio de um milhãode dólares.

MARIZA URBAN

A "marchand" que gosta

de obras falsasUm dia, a ex-atriz de cinema,ex-jurada de TV, jornalista eapresentadora Mariza Urbancomprou de um marchandinescrupuloso uma tela falsade Manoel Santiago. Inexpe-riência de novata no ramo dosantiquários, mas o suficientepara que montasse seu Ob-jets d'Art, no Shopping Cassi-no Atlântico, "sem malícia ouespírito de comerciante", on-de expõe porcelanas chine-sas, biombos, kakemonos ra-ros, móveis europeus do Sé-culo XIX. "Sempre tive a cer-teza de que 90% das pessoasnão sabem o que estão com-prando", diz Mariza, "e issonão é bom." Casada há seteanos com um empresáriofrancês e mãe de três filhos,Mariza concilia com suas via-gens, o tênis no Flamengo e oconvívio com amigos uma no-va paixão — o interesse pes-soai por quadros sabidamentefalsos. "Agora compro porquequero."

CLÁUDIA TAVARES

A moda comacessórios de couro"Eu sou a antimoda, detestomodismos e contesto muitacoisa disso tudo que está aí."Para Cláudia Tavares, que jáfoi dona de uma confecção ehoje fornece regularmenteacessórios para etiquetas co-mo a Bagagerie, Krishna, Fio-rucci, Yes Brasil e Dijon, não édifícil fazer essa afirmação."As

pessoas precisam muitomais dos acessórios do quepropriamente da moda", expli-ca. "Pode-se usar a mesmaroupa só mudando os cintos eas bolsas e fica-se em outroclima." Acreditando no quefaz, Cláudia está partindo —com sua sócia Maria Inês Ra-mos — enfim, para sua pró-pria marca, a Uffici. "Quero

desenvolver esse setor queaqui ainda é embrionário."

ELIZETE CARDOSO

De novo em disco,cantando Ataulfo Alves

Uma das maiores vozes damúsica brasileira, Elizete Car-doso está de novo no estúdio,gravando novo LP. Só quedesta vez, vítima do desinte-resse das gravadoras, a pró-pria cantora está assinandosua produção independente.Magoada com o pouco casocom que é tratada pelos gran-des selos, Elizete mergulhafundo no trabalho: está prepa-rando o que promete ser umLP antológico — grande partedele dedicado a Ataulfo Alves.

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Agora, uma griffe própria

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Fred Suter

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Um sosia a solta no centro do Rio

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Helinho: 25 anos de noite

HELINHO

Um quarto de séculoà porta da noite"Ele é o melhor cartão devisitas que uma boite podeter", proclama Sérgio Cavai-canti, proprietário do Jirau. Edeve ser mesmo: afinal. HélioBenedito, o Helinho que há 25anos recebe à porta das casasda moda todo mundo que vaià noite, é o mais disputadoprofissional de seu setor. Co-meçou quando o Jirau aindafuncionava na Rua RodolfoDantas, passou pelo Sachi-nha's, pelo Porão 73, o LeBateau, Flag, Sucata, Privé,inaugurou o Régine, passoupelo Cirrose's e está nova-mente à porta do Jirau. "Meu

segredo é ter sempre umaboa apresentação, muita sim-patia e ser discreto", explica."Fiz boas amizades ao longode minha carreira e já chegueia ser dono de meus própriosnegócios", conta. Helinho pre-tende parar brevemente detrabalhar na noite, porém."Estou atendendo ã terceirageração de meus antigosclientes e isso me assusta umpouco."

HALLEYO cometa vai batizarSâo Paulo ano que vemSão Paulo vai se transformarnos meses de março e abril doano que vem na Cidade deHalley. 0 projeto, bancado pe-Ia Paulistur, prevê uma sériede acontecimentos artísticos

HILDEBRANDO CASTRO

Um Toulouse-Lautrecda Geração 80

A obra de Hildebrando de Cas-tro é agressiva, formada porcomentários por vezes violen-tos, satíricos e grotescos sobreo comportamento humano, se-xo e drogas. Integrante da jácélebre Geração 80, o artistadesenvolveu dentro do movi-mento uma linguagem própriaque o diferencia de seus pares."As

pinturas de Hildebrando",diz o crítico Marc Berkovitz,"são um discurso sobre cor,composição e problemas estéti-cos." Para o marchand FrancoTerranova, da Petite Galerie, oartista tem um longo caminho apercorrer. "Hildebrando temmuito a acrescentar à arte brasi-leira."

e culturais para marcar a pas-sagem do cometa sobre oHemisfério Sul. "Vamos exe-cutar um programa de altonível", explica João Dória Jr,presidente da empresa, "mis-

turando shows de música,programação específica paracrianças, observação do fenô-meno durante uma semanano Observatório de Atibaia euma intensa atividade turísti-ca" São Paulo será de todasas demais cidades do mundoa que melhor permitirá a ob-servação da passagem do co-meta.

NELSON MOTTA

Exportando a MPBpara a TV estrangeiraVai se chamar The Voice ofBrazil a série de documentá-rios sobre a música brasileiraque Nelson Motta editou paradistribuição por 16 países, in-clusive Estados Unidos. "A

idéia é dar um panorama am-pio da MPB e seus múltiplosestilos através de seus gran-des artistas", explica Motta.Assim, serão mostrados aBossa Nova, o samba tradicio-nal, a música do Nordeste, otrio elétrico, rock. É sem dúvi-da o mais amplo e seleciona-do painel sobre a música na-cional jamais mostrado na TVestrangeira. "Em música po-pular, nós somos PrimeiroMundo", proclama Motta.

LUÍS MAURÍCIONUNES

O sósia do Sarney

Alinhadíssimo, Luís MaurícioNunes, representante comer-ciai da Tecelagem Taquara,tenta continuar trabalhando noRio. Nos dedos mindinhos,usa um anel de ônix e outro derubi. No bolsinho do ternobem cortado, um lenço dobra-do com cuidado. "Minha apre-sentação é meu cartão de visi-tas" — explica o portuguêsque está no Brasil há 34 anos.Duas vezes por semana, faz

sua higiene mental jogandosinuca — é um especialistaem bilhar francês. Perto de seaposentar — trabalha desdeos sete anos — mostra-seansioso em voltar a Lisboa,onde está toda família. Seuúnico problema agora é andarpelas ruas do centro. A cada100 metros tem que parar eouvir gostosas gargalhadas.Ele é a cara do Presidente daRepública. "É melhor ser pa-recido com a Sarney do quecom o Escadinha. Ele, pelomesmo, está querendo acer-tar", conclui.

7

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Para quem

amava os

Beatles

Ringo faz 45 anos.

Aproveite a data

para descobrir seu

grau de beatlemania

Eles

cantavam yeah, yeah, yeah e agente acreditava que seria' jovempara sempre. Parece que foi ontem,

mas ja faz tanto tempo que a implacávelfolhinha avisa que hoje é aniversário deRingo Star e que ele está completando 45anos. Dê uma olhada na foto da direita noalto da página. É ele numa festa recente.Compare agora com a outra, do tempo emque ao lado de três músicos geniais, diziaque Ali You Need is Love. Parecia impôs-sível, mas Ringo também perde cabelo,fica com o rosto inchado e, não dá para vermas pode apostar, cria uma respeitávelbarriga. Quando era um beatle, ao lado deJohn Lennon, Paul McCartney e GeorgeHarrison, ele fez todo mundo usar cabelocom franja, botinhas de salto alto e ternosde veludo. Quem se orgulharia agora deseguir seu visual? É melhor ficar com aslembranças. Coloque o Sgt. Pepers navitrola e tente responder as perguntasabaixo. Veja se para você o sonho aindanão acabou:1) Ringo foi o último a entrar para oconjunto. Quem ele substituiu? Stuart Sut-cliff, Pete Best ou Jimmy Nicol?2) Um dos quatro Beatles era canhoto.Qual?

8

3) Julia, de Lennon e McCartney, uma dascanções mais românticas do álbum bran-co, era uma homenagem a uma mulhermuito importante na vida de um dosquatro. Quem era Julia? A mãe de John, airmã de Paul, a tia de George ou a avó deRingo?4) Um dos filmes dos Beatles tem umacópia guardada numa cápsula do tempoque só será aberta em 2910. Qual?5) Nunca ninguém acreditou que Ringotinha tantas qualidades musicais quantoseus três companheiros. Tanto é assimque o produtor George Martin preferiusubstituí-lo por Andy White na bateria doprimeiro compacto simples que o grupogravou. As músicas eram...6) Quem fundou a banda foi John. Masantes de chegar aos estúdios, ela tinhaoutro nome. Quarrymen, Johnny and theMoondogs ou Silver Beatles?7) O empresário que moldou a imagem doquarteto era considerado o quinto Beatle.O grupo começou a se separar depois desua morte, causada por uma dose excessi-va de barbitúricos. Quem era?8) Uma data histórica: 29 de agosto de1966. Foi a última apresentação do conjun-to num palco. Em que cidade?9) Bom compositor, George sempre foieclipsado pelo sucesso de John e Paul.Com uma média de duas composições pordisco, ele nunca as via transformadas nolado A dos compactos de sucesso. Istoaconteceu pela primeira vez quando agravadora EMI selecionava o repertório doLp Abbey Road. Qual era a canção?10) Em 1968, os Beatles realizaram umespecial de TV para a programação deNatal da BBC. Pode ser considerado oúnico fracasso da carreira do conjunto.Inédito na TV brasileira, o programa fazsucesso ainda hoje nos clubes de vídeocassete. Qual é seu título?

11) Em 1964, eles conquistaram os Esta-dos Unidos. Foram lançados coast tocoast através de um programa de televi-são. Qual?12) A Hard Day's Night (Os Reis do YeYe Ye, no Brasil), o primeiro filme dosBeatles, ganhou este título quando, apósuma filmagem trabalhosa, Ringo recla-mou: "Foi a noite de um dia duro". Quenome tinha antes?

13) Atualmente, Ringo namora a ex-bondgirl Barbara Bach. Quem foi sua primeiraesposa? Cynthia Powell, Patti Boyd ouMaureen Cox?14) Paul foi o último dos quatro a casar.Mas antes de ser feliz para sempre comLinda Eastman, ele manteve um noivadocom a manequim Jane Asher que duroumais tempo que muitos casamentos bemsucedidos. Quando se separaram, Janeganhou uma canção. Qual?15) Durante um tempo, os Beatles faziammeditação transcendental e seguiam osensinamentos do guru Maharishi MaheshYogi. John decepcionou-se com o mestrequando percebeu que ele estava maisinteressado em Mia Farrow que em comi-da integral. A decepção valeu uma cançãono álbum branco. Qual?

Depois de conferir as respostas certas,na página 36, descubra seu grau de beatle-mania. Se acertou menos de cinco ques-tões, não adianta disfarçar, você semprepreferiu os Rolling Stones. Entre 5 e 8,você está longe de ser considerado umbeatlemaníaco. É melhor começar do iní-cio. Ouça She Loves You. De 9 a 12, vocêquase chegou lá. Mas não faria feio numdos congressos que anualmente pro-curam manter viva a memória do quarteto.De 13 em diante, parabéns. Ringo estariaorgulhoso de contar com você em suafesta de aniversário. ©

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Ele era assim... ...e ficou assime ficou assimEle era assim

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rock

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O quinto disco do Dire Straits chega ao

Brasil durante a maior excursão do grupo

Na

gíria inglesa, Dire Straits signifi-ca "duro", sem dinheiro. Era as-sim que viviam o escocês Mark

Knopfler, seu irmão David e o baixistaJohn lllsley num microapartamento nossuburbios de Londres ate a metade dosanos 70. Faziam modestas apresentaçõesem pubs até serem convidados, em 1978,para se apresentarem na abertura dosconcertos do prestigiado Talking Heads.Hoje, o nome Dire Straits soa como ironiaao ser associado a uma das mais popula-res bandas de rock da atualidade. E osnúmeros que cercam o grupo não sãonada adequados a um bando de "duros".Por exemplo: desde T de maio, o DireStraits iniciou a mais longa turne da histo-ria do rock que so vai terminar em 30 demarço do ano que vem, depois de tocarem 220 concertos para um público estima-do em dois milhões de pessoas. Melhor,na agenda, permanece em branco o perio-do compreendido entre 5 e 31 de janeiro.É quando o Dire Straits pretende apresen-tar-se no Brasil.

Com seu ultimo Lp, Brothers in Arms,chegando as lojas brasileiras esta semana,o Dire Straits consolida uma posição que jao torna um dos grupos prediletos dosroqueiros brasileiros. Não deve ser umafatia muito grande num mercado que pre-vè a marca de 20 milhões de discos

vendidos no mundo inteiro até o final de85. Mas também não é pequena. Umapesquisa feita pela Rádio Fluminense, nofinal do ano passado, revelou que o DireStraits é o grupo preferido pelos cariocas.Ele atinge uma faixa etaria elástica que vaidos 15 aos 35 anos. Qual o segredo? Elestocam a surf music, inventada pelosBeach Boys no final dos anos 50, um rockcom barulho de ondas do mar e ventobalançando coqueiros. É um rock bemlatino, suave. Ao mesmo tempo que é ágil,também é acústico. Não ha surfista quenão possua uma fita do Dire Straits. Não épor acaso que seus discos são gravadosno Caribe.

Brother in Arms e o quinto Lp dabanda. Os dois primeiros foram gravadosem 78 (Dire Straits e Communique). Jáconsagrado, o grupo gravou Making Mo-vies, em 1980, Love Over Gold, em1982, e Alchemy, álbum duplo de 1983.Toda esta máquina tem um combustívelbásico: a cabeça de Mark Knopfler. Ele já éconsiderado um dos melhores instrumen-tistas do mundo e, para conferir, é sóescutar os dois álbuns que gravou sozi-nho. Local Hero e Cal, ambos feitos paratrilha sonora de cinema. Mas é mais fácilouvir o som do Dire Straits saindo dosgravadores que cercam qualquer campeo-nato de surfe, Da Califórnia a Saquarema.

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aventura

De como cinco jovens, escalando paredões,

chegaram a três mil metros de altitude

Com pesadas mochilas e alguns anos

de prática e alpinismo às costas,Marcelo Ramos, 20 anos, Valéria

Conforto, 18, Bruno Cruz, 26, e eu, 26também, levamos o fotógrafo Luís Veigapela primeira vez às terras altas do Itatiaia,marcadas pelos seus majestosos pare-dões. Junho é o início do período seco efrio no Parque, e de sua "temporada" dealpinismo. Fomos então premiados comdias ensolarados e noites estreladas, mascom temperaturas variando entre 22 edois graus. Montamos as barracas na áreade acampamento próxima ao tradicionalAbrigo Rebouças e à margem de umarepresa onde agora já se tomam "revigo-

rantes" banhos com água à temperaturade uns 10 graus.

Nesse meio tempo, Bruno nos prepa-rara sua especialidade culinária — batatascozidas com requeijão e bacon. Terminadoo almoço, fomos esquentar motores naPedra do Couto, uma hora de caminhadaao Sul do acampamento. Escalamos o picopelo Paredão Carolina, uma aresta expostade pedra já conquistada e grampeada,com 150 metros de altura e razoavelmen-te fácil de se transpor. Ali, Veiga travouseu primeiro contato com uma escalada.Depois da descida, e antes de escurecer,ainda atravessamos, escalando com equi-pamento próprio, um teto de pedra de uns20 metros de comprimento, escavado emuma das faces da montanha.

No dia seguinte, guiamos Veiga pelosgigantescos blocos de pedra das Pratelei-ras (2 540m). Extenuante e demorada, asubida exige certo grau de técnica e auto-controle, sobretudo para vencer passa-gens mais delicadas, como a do Cavalinho— é preciso escalar para cima de umaestreita laca que se desprende do paredãoabrindo um vão de cerca de 100 metros deprofundidade, por cuja beirada plana se vairastejando, montado como que em umcavalo, daí o nome. Depois, é enfrentar osalto de um metro de distância sobre oabismo, da laca para o paredão. Maisadiante, emburaca-se por uma fenda quevai dar no cume. No teto das Prateleiras, o

Maria Inez CabralFotos de Luís Veiga

nosso já doublé de fotógrafo e alpinistapôde, após quatro horas de esforço etensão, fotografar a bela paisagem.

Mal o sol despontou na manhã doterceiro dia, partimos em direção às Agu-lhas Negras. Nas mochilas, cordas, bau-driers, alças, mosquetões, nuts e outrosequipamentos de segurança, mais os in-dispensáveis água e chocolates. São trêshoras de caminhada até o pico dominantedo parque, com 2 787 metros de altitude.No caminho, porém, ao cruzarmos a basedo monte Asa do Hermes, Ramos parou.Há um ano ele havia passado comigo pelolocal e ficara tentado a escalar um atraentee contínuo sistema de fendas, ainda vir-gem, que rasga a parede da montanha atéquase o cume. Incentivado pelo grupo,Ramos liderou a conquista do novo pare-dão, subindo através do entalamento depés e mãos nas fendas, onde também iaencaixando nuts a intervalos de três acinco metros, até atingir uns quarentametros de altura. Ao sentir esticada acorda que me atava a ele, escalei ao seuencontro, seguida pela corda de Bruno,Veiga e Valéria, que vinha por últimorecolhendo os nuts deixados por Ramospara nosso asseguramento. Mais dois es-ticões de corda e atingimos vitoriosos ocume.

O dia seguinte foi dedicado a andançaspelo parque, percorrendo trilhas conheci-das e escalando paredões tradicionais co-mo a fenda da chaminé Brackman e aPedra do Sorvete. No último dia, voltamosàs Agulhas Negras. Já acostumado, Veiganão se surpreendeu quando nos propuse-mos a escalar a mais alta montanha doparque por uma parede ainda intocada desua vertente ocidental. Mais vertical edifícil que a conquista anterior, a nova vianos custou três horas de esforços paravencer os cem metros de escalada até darnum ponto da caminhada longitudinal atéo cume das Agulhas Negras. A nova via foibatizada de "Aspirina", em homenagem aValéria, que escalou todo o percurso espir-rando e reclamando de uma forte gripe.

A esquerda, a passagem do Cavalinho; à direita, a via Carolina

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GRETA GARBO HOSPEDA- SE NO VEREM |I1IMI 1 HI—

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Como chegar e o que

levar

PARA

se chegar ao Par-que Nacional do Itatiaia,o roteiro é o seguinte:

Sede (Parte Baixa) — estradaRio—São Paulo, entrada doParque à direita, antes do pe-dágio, na altura do Hotel Tiú.Possui quatro hotéis (médiade Cr$ 130.000 a diária com-pleta para casal), uma área deacampamento (pernoite deCr$ 3.200 por pessoa), e doisabrigos, para 24 e 48 pessoas(CrS 17.000 o primeiro pernoi-te e CrS 8.000 os demais).Parte Alta — pega-se a Rio—São Paulo, 13 quilômetrosapós o pedágio, entra-se àdireita na Rio—Caxambu, nokm 26 novamente à direita(direção do Registro), e entãomais 15 quilômetros até oposto do Parque. Possui oAbrigo Rebouças (24 pessoas)e uma área de acampamento.As reservas dos abrigos eáreas de acampamento de-

vem ser feitas por carta, comno mínimo 15 dias de antece-dência, à direção do Parque,caixa postal 83.657, Itatiaia,RJ.

Do equipamento essencialde um escalador, todo ele im-portado, devem constar: al-ças de fita de nylon, queservem como dispositivos deproteção e progressão; mos-quetões: argolas de alumíniocom fechos de mola, usadospara unir a corda às alças, eaos pontos de progressão eproteção; botas especiais deescalada (ou os nossos kichu-tes); baudrier: conjunto delargas fitas de nylon costura-das que envolvem pernas ecintura formando uma espéciede cadeira, no qual se amarraa corda, também em nylon,com 50m de comprimento.Uma cordada é formada pordois ou três escaladores ata-dos a uma mesma corda, de

modo que, enquanto um esca-Ia, o outro lhe dá segurançapreso aos pontos de proteção.Estes podem ser grampos deaço, fixados na pedra quandoda conquista e lá deixados, ouentão uma série de artefatosde segurança móvel, como osnuts ou pitons — calços sex-tavados ou planos, de alumí-nio ou aço, entalados em fen-das à medida que o guia sobeo paredão, e retirados peloúltimo da cordada.

O Rio possui sete clubesde montanhismo. Um deles, oClube Excursionista Carioca,está ministrando um curso deadestramento para principian-tes (na R. Hilário de Gouveia,71/206), com aulas teóricas epráticas que terminarão no úl-timo fim de semana de julho,com uma grande excursão aoParque do Itatiaia. Maiores in-formações com Mário Rober-to, fone: 575-2361. ®

Isso só não é verdade porque ela nunca veio a SãoPaulo.Se tivesse vindo,certamente teria se hospedadolá. E teria sido recebida com flores, coquetel, cesta defrutas, chocolate e tábua de queijos e vinhos.Este atendimento personalizado é parte do Vereda —um andar com decoração e serviços especiais queo Eldorado Higienópolis implantou.Bom, Greta Garbo ainda não pôde vir, mas você pode.Experimente.

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HigienópolisRua Marquês de Itu, 836 - São Paulo • SPReservas: SP (011) 256-88331 RJ (021)222-7574 / DDD - grátis: (011) 800-8122Consulte seu agente de viagens.

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Depois de Um Sonhoa Mais, a Globo põeno ar Ti-ti-ti, umcorte na alta moda

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Costurando a novela

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Wolf Maya (e) dirige Luiz Gusta-vo (acima) e Reginaldo Faria

Dois

inimigos íntimos,duas pessoas quedisputaram tudo des-de a infância: André

(Reginaldo Faria) e Ariclênes(Luís Gustavo). André trans-forma-se no bem-sucedido es-tilista Jacques Leclair, Ariclê-nes é sustentado pela ex-mulher com pensão ganha naJustiça e será conhecido nomundo da moda como VictorValentim. A partir daí começao Ti-ti-ti, a próxima novela dassete com estréia prevista paraagosto, que a Rede Globo co-meçou a gravar no último fimde semana em São Paulo.

Escrita por Cassiano Ga-bus Mendes, o mesmo autorde Plumas e Paetês e Elaspor Elas e dirigida por WolfMaya e Fred Confalonieri, Ti-ti-ti vai mostrar como a com-petição entre duas pessoaspode se transformar numa ba-talha industrial.

— A estrutura é a de umacomédia de situações e a AltaCostura será a locação ondese movimentarão os persona-gens, todos ligados aos ate-liers dos dois estilistas. Nãose trata de uma farsa, mas deuma comédia sofisticada ondeo autor se utiliza do bom hu-mor para fazer uma crítica àvaidade, à frivolidade e àdisputa existentes, na Alta So-ciedade, diz Wolf Maya.

As primeiras cenas de Ti-ti-ti foram gravadas no HotelMaksoud Plaza, em São Pau-

Io, com uma festa que teve aparticipação de mais de umacentena de convidados da so-ciedade paulista, seguindo-seum grande desfile de modascom as 20 manequins maisrequisitadas do eixo Rio—SãoPaulo. Trabalhando há ummês nos preparativos da no-vela, Wolf Maya conta que ahistória viverá muito em fun-ção de eventos de moda egrandes festas aristocráticas,décor escolhido por CassianoGabus Mendes.

— Este desfile no HotelMaksoud foi o primeiro deuma série. No próximo mêsteremos outro, desta vez noHotel Nacional, no Rio, umaprodução do francês OlivierPerrault. Tudo o que for usadona novela será criação exclusi-va de Marco Rica, Maria Boni-ta e Gregório Faganello. A fi-gurinista Helena Gastai estarátrabalhando junto aos estilis-tas para selecionar o materiala ser usado em cena.

Uma minuciosa pesquisafoi feita para a novela e procu-rou-se saber detalhes que da-rão o tom divertido ao texto deCassiano. "Qual o disco prefe-rido de um colunista social?,"pergunta Wolf. "Qual o Jazzouvido por quem ganha maisde um milhão de dólares equal a mesada que esta mes-ma pessoa dá a seu filho? Oque conversam as mulheresquando estão no cabeleireiro?Quanto gasta o milionário em

Françoise Bloch

seu presente mensal a umaamante?"

Veterano diretor de teatro,Wolf Maya conta que nestanovela o elenco receberáorientação específica em for-ma de laboratório, exatamen-te como se faz em teatro.

Geralmente os atoresde novela se encontram numaúnica reunião social antes decomeçarem a gravar. Tive aidéia de fazê-los se prepara-rem em encontros com pes-soas especializadas nos seto-res da moda para que eles sefamiliarizem com a maneira deandar, de desfilar, conheçamuma oficina de costura e ovocabulário das pessoas des-te mundo.

Os estilistas Jacques Le-clair e Victor Valentim farãocom que todos acreditem tra-tar-se de dois efeminados, re-cursos que usarão para seprotegerem dos maridos ciu-mentos e poderem investir li-vremente no mercado e naAlta Sociedade.

Serão situações hilárias— adianta Wolf — como mu-lheres semidespidas experi-mentando roupas na frentedeles, acreditando que elesnem estão prestando atenção.Mas este lado efeminado seráconstruído com sutilezas, nãono trejeito, mas no clima. Opúblico vai adorar e eu já es-tou adorando. Sei que vou medivertir muito. ©

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NA ZONA FRANCA

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Rosa será interpretada...

Uma rosa

sai do

ostracismo

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Cinema alemão leva

às telas a trajetória

de Rosa Luxemburg

Luciana Villas-Bôas

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...por Barbara Sukowa (e)

Com

sensibilidade aguçada para de-tectar grandes temas para seus fil-mes, a alemã Margarethe Von Trot-

ta está entrando em fase de montagem deA Serena Paciência de Rosa, que contaráos vinte últimos anos da vida de RosaLuxemburg, a mais notável militante eteórica do movimento comunista interna-cional do princípio do século. BarbaraSukowa — atriz de Anos de Chumbo e,com Werner Fassbinder, de Lola e BerlinAlexanderplatz — tingiu os cabelos depreto para dar verossimilhança ao papel dapequena judia de origem polonesa, extre-mamente atraente pela vivacidade e pelaintensidade de sua inteligência.

No insuperável Anos de Chumbo,recentemente exibido no Rio, MargaretheVon Trotta aborda os conflitos entre duasirmãs com visões diferentes da luta contrao status quo: a primeira, pela via armada,a segunda, através do pacífico movimentofeminista. Com A Serena Paciência deRosa, porém, é a primeira vez que acineasta enfrenta um personagem históri-co real, figura eminente do pensamentopolítico e ideológico do século XIX, emtorno de quem movimentavam-se intelec-tuais da estatura de Karl Kautski e V. I.Lênin.

Nos útimos anos Rosa Luxemburg an-dou meio esquecida pelos círculos acadê-micos. Nem mesmo o movimento femi-nista preocupou-se em reapropriar-se deladevidamente. No entanto, não existe umúnico corpo de escritos marxistas poste-riores a Rosa que apresentem, mesmo delonge, o tipo de rigor conceituai e a combi-nação de resolução política e imaginaçãoteórica que marcam textos como AAcumulação de Capital, Greve de Mas-

sas, Partido e Sindicatos e A RevoluçãoRussa — onde, pela primeira vez, umarepresentante da esquerda revolucionáriafaz críticas ao partido bolchevique.

Além disso. Rosa Luxemburg foi umabrava militante internacionalista. Em 1905,foi presa na Polônia liderando o movimen-to de apoio à revolução russe. Naturalizadaalemã, filiou-se ao Partido Social-Democrata, mas ousou desaprová-lo emsua política de guerra e se empenhar empropaganda pacifista. Presa mais uma vezentre 1914 e 1918, aproveitou o cárcerepara escrever alguns de seus melhorestextos e fundar, ao lado de Karl Liebk-necht, o grupo de ação revolucionáriaSpartakus, que se levantou em janeiro de1919 contra o novo governo de Berlim,reformista e aliado aos conservadores.Rosa Luxemburg e Liebknecht foram fuzi-lados por voluntários de extrema direita,que sufocaram a rebelião e lançaram seuscorpos ao Landwehkanal.

Mas o ostracismo de Rosa Luxemburgtende a acabar. Da mesma forma como,na Europa, 1984 foi o ano de Carmem —com uma série de filmes, peças e remon-tagens da ópera de Bizet — 1986 deveráser o ano de Rosa. Em seu último livro, ACrise da Crise do Marxismo, o filósofo ehistoriador inglês Perry Anderson diagnos-tica e prescreve a releitura atenta da obrade Rosa Luxemburg para que o marxismosaia do atoleiro em que se meteu desdeos anos 60. Mais que isso, chegam notí-cias de que o próximo projeto do compe-tente cineasta húngaro Istvan Szabo, pre-miado este ano no Festival de Cannes,também é dedicado a ela. Com tudo isso,o nome de Rosa seguramente não serámais esquecido. ©

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Page 76: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

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Page 77: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

Ano 1, n° 14. 7 de julho de 1985

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BLITZ

Último dia no Canecão

Toda a programação de shows está na pág. 8

cinema 2 o dia da criança 10

teatro 6 radio e TV 12

exposigoes ~7 bares e restaurantes 1_4

video 7 o melhor da semana 15

Page 78: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

ASAS DA LIBERDADE iBirdv) de Alan "a^er ccm V3t:-ev.Voe ne Nicoias Cage. John Harkins. Sandy Baron. ^a^en¦:-_ç 5'_'V vrD\ Bruni-lpanema iRua Vscj"de ae "'3,35"' — 521-Í690) 15h 17h10min. 19h20m-n, 21n30mm.Brunt-Tijuca (Rua Conde de Bonfmr 370 — 254-6975):

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A HISTÓRIA SEM FIM líhe Neverending Story). de WolfgangPetersen. com Barret Oliver. Gerald McRaney. Drum Garret.Darryl Cooksey e Nicholas Gilbert Ôpera-2 (Praia de Botafogo.340 — 266-2545) 14h, 15h50min. 17h40min. 19h30mm.21h20mm, Sào Luiz-2 (Rua do Catete, 307 — 285 2296).Comodoro (Rua Hadock Lobo. 145 — 264-2025) 14h50min.16h30min, 18h10min. 19h50min. 21h30min, Palácio-2 (Rua doPasseio. 38 — 240-6541)z. 14h. 15h40min, 17h20min. 19n.20h40mm; Leblon-2 (Av Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048),Barra-1 (Av. das Américas. 4666 — 325-6487): 13h40min,15h20min. 17h. 18h40min. 20h20mm. 22hVersões dubladas em português no Palácio-2 e ComodoroCensura livre Aventuras alemão que conta a história de ummenino órfão que viaja dentro de um livro

AMADEUS (Amadeus), de Milos Forman. com F MurrayAbraham. Tom Hulce. Elizabeth Berridge. Simon Callow, RoyDotrice e Christine Ebersole Odeon (Praça Mahatma Gandni, 2— 220-3835) 14h. 17h, 20h; Veneza (Av Pasteur, 184 — 2S5-8349). Roxy (Av Copacabana. 945 — 236-6245), Tijuca iRuaConde de Bonfim. 422 — 264-5246): 15h, 18h. 21 h Censura10 anosDrama americano baseado na peça de Peter Schaffer Que contaa vida do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozartsegundo as memórias de seu rival Antomo Saiieri Ono Oscar napremiação deste ano.007 NA MIRA DOS ASSASSINOS (A View to a Killi, de jo^Glen. com Roger Moore. Tanya Roberts, Grace Jones. Chnsto-pher Walken e Patrick MacNee Metro Boavista R-a doPasseio. 62 — 240-13411 12h40min. 14h30mm 16h50mm.19h10mm. 21h30min; Condor Copacabana (Rua FigueiredoMagalhães. 286 — 255-2610) Largo do Machado-1 iLargo dcMachado, 29 — 205-6842): 14h30min 16h50mm. 19n10min21h30min. Baronesa (Rua Cândido Benício. 1 747 — 390-5745), Madureira-2 (Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338)14h 16h20min. 18h40min, 21h, Leblon-1 (Av Atauiro de paiva391 — 239-5048). Barra-3 lAv das Américas 4 666 — 325-ô-i87'. Carioca (Rua Conde de Bonfim. 336 — 228-6,'d'14h30min. 16h50min. 19h10min. 21h20minAventuras americano com o agente secreto inglês James BonaDesta vez ele se desloca da Sibéria a Paris em tusca ae jmoandiao megalomaníaco que quer dominar o mundo

OS TRAPALHÕES NO REINO DA FANTASIA de DedéSantana com Renato Aragâo. Dede Santana. Mussum. Zaca--as Xuxa Meneghel, Maurício do Vale e Beto Carrero 0pera-1='33 ae Botafogo, 340 — 266-2545I 14h 15h30mm.17iJ0min 19h30min. 21h30mm. São Luiz-1 <s?ua do Catete307 — 2S5-2296! 14h. 15h30min 17h 18n30min 2Qn21^30mm Palácio-1 (Rua do Passeio. 38 — 240-6541 Madu-reira-1 (Rua Dagmar da Fonseca 54 — 390-2338) 13n30min'5" I6h30min 'Sr. 19h30min. 21 h. Copacabana i.Av Ccoa-C3C3"3 801 — 255-0953i. Barra-2 (Av das Américas 4666 —325-Ô487) 14n. 15h30min. 17h. 18h30min, 20h America tRuaConde ae Bonfim, 334 — 264-4246) 13h30mm. 15h,

18h 19h30mm 21h, Imperator iRua Dias da C'jz* r0 — 249-79821 13h30mm. 15h, 16h30mm 18h. 19n30mm.J"-Paiacio Campo Grande) 15h I6h30rr,m I8h2*" Cepsura livreCc~eo<a orasiieira com o quarteto popularizado oe^a televisãoTesta vez uma oarte do filme e em desenho animado criadooc' Vacoo ae Souza

lançamentos

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cinema

Fanny Ardant. Marie-Christme Barrault, Nathalie Juvet e Charlo-te Kerr Studio Gaumont Catete (Rua do Catete. 228 — 205-7194) 15h. 17h10min. 19h20mm. 21h30min Censura 18anosDrama francês inspirado no primeiro volume de Em Busca doTempo Perdido de Mareei Proust Vale pelo trabalho de Deloncomo o homossexual Barão Charlus

UM TIRA DA PESADA (Beverly Hills Cop). de Martin Brest.com Eddie Murphy, Lisa Eilbacher. Steven Berkoff. JudgeReinhold e Ronny Cox Bruni Copacabana (Rua Barata Ribeiro,502 — 256-4588): 14h. 16h. 18h. 20h. 22h, Rio Sul (RuaMarquês de São Vicente, 52 — 274-4532) 18h. 20h, 22h.Censura, 14 anos Comédia americana, campeã de bilheterianos Estados Unidos, sobre um detetive de polícia de Detroit.que investiga o assassinato de um amigo em Beverly Hills.

10 MINUTOS PARA MORRER (Ten to Mídmght), de J LeeThompson, com Charles Bronson. Lisa Eilbecher, AndrewStevens, Gene Davis, Geoffrey Lewis. Wilford Brinley Lido-2(Praia do Flamengo, 72) 15h, 17h, 19h, 21h Censura 18 anosPolicial americano na linha de quase todos os filmes deBronson. ação e violência

OS GRITOS DO SILÊNCIO (The Killmg Fields). de Roland Joffè,com Sam Waterston, Haing S Ngor, John Malkovich, JulianSands. Gragig T Nelson Cândido Mendes (Rua Joana Angéli-ca, 63 — 267-7098) 14h. 16h30min, 19h, 21h30min Censura16 anosDrama de guerra americano Em meio aos horrores da Guerrado Camboja, sobrevive a amizade entre um correspondente deThe New York Times e seu intérprete Ganhou três Oscar napremiação de 85 Ator Coadjuvante. Fotografia e Montagem

UM HOMEM, UMA MULHER, UMA NOITE (Üair de Femmel.de Costa-Gavras Com Yves Montana Romy Schneider RomoIo Valii, Lila Kedrova e Heinz Bennent Paissandu iRua SenadorVergueiro, 35 — 265^l653i 15h30mm 17h30min 19h30mm21h30mm (14 anoslDrama francês aue relata um encontro casual entre um noT-erre urna mulher que muaa a v.rta dus doisA DAMA DE VERMELHO The Woman in Recn de GeneWilder, com Gene Wtlaer Cnaries Grodin Joseph BolognaJudith Ivey. Kelly Le Brock e Gilda Radner Lido-1 (Praia dcFlamengo, 72) 17h40mm. 19h30mm. 21h20mm Censura 14anosComédia americana refilmagem ae O Doce Perfume doAdultério, de Yves Roben Urn mando tido como exemplar (.cacompletamente louco ao conhecer uma modelo Imdiss ma ^Oscar de melhor canção para I Just Called To Say I Love You ™

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cinema

O EXTERMINADOR DO FUTURO :T-rminaiori Je JamesCameron Com Arnotd Schwarzenegger Michael Biehn. LindaHamilton Pau» Wipf e:d p Lance Hennksen Bristol (Rua Mmis-•• ; •• "ro <•¦'¦¦¦¦.: Cooor Tijuca iRua Conaele Bon^m 615'- »5h 17h 19h. 2ih Lagoa Drive-in (Av•• v.- -os 2i>J0<-'m 22h30mm

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u'ii>)r Stevt-n SpieiDerg sooreD'Ch nhos apafeptemente dóceis Que infernizam a vida de umapacata odade americanaRETRATOS DA VIDA cs s •" es — ."le Oaude, ucr- CO''"' r Hosse>r Jorge DcwiGeraidme O.apim e James Caan Ricamar (Av Copacaoana360 — 237 99321 1dM5mm 17h30mm 20h45min

íran Os j.... ' , .. .-da Je juatre íar-niias enue1936 e 19B0

A MULHER DO LADO • : •«* •• e ; a Cotè de FrançotsT r.jffaut com Fanny Afdant Gefard Depardieu. Henri Garcm.Sai.-- .*• S''v" Studio Gaumont

Copacabana'Rua Rauí Pompéia 102 247 8900) 17h30mm.22n Censura 16 anosDrama francês sob^e u^*- .asai que se reencontra. 20 anos¦jepos Je seu 'i.mance luando. casualmente, se tornam

O ULTIMO METRO • ¦Catnenne Deneuve Gerara Oep.rd«eu Jean Poiret Heinz

Bennent. Andréa Ferreol e Pauiette Dubost Studio GaumontCopacabana (Rua Raul Pompeia. 102 — 247-8900) 15h.19h30min Censura 14 anosDrama romântico francês sobre um diretor teatral que. perseguido pelos alemães durante a ocupação nazista se esconde noporão de um teatroEVITA PERON <Evita Peron). de Marvm Chomsly com FayeDunaway, James Forentmo. Pedro Armendariz. Michael Cons-tantine Signe riasso Katy Jurado e Rita Moreno Largo doMachado-2 (Largo do Machado. 29 — 205-6845) 14h. 16h18h, 20h. 22h. Art-Sâo Conrado-1 (Estrada da Gávea. 899 —322 1258) 14h40min. 16h30mm. 18h20min 20h10m,n 22hCensura 14 anosDrama americano que conta a vida de Evita Perón. a dançarinaargentina que se tornou primeira-dama do pais f uma versãoreduzida da mimssérie de TV oue a Rede Globo começa a exibiramanhãO FUNDO DO CORAÇÃO (One From the Heart). de FrancisFord Coppolla. com Frederik Forrest, Teri Garr. Raul Juha.Nastassja Kmski e La.nie Kazan Cisne (Av Geremário Dantas1207 — 392-2860) 16h30min. 18h30mm. 20h30min Censura16 anosComédia romântica americana sobre as aventuras amorosas deum casal ele e mecânico, eia funcionária de uma agência deturismo -- logo após sua separação

UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO (The Party). de Biekeí dv.ards. com Peter Sellers. Claudme Longer Magge Cham-pior. Steve Franken Fay McKenzie Tijuca Palace-1 (RuaConae de Bonfim. 214 — 228-4610' 15h 17h. 19h 21hCensura 10 anosComedia pastelão americana sobre um desastrado ator indianoque e convidado equivocadamente a uma festa de luxo emHollywood

PERDiDOS NA NOITE (Mídmght Cowboy) te John Scnlesmger. com Dustin Hoffman. Jon Voight e Brenda Vaccaro Lido-1(Praia do Flamengo. 72) 14h30mm. 16h40min. 18h50min. 21 hCensura 18 anosDrama americano que revelou Dustin Hoffman no papel de umitaio-americano derrotado e doente que se encontra com umjovem do interior em Nova Iorque (Voight)

MORANGOS SILVESTRES (Smulstonstalleti, de Ingmar Bergrnan. com Victor Siostron, Ingrid Thulin. Gunnar Bjornstrand eBibi Anderson Coper Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 881

15h. I7h. 19h 21 n Censura 14 anos Drama sueco em que umancião revê varias fases de suo vda no dia em que se preparapara receoer jma noinenagem da universidade

cinematecaGEORGES MELIES ou O NASCIMENTO DO CINEMA —Exibição de O Mágico (Le Magicienl, No Reino das Fadas (AuRoyame des Fèes). O Paiécto das Mil e Uma Noites (Le Palaisdes Mille et Une Nuits) O Túnel sob a Mancha (Le Túnel sousIa Manche) Hidroterapia Fantastica (Hydrothérapie Fantasti-quei e A Conquista do Pólo (À Ia Conquète du Pôle) Filmesdirigidos e interpretados por Georges Méliês Sessão às16h30minA TRAPAÇA (II Bidone). de Federico Fellim com BrodencCrawford. Giulietta Masma e Richard Basehart Sessão as18h30mmSEDE DE PAIXÕES (Torst), de Ingmar Bergman. com EvaHennmg e Birger Malmsten Sessão as 20h30mm Ciroma'.ecado MAM (Av Beira-Mar, s n°i

pornôAS MAMADEIRAS com Mary Tell Scala (Praia de Botafogo,320 266-25451 14h. 15h3Cimin, 17h, 18h30min. 20h.21h30mm Orly iRua Alcmdo Guanabara. 21). 14h30mm, 16h.17h30min, 19h. 20h30min, Tijuca Palace-2 (Rua Conde deBonfim, 214 ~ 228-4610) Astor (Av Ministro Edgar Romero,236- 390-2036) 15h 16n30min 18h 19h30min, 21 h Censu-ra 18 anosSEM VASELINA de José Miziara. com Sandra Mídori Vitória(Rua Senador Dantas 45 — 295-8349) 13h30min, 15h,16h30min, 1 Bh, 19h30mm 21 h. Botafogo (Rua Voluntários daPátria, 35 266 4491) 14h. 16n50m:n. 19h35min Censura:1b anosCASAL SWINGER. Bruni Môier (Av Amaio Cavalcanti, 105 —591 2746: 14h30min, 15h50mm, I7h10mm, 18h30mm,19h50mm. 21h10min Censura: 18 anos

AS ABERTURAS DO SEXO EXPLÍCITO, de Troy Benny. comKaren Hall Rex (Rua Álvaro Alvim, 33 — 240-8285): 13h30min,16h30min. 19h30min Censura. 18 anos

Um sucesso sem nacionalidade

Numa entrevista coletiva realizada em junho

do ano passado, em Londres, perguntaram aSteven Spielberg quais os filmes que mais tinhamchamado sua atenção ultimamente O golden boydo cinema americano não pensou duas vezes AHistória sem Fim, do alemão Wolfgang Petersen

Achei comovente '. justificou Os jornalistas se

surpreenderam Até agora sem competidores nosEstados Unidos Spielberg escolheu logo um filmeeuropeu que entrava justamente na temática emque ele se tornou mestre historias fantásticas queenv( ilvem crianças e bons sentimentos O sucesso

do filme de Petersen em todo mundo, porém (emsua primeira semana de exibição no Rio já uitrapas-sou a casa dos 30 mil espectadores), não abalou asupremacia do cinema americano no gênero. Afi-na!, para completar seu filme, Petersen contoucom a ajuda de Brian Johnson (o mesmo de Alien,o Oitavo Passageiro) nos efeitos especiais, CollinArthur (o mesmo de 2001) na maquilagem e dopróprio Spielberg na montagem final Alguém aindaacredita que A História sem Fim é um produtotípico alemão'1

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CENTRAL — Os Trapalhões no Reino da Fantasia comRenato Aragão 13n30min 15h. 16h30min. 18h, 19h30m:n21 h Censura: livre

CENTER — A História sem Fim com Bárret Oiiver 14h50min16h30min, 18h10mm. 19h50min. 21h30mm Dublado em portu-guês Censura livre

WINDSOR — Asas da Liberdade com Nicolas Cage14h30min. 16h40min. 18h50min. 21 h Censura 16 anos

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ART UFF — Os Lobos Nào Choram com Cnar!r;5 MartinSrmth 14n20min 16h30m.n Censura ive A Marca daPantera com Nastassja K - -k' 19n 21n20n r Censura láanos

NITERÓI — 007 Na Mira dos Assassinos com Roger Moore14n 16h20min. 18h40min. 21 h Censura 10 anos

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— Os Trapalhões no Reino da Fantasia (Ópera, São Luís e grandecircuito). Público: 119.918 na 1 ' semana.

— 007 na Mira dos Assassinos (Metro Boa Vista, CondorCopacabana e grande circuito). Publico: 96.779 na V semana.Fontes: Warner. Embrafilme. Franco-Brasiíeira e UIP

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exposiçoes

ZUELLY KRETZMANN Óleo sobre tela EspaçoCarmem Miranda do Hotel Nacional. Av Niemeyer.769 Das 10h as 20h10 ANOS DE TEATRO BAIANO Exposição comfotos e cartazes aos shows realizados entre 1974 e1983 Sala Memória Aloisio Magalhães do CENA-CEN Av Rio Branco 179 Das 15h as 21h30min

1950 — A ESCULTURA NO RIO DE JANEIROEsculturas de vários alistas, entre eles Maria Mar-tins F ranz Weismann, Bruno Giorgi Galeria do Cen-tro Empresarial Rio. Praia de Botafogo. 228 Das 12hàs 18hMESTRE VITALINO — UM ESPAÇO DA CULTURAPOPULAR — Exposição com cerca de 100 obras doMestre Vitalino, além de trabalhos de seus contempo-râneos e filhos Galeria Mestre Vitalino, Rua doCatete. s n°. Museu do Folclore Das 15h às 18h,GILVAN SILVA Pinturas Hotel Excelsior. AvAtlântica. 1 800 Das 16h as 21 h

8 OU 80 Com obras de oito artistas mineiros.organizada por Nicia MafraGaleria de Arte UFF. Rua Miguel de Frias, 9 NiteróiLias 16h as 20h

OFICINA DE CERÂMICA Exposição de váriosartistas SESC da Tijuca. Rua Barão de Mesquita, 539Das 13h as 21h

LEILÃO DA INVESTIARTE Peças que irão a leilãonos dias 9 e 10 de julho Obras em art-nouveau e art-deco incluindo esculturas, luminárias, jóias e moveisInvestiarte, Av Atlântica. 4 240 — sl 102 Das 14h as21 h

de graça

FIM DE SEMANA NO CENTRO CULTURAL As10h Recreação coletiva A partir das 14h. Mercado deTrocas de obietos e até animais As 16h Rodamundi-nho, espetáculo de circo-teatro para crianças de 5 a 12anos com os alunos da Escoia Nacional ae Circo Paraos adultos as 16 Conversa de Fim de Tarde, com oescritor João Gilberto Noll Centro Cultural de SantaTeresa Rua Monte Alegre. 302VIVA O RIO: DOMINGOS CARIOCAS — As 14hTarde de Criatividade com a atividade Ouvindo eFazendo Historias, alem do aprendizado de técnicasde artesanato com miolo de pão, argila, palha etc Apartir das 16h Espetáculos Infantis, com o Circo doToninho e a peça Jacaré e a Espaçonave do Céu(musical de Ze Zuca e Claudia Maolii As 18h começaBaile Show com o conjunto Exporta Samba, Noca daPortela. Elton Medeiros. Lecy Brandão e sua banda.Maestro Darcy da Cruz e o conjunto Ases de OuroPça. Santa Emiliana. ao t.API da PenhaRIOARTE INSTRUMENTAL — Sonar com FlávioPantoja (teclados). Ricardo Feijão (baixo) e Joca (gu>tar-rai Participação especial de Barrosinho (trumpete)Rodrigo Campello (guitarra) e Paulo Camanga (bateria';As 17n30min no Parque da Catacumba, Lagoa

BALANÇANDO O CORETO — ARTE NA P8AÇAApresentação da banda da Policia Militar no Jardim doMeier, as 13hRECITAL ARNALDO REBELLO - Homenagem pelo1° aniversário de falecimento do compositor comí inrtalva Cruz (oianoi Marcos Leite (piano) e Therezi-n^a Rebello (cantoi As 19h30min. na Corrente da PazUniversal Rua Senador Dantas, 117, cob 03

MALDITA PARENTELA de José ^rança Júnior, dire-çãc de José Renato com alunos do curso de artesCênicas da Uni-Rio Sessão as 21 h Sala Cinza doCentro de Letras e Artes da Uni-Rio Av Pasteu'.436DUO PEPE TRAVERSA Recital de violino e piano

: programa peças de Schumann, Gneg. Vivaldi eo 'tros A 2ii no Museu Historico do Estado RuaPresidente Pedreira, 78. Inga Niterói (719-4149)

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aMtmmnBmBttamBmnKBaiÊiMÊBMmtmammÈTina Turner em vídeo inédito

vídeo

VÍDEO-BAR — Exibição no telão às 20h30mm TheCotton Club. de Francis rora Cooooia As 24h TheVision of Diana Ross gravação do ultimo show dacantora, em 1985 Nos intervalos e apos as sessões,vídeo-musica com grupes de rock pop e jazz, a partirdas 19n TV Bar Club, Rua Teresa Guimarães 92Consumação de CrS 15 milVÍDEOS NO MISTURA FINA — The Doors v deomedito, a parLr das 22h No Mistura Fina Rua GarciaD'Avila, 15.ROCK É ROCK MESMO - Com o grupo Led Zeppe-lin Sessões as 14h. 16h. 18h, 20h, 22h Sala de VídeoCândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63VÍDEOS NO GIG — Exibição de U-2 Concert Sessãoas 20b Gig Saladas, Rua General San Martin 629

WE'RE ALL DEVO Coletânea de Clips com mus.cas ae 1979 a 1983 Complemento The 8-b2's comos melhores momentos ao vivo no Roc- n Rio As18h. ne Espaço Pro-Video Estrada dos Tros Rios 90

saia 336 — Freguesia

CAVERNA ROCK Gravações com Iron Moiden ¦Rock e Rock Mesmo, com Led Zeppelin A partir das19n, no Caverna II Rua Lauro Muller. 1 30 laao aoCanecãc

VÍDEOS EM PETRÓPOLIS As 15h Deep PurpleAs 17h Scorpions As 19b Pink Floyd As20h30rn;n The Rocky Horror Picture Show CmeVídeo Bauhaus, Rua Joào Pessoa, 88 — loja 27

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! Arte, e Moda, Inte-gração da Mulher, Ar-te de Bem-Vestir, Rít-

! mica, Jazz, Estilo deCabelo, Deslocamen-to Cênico, Modelo

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show

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Agua Brava no Circo Voador

show

BLITZ •¦¦;-• : 'ock • C r •• ) •¦¦ve-t e*> a- 9raz 21 4 v95 304.4 Sessão as 18^ ingressos a CrS

v.; .-Dar ;ada Ce*-Su'a -v-e na mat-né de dom.ngo Ultimo dia

HOMEM NÃO ENTRA N° 2 '••' >• -eioneua ¦ '

C'1'^pcs Teatro Vanucci Rua M3r<i.je:-._ae São V-cer.*.c l ^

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enfada se homens

DOMINGUEIRA NO PARQUE show?• oar-aa t- 'r v.;f ¦ • • Parque Lage -a Rua _,araim

CONFIDENCIAS DE UM ESPERMATOZOIDE CARECA

. . •.. , >• ¦•¦-¦ a~ ¦ S.-r tos Teatro Delfm a.

VOU QUERER TAMBÉM SENÃO EU CONTO PRA TODOMUNDO :• '• •' ¦r^ocr'a e Z râ'Vr CrjT Ag no R h».-' Teatro Princesa Isabel

DESCULPEM NOSSA FILHA PERDÃO NOSSA FALHA- ... '_:•¦¦ -i : ¦'• .. ' Senac •• . I -.¦•¦>•.. •'

SÉRGIO RABELLO — O NOVO HUMOR Espetáculo dohumorista Teatro da Lagoa Av Borges de Medeiros. 1426;v. '999 Sessà í$ 2 ' 'ogressosa CrS 20 mil Censura 16

anosSHOW DE ROCK ¦¦¦' ¦,'•¦ tos grupos Kadobra e Azu

.. . Sessã as ' '¦ " ' ~ Caverna II Rua Lauro Muiler' . : 55"

GOLDEN RIO ,io t " a cantora Watusi e o:.•()••- • •••¦ '¦¦ granae eienco de bailarinos

D¦ *" , * >. '.Vi..-cie .¦'•¦•-¦ v co'ejg'afia ae Juan CarieBe- i': 0- i ,t:str. ,ie Vaesuo Gwo ae Moraes Scala-Rio. Av

30 r'-' . t 239^446 Sessão as 23hCouvert ¦ C : ' ••

SONHO SONHADO DE UM BRASIL DOURADO Os ;antcres Saoot da Mangueira e Sílvio Ale'xo e mais 125 artistas,

••¦ stas e o-a-estra s r 3 regência do Maesfo SilvioB^rtc i D:--•,r le Mat.ns e Sona Martins As 23^Co:;,.," í;,aü 3 OS 1OC n on" arettc a bebida nacional a.¦o- .. , ww " Plataforma R ;a Adatoertc : erreira. 32

SAMBA RIO Apresentação das Mulatas Que Não Estão noV;.w os res Oi?..o SargemeMi. 'acema e Mana Heiena-ort k Maestro >r vc Oba, Oba Roa Huma.tá '10

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ERA UMA VEZ O CIRCO QUE TOCAVA O BRASIL Cor-?¦.... :arrjage"= Rau ae Berros e números circenses Aias 21 "• "C Circo Voador ..aoa inaressos a Cf$ 10 mil

O PRESIDENCIAVELí Tfat-o Cnvvtf '-st- : "j : :

r.lbmir» inovesPROJETO FIM DE TARDE Ap-eser tagão da cantora MansaGata Mansa Teatro Armando Gonzaga. Av Cordeiro de: .. ... si: iessâo as '8n30nv ingressos a CrS 5 mil

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AS MIMOSAS QUEREM PODER — Com os travestis Camile.Eddv Star. S.ss e outros Teatro Brigitte Blair, Rua MigueiLemcs 51 (521-29õ5i Sessão às 21 h30min Ingressos a CrS 15

EU VOU NA BANGUELA DELAS Com Nelia Paula Reny deOliveira e Colé Teatro Rival Rua Álvaro Alvim. 33 <240-1135)Sessões as 18h30mm e 21 n Ingressos a CrS 10 mil e paraestudantes, a CrS 7 mil

RAPAZES COM SABOR...ATRÁS Espetáculo de travestiscom Alex Mattos Walter Costa. Tama Letiere e outros Sessãoas 18n30min Teatro Serrador Rua Senador Dantas. 13 (220-50331 Ingressos a CrS 15 mil

casas noturnas

AECIO FLAVIO E EDSON FREDERICO - A parti' das 21 h Acasa abre às 18^ com musica de fita Chico s Bar. Av EpitácioPessoa l 560 1267-01 131 Sem couvert e sem consumaçãomínimaTERRA MOLHADA - O grupo se apresenta as 22h30mmmostrando musicas dos Beatles no People, Av BartolomeuMitre 370 (294-0547! Couvert a CrS 14 mil e no bar a CrS 12mil

TONI AGUIAR E ANTONIO MELLO — Apresentação oe sop'Ce violão noAleph Av Epitácio Pessoa. 770 (259-1359) As 22nConsumação a C^S 10 mil

BENITO Dl PAULA — Con- a participação da orejuestra domaestro Cido As 23n, na Gafieira Asa Branca. Av MemdeSá.17 Í242-442S' Ingressos a C'S 30 mil

A NOVA BOSSA NOVA — Espetáculo com lúcio Alvesacompanhado ae Alberto Chimelli (piano). Paulo Russo (contra-baixo) e Cláudio Caribe (bateria) No piano-bar Alò-Alõ. RuaBarão da ~o"e 368 (521-14601 São três apresentações pornoite, sendo a primeira às 22h Couvert a CrS 20 mil

CORAÇÃO URBANO — Apresentação do grupo Sessão as22h. no Barbas. Rua Álvaro Ramos. 408 (541-8396) Ingressos aCS 5 mil

JAM SESSION Com Mauro Sen se ísax e flauta; Wanderleype'eira'bate a. Alexandre'guitarra) e Adnano (baixo) As 19h.O Viro do Ipiranga. Rua Ipiranga. 54 (225-4762) Couvert a CrS7 mil 500

MARYANN E LOIS BRAMBIL Apresentação das cantoras eaos pianistas Erasmo e Ely Arcoverde A partir das 21h30m,n.n;. Rive Gaúche Av Epitácio Pessoa 1484(521-26451 Cou-vert a CrS 8 m l

LYGIA DRUMMOND E MÁRCIO JOSÉ — Apresentação doscantores com os pianistas Toni Yucatan e Chiquinho A partirdas 19h30min Biblos Av Epitácio Pessoa 1484 i52i-2645Consumação a CrS 36 mil homem e CrS 18 mil, mulher

CONCERTO PARA UMA VOZ — Apresentação da cantoraCláudia no Un, Deux, Trois. Av Bartolomeu Mitre. 123 ''239-0198' As 23r Couvert a CrS 30 mil

MOACYR LUZ — Apresentação do cantor as 22h. no AmigoFritz Rua Barãc da Torre 472 267-4 J47 Couvert a CrS 5 m

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Lúcio Alves no Alô Alô

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show danceterías te i ras

MAESTRO NELSINHO — Apresentação do conjunto a partirdas 22h Bar Farol. Hotel Sheraton Av Niemeyer. 121 (274-1122)

TERCEIRO VAGÃO E GLUB GLUB — Conjuntos de hard-rockÁs 21 h. no Conto de Areia, Rua Voluntários da Pátria, 57 (2263249I Ingressos a CrS 5 mil

GRUPO BRUMA — As 19h, no Forró Forrado, Rua do Catete.235 (245-05241 Ingressos a CrS 6 mil, homens e CrS 2 milmulheres

DIVINA COMÉDIA -- Apresentação do grupo no Let It Be. as22h Ingressos a CrS ' mil Rua Siqueira Campos. 206

FORRÓ DA LAPA — Com o cantor Marcos Lucena. a banda dacasa e outros Sessão as 22h na Rua do Riachuelo Ingressos aCrS 5 mil, homem Mulher não paga

BONS TEMPOS — Seresta com Gda da Portela e Xíca da ViolaNa Taberna Cigana, Rua Aquidabã, 9. Mêier Sessão as 20hSem couvert

AGÊNCIA DE VIAGENS - Show de rock. no Pinheirão III. RuaAntônio Basilio. 114 (208-8297) Couvert a CrS 5 mil

ARAME FARPADO — Com o conjunto de hard-rock. no D.Camilo. Rua Tonelero. 76 Sessão as 21 h Ingressos a C'S 5mil.

JOSÉ MARINHO — Apresentação do pianista, às 21 h. noHarry's Bar. Rua Bartolomeu Mttre. 450 (259-4043).

AFONSO II — Apresentação do saxofonista e grupo NoManga Rosa. Rua 19 de Fevereiro. 94 (266-46901 Couvert aCrS 5 mii.

GRUPO ORIGEM — Apresentação do grupo e dos cantoresMarinho Jr e Lorena Alves Às 20h, no Champagne. RuaSiqueira Campos. 225 (255-7341) Couvert a CrS 10 mil

MIGUEL NOBRE E CONSUELO — Apresentação do pianista eda cantora, seguidos do conjunto de Osmar Milito e doscantores Chico Pupo e Rosely A partir das 21 h. no Sobre asOndas, av Atlâmca. 3 432 (521-1296) Couvert a CrS 18 mil

METRÔPOLIS — Show com o grupo Nome do Grupo, as23h30mm A casa abre as 21 h Ingressos a CrS 10 mil Matinêcom vídeos e musica para dançar, a partir das 16h Ingressos aCrS 5 mil Estrada do Joá. 150 (322-39111

HELP — Musica para dançar a partir das 21h30mm Ingressos aCrS 15 mil, homem e CrS 12 mu. mulher Matmè às I6r.. a CrS 8mil Av Atlântica, 3432 (521-12961

MANHATTAN DISCOTHEQUE - Música mecânica para dan-çar e Vídeos A casa abre às 16h Ingressos a CrS 5 mil EstradaGrajau—Jacarepaguà. 3 020 (392-87571

MISTURA FINA — Show com a banda Artigo 171 as 24h Acasa abre as 22h Ingressos a CrS 10 mil Estrada da Barra daTiiuca. 1636 (399-3460)

MAMUTE — Musica e vídeo com Tina Turner in Concert(Show inédito gravado em Londres, em março de 85. com aparticipação de David Bowie e Bryan Adams Projeção porprocesso digital e som dolby-stereo As 19h A casa abre às17h Ingressos a CrS10 mil Rua Conde de Bonfim, 229

PAS-

dos osrSrtí e2tof ae

II FEIRA DE FILHOTES DE CÃES, GATOS, COELHOSSAROS E PEIXES Mais de 50 raças de cães desde o tafgan-hound ate o »<ia brasileiro, passana. : elo r . *••••de briga- Peixes de todas as partes : • „• : >.. ¦salgada, com 140 aquários de peixes coionoos de totamanhos e procedências Seção de Gatos corv" pesiameses. etc A grande atração fica pc conta do sepassaros, com aves desconhecidas sc grô' ae pchendo mais de 400m2 da mostra, colecionadores parexibirão peças únicas pela pnmeira .<¦; ; :"pomba apunnalada" e a pomba-goura <a maior do mfeira oferece, além da exposição, venda ae filhotes ^adultos No Pavilhão ae Sãc O-stocac ' • • ¦¦

FEIRA DE ANTIGÜIDADES Vnoona.ò Mãos osCasa Shopping (Av Alvorada. 2150, entre o Carre'c jr e Ma»-ro-São 33 barracas remodeladas agora cc dssign ao viuma grande variedade de objetos antigos Além dssscShopping é um programa em si La estão os tres maiorescinemas da America do Sul. a Churrascaria Rode.o, um restajrante chinês bares e jm amplo estac.cna- e- to st-wtssegurança O lugar se orgulha ae nunca ter •. k a-.ia • •,:

dança musica

CANIBAIS ERÓTICOS — Apresentação do Balé do TerceiroMundo Criação e coreografia de Ciro Barcelos Direção deSônia Dias Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias. 9. NiteróiSessão às 21 h. Ingresos a CrS 10 milHOMENAGEM A BERTHA ROSANOVA — A DANÇA VIVA -Com o Ballet Jovem Helfany Peçanha Solistas Bertha Rosano-va. Jãma Batista e Othon Netto Teatro Municipal de Niterói,Rua 15 de Novembro, 35 Sessão às 20h Ingressos a CrS 10mil.GRUPO CORPO — Apresentação do balé de Belo HorizonteSessão as 17h Programa Maria Maria e Prelúdio TeatroMunicipal. Cmelándia (262-6322) Ingressos a CrS 20 mil.poltrona e balcão nobre, a CrS 15 mil, balcão simples; a CrS 10mil, galeria e CrS 120 mil. frisa e camarote

HENRIQUE LOUREIRO — Apresentação de j.-do um espaço para musica clássica as 21r • EquinoxPrudente de Morais 729 i247-0580iNíc coyraa -Bacn, Beethoven Ernesto Nazarcth e Cn -,p r Couvert • ¦a CrS 15 mii

LA BARCA Dl VENEZIA PER PADOVABanchieri (do séc 151 Com Sandra Zaidman. Caro^na MagoIhães. Den.se Viana e outras ^oze? ?»•••.«• -Guiomar Sthei (viola de gamoa e '• eSessão as 18h30min no Petit Studio RuS Ba'áIngressos a CrS 7 m

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Casa ^shopping

Av. Alvorada - Barra da Tijuca - entre o Carrefour e o Makro 9¦

Page 86: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

o dia dá criança

circo

CIRCO GARCIA Apresentação de acrebatas, trapezistas.palhaços e animais amestrados Av das Américas. Km 2 (399-2j;v3i Sessões âs 10b I5h 17h30mm e 20h Ingressos a CrS15 mi iarqu'bancadai e C'S 10 mil crianças, cadeira de pista aCrS ?5 mi!, caaeira central a CrS 20 mil e CrS 15 mil. crianças

parqueTIVOLI PARK Parque :om 14 brinquedos para adultos eoito : r- canças Avenida Borges de Medeiros, LagoaDas !•> as 22h ingressos a CrS 18 m<> (para crianças atéli ar osi o C "S 20 nu ipaM aduüosl. com direito a todos osb' nu ;edOS

planetário

CARRINHO FELIZ As 1 7h De AKM -2 -- À(jALAXIA DX âs 18h30min No Planetário, AvenidaPaire Leonel Franra 240 Ingressos a CrS 2 200 e,

•' .v •; com menos de 10 anos, a CrS 1 100

show

TREM DA ALEGRIA ; .r.etai uic >> inçamentc do LP dePat'n:a . <¦ -o e • • •. 3ill Sessão as lln ingressos a CrS• • -S ' ¦ • , i • No espaço mágico do Barra-shopping Av ,ias Américas. 4666 Ultimo diaPAO DE AÇÚCAR DAS CRIANÇAS - Programação da

,r 'm '.Vupo Melancia e Mimo Tropical Banda dos••• • 'v •» jrupc ) .ebra Cabeça e Bloco da Palhoça Sessão16' Concha Verde do Morro da Urca, Av Pasteur,

S?C ¦ ,~\v 231 Ingressos a CrS 7 mil 200 e, paracrianças entr.* juatro e 10 anos, C rS 3 mil 600

vídeoVIDEC BAR :ao i :io • • i1 Pete s Dragon — a'¦•* i ¦' m cc "io ' emor amigo um dragão" Jom c .)"•••. Recidym Mickev Rooney e

ters . o C ' •: ''a S—;àc as '6b a CrS 10 mil..í sanauiche e refrigerantes

matinêsSESSÃO COCA-COLA Os Saltimbancos Trapalhões

L-i'.; a Drive In ' ¦" ¦' s-v* I_ vreA GUERRA DOS DALMATAS — Lido-1 14h30mm. ! 6n

ARISTOGATAS — Motro Boavista 10h Rio-Sul 14h.

FILHOS DO DESERTO — Coral 14h toMOmm. 16h20min

• Outros filmes com censura livre ver na seçãode CINEMA.

teatroOS TRAPALHÕES NO SCALA '>açào de Renato Aragão

D-:- !' '¦"• Cot- Renato Aragão, Dede Santana,• ¦¦ >s Scaia A'râr,:o de Melo Franco. 236

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I239-U48I Sessão às 17h Ingressos a CrS 30 mil, com direito aum refrigerante e um sanduíche.PLIM, O MUSICAL — De Maria Lúcia Priolli e Cristina RamosDireção de Lúcia Aratanha Músicas de Mauro PerelmanCanecào, Av. Venceslau Braz. 215 (295-3044) Sessào às 17hIngressos a CrS 10 mil, crianças e CrS 15 mil, adultos.

O PLANETA LILÁS — Texto de Ziraldo Adaptação e direção deAlberto Camarero Com o grupo Cante Conte Teatro Delfin.Rua Humaitã, 275 1266-1396) Sessão às 17h30min IngressosaCrS 8 milMORANGOS E LUNETAS — Texto de Denise e Beto CrispunTeatro da UFF Rua Miguel de Frias, 9. Niterói Sessão às 16hIngressos a CrS 6 milMARIA MINHOCA — Texto de Maria Clara Machado Direçãode Bernardo Jablonsky Teatro do Planetário, Rua PadreLeonel Franca. 240 (274-0096) Sessão às 16h Ingressos a CrS8 milPINÓQUIO — Direção de Eduardo Tolentino, Com o grupoTAPA Teatro Ipanema Rua Prudente de Morais, 824 (247-9794) Sessão às 16h. Ingressos a CrS 10 mil.

SAPOMORFOSE OU O PRÍNCIPE QUE COAXAVA —Musical humorístico de Cora Rónai. Direção de AntonioGrassi Teatro Gláucio Gil. Praça Cardeal Arcoverde, s/n°(237-7003). Sessão às 16h. Ingressos a Cr$ 10 mil, O

espetáculo comemora hoje 50 apresentações com festa edistribuição de brindes.BETO E TECA — Texto de Volker Ludwig Direção deRenato Icarahy Com o grupo TAPA Teatro do Planetário,Rua Padre Leonel Franca, 240 (274-0046) Sessào as17h30min. Ingressos a CrS 8 mil.

O MENINO MALUQUINHO — Musical de Ziraldo Adaptação edireção de Demetrio Nicolau Teatro Casa Grande. Av Afrâniode Melo Franco. 290 (239-4046) Sessão âs 16h Ingressos aCrS 10 mil

OS MONSTRENGOS DO REI — Texto de Armando DaudtFilho Adaptação de Marília da Gama Monteiro Direção deLúcia Coelho. Com o Grupo Navegando Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440 1275-6695) Sessão as16h. Ingressos a CrS 8 miiLUSTROSA E MISTERIOSA — Ópera rock com texto edireçào de Sylvia Orthof Teatro de Arena, Rua SiqueirnCampos, 143 (235-5348) Sessãoãs16h Ingressos a CrS 7mil.

PERERÊ — Textos de Ziraldo, Luca de Castro e ZecaLigiero. Direção de Luca de Castro Teatro da Lagoa, AvBorges de Medeiros, 1426 (274-7999) Sessão as i6h ^Ingressos a CrS 10 mil. ^

Cegonha? Que Cegonha! no Teatro Delfin

Qual é a diferença?

Depois de assistir à peça Cegonha? Que Cego-

nha!, no Teatro Delfin, o menino Carlos Henri-que Ribeiro de Assunção, seis anos, diz ter entendidotudo, principalmente a parte em que se fala dos"esparafolóides" Nada mais do que a cena em que osespermatozóides têm um encontro — ao fim de umacorrida e de um show de rock — com um solitárioóvulo Cegonha é baseado no livro de Marilu Alvarez,Cegonha Boa de Bico, tendo-se transformado emmusical com as musicas de Cláudio Barreto

O Infinita Metragem, grupo que se formou naEscoia de Teatro da UFRJ, preocupa-se, nesse seusegundo trabalho profissional, em mostrar, de maneiracarinhosa, o sexo e o amor Responde às duvidas maisinfantis, do tipo "Daonde vem o bebê. da feira, doSupermercado ou trazido no bico da cegonha7"

Nas conversas entre as crianças — no pátio ou nopalco — surgem os mitos e a necessidade de esclare-cer as questões sobre sexo, como faz tão bem o livroDe Onde Vêm Os Bebês, de Andrew Andry e StevenSchepp (Jose Olympio) Um namorinho evolui para ocasamento e dai para a lua-de-mel, um lugar "onde

todo dia tem marmelada" e se vive de "Coca epastel" Um tempo "de muito beijo", quando 'agentealuga um quartinho no céu" Nos principais papeisestão Mana Pompeu e Ademilton Jose sendo queCristina Negro Almir Martins, Antônio Gonzalez eGláucia Regina formam o Infinita Metragem

Outra peça também está tratando, em um dosseus esquetes, das primeiras noções de sexo paracrianças É o loupiii no Teatro da Cidade, escrito,dirigido e "estrelado" por Carina Cooper e GeórgiaSodré Com linguagem semelhante ao Manhas eManias — Carma participa do Manhas desde 1980loupiii... faz com que bonecos, em tamanho natural,contracenem com as atrizes mostrando ' daondeviemos e Dara onde vamos ' A diferença física entre ohomem e a mulher, para que sen/em os órgãos dereprodução, a fase dc namoro são falados, sem, noentanto, "quebrar a magia do teatro" diz CarmaOutros esquetes evoluem para as questões de reiacio-namento entre pais e filhos as brigas entre os irmãosos tipos de pais e filhos que existem nesse mundo e avontade de ser bebê para sempre

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Para crianças bilíngües

O TV Bar Club (Rua Teresa Guimarães, 92Botafogo) — que para os adultos já se tornou

uma sofisficada opção de lazer e cuitura — começahoje às 16h uma programação de férias com projeçãode filmes infantis em versão original No caso. faladosem inglês. O filme de estréia é Pete's Dragon, umaprodução dos estúdios Disney que conta a historia deum pequeno órfão que tem como amigo um dragãomágico. Misturando desenho, dança e musica, o filmetem no elenco, entre outros, Mickey Rooney e ShelleyWinters. A criança que não domina o inglês, mas temalguma noção ou freqüenta um cursinho de línguaspode encontrar ai um bom estimulo E um programainteressante."A qualidade do material disponível em portuguêsnão me agrada ou então |á é exibido na televisão Porisso optei pelo estrangeiro", explica o aiernão PeterWepel, um dos proprietários do TV Bar Club Ele dizque sua principal preocupação é não parecer que estaaproveitando o mês de férias para faturar a custa dascrianças "Vamos continuar a programação no resto doano e temos em vista filmes que fogem ao óbvio Osprogramas infantis que vemos por ai dão sempre aimpressão de ser sucata dos adultos", observou PeterAs pesquisas e testes ele faz em sua própria casa,com as filhas de 6 e 10 anos, o filho de 5 e a afilhaaa de15,

OS SALTIMBANCOS — Texto de Sérgio Bardou Adaptaçãode Chico Buarque de Hollanda Direção de Jorge CorreiaEspetáculo de bonecos com o grupo Salamè Minguè TeatroRival. Rua Álvaro Alvim. 55 (240-1135i Sessão âs 16h Ingres-sos a CrS 8 mil.MIMO TROPICAL — Espetáculo de mim>ca com LuizaMonteiro, Creso Filho e Josué Soares Teatro do Sesc daTijuca, Rua Barão de Mesquita. 539 <208-5332) Sessão as10h Ingressos a CrS 6 milOUÇA VAI À LUTA — Musical oe Antônio Carlos Bernardes Direção de Henrique Nunes Teatro de Bolso, AvAtaulfo de Paiva. 269 (239-1498) Sessão as 16h Ingressosa CrS 7 milCRIANÇANDO, UMA REVISTA MUSICAL — Te.to edireção de Luiz Carlos Nino Teatro Senac. Rua Rompei.Loureiro, 45 (256-2641) Sessão às 16h Ingressos a CrS 10mil.CEGONHA?...QUE CEGONHA!... Texto de Manlu Alva-rez Direção de Cláudio Gonzaga Com o yuDO InfinitaMetragem Teatro Delfin. Rua Humaita, 275 (266-4396)Sessão às 16h Ingressos a CrS 7 mi!CABARÉ INFANTIL — Textos de Manana Sabino, CristinaMaia e outros Direção de Felipe Pinheiro Teatro CândidoMendes. Rua Joana Angélica, 63 Sessão as 17h Ingres-sos a Cr$ 10 milA CASA DE CHOCOLATE — Texto de Nazareth RochaAdaptação de Henrique Nunes Direção de Wagner LimaTeatro de Bolso Aurimar Rocha, Av Ataulfo de Paiva,269 (239-1498) Sessão às I7h30min ingressos a CrS 3mil

O TV Bar, por si só, já e uma atração para ascrianças E um, lugar diferente O teto é negro, o chão,em triângulos preto e branco As mesas têm tamposDatados em colorido grafismo new wave As cadeirassão amarelas, pretas e vermelhas Neons dão umtoque mágico Neste ambiente ficam um painel com10 monitores e outros três aparelhos distribuídos pelasala As crianças, no entanto, não chegarão a vê-losfuncionando oorque os filmes serão projetados numtelão que aesce sobre o oainel O espaço comporta ate80 crianças

para este mês, além do Pete's Dragon, estãoprogramados The Many Adventures of Winnie thePooh, desenho animado dos estúdios Disney, Benji,uma história narrada do ponto de vista de um cachorrointeligente The Black Stallion (O Corcel Negro), deCaroli Baüard. sobre a amizade entre um menino e umcavalo árabe, depois que os dois sobrevivem a umnaufrágio, Annie, de John Huston, com Albert Finneye Carol Burnet. e Jungle Book. uma aventura baseadano livro de Kipling. Antes dos filmes serão sempreDroietados trechos do espetáculo do Circo de MoscouPeter Wepei diz que a programação é principalmentepara crianças a partir dos 10 anos O preço e de CrS 10mil oor criança e inclui cachorro-quente e refrigerantesOs filhos dos socios têm um desconto de 30%Acompanhantes só pagam o que consumirem

ARCA DE NOÉ — Musical de Toquinho e Vinícius deMoraes Roteiro de Maria de Lourdes Martini Direção deAlice Viveiros de Castro Teatro dos Quatro, Rua Marquesde São Vicente, 52 2o (274-9895) Sessão as 16h ingres-sos a CrS 7 milO MÁGICO DE OZ — Original de Lyman Frank BaumAdaptação de Nelson Wagner e Francis Mayer Direção deFernando Berditchevsky Plataforma-I, Rua Adalberto Fer-reira. 32 (239-4391) Sessão às 17h Ingressos a CrS 10 milSE A BANANA PRENDER O MAMÃO SOLTA - Musicalcom texto e direção de Dilma Lóes Teatro do América.Rua Campos Sales. 118 (234-2060). Sessão às 16hIngressos a CrS 8 mil e CrS 2 mil. para pessoas quecomprovem ganhar salário mínimo Ultimo diaAS AVENTURAS DE TOM SAWYER — Texto de Mari TwainTradução de Monteiro LoDato Adaptação de Roberto Bomtem-po Direçào de Roberto Bomtempo e Roney Villele Sessão às17h, no Teatro Municipal de Niterói. Rua 15 de Novembro, 35(722-6871) Ingressos a CrS 7 milTRIBOBO CITY — Comedia musical de Mana ClaraMachado Direção de Maria Luísa Prates Teatro IsaPrates. Rua Francisco Otaviano, 131 (287-0563) Sessão às17h Ingressos a CrS 5 milA IDADE DO SONHO — Texto de Tomo Carvalho, direçãode Vicente Maiolino Com o grupo Feliz Meu Bem TeatroCacilda Becker. Rua do Catete. 338 (295-9933) Sessão as17h Ingressos a CrS 6 milCINDERELA, A GATA BORRALHEIRA - Texto de EiiseuMiranda Direção de Bruno Bruce Teatro da Galeria. RuaSenador Vergueiro. 93 Sessào às 16h Ingressos a CrS 8 mil.

A BELA E A FERA — Musical adaptado por Vicentma NovelliDireção de Cláudio Gaya Teatro Benjamin Constant. AvPasteur. 350 (295-3448) Sessão às 16h30min Ingressos a Cr$7 mil.FADA DO LAGO AZUL — Texto e direção de imacherrCherem Teatro Imperial, Pra>s de Botafogo. 524 Sessãoàs 1 7h Ingressos a CrS 5 mil Acompanhantes nãc pagamA BRUXINHA E O PRÍNCIPE VALENTE T exto e direção deLimachem Cherem Teatro Imperial, Pra,a de Botafogo. 524Sessão âs 16h Ingressos a CrS 5 mil Acompannantes nãipagamA ABELHINHA CASAMENTEIRA — Texto e direção de Eduar-do Marins Teatro Pinheiro Guimarães Rua Silveira Mano s151 Sessão as 16h Ingressos a CrS 5 milCORAÇÃO DE PALHAÇO Direção de Waiter Costa TeatroBrigitte Blair. Rua Miguel temos 51 (521 2955) Sesr-ã as16h Ingressos a CrS 7 milDIM DOM — Musicai de Eibe de Holanda Direção de Antnrurde Holanda Com c grupo Gatig Teatro Armando GonzagaAv Mal Cordeiro de Farias 51* Sessár 15- lr«;-essos> aCrS 3 mil.UMA FESTA PARA CHAPEUZINHO VERMELHO EBRANCA DE NEVE — Texto Ce João Carlos R xinguesDireção de Luna Brum Com o grupo Alegria Tijuca TênisClube, Rua Cde ae Bonfim 451 Sessào 17tvj0n%:»Ingressos a CrS 4 milALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS Tc-vto e d reçã'de Jair Pinheiro Teatro Brigitte Blair Rua Migue emes51 Í521-2955I Sessào às 17h Ingressos a C'S 7 milBRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES -te Jc árSoncim e Dylmo Elias Direção coletiva do grjpo F ;ivoceSessão âs 17h30min Teatro do América Rua CamposSales. 118 1234-2060/ ingressos a CrS 8 milCHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAU Comgrupo Carrossel Teatro Dom Camilo Rua ' -<-<"-(255-9225) Sessão as 16h30min Ingressos a CrS S milCRIANÇAS JÁ — Texto e direçào ae Jõ Santos TeatroLeopoldo Fróes. Rua Professcr Manoel de Abreu, 1Ç N •(717-1600) Sessão as 16h Ingressos a CrS 6 mi'A ILHA DO TESOURO - Texto de Washington GuilhermeDireção de Cornado de Freitas Teatro Gay Lussac Rua CeJoão Brandão, 87. Niterói (717-5547) Çessãc as i- jt-sscsa CrS 6 mil

ZEZEU E O MINITOURO Texto ae C ,„j.; C , . , r :Direção de Humberto Abrantes Teatro Cawell Rua Dr-snn i,argador Isidro. 10 (268-9*176) Sessão as 16h Ingressos a CrS 8milO BRUXINHO QUE QUERIA SER MENUDO Mus i r. ¦¦texto e direção de Oswaldo Senra Teatro de LonaAlvorada, 1791 (325-9731) Sessão às 15h Ingressos a Cr$ 1ümil. cadeira, e Cr$ 5 mil. arquibancadaO JARDIM ENCANTADO Texto e oireçác 06 Arieiu- h.oe>roTeatro de Lona, Av Alvorada 1791 (325 97 31: Sessão as17h30mm Ingressos a CrS 10 r*vi cadeira e CrS milarquibancaoaEMlLIA E VISCONDE CONTRA O LOBO GULOSO — Com ogrupo Carrossel Teatro D. Camilo Rua Toneierc 769225) Sessão ás 15h30mm Ingressos a CrS 7 milJONAS VAI À VEGA Texto e :lireção de Sergic r f ¦ xyTeatro Arthur Azevedo Rua Vítor Alves 4bi 394 1622Sessão as 16h Ingressos a CrS 4 milEMlLIA E O ANEL MÁGICO - Texto de : . MerquesDireção de Arthur José Teatro do Salesiano. Roa 3 Posa207 Niterói Ingressos a CrS 4 mil

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• 'vlUki ' 'ü-otjc -• tr.mini o jogo Santo André ¦Palm.-ius t-'o 11 tu uri 1esa'io intemacio¦ i B loira' tos ) CO" 1 partida entroSt»-." l. ' ;; •• . t a»rici«i nove ii« |u ho • i<•,;ic Ba' :• r iftf> ' 6t ' ¦¦¦¦• < 1 o !<XJ> do .•entre r o i' ¦ P n tos ' '• 1. p" o

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JBI j '20h30minProgramaçao esportiva10h05min11 h05min —12h05min —12h45min —14h00min —20h00min —20h45min —Programaçao musical22h00min — AP "t - "

as 7h30min, 12h30min e

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Alzer. Jota Carlos e José Domingos Raffaelli. Apresen-taçâo de Maurício Figueiredo. Destaques de hoje:Cannonball Adderly, Chet Baker, Oscar Peterson, Bud-dy Rich, Lee Morgan, Jimmy Smith e Paul Chambers

FM Estéreo — 99,7MHz10h Concerto em Si bemol maior, para 3

oboes, 3 violinos e contínuo, de Telemann (Lotar Koch eBoettcher - 12 201, Improviso para harpa, op. 21 deAlbert Roussel iZabaleta - 6 50), Sinfonia n° 1, em Dómaior, op. 21 de Beethoven iKaraian — 23 00). Sonataem sol menor, para violino e piano, D. 408. de SchubertiSufc e Buchbinder — 12 50) Mazeppa. de Liszt (Haitink— 16 30- Concerto em sol menor, para piano eorquestra, op. 33. de Dvorak (Sviatoslav Richter e CarlosKie Der - 43 22), Fantasia sobre um tema de ThomasTallis de Vaughan Williams (Ormandy — 15 36). Estam-pas (Pagodes, Soirée dans Grenade e Jardins sous Iapluie) de Debussy 'Arrau — 14 34), Concerto em Dómaior, para aboé e orquestra, K 314 de Mozart (MichelDebost o 3arenboirr, — 21 30)

20h Concerto Grosso em Si bemol, op. 3/1 deHaende (Kari Richter — 8 401. Cenas Infantis, op. 15, deScr.umann iArrau — 19 58c Orphée et Euridice, de GluckIF scner-Dieskau, Gundula janov.tz, Eda Moser, Richter —94 54 Seleções do balé Flores de Pedra, de ProkofieffVar\ so 50 30;

televisão

manhã

7.00 I 4) SANTA MISSA EM SEU LAR - Precedida deuma mensagem de D Eugênio Sales

7) TERRA VIVA — Informativo rural((11) GINÁSTICA - Programa educativo

AZZ Produção de Celio

( 6) PROGRAMAÇÃO EDUCATIVA(11) VIRA LATA - Desenno( 6) PROJETO ZICO — Chegada ao aeroporto e

traieto com a utilização de viaturas e helicópterosAo fmal entrevista coletiva diretamente oa GáveaA CONQUISTA DA TERRA — Noticiário ruraiSUPERMOUSE - DesenhoGRANDE PRÊMIO DA FRANÇA DE FÓRMULA-1 Transmissão da sétima corrida, diretamentedo AutOdromo de Paul Ricard. em Le CasteiletNarração de Gaivão Bueno Comentários de Regi-nalcio :..eme

11) POPEYE — Desenhoi 7) O MELHOR NEGOCIO

mentos9:00 ( 7) EMPORIO BRASILEIRO-egional com apresentação de Rolando Boidrin

( 91 BISPO ROBERTO — 3r0grama religioso(11) AQUAMAN - Desenho( 9) BIKE SHOW — Programa jornalístico sobre vei-

os le duas rocias apresentado oor JoàcMendes

(11) SUPERMAN ' DesenhoI 7) SHOW DE TURISMO Atrações '..nsücas

nacional e ntemaoonais Apresentação de Pau-o Monte

7:30

8:00

8 15

8 308 50

7)11)

4)

Programa de depoi-

- Programa de musica

9 15

9:301000

10:10

10:15

10:3010:45

10:50

11:00

11:1011:30

rádio e tv

( 9) AVENTURAS AOS QUATRO VENTOS — Do-cumentario

(11) TARZAN — Desenho( 4) GLOBO INFORMÁTICA — Programa apresenta

do por Luiz Armando Queiroz O assunto de ho|esão os programas básicos como os processa-mentos de textos, as tabelas eletrônicas e osprogramas de base de dados Entrevistados dehoie Luis Olavo Batista e Lilian Prist

( 2) PALAVRAS DE VIDA — Mensagem religiosacom D Eugênio Sales

(11) SHOW WALT DISNEY — Desenho( 2) TELECURSO 2o GRAU — Aula medita de biolo-

gia e recapitulação semanal( 4) BATMAN - Desenho Hoie Simão, o Doceiro( 7) SHOW DO ESPORTE - Atualidades esportivas

Apresentação de Elys Marina( 7) FUTEBOL AO VIVO — Jogo Santo André x

Palmeiras Narração de Jota Júnior Pelo Cam-peonato Paulista ,

( 9) PROGRAMA SILVIO SANTOS — Programa deauditório com musicais, variedades, competiçõese prêmios

TlD TOM E JERRY — Desenho( 4) FESTIVAL DE DESENHOS(11) FUTEBOL - Partia realizada pelo Campeonato

^autista

tarde

12:00

12:2012:45

13:00

. Re( apitulação dos pgos

Seleção de desenhos

13:1513:30

( 2) SHOW DE FUTEBOLda semana

( 6) SESSÀO ANIMADAanimados

( 4) BENJI Senado Episodio de hoie Os Vikings

( 4) DISNEYLÀNDIA Programa infantil realizadonos estúdios de Walt Disney Hoje: David Croc-kett. Combatente de índios

( 6) MANCHETE DOCUMENTO Reprise do pro-qram i Mengele — O Médico e os Monstros

( 7) APOSTE NA LOTUS Sorteio do prêmio daFormula-1

111) PROGRAMA SILVIO SANTOS Progiama deauditório com musicais, variedades, competiçõese prêmios

( 7) CAMPEONATO PAULISTA DE RODEIOCampeonato Brasileiro de7) MOTOCICLISMO

Motocross13:45 I 4) VÍDEO SHOW Programa apresentado por

Paulo Betti e Malu Mader No programa ae hO|emia jpresentação cio grupo Bee Gees, umamatéria sobre dublès e outra sobre os sósias Naparte musical cenas dos artistas brasileiros quese apresentaram no Carnegie Hall

14:00 l 21 JOGO ABERTO Revista esportivai 6) DOMINGO NO CINEMA F me Elvisé Assim

14:45 ( 41 CASAL 20 Seriado com Robert Wagner eStpfjn.e ¦/.a Episódio de hoje Troca-seMax Por Jóia

() mel é produzido pelas abelhas a pariir donéctar. sendo colhido em flor. digerido na vesículamelifera e depositado nos alvéolos dos favos. Eabsolutamente puro e autoconservável (podendoser consumido por pessoas de todas as idades),numa época em que a produção de alimentos foge apassos lareos de suas características naturais, enve-nenando-nos desde o ventre materno. O mel é umalimento por excelência, tendo, face as suas quali-dades. aplicações como remédio ou medicamento:

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15:00

15:50

16:00

( 7) DESAFIO INTERNACIONAL DA SINUCA Jogadores de hoje Steves Davis X Rui Chapéu

( 4) DURO NA QUEDA Seriado com Lee MaiorsEpisódio de ho,r Mais Estranho do que Ficção

( 2) JACQUES COSTEAU Documentário HojeTubarões Adormecidos do Yucatan6) DOMINGO NO CINEMA

Noile

16:1516:45

16:55

17:00

17:55

( 7) CICLISMO( 7) AUTOMOBILISMO

Formula Ford

Corrida Nove de JulhoCampeonato Brasileiro de

( 4) TEMPO QUENTE Seriado com Perry King. JoePennv e Thoni Bray Episodio ile hO]e CasoComplicado( 2) MAGIA DA DANÇA Um balanço da dançaatravés dos tempos Apresentação de MargotF unteyn( 71 VÔLEI AO VIVO Jogo Bradesco X PirelliPelo Campeonato Brasileiro Feminino

( 4) ÁGUIA DE FOGO Seriado com Ernest Borgm-ne e Ale* Cord Fpisodio de h<>je Prova na Noite

noite

18:00

18:55

19:00

( 2) CONCERTOS PARA A JUVENTUDE Apresentação de grandes obras do repertório uni-versai

( 6) ANTÔNIO MARIAcapítulos

Resumo dos primeiros

! 4) OS TRAPALHÕES — Programa humorísticoapresentando os quatro trapalhões

( 2) REVISTA DE DOMINGO S'ntese dos fatos noBrasil e no mundo durante o fim de semanaVariedades musicais e reportagens

( 7) BOXERibeiro

Luta entre Claudion-vro Dias e Daulo

20:00 ( 4) FANTASTICO, O SHOW DA VIDA—Programade variedades apresentado por Sérgio Chapeiin

( 6) PROGRAMA DE DOMINGO - Programa apre-sentado por Tnereza Mascarenhas. RobertoMaya e Lúcia Veríssimo No Perfil de hoie.apresentado por Teresa Cristina Rodrigues, umaentrevista com Henfil. Uma reportagem sobre asgarças, durante o dia universitárias classe médiae. a noite, garçonetes, uma matéria sobre pássa-ros. incluindo aves de rapina, cucos, martins-pescadores e pássaros raros O programa apre-senta uma entrevista com a tenista MartinaNavratilova, falando de sua vida. seus sucessos eseus polêmicos amores Na parte musicai, Már-cio Montarroyos e um clip mostrando as emo-ções dos rostos humanos Xuxa e a Nova Florestae uma entrevista de Villas-Boas Corrêia com oDeputado federal iPMDB-SPl Roberto CardosoAlves

( 7) BOLA NA MESA — Programa de debates emesas-redonaas Apresentação de Alberto Leo

21:00

Irne A Sombra da

( 7) AUTOMOBILISMO — Campeonato brasileirode Stock Cars

?art'Cipação ae Jose RoDertc Tedesco. SanaroMoreyra. Washington Rodrigues e Loureiro Neto

I 2) STADIUM - Resumo dos eventos esportivos noBrasi e nc mundo

22:00 I 4) OS GOLS DO FANTASTICO — Apresentaçãoaos gols da roaaaa Narração de Leo Batista eFernando Vanucci

( 6) ESPECIAL ZICO — Compacto da cnegada e dotrajeto( 7) APITO" FINAL- Gols da rodada e dos campeona-

tos regionais( 9) GENTE DO RIO — Show de entrevistas com

apresentação de ^oão Rooeno Kelly No progra-ma de hoje Mana Joana entrevista Mana DulceGaspa' Mina Ribeiro entrevista Wilson Leite Passos Alfredo Sotto de Almeida entrevista ThaisPortinho e Acir Leiloeiro Genilson Gonzaga entre-vista Adelino Faria No final do programa umacoletiva com Vivaldo Barbosa Na Dane musica!,Benito de Paula acompanhado por João RobertoKelly

(11) LONGA-METRAGEM — Filme Sela de Prata22:20 ( 4) RJ TV — Noticiário local apresentado por Liliane

Rodrigues22:25 ( 4) MELHORES MOMENTOS

cionaiCampeonato Na

22:30 I 6) PERSONA Programa cie entrevistas com Ho-oeno D Aviia Entrevistado de hoje AugustoBoal Depoimentos de Ferreira Gullar, Edu Lobo eGianfrancesco Guarnien

( 7) CRÍTICA E AUTOCRÍTICA — Programa de entre-vistas e debates apresentado por Roberto MullerFilho

22:4523:30

( 4) CINECLUBEI 6)

Filme MortadellaDEBATE EM MANCHETE — Programa de entre-vistas coordenado por Arnaldo Niskier Entrevista-do de hoje Aluísio Pimenta, Ministro da CulturaDebatedores Maria Alice Barroso Roongo PanaLima e Josué Montello

00:00 ( 2) BOA-NOITE DE JONAS REZENDE Tema dehoje Utopia e TrabalhoI 9) NOVOS TEMPOS — Programa sobre informáti-

ca Apresentação de Arcaaio Vieira00:30 ( 7) CINEMA EXTRA Filme Polly, Meu Amor00:45

! 4) DOMINGO MAIORMarinheiro

Fiime O Extraordinário

filmes de hoje

ELVIS É ASSIM - TV Manchete - 16 horas•Elvis, that's the way it is) - - Produção americana de1970, dirigida por Denis Sanders Elenco Elvis Presiey esua banda, Lillie Kirkham. The Sweet Inspirations. TheImperiais, Tne International Hotel Ochestra Colorido1108 minutos)

Documentário reunindo flashes da carreira do cantorentrevistas com, fãs e colaboradores do show do interna-ticnaí Hotel, em 1969

Mortadella na Globo

A SOMBRA DA NOITE - TV Manchete — 18 horasiNight Peoplel — Produção americana oe 1954 d rigidapor Nunnaüy Johnson Elenco Gregorv Peck, BroderickCrawford, Anita Bprk e Rita Gami Colorido i93 minutos)

Thriller de espionagem Coronel iPecki do senviçosecreto americano e incumbido de resgatar um soldadofilho ne influente industriai ICrawfordl, seqüestrado poragentes soviéticos e aefdo em Berlim OrientalMORTADELLA T . Globo 22h45mmiLa Mortadella) Produção 'taio-francesa de 1971dirigida por Mano Monicelh Elenco Sophia Loren, WilhamDevane, Luigi Proietti, Beeson Carrol, Dar.ny de Vito eSusan Sarandon Colorido i91 minutos)

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Com o frio que agora ocupa a cidade, todo o

mundo fica achando que é inglês Argentinoao menos Paulista, quando cai em si (Que, naverdade, sonham os paulistas —embora não odigam— em virarem argentinos e estes têm acerteza mabalaveí de serem ingleses São senti-mentos que. com freqüência, ocorrem em regiõessemicolomzadas )

Faz parte da sindrome inglesa tomar cha Soque. em nossos trópicos, o cha, não o five o'clocktea, bobo e importado — mas o gordo lanche deantigamente, e coisa típica e deliciosa Dispensacha (Confesso que. como não estou aqu; fazendocampanha nacionalista, bem prefiro eu cha Melhorc inglês A falta dele. o Chinwatte Speciai OrangePekoe que. apesar do nome, e nacional e muitorazoave! ) O nosso cha, então, dispensa o chaicomo dizia eu, antes de interromper-me a mimmesmo) — muitas vezes o cate com !eite ou ocafezinho preenchem a lacuna Mas os biscoitosos boíos, as quitandas (como dizem em Minas)como são deliciosos1 (E as broas, as mães-bentas,os pães-de-ló1)

Os chás. porem, das casas que brotaram aquultimamente, são de índole britânica Em gerai sãoDons E, em geral, pecam pelos bules — estesvivem babando, desastrados — lembram antescachorros afetuosos que recipientes Mais grossei-ras. mais antigas e muito mais interessantes, aColombo e a Cavé servem! seus péssimos chasMas o fazem de maneira que me da saudades Dequê' Não sei bem Talvez do tempo em que o chainglês era coisa comprave!

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Catarina Brust

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Page 91: Rua Miguel Couto — Foto de Andre Durao •£ IISBF ...

o melhor da semana

artes plásticas

Terça-feira, as 18h. no Museu Nacional de

Belas-Artes, o melhor acontecimento da se-mana E a inauguração da mostra A Marca doArtista: Gravuras e Artes Mistas, que reúne 23obras de 14 artistas plásticos norte-americanos,alguns famosos no meio de arte internacional. Osartistas são Pat Steir, Frank Stella, Chuck Close.Michael Heiser, Mark Suvero, Dorothea Rockbur-ne, Joe Zucker, Helen Frankenthaler, Joan Mit-chell, Shea Gordon, Robert Longo, Jennifer Bar-tlett, .Jonathan Borofsky e Vito Acconci. No catálo-go, a informação "Grande

parte das obras destesartistas fui acumulada durante as suas carreiras depintores e escultores A sua exuberante experién-cia no terreno da gravura, como meio de expres-são, e o que nos traz a presente mostra Para eles,,i gravura se apresenta como novo meio de expres-são para o qual se torna necessário inventar novossistemas ou novas tecnologias, a fim de transmitiras suas imagens " Também na terça-feira, as 21 h,a Galeria Contemporânea mostrara os desenhos

show

Alem das atrações internacionais formadas

por Manolo Otero, Fred Bongusto e Tremen-do, todos em curtíssimas apresentações, o desta-que da semana continua com o projeto Rock eSeus Irmãos, do Circo Voador. Os argentinosTremendo estréiam quarta-feira no Canecão, de-pois das únicas apresentações do espanhol Mano-Io Otero Já o italiano Fred Bongusto é atração doScala, quinta e sexta-feira. A prata da casa édefendida por Chico Anysio que estréia o seuOitavo na Peneira, quarta-feira, no Teatro CasaGrande em longa temporada

No IBAM, em única apresentação terça-feira, aatração e a cantora Olivia Byigton em espetáçuloque conta também com as participações do saxo-foriista Edgar Duvivier e do Diamsta Mario Boffa OPeopie e instrumental com o espetáculo da harmó-me a de Maurício Einhorn acompanhado por AlbertoChimelli (piano), Ansmar do Espirito Santo (baixo) eBob Wyatt (bateria) sempre de quarta-feira a sã-bado

mmmssmmmsaBmmKBBam

música

A semana que entra tem uma novidade deprimeira o concerto de Diana Kacso. quarta-

feira, na Sala Cecília Meireles. Esta jovem pianistabrasileira fez furor ha dois ou três anos, e logogravou para a Deutsche Grammophon uma ex-traordinária versão da Sonata de Liszt. Depois,casou-se e não se ouviu mais falar dela Volta agoratocando Beethoven, Schumann, Liszt e Chopin. Acuriosidade e grande A musica também ganha,esta semana, um novo auditório o EspaçoBNDES, á ser inaugurado pela OSB (terça-feira)com um programa Bach. Regência de Isaac Karabt-chevsky Amanhã às 18h30min, no Teatro GlauceRocha, outro bom programa. La Navarraise, deMassenet, com Gloria Queiroz no papel principal. Éprimeira apresentação no Brasil. Hoje, às 21 h. opianista Henrique Loureiro está tocando no Equi-nox (Prudente de Morais, 729). Recomenda-semuito o concerto de música antiga do Petit Studio(hoje, as 18h30nnni La Barca di Venezia perPadova, com direção de Fernando Moura. Amanhãas 18h30min, um duo de violino e piano (MaurizioPepe e Marghenta Traversa) toca na Saía CecíliaMeireles com patioonio do Instituto Italiano deCultura Ha outros dois programas de músicaantiga no Botanic (quarta-feira) e na Casa de RuyBarbosa (quinta feira, as 16h, com o grupo vocalüuadnviumi

Luiz Paulo Horta

de Brigida Baltar e as pinturas de Cláudia Tebyriçá.Os desenhos de Brigida insinuam a "presença dafigura humana, que quase não aparece. Em vezdela, o telefone fora do gancho, o soutien, o piano,o alfinete de fraldas, os cabides e as persianas" Omaterial usado é o pastel oleoso usado comdiversas modalidades, como a diluição e as raspa-gens. As pinturas de Tebyriçá são composiçõesabstratas, "formadas

pela interação de padrõesgráficos e texturas diferentes". Também na terça-feira, às 21h30min, na Investiarte, será o início deum leilão com peças art nouveau e art déco.Entre as obras, uma dançarina de Palmyra, assina-da pelo rumeno Demetre Chiparus, um vaso galécom uma paisagem da Pedra da Gávea, umaluminária Tiffany, Tudo isto e outras peças poderãoser levadas num Cadillacc azul, 1949, modeloFleetwood O veículo estará também em leilão.

Wilson Coutinho

E o Barbas, retomando seus e espetáculosvocais, faz uma semana onde os destaques são ascantoras como Rosane Lessa, quinta-feira e TelmaCosta, sexta e sábado, repetindo no próximo fimde semana No Circo Voador, além da continuaçãodo torneio de dança, amanhã, e da apresentaçãodo grupo teatral Tá na Rua, terça-feira, continuamos espetáculos de rock. Na quinta-feira quemsubirá ao palco é Robertinho do Recife, Vid eSangue Azul, seguidos no sábado, do João Penca eMiquinhos, Biquíni Cavadão e Zipper, fechando nodomingo com Eduardo Dusek e Orquestra Taba-jara.

O Parque Lage também continua roqueiro apre-sentando o Titãs em novo LP e Alice Pink Pank, emespetáculos marcados para sexta-feira e sábado Aaustraliana Alice, depois de passar pela Gang 90 eRonaldos, resolveu seguir carreira solo, lançandoprimeiro compacto apresentado agora no Parque.

Diana Aragão

Diana Kacso na Cecília Meireles

A Marca do Artista no MNBA

#1

Telma Costa no Barbas

A Velocidade do Mundo, com roteiro de PauIo Pontvianne e Marcos Possidente. estreia

amanhã no Teatro de Bolso inaugurando o ProjetoCom a Corda Toda que pretende ocupar a sala doLeblon com montagens alternativas O grupo Focas e Fofocas afirma que "o espetáculo e umavisão da nova geração Tentamos saídas e umaoutra maneira de encarar o mundo." A supervisãogeral e de Amir Haddad e esta no elenco, além dosroteiristas, Iza do Eirado

E o inquieto diretor Luiz Antonio MartinezCorrêa volta, a partir de quarta-feira no PaçoImperial, com Theatro Musical Brazileiro: 1860'1914, reunindo partituras de espetáculos do periodo pesquisadas por Anabel Albemaz, MarshallNetherland e pelo próprio Luiz Antônio. O espeta-culo "é a seleção de 20 números musicais, rotein-zados em ordem cronológica, que vão de quadn-çhas, passando a romanzas, óperas cômicas, ope-retas, melodramas, bailados, mazurcas, valsas,canções e cançonetas "A

primeira parte estacomposta pela ópera cômica Trunfo Às Avessas,de França Júnior, com musica original de HenriqueAlves de Mesquita e a segunda é dedicada a ArthurAzevedo com sua versão da opereta La Filie deMadame Angot, de Charles Lecocoq O titulo queAzevedo deu a opereta foi A Filha de Maria AngúNa tercena. a obra de Arthur Azevedo é passadaem revista através dos diversos gêneros nos quaisse exercitou

Macksen Luiz

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Em semana sem lançamento signi-

ficativo, sabe-se. o melhor mes-mo é ficar com as continuações Aprimeira, imbatível. chama-se Ama-deus. Desde já um dos 10 filmes doano, esta notável recriação de MilosForman para a peça de Peter Shaffer

os dois trabalharam no roteiro massó Sheffer levou o crédito (e o Oscar)

dá nova dimensão ao conflito pro-posto originalmente. Menos Salieri (FMurray Abraham) e mais Mozart (TomHulce). Amadeus apresenta, ainda, onotável duelo entre estas duas perso-nalldades — também como atores.Como estamos em período de férias(para quem pode) um pouco de fanta-sia é fundamental. Neste caso, A His-tória Sem Fim é excelente exemplo.O alemão Wolfgang Petersen quismostrar que a Europa também é capazde grandes produções e não fez por

televisão

Boas atrações na televisão A Glo-

bo estréia amanhã, às 22h15min,a minissérie Evita, produzida para atelevisão americana com um orçamen-to de mais de oito milhões de dólares.No papel principal está a atriz FayeDunaway, contracenando com JamesForentino, intérprete do ditador JuanDomingo Perón. A direção foi entreguea Marvin Chomsky, o mesmo da sérieRaízes, um dos maiores sucessos datelevisão americana no gênero. NoBrasil, Evita será apresentada em cin-co capítulos.

Conta a história de Eva Maria Duartede Perón. com uma rápida passagempor sua infância pobre, no interior daArgentina. É em Buenos Aires quecomeçam suas tentativas no mundoartístico, caminho difícil que acaba porlevá-la à prostituição. Encontra Perónaos 25 anos. um viúvo de 44 anos comsonhos de poder. Começa o romanceque a colocaria, durante sete anos, nolugar de uma das mais importantesfiguras do pais. Primeira-Dama argenti-na, Evita ganha fama de defensora dospobres e oprimidos, mesmo com ges-tos extremos de prisões e torturasaplicadas em seus opositores

Na terça-feira, às 21h20min. a TVManchete coloca no ar Conexão Inter-nacional, com o escritor Jorge LuizBorges como entrevistado Num tominformal, ele fala de religião, casamen-to e as limitações aue lhe foram impôs-

menos reuniu um batalhão de exce-lentes técnicos a seiviço de uma boaidéia No caso. a detesa da Fantasiacontra o Nada — ou as forças dastrevas De quebra, mais uma excelentetriiha sonora assinada por Giorgio Mo-roder. No campo das reapresentações,a fonte de interesse pode centralizar-se no programa Truffaut A Mulher doLado e O Último Metrô. Um progra-ma duplo, como se costumava fazernos poeiras le ou cinemas de repertó-rio, hoje) de antigamente, com GérardDepardieu dividindo suas atenções en-tre a desfalecente Fany Ardant (AMulher do Lado) e a sedutora Cathen-ne Deneuve (O Último Metrô). Emum e outro, François Truffaut mostran-do o que sabia melhor, seu amor pelocinema e as mulheres Não obrigatória-mente nesta ordem

Wilson Cunha

tas pela cegueira. A apresentação é 00jornalista Roberto D'Ávila, com foto-grafia de José Guerra. Mais tarde, naGlobo, um dos melhores filmes deFederico Fellini Amacord. O cineastarecria, num clima de encantamento,parte da infância e adolescência, vivi-das na cidade italiana de Rimini. Amúsica, um dos marcos do filme, éassinada por Nino Rota. O filme seráexibido às 23h50min.

Míriam Lage

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caso raro na TVbrasileira: um diretorque não xinga nin-guém, não manda bi-

lhetes desaforados para seussubordinados e não fecha aporta para não ser incomoda-do. Mais: procura saber comoanda a vida afetiva da equipe,pede opiniões para testar suasidéias e dá soluções rápidaspara problemas imprevistos.Essa figura não é um persona-gem da TVQCV, inventada pe-Io humorista Chico Anysio,nem um diretor sem imagina-ção. Da sua cabeça já saíramalguns dos programas mais

premiados da televisão brasi-leira, como o Jornal de Van-guarda, Preto no Branco,Abertura, Canal Livre e Per-sona. E é exatamente por secomportar assim que Fernan-do Barbosa Lima aceitou diri-gir pela terceira vez a Televi-são Educativa. Ele acreditaque, com liberdade e uma boadose de criatividade, é possí-vel transformar a emissora nu-ma opção realmente cultural,sem o ranço didático que nasúltimas décadas empurrou ocanal para os traços negativosde audiência no IBOPE.

O feeling de FernandoBarbosa Lima começou a sertestado essa semana, quandoestrearam 33 novos progra-mas na TVE, criados e produzi-dos em apenas um mês emeio de trabalho. Em outraemissora qualquer, tanta mu-dança já seria motivo para odiretor "não estar para nin-

guém". Pois, Fernando, na se-mana passada, recebia qual-quer um com a porta escanca-rada. E, enquanto toda a equi-pe corria de um lado para ooutro, ele garantia tranqüilo:"Dessa vez tem tudo para dar

certo". Como? "Levando aTVE a informar e discutir o querealmente interessa". Para co-meçar, seu diretor acha que onome ideal para a emissoraseria TV pública e para mos-trar que não é apenas dema-gogia inventou flashes paraos intervalos, onde o povoaparece reclamando do dia-a-dia. No lugar dos anúncios,entram pequenas entrevistasem vários pontos da cidade,um mosaico das necessida-des da população, quadros depintores brasileiros com indi-cações sobre o autor e a im-portância da obra.

A verba da TVE até o finaldo ano é de apenas Cr$ 4bilhões, a metade do quecustou o seriado O Tempo eo Vento da TV Globo, mastalento para superar as preca-riedades da televisão, Fernan-do sempre teve. Por isso,quando o programa Aberturaacabou na TV Tupi e ele foiconvidado para lançá-lo naBandeirantes, não hesitou eminventar outra opção: "Encon-

trei apenas um estúdio e duascâmeras" — recorda-se."Acrescentei uma mesa, seiscadeiras e criei o Canal Li-vre." O mesmo ele fez nosanos 60. Criou o Jornal deVanguarda na TV Excelsior —o único telejornal brasileiropremiado internacionalmente— e, além de convidar humo-ristas como Borjalo, SérgioPorto e Millor Fernandes paraparticipar do noticiário (coisaque a TV Globo só fez há doisanos com Chico Caruso, JôSoares e Nani), revolucionou alinguagem visual. Aboliu o pia-no americano — que mostraas pessoas da cintura paracima — e introduziu o close eo zoom na TV: "Ele inventava

Lúcia Rito

contraplanos, destacava deta-lhes do entrevistado, como osolhos, a boca e as mãos, econseguia um zoom com acâmera pendurada no braçodo operador", conta José Al-berto Gueiros, há 25 anos tra-balhando com Barbosa Limana TV. "Ele é o homem dassoluções rápidas" — informaHeitor Silva, 35 anos, outroprodutor da TVE.

O entusiasmo dos colegasde profissão e a audiênciasempre atenta, principalmen-te dos mais jovens, não impe-diram que alguns dos progra-mas mais inovadores criadospor Barbosa Lima saíssem doar. O Jornal de Vanguarda,por exemplo, acabou por cau-sa do AI-5. "Era um jornalimpetuoso, onde a liberdadeera fundamental, quando co-meçaram as restrições a equi-pe decidiu tirá-lo do ar", contaele. "Um cavalo de raça semata de um golpe só." Outroprograma amputado oficial-mente por problemas técni-cos, mas na realidade porquenão combinava mais com omomento político, foi Abertu-ra. Durou de 79 a meados de81, apresentou entrevistascom mais de mil pessoas —de Roberto Campos a MiguelArraes, passando por Lula etodos os exilados políticos.Fazia parte da sinopse presi-dencial, a produção recebiatelefonemas de muitos minis-tros, mas os cortes constan-tes e a vigilância da Censuraacabaram cansando Fernan-do. Meses depois, já na TVE,ele foi novamente incomoda-do. Queriam que demitissetoda a equipe de jornalismo,"porque não colaborava como Governo." Para resolver es-se problema, Fernando foi

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com o jornalista Tarcísio Ho-landa a Brasília pedir trégua aoGeneral Newton Cruz. "Elenos recebeu numa casa cerca-da de arame farpado e anun-ciou que dispunha apenas de10 minutos", conta Fernando."Acabamos

conversando du-rante três horas e foi ele quemmais falou mal do Governo..."

Fernando Barbosa Limatem 51 anos e vai casar-seeste mês com uma estudantede Psicologia, Anunciata, de30. Quando não está na TV,ele gosta de bebericar com osamigos no Florentino, de ondesai por volta das duas da ma-nhã. Está sempre cercado depessoas mais jovens e se dátão bem com elas que seussócios na produtora indepen-dente Intervídeo — RobertoD'Ávila e Walter Moreira Sal-les — têm quase 20 anos amenos do que ele. "O Fernan-do é generoso com quem co-meça, muito criativo e, comotem a cabeça livre, está sem-pre intuindo as novidades",depõe Waltinho. "Ele sempreteve mil idéias por minuto.Modernizou os telejornais eampliou as possibilidades parao telespectador", elogia outro

admirador, o veterano Mauri-cio Shermann. Filho de Barbo-sa Lima Sobrinho, presidenteda ABI, Fernando deve ao paia paixão pela democracia e ainsistência em brigar pelosmais fracos. "Convivi com 50mil livros e isto me deu umanoção clara da diferença entrecivilização e progresso",aprendeu ele. "Um

país só égrande quando todos têmacesso às idéias."

Um dos primeiros a acredi-tar nas produtoras indepen-dentes, Fernando Barbosa Li-ma abriu há três anos a Inter-vídeo que já tem no seucurrículo alguns dos progra-mas mais instigantes da TV,como Os Brasileiros, Cone-xão Internacional, Diálogo,Programa de Domingo eXingu. Mas não tem precon-ceitos em relação à TV comer-ciai. Acha mesmo que a TVbrasileira e a melhor e a maiscriativa do mundo. "Só

preci-sava se preocupar mais emprestar serviço à população."Eie sugere flashes entre asnovelas, com informações so-bre profissões e medicina pre-ventiva. "A Globo estaria sal-

Com o General

Cruz: "Foi

ele

quem mais falou

mal do Governo"

vando vidas e não perderiaaudiência", acredita. Sãoidéias como estas que ele pre-tende implantar na TVE. Para aparte da manhã está preparan-do uma programação educati-va para ser transmitida dentrodas escolas. Em março do anoque vem, entrará no ar umasérie de programas que vãoensinar as crianças a ler e acontar, através de desenhosanimados e mágicas: "Preci-

samos utilizar a mágica datelevisão para evitar a evasãoescolar no 1o grau, que é de80%." Enquanto os educado-res estudam a melhor fórmu-Ia, ele preparou os 33 novosprogramas que estão no ar apartir das cinco da tarde. Ostítulos foram todos dados porele. Há debates polêmicos,como o que juntou Luis CarlosPrestes e Roberto Camposem Tribunal do Povo, progra-mas de entrevistas, como OsRepórteres, grandes musi-cais, como Vai Passar, deze-nas de programas que levam amarca do seu criador e trazemde volta à TV brasileira o con-vívio com um ingrediente raronos últimos anos: a práticainteligente da democracia. ®

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Às sextas-feiras,

quando os escrito-

rios se esvaziam e

os bares se en-

chem, não há dúvi-

da, nem é preciso

relógio para confe-

rir: são seis horas

da tarde no Centro

do Rio de Janeiro e

vai começar uma

celebração que em

geral dura uma ou

duas horas — mas

também pode varar

a madrugada — e

que ocorre todas

as semanas, reli-

giosamente

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Até que

enfim

é sexta-feira

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mais animado corre-dor da cidade come-ça na sauna próximo

ao Aeroporto Santos Du-mont, passa pelo Amareli-nho, na Cinelândia, se esten-de até o Largo da Carioca,vai à Praça Tiradentes e ter-mina um pouco depois daCandelária, na região conhe-cida como

"Baixo Vargas"— uma área nas imediaçõesda Avenida Marechal Floria-no, entre a Uruguaiana e aRio Branco, onde existe omais original bar do Rio, oumelhor, quatro bares, oumelhor, todo final de umarua, a Miguel Couto, que éfechada todas as sextas-feiras para se comer sardi-nha e beber chope.

O Centro do Rio das sex-tas-feiras à noite talvez sejaa concentração mais ecumê-nica de bebedores. São fun-cionários públicos, boys, se-cretárias, gerentes de ban-co, executivos, advogadosde várias partes da cidade,que consomem milhares delitros de bebidas e quilos desalgadinhos. Na sexta-feiraretrasada, dia 28, por exem-pio, em oito bares e restau-rantes visitados pela equipede Domingo, foram bebidos85 barris de chope, ou seja,4 mil 250 litros, o equivalen-te a uma piscina de quase 10metros quadrados. E consu-tnidos, como apentivos,mais de meia tonelada debatatas fritas, 300 dúzias desardinhas, 10 quilos de ca-marão e três mil bolinhos debacalhau.

Ha de tudo para todos.Os médicos que avisam emcasa que estão de

"plan-

tão", os advogados que es-tão "em reunião" e os exe-cutivos que

"foram para São

Paulo" preferem a TermasAeroporto, onde por CrS 160mil têm direito a uma boasauna, a uma bela recepcio-

nista e, por via das dúvidas,a um checkup médico. Ou-tros, por muito menos, vãoao Cinema íris, onde por CrS4 mil e com alguma sortepodem ser escolhidos parasubir ao palco e participar deum striptease. Mas, em ge-ral, a diversão de sexta-feirano Centro do Rio é beber,beliscar salgadinhos e con-versar ou, como dizem,

"jo-

gar conversa fora" nosbares."O carioca elegeu a sex-ta-feira como o dia da des-contração", analisa a psi-quiatra Maria da Penha Gui-marães, 40 anos. "As

pes-soas se esforçam para ficarmais alegres". Ela disse issoenquanto tomava um refri-

gerante de limão no Amareli-nho, onde pode ser encon-trada às sextas-feiras depoisque deixa o seu estafantetrabalho de recuperadora deex-presidiários no Desipe.

De fato, para curtir essedia de descontração, há atéos que sacrificam a semanatoda, como Júlia Alves Fer-reira, 32 anos, integrante dabateria de uma batucada queanima o Bar Ocidental, o dassardinhas, no final da MiguelCouto. Ela ganha CrS 100 milpor semana e gasta CrS 25mil em chope e sardinhas àssextas-feiras. Mas justifica:"É só as sextas-feiras". Nosoutros dias, ela faz "bicos"

para compensar a extrava-gància.

A tese da descontração étambém defendida por Ma-ry, 25 anos, recepcionistadas Termas Aeroporto. "Às

sextas, os homens bebem,dançam e paqueram maisdo que nos outros dias",disse ela, alegre, porque na-quela dia já tinha atendido asete clientes. Ali, como nosbares, às sextas-feiras, oCentro do Rio vira umafesta.

O Sheik do Bacalhau

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Cinema Iris

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Couto

No forma detudo do bacalhau do ao charmediscreto passando pelo famoso chopedo pelos shows do e asbonitas das Termas

Amarelinho Churrascaria Ao Vivo

Rua da Quitanda Bar Villarino

Rua Miguel Couto

No corredor que se forma às sextas-feiras, há detudo para todos: do bacalhau do Sheik ao charmediscreto do Villarino, passando pelo famoso chopedo Amarelinho, pelos shows do Cine íris e asbonitas atrações das TermasTermas Aeroporto

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Amarelinho, um mosaico

O lugar mais animado da Cine-lândia e o bar Amarelinho.

"Ele representa bem o mosaicocie gente que vive na cidade' ,teoriza Teresa Aragão, uma habi-tué das sextas-feiras. "Aqui vocêvè de tudo, funcionários, artistas,o pessoal dos escritórios, todosbebendo em paz

" Na semanaretrasada, Teresa ocupava umadas mesas com a cantora AlaideCosta, que esta fazendo um showna Funarte Nas mesas próximasestavam a compositora SuelyCosta e trés centenas de pes-soas Para a alegria de LourençoLemos, 4S anos, um dos sociosdo bar que vende 1 000 litros dechopo as sextas feiras, 80 frangose 180 quilos de batata frita."Omelhor daqui e o frango a passari-nho e a freguesia sempre agita-da", diz Getuani Barbosa, 46anos. funcionário publico e amigode um grupo de assistentes so-ciais do DESIPE que também fa-zem ponto ali. A atração extra dodia 28 era a mágica iumenaideCastro Pomba. 55 anos, que tocaclarineta no pub Robin Hood noAlto da Boa Vista e defende um

dinheiro extra entre os freqüenta-dores do Amarelinho.

Ha muito para ver. Na praçaem frente a Câmara dos Vereado-res, alem do Amarelinho, funcio-nam dezenas de "pes suios", ba-res minúsculos com apenas umbalcão, quilos de gordura escor-rendo das paredes e uma cozinhaem que não se deve entrar sobpena de evitar comer os tira-gostos servidos ininterruptamen-te. Quem gosta de comidas exóti-cas encontra acarajés, churrasqui-nhos e cuscuz nas barraquinhaspróximas E os que encontram napolítica razão para se divertir nãopodem perder a roda que se for-ma em tomo da barraca do PDT.An se discute o socialismo more-no do Brizola, e jornais com man-chetes escandalosas fornecem asultimas noticias sobre a implanta-cão do socialismo na Grécia e noCongo. E preciso cuidado ao seaproximar O pessoal e desconfia-dissimo. "Quem me garante queaquele cara bebendo chope noAmarelinho está so comemoramdo a sexO-feira'1 Vai ver parou ali

só para nos espionar..." resmun-ga o motorista Jorge Tavares.

A 500 metros da Cinelàndia,no calçadão da Rua São José emdireção à Rua Primeiro de Março,há outras opções. No Café e Bardo Papai (Rua São José, 16), oatrativo são os pratinhos de cama-rão frito (Cr$ 3 mil 500 cada), o sirie as batidas de limão e maracujá.Na semana passada, eles vende-ram 10 quilos de camarão, 150siris, 450 litros de chope e 874litros de batida.

Na esquina da Primeiro deMarço, a freqüência maior é deadvogados. Eles ficam em gruposna Churrascaria Ao Vivo relem-brando casos difíceis e paquerasbem-sucedidas. A maioria de ter-no, a gravata desamarrada, brigan-do para ver quem derruba maisbolachas de chope. "Sexta-feira apartir das duas da tarde os corre-dores do Palácio da Justiça ficamvazios", conta alguém de um gru-po. Júlio César Ponciano, 27 anos,faz questão de dar entrevista, "pa-

ra minha mulher confirmar minhaoresença no bar"...

LÚCIA RITO

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A atração são as sardinhas

O Baixo Vargas ja foi uma zo-na perigosa, freqüentada

por marinheiros, orostitutas. mui-ta policia na 15 anos o cheiro dasard nha frita atraiu outro tipo defreguês e hoie funcionários de

grandes empresas circulam de-sembaraçadamente no Bar Oci-dental, o de maior prestigio daRua Miguel Couto No ano passa-do, ele serviu de cenário para umacena de Patriamada. de Tizuca

- amazaki, mas são poucos os queconhecem seu verdadeiro nome.

apelido é mais popular Bar dasSardinhas ou Sujinho Nesse pe-:iaço de rua, o movimento vai atea uma da manhã e começa assete da noite Barris de chope eengradados vazios com tamposde madeira são espalhados pelacalçada substituindo mesas e fe-cnando a passagem dos carros"O chope anestesia as pernas",comenta o dono Fernando Ascen-são. 4o anos Quem aparece ali.procura a diabólica combinaçãosardinha frita passada na farinha1e n and oca, a crS 700 a unidade,e o chope supergelado, a CrS

400 O consumo chega a 500litros de chope, 300 dúzias desardmhas e 20 quilos de pescad"-nna fr t,i 3 única exceção do car-dap o

N nguem :r(iz a mulher aqui.

só a namorada", confidencia umfuncionário do Banco do Brasil,revelando que as parceiras oficiaisnão são bem vistas na rua. "Nos-

sas mulheres achariam ruim sesoubessem que estamos aqui",acrescenta outro. Ha três outrosbares na mesma rua com as mes-mas atrações, o Rei dos FrangosMarítimos, o Portuense e o CaféBar Tesouro O máximo de sofisti-cação na decoração são cartazesde Luiza Brunet e Susane Carva-lho seminuas, disputando os olha-res com uma figura do SagradoCoração de Jesus

Na esquina da Marechal Fio-riano com Uruguaiana funciona oarmazém Paiadino No interior, obar mais charmoso das proximida-des balcões e prateleiras envidra-çadas guardam garrafas ate o te-to No balcão central ha um relo-gio e duas figuras de Baco e acâmera de David Neves registrouesse delicioso pedaço do Rio Anti-go no filme Luz dei Fuego NoPaladino dois amigos fieis sãohabituès desde 1936 Walber Mo-raes Rego do Nascimento, 70anos. e Joaquim de Araújo Quinta-mlha, 62 Eles comemoram ale-gnas, comentam tristezas e vivembrigando Joaquim, apolitico, nãose conforma que Walber saia di-zendo que foi cassado três vezes,

"a primeira no Exercito, pelo en-tão Marechal Lott, e outras duasna Aeronáutica" e festeje "o fimda ditadura."

A poucos metros dos baresdas Sardinhas e do Paladino, fun-ciona o sofisticado Nino (Viscondede Inhaúma, 93). Ali aparecempolíticos em busca de privacidadecomo o Presidente Geisel, "que

gosta de caipirinha de cachaçaSão Francisco", conta o maitreFrancisco Bezerra, 53 anos, Anto-mo Carlos Magalhães, NestorJost, Faria Lima, Ernane Galveas euma interminável lista de nomesconhecidos. Até o Presidente Sar-ney, quando era líder do PDS,almoçava por Ia É um ambientesilencioso onde se consome uis-que de 12 anos e, as sextas-feiras, cerveja e vinho nacional.

Ainda na area do Baixo Vargasha o Sheik do Bacalhau, na Presi-dente Vargas 392-A. So da ho-mem. Mulher, se entrar, leva can-tada No Sheik. eles se descontro-Iam às sextas-feiras e comem 3mil bolinhos de bacalhau, bebem100 litros de vinho e mais 20engradados de cerveja Apesar daaglomeração, muitos ainda conse-guem disputar "porrinha". E afesta prossegue ate 23h30minquando o bar fecha

HELENA. CA RO NE

Fernando, rei das sardinhas

Walber e Joaquim no Paladino

A mágica no Amarelinho

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Chope, erotismo e sinuca

O programa mais erótico,mais barato e popular que

existe no Centro do Rio é, semdúvida, o Cine íris. Por Cr$ 4 mil,assiste-se a dois filmes: do tipoBruce Lee, o invencível, um outrode pornochanchada, e a um showde strip-tease, ao vivo. Contínuose assalariados do comércio en-contram-se ali e participam doespetáculo gritando e assobiandona platéia, enquanto travestis des-filam no balcão, à espera de al-gum convite. "Nada de maisacontece no cineteatro", garanteJosé Silva Cruz, neto do fundadordo íris, construído em 1907 comtodo material importado.

"A Praça Tirad.entes vai muitomal", garantem os sócios e ir-mãos José e Gabino — ValinhoFernandes, do Café Capital quefica em frente ao Teatro JoãoCaetano e rodeado de hotéis mal-afamados. "As mulheres da vidanão me atrapalham" — diz José— "e sim as ladras que roubam osnossos fregueses."

Com uma gravatinha branca,camisa pólo e saia justa, sanfona-

da, Wilma Santos, 23 anos, fazponto no Café Capital. Acha queseus fregueses de sexta-feira"são mais carentes, chegam maistarde em casa e sempre visam àsmulheres que têm plantão extra."Do outro lado da praça, os ho-mens festejam o início do fim desemana com um taco na mão. OBilhar Guanabara lembra o Rio dosvelhos tempos, com o seu salãogigantesco e as mesas cujo alu-guel anda a Cr$ 8 mil 400, a hora.Em volta de uma delas, um grupode teatro disputa uma partida.Com lencinhos em volta da cintu-ra para não sujar a calça de giz,Nick Nicola, Francisco Moreno eFarneto Farah, "a múmia paralíti-ca" que contracenou com AgildoRibeiro na televisão, encontram-se ali há anos.

Quem quiser ter boas recor-dações do primeiro centro de di-versões do Rio, tem apenas umlugar para ir nas imediações daPraça Tiradentes. O Bar Luiz, naRua da Carioca, 39, ainda serveum excelente chope — tanto pre-to quanto branco. Quando foi con-

tratado no Bar Luiz — que já sechamou Braço de Ferro e BarAdolf em quase 100 anos de his-tória — o garçom Humberto Costavendia a famosa salada de batatasa um cruzeiro e cinqüenta centa-vos. Vinte anos depois, o preçopulou para Cr$ 7 mil, mas, apesarde toda a inflação, continua gos-tosa.

Na sexta-feira, são consumi-dos 360 quilos de batata, 750litros de chope, 30 quilos de salsi-cha fina e Bocker. Miguel Pereirada Silva, o conhecido chopeiro,revela que tudo tem ciência, "até

tirar chope da serpentina". Aos 66anos, trabalhando em pé das qua-tro à meia-noite, "Miguelinho",

como é chamado depois de 42anos de Bar Luiz, diz ser mesmoum catedrático no manejo do ma-nômetro. Numa mesa animada,18 funcionários da Esso comemo-ram o recebimento do contrache-que. Depois da noitada deixarãoum cheque coletivo de aproxima-damente Cr$ 800 mil.

ROSE ESQUENAZI

Sigilo total

Na Termas Aeroporto, na

Avenida Beira-mar, sexta-feira é a grande noite da "arma-

ção": um freqüentador estica ofio do telefone da portaria, fecha aporta da entrada e fala com suaesposa da rua. Assim, ele evitaque ela escute o alegre alaridoque vem da boate da sauna, comamerican bar e música ao vivo,onde o entrosamento entre se-nhores com roupões brancos e asamantes profissionais com saio-tes curtos e "bumbum" de fora étotal. A freqüência é de classe A,e a média das despesas é de Cr$300 mil, com direito a eletrocar-diogramas e chek-up médico. Umfreqüentador, promotor de Justi-ça, diz que a sauna não bota emrisco o casamento: "é um extra-vaso, uma terapia, como as mu-lheres têm as delas". Uma das"recepcionsitas", Mary, 25 anos,modelo nas horas vagas, atendeuma média de sete clientes nassextas-feiras. Ela acha que os ho-mens casados procuram na sauna"um momento de desabafo". Pa-ra evitar muita ginástica paraquem quer avisar à esposa que a"reunião" ou o "plantão" aindanão acabou, Isaac Dallale, o donoda Termas, vai instalar uma cabinede telefone à prova de som.

Mais austeros, embora gran-

des bebedores de uísque, são ossenhores de terno e gravata quefreqüentam o Villarino, na AvenidaCalógeras, e o Lidador, na Rua daAssembléia. No Villarino, a fre-qüència e o consumo aumentamem 30% na sexta-feira. Estesboêmios fazem questão de man-ter bem vivo o folclore da casa:Tom e Vinícius conheceram-se ali,Pablo Neruda não conseguiu tro-car um autógrafo por uma garrafade uísque. Um freqüentador, Nel-son Teodoro. 30 anos, advogado,fala das delícias da happy hour,do dopo lavoro — o momento dehabeas corpus que os maridostêm antes de ir para casa. Outro,Anderson Campos, 42, jornalista,acha que a sexta-feira prenuncia olazer do fim de semana, e issomuda as cabeças das pessoas."O melhor da festa é a véspera",diz. No Lidador, o esquema é omesmo do Villarino. O dono é"seu" Cabral, um português comcharuto na boca que tem a mes-ma idade da casa, 61 anos. Sabe-se que Afonso Arinos, Hélio Bel-trão e" João Batista Figueiredoaparecem por lá. Contas de Cr$ 1milhão são pagas com facilidade(só a garrafa de uísque RoyalSalute, pedida de alguns freqüen-tadores, custa isso).

ANTÔNIO JOSÉ MENDES

Miguelinho, o catedrático

Tijuca: R. Haddock Lobo, 53 "A"- fones.273 3893 e 273 6940 R. Man/ eBarros, 290 - fone: 228-3361 • R. Mariz e Barros, 272 fone: 254 1 994 RBarão de Mesquita, 380 loja "E" fone: 208 0549 Flamengo: R. SenadorVergueiro, 80 - loja "C" - fone: 265-5631 Centro: Av. Rio Branco, 1 56 - sobreloja - fone: 262-1424 - Niterói: R. Gavião Peixoto, 182 loja 105 - fone:

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Um ar ambíguo, entre juventude transviada eHe!l's Angels, na eterna dupla de calça justíssimae jaqueta, agora curtinha e colada no corpo, emnovo jeans. Com mocassim Maria-Mole (olha osanos 50) (Yes, Brazil). Abaixo, o índigo escuro, 5-bolsos (Inega), com o requinte da blusa de náilonamassado (BluBIu) e o spencer de popeline (BizaVianna). Brinco, balançante (Marco Sabino)

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Moda

tem muito aver com ondasdo mar: vai e

vem, e sempre aparece re-novada. Mesmo que astendências falem em usarpeças que já foram vesti-das há 20 anos, nunca usa-remos exatamente as mes-mas roupas, sempre háuma adaptaçãozinha, umamodernizada no tecido ouuma melhorada na técnica.Vamos à década de 50.Dela, repetimos as volti-nhas de Vespa, a práticamoto italiana, que em bre-ve será relançada no Brasil.Ela é o veículo perfeito pa-ra a calça justinha, o mode-Io cigarrette, com jaquetae sapato mole, óculos ga-to, cabelos curtos. Só quetudo, com os novíssimosjeans tornados mais con-fortáveis e aderentes, peloacréscimo do fio de Lycraao tecido. Mais o progres-so técnico da estampa quenão é estampa de verdade.Trata-se de um processoquímico de descoloraçãodos fios índigos, desenvol-vido pioneiramente pelaequipe de Nora Sabba, daSpy. O resultado são osdesenhos em vários tonsde azul, como clichês deimpressão. Pode ser for-mado um madras gigante,como no modelo à direita,usado com camisão de al-godão (Spy); echarpe e lu-vas de tricô (Mesbla); brin-co longo (Marco Sabino) etênis também no xadrez(Spy/Great). Portanto, nadade camisão Volta ao Mun-do, nem jeans com Helan-ca que empelota ou umaVespa original. Só o estilose repete. Na prática, preci-samos da atualização dosanos 80, do brilho dos pára-lamas da Vespa. Novinha.

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Lances dos anos 50lesa Rodrigues

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usos e costumes

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BANDEJA EQUIPADA

Um iugar para cada pires, xíca-ra e bule de cerâmica fina, emcavados da bandeia de mog-no O coniunto completo sai

por CrS 155 mil na Últil Fútil|R Visconde de Pirajá 444, loja124)

VIDROS MODULADOS

Um é pouco, dois é bom, trêsé melhor. Principalmente nocaso dos jarrinhos de vidro emforma de trevos, em três ta-rnanhos que se completam ese modulam. Para flores, ve-Ias decorativas.

Desde CrS 145 mil. na De-senho Novo (Rio DesignCenter)

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NA PAREDE DA COPA

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Quem ainda se lembra do se-nado Vila Sésamo, na televi-são' Entre personagens hu-manos e bonecos animados,destacavam-se os monstri-nhos comilões, sempre a de-vorar biscoitos. Como o seria-do continua no ar nos EstadosUnidos (Por que não por aqui?Era divertido e didático), osbichos inspiram ainda estam-pas e objetos caseiros bem-humorados. Como a biscoitei-ra (não poderia ser outra coisa)de cerâmica dos CookieCrumbs, por CrS 17 500 naRachel (R. Visconde de Pirajá,303)

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usos e costumes

Da tela para a vitrina

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filme Amadeus, de Milos Forman,mal chegou aos cinemas, e ascoleções de verão, lançadas na

semana passada pelos confeccionistas ca-riocas, já trazem as marcas do barroco edo luxo presentes na tela. Marília Valls, daBlu-BIu, encheu sua vitrina da R. Viníciusde Moraes com tules, tons pastéis, servin-do de fundo para seus conjuntos de saiase blusas ou camisas com jabôs de renda,golas de babados, decotes transparentese pregueados em tecidos brancos, combi-nando flutuantes organzas com delicadosalgodões. Pérolas rosadas, azuladas, atra-vessadas nos corpos das bonecas, cha-péus envoltos em véus e luvinhas comple-tam o quadro. Também em Ipanema,enquanto sua loja em frente à nossaSenhora da Paz mostrava bonecas comrostos de japonesas, vestindo o gênero

Coilege de inverno, Mareia Pinheiro lança-va em seu showroom, no mesmo prédio,a coleção de verão, muito Amadeus. Tafe-tás em tons azuis-acinzentados, rosas-secos (ou rosées), estampas floridas co-mo gobelins e golas de recortes dignosde um pianista de Mozart, a mesma delica-deza nos sapatos bicolores, de pulseirinhaou de furinhos.

No rastro do barroquismo entram teci-dos inspirados por tapeçarias antigas, sãoconfirmadas as pérolas e os sapatos forra-dos de cetim e a maquilagem clara, oscabelos desfiados. Um pouco de fantasiapara as urbanas cinemaníacas. que agoravão poder ver o filme, ler o livro (umabiografia ou a peça), ouvir os discos... evestir a roupa de Amadeus, (lesa Rodri-gues) ©

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Sedas, javanesas e rendas brancas, típi-cas da moda romântica de Marília Valls,entraram no clima barroco. É o estiloAmadeus by Blu-BIu, montado pelo deco-rador Ovídio. E os tafetás e floridos pas-téis estão na linha infantil de MareiaPinheiro, em bonecas de peles brancas ecabelos longos

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111 usos e costumes

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No Quebramar, elas

disputam ondas com

os machões do surf

Hora e vez

Não

adianta: o bastião machista dosmares caiu definitivamente. Deita-das em seus morey boogies —

pequenas Dranchas feitas de espuma depolietileno — as gatas invadiram em gran-cie estilo mares dantes navegados só porsurfistas — todos do sexo masculino. E asmeninas estão mostrando que chegaramondas para ficar: realizaram o Io Campeo-

gatas de Morey Boogie, que teve 38concorrentes E neste dia o visual da praiacio Quebramar mudou totalmente, porqueforam os surfistas — ao contrário do queacontece sempre — que tiveram que ficarna areia vendo baterias de gatas evoluirnas ondas.

O morey boogie resolveu vários pro-blemas para as gatas. Elas sempre quise-ram ir para o mar, mas nunca se acertarambem com as pesadas pranchas de surf,que obrigam quem as usa mexer muitocom os braços e quase nada com aspernas. Então, as meninas acham que osurf traz o risco sério de masculinizar seuscorpos, alargando os ombros e afinando oresto do corpo. Já com morey boogie, omovimento é feito com as pernas (omorey é usado com pés-de-pato), numexercício que só faz bem à estética femini-na Outro problema: as namoradas dossurfistas eram obrigadas a ficar horas naareia esperando por eles — às vezes sobchuva — com as caras emburradas e

gatas

cheias de inveja. Agora, elas vão junto e sedivertem. É o caso de Gisele Kroedl Teixei-ra, a Gica, 20 anos, primeiríssimo lugar noCampeogatas. Seu namorado, o surfistaValdir Vargas, ganhou também, no méspassado, o campeonato da Organizaçãode Surfistas Profissionais (OSP).

Como não podem brigar com as pró-prias namoradas, os rapazes estão jogan-do seu mau humor — afinal, seu domí-mos foram invadidos sem cerimônia — emoutra direção: não deixam que homens

pratiquem morey boogie no Quebramar."Surf e coisa de homem, morey boogie épara mulher", dizem eles, e chamam deperobas os rapazes que também gostamda prancha pequena. Mas Cláudia Ripper,19 anos, outra concorrente do Campeoga-tas, acha isso tudo puro preconceito, etestemunha que os rapazes arrepiam tan-to quanto as gatas em cutbacks, drop-knees, rolos e outros movimentos doesporte. A prancha do morey, criada hádez anos na Califórnia, já está sendofabricada no Brasil (a comum custa CrS740 mil, e a especial, mais dura, CrS 900mil). Sendo pequena, é bem menos peri-gosa — em todos os sentidos — do que agrande e pontuda prancha de surf.

No dia do Campeogatas, as ondas,muito pequenas, decepcionaram. Masnem isso pôde diminuir o show de beleza,habilidade, saúde e charme. ©

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No morey boogie, trabalha-se maiscom as pernas do que com os braços

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Paul Johnr

George Ringo

Respostasdo teste da pág. 8

1) Suícliff era o baixista no tempo emque o conjunto tinha cinco componen-:es e Paul, apenas a segunda guitarra.Nicol foi o substituto de Ringo, naexcursão européia de 1964, por causade uma laringite do baterista. A respos-:a certa é Pete Best.

2) 33ul3: A mãe ae John—i Os Reis do lê lê lê (A Hara Day's

N gnt)c P.S.I Love You e Love Me Do6) Os três grupos foram criados por

John a partir de 1956.7) Brian Epstein8} San Francisco, nos Estados Unidos9) Something

10) Magical Mistery Tour11) The Ed Sullivan Show12) Eight Arms to Hold You (Oitobraços era te abraçar)13) Cynthia foi a primeira mulher deJohn; Parti, a de George. A resposta:erta e Maureen Cox.14) Hey Jude¦5 Sexy Sadie

sPMCrswgscaaísaíasr:

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anes(21 3 a 20 4)

Suas amizades se farão presentes nestedomingo que mostra um quadro benéfi-co com realce para sua objetividade ecoragem. Momento de mudanças navivência amorosa. Saúde excelente.

touro(21/4 a 20/5)

Dia em que todas as suas ações tende-rão a revelar o melhor que existe notemperamento impetuoso do taurino.Procure motivar-se em termos afetivos ededique-se ao amor. Saúde regular.

gemeos(21/5 a 20 6)

Você pode assumir compromissos afeti-vos e deles terá proveito seguro em seumundo íntimo. Em tudo estará prepon-derando um quadro de compreensão etolerância. Saúde carente de atenção.

câncer(216 a 21 7)

Indicações fortes em favor de suas ativi-dades domésticas e os assuntos relacio-nados a parentes. Manifestações deapreço e consideração. Amor em faseneutra. Motive-se. Saúde regular.

leão(22 7 a 22 8)

Sua determinação na busca de objetivospráticos que o satisfaçam em sua rotinaterá hoje efeitos bem palpáveis. Busquemaior contato com a natureza. Saúdebem disposta.

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virgem(23 8 a 22 9)

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libra(23 9 a 22 10)

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escorpião(23 10 a 21 11)

Indicações positivas em relação a suavivência afetiva. O dia sera marcado poracontecimentos inesperados e por suasações resultantes de um comportamen-to determinado. Saúde positiva.

Sagitário(22 11 a 21'12)

Todo o domingo será de recompensado-res momentos para o sagitariano, espe-cialmente para aquele nativo que manti-ver uma atitude mais dada a conciliaçãono trato íntimo. Saúde regular.

capricornio(22 12 a 20/1)

Momento de afirmação para sua perso-nalidade Julgamento criterioso das atitu-des de pessoas próximas. Vènus influidiretamente sobre seu estado de ânimo.Saúde muito boa.

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aquario(21/1 a 19 2)

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Rebeldes sem causa

Patrícia

Travassos, 33 anos, sem-pre esteve ligada ao que se po-de chamar de arte jovem. Foi doAsdrubal Trouxe o Trombone

quando o grupo montou Trate-me Leãoe virou o teatro brasileiro de cabeçapara baixo. Esteve por trás da criaçãoda Blitz (ela é a diretora dos espetáculosdo conjunto) quando a banda ensinoucomo deveria ser o rock nacional. Ago-ra, ao lado de Euclydes Marinho, Nel-son Motta, Antônio Calmon e CristineNazareth, faz parte do grupo de criaçãode Armação Ilimitada, o programa de TV

que a Rede Globo reservou para suaplatéia juvenil. Na semana passada, elaconversou com Domingo sobre como o

jovem é visto pela televisão. Trechos daconversa:

A minha geração não teve essa coisade moda. A gente comprava calça Leeamericana no mercadinho azul. Era umanovidade que não partia da televisão. Nãovi Woodstock pela TV. Não é que issopurifique os costumes da minha época.Mas as coisas eram mais purificadas mes-mo. "Eles" ainda não tinham sacado que50% da população brasileira é compostade adolescentes. A gente ia na Rua daAlfândega, comprava aqueles tecidos kits-ches e fazia belas roupas "indianas". Atelevisão não se metia...

Aí a gente fez Trate-me Leão. Derepente, apareceram personagens jovensna novela que, de alguma forma, interfe-riam na trama. Foi a época de DancinDays. As novelas começaram a tratar deconceitos ligados à juventude como rebel-dia, o alternativo. E o Asdrubal não paravade receber convites. Eu achava estranhís-simo. Agente passava seis meses bordan-do uma calça Lee e, de repente, queriamque a gente exportasse seis mil calças jábordadas.

Aí chegamos nos anos 80. Com jeansbrasileiro e tênis nacional. Os jovens sãoos protótipos. A televisão se inspira nosjovens que se inspiram na televisão. Nãose sabe mais quem copia quem. Outro diaouvi um cara comentando que adoravalordose. É o que o new look é barriguinhapra dentro e bundinha pra fora. É a épocadas academias, do corpo, do prazer... Issoentra na televisão avassaladoramente.

Com 17,18 anos, você está com proble-mas na família, questionando a educaçãoque recebeu, inseguro sexualmente e ainformação que passam é que você é umorgasmo andante, o que há de mais felizno raio da sociedade. Isso dá uma duplainfelicidade nas pessoas..

O rock pintou como uma coisa supe-rautêntica. Agora, aqueles rebeldaços (oLobão era um rebeldaço) estão cantandono programa do Barros de Alencar, naHebe... é a postura rebelde num contextoover careta. Que mãe, agora, não quer vero filho colocado numa boa banda de rock?Que avó não quer ver o neto no Chacri-nha? Nunca a juventude foi tão rebeldesem causa. Causa é off. Tem o ecologis-mo. Mas está muito ligado a Mauá, hip-pies, mel. São coisas que não têm umlook moderno. As famílias não contestammais o fato de você dançar ou querer seratriz. Teu vizinho ser baterista não é maisum inferno. Afinal, amanhã ele pode estarnuma superbanda. As coisas viram consu-mo demais. O Rock in Rio era um shop-ping center. Tudo fica enjoativo com omassacre via TV.

Fazendo o Armação Ilimitada corro orisco de estar estereotipando o jovem. NaTV, a imagem é mais forte que o texto. Oque rola de look é o cenográfico. É umaregra do jogo. Que nem buraco. Só podebater com canastra. A partir daí, a gente vêo que pode fazer. O que rolou agora foitrabalhar em cima do clichê. Estamoscriando o new clichê. A encomenda querecebemos foi fazer um programa comesporte, rock e sensualidade. Está sendoassim. Mas o que eu gosto é da possibili-dade de estar na TV e, a nível de imagem etexto, fazer um serviço de utilidade públi-ca. O programa é sobre dois caras (KaduMoliterno e André Di Biase) que têm umafirma de "armações". Aí pinta uma meni-na que é a antigata. Andréa Beltrão é anew gata: não tem lordose, nem boquinhapintada. Sei que os jovens de hoje, pelomenos segundo as pesquisas, são conser-vadores e hipermoralistas. Quero trabalhardevagarinho a tentativa de uma nova mo-ral. Meus heróis são dois surfistas ma-chões que, durante oito meses, enquantoo programa durar, vão dividir uma gata. A

gente, de uma certa forma, está ridiculari-zando a coisa do jovem. Numa boa. ®

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Patrícia

Travassos

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Pdgina 5

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Pagina CADERNO DEQUADRINHOS - Suplementodo JORNAL DO BRASIL

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CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL Página 7

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Pagina 8CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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